Modelos Matemáticos

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Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia


Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UERJUERJ Modelos
Modelos I – ITurma
- Turmas 1 & 2: Prof. J. R. Souza DETEL
1, 2022.1:
Exemplos resolvidos Capítulo 4 de Zill:

df 2 −(1+j2)z
1: Calcular dz, com f = ez
df(g(z)) df dg
Regra da cadeia: dz
= dg dz
dg df 2 −(1+j2)z
Com g(z) = z2 − (1 + j2)z → dz = 2z − (1 + j2) → dz = ez [2z − (1 + j2)]

dLn(z+a)
2: Calcular dz
, sendo a real > 0.
A regra da cadeia pode ser usada.
f(z) = z + a é uma função inteira e Ln(z+a) é analítica para pontos z tais que |z+a| > 0, −π < arg(z+a)< π.
Seja w = z + a, com |w| > 0, −π < arg(w) < π → w não está no eixo real negativo
z = w − a define uma translação por a: o eixo real negativo é mapeado na reta
horizontal que emana do ponto z = −a e contém pontos z = x, com x < −a.
→ Ln(z+a) é diferenciável em todo ponto que não resida nesse raio:
dLn(z + a) 1 d(z + a) 1 Prof. J. R. Souza − UERJ −
= =
dz z + a dz z+a
Pontos de ramo: z = −a, ; corte de ramo: raio horizontal que emana de z = −a.

Ln(2z−j)
3: Determinar um domínio em que f(z) = z2 +1
é diferenciável e determinar f’(z).
Notar que f(z) não é definida em z2 = −1 → z = j.
Ln(w) é analítica para |w| > 0, −π < arg(w) < π → exclui w = 0 e o eixo real negativo.
Seja z = x + jy e → w = 2z − j = 2x + j(2y − 1) = u + j v → u = 2x; v = 2y − 1
1
Se w = 2z − j = 0 → z = 2j excluído (u = v = 0)
Eixo real negativo: u < 0 e v = 0 → u = 2x < 0 → x < 0; v = 0 → 2y = 1 → y = 1/2
Portanto, Ln(2z−j) é analítica para |2z−j| > 0 e z não residente no raio a + j1/2, a real < 0.
f(z) é diferenciável se |2z−j| > 0, z  j e z não reside no raio a + j1/2, a real < 0.
2 z2 +1
(z2 +1)∙2z−j − Ln(2z−j)2z 2z−j
− zLn(2z−j)
′ (z)
f = (z2 +1)2
=2 (z2 +1)2

Departamento de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações, Universidade do Estado do Rio de Janeiro


Pavilhão Reitor João Lyra Filho − Rua São Francisco Xavier, 524, 5º andar, bloco E, sala 5001
Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20550-900
4: Determinar a imagem do conjunto S sob w = Ln(z), sendo S a região interior do círculo unitário e entre os
raios arg(z) = π/4 e arg(z) = 3π/4.
Lado a: z = rejπ/4, 0 < r ≤ 1 → Ln(z) = loge(r) + jπ/4, loge(r) < 0;
Lado b: z = 1ej, π/4 ≤  ≤ 3π/4
→ Ln(z) = loge(1) + j = j: segmento no eixo imaginário
Prof. J. R. Souza − UERJ − DETEL Lado c: z = rej3π/4, 0 < r ≤ 1 → Ln(z) = loge(r) + j3π/4, loge(r) < 0

Imagem de S:

5: Determinar o valor principal de f(z) = (1 + j√3)j3.


Seja z = 1 + j√3 → |z| = 2, arg(z) = tg−1(√3) = π/3 = Arg(z)
Ln(z) = loge(|z|) + jArg(z) = loge(2) + jπ/3
→ f(z) = (1 + j√3)j3 = ej3Ln(z) = ej3(loge(|z|) + jπ/3) = ej3loge(|z|)-π = e−π{cos[3loge(|z|)] + jsin[3loge(|z|)]}
ou f(z) = (1 + j√3)j3 = e−π{cos[3loge(2)] + jsin[3loge(2)]}

d
6: Determinar dz z1+j no ponto z0 = 1 + j√3.
z0 não reside no eixo real negativo → z1+j é analítica em z0 e, portanto, diferenciável.
d 1+j (1+j)−1 j
|z0| = 2; arg(z0) = tg−1(√3) = π/3 = Arg(z0) → z | = (1+j)z0 = (1+j)z0
dz z0
π
d j[loge (2)+j ]
Mas zj = ej[loge(|z|) + jarg(z)] → dz z1+j | = (1 + j)ej[loge(|z0 |)+jarg(z0 )] = (1 + j)e 3
z0
π
d 1+j −
→ z | = (1 + j)e 3 ejloge(2)
dz z0

7: Ex.: Mostrar que cosh(z) é periódica e determinar seu período.


ez + e−z
cosh(z) = 2
→ ez é periódica, com período j2π → cosh(z) é periódica, com período j2π.

8: Determinar z tal que cosh(z) = 0


ez + e−z π+2kπ
cosh(z) = 2
= 0 → ez = −e−z → (ez)2 = −1 → ez = (−1)1/2 = ej 2 , k = 0, 1
ou z = j(2n + 1)π/2, n = 0, 1, 2, ... z é imaginário puro.
Seja z = jy → cosh(z) = cosh(jy) = cos(y) = 0 → y =  (2n + 1)π/2, n = 0, 1, 2, ...
Se z = x → cosh(z)  0  z

9: Ex.: Determinar a derivada de um ramo de F(z) = sin−1(z).


Seja f(z) = sin−1(z) um ramo de F(z).
Se w = f(z) = sin−1(z) → sin(w) = z
d dw dw 1
→ dz sin(w) = cos(w) dz = 1, pois sin(w) = z → dz
= cos(w)
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Mas cos2(w) + sin2(w) = 1 → cos2(w) = 1 − sin2(w) = 1 − z2
dw 1 1
→ dz
= cos(w) = (1 − 𝑧 2 )1/2
d 1
Mas w = f(z) = sin−1(z) → dz sin−1 (z) = (1 − 𝑧 2 )1/2
: deve ser usado o mesmo ramo de (1 − 𝑧 2 )1/2

10: Calcular a derivada de um ramo de F(z) = tg−1(z).


Seja f(z) = tg−1(z) um ramo de F(z) = tg−1(z).
Se w = f(z) = tg−1(z) → tg(w) = z
d d sin(w) d sin(w) dw 1 dw
dz
tg(w) = (
dz cos(w)
) = dw (cos(w)) dz = cos2(w) dz
= 1, pois tg(w) = z
dw
Logo: dz
= cos2(w)
sin2(w) 1 dw 1 1
Mas tg2(w) + 1 = cos2(w) + 1 = cos2(w)
→ dz
= 1+tg2 (w)
= 1+ z2
d 1
Portanto: dz tg −1 (z) = 1+ z2

1
11: Calcular cosh−1( ).
√17
Seja f(z) = cosh−1(z) um ramo da função multivalente F(z) = cosh−1(z).
1
→ f(z) = ln[z + (z2 − 1)1/2], z =
√17
1 −16 16 jπ
z2 − 1 = 17 − 1 = 17
= 17
e
4 4
(z2 − 1)1/2 = ejπ/2 = j 17
√17 √
1 4 1
z + (z2 − 1)1/2 = 17 + j 17 = 17(1 + j4)
√ √ √

1 + j4 = √17ej, com  = tg−1(4)  1,38 rd (76)


1
→ z + (z2 − 1)1/2 = √17ej1,38 = 1 ej1,38
√17
1
→ cosh−1( )= ln(1 ej1,38) = ln(1) + j1,38 = j1,38
√17

12: Problema de Drichlet no semiplano complexo superior (Im(z) > 0):


Determinar uma função harmônica (x,y) definida na semifita vertical do plano complexo mostrada abaixo
que satisfaça às seguintes condições de contorno:

(i) Lado A: z = jy → (0,y) = 40, 0 < y < 


(ii) Lado B: z = x → (x,0) = 20, 0 < x < a
(iii) Lado C: z = a + jy → (a,y) = 10, 0 < y < 

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Solução: Buscar uma função analítica f(z) que mapeie a semifita vertical no semiplano y > 0, de modo a tirar
proveito da solução conhecida para a equação de Laplace no semiplano complexo superior, com visto em
aula.
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Seja f(z) = cos(hz), em que h é uma constante real → f(z) é uma função inteira.
Usando a definição da função cosseno complexo:
f(z) = cos[h(x + jy)] = cos(hx)cosh(hy) – jsin(hx)sinh(hy)) = u + jv
→ u(x,y) = cos(hx)cosh(hy) ; v(x,y) = –sin(hx)sinh(hy)
Lembrar que cosh(hx)  1, para qualquer x real, e sinh(hy) tem o mesmo sinal de hy.
Como o objetivo é mapear a semifita no semiplano complexo superior, é necessário que v(x,y) > 0 para y > 0.
Portanto, escolhamos:
f(z) = − cos[h(x + jy)] = −cos(hx)cosh(hy) + jsin(hx)sinh(hy)) = u + jv, com h real > 0.
Se z = x → u(x,0) = −cos(hx) ; v(x,0) = 0, pois cosh(0) = 1 e sinh(0) = 0.
Ou seja, o eixo real z = x é mapeado em −1  u  1.
Se z = x0 + jy → u(x,y) = −cos(hx0)cosh(hy) ; v(x,y) = sin(hx0)sinh(hy).
Escolhendo h tal que sin(hx0) = 0, a reta vertical z = x0 + jy fica mapeada em u(x,y) = −cos(hx0)cosh(hy) →
eixo real no plano (u, v).
Como a ideia é mapear a semifita vertical no semiplano superior, uma boa escolha é h = π/a, de modo que
f(z) = −cos(z/a) = −cos(πx/a)cosh(πy/a) + jsin(πx/a)sinh(πy/a)) = u + jv
Com esta escolha:
(i) Lado A: z = jy, com y > 0 → u(0,y) = −cosh(y/a): u < −1
(ii) Lado B: z = x, com 0 ≤ x ≤ a → u(x,0) = −cos(πx/a): −1 ≤ x ≤ 1
(iii) Lado C: z = a + jy, com a > 0 e y > 0 → u(x,y) = −cos(πa/a)cosh(πy/a) = cosh(πy/a)  1;
v(x,y) = sin(πa/a)sinh(πy/a) = 0.
Para um ponto interno da semifita, z = x + jy, com 0 < x < a e y > 0; logo:
u(x,y) =−cos(πx/a)cosh(πy/a) e v(x,y) = sin(πx/a)sinh(πy/a).
Como 0 < x < a, sin(πx/a) > 0; como y > 0, sinh(πy/a) > 0 → um ponto interno da semifita é mapeado no semiplano
complexo superior.

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Aplicando, agora, a solução conhecida para a equação de Laplace no semiplano complexo superior, com três valores
da função conhecidos no eixo u:
1
(u, v) = k3 + ∑2i=1(k i−1 − k i )Arg(w − ui ), com w = u + jv
π
com: u1 = −1, k0 = 40; u2 = 1, k1 = 20; k2 = 10
1
→ (u, v) = 10 + {(40 − 20)Arg[w − (−1)] + (20 − 10)Arg(w − 1)}
π
1
ou (u, v) = 10 + [20Arg(w + 1) + 10)Arg(w − 1)].
π
Testando:
Lado A’: w = u < −1 → Arg(w + 1) = Arg(w − 1) = π → (u, v) = 10 + 20 + 10 = 40: ok
Lado B’: −1 < w = u < 1: Arg(w + 1) = 0, Arg(w − 1) = π → (u, v) = 10 + 10 = 20: ok
Lado C’: w = u > 1 → Arg(w + 1) = Arg(w − 1) = 0→ (u, v) = 10: ok

Contudo, a solução do problema requer uma função de (x, y).


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v sin(πx/a)sinh(πy/a)
w + 1 = u + 1 + jv → Arg(w + 1) = tg−1( ) = tg−1( )
u+1 1 − cos(πx/a)cos(πy/a)
v sin(πx/a)sinh(πy/a)
w − 1 = u + 1 + jv → Arg(w − 1) = tg−1( ) = −tg−1( )
u−1 1+ cos(πx/a)cos(πy/a)

Logo:
1 sin(πx/a)sinh(πy/a) sin(πx/a)sinh(πy/a)
(x, y) = 10 + {20tg −1 ( ) − 10tg −1 ( )}, y > 0.
π 1 − cos(πx/a)cos(πy/a) 1+ cos(πx/a)cos(πy/a)

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