FI - Resumo e Análise D'a Aia
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FI - Resumo e Análise D'a Aia
03/05/22 11:24
enunciadas correspondem a momentos de avanço da ação
(narração):
Estudo do conto “A aia”
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Neste conto, as sequências narrativas organizam-se por
encadeamento pois as ações sucedem-se por ordem cronológica.
A Aia é uma narrativa fechada pois apresenta um desenlace
irreversível: o príncipe foi salvo, o tio morreu e a aia suicidou-se.
Estudo do conto “A aia”
PERSONAGENS
Relevo das personagens
A aia é a protagonista.
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As personagens secundárias são: o rei, a rainha, o bastardo, as
crianças (embora não tenham ação autónoma, têm importância
fundamental na ação), o capitão das guardas e o velho de casta
nobre, o cavaleiro que traz a notícia da morte do rei,...
Os homens de armas da rainha, a horda de rebeldes, os senhores e
as outras aias são figurantes.
Estudo do conto “A aia”
Caracterização das personagens
Predomina a caracterização direta das personagens. No entanto, a aia
pode também ser caracterizada indiretamente, através das suas ações
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Caracterização do rei:
O Rei, como personagem deste conto, pode ser caracterizado
física, psicológica e socialmente:
• fisicamente era “moço” (jovem), “valente” (forte) e “formoso”;
• psicologicamente era corajoso, sonhador, ambicioso (desejava
ter mais territórios, mais fama e mais riquezas), alegre mas
pouco sensato, pois partiu para a guerra, levando os melhores
soldados, deixando a rainha e o filho bebé à mercê dos
usurpadores do trono;
• socialmente era muito rico, pois o seu reino possuía vastas
“cidades e searas”.
Estudo do conto “A aia”
A personagem secundária: a Rainha
A Rainha pode, igualmente, ser caracterizada psicologicamente:
• amava o Rei. Sentiu profundamente a morte do “Rei” (pois temia
pelo futuro do Reino), a morte do “esposo” (chorou pelo seu próprio
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futuro, agora que estava viúva), a morte do pai (pois receava pelo
futuro do filho);
• temia os inúmeros inimigos do filho;
• sentia igual carinho pelo filho da Aia, apesar de ser um
“escravozinho”;
• mostrava uma grande fraqueza, no que diz respeito à defesa do
Reino e do herdeiro do trono;
• face aos acontecimentos trágicos, a rainha apenas sabia correr a
cada instante até ao berço do filho, desventurosa, infeliz, receosa;
• quando descobriu que o filho sobrevivera, ficou extremamente feliz e
abraçou e beijou a Aia, chamando-a “irmã do seu coração”
Estudo do conto “A aia”
Caracterização direta do tio bastardo: “Desses inimigos o mais
temeroso”; “irmão bastardo do rei”; “homem depravado e bravio,
consumido de cobiças grosseiras, desejando só a realeza por causa
dos seus tesouros, e que havia anos vivia num castelo sobre os
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montes, com uma horda de rebeldes, à maneira de um lobo que,
entre a sua atalaia, espera a presa.”;” tio cruel, de face mais
escura que a noite e coração mais escuro que a face, faminto do
trono”; “o homem de rapina que errava no cimo das serras”; “um
homem enorme de face flamejante”.
A apresentação do tio bastardo como homem cruel, selvagem e
movido pela cobiça está totalmente de acordo com os atos de
crueldade, selvajaria e usurpação que executa.
É identificado com o lobo (que remete para a sua selvajaria, para a
traição e para o desejo de se vingar) e com uma ave “de rapina”
(que está associada ao roubo, à violência, à morte das crias dos
outros animais). Era um marginal, vivia “num castelo sobre os
montes”, com um bando de rebeldes.
Estudo do conto “A aia”
As personagens secundárias: as crianças
O principezinho e o escravozinho têm diversas diferenças que os
distinguem:
O principezinho
- cabelo louro e fino;
- fragilidade;
- espera-o uma longa infância antes que ele fosse sequer do
“tamanho de uma espada”.
Estava, por isso, sujeito a muitos perigos;
- estava num berço magnífico de marfim, entre brocados;
- sofria constante perigo de vida;
- o seu futuro seria cheio de preocupações e de responsabilidades.
Estudo do conto “A aia”
O escravozinho
- cabelo negro e crespo;
- “corpinho gordo”;
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- socialmente, era um escravozinho;
- estava num berço pobre de verga, coberta apenas por um
pano de linho;
- porque era pobre, não tinha que recear pela vida. Teria
uma existência simples e alma livre.
Estudo do conto “A aia”
A Aia
• Para a aia, o rei era a representação terrena da divindade. Esta
ideia está patente na frase “O rei seu amo, decerto, já estaria
agora reinando num outro reino, para além das nuvens,
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abundante também em searas e cidades”.
• A aia acreditava que “a vida da Terra se continua no Céu”, ou
seja, que a vida e a morte estão indissociavelmente ligadas,
pois a morte não é o fim da vida, é o seu prolongamento, numa
outra dimensão, não terrena.
• De acordo com a sua conceção de vida e de morte, a aia seria
sempre a escrava do seu príncipe e a mãe do seu filho,
independentemente de estarem vivos ou mortos. Uma vez que
para ela a morte era o prolongamento da vida, o facto de o seu
filho morrer não significava que nunca mais o visse, pois
bastaria morrer também para se lhe juntar. A crença neste
princípio é que lhe deu coragem para sacrificar a vida do seu 11
filho.
Estudo do conto “A aia”
A Aia