Captura de Tela 2022-02-02 À(s) 16.43.18
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CHAPECÓ/SC
2014
CAROLINE CHIELA GIURIATTI
CHAPECÓ/SC
2014
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 9
2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................................... 9
2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 9
3. DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO ......................................................................... 10
4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................... 11
4.1 Visitas aos produtores ..................................................................................................... 12
5. QUALIDADE DO LEITE .................................................................................................... 21
5.1 Importância ..................................................................................................................... 21
5.2 O controle da qualidade do leite na propriedade ............................................................ 22
5.3 Boas práticas de manejo “ordenha” ................................................................................ 22
5.4 Higienizações dos equipamentos .................................................................................... 25
6. INSTRUÇÃO NORMATIVA 62 ......................................................................................... 26
6.1 Contagem Bacteriana Total (CBT) ................................................................................. 27
6.2 Contagem de Células Somáticas (CCS).......................................................................... 27
6.3 Gordura ........................................................................................................................... 29
6.4 Proteína ........................................................................................................................... 29
7. PAGAMENTO POR QUALIDADE .................................................................................... 29
8. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 31
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 32
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
O estágio foi realizado na Agropecuária Luzzi e Zanella Ltda – ME, conhecida como
AGROSUL, situada na Rua São Pedro, Bairro São Cristóvão na cidade de Chapecó (SC).
Criada no ano 2012 pelos sócios proprietários Ricardo Zanella e Edson Luzzi ambos técnicos
agrícolas, além do responsável pelo local o Médico Veterinário Guilherme Santa Catharina
(Figura 1).
lavagem dos dois conjuntos. Outro ponto era a temperatura da água que ficava em torno de
55°C, sendo que o indicado é em torno de 70-75°C. A família se mostrou bem interessada em
modificar a sua rotina de ordenha, para conseguir melhorar os índices de CBT.
No segundo caso os produtores ingressaram na atividade leiteira há pouco tempo, os
mesmos residem no Distrito de Sede Figueira, zona rural do município de Chapecó, o
acompanhamento da ordenha se deu no dia 11 de setembro de 2014, durante o período da
tarde. Neste caso foi necessária a explicação de como deve ser feito todo o procedimento de
ordenha, sendo que os mesmos tiveram facilidade de aprendizado e grande interesse. O que
mais chamou atenção foi como os produtores tratam bem o seu rebanho, que conta com 7
animais, todos da raça Jersey (Figura 4).
Antiparasitário + Anti-anêmico
É indicado para bovinos, ovinos, caprinos e equinos, como produto homeopático,
complementar no controle de carrapatos, mosca do chifre, bernes e vermes gastrointestinais.
Modo de usar: deve ser administrado por via oral obedecendo as seguintes
recomendações. No tratamento curativo misturar para cada 25-30 kg de sal mineral 2,5 kg do
produto. Tratamento preventivo misturar para cada 25-30 kg de sal mineral 1,0 kg do produto.
Embalagens: 600 gramas e/ou 20 kg.
Composição: Abrotanum, Arsenicum álbum, Carbonato de cálcio, Boophilus
microplus, Bunostomum sp, Damalinia ovis, Dermathobia hominis, Ferrum metallicum,
Haemathobia irritans, Haemonchus sp, Linognathus stenopsis, Musca domestica,
Nematodirus sp, Oesophagostomum sp, Oestrus ovis, Ostertagia ostertagi, Enxofre,
Strongyloides sp, Trichostrongylus sp, Triochuris sp e veiculo p.s.p 100 gramas.
OBS: No início do tratamento, pode-se usar como auxiliar banho carrapaticida.
O objetivo da utilização da homeopatia nestes casos se deve a três pontos principais:
resistência aos antiparasitários utilizados normalmente, mão-de-obra escassa, acabando que os
produtores optem por mais facilidade, e por fim que não tem período de carência, o que é
muito questionado nos dias atuais.
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Papiloma + Antiestresse
De acordo com a Minerphós este produto homeopático é indicado para tratamento da
papilomatose bovina, aumentando a imunidade dos animais tratados, desaparecendo as lesões
e impedindo a reprodução desta virose. Estimula a defesa natural dos animais, promovendo
queda dos papilomas.
Modo de usar: deve ser administrado por via oral obedecendo 100 gramas/animal/dia
para tratamento preventivo e 200 gramas/animal/dia para tratamentos curativos. No sal
mineral misturar 2 kg do produto em 25-30 kg.
Embalagens: 600 gramas e/ou 20 kg.
Composição: Antimonium crudum, Chamomilla vulgaris, Papiloma, Thuya
occidentalis e veículo q.s.p 100 gramas.
OBS: os animais acometidos devem ser separados em piquetes para evitar a
transmissão aos demais. Esta conduta facilita o tratamento. O medicamento homeopático deve
ser fornecido durante 12 meses.
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Já faz uso
HG 22/08 Linha Cabeçeira da Análises CBT ok
Divisa/ Chapecó Venda homeopatia
*Iniciou o uso
NB 27/08 Sede Figueira/ Não é produtor da Piracanjuba
Chapecó Venda homeopatia
Mastite e Papilomatose
AB 27/08 Sede Figueira/ Análises CBT ok
Chapecó Venda homeopatia
*Iniciou o uso
ST 27/08 Linha Tarumã/ Nova CBT e CCS alteradas
Itaberaba Venda homeopatia
*Iniciou o uso
VG 27/08 Linha Garibaldi/ Nova Análises CBT ok
Itaberaba Venda homeopatia
*Iniciou o uso
AT 27/08 Linha Garibaldi/ Nova CBT e CCS alteradas
Itaberaba Venda homeopatia
Mastite e Papilomatose
*Iniciou o uso
DZ 16/09 Linha Alto Camboim/ Análises CBT ok
Nova Itaberaba Venda homeopatia
Mastite e Parasitário
*Iniciou o uso
SC 16/09 Linha Alto Camboim/ Não estava
Nova Itaberaba
JB 16/09 Linha Alto Camboim/ Análises ok
Nova Itaberaba Venda homeopatia
Mastite e Parasitário
*Iniciou o uso
GG 16/09 Linha Barra do Análises ok
Camboim/ Nova Venda homeopatia
Itaberaba
IV 16/09 Linha Tarumã/ Nova Análise de CCS ok
Itaberaba CBT alterada
Venda homeopatia
Fonte: O Autor (2014).
vez mais o uso de produtos homeopáticos, podendo ser justificados pelo baixo custo,
inofensidade do tratamento, obtenção de produto isento de resíduos, pois não há necessidade
de respeitar períodos de carência, além de que usar excessivamente antibióticos pode acarretar
no desenvolvimento da resistência dos microrganismos (SILVA et al., 2011).
5. QUALIDADE DO LEITE
5.1 Importância
De acordo com o MAPA (BRASIL, 2002) “entende-se por leite, sem outra
especificação, o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de
higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas”.
O leite é um produto básico da alimentação do brasileiro, em que a sua qualidade é um
dos temas mais discutidos dentro do cenário nacional de produção leiteira atualmente
(FONSECA, 2014). Segundo Abrahão et al. (2005), o leite possui 87,6% de água e o restante
12,4% de sólidos totais. Destes cerca de 3,28% de proteínas, dando destaque a caseína, 3,61%
de gordura, 4,52% de lactose, que é o açúcar mais característico e o sólido mais
predominante, o restante é tudo vitaminas e sais minerais.
As principais fontes de contaminação são do interior da glândula mamária, ou seja, as
saúde do rebanho em termos de mastite, superfície exterior do úbere e tetos, da superfície do
equipamento, utensílios de ordenha e tanque de armazenagem e também da qualidade da água
utilizada (BRITO et al., 2000).
Desta forma, a saúde da glândula mamária, a higiene de ordenha, o ambiente em que a
vaca fica alojada e os procedimentos de limpeza do equipamento de ordenha são fatores que
afetam diretamente a contaminação microbiana do leite cru (GUERREIRO et al., 2005).
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A fim de evitar a depreciação da qualidade do leite, várias medidas devem ser tomadas
durante o processo de ordenha com a finalidade de minimizar a transmissão de agentes
patogênicos e diminuir a transmissão de microrganismos (MENEZES et al., 2014).
A ordenha deve ser feita em condições adequadas de higiene, em local arejado e
adequado para tal procedimento. Tudo começa pelas mãos do ordenhador, que se não bem
higienizadas podem ser uma fonte de contaminação. Em seguida, a ordenhadeira e as lesões
nos tetos, que se tornam fatores importantes que acabam expondo a superfície dos tetos aos
microrganismos patogênicos contagiosos, podendo estes microrganismos ser transmitidos de
animais infectados para não infectados durante o processo de ordenha (AMARAL et al.,
2004).
São igualmente importantes a temperatura e o período de tempo de armazenagem do
leite, uma vez que estes dois fatores estão diretamente ligados com a multiplicação dos
microrganismos presentes no leite, afetando, consequentemente, a contagem bacteriana total
(GUERREIRO et al., 2005).
De acordo com Shirai e Masson (2011), a eficiência da refrigeração do leite logo após
a ordenha é maximizada se associada a outros fatores, como a adoção de práticas higiênicas
durante a ordenha. Devido ao alto potencial de multiplicação, Guerreiro et al. (2005), cita que
as bactérias do leite podem causar alterações químicas, tais como a degradação de gorduras,
de proteínas ou de carboidratos, podendo tornar o produto impróprio para o consumo e
industrialização.
vacas primíparas, seguida pelas pluríparas que nunca tiveram mastite, vacas que já tiveram
mastite, porém curadas, vacas com mastite subclínica e por fim vacas com mastite clínica.
Este manejo requer total organização da propriedade, motivo este que justifica sua baixa
aplicabilidade.
Existem dois tipos de ordenha, a manual e mecânica. O método mais antigo, porém
ainda muito utilizado em pequenos rebanhos é a ordenha manual, que exige um grande
esforço do ordenhador, mas um baixo investimento em equipamentos e uma estrutura simples
para sua execução (NETTO et al., 2009).
Já a ordenha mecanizada possibilita a extração do leite de forma mais rápida quando
comparada a manual, e se for bem realizada menor risco de contaminação, garantindo um
leite de boa qualidade (NETTO et al., 2009). Há vários modelos de ordenha mecanizada, que
se dividem conforme o tipo de sistema: modelo tipo balde-ao-pé, tipo espinha-de-peixe, tipo
tandem (clássica fila indiana) e lado-a-lado (ordenha feita por trás do animal).
Sem dúvida devido à característica de produção, o sistema predominante nas
propriedades visitadas é o tipo de ordenha balde-ao-pé, modelo mais simples e barato de
ordenha mecânica.
Preferencialmente a condução dos animais para o local de ordenha deve ser feita de
maneira calma, sem gritos e correrias. O primeiro contato com a vaca é através da limpeza
dos tetos, que acaba estimulando o processo de descida do leite, permitindo um completo
esgotamento do mesmo.
A retirada dos três primeiros jatos de leite na caneca de fundo preto ou telada é
imprescindível, pois os mesmos são considerados os mais contaminados, devendo ser
realizado todos os dias em todos os animais, colaborando para a diminuição do índice de
contaminação do leite, além da possibilidade da identificação de mastite clínica (SIMÕES e
OLIVEIRA, 2012). Alguns produtores realizam esta etapa rigorosamente, mas outros fazem a
retirado dos jatos no próprio chão, o que não é interessante visto que o animal acaba entrando
em contato com este leite contaminado através das patas, levando a contaminação aonde for.
O diagnóstico de mastite subclínica é realizado principalmente com o teste California
Mastitis Test (CMT). É um teste mundialmente utilizado e tem as vantagens de poder ser
aplicado no local onde se encontra o rebanho no momento em que os animais são ordenhados,
é prático, de baixo custo e fornece resultados imediatos (MARTINS et al., 2008).
É necessário utilizar uma raquete própria e a solução CMT. O teste deve ser realizado
após o desprezo dos três primeiros jatos de leite. Basicamente o teste consiste na coleta de
leite dos quartos mamários individualmente em cada compartimento da raquete, após
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Para garantir uma boa higienização dos equipamentos de ordenha, alguns fatores
devem ser considerados, como: condições das superfícies internas e externas, natureza dos
resíduos aderidos, produtos de limpeza e de sanitização disponíveis, água potável,
temperatura da água e ordenação das operações.
Destacamos dois tipos de resíduos principais que se acumulam nos equipamentos de
ordenha: os orgânicos e os inorgânicos. Fazem parte dos resíduos orgânicos as gorduras,
proteínas e lactose, os mesmos podem ser removidos com a utilização dos detergentes
alcalino. E os inorgânicos, representados pelos depósitos de minerais como: cálcio, magnésio,
potássio entre outros.
Cerca de 20 a 30 minutos antes do início da ordenha, o ideal é que se realize o
enxágue com o sanitizante, que consiste em uma solução desinfetante, isto a fim de eliminar
microrganismos que sobrevivem à limpeza e foram capazes de crescerem durante o intervalo
das ordenhas (ÁLVARES, 2008).
Para garantir uma adequada limpeza é necessário adotar quatro etapas após o término
da ordenha. Tudo começa pelo enxágue inicial com água morna (35-45°C) por cinco minutos.
Segundo MARTINS et al. (2014), esta medida faz com que 97% dos resíduos do leite sejam
removidos, em que a utilização de água a temperatura ambiente deve ser evitada, porque está
faz com que a gordura se fixe as paredes do equipamento dificultando ainda mais sua
higienização.
Em seguida acontece a limpeza alcalina com água quente (70-75°C) por cerca de dez
minutos, sendo que a temperatura da água ao término deste procedimento não deverá ser
inferior a 45°C. A terceira etapa é o enxágue com água em temperatura ambiente também por
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cinco minutos. Para finalizar a limpeza ácida com água a temperatura ambiente por dez
minutos (ÁLVARES, 2008).
Este processo de higienização dos equipamentos foi aquele repassado aos produtores,
muitos já realizavam uma parte, outros nem se quer faziam uso da água quente, mas a
orientação foi feita para todos os produtores.
6. INSTRUÇÃO NORMATIVA 62
Desde o início de janeiro de 2012 está em vigor a IN 62, que foi publicada pelo
MAPA no Diário Oficial da União de 30 de dezembro de 2011. Esta normativa altera a IN 51,
em processo de implantação gradativa desde o ano 2002, que contém as normas de produção e
qualidade do leite, e estabelece novos padrões para a produção, isto devido à dificuldade dos
produtores a se adequar aos padrões estabelecidos. Com a atualização, os índices de
Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS), limitados a
750.000 ml, passam a ter como limite máximo 600.000 ml.
Faz-se necessário à implementação desta normativa porque ao atingir tais padrões de
qualidade, o Brasil estará entre os países do mundo que apresentarão as mais rígidas normas
de qualidade para a produção de leite, possibilitando ainda mais a inserção dos produtos
lácteos brasileiros nos mais exigentes mercados consumidores do mundo, o que com certeza
não será uma tarefa fácil que se consegue de um dia para outro (PAIVA, 2010).
Quadro 3. Prazos e limites para a redução de CBT e CCS no leite (Regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste).
Contagem Bacteriana Total Contagem de Células Somáticas
(CBT) (CCS)
01.01.2012 600.000 UFC/ml 600.000 cs/ml
30.06.2014
01.07.2014 300.000 UFC/ml 500.000 cs/ml
30.06.2016
01.07.2016 100.000 UFC/ml 400.000 cs/ml
Fonte: BRASIL, 2011.
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99% das células encontradas no leite (PHILPOT e NICKERSON, 1991 apud MACHADO et
al., 2000).
A mastite caracteriza-se por ser uma inflamação da glândula mamária, geralmente de
caráter infeccioso, podendo ser classificada como clínica ou subclínica (RIBEIRO et al.,
2003). A mastite clínica apresenta sinais evidentes, tais como: edema, endurecimento,
aumento de temperatura, dor na glândula mamária, grumos, pus ou qualquer alteração das
características do leite. O diagnóstico pode ser realizado pelo uso da caneca de fundo preto,
em que é possível perceber as alterações macroscópicas do leite (RIBEIRO et al., 2003;
BENEDETTE et al., 2008).
Na forma subclínica não se observam alterações macroscópicas e sim alterações na
composição do leite, então não há sinais visíveis de inflamação do úbere, portanto é
necessária a utilização de recursos indiretos para o diagnóstico, por exemplo, o California
Mastitis Test (CMT) (RIBEIRO et al., 2003; BENEDETTE et al., 2008).
A mastite pode ser subdividida em duas grandes categorias: contagiosa e ambiental
(BENEDETTE et al., 2008). A mastite contagiosa faz referência às infecções da glândula
mamária causadas por Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus e Corynebacterium
bovis, que são os agentes transmitidos principalmente durante a ordenha, que tendem a evoluir
para uma infecção subclínica. Normalmente estes micro-organismos são disseminados
principalmente pelas mãos dos ordenhadores e teteiras contaminadas por leite de animais
infectados (RIBEIRO NETO et al., 2012). Souza et al. (2005), citam a necessidade da
utilização da linha de ordenha, que consiste em deixar os animais infectados pela mastite para
serem ordenhados por último, evitando a contaminação via contato com os equipamentos
infectados.
A mastite ambiental é causada principalmente pela bactéria Streptococcus uberis e
Pseudomonas spp, que podem estar presentes no ar, água, solo e fezes. A contaminação
ocorre devido à má higiene do ambiente ao qual o animal permanece, quando ocorrem
deficiências no manejo de dejetos, água de má qualidade microbiológica utilizada na ordenha
e entrada de ar contaminado no teto pela ordenha mecânica incorreta (RIBEIRO NETO et al.,
2012).
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6.3 Gordura
6.4 Proteína
A concentração de proteína do leite pode variar de 3-4% de acordo com a raça bovina.
As proteínas são os componentes mais importantes do leite e são classificadas em: caseínas e
proteínas do soro. São elas que conferem ao leite a cor esbranquiçada opaca. As proteínas do
leite consistem de 80% de caseína, que por sua vez é composta de vários componentes que
juntos formam partículas complexas denominadas micelas.
As proteínas do leite são as principais formadoras de massa branca quando o leite
coagula. A importância industrial da caseína está na: fabricação de queijos e leite em pó
associado a outros componentes do leite.
melhoria da qualidade do leite cru. Assim fica evidenciado que esta ferramenta é muito
importante para a melhoria do leite cru produzido no Brasil.
Quando o assunto é pagamento por qualidade, acabasse envolvendo todo um sistema,
que inicia portanto na coleta da amostra, que atualmente é realizada pelos transportadores,
estes deveram receber treinamento adequado e continuo garantindo o sucesso do sistema.
Depois de coletada essas amostras devem ser enviadas a um laboratório da RBCQL
para serem analisadas, dentro de um prazo de até 7 dias. Após o recebimento dos resultados, é
importante ter um sistema que disponibilize para os produtores e para a indústria processá-los
para realizar o pagamento pela qualidade.
Quando o produtor passa a receber pela qualidade do seu produto, neste caso o leite,
ele passa a se preocupar com o resultado das análises. Por isso é muito importante
disponibilizar este resultado ao produtor de forma objetiva e ao mesmo tempo completa assim
ele poderá avaliar e planejar ações para a melhoria da qualidade de seu leite. Desta forma, a
qualidade se torna mais um parâmetro para avaliação da produção, inclusive se torna um
indicador de desempenho financeiro da produção de leite na propriedade.
A cerca de sete anos a CCPR-Itambé deu início às análises relativas à Contagem
Bacteriana Total (CBT), Contagem de Células Somáticas (CCS) e composição do leite
recebido de seus cooperados. Assim foi criado um banco de informações que tinha por
objetivo, primeiramente, municiar os produtores com informações sobre o leite produzido,
possibilitando a adequação às exigências da Instrução Normativa nº 51, que entraria na época
(PINHEIRO, 2014).
A empresa BRF também trabalha com o programa de pagamento por qualidade de
leite aqui na região oeste de Santa Catarina.
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8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NESPOLO, C. R. et al. Milk quality from Western Santa Catarina in the period of 2009-2010.
Revista Acadêmica de Ciências Agrárias e Ambientais, Curitiba. v.11, n.4, p.349-357,
2013.
SANTOS, M. V. et al. Atividade lipolítica do leite com células somáticas ajustadas para
diferentes níveis. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. v.59, n.4,
p.832-836, 2007.
SANTOS, M. V. et al. Effect of somatic cell count on Pasteurized fluid milk quality. National
Mastitis Council Regional Meeting Proceedings. 2002.