1.3 Pratica Colheitas de Sangue

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Colheitas de Sangue

◼ Existem três tipos de colheitas de sangue:

◼ Punção Capilar

◼ Punção Arterial

◼ Punção Venosa
Punção Capilar
◼ A punção capilar é utilizada em RN, crianças e adultos, em que as colheitas

são por vezes difíceis de executar

◼ Nunca se deve puncionar zonas edemaciadas, devido à presença

aumentada do liquido intersticial

◼ Testes pré-natais, doentes diabéticos, determinação de INR em doentes

hipocoagulados, determinação de colesterol, creatinina entre outros,

rastreio rápido de grupo sanguíneo, esfregaços de sangue

◼ A picada deve ser rápida e feita só de uma vez


Punção Capilar
◼ Material para a colheita:

◼ Álcool a 70% ou outro desinfectante dérmico (ex. Betadine)

◼ Compressas

◼ Lanceta esterilizada

◼ Material de recolha
Punção Capilar
◼ Locais recomendados:

Última falange dos 3º e 4º dedos.

O indicador também pode ser utilizado mas é o que menos se utiliza, podendo mesmo infetar ou doer após

a punção

◼ Fazer a incisão perpendicular à impressão digital

◼ Locais não recomendados:

Parte lateral da ponta do dedo

Polegar (caloso)

Dedo mindinho (pele muito fina)

Paralelo à impressão digital


Punção Capilar
◼ Procedimento:

◼ Limpar o local

◼ Fazer a punção perpendicular à impressão digital para obter melhor

fluxo sanguíneo

◼ O local da punção deve estar quente, através da massagem da área

ou aplicando uma toalhita molhada com água quente, durante 3

minutos

◼ Utilizar uma lanceta de tamanho adequado à idade e ao tamanho do

doente para evitar danos no osso


Punção Capilar
◼ Procedimento:

◼ As lancetas actuais activam-se automaticamente para proporcionar

uma maior segurança aos utilizadores

◼ Localizar o local de punção desejado e assegurar de que está

devidamente limpo

◼ Perfurar a pele utilizando um dispositivo de incisão adequado

◼ Desprezar a primeira gota de sangue com ajuda de uma gaze estéril

◼ Aplicar uma suave pressão para aumentar o fluxo sanguíneo

◼ No final, descartar a lanceta para um contentor apropriado


Punção Capilar

◼ Inconvenientes da realização da punção capilar:

◼ Obtenção de uma pequena quantidade de sangue

◼ Não se podem repetir as análises, para tal é necessário uma nova

colheita

◼ Os resultados obtidos não são inteiramente idênticos aos que são

obtidos em amostras de sangue venoso, sendo os valores de glóbulos

vermelhos, hematócrito, hemoglobina e plaquetas mais baixos no

sangue capilar do que no sangue venoso


Punção Venosa
◼ Zonas de punção:

◼ Flexura do braço (veias cefálica,

cefálica mediana e basílica)

◼ Dorso da mão

◼ Face anterior do antebraço

◼ Dorso do pé

◼ Jugular externa (acto médico)


Punção Venosa
◼ Material para a colheita:

◼ Álcool a 70% ou outro desinfectante dérmico (ex. Betadine)

◼ Compressas

◼ Seringas descartáveis (as mais usadas são as de 5 ml, 10 ml ou 20 ml)

◼ Agulhas descartáveis (os calibres mais utilizados são 19 ou 20 SWG)

◼ Garrote

◼ Tubos de recolha

◼ Pensos ou adesivos
Punção Venosa
◼ Vantagens da realização da punção venosa:

◼ Com uma amostra podem ser feitas múltiplas e repetidas análises

◼ Não há variação de valores se as amostras forem obtidas a partir de

diferentes veias

◼ Inconvenientes da realização da punção venosa:

◼ A garrotagem prolongada pode alterar o valor de pH (pode lesar

elementos celulares)

◼ Impossibilita a determinação do pH sanguíneo (conteúdo em CO2)


Punção Venosa
◼ Cuidados especiais:

◼ Não picar mais do que três vezes o mesmo doente

◼ Se a área que rodeia a zona puncionada começar a enegrecer ou a

inchar rapidamente, aliviar o garrote, retirar a agulha e pressionar o

local com um algodão/ compressa

◼ Se o doente receber perfusão intravenosa, puncionar 15 cm abaixo da

administração da perfusão mencionada


Punção Venosa
◼ Cuidados especiais:

◼ Não encapsular as cápsulas das agulhas e deitá-las num recipiente

próprio

◼ Se o técnico se picar com a agulha do doente, deve avisar o Director

de Serviço e o médico da Medicina do Trabalho no próprio dia e

preencher o impresso para a declaração de acidentes de trabalho


Punção Venosa
◼ Cuidados especiais com alguns doentes:

◼ Doentes com leucemias ou outras doenças neoplásicas que levem a

tratamentos citostáticos

◼ Doentes com queimaduras graves

◼ Transplantados ou que tenham sido submetidos a cirurgias plásticas

◼ Doentes com tuberculose activa, hepatite ou HIV


Punção Venosa
◼ Factores que podem interferir no resultados das análises:

◼ Jejum (pelo menos 12 horas)

◼ Terapêutica

◼ Sexo, idade, peso

◼ Agitação defeituosa da amostra

◼ Excessiva ➢ hemólise

◼ Insuficiente ➢ formação de microcoágulos


Punção Venosa
◼ Factores que podem interferir no resultados das análises:

◼ Uso de anticoagulantes inadequados e em proporções erradas

◼ Tempo da colheita ➢ colheita excessivamente lenta pode provocar a

coagulação da amostra no tubo de recolha ou na agulha (ex. RN)

◼ Garrotagem excessiva
Punção Venosa
Punção Arterial

◼ Os cateteres devem ser lavados com uma solução salina antes de colher a

amostra para diagnóstico

◼ Deve-se extrair uma quantidade de sangue adequada e descartá-la para

assegurar que a amostra representativa não está diluída ou contaminada

com a solução de lavagem

◼ Este tipo de colheitas é apenas efectuado por pessoal autorizado

(médicos/enfermeiros)
Processo geral de
recolha de amostras

Identificação
e Material de Zona de
Amostra
preparação extracção punção
do doente
Processo geral de
recolha de amostras
◼ Os passos mais comuns no momento da colheita de sangue são os

seguintes:

◼ Correcta identificação do doente

◼ Preparação do material de extracção

◼ Preparação do doente

◼ Selecção e averiguação da zona de punção

◼ Desinfecção da zona de punção

◼ Identificação da amostra
Identificação do doente

◼ Confirmar a informação na requisição, etiquetas dos tubos

◼ Comprovar que os dados correspondem ao doente mediante uma

identificação positiva (perguntar como se chama e deixar que seja o

doente/ utente a dizer o nome e apelido)

◼ Informar o doente do processo de recolha de sangue

◼ Verificar as condições em que o doente se encontra antes da colheita da

amostra
Identificação do
doente/ utente
◼ Procedimento (antes da picada):

◼ Identificar correctamente o doente/ utente conforme os dados na

requisição

◼ Explicar o procedimento ao doente

◼ Antes de se proceder à colheita ter os tubos devidamente identificados

◼ Acomodar confortavelmente o doente/ utente. Usar um apoio para o

cotovelo e colocar o braço esticado com a palma da mãe virada para

cima. No caso de um doente acamado, estica-se o braço ao longo do

corpo, com a palma da mão virada para cima


Pedido/ requisição
Identificação do
doente/ utente Identificação
do doente

Dados clínicos
Pedido/ requisição

◼ Identificação do doente ➢ nome, idade e sexo

◼ Identificação do clínico que prescreve o pedido de exames laboratoriais

◼ Identificação do produto ➢ sangue ou medula

◼ Informação clínica que possa auxiliar o laboratório:

◼ Diagnóstico

◼ Terapêutica

◼ Informação complementar relevante


Material

◼ Material:

◼ Luvas

◼ Tubos

◼ Garrote

◼ Compressas

◼ Anti-sépticos: álcool a 70% ou betadine

◼ Etiquetas para identificação da amostra


Colheita de Sangue
◼ Procedimento:

◼ Colocar o doente/ utente de forma a poder esticar o braço

◼ Solicitar que apoie o braço, evitando que o dobre ao nível do cotovelo

◼ Garrotar o braço do doente/ utente, ligeiramente acima do local a

puncionar

◼ Pedir ao doente/ utente para fechar a mão, as veias tornam-se assim

mais salientes

◼ Limpar a zona de punção realizando movimentos concêntricos, do

interior para o exterior, desenhando um circulo de 10 cm de diâmetro


Colheita de Sangue
◼ Procedimento:

◼ Uma vez aplicado o desinfectante deve deixar-se secar

◼ Ajustar o sistema da agulha ao tubo

◼ Desembainhar a agulha

◼ Com o bisel virado para cima, puncionar a veia, formando um ângulo

de aproximadamente 15º, a picada deve ser ligeira e rápida

◼ Após a recolha do sangue, retirar o tubo da agulha

◼ Homogeneizar o tubo de recolha caso tenha anticoagulante


Colheita de Sangue
◼ Procedimento:

◼ Retirar o garrote

◼ Colocar a compressa no local da punção e retirar a agulha com um

movimento único

◼ Pedir ao doente para pressionar a compressa, mantendo o braço

estendido, de modo a evitar a formação de um hematoma

◼ Colocar a agulha no contentor adequado

◼ Verificar se o local da punção no doente já não sangra e aplicar um

penso ao doente
Colheita de Sangue
◼ Outro tipo de material de colheita

◼ Agulhas com dispositivo de segurança


Colheita de Sangue
◼ Outro tipo de material de colheita

◼ Agulhas com dispositivo de segurança

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