Ap Hip
Ap Hip
Ap Hip
Apolitismo quando não existe acesso ao direito político. Ou seja, não há qualquer tipo de
direito à participação politica, como o direito ao voto nem poder de decisão.
Outra possibilidade, já num modelo distinto, afirma: “Se tenho direito a participar, mas decido
abster-me, não perco a minha possibilidade de intervenção politica. Simplesmente, eu tendo-a
decidi não a usufruir.”
Os sofistas eram dialéticos e davam uso a ferramentas para que conseguissem vencer, ou
impor a vitória ao adversário. Nunca dotados de mecanismos éticos e/ou morais.
Ataraxia Procura de um prazer equilibrado. Sem grandes picos de felicidade, onde o ser
humano deve conseguir ficar satisfeito num estado mediano do ser. É portanto, um estado de
espirito apolítico.
Cosmopolitismo conduz a uma situação natural. Onde a natureza é tudo o que nos rodeia, e
nós inserimo-nos nisso mesmo. Há uma corrente filosófica da Grécia Antiga que faz referencia
à relação do ser humano com a natureza: o Cinismo.
A física foi sendo debatida entre a historia, ao ponto de concluírem que essa discussão não
levará a lugar nenhum. A dialética e construção destes pensamentos filosóficos culminaram na
ideologia dos sufistas.
Sufistas desrespeito por qualquer conceito moral. Sócrates não concordava com nenhuma
ideologia deste grupo de filósofos, e vem a corromper com as suas ideias.
Sócrates era um puro moralista. Inclusive, morre a defender a sua conceção politica. Acaba por
culminar na própria decadência da democracia ateniense. Platão, professor de Sócrates, era
defensor de um governo do rei filosofo, numa sofiocracia. Platão afirma que os sentidos são
falaciosos e nos induzem em erro. Devemos então sobrevalorizar a razão e o que é factual.
Platão parte do principio da unidade metafisica: o humano. A realidade física é apenas o
reflexo da realidade ideal. Há um reconhecimento de um pensamento politico
Da física ele deliberava metafisica e é desta metafisica que ele constrói a sua ideologia
moral e politica. A sua metafisica é a razão de toda a sua filosofia politica. A ideia dos
conceitos ideais insere-se no âmbito dos corpos intermédios.
É uma transformação. Ou seja, nós estamos constantemente a deixar de ser o que
fomos, e seremos o que nunca fomos. Concluindo, nós nunca somos. Somos
impotência!
Estas ideias convergem no pensamento politico de Aristóteles.
Ideia de impotencialidade onde converge as duas realidades que Platão distingue, no
conceito de um corpo intermédio
Atos convergem em hábitos que originam em virtudes;
Parte do indivíduo, do ser humano em si com o seu valor intrínseco;
Budismo preparar a hora da sua morte, durante toda a sua vida, seno essa a sua maior
ambição. Relevante por representar a ideologia oriental. Há uma profunda aceitação da
realidade, para ser feliz.
Imperador oriental domina de forma autocrática. Há até uma certa confusão entre o
conceito de imperador e o conceito divino.
Santo Agostinho
Prossegue com as ideias de Platão. Sendo fortemente influenciado pela sua doutrina
ideológica. A justiça é uma virtude, não é o conceito utilitário e objetivo que hoje temos. É
antes algo não palpável.
Mistura de ideologia cristã com a filosofia grega, no seu período. Há uma transposição da
ideologia aristotélica, através dos mecanismos platónicos. Ou seja, o que é intrínseco ao
coração dos homens, a impotência, é combinada com a noção de pecado original. Esse pecado
é exatamente a justificação do poder politico, onde um homem domina os restantes. É a única
forma que Santo Agostinho consegue justificar o poder. Fora isso, estando o Homem num
estado de inocência e ignorância não seria necessário.
Depois da queda do império romano, há um vácuo de poder, de ordem. A religião cristã acaba
por tomar as rédeas dessa mesma falta. Há um culminar de todas as ideologias de Santo
Agostinho, quando a religião cristã se torna soberana na Europa.
Existe uma asserção inicial, aceite por todos, de que os homens não podem viver sem ser em
sociedade. O homem é ainda, incapaz de se governar a si próprio. Ele necessita da
espiritualidade, caso contrario estaria perdido. Ele reconhece que no Homem, existe um
sentimento presente no coração. Contudo, há uma ordem superior que afirma que toda a
virtude humana vem de Deus. Logo, todo este desdobramento de virtude, vem de Deus, daí a
justificação de que o Homem é imperfeito, tal e qual como a sociedade em que se insere.
Santo Agostinho: A Cidade de Deus: O filosofo nasce pagão, antes de se tornar cristão. Ao
escrever esta obra afirma que não precisamos do paganismo. Fez parte de uma ceita chamada
de Maniqueísmo, que consistia no confronto constante entre um Deus do Bem e um Deus do
Mal. Ou seja, não há meio-termo, ou serão todos salvos, ou serão todos castigados. O
neoplatonismo é o fim, é a decadência da filosofia grega, como forma de especulação
independente. Vai até ao seu apogeu, e começa a cair a partir do estoicismo.
Santo Agostinho vem a contrariar a ideia de que foi o Cristianismo que acabou com o império
romano. Vai antes dizer, que foi o cristianismo que salvou o império, da invasão dos
germânicos.
Nas invasões e na tentativa de colonização estável, são deixadas instituições politicas, culturais
ou religiosas na ânsia de evitar revoltas futuras do povo colonizado. Como foi o caso dos
germânicos, ao deixarem os templos intactos. É necessário que o poder seja mantido, uma
sociedade coesa e ordenada. Quando o imperador passa a ser deposto, ficando o império
acabado e desordenado, o Papa “calça as botas” do Imperador, aproveitando-se disso. Passa a
ter a missão de propagar o cristianismo como a religião assertiva e tenta também que os reis
se apercebam disso. O cristianismo critica as outras religiões, principalmente o paganismo.
A ideia de obediência ao poder cristão, que origina não só ordem na sociedade, como a
salvação da alma. Para Santo Agostinho não há distinção de pessoas, o critério é somente a
obediência e a fé cristã. Critérios esses que culminariam na entrada do reino de Deus. A ideia
de um poder teológico, vem trazer o conceito de aceitação de todo o tipo de pessoas.
Como é o exemplo dos escravos, e da maior parte da população de todo o mundo, que ao não
ter bens, nem proteção e segurança, eram na realidade, animais apolíticos. Vêm agora, na
religião cristã uma possibilidade de salvação, não só térrea como eterna: no céu.
Visão de unidade, unitária o cristianismo traz a ideia de ordem de um império que deixou
de a ter. Para além de virtuosa, surge o conceito de legitimidade do poder. Porque tudo o que
é, Deus assim o quis. É a justificação da centralização do poder, onde quem o tem, é mandado
e representativo de Deus. Há sempre uma razão para as deliberações politicas.
O estoicismo acaba por ter várias parecenças com o cristianismo. Sendo que o estoicismo já
era proveniente do império romano, como foi o caso do Marco Aurélio. O que muitas pessoas
tentaram fazer, foi estoicizar a nova religião. O pensamento de santo agostinho tem um
dogmatismo, que vai ser amenizado ao longo da Idade Média, com a entrada de relevância de
São Tomás de Aquino, que era efetivamente mais Aristotélico.
Há uma influência gritante da cultura germânica para a formação do que vai ser o feudalismo
medieval. Organizavam-se num regime que era quase democrático, organizando-se em
assembleias. O que dispara do império, onde o poder era centralizado. A cultura deles era
essencialmente agrária e militar. Existe a aceitação por Santo Agostinho da entrada de todos
no Mundo de Deus, inclusivamente dos pagãos. O cristianismo, segundo Agostinho, é o que dá
legitimidade ao poder. Todo o poder é proveniente de Deus. Não existe um contrato de
eleição democrática entre os eleitores e o poder régio.
Existe a dicotomia entre vassalagem germânica e cidadania romana. A primeira acaba por se
focar na troca de deveres e direitos, onde proteção era dada em troca de prestação militar,
por exemplo. Este vinculo de fidelidade é o que origina a intenção cristã: os Papas
ambicionavam fazer os reis de seus vassalos. A cidadania é no entanto, um vínculo com a
nação, numa visão muito mais unitária. A vassalagem é então um vinculo contratual.
O Papa através da intermediação divina, reconhece a legitimidade do rei. A rotura do poder
régio por parte do Papa (excomungação), permite também a rotura do vínculo de fidelidade
dos vassalos ao antigo rei. Posteriormente, originará a possibilidade de outra pessoa subir ao
trono, no período lacunoso de poder. Para enfraquecer a autoridade do Papa, é necessária a
existência de uma centralização do poder. A lógica feudal é substituída pela contratação direta
de exércitos reais. Esta contratação decorre do enriquecimento que foi possibilitado pelo inicio
da época mercantilista.
Este exército real vem a acabar com o conceito feudal, no âmbito de vassalagem. A
dependência vinculativa com o Papa vai também progressivamente diminuir, através do
mercantilismo, a partir do século XII/XIII. O Papa vai perdendo então a autoridade e o papel de
Imperador, que conquistou depois da queda do Império Romano. É retirado o conceito ideal
Papal, que é progressivamente atraído para o rei.
Tomás de Aquino é bastante mais realista do que Santo Agostinho. Todo o seu pensamento
medievo era como os outros, bastante dialético. A base das discussões politicas e até no
próprio direito, são dialéticos. Afirma que a monarquia é a melhor forma de poder. Não
obstante que a tirania, é o pior modelo politico. Toda a hierarquização das 4 leis que Aquino
distingue, vem a confirmar novamente a supremacia de Deus e do poder da religião, contudo,
não obstante um governo de leis (referencia a Aristóteles). É necessário um discurso que
mantenha a supremacia papal, dentro deste mesmo diálogo. Daí a justificação da deposição do
rei. Até Deus se sujeita à razão divina. Aristóteles parte então que a racionalidade humana
persiste a tudo. Esta racionalidade governa tudo e todos, não é evitável.
Dante não é teológico, mas sim um poeta e político. As suas obras politicas são de grande
relevância, já que nelas, faz a análise do pensamento Aristotélico. Afirma que o homens
necessitam, para a sua boa ordenação, de um forte governo temporal, porque a isso
corresponde a sua vocação de eminentes animais sociais. Essa ordenação só é alcançável
debaixo de uma orientação laica e pacifica que promoverá a felicidade entre homens. Só é
contudo, alcançável, através da monarquia ou do império, por serem os regimes mais
aproximados de um ambiente divinizador. O que justifica a “descida” do poder de Deus
diretamente ao monarca/imperador, não necessitando da intervenção Papal. Já que o império
é uma realidade naturalizada, enquanto a igreja é uma institucionalização do direito divino
universal e positivo. O temporal não se deve confundir com o espiritual, sendo a figura divina a
única coisa que partilham.
Sto. Agostinho reconhece que o poder ainda é proveniente do papa, contudo reconhece que
as matérias temporais cabem ao imperador. Há a diferenciação do divino e do temporal. Não
tem duvidas que as matérias temporais são também encarregues do Papa, já que não há a
diferenciação de pecado e de ilegalidade. O pecado que cai sobre a moral, pode também cair
sobre o mundo real e penal. Na tese de Agostinho, ambas são de relevo cristão, onde o Papa
deve ser o julgador supremo.
Sendo Tomás de Aquino um “meio Aristotélico”, ele acaba tendo uma conversa de caracter
platónico, já que persiste na ideia do ideal. Faz referencias aos temas universais, da
generalidade. A universalidade a que se refere, é de facto existente. É uma teoria então,
realista. As coisas do mundo existem, empiricamente. E toda a sua visão é assim.
O cristianismo precisava de se atualizar, e foi exatamente isso que São Tomás de Aquino fez.
Vem também iniciar a ideia de contratualismo. A ideia do direito à resistência, volta a
reafirmar que só é admitido se não propagar efeitos piores, à falta dessa mesma revolta. Existe
uma dicotomia entre regicídio e tiranicídio. Havendo, contudo, autores que se divergem entre
a aceitação de Tomás de Aquino na aceitação da morte do tirano.
O papado acaba por refutar a ideia franciscana de: “não temos nada”, com a simples
afirmação, de que na verdade têm. Referindo-se claro, aos seus direitos.
O ser humano: se todos nós somos humanos, existe uma universalidade e generalização de
todos nós. Fazendo assim, parte de um todo. Ele é bastante empírico, trazendo assim uma
realidade com o significado atribuído respetivamente. (debate teleológico do poder e da
justiça, entre vários autores, com a perspetiva de Tomás de Aquino)
A razão natural de Aristóteles, para os nominalistas, não sujeita Deus. Ou seja, o fundamento
da existência de toda a nossa realidade não tem de partir de Deus.
O fluxo de capital e a obtenção de vários novos tipos de tecnologia militar, vêm trazer uma
nova autonomia ao poder régio. O rei passa a estar independente ao ponto de deixar de ter de
passar pela opinião das cortes.
Maquiavel
Moore ganhou a aura de Sócrates moderno, enquanto Maquiavel ficou conhecido como o
príncipe do mal. O seu livro ao contrário de Moore usa a verita effetuale (verdade efetiva), não
realiza um mundo imaginário, usa antes, exemplos práticos. Enaltece os seus pontos com base
em argumentos fundamentados pela a sua metodologia (Estudo Empírico).
Crueldade pode ser boa desde que seja exercida para um fim justificado, como a
segurança;
O príncipe devia pensar e fazer todas as crueldades de uma só vez. Ela não é desejável,
mas por vezes é necessária aplicá-la;
Para contornar a fortuna, o príncipe tem de ser calculista, frio;
Razão do Estado Abandona a ideia de Agostinho, sobre a justiça ser o fundamento
do estado. Para ele, o príncipe não deve ter outro objetivo nem pensamento sem ser a
arte da guerra e organização militar. Mas ser odiado não é bom para nenhum príncipe.
Propriedade Deve-se abster tocar na propriedade privada dos particulares. “os
homens esquecem mais facilmente quem mata os pais do que quem os rouba a
propriedade”;
Os direitos das pessoas são uma realidade inexistente, tem de todas subordinar-se as
ideias de razão do estado;
Era então defensor do republicanismo e neorrepublicanismo.
Passa a existir um positivismo do Direito. A racionalização sofre uma alteração. A razão que
impera agora, é distinta da de Aristóteles. Uma razão secular e positiva, onde o Direito se
confunde com a lei. A interpretação da lei é proibida, sendo que a única possível é a do rei: a
lei tem de ser praticada e lida na integra. É necessário a absorção do conteúdo intrínseco da
lei. O estado aparelha-se burocraticamente tal e qual a Igreja fazia, inclusivamente como
outrora o Império Romano fazia.
Uma visão diferente, sendo uma variante da religião católica. Estes movimentos protestantes
tiveram a sua origem no repúdio pelos movimentos absolutistas, que marcaram toda a Europa
medieva. Esta época esteve relacionada com ideias capitalistas e mercantis. Passa a haver uma
nova visão, quanto à propriedade, e à materialidade dos bens, sendo estes agora aceites e até
incentivados, desde que sejam atingidos por meio do trabalho digno.
Há um ambiente paradoxal no protestantismo, entre Lutero e Calvin (movimentos luterano e
calvinista). No pensamento politico, o facto antecede o pensamento (qualquer um).
Uma ideia só se trona numa ideia política, se efetivamente, houver uma repercussão política. É
necessário o alcance às elites. Tendo estes grupos, de aceitar como solução/alternativa
politica.
A ideia politica, acaba por se transformar numa ideia absoluta. Enquanto, a organização
politica defende que para se fazer valer, tem de partir dos grupos minoritários. Tendo assim,
uma intervenção direta e integrante, opondo-se ao catolicismo. A atração dos grupos
minoritários era realmente destacável, pelo contacto com os protestantes, ser feito corpo a
corpo, olhos nos olhos. Há então, uma maior proximidade e intimidade entre quem ensina e
quem aprende. Os textos sagrados, ao serem traduzidos para diversas línguas, dão a
possibilidade a novos povos de ler e fazer a sua própria interpretação da Bíblia e de outros
textos. É no fundo, uma doutrina social. A igreja foi de facto, na sua era primitiva, criticamente
social, perdendo progressivamente esse valor, restaurado pelos protestantes. Já que Santo
Agostinho vem eliminar esse caracter do âmbito religioso.
A religião católica, pela primeira vez, precisa de competir. Competir com o protestantismo,
essencialmente, através da Companhia de Jesus, retornando as suas condutas sociais.
Entramos assim, no pensamento de Francisco de Victoria e Francisco Suarez.
John Locke
Humanistas unem-se através do que negam nas suas ideologias. Eles não querem pertencer
à escolástica nem ser medievos. A sociedade é mutante ao longo do tempo, nota a frisar dada
a revolução industrial e do capitalismo. As diversas revoluções que se vão dando nesta época
são politicas e não sociais. Como foi o caso da revolução francesa, americana, gloriosa e
industrial. A movimentação das massas não pressupõe uma revolução social, dado que não
houve uma reforma de grande calibre.
Revolução social gera acesso politico à massa social, cria um estado de amparo social. A
francesa não o foi já que na sua agente não tinha direitos sociais agregados.