2021 Liv Rfnascimento
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2021 Liv Rfnascimento
Fundamentos e aplicações
em matrizes ambientais
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
Ministro da Educação
Milton Ribeiro
IMPRENSA UNIVERSITÁRIA
Diretor
Joaquim Melo de Albuquerque
CONSELHO EDITORIAL
Presidente
Joaquim Melo de Albuquerque
Conselheiros*
Prof. Claudio de Albuquerque Marques
Prof. Antônio Gomes de Souza Filho
Prof. Rogério Teixeira Masih
Prof. Augusto Teixeira de Albuquerque
Prof.ª Maria Elias Soares
Francisco Jonatan Soares
Prof. Luiz Gonzaga de França Lopes
Prof. Rodrigo Maggioni
Prof. Armênio Aguiar dos Santos
Prof. Márcio Viana Ramos
Prof. André Bezerra dos Santos
Prof. Fabiano André Narciso Fernandes
Prof.ª Ana Fátima Carvalho Fernandes
Prof.ª Renata Bessa Pontes
Prof. Alexandre Holanda Sampaio
Prof. Alek Sandro Dutra
Prof. José Carlos Lázaro da Silva Filho
Prof. William Paiva Marques Júnior
Prof. Irapuan Peixoto Lima Filho
Prof. Cássio Adriano Braz de Aquino
Prof. José Carlos Siqueira de Souza
Prof. Osmar Gonçalves dos Reis Filho
* membros responsáveis pela seleção das obras de acordo com o Edital n.º 13/2019.
Ronaldo Ferreira do Nascimento
Jefferson Pereira Ribeiro
Eliezer Fares Abdala Neto
André Gadelha de Oliveira
Francisco Belmino Romero
Processos eletrolíticos
Fundamentos e aplicações
em matrizes ambientais
Fortaleza
2021
Processos eletrolíticos: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais
Copyright © 2021 by Ronaldo Ferreira do Nascimento, Jefferson Pereira Ribeiro,
Eliezer Fares Abdala Neto, André Gadelha de Oliveira, Francisco Belmino Romero
Todos os direitos reservados
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Av. da Universidade, 2932, fundos – Benfica – Fortaleza – Ceará
Coordenação editorial
Ivanaldo Maciel de Lima
Revisão de texto
Adriano Santiago
Normalização bibliográfica
Luciane Silva das Selvas
Programação visual
Sandro Vasconcellos / Thiago Nogueira
Diagramação
Sandro Vasconcellos
Capa
Heron Cruz
ISBN: 978-65-88492-44-4
1. Processo eletrolítico. 2. Efluente têxtil. 3. Engenharia Química. I. Nascimento,
Ronaldo Ferreira do. II. Ribeiro, Jeferson Pereira. III. Abdala Neto, Eliezer Fares. IV.
Oliveira, André Gadelha de. V. Romero, Francisco Belmino. VI. Título.
CDD 660
PREFÁCIO
Introdução
Fonte de alimentação
1,0 A
+ –
Ânodo Cátodo
Conceitos básicos
1
L = __ (Eq. 1.1)
R
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 17
Onde:
L = condutância (S = Ω-1)
R = resistência (Ω)
ρ.1
R = _____ (Eq. 1.2)
A
Onde:
ρ = resistividade (Ω cm-1)
l = comprimento
A = área
Sabe-se que:
1
___ 1 1
= ___ . ___ (Eq. 1.3)
ρ R A
1 1
K = ___ . ___ (Eq. 1.4)
R A
l
A relação ___ é conhecida como constante da célula (K). Dessa
A
forma, a Equação 1.4 pode ser reescrita como:
l
R = ___ . K (Eq. 1.5)
R
Onde:
i
___ = corrente por unidade de área da secção transversal, também
A
conhecida por densidade de corrente ( j ).
V
___ = queda de potencial por unidade de comprimento ou gradiente
l
de potencial, ou intensidade do campo elétrico ( E ).
Concentração (C)
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 21
Onde:
Λ = condutividade molar (S ∙ cm2 ∙ mol-1)
1
fi = __
2 Ʃ C Z
i
2
i (Eq. 1.11)
Onde:
fi = força iônica
Ci = concentração
Zi = carga do íon
5
tração, viscosidade, pressão,
KO
H
agitação e pH. 4
Eletrodo
+ + +
+ + – фMe n+
+ –
+
ELETRODO + –
+
+
фMe + +
+ – +
+
+
+
–
x1 x2 x
(CIH) (CEH)
E = iRe +
q
____
+
CER CET
q .
____
. . E = iRe+ q ( CER+ CET
_________
CER x CET ) (Eq. 1.16)
E = iRe + ( )
q
____
CET
(Eq. 1.17)
Sendo i = dq/dt,
E=
dq
___
R +
dt e ( )
q
____
CET
(Eq. 1.18)
dq _______
___ q E
+ = ___ (Eq. 1.19)
dr ReCdce Re
30 Estudos da Pós-Graduação
[ (
q = ECdce 1 – exp – ______
t
ReCdce
)] (Eq.1.20)
Como estamos interessados na corrente elétrica que atravessa a
célula eletroquímica, calcularemos a derivada da equação acima. Desse
modo,
dq
___
dt
E
= i = ___
Re
[exp (– ______
RC
t
)]
e dce
Eq. 1.21)
t
Fonte: Adaptado de (BARD; FAULKNER, 2000).
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 31
E=
dq
___
R +
dt e ( )
q
____
CET
(Eq. 1.22)
E
E considerando também que ʋ = ___, sob a condição de q = 0
t
quanto t = 0,
t
[
q = ʋCdce 1 – exp – ______
ReCdce
( )] (Eq.1.23)
posta de corrente varia muito, uma vez que diversas mudanças termodi-
nâmicas e cinéticas ocorrem simultaneamente, e o leitor está convidado
a estudar a dedução das equações mostradas a seguir nos livros-texto
dedicados à eletroquímica, caso haja interesse (BARD; FAULKNER,
2000; BOCKRIS; REDDY, 1970; DAMASKIN, 1981; DENARO,
1974; OLIVEIRA-BRETT; BRETT, 1996; TICIANELLI; GONZÁLEZ,
2013; WOLYNEC, 2013).
i
v C dce
- v C dce
t
Fonte: elaborada pelos autores.
i=i
º
{exp (____
αzF
RT
η) – exp[– _______ η]}
(t–α)zF
RT
(Eq.1.28)
Região anódica
Região catódica
Região total
i
E – E eq
Fonte: elaborada pelos autores.
1) Supondo η » 0
termo exp
(– (t–α)zF
RT
)
______ η se anula, e a equação de Butler-Volmer se
reduz a
ia = i
º
[exp (____
αzF
RT
)] (Eq. 1.29)
2) Supondo η « 0
ic = – i exp
º [_______
(t–α)zF
RT
η) (Eq.1.30)
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 35
i
η = ±b log ___ (Eq. 1.31)
io
log i
H
+
+e
-→
ne –
_1_ H
+
n+
2
M
2
e–
icorr
H ++
M
n+
2 H2 →
+
iHo 2 / H+sobre M
ne
–
_1_
→
M
o
i M / M n+
EMo / M n+ Ecorr o
EH2 / H+ E
log i
o
log iH2 / H+ 2H + e–
+2 n+ +n
e -→ M
H2 M→
log icorr
o
log iM / M n+
RAMO CATÓDICO RAMO ANÓDICO
Ecorr E
seja por ativação. Nem todas as curvas são simétricas ou permitem que
se aplique o método de extrapolação de Tafel. McCafferty publicou, em
2005, um trabalho intitulado “Validation of corrosion rates measured by
the Tafel extrapolation method”, publicado na revista Corrosion
Science, v. 47, ed. 12, 2005.
log io
(a)
log io (b)
E
Fonte: elaborada pelos autores.
log i
(a)
log icrit
TRAN
VA
ATI
S
PASSIV
IVO-
PASS O
IÃ
REG
AÇÃO
(b)
PASSIVAÇÃO
log ipass
EF E
Fonte: Adaptado de (WOLYNEC, 2013).
40 Estudos da Pós-Graduação
Referências
Eletro-oxidação
Eletrocoagulação
Al(s) → Al3+
(aq)
+ 3e- (Eq. 2.4)
Fe(s) → Fe2+
(aq)
+ 2e- (Eq. 2.5)
Fe2+ 3+ -
(aq) → Fe (aq) + e (Eq. 2.6)
Fe2+
(aq)
-
+ 2OH(aq) → Fe(OH)2(s) (Eq. 2.8)
Fe3+
(aq)
-
+ 3OH(aq) → Fe(OH)3(s) (Eq. 2.9)
2+ + 1
__ 3+ +2OH-
2Fe(aq) O + H2 O → 2Fe(aq) Eq. 2.13)
2 2(aq) (aq)
Fe2+
(aq)
+ 2e- → Fe(s) (Eq. 2.14)
+2e- → 3FeO + 2OH(aq)
Fe3O4(s) + H2O - (Eq. 2.15)
1a Lei de Faraday
m = k1 . Q (Eq. 2.19)
Onde:
m = massa da substância liberada em gramas (g)
k1 = constante de proporcionalidade
Q = quantidade de carga elétrica em Coulombs (C)
2a Lei de Faraday
m = k2 . E (Eq. 2.20)
Onde:
m = massa da substância liberada em gramas (g)
k2 = constante de proporcionalidade
E = equivalente-grama da substância em estudo
Q = i . t (Eq. 2.21)
m = [K . Q . E] (Eq. 2.24)
m = E (Eq. 2.25)
1
_______ MM
m= . _____ . i . t (Eq. 2.28)
96.486 x
(___________ ) ( )
Δmexperimemtal Δm
.100 ... φ = ___________ .
100 ...
experimemtal
φ=
Δm
teórico MM.i.t
_______
F.x
φ=( ) 100
Δm . F. x
_______________ .
experimemtal
(Eq. 2.30)
MM.i.t
Onde:
φ: eficiência de corrente (%)
Δmexperimental: valor de massa obtido via experimental
Δmteórico: valor de massa obtido via Lei de Faraday
– +
–+–+
alimentadores
Elotrodos
Ânodo Elotrodos
monopolar
REATOR REATOR
• Forma ou design • Forma ou design, tempo de detenção /
• Mecanismo de mistura método de mistura, escalonamento,
• Escalonamento espaço para sedimentos/espuma
• Espaço para sedmentos/espuma PROCESSO
PROCESSO • Características do efluente (real
• Eletrodo (material, geometria, arranjo e ou sintético), modo de fluxo, nível
espaçamento de toxidade e adição de químicos,
• Características do efluente (real ou recirculação/aeração
sintético) OPERAÇÃO
• Nível de toxidade • Razão aérea de eletrodo/volume de
• Presença de íons provenientes de sais efluente, densidade de corrente, tensão
em excesso da célula eletroquímica, pH inicial,
OPERAÇÃO aditivos químicos, temperatura
• Razão aérea de eletrodos/volume de • Características das bolhas
efluente, densidade de corrente, tensão • Eficiência desejada de remoção do
da célula eletroquímica, pH inicial, poluente
aditivos químicos, temperatura • Passivação e deposição de lodo/floco
• Características das bolhas sob a superfície dos eletrodos
• Eficiência de remoção do poluente em • Método de remoção de espuma/
estudo sedimento
• Passivação e deposição de lodo/floco • Sedimentação e filtrabilidade da
sob a superfície dos eletrodos suspensão de lama e lodo tratadas, além
• Dissolução anódica de cuidados com o sobrenadante
• Inversão de polaridade, eficiência de • Inversão da polaridade, eficiência de
corrente e consumo de energia corrente e consumo de energia
• Características do lodo • Manutenção dos eletrodos
5 5
+ – + –
8
3 4 3 4
9
2 7 2
10 11
6
1 1 12
13
CE = ∫ U . i . dt (Eq. 2.32)
0
Condição ótima Condição não ótima Condição ótima Condição não ótima
menor carga superficial maior carga superficial maior carga superficial menor carga superficial
massa elevada baixa massa baixa massa massa elevada
alta geração de bolhas alta geração de bolhas baixa geração de bolhas baixa geração de bolhas
α elevado α baixo α baixo α elevado
β elevado β elevado β baixo β baixo
evolução rápida evolução rápida de evolução lenta de evolução rápida de
de flocos formados flocos formados menos flocos formados menos flocos formados mais
mais porosos e estáveis porosos e estáveis porosos e estáveis compactos e estáveis
Fonte: HARIF & ADIN (2011) – (adaptado).
I . d
_____
ηIR = (Eq. 2.33)
A.K
Efeito do pH
Eletro-oxidação ou
eletrorredução
Interação física
Mecanismo de remoção
0.6
0.4
Al(OH)2+
0.2 Al(OH)2+
Al(OH)3
0.0
0
B Al3+
-2 Al(OH)2+
Log [M]
-4
Al(OH)2+ Al(OH)4-
AlT
-6
Al(OH)3
2 4 6 8 10
pH
Al(OH)3(s) Al3+ – .
(aq) + 3OH(aq) . . pK5 = 31,5 (Eq. 2.41)
Fe(s) → Fe2+ – .
(aq) + 2e . . Eº = + 0,41V (Eq. 2.42)
3+
Fe(s) → Fe(aq) + 3e– ... Eº = + 0,04V (Eq. 2.43)
2+ .
Fe3+ –
(s) + e(aq) → Fe(aq) . . Eº = + 0,77V (Eq. 2.44)
2–
FeO4(aq) + 3e– → Fe3+ .
(aq) + 4H2O . . Eº = + 2,20V (Eq. 2.45)
2+
Fe(aq) + H 2O Fe(OH)+(aq) + H(aq)
+
... pK = 9,397 (Eq. 2.46)
Fe2+
(aq) + 2H2O
+
Fe(OH)(aq) +
+ 2H(aq) ... pK = 20,494 (Eq. 2.47)
2+
Fe(aq) + 2H2O +
Fe(OH)2(s) + 2H(aq) ... pK = 13,564 (Eq. 2.48)
2+
Fe(aq) + 3H2O Fe(OH)-3(aq) + 3H+(aq) ... pK = 28,991 (Eq. 2.49)
3+
Fe(aq) + H 2O 2+
Fe(OH)(aq) +
+ H(aq) ... pK = 2,187 (Eq. 2.50)
3+
Fe(aq) + 2H2O Fe(OH)+ + .
2(aq) + 2H(aq) . . pK = 4,594 (Eq. 2.51)
74 Estudos da Pós-Graduação
3+
Fe(aq) +
+ 3H2O Fe(OH)3(aq) + 3H(aq) ... pK = 12,56 (Eq. 2.52)
3+
2Fe(aq) + 2H2O Fe2(OH)+2(aq)+2H+(aq) ... pK = 13,771 (Eq. 2.53)
3+
2 Fe(aq) + 4H2O Fe3(OH)5+ + .
4(aq) + 4H(aq) . . pK = 6,228 (Eq. 2.54)
+ .
Fe3+
(aq) + 4H2O
-
Fe(OH)4(aq) + 4H(aq) . . pK = 21,588 (Eq. 2.55)
Fe2+ 3+ -
(aq) + O2(aq) + 2H2O → Fe(aq) + 4OH(aq) (Eq. 2.56)
2+ -
Fe(aq) + 2 OH(aq) Fe(OH)2(s) (Eq. 2.57)
1.0
A
Fe(OH)3
0.8 Fe(OH)2+
Fe(OH)2+
Fração molar α
0.6
0.4
Fe3+ Fe(OH)4-
0.2
0.0
-2
B
-4
Log [M]
-6
-8 FeT
Fe(OH)3
Fe(OH)4-
Fe
-10
(O
Fe3+
H)
Fe(OH)2+
2 +
-12
2 4 6 8 10
pH
–
2Cl(aq) + 2e – → Cl2(aq) (Eq. 2.59)
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 77
- – +
Cl 2(aq) + H2O HOCl (aq) + Cl(aq) + H(aq) (Eq. 2.60)
2Fe2+ 3+ -
(aq) + 2HOCl → 2Fe(aq) + 2OH(aq)+ Cl2(aq) (Eq. 2.61)
3.0
2.5
2.0
1.5 O2(g) oxidação da água
1.0 3+
+
O2(g) + 4H(aq) + 4e- 2H2O
Al(aq) Al(OH)3(s)
0.5 [incolor] [branco gelatinoso]
0.0 Al(OH)4 Região limítrofe de
E(Volts)
+
H2O, H(aq) (aq)
[incolor] estabilidade da água
-0.5
-1.0 H2(g) + -
-1.5 2H(aq) + 2e H2(aq)
-2.0 redução da água
-2.5 Al(s)
-3.0 [prata]
-3.5
-4.0
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
3+
4Al(s) → 4Al(aq) + 12e– (Eq. 2.62)
– +
4Al(s) + 12H2O → 4Al(OH)3(s) +12e + 12H(aq) (Eq. 2.65)
+
3O2(g) + 12H(aq) + 12 e– 6H2O (Eq. 2.66)
82 Estudos da Pós-Graduação
– – +
4Al(s) + 16H2O → 4Al(OH)4 + 12e + 16H(aq) (Eq. 2.65)
1.2
.4 Fe(OH)3
.2
Fe++
0 Fe(OH)–4
-.2
-.4
FeOH+
-.6
Fe(OH)2
25º C Fe(OH)–2
-.8
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
1.2
.6
.4
Hematite
.2
Fe++
0
-.2
-.4
Magnetite
-.6 FeO(o)
25º C
-.8
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
– Mecanismo 1
pH > 4
0 2+
4Fe2(g) → 4Fe(aq) + 8e– (ânodo) (Eq. 2.69)
2+
4Fe(aq) + 10H2O
+ O2(aq) → 4Fe(OH)3(s) + 8H+(aq) (seio da solução) (Eq. 2.70)
+
8H(aq) + 8e– → 4H2(g) (cátodo) (Eq. 2.71)
4 < pH < 7
+
4Fe(s) + 24H2O → 4Fe(H2O)4 (OH)2(aq) + 8H(aq) + 8e– (ânodo) (Eq. 2.72)
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 87
4Fe(H2O)4
(OH)2(aq) + O2(aq) → 4Fe(H2O)4(OH)3(s)+ 2H2O (seio da solução (Eq. 2.73)
+
8H(aq) + 8e– → 4H2(g) (cátodo) (Eq. 2.75)
6 < pH < 9
– Mecanismo 2
pH < 4
Fe(s) → Fe2+ –
(aq) + 2e (ânodo) (Eq. 2.76)
+
2H(aq) + 2e– → H2(g) (cátodo) (Eq. 2.77)
4 < pH < 9
Fe(s)+ 6H2O +
→ Fe(H2O)4 (OH)2(aq) + 2H(aq) + 2e– (ânodo) (Eq. 2.78)
+
2H(aq) + 2e– → H2(g) (cátodo) (Eq. 2.80)
– Mecanismo 3
4 < pH < 9
2Fe(s)+ 12H + –
2O → 2Fe(H2O)3 (OH)3(aq) + 6H(aq) + 6e (ânodo)(Eq. 2.81)
+
6H(aq) + 6e– → 3H2(g) (cátodo) (Eq. 2.84)
–
2Cl(aq) → Cl2(g) + 2e– (ânodo) (Eq. 2.85)
–
Cl(aq) + H2O → HOCl(aq) + H+(aq) + Cl–(aq) (seio da solução) (Eq. 2.86)
–
Fe(H2O)4(OH)2(s) + HOCl(aq) → Fe(H2O)3(OH)3(s) + H2O + Cl(aq) (seio
da solução) (Eq. 2.87)
)
sê Fe3O4
n
n-ci O2 4
dissolvido cia -
)
au 2 e S
se
u sên O34 (magnetita)
(OD ça de
enç
(OD) aus
CO 3 a P
s
(OD a de
e
ênc
pre
r
Fe O
p
3 4
(OD ia de
2+
=10
) aus de
Fe(aq) ê pre cia (magnetita)
pH
sen
CO 2 - ncia d sên )
e Ferrugem verde PO 3ç-a de au (OD
3 eS e 4
O2-
4 Ferrugem verde
(green rust) ausência d pH
Cores dos produtos sólidos
(OD) =7
(green rust)
Aumento do estado de oxidação
Eletrodo Fe0
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais
Onde:
Cenergia = consumo de energia, em W.h/m3
U = tensão elétrica aplicada no sistema, em Vi = corrente elétrica
aplicada, em A
t = tempo de aplicação da corrente, em h
V = volume de efluente tratado, em m3
Custo de operação
Sendo:
Coperação = custo de operação, R$/m3 efluente
a = custo de energia, R$/kWh
C = consumo de energia, kW.h/ m3 energia efluente
b = custo mássico da placa, R$/kg eletrodo C = consumo do
eletrodo, kg/m3
Tabela 2.5 – Aplicação do processo de eletrocoagulação em diferentes tipos de poluentes
Densidade de
Poluente/tipo Tempo Ânodo – Remoção
corrente, corrente pHInicial Referência
de efluente (min) cátodo (%)
elétrica ou tensão
Amônia (NH4+) 16,7 mA cm-2 60 7,0 Al-Aço inox. 99,0 (MAHVI et al., 2011)
(MOUSSAVI; MAJIDI;
Cianeto (CN-) 15,0 mA cm-2 20 11,5 Fe-Fe 87,0
FARZADKIA, 2011)
5,0 mA cm-2 90 3,0 Al-Al 87,0 (AOUDJ et al., 2015)
em diferentes matrizes
Grafite-Grafite
Fosfato (PO43-) 10 mA cm-2 15 e 60 5,0 Al-Fe 96,0 - 93,0 (KUOKKANEN et al., 2015)
3,0 mA cm-2 30 e 120 9,0 Al-Al e Fe-Fe 100 - 100 (LACASA et al., 2011)
91
(continuação Tabela 2.5)
92
Densidade de
Poluente/tipo de Tempo Ânodo –
corrente, corrente pHInicial Remoção (%) Referência
efluente (min) cátodo
elétrica ou tensão
(MURUGANANTHAN; RAJU;
Sulfato (SO42-) 62 mA cm-2 15 7,0 Fe-Fe 71,3 e 30,0
PRABHAKAR, 2004)
Antimônio (Sb3+) 22,0 mA cm-2 60 2,0 Al-Al 96,5 (ZHU et al., 2011)
2,4-4,0- Fe-Fe, Al-Al
30 mA cm-2 (AC) 60 99,6 - 97,8 - 99,6 (WAN et al., 2011)
Arsenito (III 7,0 e Fe-Al
– AsO33-)
0,14 mA cm-2 15 e 60 7,0 Fe-Fe 99,9 (WAN et al., 2011)
Arsenato (VI
– AsO43-)
4,0 mA cm-2 40 7,0 Al-Al 99,0 (HU; LO; KUAN, 2014)
(VASUDEVAN; LAKSHMI,
Cádmio (Cd2+) 2,0 (AC) e 2,0 (DC) 120 7,0 Zn-Zn 97,8 e 96,9
2011)
10,84 e 32,52 mA (GOLDER; SAMANTA; RAY,
50 3,4 Fe-Fe 81,5 e 99,9
cm-2 2007)
48,78 e 32,78 mA (GOLDER; SAMANTA; RAY,
Cromo (III) (Cr3+) 40 e 60 3,4 Fe-Fe 100
cm-2 2007a)
Estudos da Pós-Graduação
5,0 mA cm-2 90 3,0 Al-Al e Fe-Fe 25,2 e 99,8 (AOUDJ et al., 2015)
Cromo (VI) 120 e (HEIDMANN; CALMANO,
(CrO42-; Cr2O72-) 3,3 mA cm-2 5,5 Al-Al 70 - 75
150 2008)
1,0 mA cm-2 20 4,5 Fe-Fe 98,2 e 98,8 (ZEWAIL; YOUSEF, 2014)
(BHATTI; REDDY;
24 V 24 5,0 Al-Al 90,4
THUKRAL, 2009)
15,0 mA cm-2 60 5,0 Al-Al 67,3 (ZONGO et al., 2009)
(HEIDMANN; CALMANO,
Prata (Ag+) 3,3 mA cm-2 30 e 50 5,5 Al-Al 60,0 - 66,0 - 90,0
2008)
10,20 e (AL AJI; YAVUZ; KOPARAL,
25 mA cm-2 5,5 Fe-Fe 98,0
40 2012)
Zinco (Zn2+)
15 mA cm-2 35 3,0 Al-Al 98,0 - 70,5 (HANAY; HASAR, 2011)
93
94
Remazol Red
RB133 10,0 mA cm-2 10 6,0 Al-Aço inox. 96,9** e 96,9*** (VALERO et al., 2008)
Matéria orgânica
5,8 mA cm-2 90 5,0 Al-Al 71,0** (MOHORA et al., 2012)
natural (NOM)
Fármaco
17,5 mA cm-2 15 2,0 Al-Al 99,0**** (OUAISSA et al., 2014)
tetraciclina
Surfactante
(YÜKSEL; ŞENGIL; ÖZACAR,
Dodecil sulfato 0,5 mA cm-2 10 5,0 Fe-Fe 81,6****
2009)
(SDS)
Fonte: Adaptado de GARCIA-SEGURA (2017). * DQO (Demanda Química de Oxigênio); **COD (Carbono Orgânico Dissolvido);
*** (Remoção de cor) e **** (Remoção da espécie do poluente).
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 95
Referências
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100 Estudos da Pós-Graduação
Introdução
Figura 3.1 – Ilustração da corrente pulsada (ton: tempo do pulso; toff: tempo de
relaxação)
Corrente (mA.cm-2)
ton
amplitude do pulso
Figura 3.2 – Visão microscópica do efeito da corrente pulsada nos processos que
ocorrem durante a eletrocoagulação
Como foi mostrado na reação 3.1, uma das reações que pode
ocorrer no ânodo é a oxidação da água, que diminui o pH momentane-
amente na superfície do ânodo, favorecendo a passivação do alumínio.
A passivação aumenta a resistência do alumínio à corrosão e pode
ocorrer por conta da polarização do ânodo. A presença de íons haló-
genos, como cloreto, favorece a destruição da camada de passivação,
uma vez que eles penetram na camada de óxido ou a dispersa sob forma
coloidal, aumentando sua permeabilidade (GENTIL, 2017). A dimi-
nuição da polarização do eletrodo também favorece a diminuição da
passivação do alumínio, tornando o uso da corrente pulsada muito im-
portante para esse processo.
Como citado em alguns trabalhos a respeito da aplicação da ele-
trólise, uma das desvantagens é o consumo de energia elétrica, que pode
ocasionar o aumento do custo do processo. O uso de corrente cintínua
(direta) pulsada surge como uma alternativa bastante viável para a so-
lução deste problema. Por definição, a corrente pulsada é o fluxo uni ou
bidirecional de partículas carregadas que cessam por um período de
tempo finito. A corrente pulsada é caracterizada pelo aspecto de uma
unidade elementar desse tipo de corrente chamado pulso. Um pulso
único é definido como um evento elétrico isolado separado por um
tempo finito do próximo evento. Se uma voltagem fixa for aplicada a
um circuito elétrico de resistência simples, uma corrente unidirecional
será induzida no condutor. Se o circuito for periodicamente interrom-
pido, abrindo e fechando um interruptor do circuito, o movimento de
elétrons produzido irá começar e parar em sincronia com o fechamento
e a abertura do interruptor.
A corrente produzida é intermitente e somente em uma direção, e
é referida como pulsada monofásica. De maneira semelhante, se uma
voltagem alternada for aplicada a um circuito elétrico simples e o cir-
cuito for interrompido no término de cada ciclo de voltagem alternada,
os elétrons nos condutores irão mover-se brevemente para trás e para
frente, parar e depois começar a oscilar novamente. A corrente produ-
zida é intermitente e o movimento da partícula carregada é bidirecional.
Tal corrente é chamada de corrente pulsada bifásica. (FUIRINI JUNIOR,
2005). Cunha et al. (2013) explicam que, no processo eletrolítico
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 121
ton
amplitude do pulso
Inversão de polaridade
Figura 3.4 – Esboço da inversão de polaridade (eletrodos ora são ânodos e ora
cátodos)
+ – – +
Tempo
Parâmetros
Matriz Técnica utilizada Resultados Referência
monitorados
Percentuais de remoção
Cor, carbono
de cor acima de
Água natural Eletrocoagulação orgânico dissolvido ROCHA et
70,17% e baixos
bruta e eletro-oxidação (COD), turbidez e al., 2018
valores de consumo de
consumo de energia
energia
Remoção de DBO de
81,23%, redução da
cor, turbidez, sólidos
suspensos totais,
Demanda sulfato e sulfeto. Não
bioquímica de foi necessário aplicar
Efluente oxigênio (DBO), uma frequência de MARTINS
Eletrocoagulação
têxtil frequência de pulsos pulso muito alta para et al., 2017
e velocidade de obter uma boa remoção
agitação de DBO. Dessa forma,
o efluente tratado
poderia ser reutilizado
no próprio processo
produtivo têxtil
Comparação entre
corrente contínua e A corrente pulsada
corrente pulsada e apresentou maior
como elas remoção de cor e
Água natural Eletrocoagulação OLIVEIRA,
influenciaram nos menor consumo de
bruta e eletro-oxidação 2018
parâmetros de cor, energia (diminuição de
carbono orgânico cerca de 50% frente à
dissolvido e corrente contínua)
consumo de energia
Remoção de 69,20%
de DQO, 89,29% de
DBO, 100% de
Demanda química remoção de fósforo
Efluente de de oxigênio (DQO) total e coliformes
Eletrocoagulação/
lagoa de e bioquímica totais, permitindo que MAIA, 2014
flotação
estabilização (DBO), fósforo total o efluente fosse
e coliformes totais descartado. O uso da
corrente pulsada
favoreceu a diminuição
do custo elétrico
124 Estudos da Pós-Graduação
Após 10 minutos de
tratamento, 94,71% da
biomassa proveniente
das microalgas foi
removida do meio
Massa de microalga
aquoso e flotou. O
obtida após a
eletrodo que
aplicação do
Água apresentou menor
processo de MAIA et al.,
contendo Eletrocoagulação consumo de energia e
eletrocoagulação e 2018
microalgas maior percentual de
melhor eletrodo para
remoção foi o
a realização do
alumínio. Assim, a
processo eletrolítico
obtenção de biomassa
microalgal foi bastante
favorecida pela
eletrocoagulação
usando corrente
pulsada
Obtiveram-se
percentuais de remoção
Cor, carbono de cor e COT de
Eletrocoagulação/
orgânico total 87,72% e 86,27%,
Efluente flotação usando OLIVEIRA
(COT) e efeito da respectivamente. A
têxtil eletrodos et al., 2018
nitretação dos nitretação dos eletrodos
nitretados
eletrodos melhorou a eficiência
do tratamento usando
corrente pulsada
Referências
PROCESSO ELETROLÍTICO
APLICADO EM EFLUENTES TÊXTEIS
Fibras Naturais
– abertura
– carda
– passadeira
– reunideira
– penteadeira
– maçaroqueira
– filatório
Obtenção do fio a partir das fibras
– conicaleira
têxteis que pode ser enviado para o
Fiação – retorcedeira
beneficiamento ou diretamente para
– vaporizador
tecelagens e malharias
Fibras Sintéticas /
Artificiais
– chips
– extrusão
– bobinagem
– estiragem
– enrolamento
– texturização
Chamuscagem, purga/limpeza,
alvejamento, mercerização e
Preparação dos fios para seu uso final
caustificação, tingimento,
ou não, envolvendo tingimento,
estamparia, secagem,
Beneficiamento engomagem, retorção (linhas,
compactação, calandragem,
barbantes, fios especiais etc.) e
felpagem, amaciamento,
tratamentos especiais
acabamento antichama
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 133
Urdimento, engomagem,
Elaboração de tecido plano, tecidos de
Tecelagem e/ou tecimento (tecido), tecimento
malha circular ou retilínea a partir dos
Malharia (malha)
fios têxteis
Chamuscagem, desengomagem
(tecidos planos), purga/limpeza,
alvejamento, mercerização e
caustificação, efeito “seda”,
tingimento, estamparia, secagem,
Preparação, tingimento, estamparia e
sanforização, calandragem,
Enobrecimento acabamento de tecidos, malhas ou
felpagem, navalhagem,
artigos confeccionados
esmerilhagem, amaciamento,
repelência água/óleo, acabamento
antirruga, encorpamento,
acabamento antichama
OH
NO2
O
Nitro
N
O NO2
C.I. Acid Yellow 24
NO
ON OH
Nitroso N O
NO
Fast Green O
CH3
Azoicos (Azo) N N NaO3S N N N
CH3
Methyl Orange
NMe2
Trifenilmetano C
Me2N NMe2
O
C
O O
C C
Ftaleínas O
C HO OH
O Fenolftaleína
O H
H NaO3S N
O
N
Indigoides
N SO3Na
N
O
O H
H
C.I. Acid Blue 71
O NH2
SO2OH
O
O
NH
Antraquinônicos
O
SO2CH2CH2OSO2OH
Orgânicos refratários
Altos níveis de
(surfactantes e agentes
Pastas, gomas, óleos, DBO, sólidos
de tingimento
Finalização espessantes, agentes de suspensos e
sintéticos), agentes de
redução alcalinidade
redução e oxidação
levemente alterada
tóxicos
Fonte: Adaptado de KUMAR; PAVITHRA; DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e
DQO (Demanda Química de Oxigênio).
Figura 4.1 – Dados relativos à divisão por ano da busca nas plataformas de dados
científicos Scopus e Web of Science, no mês de fevereiro de 2019, combinando as
palavras electrocoagulation e response surface methodology (RSM) sem distinção
de tipo de trabalho no período de 2010 - 2018
80
70
60 Scopus (Elsevier)
Nº. de trabalhos publicados
40
30
20
10
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano de publicação
Fonte: plataformas de busca científica Scopus e Web of Science.
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 141
Segundo o autor, essa etapa mostra-se como uma das mais impor-
tantes para os resultados experimentais devido à complexidade dos di-
versos processos que devem ser realizados. A triagem de variáveis deve
levar em conta os parâmetros que influenciam diretamente no processo
em que é aplicada. A eletrocoagulação aplicada à remoção de corantes
possui parâmetros-chave que podem ser utilizados em experimentos
preliminares visando fornecer respostas que tenham efeito significativo
142 Estudos da Pós-Graduação
Efluente Tempo; densidade de % DQO; % COT; pH = 5,63; DC = 53,63 A m-2; %DQO = 69 %; %COT =
Fe e Al (KOBYA et al., 2014)
têxtil corrente; e pH %Turbidez Tempo: 33,92 min 68%; Turbidez = 99%
real
Tempo; C0 (corante); %Remoção do corante =
Tempo = 14 min; C0 = 125 mg
densidade de 97%; consumo do
%Remoção do L-1; DC = 185 mA cm-2;
corrente; eletrodo = 4,1 Kg/Kg de
Methyl corante; consumo espaçamento = 3,5 cm; pH =
Al espaçamento; pH; corante removido; (PI et al., 2014)
Orange de eletrodo; 7,4; condutividade = 9,4 mS
condutividade; produção de lodo = 17,2
produção de lodo cm-1; tensão = 4,4V; inversão
tensão; e inversão de Kg/Kg de corante
de polos = 15 seg
polos removido
%Remoção de cor =
Efluente Tempo; densidade de %Remoção de Tempo = 102 min; DC =
99,7%; %DQO = 94%; (MONDAL et al.,
Al têxtil corrente; pH e cor; %DQO e 19,51 mA cm-2; pH = 6,6;
custo energético = 0,011 2013)
real espaçamento custo energético espaçamento = 0,5 cm
kWh kg-1
Tempo = 12,65 min;
Tempo; densidade de %Remoção do %Remoção do corante = (TAHERI; ALAVI
Reactive densidade de corrente = 215 A
Al corrente; C0 do corante e custo 99,67% e custo energético MOGHADDAM;
Blue 19 m-2; C0 do corante = 162,15
corante; e pH energético -1 = 0,39 $ m-3 ARAMI, 2013)
mg L ; pH = 3,82
Tempo; densidade de
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais
(1)X1(L) 43,92
(2)X2(L) – 38,55
(3)X3(L) 22,08
X3(Q) -13,46
X1(Q) -8,11
-13,46
X1(L)X3(L) -7,34
X2(Q) -3,92
(a)
X2(L)X3(L) 0,97
X1(L)X2(L) -0,74
p -0,05
Efeitos padronizados (Valores absolutos)
(2)X2(L) -33,60
(1)X1(L) 32,32
X3(Q) -19,31
X1(L)X2(L) 10,99
(3)X3(L) 10,60
X1(L)X3(L) -7,66
X2(Q) -5,66
(b)
X1(Q) -3,17
X2(L)X3(L) 0,84
p -0,05
Efeitos padronizados (Valores absolutos)
Y1
– 28,47X2 – 2,6.10 X3 – 2,8.10 X1 X3
2 –3 2 –3
2
Y (X) = – 94,57 + 9,72X1– 10,11X2 + 3,20X3 – 1,56X2
Y2
2
– 5,83X3 + 4,32X1X2 – 3,01X1 X3
Fonte: MARTINS (2019) - X1: Concentração dos corantes (1 e 2) na mistura (mg L-1); X2:
Concentração do surfactante catiônico (mmol L-1); X3: Densidade de corrente (A m-2). Y1:
Remoção de carbono orgânico total (COT - %); Remoção de cor (λ = 588 nm - %).
Fonte: MARTINS (2019) - Y1: Remoção de carbono orgânico total (COT - %); Remoção de
cor (λ = 588 nm - %).
Figura 4.5 – Região ótima das variáveis concentração dos corantes na mistura (X1)
e concentração do surfactante CTABr (X2); densidade de corrente (X3) fixada em
153,8 A m-2
1,4
1,3
1,2
Y2
1,1
X2(mmol L–1)
1,0
0,9
0,8
0,7 Y1
0,6
0,5
20 30 40 50 60 70 80 90 100 100 120 130
X1(mg L–1)
Figura 4.7 – Região ótima das variáveis concentração dos corantes na mistura (X1)
e densidade de corrente (X3); concentração do surfactante catiônico (X2) fixado
em 0,95 mmol L-1
240
220
Y2
200
180
X3(mmol L–2)
160
140 Y1
120
100
80
20 30 40 50 60 70 80 90 100 100 120 130
X1(mg L–1)
240
220
200
Y2
180
X3(Am–2)
160
140 Y1
120
100
80
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
X2(mmol L–1)
Tabela 4.10 – Valores obtidos para as variáveis selecionadas por meio de RSM
Variável independente Faixa crítica
Concentração dos corantes na mistura (X1) mg L-1 70 ≤ X1 ≤ 130
Concentração do surfactante CTABr (X2) mmol L-1 0,5 ≤ X2 ≤ 0,9
Densidade de corrente (X3) A m-2 100 ≤ X3 ≤ 215
Fonte: Martins (2019).
pH 4500 H+ B Eletrométrico
Condutividade (mS.cm-1) 2510 B Eletrométrico
Turbidez (UNT) 2130 B Nefelométrico
5220 D Colorimétrico com Refluxo
Demanda Química de Oxigênio (mg O2 .L-1)
Fechado
-
Cloreto (mg.L-1) 4500 B Cl Argentimétrico
2540 D Sólidos Suspensos Totais 103 -
SST (mg.L-1)
105 °C
Materiais sedimentáveis (ml.L-1) 2540 F Cone Inmhoff
Cromo total (mg.L-1) 3111 B Absorção atômica
Ferro solúvel (mg.L-1) 3111 B Absorção atômica
Sulfato (mg.L-1) 4500 E SO42- Turbidimétrico
Sulfeto total (mg.L-1) 4500 E S2- Iodométrico
Fonte: Adaptado de MARTINS, et al. (2017).
(aço inox 304), como também por constarem como parâmetros para
descarte nas legislações ambientais vigentes.
Em relação ao planejamento experimental utilizado por Martins
et al. (2017), julgamos ser importante realizar uma breve explicação,
tanto para o tipo de planejamento aplicado como para os resultados que
podem ser obtidos pela Metodologia de Superfície de Reposta (MRS).
O planejamento Box-Behnken consiste em um delineamento fatorial
incompleto (KAMMOUN; NAILI; BEJAR, 2008), o qual se baseia na
metodologia de superfícies de resposta para a otimização de processos.
Através do DBB, é possível obter como informações os efeitos princi-
pais das variáveis ou individuais e os efeitos de interações entre as va-
riáveis avaliadas duas a duas (ALEXANDRE, 2015).
Esta técnica permite eficiência no processo experimental através
do uso de métodos estatísticos na análise dos dados obtidos, resultando
em objetividade científica nas conclusões (SANTANA, 2007). Além
disso, o DBB permite a redução do número de experimentos e do tempo
de trabalho laboratorial e um consequente menor consumo de reagentes,
traduzindo-se numa diminuição dos custos associados à mão de obra
(MOTA, 2011). Desta forma, com o DBB, é possível obter um modelo
matemático apropriado para descrever certo fenômeno, utilizando o mí-
nimo possível de experimentos.
A Metodologia de Superfície de Resposta (MSR) consiste em
um conjunto de técnicas matemáticas muito úteis quando se quer ava-
liar a influência das variáveis independentes (fatores) sobre uma vari-
ável dependente (variável resposta). Esse conjunto de técnicas permite
obter curvas que ilustram o comportamento da variável resposta para
diversas combinações das variáveis independentes. A MSR é capaz de
avaliar a significância relativa de muitos fatores que são afetados por
interações complexas (MURAT, 2002; apud, ALEXANDRE, 2015).
Na Tabela 4.12, apresentam-se os valores codificados e não codifi-
cados dos níveis dos fatores (variáveis independentes) selecionados
por Martins et al (2017).
O número de experimentos necessários para o desenvolvimento
do DBB foi definido de acordo com a Equação 4.1, apresentada por
Aslan e Cebeci (2007):
166 Estudos da Pós-Graduação
Onde:
K: número de fatores ou variáveis independentes; e
C0: número de replicatas do ponto central.
Normal Q-Q
2
10
Resultados padronizados
-1
9
-2 3
-2 -1 0 1 2
Valores
Efluente Efluente Remoção
Parâmetro máximos
Bruto Tratado (%)
permitidos
Valores
Efluente Efluente Remoção
Parâmetro máximos
Bruto Tratado (%)
permitidos
amostra blindagem
mecânica
gás
fonte de
bomba
tensão controle de
de vácuo
temperatura
90
sem deposição
80 com deposição
70
Remoção COT (%)
60
50
40
30
20 30 40 50 60
Tempo (min)
90
sem deposição
80 com deposição
Remoção COT (%)
70
60
50
40
30
20 30 40 50 60
Tempo (min)
Fonte: Oliveira (2017).
O metal alumínio foi selecionado pela autora para análise por ser
o principal constituinte do material dos eletrodos utilizados (alumínio
sem e com deposição), como também por constarem como parâmetros
para descarte nas legislações ambientais vigentes (Resolução no 2, de 2
de fevereiro de 2017 do Coema) (CEARÁ, 2017). A utilização dos ele-
trodos de alumínio causou a liberação de íons alumínio pela dissolução
dos eletrodos durante a eletrocoagulação. Dessa forma, a autora rea-
186 Estudos da Pós-Graduação
U.i.t
______
Cenergia (kWhm–3 ) = (Eq. 4.3)
V
Onde:
Cenergia: consumo de energia (Wh m-3);
U: tensão aplicada no sistema (V);
i: corrente elétrica aplicada (A);
t: tempo de aplicação da corrente (h);
V: volume de efluente tratado (m3).
Referências
+ e– →► Cu(s) + nCN(aq)
(n–1) –
Cu(CN)n →► (Eq. 5.1)
Tabela 5.1 – Metais que devem ser monitorados nos efluentes de diversos ramos
industriais que usam processos de galvanoplastia. VMP: Valor máximo permitido
VMP (mg
Metal Ramo industrial
L-1)
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Cromo (VI) 0,1
fabricação de automóveis e de utilitários.
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Chumbo 0,5 fabricação de automóveis, utilitários, embalagens metálicas,
componentes eletrônicos e semijoias.
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Cádmio 0,2 fabricação de automóveis, utilitários, embalagens metálicas,
componentes eletrônicos e semijoias.
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Cobre 1,0 fabricação de automóveis, utilitários, embalagens metálicas,
componentes eletrônicos e semijoias.
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Níquel 2,0 fabricação de automóveis, utilitários, embalagens metálicas,
componentes eletrônicos e semijoias.
Indústria metalúrgica, mecânica com tratamento de superfície,
Ferro solúvel 15,0 fabricação de automóveis, utilitários, embalagens metálicas,
componentes eletrônicos e semijoias.
Indústria de fabricação de embalagens metálicas, componentes
Zinco 5,0
eletrônicos e semijoias.
Fonte: COEMA, 2017.
Precipitação química
Eletrocoagulação
Adsorção
que são regulados por uma ampla diversidade de seres vivos, os quais
são responsáveis por realizar transformações na matéria orgânica e
nos nutrientes.
As lagoas de estabilização, se configuradas de forma apropriada,
produzem efluentes com excelentes condições sanitárias; entretanto,
apesar disso, essa técnica de tratamento não apresenta redução efetiva
de nutrientes (nitrogênio e fósforo) e sólidos em suspensão (BENTO,
2005). Segundo Monteiro et al. (2012), os sistemas de lagoas de estabi-
lização ainda deixam resíduos que precisam, posteriormente, de um tra-
tamento adicional, a fim de atender aos padrões mais exigentes da legis-
lação e possibilitar o reúso da água para diferentes objetivos.
Dessa forma, a remoção de algas do efluente final de sistemas de
tratamento de esgotos é exigência frequente dos órgãos de controle am-
biental no Brasil, sobretudo nas regiões propícias à eutrofização e em
áreas urbanizadas. Por isso, diversas tecnologias de polimento desse
tipo de efluente foram desenvolvidas com o objetivo principal de re-
moção das algas (OLIVEIRA; GONÇALVES, 1999).
Carvalho Neto (2013) observou que a utilização de microalgas
diretamente de lagoas de estabilização mostrou-se como uma potencial
alternativa aos processos de obtenção de biomassa, tradicionalmente
utilizados, e, ainda, que a tecnologia de eletrocoagulação se apresentou
atrativa para todos os processos que demandem separação microalgal.
Os grupos de algas predominantes encontrados em lagoas de es-
tabilização são cianobactérias (algas verde-azuladas), algas verdes, fla-
gelados pigmentados e diatomáceas (MENDONÇA, 1990; JORDÃO;
PESSÔA, 2011). Dependendo do local e da posição na série de lagoas
(facultativas e de maturação), podem ser encontrados outros tipos de
algas dos filos Euglenophyta, Bacyllariophyta e Chrysophyta (MARA
et al., 1992).
A recuperação da biomassa microalgal produzida em lagoas de
polimento tem sido estudada atualmente com foco em sua valorização
energética através da produção de biogás, de biodiesel ou de outros
combustíveis (PARK et al., 2011; SCHENK et al., 2008). As micro-
algas também são responsáveis pela produção de pigmentos, antioxi-
dantes, produtos farmacêuticos, ração animal, tratamento de águas resi-
212 Estudos da Pós-Graduação
Aplicável a todas as
Eletrocoagulação/ espécies de microalgas; Substituição periódica > 95% remoção de
Flotação não requer adição de dos eletrodos. microalga
químicos.
Espécies específicas
de algas; elevado
Técnica rápida e fácil;
custo operacional;
usado em grande escala; 1 - 6% sólidos
dependência com pH;
Floculação- aplicado a uma vasta suspensos totais;
a reciclagem do meio
Flotação gama de espécies; 90% remoção de
de cultura é limitada;
menores requisitos de microalga
possibilidade de
energia.
contaminação mineral
ou microbiana.
Baixo custo; alto Espécies específicas
rendimento como de algas específicas; 0,5 - 1,5% sólidos
Sedimentação
primeira fase, reduzindo pode ser lenta; baixo suspensos totais
o custo das demais. rendimento final.
Alto custo de
Aplicável à maioria das
operação e
algas com colheita
manutenção; longo
rápida; uso em pequena 95% colheita de
Centrifugação tempo de tratamento e
escala; adequada para a células
alto custo para
recuperação de
aplicação em grande
produtos de alto valor.
escala.
Fonte: MILLEDGE & HEAVEN, (2013); UDUMAN et al., (2010); ABDELAZIZ et al., (2013);
BARROS et al. (2015). (Adaptado)
214 Estudos da Pós-Graduação
100
90 pH=1
80 pH=2
70 pH=3
% Remoção de Cu
pH=4
60
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (min)
100
90
80
70
% Remoção de Ni
60
50
40
30 pH=1
pH=2
20
pH=3
10 pH=4
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (min)
100
90
80 pH=1
pH=2
70
% Remoção de Fe
pH=3
60 pH=4
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (min)
ratura (39,85 ºC; 49,85 ºC; 59,85 ºC e 69,85 ºC) e observou-se que o
aumento da temperatura favoreceu um aumento na energia livre de
Gibbs, mostrando que a remoção desse metal do meio se tornou mais
espontânea com o aumento da temperatura da solução. Observou-se,
ainda, que a adsorção dos íons Cd nos flocos de alumínio seguia um
modelo cinético de primeira ordem, independente dos valores de tem-
peratura estudados (VASUDEVAN, 2011).
0,08 1,0 A
1,5 A
0,07
2,5 A
0,06
0,05
kWh
0,04
0,03
0,02
0,01
0
20 min 30 min
50
45 Ânodo
40
Perda de massa do ânodo (mg)
35
30
25
20
15
10
0
1 2 3 4 5
pH inicial
30
Cátodo
Perda de massa do cátodo (mg)
25
20
15
10
0
1 2 3 4 5
pH inicial
Fonte: elaborada pelos autores.
226 Estudos da Pós-Graduação
A B C
D E
A B C
D E
i
(Eq. 5.3)
Onde:
Eficiência (%): percentual de eficiência de remoção de biomassa
do meio;
DOi: densidade ótica no comprimento de onda 680 nm no tempo
inicial, antes da aplicação do processo eletrolítico;
DOf: densidade ótica no comprimento de onda 680 nm no tempo
final, após a aplicação do processo eletrolítico.
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 233
100
80
% Remoção de biomassa
60
40
20
0
5 10 15 20
Tempo (min)
Al/Al Al/Inerte Inerte/Al Aço 304/Aço 304 Inerte/Aço 304
Aço 304/Inerte Inerte/Inerte
0,15
0,10
0,05 X
X X
0,00
0 15 30
Tempo (min)
10
8
pH
7 X
X
6 X
5
0 15 30
Tempo (min)
95% MA 50% MA
75% MA
90% MA X 10% MA
Fonte: elaborada pelos autores.
238 Estudos da Pós-Graduação
9
% Remoção de Cu
7 X
5 X
0 15 30
Tempo (min)
95% MA 50% MA
75% MA
90% MA X 10% MA
100
X
75
% Remoção de Ni
X
50
25
0
0 15 30
Tempo (min)
95% MA 50% MA
75% MA
90% MA X 10% MA
Referências
OH
OH CO2H
CO2H CH
CH CO2H
HO2C CH2
Ácido
alifático
Grupo Fenol dicarboxílico
CH2 O
HO2C OH
CH
Ácido CH2
CH2
aromático CH2
OH
dicarboxílico
CO2H Ácido
alifático
Ácido
aromático
Água bruta MON Ru 44 A m-2; 2 mm 67% cor verdadeira; (ROCHA et al., 2018)
e 13,42% COD
Fonte: elaborada pelos autores.
Legenda – BDD: Diamante dopado com boro.
251
100,0
87,2
90,0 84,3 81,8
Remoção de cor aparente (%)
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
1,2
0,0
5,5 A/m2 - 44,5 A/m2 - 5,5 A/m2 - 44,5 A/m2 -
100mg NaCl/L 100mg NaCl/L 300mg NaCl/L 300mg NaCl/L
100,0 93,0
90,0 85,8
Remoção de cor aparente (%)
80,0
70,0
60,0
50,0 42,8
40,0 33,7
30,0
20,0
10,0
0,0
5,5 A/m2 - 44,5 A/m2 - 5,5 A/m2 - 44,5 A/m2 -
5,0mg AH/L 5,0mg AH/L 20,0mg AH/L 20,0mg AH/L
100,0 92,9
90,0
90,0
Remoção de cor aparente (%)
80,0
67,6
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0 28,3
20,0
10,0
0,0
100mg NaCl/L - 300mg NaCl/L - 100mg NaCl/L - 300mg NaCl/L -
5,0mg AH/L 5,0mg AH/L 20,0mg AH/L 20,0mg AH/L
80,0 77,5
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0 9,1
0,0
5,5 A/m2 - 44,5 A/m2 - 5,5 A/m2 - 44,5 A/m2-
200 rpm 200 rpm 1000 rpm 1000 rpm
90
82,5
80,3
80
Porcentagem de remoção (%)
70
60
50
42,6
40
30
20
10
0
Cor aparente Cor real COD
80
Porcentagem de remoção (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
Cor aparente Cor real COD
100 100
Remoção de Cor Aparente e COT(%)
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
C D
0 0
1 kHz 5 kHz 10kHz 20 kHz 30 kHz CC 1 kHz 5 kHz 10kHz 20 kHz 30 kHz CC
100
Remoção de Cor Aparente e COT(%)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
C
0
1 kHz 5 kHz 10kHz 20 kHz 30 kHz CC
100
Remoção de Cor Aparente e COT(%)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
C
0
1 kHz 5 kHz 10kHz 20 kHz 30 kHz CC
Referências
Ozonização
Microfiltração
Água pré-tratada
6,23 260 3473 1736 0,19 960 46
(pós-ozônio)
2
3
Reator de eletrocoagulação-floculação
Decantador primário
Tanque de polimento
Circuitos de corrente
direta pulsada
Ozonizadores
Fontes
Figura 7.8 – Reservatórios dos efluentes utilizados no estudo em escala sistema piloto
Beneficiamento Tingimento
geral
Eletrocoagulação-floculação/Sedimentação
Figura 7.9 A. Na Figura 7.9 B, pode ser observado que a remoção de cor
do corante Reactive Blue 19, em 30 minutos de tratamento, foi de 87%,
quando foi usado o efluente proveniente do processo de tingimento. Os
percentuais de remoção de cor foram baseados nos comprimentos de
onda de absorção máxima dos corantes (409 nm, 510 nm e 596 nm). A
maior eficiência de remoção de cor do efluente, proveniente do processo
de tingimento, deve-se, possivelmente, à maior condutividade elétrica
que esse efluente apresentou em relação ao outro efluente estudado.
Sabe-se que concentrações elevadas de sais em solução potencializam a
eficiência do processo de eletrocoagulação, pois maximiza a produção
de coagulantes e, consequentemente, a remoção de contaminantes.
30,00
25,00
Remoção de cor (%)
20,00
Reactive Orange 107
10,00
5,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (min)
11,00
10,80
10,20
10,00
9,80
9,60
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)
A pH / concentration
Concentração das espécies (%)
80
60
40
20
B 2 C 4 6 8 10 12
pH
Fonte: www.chemicalize.org.
Condutividade STD
Tempo Temperatura (°C)
elétrica (mS.cm-1) (g.L-1)
0 39,8 38,24 27
5 52,74 38,91 26
10 51,71 39,72 25,3
15 51,36 39,31 25,6
20 50,73 39,33 25,5
25 52,64 39,52 24,7
30 52,31 39,64 25,6
35 52,77 39,83 26,6
40 51,91 39,95 26,00
45 52,99 40,01 26,30
Fonte: elaborada pelos autores.
pela fábrica têxtil, pois era captada de poços em que se tinha um contato
direto do lençol freático com rochas que, em sua composição, podiam
ter esses elementos, dentre outros. O mesmo se repetiu na Tabela 7.7;
entretanto, o parâmetro alumínio apresentou valor zero de concentração
inicial. Como se trata de volumes grandes de água de poço, a matriz
analítica sofre uma diferenciação, podendo ter, em alguns casos, au-
sência de algum dos elementos citados.
250,00 (A)
200,00
Turbidez (NTU)
50,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)
400,00 (B)
350,00
300,00
Turbidez (NTU)
100,00
50,00
0,00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (min)
Fonte: elaborada pelos autores.
PROCESSOS ELETROLÍTICOS: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais 303
Eletrocoagulação-floculação/Sedimentação/
Ozonização (ECSO)
100,00 .
90,00 ECS
80,00 ECSO
70,00
Remoção de cor (%)
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
ECS ECSO
Referências
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