Noções Adm-5-10
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No sistema presidencialista, o
presidente exerce o comando do Poder Executivo, cumpre um mandato fixo e acumula as
funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo. O parlamentarismo, por sua vez, é o
sistema de governo em que há uma relação de cooperação entre o Poder Legislativo e o
Poder Executivo. Nesse sistema, a chefia de Estado é desempenhada pelo Presidente
ou pelo Monarca e a chefia do Governo, por sua vez, é desempenhada pelo Primeiro-
Ministro ou pelo Conselho de Ministros.
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* MACETE *
REgime de GOverno: RE + GO: REGO DEMOCRÁTICO. Essa não faz nenhum sentido, porém é engraçada. Vocês irão lembrar!
Vocês também podem se lembrar que o REGIME (para emagrecer) é coisa do DEMO (democrático) rsrs!
As funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo podem, a grosso modo, ser conceituadas em conformidade
com o âmbito de atuação do líder: o Chefe de Estado representa o país nas relações externas junto a outros
países e o Chefe de Governo, por sua vez, atua no âmbito da política interna do país.
Conforme estudado, o Direito Administrativo é um ramo do direito público que tem como objeto as relações
internas da administração pública (órgãos e entidades administrativas), as relações entre a administração e
os administrados e as atividades da administração não contenciosas voltadas para alcançar o interesse
público (prestação de serviços públicos, atividades de fomento, intervenção, etc).
Existem seis correntes que se propuseram a conceituar e definir o Direito Administrativo e devem ser estudadas,
são elas:
• Corrente legalista (Escola Exegética, Empírica ou Caótica): para os legalistas, o Direito Administrativo se
resume no conjunto de leis administrativas. Essa corrente não prosperou ao longo dos anos em virtude de seu
viés reducionista, uma vez que desconsidera o papel de outras fontes normativas importantes, como a doutrina,
os costumes e etc.
• Corrente do Poder Executivo: essa corrente define o Direito Administrativo como um
complexo de leis disciplinadoras da atuação do Poder Executivo. Essa corrente também
não logrou êxito, uma vez que condensa a noção de Administração Pública em um único po-
der. Ora, conforme já estudado, os outros poderes (Judiciário e Legislativo) também podem
exercer a função administrativa de forma atípica.
• Corrente das relações jurídicas: essa corrente conceitua o Direito Administrativo como
o ramo do Direito que regula as relações jurídicas travadas entre o poder público e o par- Questões
Número de acertos = ______ 17
Questões resolvidas
ticular. Contudo, esse é um conceito incompleto, tendo em vista que outros ramos jurídicos
(como o Direito Penal e o Direito Tributário) também regulamentam relações jurídicas entre
Estado X Particular.
• Corrente do serviço público: segundo essa corrente, o Direito Administrativo seria o ramo
do Direito que disciplina a prestação de serviços públicos, tidos como os serviços presta-
dos pelo Estado e necessários aos cidadãos. Essa corrente surgiu com a Escola do Serviço
Público francesa e seguiu as orientações de Leon Duguit. Nessa época, o serviço público
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representava, basicamente, toda a atividade desempenhada pelo Estado. Entretanto, essa
teoria encontra-se superada, pois, atualmente, entende-se que a Administração Pública exerce diversas outras
funções além da prestação de serviços. Entre elas, destacam-se o exercício do poder de polícia, a exploração
de atividade econômica, o fomento da atividade privada e etc.
• Corrente teleológica ou finalística: segundo essa corrente, o Direito Administrativo seria formado por um
sistema de princípios jurídicos que regulamentam a atividade do Estado para a persecução do bem comum da
sociedade. Essa definição está correta, porém, é insuficiente e demasiadamente ampla para definir uma área
do Direito.
• Corrente negativista: essa corrente traça o conceito de Direito Administrativo por exclusão. Desse modo,
o Direito Administrativo seria composto por toda a atuação estatal que não é objeto de nenhum outro ramo
jurídico. Essa teoria, da mesma forma que as demais, também não conseguiu definir o Direito Administrativo
de forma satisfatória, haja vista que utiliza um critério negativo para estabelecer uma área do Direito, não
apresentando, portanto, uma definição clara.
Atualmente, a melhor conceituação é a trazida pelo critério funcional, segundo a qual, o Direito Administrativo
é o ramo que tem por objeto a disciplina da FUNÇÃO administrativa necessária à realização CONCRETA,
DIRETA e IMEDIATA dos direitos fundamentais da coletividade, independentemente de quem a exerça -
Poder Executivo (tipicamente), Legislativo (atipicamente) ou Judiciário (atipicamente).
3. Doutrina: conjunto de teses e estudos acerca do Direito que influencia a elaboração das leis. Trata-se de uma
fonte secundária;
4. Costumes: conjunto de regras não escritas adotadas pela sociedade, classificado como fonte secundária
indireta (secundum legem, praeter legem);
5. Princípios Gerais do Direito: conjunto de normas não escritas que são a base do direito, sem previsão ex-
pressa no ordenamento jurídico. Ex: ninguém pode alegar a própria torpeza em benefício próprio -> princípio
geral do direito.
ATENÇÃO: A lei é a única fonte primária do Direito Administrativo. Existe GRANDE divergência doutrinária acerca do
enquadramento, ou não, dos atos normativos infralegais nessa fonte. Para fins de prova, considerem que os regulamentos
administrativos infralegais encontram-se inseridos nessa fonte. Em 2016, a banca CESPE considerou correta essa assertiva.
Contudo, parte minoritária da doutrina entende que os referidos atos normativos seriam fontes secundárias. Fiquem atentos para essa
divergência!
FICA A DICA
O Direito Administrativo é dotado de princípios e objeto próprios, com regras relacionadas ao desempenho das funções administra-
tivas, sendo, por essa característica, considerado um ramo autônomo. Outrossim, podemos afirmar que é considerado, também,
um ramo não codificado, pois, a legislação administrativa é totalmente esparsa e não se encontra codificada. Portanto, não existe
Código de Direito Administrativo como, por exemplo, existe Código de Direito Civil.
Conceitos importantes:
Estado: Estado é um ente soberano sintetizado pela máxima “um governo, um povo, um território”;
Governo: cúpula diretiva do Estado, responsável pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder político. Trata-se de um
dos elementos do Estado.
Poder Executivo: complexo de órgãos estatais estruturados sobre a direção superior do Chefe do Executivo;
Administração Pública: conjunto de órgãos e agentes estatais que atuam no exercício da função administrativa, independente-
mente de os órgãos pertencerem ao Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário.
Questões
Número de acertos = ______ 21
Questões resolvidas
ESQUEMAS DE REVISÃO DO CAPÍTULO
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