5 - LGG - MAT - Cidadania Global
5 - LGG - MAT - Cidadania Global
5 - LGG - MAT - Cidadania Global
Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)
Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
LEITURA CRÍTICA
Isabel Filgueiras
Eliane Aguiar
Sumário
APRESENTAÇÃO 3
Introdução 4
Ementa 4
Abordagem Pedagógica 4
Objetivos de Aprendizagem 6
Planejamento 7
Cultura e Cidadania- LGG 11
1º Bimestre - Curadoria e análise de mídias: jornais diários e temas da cidadania global 11
2º Bimestre - Planejamento de observatórios das mídias 16
3º Bimestre - Coleta de dados de observação das mídias 20
4º Bimestre - Divulgação de dados de observação das mídias 23
Cidadania e Inclusão- LGG 27
1º Bimestre - Apreciação e análise de movimentos artísticos e culturais engajados em temas da
cidadania global: o exemplo do Hip Hop 27
2º Bimestre - Apreciação e análise da poesia e da música na denúncia de questões sociais 33
3º Bimestre - Cultural corporal urbana: cidadania e culturas juvenis 37
4º Bimestre - Análise de recursos de charges, memes e grafites na denúncia e mobilização para temas
da cidadania global 40
Linguagem matemática na construção da cidadania- MAT 44
1º Bimestre - Investigação sobre diferentes redes sociais e o uso da linguagem matemática nessas
redes para a defesa de causas voltada à cidadania global 45
2º Bimestre - Análise de índices relativos à cidadania global com a investigação de modelos
matemáticos capazes de explicar fenômenos. 50
3º Bimestre - Análise crítica de diversas informações e falácias 53
4º Bimestre - Curadoria de informações, análises de gráficos equivocados e criação de infográficos 57
Matemática como instrumento de pesquisa - MAT 60
1º Bimestre - Caracterização de uma pesquisa estatística 61
2º Bimestre - Processos de uma pesquisa estatística 64
3º Bimestre - Planejamento e apresentação de uma pesquisa estatística 68
4º Bimestre - Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar 72
REFERÊNCIAS 75
APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a Preparação
para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos estudantes, como as
Eletivas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais, tem
uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo com os
contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais propósitos do
Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens práticas e
contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos estudantes,
o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir conhecimentos,
criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na realidade sociocultural,
incentivar a ação de empreender, como uma atividade profissional ou ter a si mesmo como
objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é composta
por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas Áreas do
Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma das 4 áreas
para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de oferta de 4
componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que possibilitaram 9 arranjos
distintos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes escolares, escolher qual dos
Aprofundamentos é mais compatível com seu projeto de vida. Neste documento, o professor
encontrará as orientações para a implementação do Aprofundamento em LGG e MAT, contendo
cada um a seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.
Introdução
O Aprofundamento em Linguagens e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias é
uma unidade curricular formada por quatro componentes curriculares orientados para a
reflexão sobre a cidadania global, o nosso pertencimento a uma comunidade mais ampla, ao
conceito de humanidade comum e às práticas voltadas para as questões locais e globais. A
unidade busca fomentar competências e habilidades de pesquisa, investigação e criação sobre
multiculturalismo, inclusão social, sustentabilidade e atividades econômicas.
Ementa
Abordagem Pedagógica
A unidade curricular Aprofundamento em Linguagens e suas Tecnologias e Matemática e
suas Tecnologias se desdobrará em quatro componentes curriculares: Cultura e Cidadania,
Cidadania e Inclusão, Linguagem Matemática na Construção da Cidadania e Matemática como
Instrumento de Pesquisa. Esses componentes são de caráter anual e se articulam por meio do
tratamento integrado de temas da cidadania global, promovendo olhares críticos sobre as
intersecções entre as linguagens e a matemática, na produção e circulação de discursos sobre
questões que afetam os direitos humanos, a justiça social e a cultura de paz, em âmbito
internacional, nacional e local.
No componente Cultura e Cidadania a proposta é que os estudantes vivenciem a criação
e divulgação de um observatório das mídias, assumindo protagonismo na difusão e leitura
crítica da produção midiática sobre temas da cidadania global. Os estudantes serão convidados
a observar vieses econômicos, políticos e ideológicos dos discursos midiáticos, além de
refletirem sobre o papel dos atores sociais das mídias tradicionais e alternativas, na circulação
de discursos sobre temáticas como direitos humanos, manifestação e combate a discriminações,
preconceitos e desigualdades sociais. O intuito é criar um contexto pedagógico que favoreça o
reconhecimento do papel fundamental da leitura crítica das mídias, incluindo o uso de dados
oriundos de pesquisas que usam recursos da matemática, ampliando a autonomia do jovem
para tomar decisões informadas e comprometidas com a diversidade cultural e a cultura de paz.
O componente também tem papel importante na articulação das aprendizagens e produções
presentes nos demais componentes da unidade curricular.
No componente Cidadania e Inclusão a reflexão compreenderá o papel das diferentes
linguagens (artísticas, corporal e verbal), na denúncia e mobilização da sociedade sobre
situações que ferem direitos garantidos na noção de cidadania global. O componente enfoca o
valor das práticas artísticas e culturais na resistência de grupos culturais tradicionalmente
marginalizados, tendo como exemplo a criação, difusão e transformação do movimento Hip Hop
em âmbito internacional, nacional e local. Ao longo do ano letivo, de forma integrada aos
demais componentes da unidade curricular, o componente aborda o modo como os sujeitos
que produzem poesia, música, dança e artes visuais também são os sujeitos cujas realidades e
identidades são objetos da pesquisa, com recursos matemáticos e da circulação de dados e
indicadores numéricos nas mídias.
No componente Linguagem Matemática na Construção da Cidadania pretende-se
trabalhar com a linguagem matemática presente na vida dos estudantes e como ela pode
fomentar o pensamento crítico e ético, de forma a promover a dignidade social. Desta forma, os
estudantes podem se sentir mais inseridos e participativos no desenvolvimento das suas ações
como cidadãos plenos de direitos. Além disso, os professores devem explorar temas como a
sustentabilidade, o ativismo social, a urbanização, a emissão de gases tóxicos e outras propostas
que envolvam a educação global e que criem hábitos e responsabilidades nos estudantes para
ações atuais e futuras.
No componente Matemática como Instrumento de Pesquisa a discussão se concentrará
no uso de métodos e técnicas de investigação e criação, a partir da realidade do mundo atual.
Utilizará dados estatísticos, tais como tabelas e diferentes tipos de gráficos, em que cada
informação representa situações ou problemas vivenciados pela humanidade, gerando análises
reflexivas e críticas sobre a realidade global e local, com ações de intervenção sociocultural.
Propõe-se a construção de textos, análises e conclusões e a discussão sobre contextos
socioeconômicos da população.
Objetivos de Aprendizagem
Ao final do ano letivo, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
➢ Compreender o processo de construção e exercício da cidadania, da inclusão na
realidade global e local, por meio das linguagens, inclusive a da matemática;
➢ Intervir em práticas sociais, culturais, de pesquisa, investigação e criação, aplicando o
aprendizado sobre cidadania global;
➢ Argumentar com fundamentação dados e informações provenientes de mídias diversas e
de publicações científicas sobre temas e questões relativos à cidadania;
➢ Ampliar avaliação crítica sobre os vieses de tratamento de temas da cidadania global nas
mídias;
➢ Compreender o papel da leitura crítica das mídias na construção da autonomia para
tomar decisões informadas e comprometidas com os direitos humanos e a cultura de
paz;
➢ Questionar o papel de atores sociais das mídias;
➢ Compreender a apropriação participativa dos meios de comunicação e informação como
atitude que favorece o alcance da cidadania;
➢ Criar recursos comunicativos como página web, podcasts, canais de vídeo, entre outros,
para mobilizar a comunidade sobre temas da cidadania global;
➢ Apreciar e experimentar produções artísticas e culturais, especialmente das culturas
juvenis, que propõem a afirmação de identidades, valores e direitos em respeito à
cidadania e à democracia;
➢ Difundir resultados de pesquisas estatísticas formais e produções midiáticas sobre temas
da cidadania global.
Planejamento
Este plano de curso se destina ao desenvolvimento do trabalho integrado entre os
componentes Cultura e Cidadania (LGG), Cidadania e Inclusão (LGG), Linguagem matemática na
Construção da Cidadania (MAT) e Matemática como instrumento de pesquisa (MAT), que
compõem o aprofundamento integrado de Linguagens e suas Tecnologias e Matemática e suas
Tecnologias. O documento apresenta sugestões de desenvolvimento do aprofundamento das
aprendizagens, sempre considerando os ajustes e autoria docentes, em relação aos diferentes
contextos educacionais e escolas da rede mineira.
Durante o ano letivo, cada componente dispõe de 80 horas/aula distribuídas igualmente
em quatro bimestres, sendo dois tempos de aula semanais para cada um.
O trabalho integrado se dá pela mobilização de competências e habilidades comuns, pela
adoção conjunta de uma concepção de educação que valoriza o protagonismo dos estudantes,
bem como a capacidade de uso crítico dos conhecimentos e habilidades das diferentes áreas,
para o posicionamento fundamentado frente a questões atuais e para a conscientização do
jovem estudante sobre sua forma de pensar e enfrentar as mais diversas situações em sua vida
ou de sua comunidade, considerando em seu projeto de vida, as práticas de linguagens e o
conhecimento matemático.
As aprendizagens são aprofundadas, na medida em que os estudantes são convidados a
mobilizar habilidades dos eixos estruturantes de investigação científica, processos criativos,
empreendedorismo e mediação e intervenção sociocultural, além de trabalharem com objetos e
procedimentos específicos de cada área, aplicados a questões da cidadania global. Tudo para
que os jovens se percebam responsáveis e assumam papéis ativos na construção de sociedades
mais pacíficas, tolerantes, inclusivas e seguras.
A centralidade do jovem e a flexibilidade, que caracterizam os aprofundamentos, se
concretizam em espaços de escolha e protagonismo dos jovens presentes nas sugestões de
estratégias de ensino. Os estudantes, orientados pelos professores dos diferentes componentes,
são convidados e incentivados a se posicionar, criar, decidir, nos mais diversos momentos de
cada percurso. Para isso, as metodologias propostas priorizam a participação ativa do estudante
nos processos de busca de informações, organização, planejamento e tomada de decisões, para
a escolha de focos de estudo, obtenção de dados sobre as questões da cidadania global, para a
Para que esse plano possa ser, de fato, um instrumento de apoio a práticas
comprometidas com a formação integral dos estudantes é aconselhável que ele seja estudado
por todos os docentes responsáveis por ele, facilitando caminhos para o planejamento
integrado e para a autoria dos educadores. É imprescindível que a Coordenação do Ensino
Médio estabeleça ações para favorecer a interlocução entre os docentes.
Por último, mas não menos importante, a avaliação precisa ganhar todos os contornos
para ser processual e formativa, uma vez que ela é também um fator de integração entre os
componentes. Sabendo que se trata de um jovem sendo avaliado por quatro componentes de
um mesmo aprofundamento e que o papel de protagonismo dele é essencial para sua formação
integral, o estudante precisa ser o centro do processo de avaliação. Nas sugestões de estratégias
de ensino, há indicações de produções, apresentações, trabalhos de grupo para pesquisa,
investigação, modelagem e criação dos estudantes, que observadas e analisadas pelos
professores podem gerar evidências dos avanços e necessidades de aprendizagem, em direção
às competências e habilidades propostas. Por isso, é importante o registro sistemático, pautado
por rubricas construídas pelo professor, de modo que ele possa acompanhar cada estudante, ao
longo do percurso dos componentes. Um caderno ou um arquivo virtual podem organizar os
registros, de modo que, a cada momento de devolutiva avaliativa, o docente possa trazer
contribuições aos jovens, pautadas pelos objetivos de aprendizagem. De modo homólogo,
deve-se estimular a construção de registros pelos próprios estudantes, materializados em
cadernos de bordo, produções individuais e coletivas e registros de autoavaliação.
Cidadania Global
Linguagem
Bimestres Cidadania e Matemática como
Cultura e matemática na
Inclusão (LGG) instrumento de
cidadania (LGG) construção da
pesquisa (MAT)
cidadania (MAT)
Apreciação e
Investigação sobre
análise de
diferentes redes
movimentos
Curadoria e análise sociais e o uso da Caracterização de
artísticos e
de mídias: jornais linguagem uma pesquisa
1º bim culturais engajados
diários e temas da matemática para estatística
em temas da
cidadania global defesa de causas
cidadania global: o
voltadas à
exemplo do Hip
cidadania global.
Hop.
Análise de recursos
Curadoria de
de charges, memes Divulgação dos
Divulgação de informações,
e grafites na resultados da
dados de análises de gráficos
4º bim denúncia e pesquisa para a
observação das equivocados e
mobilização para comunidade
mídias. criação de
temas da cidadania escolar.
infográficos.
global.
CIDADANIA GLOBAL
Sugestão de subtemas:
➢ Projetos editoriais e circulação da informação em jornais diários;
➢ Circulação da informação em redes sociais;
➢ Observação e análise crítica de notícias;
➢ Novas tecnologias e o campo jornalístico midiático;
➢ Curadoria da informação;
➢ Temas da cidadania global no campo jornalístico midiático.
1. Orientar os estudantes a listar, em seus cadernos de bordo ou na lousa, veículos de mídias que usam se
para se informar, tais como: redes sociais, jornais diários impressos ou online, jornais televisivos etc..).
Questões orientadoras podem envolver: os meios de comunicação em ordem de preferência; o número
de horas dedicadas pelos jovens à TV e às outras mídias, para se informar; os motivos que, para eles,
aproximam ou distanciam as pessoas do acompanhamento de notícias. Pode-se criar na lousa colunas,
para que os estudantes escrevam as notícias que chegaram até eles na última semana; como tiveram
acesso a essas notícias, que temáticas foram tratadas? Que veículos de mídias costumam ler e
acompanhar? Quais são as principais mídias pelas quais chegam aos estudantes notícias e informações
sobre o que está acontecendo no bairro, cidade, estado, país e no mundo? É importante que, após a
atividade, os registros da lousa sejam transcritos para os cadernos de bordo, pois esse levantamento
será retomado posteriormente.
2. Problematizar com os estudantes se têm ou não o hábito de variar as fontes de informação, se checam
as fontes das notícias que chegam a eles e se consideram haver vieses econômicos, sociais e culturais,
no tratamento da informação veiculada nas mídias. Esse momento pode funcionar como instrumento
de avaliação diagnóstica. Algumas perguntas mobilizadoras podem apoiar como: Como costuma checar
a veracidade ou o viés dado pela fonte da notícia, antes de considerá-la válida para compartilhar ou
comentar com outras pessoas? Você considera as fontes de informação que costuma consultar
confiáveis? Por quê?
3. Solicitar que os estudantes levantem e problematizem quais temas estão mais presentes nas notícias
relativas à sua comunidade. Esses temas também estão presentes nas notícias do estado, do país e do
mundo? Em que medida essas temáticas abordam questões sociais que os estudantes consideram
relevantes? Essa etapa é importante para que possam definir as temáticas que serão abordadas por eles
na construção de um observatório das mídias, produção integrada da unidade curricular.
4. Orientar os estudantes a pesquisar fontes com definições de cidadania global, em língua portuguesa,
língua inglesa e língua espanhola, e orientar a leitura e o compartilhamento de interpretações sobre
esse conceito e sua relação com os temas de notícias que chegaram a eles recentemente. Pode-se
consultar: What is global citizenship? Disponível em:
https://www.oxfam.org.uk/education/who-we-are/what-is-global-citizenship/. Acesso em 21 nov. 2022.
5. Promover painel de discussões sobre o conceito cidadania global e sobre as temáticas sociais que
merecem ações de fortalecimento de direitos para todas as pessoas de suas comunidades, relacionando
essas reflexões com as discussões de notícias que os estudantes costumam acessar. O objetivo é que
percebam quanto estão ou não engajados em acompanhar, por meio do consumo de informação
midiática, os desafios e as ações em prol de temáticas da cidadania global. Nesse momento é
importante apoiar os estudantes a reconhecerem temas de relevância comunitária como direitos sociais
que observam estarem frágeis em suas comunidades (direito à saúde, ao esporte, ao lazer, à moradia ou
a trabalho), combate a preconceitos que se fazem presentes etc.
7. Promover momentos para que os grupos realizem a curadoria, leiam e discutam, de forma comparativa,
as notícias presentes em suas redes sociais e em jornais diários.
8. Algumas questões orientadoras podem ser: Que notícias chamaram mais atenção? Por quê? Quais
notícias receberam mais destaque nos veículos analisados?
10. Mediar a análise dos projetos editoriais dos veículos selecionados pelos grupos, bem como semelhanças
e diferenças na abordagem das temáticas escolhidas por cada grupo de trabalho. Algumas questões
norteadoras para apoiar os estudantes podem ser: Quais temas são abordados em cada mídia
analisada? O conteúdo é mais noticioso ou opinativo? Há marcas de tendências políticas na informação
veiculada? Quem são os mantenedores do veículo de mídia analisado? A identidade dos mantenedores
afeta o projeto editorial? Há publicidade veiculada? Ela afeta ou pode afetar o tratamento da
informação?
11. Favorecer a organização dos grupos de trabalho, bem como o compartilhamento da leitura e análise de
cada tema. Uma possibilidade é orientar os estudantes a estruturar um seminário de trocas, no qual,
Propostas de Avaliação
Sugestão de subtemas:
➢ Crítica de mídia;
➢ Tipos de observatórios das mídias;
➢ Observatórios das mídias e resposta social a temas da cidadania global;
➢ Focos temáticos para observação das mídias;
➢ Definição de critérios para observação das mídias;
➢ Etapas de planejamento de observatórios das mídias.
1. Convide os estudantes a ler uma publicação de um observatório das mídias sobre um tema da cidadania
global como, por exemplo: a fome e insegurança alimentar. Sugere-se a publicação do Observatório da
Imprensa. Disponível em:
https://www.observatoriodaimprensa.com.br/desafios-do-jornalismo/fome-de-informacao-a-cobertura
-insuficiente-da-inseguranca-alimentar-no-brasil/. Acesso em 21 nov. 2022. Antes da leitura convide os
estudantes a compartilhar conhecimentos prévios sobre o tema, notícias que já acompanharam, bem
como seus posicionamentos sobre a extensão do problema em suas comunidades, no país e no mundo.
Depois, contextualize a proposta de leitura, apresentando a fonte e questões que irão apoiar a
interpretação coletiva do texto, por exemplo. Para integrar com o componente Matemática como
instrumento de pesquisa pode-se solicitar que os estudantes: identifiquem o uso de dados de pesquisa e
de estatísticas; reconheçam o recorte de tempo e de veículos midiáticos que foram analisados, bem
como o focos das análises (quantidade e qualidade da matérias analisadas); discutam a conclusão do
texto e como ela mobiliza-os sobre o papel da crítica das mídias para a cidadania.
3. Mediar a escolha de 4 ou 5 observatórios das mídias e apoiar a compreensão dos estudantes sobre o
modo como funcionam, em relação à escolha de focos de observação, metodologias de
acompanhamento e divulgação de dados de observação das mídias. A proposta pode ser realizada por
meio da metodologia ativa rotação por estações, para que os estudantes façam a curadoria de material
de leitura e questões problematizadoras relacionadas a: necessidade de recortes de tempo, a presença
do conhecimento científico nas mídias e suas relações com a observação das mídias, a cobertura da
observação das mídias tradicionais e alternativas; o tipo de conteúdo e mídia que o observatório
analisa, se há ou não foco em temáticas da cidadania global e dos Direitos Humanos.
5. Retomar com os estudantes a observação de redes sociais e jornais, realizada no primeiro bimestre, e
desenhar com eles uma nova coleta de observações, para que percebam se reconhecem avanços em
suas observações críticas após o aprofundamento de estudos sobre observatórios de mídias. Cada
grupo pode selecionar um conjunto de fontes midiáticas de livre escolha e acompanhar as publicações
por duas semanas. Sugere-se a inclusão de veículos de mídia hegemônica e alternativa como, por
exemplo, produções de jovens periféricos como às citadas no Portal da Imprensa. Disponível em:
https://portalimprensa.com.br/os10mais/pagina36_10_projetos_de_Jornalismo_nas_Periferias.asp.
Acesso em 21 nov. 2022. É fundamental realizar mediações, para que os estudantes identifiquem como
as diferentes vozes sociais estão ou não presentes nas mídias, quais temas são negligenciados, de que
forma a escolha lexical direciona o leitor para determinadas interpretações da informação.
7. Orientar os estudantes a compartilhar seus achados e avaliar o que puderam aperfeiçoar em suas
habilidades de leitura crítica das mídias a partir do aprofundamento de estudos sobre os observatórios
das mídias.
8. Mediar, com participação ativa dos estudantes, a continuidade da observação das mídias, orientando-os
a construir um projeto mais detalhado para o observatório da turma (que pode abordar os temas da
cidadania global escolhidos por cada grupo) ou observatórios por grupo, com foco nesses temas. É
fundamental envolver os estudantes na elaboração do roteiro do projeto, considerando o estudo que
realizaram sobre observatórios das mídias, por exemplo: objetivos do observatório, veículos que serão
observados, temáticas, suporte que será utilizado para publicar os dados do observatório.
Propostas de Avaliação
Para avaliação do bimestre sugere-se a realização de uma discussão com uso da metodologia ativa
FishBowl (metodologia do aquário). Organize as carteiras de sala em dois círculos concêntricos, no central 5 a 6
cadeiras com uma delas livre (nessa cadeira livre os estudantes do círculo externo podem entrar e sair. Definir 5
estudantes que irão iniciar a discussão no centro do círculo, a partir de comandas avaliativas relacionadas às
habilidades enfocadas no bimestre, por exemplo: 1. A observação de nossas redes sociais e dos jornais diários
ampliou nossa visão crítica das mídias? 2. Pudemos questionar e modificar nossas práticas de busca, acesso e
uso da informação que circula nos jornais e redes sociais? Que novas possibilidades vislumbramos para nossos
projetos de vida como leitores críticos de notícias? Como estamos ou não cumprindo metas pessoais diante da
produção em grupo? O que está dando certo e o que é desafio?
Enquanto os estudantes do centro debatem uma questão, os demais observam, quem quiser ocupar a
cadeira vaga entra na roda central e é escutado pelo grupo. Os estudantes do círculo externo registram a
discussão e compartilham suas opiniões na plenária final. Faça a gestão do tempo e da mudança do foco da
discussão com participação dos estudantes. Eles podem, inclusive, assumir a posição de mediadores. Ao final da
dinâmica peça que registrem em seus cadernos de bordo e ou repositórios comuns os principais pontos da
avaliação. Para conhecer mais sobre a metodologia acesse o link
https://silabe.com.br/blog/fishbowl-metodo-aquario-o-que-e-exemplos-e-como-usar-em-aula/.
Sugestão de subtemas:
➢ Coleta de dados de observação das mídias;
➢ Parâmetros de análise de dados de observação das mídias;
➢ Análise de discursos no campo jornalístico midiático;
➢ Sistematização e divulgação de dados de observação das mídias;
➢ Ferramentas para publicação e interação com leitores de observatórios das mídias.
Investigação Científica
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e
discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por
meio de práticas de linguagem.
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para
propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação
social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.
1. Propor que os estudantes retomem os registros que realizaram no primeiro bimestre sobre as formas
pelas quais se informam sobre acontecimentos e questões sociais e oriente-os a compartilhar em
grupos: Quais jornais televisivos, canais de vídeo e podcasts conhecem e acompanham; por que
motivos escolhem esses veículos; quais tipos de conteúdos são veiculados nessas mídias; se percebem
vieses econômicos e políticos na veiculação da informação presente nestes veículos; que evidências
possuem disso; quem são os mediadores das notícias? (apresentadores, repórteres, comentaristas,
pessoas entrevistadas etc…)
2. Mediar apreciação de podcasts que tecem análises críticas de jornais televisivos, como, por exemplo,
essa referência: Podcast de análise do Jornal Nacional. Disponível em:
https://www.brasildefatomg.com.br/2021/11/29/ep-32-edicoes-de-19-a-25-11-21. Acesso em 21 nov.
2022. Questões orientadoras para essa apreciação podem ser: Qual o foco da análise crítica? Que
recursos são utilizados para construir os argumentos que evidenciam vieses no tratamento da
informação? Há utilização de dados de pesquisa para apoiar a argumentação sobre os vieses no
tratamento da informação?
5. Mediar a comparação do modo pelo qual os jornais impressos ou online observados anteriormente
tratam a notícia e como os jornais televisivos tratam. Questões problematizadoras podem envolver: Se
consideram que a seleção das notícias poderia ser outra? Que motivos editoriais levam cada veículo a
selecionar determinadas notícias em detrimentos de outras? Que fatos relevantes para eles são pouco
noticiados? Se consideram os jornais neutros ou tendenciosos? Como tratam questões sociais? A
opinião de grupos tradicionalmente marginalizados e ou excluídos está presente na produção das
notícias?
9. Mediar a comparação entre a seleção de temas e os recursos utilizados nos jornais impressos ou online,
apreciados anteriormente, os jornais televisivos ou em canais de vídeos, e os podcasts noticiosos. Como
se diferenciam? Que recursos mobilizam o leitor/audiência? Como os leitores/espectadores podem
interagir com a produção?
10. Propor aos estudantes a criação de momento de compartilhamento dos achados das observações, com
experimentação de formatos que os grupos pretendem apresentar seus trabalhos finais como: sites,
blogs, podcasts, vídeos etc.
Propostas de Avaliação
Você pode finalizar o processo avaliativo, solicitando que os estudantes escolham, em grupos, uma
notícia com dados estatísticos que tenha sido analisada no bimestre, em seguida, peça que discutam e
transformem os números e informações em tomadas de decisões sobre a temática abordada levando em
consideração a análise crítica experimentada no bimestre. Em seguida, oriente-os a escolher um tema que esteja
circulando nos grupos de whatsapp ou em redes sociais Facebook, Youtube, Instagram, Telegram, fazendo uma
reflexão sobre comportamentos que tinham antes e depois das propostas do bimestre.
Sugestão de subtemas:
➢ Produção de relatórios de observação das mídias com recursos multimidiáticos;
➢ Suportes para interação com audiência de observatórios das mídias;
➢ Estratégias de divulgação e engajamento de observatórios das mídias;
➢ Interação com audiência de observatório das mídias;
➢ Debate regrado;
➢ Democracia e marco regulatório das mídias.
social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.
1. Solicitar que os estudantes reúnam os registros de observações das mídias realizados anteriormente e
que realizem a curadoria de quais gostariam de utilizar na finalização do observatório das mídias. Nesse
momento, sugere-se propor que construam rubricas de avaliação do processo de observação das
mídias, para que possam avaliar o que conquistaram e como gostariam de avançar nesse último
bimestre. Veja algumas sugestões no item sobre a avaliação.
2. Orientar os estudantes a decidirem os gêneros e recursos multimidiáticos que irão utilizar para publicar
os dados de observação das mídias, realizadas ao longo do ano. É importante que possa haver
diversidade nas escolhas: podcast, vídeo, website. Se for necessário, apoie cada grupo a retomar às
características desses meios e de seus gêneros, bem como de recursos das diferentes linguagens que
poderão usar.
4. Problematizar com os estudantes o que sabem sobre a legislação brasileira relativa às mídias e sobre a
proposta de estabelecer um novo marco regulatório das mídias, bem como a opinião que têm sobre o
tema. Lançando mão da metodologia ativa resolução de problemas, oriente os grupos de trabalho a
discutir questões como: É preciso que o Estado crie mecanismos de regulação das mídias? Por quê? Até
onde pode ir a liberdade de expressão? Regular as mídias é promover a censura? Após a discussão em
pequenos grupos, orientar a realização de uma plenária para discussão do tema, incluindo a listagem de
argumentos pró e contra a regulação das mídias.
5. Mobilizar os estudantes a avaliar se os argumentos levantados pela turma são consistentes e convidar
os estudantes a realizar a curadoria de textos, vídeos, podcasts que podem oferecer a eles a ampliação
de argumentos e o debate mais informado sobre o tema.
6. Propor que os estudantes vivenciem um Word Café no qual possam discutir os materiais levantados na
curadoria. Para saber mais sobre essa metodologia ativa faça um levantamento na internet, buscando
referências sobre como orientar os estudantes a vivenciar a estratégia. Lembre-se de apoiar os
estudantes a eleger os anfitriões de cada mesa do Word Café a produzirem registros coletivos.
Caso queira, acesse publicações sobre como facilitar um Word Café: Como facilitar um World Café? |
Paula Manzotti Scramin | Medium, disponível em:
https://medium.com/@paulamanzottiscramin/como-facilitar-um-world-caf%C3%A9-b44a1a2ff336 e A
8. Orientar os estudantes a se dividirem em dois grupos para realizar um debate regrado sobre o tema. O
grupo será a favor do marco regulatório das mídias e outro contrário, para isso deverão levantar
argumentos consistentes. É importante definir com a turma as regras do debate e orientá-los a utilizar
como base as discussões e registros da atividade anterior.
9. Promover novos momentos para a publicação dos dados dos observatórios das mídias considerando os
registros e discussões realizadas ao longo do ano letivo.
10. Finalizar com momento de apresentação pelos grupos de trabalho dos observatórios finalizados, bem
como dos resultados da interação com a comunidade por meio de comentários, eventos, presenciais ou
online,de lançamento das produções.
Propostas de Avaliação
2. Compreensão dos recursos das línguas e linguagens nas produções do campo jornalístico
midiático;
3. Habilidade de mobilizar recursos das linguagens para participar da construção, divulgação e
interação com a audiência do observatório das mídias;
4. Alcance dos objetivos do observatório das mídias, considerando a interação da comunidade
com a produção final.
CIDADANIA GLOBAL
Sugestão de subtemas:
➢ Compartilhamento de conhecimentos e experiências dos jovens com arte e cultura engajadas com
problemas e questões sociais;
➢ Tematização histórica e cultural do movimento Hip Hop no mundo e no Brasil;
➢ Levantamento de grupos de Hip Hop em Minas Gerais e na comunidade;
➢ Apreciação da danças, letras, grafite, moda Hip Hop;
➢ Observação da presença do Hip Hop na imprensa nacional e internacional (pesquisa em sites de
periódicos).
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
2. Propor aos estudantes que observem seções e ou cadernos de arte e cultura em jornais diários,
impressos ou digitais, e a divulgação de arte e cultura em redes sociais de que participam. Com base
nessas observações, oriente-os a organizar um quadro comparativo que evidencie diferentes enfoques
midiáticos sobre a arte e a cultura. Oriente-os a registrar os dados no instrumento de registro, pois eles
poderão ser incorporados à produção dos observatórios das mídias.
4. Mediar o compartilhamento das indicações entre os grupos, de modo que os estudantes possam
ampliar as referências artísticas e culturais uns dos outros. Orientar os estudantes a observar nas
indicações a presença ou não de produções artísticas e culturais engajadas em temáticas sociais que os
estudantes consideram relevantes, pode-se enfocar: Que valores essas produções propagam? Há
produções que reforçam preconceitos e discriminações como machismo, xenofobia, apologia à violência
etc? Há produções engajadas na defesa de direitos humanos, combate a preconceitos, defesa da cultura
de paz? Qual a origem social, o gênero e a etnia dos autores das produções artísticas e culturais listadas
pelos grupos?
5. Levantar com os estudantes o que já discutiram sobre o conceito de cidadania global, caso a temática já
tenha sido abordada no componentes Cultura e Cidadania, caso o trabalho não tenha sido realizado,
apoiá-los a levantar ideias que remetem ao conceito e tecer comentários sobre como produções
artísticas e culturais que os jovens gostam podem ser consideradas produções engajadas com temas da
cidadania global.
7. Selecionar com os estudantes músicas, canções, danças, esportes, obras da literatura e de arte, dentre
as listadas pelos estudantes ou outras, que tratem de questões da cidadania global. Promover a
apreciação coletiva ou em grupos de trabalho, por meio da metodologia ativa aprendizagem entre
pares, seguida de observação e análise individuais, em duplas ou pequenos grupos sobre recursos
expressivos e conteúdos que respondem a indicadores e dados discutidos nos componentes da área
Matemática e/ou que se relacionam com as notícias observadas no componente Cultura e Cidadania.
8. Promover o resgate de conhecimentos e experiências prévias dos estudantes com o Movimento Hip
Hop, apresentando o movimento como uma manifestação de arte e cultura que exprime anseios,
denúncias e reivindicações de jovens, cujos direitos de cidadania, muitas vezes, não são plenamente
atendidos.
9. Mediar a apreciação e a experimentação de produções do Movimento Hip Hop (poesia, música, dança,
moda, grafite), como arte e cultura que surge e se desenvolve para exprimir as vozes, identidades e
direitos dos jovens negros, periféricos, pobres. Nesse momento, pode-se resgatar as origens do
Movimento Hip Hop nos EUA, no Brasil, seu desenvolvimento no Estado de Minas Gerais e na localidade
da Escola para que as apreciações e experimentações sejam contextualizadas. É importante criar
propostas nas quais os estudantes sejam protagonistas de seleção de objetos de apreciação e
experimentação. O mesmo se aplica, caso você com os estudantes decidam apreciar outro movimento
artístico e cultural. Durante todo o processo de apreciação e experimentação garanta momentos de
avaliação do processo, fazendo a escuta dos estudantes e oferecendo devolutivas coletivas e individuais.
10. Orientar os estudantes a levantarem e conhecerem a trajetória e as produções de pioneiros do Hip Hop
em Minas Gerais, como o coletivo Família de Rua, Rappers como Radical Tee, Flávio Renegado, Paulo
Soares, o DJ a Coisa, Roger Ferreira, ou DJ Roger Dee. Jovens pioneiros do break dance, como Cromado,
Eduardo Sô, Charlinho, Claudinho que compunham a Break Crazy, Eduardo Sô, MC Pelé ou de outro
movimento artístico e cultural reconhecido por eles como significativo para as vozes juvenis. Algumas
fontes de informação sobre o movimento Hip Hop em Minas Gerais que podem ser utilizadas são:
O fôlego do Hip-Hop mineiro | Daniel Barbosa | O Tempo. Disponível em:
https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/o-folego-do-hip-hop-mineiro-1.237268
Patrimônio do rap das Gerais | Lucas Buzatti | O Tempo. Disponível em:
https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/patrimonio-do-rap-das-gerais-1.1351099
Três décadas de Hip-Hop em BH – Parte 1 | Roger Deff | O Beltrano. Disponível em:
https://www.obeltrano.com.br/portfolio/tres-decadas-de-Hip-Hop-em-bh/)
11. Mediar a discussão do resultado das informações que os estudantes levantaram sobre o Hip Hop ou
movimento cultural escolhido por eles como manifestação cultural de expressão das culturas juvenis e ,
de denúncia das injustiças sociais, e de afirmação de identidades. Uma opção para concretização deste
trabalho é a metodologia ativa rotação por estações. Orientar os estudantes, em grupos de trabalho, a
reunir em estações de trabalho as informações coletadas, por exemplo: uma estação com referências
sobre a história do movimento estudado, outra com informações sobre os pioneiros na criação do
movimento cultural, outras com apreciações de produções artísticas e culturais do movimento. Após a
rotação por estações, promover plenária de discussões e troca de percepções dos estudantes.
12. Propor aos estudantes oficinas de experimentação das linguagens verbais, artísticas e corporais
presentes no movimento cultural escolhido por eles ou do movimento Hip Hop, caso essa seja a
escolha. Oriente cada grupo de trabalho a escolher uma produção cultural do movimento, por exemplo,
as danças das culturas juvenis. Garanta um momento, sob sua orientação, para que planejem a oficina,
considerando competências e habilidades de mediação cultural já desenvolvidas por eles. Oriente-os a
pensar em estratégias inclusivas, que permitam aos diferentes perfis de estudantes da turma se
expressar por meio da dança, independentemente da experiência anterior. Caso avalie que os
estudantes precisam de referências para apoiar o trabalho, apresente a eles algumas das dinâmicas
sugeridas em: Oficina de docência em dança | Erineusa Maria da Silva
(https://acervo.sead.ufes.br/arquivos/oficina-danca.pdf). Garanta momentos de avaliação entre pares,
criando momentos em que os jovens possam dar devolutivas construtivas sobre as oficinas
apresentadas pelos colegas.
Propostas de Avaliação
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Sugestão de subtemas:
➢ Apreciação de poesias, letras e músicas presentes em movimentos artísticos e culturais juvenis como o
Hip Hop;
➢ Análise de recursos expressivos da poesia e da música;
➢ Produção musical do rap e sua influência nas relações sociais, políticas e culturais;
➢ Contextualização cultural do rap e do slam;
➢ Criação de rimas a partir de temas da cidadania global;
➢ Experimentação de batalha de rimas.
2. Orientar os estudantes a realizar a curadoria de redes sociais, coletivos, sites e eventos relacionados à
cultura da Hip Hop mineira e ou de outros estados brasileiros com objetivo de identificar
representantes pioneiros e contemporâneos do movimento, incluindo a participação feminina nessas
produções. Caso você e a turma avaliem ser relevante, é possível incluir referências internacionais,
mapeando artistas do rap e da poesia urbana na América Latina, dos Estados Unidos, da Europa, da
Oceania e da África, trazendo uma abordagem multicultural ao movimento do Hip Hop. Em ambas as
escolhas, vale a pena investir na contextualização das diferentes formas de recriação do movimento
Hip Hop.
4. Propor aos estudantes que, em grupos, selecionem personalidades da música e da poesia encontrados
na curadoria anterior e tragam para compartilhar com os colegas o perfil do artista, exemplos de suas
produções e análises sobre os conteúdos da cidadania global abordados nessas produções artísticas.
No trabalho a seguir, é possível selecionar com a turma nomes e depoimentos de rappers mineiros,
por exemplo: SILVA, Glaycon de Souza Andrade. Sons da Rua: os territórios e territorialidades dos
rappers da cena Hip-Hop belo-horizontina na última década (2010-2019s 2021. Tese de Doutorado.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. p. 130-150. Disponível em:
http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Geografia_GlayconDeSouzaAndradeESilva_19006.pdf.
Acesso em 23 nov. 2022
5. Chamar a atenção dos jovens para que identifiquem se em alguma ou algumas destas produções os
artistas citam indicadores e ou dados de pesquisa relativos a questões sociais que são abordadas nas
músicas e poemas, como por exemplo o poema de Tawane Theodoro slamer participante do evento
Slam Resistência
7. Orientar os estudantes a identificar temáticas da cidadania global nas poesias e no rap e a produzirem
um mural coletivo físico ou digital que apresente as produções e os temas da cidadania global
abordados. Esse mural pode ser compartilhado com outros jovens da comunidade e ser incorporado
ao observatório das mídias, caso os estudantes escolham abordar em suas produções a observação da
poesia e da música nas mídias.
8. Propor a curadoria, leitura e discussão de reportagens e notícias sobre o movimento Hip Hop em
Minas Gerais suas características, por exemplo:
tocam os estudantes. Pode-se incluir uma batalha de rimas ou uma apresentação compartilhada das
criações de cada oficina, garantindo que os estudantes participem ativamente da escolha dos
caminhos de apreciação e experimentação das linguagens verbal e musical.
Propostas de Avaliação
Proponha aos estudantes que realizem curadoria de questões e temas de redação presentes em
edições da prova nacional do Ensino Médio (ENEM) que abordem as práticas artísticas e culturais estudadas no
bimestre.
A partir dessa curadoria, organize uma prova de dois tempos com questões fechadas (de edições
anteriores do ENEM) e questões abertas, construídas pelos próprios estudantes. Realize a aplicação da prova,
forneça o gabarito e oriente cada estudante a corrigir sua prova, buscando compreender como avançou ou não
e que ações podem ser empreendidas para aperfeiçoar as aprendizagens.
Sugestão de subtemas:
➢ Cultura corporal como espaço de resistência e engajamento em temas da cidadania global;
➢ Cultura corporal e ocupação dos espaços públicos;
➢ Esportes e práticas corporais de aventura: ligações com o movimento Hip Hop;
➢ Danças urbanas, inclusão social e movimento Hip Hop;
➢ Reflexão crítica sobre culturas juvenis e políticas públicas de ocupação das cidades e de incentivo à
cultura.
1. Organizar com os estudantes a curadoria de imagens que tragam representações de jovens em práticas
corporais realizadas nas ruas e ou espaços públicos da cidade, como parques e praças. Algumas
possibilidades: grupos de dança que se apresentam na rua, grupos de skatistas, jovens praticando
esportes na rua, em praças e parques, jovens praticando escalada, slackline, pedalando, correndo etc.
Cada grupo de trabalho pode selecionar de 4 a 5 imagens.
2. Mobilizar os jovens a organizar um mural físico ou online com as imagens selecionadas e produzir
legendas, identificando a prática corporal representada, os motivos da seleção e o que consideram
possíveis motivações para que os jovens retratados realizem as práticas. A partir da produção do mural,
problematizar com os estudantes: Que semelhanças e diferenças essas práticas apresentam em relação
ao movimento Hip Hop? Há nessas práticas a intenção de reivindicar direitos sociais? De reafirmar
identidades? Essas práticas são permeadas por questões da cidadania global, como desigualdades
econômicas, étnicas, sociais e de gênero? Essas práticas apresentam problemas de reprodução de
desigualdades, preconceitos e discriminações como machismo, racismo, capacitismo…?
3. Solicitar que os estudantes escolham práticas que para eles tenham intencionalidades relativas a
temáticas da cidadania global e intencionalidades que tratem dos direitos dos jovens, por exemplo,
direito ao usufruto da cidade, dos espaços públicos. Após a escolha, orientar oficinas das práticas
corporais selecionadas. Os próprios estudantes podem ser responsáveis por planejar e desenvolver com
os colegas as oficinas, ao longo de 2 a 4 semanas, assumindo a posição de mediadores culturais dos
colegas. Concomitantemente, é fundamental que possam contextualizar e aprofundar conhecimentos
sobre o papel da corporeidade e da cultura corporal de movimento na propagação de valores da
cidadania global. É interessante que os grupos possam apresentar oficinas de variadas práticas
corporais, por exemplo: danças urbanas como Waving, Roboting, House Dance, Krump, Locking,
Popping, Freestyle; Skate, Basquetebol de rua, Futebol de rua.
Teaser do espetáculo Pai Contra Mãe da Cia Fusion de Danças Urbanas de Belo Horizonte, 2016,
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=tzsq0x8IQPs&t=81s. A obra discute as
dificuldades de ser negro e mulher numa sociedade racista, machista, opressora e marcada pela
desigualdade social. Estes temas podem ser debatidos com os estudantes, relacionando com
situações que vivenciam em seus contextos sociais e culturais e com os indicadores sociais que
estão estudando no componente de linguagem matemática.
Apresentações de grupos de danças urbanas mineiros, como: Cultura do Guetto
(https://www.grupoculturadoguetto.com.br/)
Grupo de dança urbana Union Crew de Poços de Caldas
(https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2018/08/30/grupo-de-danca-urbana-ocupa-espa
cos-da-periferia-e-trata-de-questoes-sociais-em-pocos-de-caldas-mg.ghtml)
Cia. Fusion de Danças Urbanas( https://www.ciafusion.com/historia)
5. Informar-se sobre as relações entre o movimento Hip Hop e práticas corporais como o Skate e o
Basquetebol, por meio de leitura e discussão de textos, vídeos e podcasts como, por exemplo:
Skate x Hip Hop: Culturas marginalizadas em diálogo.
http://www.noticiario-periferico.com/2020/07/artigo-skate-e-hip-hop-culturas.html .
O Rap e o Skate. https://portalrnd.com.br/o-rap-e-o-skate/ .
Cultura e justiça social: entenda a relação entre basquete e Hip Hop.
https://ge.globo.com/sc/especial-publicitario/federacao-catarinense-de-basketball/basquete-tra
nsforma-sc/noticia/cultura-e-luta-por-justica-social-entenda-a-relacao-entre-o-basquete-e-o-hip-
hop.ghtml .
RAP TV Cast | O elo entre basquete e o rap (Dois Por Cento, Zona do Garrafão e Marcilio Gabriel)
https://www.youtube.com/watch?v=S_uQhKC02C8 .
6. Problematizar com os estudantes a importância de políticas de ocupação dos espaços urbanos e de
fomento cultural para valorização da cultura Hip Hop como eventos e projetos fomentados pelo poder
público nos últimos anos, como:
O projeto Palco Hip-Hop – Danças Urbanas, que conta com edições anuais e apoio e patrocínio
dos governos federal, estadual, municipal e de entidades privadas, além de recursos captados
pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura;
A Semana Hip-Hop BH iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte
O Circuito Municipal de Hip-Hop e o Festival Hip House;
O Fórum de Hip-Hop BH.
Propostas de Avaliação
Nesse bimestre, o tratamento da cultura corporal como prática de linguagem engajada em temas da
cidadania global convida à realização de avaliação formativa que também mobilize a corporeidade e a expressão
corporal dos estudantes. Oriente-os a, organizados em grupos de trabalho, criar uma célula coreográfica que
traga a gestualidade das práticas corporais vivenciadas integrada a uma música ou a textos orais que traduzam o
que aprenderam sobre o engajamento destas práticas em temáticas da cidadania global. Cada grupo apresenta
sua criação de forma oral e corporal e, em seguida, todos discutem que recursos das linguagens foram mais
significativos para esse processo criativo e como acreditam que às aprendizagens vivenciadas possibilitaram
avanços e desafios para projetos pessoais de engajamento com as práticas corporais e seus significados para o
combate a desigualdades, preconceitos e discriminações.
O quarto bimestre enfoca o campo das narrativas visuais e do grafite, como recursos de
expressão da crítica social, da denúncia e reivindicação de direitos cidadãos. Os estudantes terão
a oportunidade de exercitar, mais uma vez, a curadoria e o protagonismo, para fazer escolhas
intencionais e se posicionar criticamente sobre as temáticas focadas durante o ano letivo. Será
também o momento de finalizar a criação do observatório das mídias e escolher como integrar
as produções dos componentes a essa produção.
Sugestão de subtemas:
➢ Charges, Memes e Grafite: narrativas visuais para a crítica social;
➢ Apreciação de Charges;
➢ Apreciação de Memes;
➢ Apreciação de grafites;
➢ Entrevistas como jovens da comunidade que produzem charges, memes e grafites;
➢ Reconhecimento de artistas mineiros da Charge e do Grafite;
➢ Influências do grafite nas artes visuais;
➢ Produção de narrativas visuais.
1. Para iniciar o bimestre, oriente os estudantes a compartilhar reproduções de charges, cartuns, memes e
grafites, em um repositório comum como uma pasta em nuvem digital ou uma pasta física que permita
a todos apreciar o material compartilhado. Caso existam grafites na cidade, uma sugestão é propor que
os estudantes realizem fotografias em seus trajetos.
2. Em seguida, organizar com os estudantes curadoria de charges e cartuns publicadas em jornais diários e
na internet, memes de redes sociais e fotografias de grafites disponíveis nos muros da cidade ou que os
estudantes tenham observado em outros contextos e que abordem temas da cidadania global.
5. Após tomar a decisão com os estudantes, organizar com eles a curadoria de referências para
aprofundamento de estudos, por meio de levantamentos bibliográficos, de vídeos, podcasts, notícias,
reportagens, documentários que abordem as relações entre charges, cartuns, memes grafites e a crítica
social. Essa curadoria deve ser orientada por roteiro que pode incluir: biografias dos artistas/autores,
entrevistas nas quais compartilham seus processos criativos, descrição do estilo e dos temas que
trouxeram notoriedade para o artista/autor, temas da crítica social abordados.
Sugestões de referências:
Sobre o Grafite.
https://youtu.be/whDzdj-NPC0
Sobre Memes
10 anos de Memes: relembre virais que fazem aniversário em 2022
https://www.opovo.com.br/vidaearte/2022/04/02/10-anos-de-memes-relembre-virais-que-fazem-aniversa
rio-em-2022.html
Meme bom tem de gerar identificação', diz criador da página Melted Videos
https://www.terra.com.br/byte/meme-bom-tem-de-gerar-identificacao-diz-criador-da-pagina-melted-video
s,7fe546dd25ed45f8c9a2c73381a9aaef1uffd3ws.html
Propostas de Avaliação
Além de olhares sobre o percurso do quarto bimestre, a avaliação das aprendizagens no final do ano
letivo envolve a retomada de todo o caminho percorrido pelo estudante e o planejamento de novos objetivos e
condutas para o ano seguinte. Vale pensar em um processo conjunto com os demais componentes da unidade
curricular. É importante oferecer aos estudantes devolutivas de processo e de resultado que possam apoiar a
gestão dos projetos futuros. Estratégias variadas podem ser adotadas para facilitar esse momento como: orientar
a turma retomar as demais avaliações do ano e produções realizadas e, com os estudantes organizados em
grupo, elaborar um linha do tempo com recursos físicos como uso de colagem e registros com canetão ou de
forma digital, com aplicativos que oferecem recursos de diagramação variada para linha do tempo. Sugestões de
aplicativos que facilitam essa criação podem ser encontradas no texto 5 aplicativos para criar linhas do tempo em
seus trabalhos e apresentações. Disponível em:
https://www.universia.net/br/actualidad/orientacion-academica/5-aplicativos-criar-linhas-do-tempo-em-seus-tr
abalhos-e-apresentaces-1162612.html. Acesso em 26 de nov. 2022.
CIDADANIA GLOBAL
No primeiro bimestre, o foco são as redes sociais e entre elas aquelas que trazem temas
de cidadania global. A quantificação presente nessas publicações será o foco da linguagem
matemática. No bimestre seguinte, os índices e indicadores sociais, ambientais e sua utilização
com propriedade e compreensão serão objetos de estudo para assegurar a confiabilidade de
informações ligadas à cidadania. No terceiro bimestre, o foco são as informações de natureza
matemática usadas nas mídias que trazem questões da cidadania, em especial aquelas que
induzem a interpretações equivocadas pelo destaque descontextualizado de dados ou por meio
de falácias. Finalmente, no quarto bimestre, após a análise de como a linguagem dos gráficos
pode ser usada de modo equivocado, a proposta é a vivência criativa dos estudantes na
produção de infográficos que trazem dados sobre questões da cidadania global.
Em integração com os demais componentes deste aprofundamento, as produções dos
estudantes serão orientadas de modo a contribuir com a construção do Observatório de Mídias,
encabeçado pelo componente Cultura e Cidadania e aperfeiçoados, utilizando os recursos das
artes tratados no componente Cidadania e Inclusão.
Espera-se que você professor apoie os estudantes nessa jornada, selecionando e
aprimorando as sugestões a seguir de acordo com sua turma e seus conhecimentos
profissionais.
Propõe ainda a utilização das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e
preconceito (racial, de gênero, religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos
humanos, direitos de populações (indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos
sociais (direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia etc…). Questionando se, dentre os
perfis que eles seguem, algum deles apresenta a defesa de alguma causa de cidadania global.
Em outro momento, a proposta se estende para que os estudantes pesquisem na rede social de
sua preferência um usuário que defenda questões voltadas à cidadania global e, como um ser
crítico, verifique dados e informações capazes de convencê-lo a seguir esta pessoa ou perfil,
incluindo o processo de curadoria sobre as informações apresentadas nesta página ou perfil
contém informações verdadeiras e provenientes de fontes confiáveis.
Sugestão de subtemas:
➢ Estudo da organização de publicação nas redes sociais;
➢ Análise de valores relacionados a perfis em redes sociais;
➢ O uso da Matemática para explicar fenômenos sociais;
➢ Pesquisa sobre perfil que trata de tema de cidadania global.
1. Realizar uma roda de conversa inicial a partir da seguinte provocação: Você está nas redes? O que você
publica ou utiliza nas redes sociais?
2. Essa conversa pode gerar uma breve pesquisa com os estudantes sobre qual é a rede social de
preferência da turma, solicitando que argumentem a favor de suas escolhas. Espera-se que apareçam
nesta pesquisa aplicativos de conversa, de postagem de imagens ou fotos, assim como blogs e páginas
sobre assuntos como música, filmes, moda, maquiagem, esportes diversos.
3. Orientar os estudantes a acessarem a rede social de sua preferência para identificar quantitativos do
seu perfil pessoal ou do perfil da escola, como: indicadores de número de acesso, visualizações,
quantidade e tipos de postagens, engajamento, curtidas ao longo de um determinado período de
tempo, entre outros.
4. Depois desse aquecimento, propor as questões: Por que esses números interessam? Para que servem
para você?
5. Os resultados desta primeira conversa podem ser registrados no caderno de bordo de cada estudante,
para comparação que farão mais adiante com outros tipos de perfis sociais.
6. Com os estudantes organizados em grupos, propor que investiguem o perfil de alguém que eles seguem
para identificar os recursos disponíveis nas plataformas com dados sobre adesão de leitores
(quantidade de cliques, de curtidas positivas ou negativas, e de comentários de leitores)que permitem
ao proprietário decidir ou não pela monetização de suas publicações ou, quando for o caso, poder
acompanhar seus ganhos com essas postagens . Eles podem escolher um youtuber para verificar que
nesse caso as plataformas trazem outras informações consideradas relevantes como: insights,
retrospectivas de semanas anteriores, atividades, metas, e outras. Incluir nessa investigação como essas
pessoas conseguem monetizar suas páginas e medir o engajamento do público em suas publicações. Os
sites de busca trazem muitas possibilidades para que os jovens encontrem essas informações.
7. Como reflexão final dessa primeira incursão nas redes sociais, propor uma roda de conversa, instigando
o protagonismo dos estudantes com questões como: O que levam as pessoas a seguir um perfil ou uma
página em uma rede social? E você? Que motivo o leva a seguir alguém? Qual informação divulgada por
estes perfis que você segue você já investigou para saber se é verdadeira? Como uma curtida, um
comentário ou um compartilhamento feito por você pode gerar ganho ao dono desse perfil ou página?
8. Ao final dessa etapa, coletivamente, os jovens podem produzir novos registros em seus cadernos de
bordo sobre o que analisaram sobre perfis, quantitativos, monetização e razões para seguir alguém ou
algum tema na internet.
9. Para orientar as aulas para o tema da cidadania global, conduzir nova conversa agora sobre a utilização
das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e preconceito (racial, de gênero,
religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos humanos, direitos de populações
(indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos sociais (direito à saúde, à educação, ao
trabalho, à moradia etc…). Questionando se, dentre os perfis que eles seguem, algum deles apresenta
a defesa de alguma causa de cidadania global.
10. Em pequenos grupos, solicitar que investiguem, ao menos, um perfil, preferencialmente que os
estudantes ainda não sigam, mas que defenda as causas de cidadania global nas redes sociais. Por ser
um perfil que eles não seguem ou temas que não conhecem, vale sugerir a busca focada, com uso de
palavras-chaves, como: reflorestamento, saúde para todos, educação, não preconceito ou não violência,
entre outros. Estabeleça a forma como os estudantes apresentarão suas pesquisas e construa com eles
um roteiro de dados sobre o perfil que não podem faltar, de modo que possam aplicar o que analisaram
nos perfis seguidos por eles mesmos em suas redes, como: identificar a pessoa ou página; qual é a
causa de cidadania global defendida; que tipo de publicações estão presentes; o tempo de existência
deste canal/podcast/blog/página; a quantidade de seguidores; a quantidade de comentários, curtidas,
compartilhamentos dados, em média, nas suas últimas cinco publicações; são utilizados dados
estatísticos, índices socioeconômicos ou informações matemáticas que ajudam a defender a
ideia/causa/tema; se sim, quais são elas; este perfil gera renda a seu(s) proprietário(s); se sim, como
cada um de vocês reagiria a este perfil: com uma curtida, faria um comentário, compartilharia um ideia,
busquem uma boa justificativa para essa reação.
11. Terminadas as apresentações dos grupos, a proposta é comparar os dados analisados no perfil no item
anterior, em relação aos que eles seguem em termos de curtidas, seguidores, engajamento e
conjecturar causas de possíveis diferenças.
12. Orientar um momento de reflexão a respeito das publicações deste perfil. Para isto, os estudantes
devem escolher uma das publicações e analisar sob o questionamento A publicação escolhida neste
perfil contém fatos trazidos por fontes confiáveis? Você averiguou essa informação? Como? Neste
momento, o ideal é ampliar as discussões sobre veracidade, compartilhamento de informações e
consequências de ações como esta para a sociedade.
13. Abordar a definição de curadoria de informações, que está sendo tratada no componente Cultura e
Cidadania, cujo processo objetiva a busca, seleção e classificação de conteúdos relevantes como fonte
de informação em busca da veracidade dos fatos.
14. Retomar com os grupos a pesquisa relativa ao perfil que defende um tema de cidadania e solicitar uma
curadoria, em fontes confiáveis, para verificar a veracidade de pelo menos uma das informações
publicadas, selecionando, no mínimo, duas fontes confiáveis para confirmar (ou não) o teor da
publicação do perfil investigado.
15. Para terminar o bimestre, propor que os jovens, nos mesmos grupos, preparem uma breve divulgação
do que realizaram e aprenderam na investigação sobre o perfil que defende uma causa de cidadania.
Isso pode ser feito na forma de um vídeo de dois minutos, roteirizado e gravado por eles, ou a escrita
de uma notícia para o site/página da escola, ou como um relatório do percurso e das observações feitas
por eles. Essas produções podem ser avaliadas entre os grupos, que trocam entre si o que fizeram e
recebem sugestões construtivas para melhoria ou complementação do material produzido. O percurso
de produção desse material pode ser fotografado, escrito ou representado por desenhos e imagens em
seus cadernos de bordo.
Propostas de Avaliação
Para esse bimestre a avaliação pode ser feita a partir das informações coletadas e das propostas
sugeridas, nas análises dos perfis em redes sociais com publicações construção de um caderno de bordo, em que
cada estudante registre suas aprendizagens, em cada aula ou conjunto de aulas.
A autoavaliação, a partir de rubricas que permitam aos jovens identificar se atingiram completamente,
parcialmente ou não atingiram o que era esperado para aquela aula ou conjunto de aulas, pode ser um
componente enriquecedor do caderno de bordo de cada estudante.
A análise deste caderno e a observação do desempenho do estudante nas pesquisas e apresentações
aos colegas permitirão ao professor avaliar se as habilidades EMIFMAT03 e EMIFMAT07 estão ou não em
desenvolvimento.
Subtemas:
➢ Análise de índice relativo a tema de cidadania global;
➢ Regressão linear simples;
➢ Aplicação do modelo de regressão na previsão futura;
➢ Criação de questões envolvendo regressão linear.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação
de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Mediação e intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
1. Utilizar a curadoria de fontes e de temas de cidadania global feita pelos estudantes no componente
Cultura e Cidadania, ampliando as fontes de busca de informações em diversos meios como podcast,
sites, noticiários, jornais ou revistas.
2. Orientar os jovens para que analisem se nessas fontes são fornecidos ou comentados índices como
recursos para consolidar as informações disponíveis, como, por exemplo, índice de reflorestamento ou
desmatamento no Brasil, quando estiver abordando aspectos referentes a Amazônia, taxa de
analfabetismo, quando trouxer assunto referente à educação, índices e indicadores de saúde, na
abordagem da saúde no Brasil, entre outros. Conferir se estes dados estão sendo apresentados com
indicação de fontes confiáveis.
3. Solicitar que, ao aparecer algum tipo de índice ou taxa, registrem em seus cadernos de bordo sobre o
significado da informação e, se possível, investigar como esse índice é obtido.
4. Separar a turma em grupos e solicitar aos estudantes que escolham um indicador/índice ligado a uma
questão considerada de cidadania global e que possa estar de acordo com a realidade do município.
Propor uma análise que seja possível determinar quais motivos são levados em consideração para haver
diferenças entre dados e índices locais e outros considerados globais.
5. Com objetivo de ampliar os conhecimentos dos jovens sobre ferramentas estatísticas, utilizar a
metodologia sala de aula invertida, em que os estudantes se preparam para a aula com antecedência,
realizando cada qual, no seu tempo, estudos e pesquisas a respeito de Regressão Linear Simples. Para
nortear a pesquisa, sugere-se começar indicando que eles têm como meta principal responder às
questões: O que é uma Regressão Linear Simples? Para que serve? Como funciona? Quais os conceitos e
cálculos matemáticos envolvidos?
6. Para ajudar a organizar e compartilhar as descobertas dos estudantes sobre o tema, peça que registrem
e produzam uma breve síntese sobre esse estudo. Depois em sala de aula, em grupos, os resultados
desse estudo são compartilhados, com mediação docente.
7. Solicitar que, em duplas, aprofundem seus conhecimentos ao utilizar o recurso “Ajuste de curva”,
disponível em https://phet.colorado.edu/sims/html/curve-fitting/latest/curve-fitting_pt.html.
8. Retomar o índice escolhido pelos grupos de jovens e propor que busquem dados deste índice nos
últimos anos, para que possam construir o modelo de regressão que permita prever valores futuros
deste índice.
9. Promover a apresentação dos grupos em relação ao estudo e a regressão futura de cada índice e
incentivar que se posicionem se, de fato, a previsão futura é confiável. Espera-se que percebam que o
modelo matemático pode ser confiável em curto período de tempo, mas que a longo prazo muitas são
as variáveis que podem alterar totalmente essa previsão, seja ela positiva ou negativa, para a evolução
desse índice.
10. Uma boa opção para considerar a autonomia e autorregulação dos estudantes é oferecer ou construir,
de forma colaborativa, rubricas para que avaliem as apresentações dos grupos e ofereçam devolutivas,
indicando pontos de destaque e pontos de melhoria. Esse processo deve levá-los a refletir e aprimorar
também suas próprias produções.
11. Outra sugestão é propor que elaborem questões para analisar o processo de regressão linear e os
resultados encontrados com as análises futuras, para verificar se existe algo que precisa ser retomado
individual ou coletivamente. Essas questões podem ser reunidas em um arquivo compartilhado com
todos, incentivando assim o interesse dos estudantes pelas produções de seus colegas.
12. Organizar coletivamente um roteiro do que os estudantes devem registrar, em seus cadernos de bordo,
os estudos feitos sobre o índice investigado e sobre o modelo matemático de regressão.
Propostas de Avaliação
Neste bimestre, como no anterior, o caderno de bordo dos estudantes é um valioso instrumento de
avaliação, assim como os registros de observação do professor nos momentos de grupo e apresentações sobre
os índices e sobre regressão linear. Em conjunto com a análise crítica do modelo matemático, o professor pode
verificar o desenvolvimento dos jovens em relação às habilidades (EMIFCG02), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT03).
A produção de questões e a análise dos problemas propostos pelos colegas é outra fonte de avaliação,
em especial sobre as habilidades (EMIFMAT01) e (EMIFMAT07).
Subtemas:
➢ Raciocínio lógico dedutivo;
➢ Informações numéricas, percentuais na geração de falácias em mídias diversas;
➢ Análise crítica de falácias.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em
termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis
e os impactos socioambientais.
1. Para sensibilizar os estudantes em relação ao uso da linguagem como forma de representar informações
com veracidade, sugerir que reflitam sobre o seguinte problema da (OBMEP 2022)
Admita que sejam válidas ambas as seguintes sentenças:
- Pinóquio sempre mente;
- Pinóquio diz: “Todos meus chapéus são verdes”.
Podemos concluir dessas duas sentenças que:
(A) Pinóquio tem pelo menos um chapéu.
(B) Pinóquio tem apenas um chapéu verde.
(C) Pinóquio não tem chapéus.
(D) Pinóquio tem pelo menos um chapéu verde.
(E) Pinóquio não tem chapéus verdes.
Depois de um tempo, propor um painel com as resoluções dos estudantes, sem foco na resposta correta, mas
sim porque as outras quatro afirmações são falsas. Destacar a importância do raciocínio lógico dedutivo para
a compreensão de conclusões a partir de algumas informações que podem confundir ou induzir a
interpretações equivocadas. Resposta para acompanhar as resoluções dos estudantes: (A) Como Pinóquio
mente, a frase “Todos os meus chapéus são verdes” deve ser falsa. Logo, existe pelo menos um chapéu de
Pinóquio que não é verde. Podemos concluir, então, que Pinóquio tem pelo menos um chapéu (que não é
verde).
2. Após apresentar o componente e seus objetivos e habilidades que pretendem ser trabalhados com a
turma, orientar o olhar dos estudantes sobre como quantificações, gráficos, índices e tantas outras
informações dadas em linguagem matemática são apresentadas na mídia e suas finalidades. Para isso, é
possível apresentar aos estudantes uma notícia, com informações referentes à cidadania global de
fontes jornalísticas, para que notem se a apresentação contempla utilização de dados matemáticos e
qual a importância desses dados para a compreensão dos fatos no contexto da notícia. Com a matéria:
“O número de vítimas de feminicídio — assassinato de mulheres cometido em razão do gênero — caiu
1,7% no país em 2021, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública";
3. Instigar os estudantes a refletir sobre as seguintes questões: Qual a intenção desse título? Os valores
apresentados nesta notícia são considerados alto ou baixo, significativos ou irrelevantes? Qual o real
quantitativo por trás do valor 1,7%? Em seguida, propor aos estudantes que reescrevam essa
informação com os dados em números reais da situação apresentada e promover uma conversa sobre a
questão do feminicídio em si e possíveis ações humanas ou políticas públicas para que o dado
apresentado na notícia aumente ou diminua.
4. Em pequenos grupos, solicitar aos estudantes a busca de uma informação, em fonte diferente da
anterior, que apresente índices como título, para que analisem criticamente o uso da linguagem
matemática da notícia e de que forma ela é dada.
5. Os resultados dessa análise podem gerar pequenos textos reflexivos para seus cadernos de bordo, e
ainda, textos do grupo ilustrados pelos estudantes, para compor o observatório das mídias em
construção em todos os componentes deste aprofundamento, e ancorado no componente Cultura e
cidadania.
6. Propor a leitura compartilhada, com paradas reflexivas, do texto que se encontra no site Observatório
da imprensa, “Falácias matemáticas'', no qual os estudantes podem encontrar notícias utilizadas para
promover ou derrubar candidatos em eleições. Segundo esse texto “elas desequilibram a balança da
Justiça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em artigos da mídia e sacramentam
opiniões sem qualquer base na realidade”.
7. Em pequenos grupos, propor a busca de notícias ou manchetes em locais que os estudantes usam para
buscar informações e verificar se há alguma forma de “falácia”, ou seja, utiliza um raciocínio que parece
lógico e verdadeiro, porém existe alguma falha que o torna falso.
8. Orientar a apresentação de cada grupo sobre a falácia encontrada, mas para evitar uma avaliação
subjetiva dos colegas, sugerir a construção com os jovens de rubricas para análise e possíveis
contribuições para aperfeiçoamento da apresentação do grupo. Algumas das rubricas possíveis são: A
notícia ou manchete apresentada corresponde a uma falácia? A apresentação dos colegas foi
convincente sobre o equívoco na lógica do texto apresentado? O grupo cuidou de confrontar a notícia
com fontes confiáveis? O que o grupo poderia explorar mais em sua apresentação?
9. Os resultados dessas apresentações podem gerar nova contribuição dos estudantes para o Observatório
das Mídias, no componente Cultura e cidadania, trazendo o conhecimento matemático como
ferramenta para verificação da inconsistência lógica de argumentos ou o uso de dados numéricos,
percentuais ou gráficos que induzem a conclusões equivocadas.
10. Para finalizar propor uma autoavaliação do estudante sobre o percurso realizado neste bimestre,
relacionando com os perfis que ele segue na internet em suas buscas diárias por informações.
Propostas de Avaliação
Para avaliar o desempenho dos estudantes no bimestre é essencial considerar as buscas realizadas,
dando devolutivas sempre que necessário. De modo geral é possível avaliar (1) a busca e análise de notícias com
dados numéricos , (2) a investigação de falácias em mídias, (3) as apresentações sobre falácias, (4) os registros
nos cadernos de bordo, e (5) os registros para compor o “Observatório das Mídias”. Nesse percurso as
observações do professor podem ter como foco o desempenho dos estudantes em direção às habilidades
(EMIFMAT01), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT07).
Considerando que foram vários os momentos de discussão em grupo ou coletivos é possível
acompanhar o desenvolvimentos dos estudantes em relação a si mesmos e em sua relação com os colegas,
considerando a competência (EMIFCG10) e a habilidade (EMIFMAT10).
Em relação à autoavaliação proposta para a finalização do bimestre algumas rubricas que podem ser
consideradas são:
O uso de dados
matemáticos em
notícias/manchetes
Minha contribuição no
grupo
Lembrando que o professor, utilizando seus registros, pode trazer uma devolutiva para a turma ou para
alguns estudantes em particular, para valorizar avanços e, eventualmente, para trazer orientações com foco na
melhoria das aprendizagens.
Subtemas:
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Processos Criativos
(EMIFMAT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao domínio de operações e relações
matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas
situações.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
1. Abordar e discutir sobre alguns exemplos de erros contidos em gráficos estatísticos publicados nos
meios de comunicação com o objetivo de auxiliar o estudante a interpretar e analisar com criticidade
esse recurso visual de comunicação de informações. Questionar, por exemplo, a disposição dos eixos, a
omissão de variáveis, a simplificação de informações, o formato, a apresentação dos dados, entre
outros.
2. Propor aos estudantes um estudo de caso sobre o infográfico interativo presente no meio do artigo “
Uganda luta contra o estigma e a pobreza para combater o câncer de mama” (disponível em:
http://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2013/10/16/health/uganda-fights-stigma-and-poverty-t
o-take-on-breast-cancer.html). Nesse exemplo, é interessante destacar, o título, as legendas e o fato da
interação que permite ao leitor obter dados clicando sobre cada círculo que representa um país.
3. Explicar que o infográfico é um gênero textual que explora a mistura de texto, imagens e esquemas com
recursos gráficos e que se propõe transmitir dados e conteúdos de forma simples e lúdica. Incentivar
que os estudantes façam uma busca de infográficos bem criativos. Sugerir a procura em jornais
impressos, sites de notícias, Organizações Não Governamentais ou outros.
4. Propor a construção de um painel com os infográficos escolhidos, em que eles possam destacar os
pontos importantes considerados por eles neste tipo de apresentação, inclusive com os elementos que
compõem um infográfico, como por exemplo: a disposição da imagem, a forma de apresentação da
notícia, a organização dos dados, a fonte das informações, imagens ou perguntas que instigam o leitor a
refletir sobre os dados apresentados etc.
5. Escolher um infográfico para estudo crítico com os estudantes, para aprofundar a percepção sobre o
processo de criação, destacando a utilização de elementos matemáticos e a disposição da informação
para estabelecer relações entre a notícia texto, gráficos e imagens utilizadas. Propor aos estudantes que,
em duplas, produzam em seus cadernos de bordo um modelo de infográfico diferente do apresentado,
com o desafio de apresentar as mesmas informações sob um novo olhar. Essa produção pode ser feita à
mão, desde que considere a proporcionalidade e o traçado correto em gráficos ou desenhos que
representem dados e pode incluir a arte do grafite ou das narrativas visuais estudadas no componente
Cidadania e Inclusão para destacar uma ideia ou uma informação, estabelecendo-se assim uma
integração com a proposta de facilitação gráfica.
6. Em um processo de produção editorial, propor aos estudantes que, em pequenos grupos, escolham um
tema entre o ativismo social, a urbanização, a emissão de gases tóxicos e outras propostas que
envolvam a educação global, com base de informação em fontes confiáveis a serem auditadas pelo
professor, para criar um infográfico com o objetivo de orientar leitores para hábitos e responsabilidades
em relação ao tema escolhido, seja em suas ações atuais ou futuras. Como sugestão para essa
produção, solicitar que os estudantes utilizem em sites de busca a frase “como fazer infográfico de
forma rápida”.
7. Planejar e executar uma mostra dos infográficos produzidos, associada a um conjunto de mesas, com
inscrição prévia de interessados da comunidade escolar, como parte do evento de apresentação do
observatório de mídias à comunidade. Tópicos que poderiam orientar a apresentação:
9. Orientar a turma para uma autoavaliação final do componente, adaptando ou utilizando as rubricas
propostas na avaliação do bimestre anterior.
Propostas de Avaliação
Considerando esse bimestre como o fechamento do componente, é preciso avaliar a produção final dos
estudantes a partir de uma rubrica que permita verificar o quanto evoluíram a partir das entregas realizadas.
Recomenda-se especial cuidado para que os estudantes não sejam prejudicados na avaliação do bimestre por
faltas ou erros cometidos nas entregas dos bimestres anteriores, o que feriria o processo de avaliação formativa.
Uma autoavaliação acerca das habilidades norteadoras do itinerário na qual os estudantes podem
verificar quanto de cada habilidade foi desenvolvida pode ser um ótimo instrumento para enriquecer tanto o
processo de aprendizagem deles quanto o resultado final da avaliação.
Esse é o momento de uma devolutiva final aos jovens sobre suas aprendizagens, conquistas, mudanças
de compreensão sobre a linguagem matemática na expressão e comunicação de informações, e especialmente,
os avanços em termos do protagonismo e das habilidades de responsabilidade, colaboração, respeito a
diferentes pontos de vista e à capacidade de lidar com prazos, tarefas e situações de convívio com os outros. Ou
seja, considere nessa devolutiva os aspectos cidadãos esperados para a vida em uma sociedade justa, igualitária
e democrática.
CIDADANIA GLOBAL
Propomos ainda que cada estudante tenha um caderno, que chamaremos de caderno de
bordo, cuja função é registro sistemático de suas produções, aprendizagens, autoavaliações e
outros registros que o jovem considerar importantes. Ele é o apoio do estudante para as
produções que fará para o Observatório de Mídias e instrumento que o professor pode utilizar
para avaliação de cada estudante.Espera-se que você, professor, amplie ou complemente as
propostas/sugestões a seguir, considerando seu conhecimento, sua experiência e as
características da turma de estudantes sob sua orientação.
Sugestão de subtemas:
➢ Realização de pesquisa censitária simples;
➢ Escala Likert;
➢ Etapas do método de pesquisa estatística.
1. Apresentar o componente e seu papel dentro deste aprofundamento, assim como os objetivos de
aprendizagem esperados. Estabelecer o caderno de bordo como forma de registro pessoal e explicar
que farão uma pesquisa estatística por completo, utilizando a linguagem matemática que vem
aprendendo desde o Ensino Fundamental.
2. Como sensibilização inicial, propor uma pesquisa na classe sobre tema de cidadania, com
questionamento e apenas duas respostas possíveis, como, por exemplo, “Há preconceito de cor na
classe? ( )Sim ( ) Não. Outras perguntas possíveis são: “ Há discriminação de gênero na classe? ou “Há
violência entre jovens da classe?” e outras relacionadas a temas de cidadania e que permitam resposta
sim ou não. Feito o levantamento e contagem das respostas, independentemente da tendência para as
respostas sim ou não, repetir a mesma questão, agora com cinco alternativas de resposta diferentes:
Sempre ( ), Quase sempre ( ), Não percebo isso na classe ( ) Raramente ( ), Nunca ( ).
3. Propor o posicionamento da turma sobre as diferenças entre os resultados para a mesma questão com
dois questionários diferentes, problematizando qual deles traz dados mais representativos sobre o
preconceito de cor na classe, ou sobre o tema escolhido para essa enquete de percepções.
4. Solicitar que os estudantes, em pequenos grupos, busquem informações sobre Escala Likert, aquela
usada no segundo momento da breve pesquisa feita na classe, de modo que preparem uma breve
apresentação para todos sobre o que é escala Likert, quando é utilizada, quem a criou, por quê e que
tragam um exemplo de pesquisa, usando esse tipo de escala para a obtenção de dados.
5. Para evitar avaliações subjetivas, propor a construção de rubricas para que os estudantes as utilizem
para avaliar as apresentações dos grupos. Incentivar comentários que contribuam para a melhoria da
apresentação dos colegas e enfatizar o que cada grupo traz como características e usos deste tipo de
escala em pesquisas de atitudes, percepções, escolhas, preferências etc. Algumas rubricas podem ser: O
grupo explicou o que é uma escala Likert? Trouxe a origem dessa escala? Apresentou os usos dessa
escala e um exemplo em pesquisa estatística? O que pode ser melhorado na apresentação dos colegas?
6. Novamente em pequenos grupos, solicitar que escrevam o que sabem sobre as etapas de uma pesquisa
estatística, uma vez que, ao longo dos anos, os estudantes têm realizado várias delas, com diferentes
focos, em diversos componentes da Formação Geral Básica.
8. Retomar a pesquisa feita no início das aulas, para que os estudantes identifiquem quais etapas foram
realizadas ou não, para concluir que o levantamento de percepções dos jovens na classe não pode ser
considerado uma pesquisa estatística formal, daí a precariedade da análise feita e das conclusões
obtidas.
9. Propor que os estudantes registrem em seus cadernos de bordo o percurso deste bimestre. Eles podem
usar imagens, esquemas, desenhos e incluir a lista feita no coletivo, para consulta na continuidade das
aulas deste componente. Além disso, incentive que escrevam também sua opinião pessoal para
completar a frase “Eu percebi que a pesquisa estatística formal é importante, porque ….”. Esse último
registro será retomado no final dos bimestres.
Propostas de Avaliação
Subtemas:
➢ Pesquisa estatística formal (etapa inicial);
➢ Amostragem;
➢ Instrumentos de coleta;
➢ Procedimentos de coleta de dados.
➢ Organização de registros para validação por banca avaliadora.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de
generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação
de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Processos Criativos
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para
resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos
matemáticos, comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e
argumentos, bem como adequando-os às situações originais.
Eixo Mediação e intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
1. Retomar com os estudantes os temas abordados no componente Cultura e Cidadania, para que
escolham apenas um deles, que seja do interesse dos jovens e relevante para realizar uma pesquisa de
opinião com a comunidade escolar ou com suas famílias dependendo do tema escolhido.
2. Propor uma chuva de ideias, ou seja, o que eles sabem e o que eles querem saber a respeito do tema
selecionado, para, em seguida, definir possíveis questões ou problemas relacionados a esse tema e que
podem ser investigados estatisticamente pela turma.
5. Explicitar os tipos de pesquisas estatísticas que objetivam a coleta de dados e podem ser realizadas de
duas maneiras, sendo elas: Censitária e Amostral. Os tipos de amostragem são: Amostragem casual ou
simples; Amostragem sistemática; Amostragem estratificada.
6. Em seguida, propor o estudo com a turma para determinar como calcular o tamanho ideal da amostra,
apresentando as variáveis que influenciam esse cálculo e a fórmula padrão. Explique o significado de
cada variável envolvida, para não haver dúvidas no momento de utilizar o algoritmo para calcular o
tamanho ideal da amostra para as pesquisas dos grupos.
- Tamanho da população (variável N): é o número total de pessoas de um local. A precisão na definição
do tamanho da população possui uma grande influência no cálculo do tamanho ideal da amostra,
quando se tratar de uma população pequena. Entretanto, se a população for muito grande, utiliza-se um
tamanho aproximado.
- Margem de erro (variável e): porcentagem de indicativo de precisão, ou seja, indica a proximidade em
que estão os resultados obtidos da amostra, em relação ao possível valor real referente a população
total.
- Nível de confiança escolhido: determina o nível de certeza de que a pesquisa realmente representa as
características da população, considerando a margem de erro escolhida.
- Desvio padrão (variável p): é o valor que indica a variação esperada entre as respostas, ou seja, é uma
medida que expressa o grau de dispersão de um conjunto de dados. Quando a população é
desconhecida, também não é conhecido o desvio padrão para a pesquisa que se deseja realizar. Nesse
caso, estatisticamente, escolhe-se o valor 50% para o desvio padrão, que é um valor alto e seguro para a
grande maioria das pesquisas.
- Valor padronizado z: A partir do nível de confiança e o valor do desvio padrão dos dados da população é
definida uma constante chamada de valor padronizado, indicada nas equações pela letra z. Os valores
padronizados para os níveis de confiança mais utilizado pelos pesquisadores são:
85% 1,44
90% 1,65
95% 1,96
99% 2,58
99,5% 2,80
99,9% 3,29
- Tamanho ideal da amostra (variável n): quantidade da amostra para garantir que os dados da pesquisa
representam as características da população.
- Apresentar aos estudantes a fórmula padrão para calcular o tamanho ideal de uma amostra em uma
população pequena ou média:
𝑧² · 𝑝 · (1 − 𝑝)
n= 𝑒²
Onde:
n : tamanho da amostra;
p : é o desvio padrão
z : valor padronizado
e : margem de erro
7. Investigar com os estudantes o valor de amostras para diferentes escolhas das outras variáveis, de modo
que percebam que quanto menor a margem de erro da pesquisa, ou seja, quanto mais próximo o
resultado da pesquisa estiver próximo dos dados reais, maior é o tamanho n da amostra. Durante esses
cálculos é possível identificar dúvidas na interpretação das variáveis e dificuldades de cálculo.
8. Estabelecido o tamanho da amostra da pesquisa de cada grupo, orientar os estudantes para que
busquem conhecer modelos de diferentes tipos de instrumentos para coleta de dados, como:
questionários; entrevistas; observação direta; registros institucionais e grupos focais. Para, em seguida,
analisar e selecionar o instrumento mais adequado para obtenção dos dados para a questão de suas
pesquisas.
9. Estimar com os estudantes o cronograma para coletar os dados. A elaboração de um cronograma com
datas de início e término da coleta de dados organiza e facilita a divisão de tarefas e o registro dos
dados. Observar que o tempo necessário para realizar a pesquisa dependerá da amostra escolhida e da
complexidade para obtenção dos dados.
10. Conversar com os estudantes sobre algumas condutas éticas a serem respeitadas para garantir os
direitos e liberdade dos sujeitos participantes da pesquisa.
11. Feitas as devidas escolhas, organizar com os estudantes a ida a campo em busca do público
respondentes da pesquisa.
12. Explicitar aos estudantes que este trabalho passará pela avaliação de uma banca examinadora.
Comentar que uma banca examinadora avalia todo trabalho realizado, que confere a qualidade e
relevância da pesquisa desenvolvida, seguindo alguns critérios de análise, como, por exemplo:
justificativa, problema dado para desenvolver a pesquisa, desenvolvimento, conclusão, normas da ABNT
e Referências Bibliográficas.
13. Programar entregas parciais de produção com os estudantes que considerem o tempo disponível para a
leitura crítica/validadora e apreciação dos integrantes da banca examinadora, que podem ser:
Professores da escola; Diretores; Vice-diretores, convidados, entre outros. Os convites aos componentes
da banca podem ser feitos pelos próprios estudantes, explicitando o que se espera dessas pessoas.
14. Novamente, enfatizar os registros nos respectivos cadernos de bordo, para que todos do grupo tenham
material para dialogar com a banca que vai validar as escolhas e o percurso da pesquisa de cada grupo.
15. Solicitar que os estudantes analisem o percurso desta atividade, de modo que se conscientizem das
etapas da pesquisa formal realizadas por eles, para depois verificarem se possuem ou não dados da
pesquisa para incluir no Observatório das Mídias.
Propostas de Avaliação
Neste bimestre, como no anterior, o caderno de bordo dos estudantes é um valioso instrumento de
avaliação, assim como os registros de observação do professor nos grupos organizados por questão na pesquisa
estatística.
Evidências de aprendizagem e desenvolvimento em relação às habilidades EMIFMAT 01, 02 e 03 podem
ser coletadas na retomada dos saberes dos jovens sobre estatística e nas etapas do processo de pesquisa
propostas para os grupos. Em especial, a habilidade EMIFMAT07 pode ser acompanhada durante a escolha de
temas e questões sobre cidadania global. A habilidade EMIFMAT05 e a correspondente competência EMIFCG05
podem ser avaliadas na medida em que os estudantes analisam e criam instrumentos de coleta de dados e
propõem formas para essa coleta.
Mais uma vez, nos trabalhos de grupo, a participação, as contribuições, a análise de diferentes opiniões
e a colaboração permitem registrar o desenvolvimento dos estudantes em relação às competências EMIFCG 01,
02 e 07.
Neste bimestre o foco estará para a coleta e organização dos dados, com análise desses
dados utilizando as medidas estatísticas e o encaminhamento da pesquisa para avaliação de
uma banca examinadora. O estudo das normas da ABNT, além da demonstração da importância
das Referências Bibliográficas, serão vividas ao longo das atividades. Traremos, ainda, a
construção de registro como forma de demonstrar, em palavras, o trabalho de campo e a
pesquisa realizada. Para a validação por uma banca examinadora, o material abordará as ações a
serem avaliadas, tomando por base o registro final do grupo.
Subtemas:
➢ Coleta e organização de dados estatística formal (etapa final);
➢ Análise dos dados: Medidas estatísticas;
➢ Validação da pesquisa por banca examinadora;
➢ Registros e apresentação de dados e conclusões.
1. Orientar os grupos para que completem as etapas da pesquisa iniciada no bimestre anterior, cuidando
da distribuição de tarefas no grupo, para a coleta de dados em campo e para que todos tenham o
registro dos resultados obtidos.
3. Organizar e discutir a tabulação dos dados da pesquisa estatística, abordando a percepção de como
ocorrem variações nas respostas. Explicar que esta situação é notória, por existirem diversos fatores que
podem influenciar na coleta de dados, desde o instrumento utilizado, até o tipo de amostra selecionada
para a realização da pesquisa.
5. Solicitar aos estudantes que busquem o significado de separatrizes estatísticas. Propor que, após a
descoberta, separem os dados de forma igualitária, tendo em vista que separatriz são valores que
dividem uma distribuição de dados em partes iguais e tendo a mediana como ponto central dessa
separação. Explicar a necessidade de os dados estarem ordenados em sequência crescente, para
determinar a mesma quantidade de elementos. O objetivo das separatrizes é verificar a dispersão dos
dados, a ocorrência de simetria ou assimetria da distribuição em relação à mediana dos dados. Abordar
6. Para ampliar o estudo, propor aos estudantes a busca de informações a respeito de tipos de gráficos
utilizados para representar separatrizes: quartis, quintis e outros.
7. Propor que cada grupo construa o melhor gráfico (gráfico de caixas) para representar os dados obtidos
em quartis e auxiliar na interpretação dos dados obtidos, quando se concentram ou não em um
determinado segmento, tendo a mediana como ponto de referência.
8. Solicitar os trabalhos com a utilização das normas da ABNT que os estudantes devem ter estudado na
Formação Geral Básica, para a formatação dos textos finais, incluindo as referências bibliográficas
utilizadas ao longo do planejamento e a execução da pesquisa, de modo que a apresentação à banca
examinadora seja a mais completa e próxima das exigências para trabalhos científicos.
9. Em paralelo à coleta e análise dos dados, os grupos devem elaborar registros e se preparar para a
apresentação de suas pesquisas para uma banca de validação do processo e dos resultados. Para isso,
organizar com os estudantes a forma e alguns aspectos que não podem faltar em suas apresentações,
entre eles: a justificativa da escolha do tema, do problema e a relevância do trabalho para o grupo, para
a população pesquisada e possível divulgação dos resultados para públicos mais amplos; resumir as
etapas da pesquisa realizada, de modo que os examinadores possam entender o percurso e as razões
das escolhas feitas, para: a amostra, o(s) instrumento(s) de coleta de dados, do formato dessa coleta; os
cálculos que permitem conclusões para a questão que o grupo se propôs investigar. No caso da pesquisa
não chegar a conclusões efetivas, ou obter conclusões questionáveis, é interessante que o grupo analise
as razões para isso ter acontecido e apresente os motivos para isso ter acontecido.
10. Para incentivar o protagonismo dos jovens, propor que participem também do processo de avaliação de
suas pesquisas. Para isso, os estudantes podem elaborar rubricas de um questionário, como chaves para
a banca examinadora avaliar os trabalhos apresentados, sempre tendo em vista as etapas de uma
pesquisa estatística formal.
11. Planejar os tempos, a forma das aulas e os espaços para a avaliação pela banca(s), para validação das
pesquisas dos grupos.
12. Solicitar aos examinadores que anotem possibilidades de aperfeiçoamento das pesquisas. Esperam-se
contribuições no sentido de acréscimos ou ampliações, retirada de ideias, indicação de equívocos,
qualidade dos argumentos e justificativas e da própria apresentação à banca.
13. Durante o processo de avaliação pela banca, incentivar os participantes de cada grupo a registrarem as
considerações dos avaliadores, para uma etapa posterior de aperfeiçoamento, de divulgação de
resultados e de proposição de soluções para a questão investigada.
14. Propor uma rodada coletiva de posicionamento dos jovens sobre como foi vivenciar uma pesquisa
estatística por inteiro, destacando as aprendizagens para pesquisas futuras e, principalmente, as
habilidades desenvolvidas por eles que levam para a vida pessoal e para vivências no mundo do
trabalho, tais como, colaboração, persistência, organização e liderança.
Propostas de Avaliação
Uma vez que este bimestre é a continuidade e finalização dos processos e aprendizagens que se
iniciaram no bimestre anterior, as possibilidades de avaliação são muito parecidas, apesar da ampliação de
habilidades no eixo do empreendedorismo.
As habilidades mais específicas de Matemática, EMIFMAT01, EMIFMAT02 e EMIFMAT03, estão
presentes no desempenho dos jovens, quando eles aplicam conhecimentos matemáticos para a análise dos
dados coletados.
Observar e acompanhar o planejamento dos estudantes para a pesquisa, entendido como o
planejamento de projeto produtivo em pequena escala. Neste processo, colher informações, especialmente, em
relação a atitudes individuais e a relações no grupo que evidenciem: responsabilidade, organização, respeito,
empatia. Esses focos, na execução de cada etapa, permitem obter indícios do desenvolvimento dos jovens em
relação às habilidades voltadas ao empreendedorismo, EMIFMAT10 e EMIFMAT11, além de EMIFCG11.
Lembrando que o professor, utilizando seus registros, pode trazer uma devolutiva para a turma ou para
alguns estudantes em particular, para valorizar avanços e, eventualmente, para trazer orientações com foco na
melhoria das aprendizagens.
Subtemas:
➢ Readequação da pesquisa após a banca examinadora;
➢ Posicionamento frente aos resultados da pesquisa;
➢ Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar.
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
2. Definir eventuais novas contribuições geradas pela pesquisa para serem encaminhadas ao Observatório
das Mídias.
3. Novamente nos grupos de pesquisa, propor que se posicionem em relação ao resultados obtidos,
propondo ações individuais ou coletivas para intervir de modo construtivo na melhoria do aspecto da
cidadania estudado por eles. Cada grupo comunica a todos suas propostas e recebem a colaboração dos
colegas para ampliar ou melhorar o que idealizaram. A produção de cada grupo, pode compor o
material de divulgação da pesquisa conforme a sugestão a seguir.
4. Solicitar um planejamento dos estudantes, nos grupos da pesquisa, para a divulgação nas redes da
unidade escolar e em suas redes pessoais do processo da pesquisa, dos resultados e das ações para
solução ou a proposta de melhoria da questão da investigada.
5. Para essa divulgação, sugerir que os estudantes utilizem de modo criativo de mídia social,
apresentações, infográficos, pôsteres, vídeos ou outros conteúdos visuais. Incentivar que usem recursos
da arte, inclusive o grafite, estudados no Cidadania a inclusão.
6. Após a produção, utilizar as redes sociais da escola para divulgar os resultados das pesquisas dos grupos
para a comunidade.
7. Propor uma avaliação coletiva final, na qual os estudantes revisitam todo o percurso dos quatro
bimestres de modo a se conscientizarem da importância da linguagem e dos procedimentos
matemáticos, no caso da estatística, para comunicar e interpretar fenômenos sociais. Além disso, é
importante destacar que os saberes e habilidades desenvolvidas podem ser transferidos para outras
investigações nas quais a precisão da coleta e análise de dados se fizerem necessárias.
Propostas de Avaliação
Uma vez que este bimestre fecha o componente, é preciso pensar em um processo de avaliação mais
robusto e inclusivo dos jovens.
Na etapa final de melhoria da pesquisa após a banca examinadora é possível verificar as aprendizagens
relativas a objetos de conhecimento específicos da estatística, ao desempenho, nas etapas e produções parciais
da pesquisa, e observar os argumentos e justificativas para aceitar ou não as propostas da banca. Assim, é o
momento de retomar avaliações anteriores para complementá-las, considerando as habilidades que vêm sendo
trabalhadas desde o início deste percurso e aquelas que foram foco deste último bimestre. Assim considere
avaliar o desenvolvimento dos estudantes em relação às habilidades EMIFCG01, EMIFCG02 e EMIFCG03, do eixo
de Investigação científica, e EMIFMAT07 EMIFMAT09, do eixo de Mediação e Intervenção Sociocultural,
associadas às competências gerais da BNCC. Além das habilidades EMIFMAT01, EMIFMAT02, EMIFMAT03, do
A avaliação da banca
examinadora
Finalmente, cabe ao professor utilizar seus registros, as produções dos estudantes e as autoavaliações,
para elaborar uma devolutiva aos jovens sobre suas aprendizagens, conquistas, mudanças de compreensão sobre
a linguagem matemática na expressão e comunicação de informações, e especialmente, os avanços em termos
do protagonismo e das habilidades de responsabilidade, colaboração, respeito a diferentes pontos de vista e à
capacidade de lidar com prazos, tarefas e situações de convívio com os outros. Ou seja, considere nessa
devolutiva todas as habilidades que se pretendeu tratar neste componente.
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