Lei N - 21.2014 - Lei de Petroleos
Lei N - 21.2014 - Lei de Petroleos
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Segunda-feira, 18 de Agosto de 2014
ISERIE— Numero 66
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE
2.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P.
AVIsSO
‘A matéria a publicar no «Boletim da Republica» deve
ser romotida em cépia devidamente autenticada, uma
por cada assunio, donde consio, além das indicagdes.
necessérias para esse efcito, 0 averbamento seguinto,
assinado @ autenticado: Para publicagao no «Boletim
da Reptiblica»
SUMARIO
Assembleia da Ropiblica:
Loin 20120
Lei de Minas,
Let n= 2172016:
Lei dos Petesteos
ASSEMBLEIA DA REPUBLICA
Lei n.* 20/2014
de 18.de Agosto
Havendo necessidade de adequar 0 quadro jt
a actividade mineira & actual ordem econémica do pais ©
as desenvolvimentos registados no sector mineiro, de modo
@ assegurar maior eompetitividade e transparéncia, gatantiy a
brotecgio dos dircitos e definir as obrigagées dos tinulares dos
ircitos mineiros, bem como salvaguardaros interesses nacionais
© 4 partilha de beneficios pelas comunidades, ao abrigo do
disposio no n.* 1 do artigo 170 da Constituigéo, a Assembleia
6a Repiiblica determina:
CAPITULO I
Disposigdes Gerais
Arnie |
(Petinigses)
© significado dos termos ¢ expressbes utilizados constam do
slosssrio, em anexo a presente Lei
Arico 2
(Asmbitoy
1. A presente Lei estabelece os principios gerais que regular 0
cexercfcio dos dircitos ede veres relativos a0 uso e aproveitamento
de recursos minerais,ineluindo a dgtua mineral
2, Excluem-se do ambito da presente Lei, 0 exercicio dos
ircitos © deveres relativos a0 uso e aproveitamenta de petréleo,
‘26s natural, gis metano ussociado e gis natural associado, que
Sto regulados pela Lei de Petréleos
Axrico 3
(Objecto)
‘A presente Lei tem coma objecto regular o usoc aproveitamento
dos recursos minerais, em harmonia com as melhores © mais
seguras priticas minciras, sécio-ambientais e transparéneia,
com vista a um desenvolvimento sustentavel e de longo prazo
' euptagiio de receitas para o Estado,
Arcaco 4
(Propriedade dos recursos mineral)
Os recursos minerais situados no solo ¢ no subsolo, nas éguas.
interiones, no mar territorial, na plataforma continental e na zona
econémica exclusiva, sto propriedade do Estado,
Agno §
(Formas de ttutarizagao)
|. Para efeitos da presente Lei, a titularizagio mineira & feita
através de:
4G) Livenga de Prospecgio e Pesquisa;
b) Concessiio Mineira;
¢) Ceniificado Mincieo;
a) Senha Minera;
ce) Licenga de Tratamento Mineiro:
A Licenga de Processamento Mineiro;
@/ Licenga de Comercializago de Produtos Minera.
2. Consideramse autorizagves, as permissSes para:
«a)extrnegio de recursoy mierais para construyao de obras
de interesse publica:
5) investigagao.geoldgica;
6] remogto de fésseis ou achados arqueoligicos 18 DE AGOSTO DE 2014.
1448 — (17)
‘Transmissao entre-vivos - a fransferéncia de titularidade de
direitos mineiros do titular mincitoem eujo nome. titulo mineiro
foi emitido seja a que titulo for, directa ou indieetamente, para
outro, mesmo quindo 0 adquivente ou transmissérie seja a mesma
pessou, singular o1 colectiva, cm virtude da aiteragao ca firma ow
denominagao social ow forma de mudanga de designagia social,
{ndependentemente da alterago do controle ou administagio
la sociedad,
Tratamento mineiro - recuperagdo de constituintes eis de
minério por forma a torni-los prodiutos minerais mtilizaveis ou
rondiveis, através de processos fisieos, exeluindo a transformagio
industrial
u
Utente da terra -indlividuo ou entidsde que use ow oeupe a
(era, em conformidade com a Lei de Ternas e demais legislagaio.
aplicével
Lei n? 21/2014
de 18 de Agosto
Havendo necessidade de adequar 0 quadro juridico-legal da
actividade petrolffera 2 actual ordem econsmica do pais, aos
desenvolvimentos registados no sector peoltlsro, assegurar a
‘competitividade ¢ a tansparéncia, ¢ salvaguardar os interesses
‘nacionas, a0 abrigo do disposto ng n.* | do artige 170, conjugado
com o artigo 98, ambos da Constituigie, a Assembleia da
Repablica determins:
CAPITULO |
Disposigdes Gerais
Agnico |
(Detinigves)
significado dos termos ¢ expressbes usados na presente Lei.
cconstam do glossério, em anexo, que€ parte integrante da mesina
Annico 2
(Odjectoy
A presente Loi estabelece o regime de atribuiglio de direitos
pura a roatizagdo de operagdes petroliferas na Repablica
de Mogambique ¢ pata além das suas fronteiais, na medida em
que esteja de aeordo com o direito internacional
AuiGo3
(Ambito da aplicagio)
1. A presente Lei aplica-se as operagdes petroliferas e a
uaisquer infra-esiruturas pertencentes ou detidas pelo titular
de direitos ou terceitos, usadas em conexio com operagdes
petroliferas, sujcitas & jmisdigao mogambieana, ineluindo as
infra-estruturas méveis de bandeira estrangeira com 0 propésito
de conduzir ou assistr hs operagdes petroliferas, salvose deontea
forma for estabelecido na ei
2. Aplica-se igualmente ao uso ou consumo de peteslee quando.
o referido uso seja necessirio ou constituir parte integrante das
operagiies de produgio ou transporte de petréleo ao abrigo da
presente Lei
3. Nao esti no dmbito da presente Lei a aetividadle de refinagao,
utiizagio industrial, distribuigio e comereializagio de produtos
petrolferos.
Agno 4
(Papel do Estado)
1. © Estado contiola a prospecgto, pesquisa, produgio,
transporte, comercializagdo, refinagio © tansformagaa de
higrocatbonetos liquidos ¢ gasosos e seus derivados, incluindo
actividades de petroqutmica ¢ Cis Natural Liqueteito (GNL)
Gas para Liguidas (GEL )
2. 0 Estado pode, ainda, dedicar-se directa ou indirectamente
actividides complementares ou acessérias ais referidas no
huimero anterios
3. 0 Estado. as suas instituigdes © demais pessoas colectivas
de Direito Pablico tém uma acgto determinante ns promogio du
avaliagio do potencial potrolfero existente, de forma a permitir
lum acesso.10s beneficios da produgo peirolifera e conteibuir
para o desenvolvimento econdinico e social do pats,
4, 0 Governo divulgaas potencialidudes des recursos naturais
cexistonte. 1a consulta e negociagglo prévia com investidores ¢ as
‘comunidades locais, bem como na promogio do envolvimento
do empresatiado nacional nos empreendimentos petroliferos
5. O Estado asscgura que parte dos recursos petioliferos
hacionais seja destinada A promagao do desenvolvimento
nacional,
6.0 Governa garamte 0 fizanciamento da Empresa Nacional
de Hidrocarbonctos, Empresa Pablica (ENH, EP), seu
representante exclusivo, pata investir na melhoria e estabilizag
da sua participago nos ncyscios de petrdleo e ga
Aunico 5
(Avaliacao e promogao do acesso aos recursos petroliteros)
1. O Estado, as instituigdes e demais pessoas colectivas de
Direito Pablico tém uma acco determinante na promogio da
‘avaliagdo do potencial mineiro existente, de forma 4 permitir um.
"acesso aos bencficivs da proxlugio petrolffera e eontvibuit para o
desenyaivimento cconémico e soeial do pas,
2. Na sua acgiio, o Governo incemiva a realizagio de
investimentos em operagdes petroliferas.
Axrico 6
(Botesa dos interesses naclonsi)
Na atvibuigdo de direitos para o exercici de operagdes
petroliferas 20 abvigo da presente Lei, o Estado assegura sempre
D respeito pelos interesses nacionais om relagio’ defesa, trabalho,
avegagiio, pesquisa © conservagiio dos ecossistemas matinbos
¢ demais recursos natutais, actividades econsmicas eaistentes,
segutanga alimentar e nutricional das comunidades e a0 meio
ambiente em peral.
Axnico 7
(usta indemnizagao)
1. © Estado garante ima justa indemnizagso, paga pelos
‘concessionrios dos direitos de exploragiio do petréleo edo gis, 8s
pessoas ou comunidades que detém, a qualquer tuo, divehios de
Uso € aproveitamento da terra bem como sobre agua territorial
2. Quando a drei dlisponivel da concesso abranja em, parte
ou na totalidade espagos ocupados por familias ou comunidades
ue implique o seu reassentamento. a concessionitia € obrigads
4 indemnizar os abcangidos de forma justa ¢ transparente, em
‘moldes a regulamentar pelo Conselho de Ministros.
3, A justa indemnizagio deve ser firmada num memorando de
eentenclimento entre 0 Govern, a concessiondria ea comunidad
4.0 memorando de entendimenta referido no niimero anterior
constitu um dos requisitos para a atribuigae do dircito de
explaragio do petrdlen ¢ gas. 1445 — 18)
Antico 8
(Conteiido da usta incemniza¢so)
41. A justa indemnizagao ceferida no antigo anterior abrange:
4} reassentamento em habitagies condignas, pelo titular da
convessio, em melhores eondigties que as anteriores;
4) pagamento do valor das benfeitorias nos termos da Lei
fe Tetras ¢ ontra legislagio aplicavel,
©} apoio no desenvolvimento das actividades de que
dependem a vids ea seguranga alimentar e mutricional
dos abrangides;
) preservagio do palriménio histérieo cultural esimbélico.
las familias © das comunidades, em modalidades a
screm acordadas pelas parts,
2. O reassentamento s6 pode ocorrer quando as pesquisas
confirmarem a disponibilidade dos recursos pettoliferos vbjccto
sla licenga para eleitos de. inicio da produgio, ubedocendo a
Prinefpios definidos pelo Conselho de Ministios,
Antigo 9
(Distingzo de atreitos)
O diteito de exploragto do petréleo © do gis é distinww do
ireito de uso ¢ apraveitamento de terra ou de outros ditcitos
preexistentes nos termos da lei
Aenico 10
NS0 sobreposiczo cos direitos)
1. A atiibuigio do direito de exploragiio de petréleo e de gis
ho pressupde a atribuigio do direito de uso € aproveitamento
ds terra ou de outros direitos preexistentes, que so do Estado,
2. 0 Governo deve decretsro fim da diteito de exploragio de
euleoc de gis, das operagdes petiolifeias, por eadueidade da
licenga, esgotamento do recurso ou violagao da le.
3. Dectarado 0 fim do dircito de exploragio do pettilea &
do gs, 08 utentes dos dircitos preexistentes ou seus herdeiros
‘gozam de preferéncia na atribuigio dos dircitos rennciados 4
favor do Estado,
Avnico 11
(Envolvimento das Comunidades)
1. E obvigatéria a informacZo prévi 2s comunidades sobre o
infeio de actividades de pesquisa, bem como du nevessidade dh
seu reassentamento temportirio para tl fim,
2. & obrigat6ria a eonsulta prévia tis comunidades par a
obtengiio da autorizagao do inicio da setividade petrol fern
3. O Governo deve eriar mecanismos de envolvimento &
asse gurar a organizaga« e participagio das comunidades nis dren
‘onde sc encontram implantados empreendimentos petroiferas,
Asrioo 12
{(Forea de trabalho na actividade de exploragao petrolitera)
1. As empresas de explorugdo ce petrsleo e gis devem
assegurar um ambiente harmonioso nas relagies labora,
2, AAs empresas de exploragio petrolttera devem parantir 0
emprezo e formagio técnico-profissional de mogambicanos €
assegutar i sua participapto na pesto e nas operagiis petrolileras,
3. AS empresas dc exploragdo petrolifera devem tomar as
providéncias necessirias para garamlir a segurangs e higicne dos
Wabalhadores, nos termos da legislagio mogimbieana e boas
priticas internacionais,
4. 0 reerutamento do pessoal para as empresas de exploragio
Petrolifera é publicado nos joraais de maior eireulagio no pais,
‘ou através da ridio, televisto e internet, indicando o loci de
centtega mais préximo e com as condides exigidas e publicagio
de resultados.
ISERIE—NOMERO 66
Axtico 13
(Promosa0 do empresariade nacional)
1, © Governo deve eriar mecanismos e definir as eondigdes
decavolvimento do empresariado nacional nos empreendimentos
de petrélea e gis.
2. As empresas de petrélea ¢ gis devem estar inscritas
1a Bolsa de Valores de Mogambique, nos termos da levishigto
mogambicana aplicavel
CAPITULO IL
Direitos, Deveros © Garantias,
Arrigo Lt
(Oiretos gerais cos ttulares)
Os titulares do diteito de exercitio das operagées petroliferas
Zozam, entre outs, dos seguints direitos:
<2) consultar junto das enticades competentes ns informagies
s0oldgieas disponiveis do contrato de concessio:
bj obter a colaboragto das astoridades administrativas para
tealizagio dos tabalhos de campoe para aconstinigho
dle serviddes de passagem, aos terms di kei:
<)consiruir ¢ implantar as infra-csiraturas e as instalagdes
nevessivias @ exceuyio das operagdies petrolife
«) utilizar. nas condigices logitiserepulamentares pertinent,
as demarcadas para a implantago das instalagiies
petroliferas dos edificios e equipamentos;
e)realizar as actividades geoldgicas necessitias d execucio
dos planos aprovados, sem outras kimitagdes que nig
sejam decorventes das normas legais, do comntrato
de concessia ow do despacho da entidade que
superintende o sector de petiéleo:
A extrait, expontar e beneliciar dos recurs petsoliferos
cobjecto do contrato de coneessio, nos termos da lei
Agrico 15
(Deveres gerals dos tulares de dlreito)
Os titulares de dircito de exercicio de operagécs petroliferas
tm, entre outros, os seguintes deveres:
) equipamentose respectivos acessdrios, materials ¢ outros
‘bens importados:
)nocasode investimento directo nacional, infra estruturss,
instalages ¢ cedéncia de direitos relatives ao uso da
tira, concessbes, icencas ¢ outros direitos de natureza
econémica, comercial on tecnolsel
dd) cedéncla, em casos expeetticos e nos termos acordados &
sancionados pelus entidades competentes dos direitos
de utilizagao de teenplogia patenteada e de marcas
registadas, nos termos a regulamentar;
2) valor despendido em estidas geokigicos ow outras
actividades no Ambito dus obrigagdes previstas na
presente Lei
2. O valor do investimento directo abrange as despesas,
devidamente contabilizadas € confirmadas por empresa de
auditoria de idoneidade reconhecida, incorricas em operagées
de prospeceao e pesquisa, tratamento, desenvolvimento,
processamento vutras operagdes petroliferas relaivas.h pesquisa,
produgio petroltfesa
3.0 investimento do Estado € coberto através da valorizagao,
dos recursos existentes outras Formas a serem definidas
pelo Gaverno, 18 DE AGOSTO DE 2014
1448 — 23)
“Awnigo 45
(Garantias)
antida a seguranga e protegio juridien da propriedade
sobre os bens © diteites incluinde os direitos de propriedade
industrial compreendidos no ambito dos investimentos
autorizados € realizados na actividade pewoltfera
2. A expropriagiio 96 pode ter lugar, exeepcionalmente e com
fundamentagin, por causa do interesse pablico ¢ est suleita a0
pagamonts de uma indemnizagio just
3. A determinagao do valor da indeminizagae prevista no
n°2.&feetuada no prazo de 90 dias, por mituo acordo. por it
comissao de idoneidade e competéncia reconhecidas
4. 0 pagamento da indemnizagio referidy nos niémeros
suado no prazo de 190 dias, ou outro praxo
acotdado, contados a partir da data ca tomada ce deeisio ox da
apresentaga da relatério,
5, © tempo de apreciagio para efeitos de tomada de decisio
sobre a avaliagto efectuadn ¢ apresentada no drgao competeate
do Fstado nfo deve exceder 90 dias, contados da data dereeepeio
do processo de avaliagio.
anteriores 6 ef
Arvo 46
(Prestagso de gorantia de desempenho}
Para o cumprimenta dos termos e condigdes constantes das
sutorizagdes da exploragao petrolifera, as operadores devem
prestar uma garantia financeira, nos termos a regulamentar.
‘Antio0 47
(Areas petroliteras reservadas)
No intetesse pablico, o Governo pode preserva a terta para
pedidos de explorugao petroltfera, especifieando os tipos de
atividades incompativcs.
AwiiG0 48
(Besenvelvimente local
Lina percentagem das receitas goradas pela actividede
petrolifera é canalizada no Orgamento do Estado pars 0
desenvolvimento das comunidades das dteas onde se localiza
‘os respectivos empreendimentos pettoliferos,
Axrico 49
(Desenvolvimento da actvidade industrial)
1. Os recursos petroliferas devem ser usados, sempre que
necessitio. como matéria-prima para a inddstria wansformador.
2. © Estado pode requisitar © produto petiolifeso pregos
negocidveis para seu uso na inddstria local, sempre que os
Interesses comerciais do pats 0 exijam,
3. Anctividade de transformagio industrial de matérias-primas
provenientes da exploracao petroltiera é regulada por legislagio
specific.
Axrica 50
(Inigiativa de transparéneia extractiva)
As empresas de exploragio pettolifera sto obrigadas a
publicitar os seus resultados, os montantes pagos:
‘como os enargos relativos & responsabilidade social e corpori
sujelta A isenbizagao,
Annico $1
(Direto de uso de intraesteuturas)
1-0 proprietirio de uma infia-estrutura ¢ 0 titular do direito
de uso de uma infra-estrutura, ao abrigo da presente Lei, tem a
obrigagio de dar 9 dteto aterceires de uso das infa-estuturas
relacionadas com as operagies petwoltfenss, sem discriminagao
€ em lermos comerciis razodvels, comtanto qu
4) aja capacidade disponivel nas infa-estrutras:
+) ni hajam problemas téenicos insupordveis que possam
impedit 0 uso das infia-estruturas para satistazer os
pedidos de tereeios,
2. Scacapacidade dispontvel da infra-estrutura for insuficiente
para acomodar os pedidos de terceitos, © proprietivio da infra
cestrutura €obrigado a aumentar a capacidade para que, em tetmos
comercialimente razodveis, os pedidos de terceines possam ser
sleitos, eontanto que!
4) 0g tereeiros demonstrem necossidudes de aumento de
capacidade, supottados por certificado de reservis
adequados, de acordo com as boas priicas da indistia
de petnoleo:
15) tal aumento ndo cause um efeito adverso sobre a
integridade téenien ou a operagao segura da infra
cestrutura;
cc} os tereciras tenham asscpurade fundas suficientes
para suportar os custos do pedido de aumento da
ceupacidade,
3. Qualquer disputa entre © propriettrio da infra-estrutura ou
‘o titular do diveito do uso di infra-estrutura e terceiras, relative
20 uso da infia-estutura, & eesolvida por aeordo e, nfo havendo,
por uma entidade independente, nos termos a regulames
Annie 52
(Propriedade dos dados)
|. Todos os dados obtides ac abrige de qualquer contrato ou
ceontrato de concessio previsto na presente Lei sao propricdade
do Estado,
2 Os termas © contligdes do exereieio de direitos sobre os
ddados so fixados em regulamento na respective contrnto ou
ceontrato de concessao,
Agrico 53
(Transmigse)
1. Atransmisso directa de direitos e obtigagGes atributdos
abrigo de um contrato de concessio, a uma aliliada ou aterceiros,
deve ser feita de acordo com a legislagio mogambicana ¢ esta
sujeltn a aprovagio do Governo,
2. A presente disposigdo também aplica-se a outras,
ransmissdes directas ou indireetas de interesses participativos
nos contratos de concesséo, ineluindo a cessio de acces, quotas
cu ontras formas de participagbes, da entidude titular de direitos
a0 ubrigo do contrato de concessio.
CAPITULO VI
Terra e Ambiente
Aarico 54
(Us0 € aproveitamento da terra © sorvidio de pastagem)
1, Ousoe aproveitamento da terra para vealizago de operagoes
petroliferas regem-se pelt legislagio de terras
2, Pata efeitos de realizagio de operagdes petroliferas. a
duragao da direito de uso e aproveitamento da terra é compativel
com 0 estabelecido na respectivo contrato de concessio,
3. As deas que circundam as infra-estruturas numa faixa de
cinguenta metros, consideram-se zonas de proteceio parc
4A area designada como zona de seguranga da infra-estrutura
€ definida por reyulamento. Maas — (24)
ISERIE—NOMERO 66
5. O titular do direito de exercicio de operagdes petroleras
‘que, por fore do excrcicio dos seus direitos na fea do contvaro
de convessio, cause danos is culturas, solos. comstrugiies,
equipamentos ou benfeitorias, icarre na obrigagaio de indemnizae
os titulares dos referidos bens, nos termos da legislagao aplicdvel.
6. Se as operagiies petroliferas causarem dano ambiental
‘ou poltiglo, o titular de direitos para 0 exercicio de nperagses
petroliferas ineorte na obrigagiio de indemnizar a parte afectada
plo prejufzo ou dano causado, independentemente da culpa,
7. Sem prejutzo do pagamento das indemnizagées que sto
dovidas,o titular do divelto de realizagode nperagbes petroliferas
pode cxigit # constituigio de serviddies de passagem, em
‘conformidade com a legislagio em vigor. para acesso aus loeais
onde as operugies petroliferas so vealizadas.
Aanico 35
(Fiscalizagso ambiental)
© Governo assegura a observineia sigorosa das norinas,
de protecgsi e reabilitagio ambiental, nos tesmos da lei © das
cconvengses @ bous priticas internactonais,
Agtico 56
(Responsabllizagéo por danos)
(Os operadores pettoliferos devem ser responsubilizados pelos
dans om infra estrituras, ab meio ambiente, s dguas terrtoriais|
© A saide publica no manuseamento, transporte. pesquisa ©
exploragiia de petrélea ¢ gas,
Arnie $7
(Protecei0 de recursos naturals)
LO Governo deve estabelecer um plano de proteegio de
recursos naturais, em particular no que se refere ao controle
dla pirataria, derrames de hidrocarbonetos e protegao da zona
ceconimica exclusiva
2. O investidor deve gavantir a cvexisténcia com a fauna
_matinha e outros ecassistemas especialmente em Areas de
cconservagdi & de desenvolvimento da aetividade pesqueira
Anno 58
(Zonas de protecgio totale parcial)
exerci da atividade perolifera em zunas de protegio total
« parcial, obedece as disposicdes da legislagie aplicdvel.
CAPITULO VI
Explosivos e Material Radioactive
Arico 59
(Ute de explesivos}
1, O uso de substincias explasivas nat a
sujeita & legislage mogambieana,
2. No plano de exploragic da petrolffera deve se ineluir a
adopgao de téenicas e medidas de seguranca sabre o planeamento,
exceugda €o monitoramento do use de explasives. que deve ser
submetida i aprovagao das entidades competentes.
ividade petfolifera é
Arrico 60
(Explosives permitides na actividad petrlitera)
As substincias explosivas permitidus idade petrolifera
sin, em exchisivo, apenas as que legalmente constam ds
legislagio em vigor em Mogambique.
Arcica 61
(Aquisigao, transporte e uso de explosives)
A aquisigao, transporte, manuseamento, armazenamento.¢ uso
de produtos explosivos, pélvoras e artificios de inicingan deve
ser efeetuados por pessoal entidade devidamente licenciada,
mediante autorizagao expeotfica.
Agnico 62
(Waterial adioactivo)
1. Algin do previste nn n.*2 do artigo 57 da presente Lei, o uso
ccaproveitamento dos recursos pettolfferos deve. igualmente, ser
cexereidos em contormiducle com as normas viventes de protecgiio
contra a expasigio A radingdes ionizantes
2. A prospeega pesquisa eas demais operagdes peteoiforas,
no que diz respeite & exposigao de pessoas, bens micio ambient,
a radiagies ionicantes, estio sujeita & prévia autorizugao
dda Autoridade Regaladora da Energia AtGmica.
Antigo 68
(nspecgao e iscalizagao)
1. A actividade de exploragio petrolifera estd sujeita 3
ingpecgiie fiscalizagio, visando garantir o uso e aproveitamento
racional e sustentavel dos recursos petaliferos,
2. Compete a Inspegdo Geral doy Ministerio que superintende
1 rea dos recursns petroliferos a controle do camprimento da
presente Lei © demais disposigies legais que regulamentam
4 actividade petrolifera e a seguranga técnica nas actividades.
petroliteras,
3. Para a sealizagio da inspeegio, @ Governo pode. ainda,
homes uma entidade independent ou uma comisséo etiada para
‘efeite, nos termos a regulamentar
Arrnio 64
(Acesse 2 zonae de jurissi¢do maritima)
© acesso aos loeais ou infra-estruturas para operagses,
petroliferas localizadas nas dguas interiotes, no mar territorial, na
platatorma continental e na zona ccondmica exclusiva ¢ demais
‘onas de jurisdigio mauftima é definido nos termos da legisla
aplicavel
Agrico 65
(inspecea0)
1. As infra-estraturas e locais onde estejam a ser realizadas
operagives petroliferas estdo sujeitas A inspecgdo e auditori
2. A inspeeeao © auditoria sio realizadas por uma comissiio
criada pelo Governo ou por uma entidade independente por este
indicada,
Amico 66
(Protecgio e seguranga ambiental)
1. Para além de levar a cabo as operagdes petrliferas de acordo
‘com as boas priticas da industria de petrsleo, o titular de dite
de weconhecimenio, pesquisa c produgio, construc, instalags
Coperagao de infra-estruturas c sistemas olcodutos ou gasixtutos.
deve realizar as operagées petroliferas em conformidade com a
legislagio ambiental e outra aplieavel, com o fim de:
a) assegurar que nao haja danos ou destruigées ecol6gicas
catrsudlos pelas operagies petroliferas e que, quando
inevitiveis, que as medidas para a protecgio do
ambiente estio em conformidade com padréies
internacionalmente accites, devendo para este
feito realizar c submeter as entidades competeates
para aprovagio de estudos relatives aos impacto
ambientais, incluindo medidas de mitigagio deste
impacto; 18 DE AGOSTO DE 2014
{bj controlar 0 fuxo ¢ evitar a fuga ou a perda do petrGleo:
‘cJevitar a danificagio do depSsito de petrileo:
dd) evitar a destruigio de tertenes do lengol fredtico, dos
vias, dos lagos, da flora ¢ da fauna, das culturas. dos
edificios ou de outras infra-estruturas ¢ bens,
«) lienpar os loeais apcs fugas Ou descargas, cessagio do
‘uso das infia-estruturas ou tétmino das operagoes
potroliferas e cumprit com os requisites para a
restauragho do ambiente:
“P varantic a segusanga do pessoal na planificagio e conduglo,
de operagies petroliferes:
_g) eeportar ao Governo sobre 0 nimero © quantidades de
descargts ou fuigas operacionaise acidentais, derramnes.
fe desperdicios © perdas resultantes das operagoes
pewoliferas
2.0 titular de direitos ao ubrigo da presente Lei deve actus
nw condagio de operagies petolferes de Forma segura cefectiva
Com arfim de garantir que seja dado ur destino ais iguas poluidas
cap desperdieio, de scordo com os métodos aprovados, bem
como o encerramento desmobilizagio segura de todos 0s furos
ce pogos antes do seu abandono,
CAPITULO VEL
Disposigdes Finais
Aarico 67
(intracgées)
1. Constituem, dentre outras, violagdes as disposigtes da
presente Li e sujeitas a sangées, as seguintes:
qjexercicio de operagies petrolfcrassem orespectivo titulo
cit apravagoes necessarias:
1b} sonegagao de informagio eblida no exereicio das
‘operagdes pettoliferas ov divulgagia indevida da
informagao:
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