Analise Do Discurso Exercicio
Analise Do Discurso Exercicio
Analise Do Discurso Exercicio
ANÁLISE do
DISCURSO
SEBASTIÃO JOSUÉ VOTRE
CAPÍTULO
1
Origens das análises
do discurso na França e
sua expansão no Brasil
Neste capítulo sobre a origem da análise do discurso, vou pedir para você fa-
zer três exercícios sobre ad. Vamos lá.
3 O conceito de ethos diz respeito ao relato de si, ou com foco em si, para
formar uma imagem que o enunciador espera que seus interlocutores fa-
çam dele a partir de seu discurso. Escreva um parágrafo de até cinco linhas,
dando informações sobre você, para que seus leitores possam formar ou
confirmar uma imagem positiva a seu respeito.
2 A oposição entre figura e fundo, proposta pela Gestalt nos anos 1930 e
revisitada por Paul Hopper, em 1982, é marcada sobretudo na sintaxe das
narrativas, como podemos ver na história contada pelo pai para inculcar
nos filhos o exercício da paciência. No excerto da narrativa que transcrevo
abaixo, examine as ideias que ocupam o primeiro plano, mais salientes, e
descreva o tempo e o modo da textualização dessas ideias. Veja que, no
plano de fundo, constam expressões circunstanciais em pretérito imperfei-
to, gerúndio e particípio. Procure outros textos narrativos para ver como se
marcam os planos de relevância textual.
Era uma vez um faminto. Passando um dia diante de uma morada sin-
gularmente grande, ele se dirigiu às pessoas que se aglomeravam nos
degraus da escadaria, perguntando a quem pertencia aquele palácio. ‘A
um rei dos povos, o mais poderoso do Universo’ respondeu. O faminto
foi então até os guardiães postados no pórtico de entrada e pediu uma
esmola em nome de Deus. ‘Donde vens tu’, perguntaram os guardiães,
‘então não sabes que basta te apresentares ao nosso amo e senhor para
teres tudo quanto desejas?’ Animado pela resposta, o faminto, embora
um tanto ressabiado, transpôs o pórtico, atravessou o pátio espaçoso
que se seguia à entrada, assim como o jardim sombreado de vigorosas
árvores, e logo alcançou o interior do palácio, passando de aposento em
aposento, todos grandes, de paredes muito altas, mas despojados de
qualquer mobília; sem se deixar perder no labirinto daquela estranha
moradia, ele acabou por chegar a uma ampla sala de revestida de azu-
lejos decorados (Capítulo 13, p. 81).
E por que razões isso tudo foi construído neste livro? Para que você pos-
sa percorrer a obra com prazer, exercitando a leitura crítica e construtiva
e aperfeiçoando sua competência e ousadia para, com coragem, inter-
pretar os discursos que nos envolvem e assediam.