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Élia Belmira Mutambe

Lincenciatura em Gestão de Empresa


Tema: Onde é que o controle é mais eficiente nas pequenas medias e grandes
empresas?

Universidade Pedagógica
Maputo aos 7 de Abril de 2024
1. Introdução
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) são empresas de pequeno porte, sendo
muito importantes para a economia no Brasil, pois, segundo o Sebrae (2021), são
líderes na geração de novos empregos e distribuição de renda. Entretanto, a alta
concorrência e as dificuldades de se manterem firmes no mercado é um grande
empecilho enfrentado por essas pequenas companhias. Além das dificuldades
naturais referentes ao mercado, as MPEs possuem outras diversas questões
organizacionais internas que prejudicam a sua performance, sendo a falta de uma
gestão geral e eficiente a maior delas. O mau uso dos recursos financeiros, falta de
planejamento e um sistema de informação ineficaz são alguns dos fatores principais
que costumam levá-las à falência e fecharem suas portas.
Sendo assim, esta pesquisa tem como pergunta norteadora: a controladoria pode
ser usada como uma ferramenta de gestão para melhorar o desempenho econômico
das MPEs? A controladoria é uma ferramenta advinda da contabilidade e tem como
função principal conhecer a empresa, suas dificuldades e elaborar novas soluções
para ela, com o objetivo de mantê-la com boa saúde e impulsioná-la para obter
melhores resultados (MULER; BEUREN, 2010). Portanto, esta pesquisa tem como
objetivo geral demonstrar o quão benéfica a controladoria pode ser quando utilizada
como ferramenta de gestão, detalhando, de forma clara e objetiva, toda a sua
versatilidade e importância na aquisição de melhores resultados e tomadas de boas
decisões dentro das MPEs.

2. Metodologia
Quanto à natureza da pesquisa, o método empregado foi o de pesquisa básica, pois
foram utilizados os conteúdos já existentes, criando um raciocínio com base neles.
Sobre os fins, o mecanismo escolhido foi o de pesquisa descritiva, de maneira que
as particularidades do assunto foram usadas como ponto central para a realização
das análises relacionadas ao tema. Referente aos meios, foi utilizado o método
bibliográfico, de forma que livros, revistas, artigos e diversas outras mídias
pertinentes ao assunto foram exploradas para o desenvolvimento do trabalho.

2.1. Oobjectivo
2.2. objetivo geral
• estudo de controle
2.3. objectivo especifico
• Qual e a ferramenta mais eficaz no uso de controle
• Planeamento de controle
2.4.2 Controle
Antes de partir para o uso das ferramentas, é necessário evidenciar a importância do
profissional de controladoria, também conhecido como controller. O controller é um
profissional multitarefa contábil e financeira, cujo a gente é, geralmente, responsável pela
gestão financeira e orçamentária da empresa.
A palavra controller, como o próprio nome sugere,
advém da palavra controle, que, segundo Souza (2010), significa “formas para se
chegar em um fim, buscando sempre um planejamento para se obter o verdadeiro
controle”. O controller, geralmente, participa da organização administrativa da
entidade, sendo que, com sua gestão, pode auxiliar os demais gestores na
organização dos setores, utilizando o sistema de informação de forma mais
assertiva, fazendo com que a comunicação entre eles seja bem mais fluida, rápida e
objetiva.
Dessa forma, com o uso inteligente das informações, o controller auxilia nas
tomadas de decisões (SCHMIDT; SANTOS; MARTINS, 2014). É importante frisar
que o controller não é somente um gerador de relatórios com números e análises,
mas sim um profissional completo, pois seus conhecimentos, que vão desde a
administração, contabilidade e recursos humanos, por exemplo, são muito
pertinentes ao gerir um negócio. As empresas de médio e pequeno porte, que é o
caso das MPEs, vem a cada dia reconhecendo a necessidade desses profissionais e
contratando esses especialistas. Por fim, fica evidente que o controller é um
profissional gerencial e analítico, pois é ele que traz e usa de forma eficaz as
informações da empresa, conforme explicam Oliveira, Perez Júnior e Silva (2011),
afirmando que o controller é o agente que tem total capacidade para assessorar os
executivos principais, além dos gestores na definição de estratégias e propostas
assertivas para o crescimento.

2.5 Ferramenta de Controle de e Gestão


As ferramentas de controle e gestão são apetrechos muito utilizados por empresas
em todo mundo, tendo por objetivo fundamental aprimorar os processos, assegurar
melhores desempenhos e diminuir, determinadas funções. São também usadas para gerir as
informações de forma mais prática e exata, sendo, também, bastante úteis aos processos de
tomadas de decisões e busca por melhores resultados. Há diversos tipos de ferramentas e,
com o avanço contínuo de novas tecnologias, essa variedade só tende a aumentar.
Dessa maneira, em virtude de tais necessidades e demandas do mercado, deve-se
estar atento ao avanço tecnológico; acompanhar esse mercado também é
primordial.
O uso de boas ferramentas de controle e gestão contribui de maneira significativa
com os processos e gestões de maior qualidade dentro das organizações, pois, com
a aplicação e uso adequado dessas ferramentas, é alcançada uma padronização
eficaz e de excelência dentro das companhias (CARPINETTI, 2010). Portanto, fica
evidente que é imprescindível utilizar destes mecanismos para se obter praticidade,
boa organização e, principalmente, alta qualidade no que é operado. Conforme
explica Juran (2009), o apreço pela qualidade decai sobre todas as partes da
empresa, desde os processos operacionais até ao desenvolvimento de boas
gestões, logo, obtendo-se controle e um ambiente plenamente organizado, os
objetivos ficam mais claros e são mais facilmente alcançados.
2.5.1 Sistema e Infiormação
Com o avanço tecnológico que o mundo presencia e com evolução constante, o uso
de sistemas de informações exerce cada vez mais importância dentro das empresas.
Estes, geralmente, são softwares que proporcionam maior segurança, gestão e
controle de dados, gerando benefícios imprescindíveis que qualquer entidade
precisa e não pode renunciar a ter. Sem dúvidas, a ferramenta de maior poder que
uma empresa pode ter é a informação, porém, somente tê-la não é o suficiente.
Saber interpretá-la e usá-la de forma correta é crucial, sendo assim, investir em um
sistema de informação que supra as necessidades da organização nunca será um
investimento desnecessário, muito pelo contrário, isso pode trazer benefícios
inimagináveis e diminuição de custos para entidade, pois esses sistemas fornecem
controle e manuseio dos dados com alta qualidade.
Possuir e usar as informações de forma adequada, tomando os devidos cuidados,
poderá definir a capacidade e velocidade da organização no momento das tomadas
de decisões. Conforme explica Mello (2021), a possibilidade de desenvolver
informações e ajustá-las de forma lógica proporciona para as organizações dados
relevantes e benefícios inimagináveis, pois permite localizar os gargalos presentes
nos processos, ajudando-as a terem uma visão mais clara e com maior capacidade
de melhoria, fomentando melhores resultados e diminuindo custos. Dessa forma, o
uso de sistemas de informação proporciona maior controle interno para a
companhia, tornando-a mais organizada, sendo que isso reflete significativamente
no desempenho da organização.
Conforme detalham Maciel e Lima (2011), devido à alta competitividade massiva do
mundo empresarial atual, não ter ou usar um sistema de informação eficaz é
inconcebível, pois tal ferramenta é primordial para o aperfeiçoamento dos processos
e cruciais nos momentos de decisões.

2.5.2 Controle de Custo


Provavelmente, as questões que envolvem os custos sejam o que mais importa
dentro de uma empresa, pois estão inteiramente ligadas ao poder financeiro da
organização. Para se produzir ou dar qualquer passo, é necessário usar os recursos
que a companhia possui. Entretanto, usar tais recursos de forma adequada e
alcançar retorno positivo nem sempre acontece na prática, sendo assim, estar a par
dos custos envolvendo a organização é primordial. Possuir um bom controle de
custos, que é separar e agrupar as saídas de forma condizente, principalmente
dentro das Micro e Pequenas empresas, é algo fundamental, pois, dessa forma, fica
mais claro saber como estão sendo usados os recursos financeiros da entidade,
pois, mapeando esses gastos de forma mais lisa, pode-se reduzir custos
desnecessários, logo, aumenta-se o faturamento, consequentemente.
Segundo Megliorini (2011), uma forma de entender os custos é classificando-os,
pois, diferenciando cada um, pode-se definir suas finalidades e suas devidas
apurações. Esses custos podem, nesse contexto, ser classificados como Custos
Fixos ou Variáveis. Ainda segundo Megliorini (2011), custos fixos são aqueles custos
que, independentemente da quantidade produzida, sempre estarão lá. Já os Custos
Variáveis, segundo Schier (2013), são os custos que, conforme o nome sugere,
variam de acordo com a quantidade produzida, ou seja, se produzir mais, o custo
aumenta, entretanto, se produzir menos, ele diminui. Além de saber sobre Custos
Fixos e Variáveis, é importante ressaltar que há outros diversos tipos de custos, tais
como os Custos Diretos, Indiretos, Separação de Custos e Despesas, dentre outros.
Portanto, entender os custos realizados dentro da empresa é primordial, pois,
dominando isso, é alcançado um maior controle financeiro, além de prover maior
estabilidade e segurança para a organização, como, também, maior percepção de
visão de futuro.

2.5.3 Controle Financeiro


O Controle Financeiro nada mais é do que o espelho da real situação financeira da
empresa e de como os recursos estão sendo utilizados. É com os dados desse
controle que é possível saber se a empresa está indo bem ou mal, por exemplo.
Geralmente, as informações financeiras vêm do patrimônio da instituição ou, sendo
mais exato, da apuração dos caixas e do seu fluxo. As contas a pagar e receber
correspondem ao registro das entradas e saídas de caixa, sendo, basicamente, a
observação e análise desse processo que inicia o controle. Além disso, o controle
bancário e do estoque, por exemplo, são pontos chaves para esse monitoramento,
também.
Conforme ressaltado no início deste artigo, o Sebrae (2013) realizou um
estudo e apurou que 25% das pequenas empresas falecem antes de fazerem seu
primeiro aniversário e 60% fecham as portas antes dos 4 anos. Isso acontece por
indiferentes fatores, porém, dentre eles, está assertivamente a falta de controle
financeiro e o despreparo perante a isso.
Possuir um bom controle financeiro é primordial para se ter uma boa rentabilidade
ao final de um período, pois, segundo a pesquisa de Sandana (2013), na realidade
empresarial que o mundo vivencia atualmente, deter um bom controle em finanças é
fundamental, pois, mesmo que a empresa tenha um bom sucesso em vendas, nada
fará muito sentido se seu processo até chegar a isso tenha sido a base de custos
elevados de produção.
Sendo assim, nem sempre um grande faturamento será
sinônimo de rentabilidade. Portanto, para se possuir um controle financeiro eficiente,
basta, aos operadores dessa função, identificar e coletar as informações das
finanças da companhia, usando-as de forma adequada. Em tempos de crise,
Seleme (2010) indica que haja mudanças de costumes e hábitos dentro da
organização, com o intuito prover melhor gestão financeira sempre que necessário,
além do uso de ferramentas de controle para aprimoramento dos dados existentes,
colaborando, assim, para um melhor manuseio das informações geradas.

2.5.4 Planegeamento Financeiro


O planejamento financeiro, como o nome sugere, é uma antecipação para uma meta
futura dentro de uma empresa. Isso ocorre para dar mais segurança e pé no chão
para o empresário. Saber dos recursos existentes e planejar o uso adequado dele é
necessário para não ter possíveis surpresas desagradáveis no futuro.
Possuir um
bom planejamento financeiro está bastante ligado ao fluxo de caixa, pois manter em
mente as dívidas da empresa e um sólido plano contábil para pagá-las é um dos
benefícios desse tipo de gestão. Antes de se promover um planejamento financeiro, Lele
(2012) explica que, para se obter progresso dentro da empresa, o planejamento
precisa ter ciência da realidade patrimonial da organização, cujas metas, ou
qualquer ideia que seja proposta, precisam corresponder às metas alcançáveis, ou
seja, deve-se localizar a origem dos recursos, os custos e as receitas geradas pela
organização, a fim de compará-las e planejar as necessidades do presente, assim
como as necessidades futuras, sabendo de antemão se os pagamentos destas
serão realmente possíveis.
Ao contrário do que muitos possam imaginar, menciona-se, considerando o contexto
apresentado, que as empresas de pequeno porte sofrem muito mais riscos
econômicos do que as empresas de grande porte. Isso ocorre devido às pequenas
possuírem um patrimônio menor, logo, suas disponibilidades de recursos são
inferiores. Dessa maneira, estar com um planejamento financeiro em dia é crucial.
Segundo Oliveira (2012), possuir um planejamento financeiro está atrelado com os
desejos de sucesso para o futuro, sendo que isso pode ser imaginado tanto para o
curto quanto para o longo prazo.
Tal planejamento visa auxiliar os líderes de forma
assertiva nas tomadas de decisões. Por fim, fica evidente que o planejamento
financeiro é uma ferramenta de gestão essencial e prioritária, pois dispõe de
informações úteis para um desenvolvimento de crescimento mais claro e próximo do
sucesso.

3. Resultado esperado com uso de controle na PMEs


Como dito no texto, a Controladoria é uma ferramenta disponível para as empresas
que têm o interesse em melhorar seus controles internos e externos. Sabe-se que
ter e gerenciar uma empresa em Mocambioque não é uma questão fácil de ser resolvida,
entretanto, a Controladoria serve como apetrecho para solucionar essas
dificuldades.
A Controladoria pode ser afirmada como uma validação de que a
empresa esteja seguindo um caminho correto para a conquista dos seus objetivos,
melhorando seus resultados e tornando-a mais eficiente. Espera-se, também, que,
com o uso dessa ferramenta (Controladoria), haja unificação entre as gestões
empresariais internas e que um bom desempenho seja alcançado, além de uma
sólida construção organizacional dentro da companhia (DE PAULLA, 2017).
Os resultados obtidos com uso da Controladoria podem ser diversos, conforme
explicam Torricelli e Torricelli (2021). Os autores apontam também que o uso das
ferramentas de Controladoria exerce um papel fundamental no zelo patrimonial de
uma empresa, pois reduzem as suas incertezas e seus riscos. Seu uso (da
Controladoria) auxilia de maneira significativa nos controles financeiros e, com o uso
adequado, promove-se uma melhor gestão e equilíbrio organizacional, além de
melhor segurança e certezas positivas para o futuro. Sendo assim, conforme as
palavras dos autores, são estes os resultados e muitos outros que a Controladoria
visa proporcionar para as Micro e Pequenas Empresas, a fim de que possam
sobreviver ao mercado, mas não somente isso: a ferramenta fornece subsídios para
que possa crescer e se destacar em seu ambiente empresarial.
Conclusão
O profissional responsável pelo controle geral da PME’s é conhecido como controle. Seu
principal papel consiste em monitorar, por meio de informação o processo de gestão - de
planejamento, execução,control e feedback. Para que este círculo possa correr de forma
eficaz é necessário que a empresa adote planejamento e uma estrutura de controle segura.

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