Formações Paroquiais Sobre o Missal Romano - 2023

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PASTORAL LITÚRGICA

TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL


ROMANO:
teologia, história, tradução, novidades e
caminhos pastorais

DIOCESE DA CAMPANHA - MG
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 1

INTRODUÇÃO
O SENTIDO DO ESTUDO DO MISSAL
Para facilitar o estudo, entendimento e acolhimento da Terceira Edição do Missal Romano,
organizamos esse material para uso das comunidades nas formações pastorais necessárias e
oportunas. Pontuamos, aqui, as novidades da Terceira Edição do Missal Romano, e procuramos
corresponder aquilo que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil indicou na apresentação do
novo Missal Romano:
O Missal é fruto daquele desejo da Igreja de realizar uma acurada reforma geral da Liturgia, "para que o
povo cristão possa receber com maior segurança graças abundantes na sagrada Liturgia" (SC 21) Ele garante
a intrínseca relação entre lex orandi - lex credendi, pois a Igreja crê o que celebra. Por isso, no processo de
tradução, houve um cuidado meticuloso para buscar as expressões mais adequadas que assegurassem
fidelidade ao texto oficial latino, à língua portuguesa e à mentalidade cultural brasileira.1

Assim, esse material formativo tem por objetivo trazer conteúdos para um estudo objetivo
das novidades da terceira edição, com apontamentos sobre alguns elementos que já existiam na
segunda edição do Missal que, presentes também na terceira, não podem ser esquecidos. Portanto,
esse material trará:
❖ Novidades da terceira edição do Missal Romano presentes na versão Latina;
❖ As inserções do Brasil e tradução para a terceira edição;
❖ Quadros comparativos entre a 2ª edição, 3ª edição e os elementos próprios do Brasil;
❖ Algumas pontuações da Instrução Geral do Missal Romano e rubricas da Terceira
Edição;
Convém, ainda, lembrar mais alguns pontos da apresentação do Missal feitos por Dom
Edmar Peron:
❖ É preciso mencionar, ainda, que esta tradução da 3ª edição do Missal Romano respeita o acordo com a
Conferência Episcopal Portuguesa, de 5 de setembro de 1969, confirmado pela então Congregação para
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e renovado em 13 de outubro de 2015, no que se refere à
participação dos fiéis no Ordinário da Missa e às fórmulas sacramentais.
❖ Enfim, cabe enfatizar que é muito importante pensar sobre o modo como a recepção desta nova tradução
do Missal acontecerá nas comunidades. Esta tradução requer - tanto da assembleia que se reúne para
celebrar "a memória do Senhor ou sacrifício eucarístico" (IGMR 27), quanto do ministro ordenado que a
preside, bem como dos responsáveis pela pastoral litúrgica - um profundo conhecimento do Missal e,
também, da sua Instrução Geral, nos quais "estão contidas riquezas que guardam e exprimem a fé e o
caminho do povo de Deus ao longo dos dois milênios da sua história" (SCa 40)Tal empenho favorecerá a
participação consciente, ativa e frutuosa (cf. SC 11) de todos os que tomam parte na celebração
eucarística.
❖ É urgente, pois, que reconheçamos, tal como ensina Francisco em sua Carta Apostólica Desiderio
Desideravi, a legítima necessidade da formação litúrgica, a qual possui dois aspectos interligados: "a
formação para a Liturgia e a formação a partir da Liturgia. O primeiro está em função do segundo, que é
essencial" (DD 34), pois “o conhecimento que vem do estudo é apenas o primeiro passo para poder entrar
Mistério celebrado" (DD 36). Portanto, "não é suficiente reformar os livros litúrgicos para renovar a
mentalidade. Os livros reformados nos termos dos decretos do Vaticano II desencadearam um processo
que requer tempo e recepção fiel, obediência prática, atuação celebrativa sábia por parte, primeiro, dos
ministros ordenados, mas também dos outros ministros, dos cantores e de todos os que participam na
liturgia. Na realidade, sabemo-lo bem, a educação litúrgica de Pastores e fiéis é um desafio a ser
enfrentado sempre de novo" (Francisco. Discursos, 24 de agosto de 2017). A esse desafio, Francisco
acrescentou a importância de se cultivar: o encantamento diante da grandeza do mistério pascal que se
torna presente e atuante hoje, mediante os sinais sensíveis da ação litúrgica; bem como o silêncio litúrgico,
"símbolo da presença e da ação do Espírito Santo, que anima toda a ação celebrativa" (DD 52).
❖ Desse modo, podemos ter esperança de que a Liturgia - e especificamente a celebração eucarística, com
suas orações, preces e ritos - se torne "a primeira e indispensável fonte da qual os fiéis poderão beber o
espírito genuinamente cristão" (SC 14).2

Desejando proporcionar, como dito acima, um estudo breve e objetivo, assinalamos que é
oportuníssimo que as comunidades não deixem de fazer, logo que possível, um estudo completo da
Terceira Edição do Missal Romano, desde sua instrução geral, rubricas e textos eucológicos.

1
MISSAL ROMANO. 3ª ed. Brasília: Edições CNBB, p. 7.
2
Idem, p. 7-9.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 2

PRIMEIRA PARTE
PERSPECTIVA HISTÓRICO-TEOLÓGICA DO MISSAL ROMANO

1.1 A natureza teológica da literatura litúrgica: a importância do livro ritual

Tratar sobre a revelação cristã, isto é, sobre a vida de Cristo e aquilo que foi transmitido por
Cristo aos primeiros discípulos, vemos que há uma relação íntima entre teologia e celebração desde
o início do cristianismo. Nesta dinâmica, o grande liturgista Salvatore Marsili nos auxilia, dizendo
que os testemunhos do uso do termo grego theologia para se referir a celebração cristã é muito
frequente na antiguidade cristã. Afinal, teologia significa ‘discurso sobre Deus’: discurso que,
provocado pelo fato de a pessoa se achar na presença de Deus no contexto de uma celebração
litúrgica, que pode se expressar sob palavras, cantos, gestos, sinais e até mesmo no segredo do
silêncio sagrado.3
De uma liturgia que era, originalmente, espontânea, dependendo da criatividade do bispo para
as fórmulas das orações, mantendo a essência das palavras, gestos e sinais provenientes de Cristo, com
o passar do tempo, as formas litúrgicas bem estabelecidas desde o período apostólico, tais como a Ceia
do Senhor e o Batismo, passaram a ser transcritas como texto para uso das diversas comunidades cristãs.4
Particularmente, as descrições mais importantes daquela época se encontram na Primeira apologia de
São Justino e na Tradição apostólica de Hipólito de Roma onde, apresentando elementos da reunião dos
cristãos para a celebração eucarística, nota-se a dinâmica entre aquilo que foi transmitido da revelação
(vida) de Cristo, tomado como norma da fé e celebrado, formando a estrutura da celebração litúrgica
que primeiramente foi transmitida oralmente, depois transformada em literatura/texto. Como no
exemplo:
Foi isso que os Apóstolos nas memórias por eles escritas, que se chamam Evangelhos,
nos transmitiram que assim foi mandado a eles, quando Jesus, tomando o pão e dando
graças disse: “Fazei isto em memória de mim, este é o meu corpo”. E igualmente,
tomando o cálice e dando graças, disse: “Este é o meu sangue”, e só participou isso a
eles.5

Nesse sentido, entendemos que a estrutura e conteúdo daquilo que celebramos na liturgia
não é uma simples norma, mas é carrega o que é proposto e deve ser crido como de fé divina e
católica.6 Sendo, portanto, o rito da celebração dos sacramentos o lugar em que se faz memória do
evento salvífico de Cristo é o que permite e faz da celebração uma autêntica liturgia (ação de culto a
Deus, a literatura ritual, ou seja, os livros rituais, são fonte de ensinamento e preservação da identidade
da fé das comunidades cristãs.
A literatura/ texto dos ritualexprime uma teologia que faz o rito e que, por sua vez, se
exprime no rito; de tal modo que é constante o apelo que eles fazem, não raro de cunho polêmico,
aos usos e às fórmulas litúrgicas para defender e sustentar suas teses: a literatura ritual torna-se
a “theologia prima” da Igreja.7 Desse modo, o interesse teológico litúrgico agora se orienta para
compreender a estrutura dessa literatura ritual, reivindicando tanto ao culto em geral quanto à liturgia
em particular a propriedade de dar origem à teologia, de tal modo que esta literatura vai assumindo, ao
longo dos tempos, um caráter jurídico, isto é, normativo para a celebração da fé gerando, inclusive, o
axioma: “Lex credendi – Lex orandi”. A síntese desse conhecido axioma atribuído a Próspero de
Aquitânia (+463) que na íntegra é “... ut legem credendi statuat lex suplicandi” (=isto é, a lei da prece
estabelece a lei da fé). Isto chama atenção para o relacionamento vital entre fé e liturgia.8
3
MARSILI, Salvatore. Teologia litúrgica, p. 1175.
4
Cf. MARSILI, Salvatore. Das origens da liturgia cristã às caracterizações rituais. In: ID. et al. Panorama histórico
geral da liturgia. v. 2. Trad. Cristina Pena de Andrade; Ver. José Joaquim Sobral. São Paulo: Paulinas, 1986, p. 21.
(Col. Anámnesis).
5
JUSTINO de Roma. I e II apologias: diálogo com Trifão. Intr. e notas Roque Frangiotti. Trad. Ivo Storniolo; Euclides
M. Balancin. São Paulo, Paulus, 1995, p. 82. (Col. Patrística).
6
VAGAGGINI, Cipriano. O sentido teológico da liturgia. Trad. Francisco Figueiredo de Moraes. São Paulo: Loyola,
2009, pp. 447-453.
7
Cf. PELLEGRINO, Miguel. Padres e liturgia. In: DL, p. 881.
8
Cf. NOSETTI, A. e CIBIEN, C. Vocabulário. In: DL, p. 1267.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 3

Quando pensamos na literatura ritual, isto é, nos livros litúrgicos ao longo da história e, de modo
especial do Livro Litúrgico da celebração eucarística (Missal Romano), há uma relação intrínseca entre
fé eucarística e celebração, que evidencia a ligação entre “a norma da oração e a norma da fé”. A
primazia, porém, é dada “à ação litúrgica”. Portanto, “é necessário viver a Eucaristia como mistério da
fé autenticamente celebrado” (SCa, n. 34).
Podemos, ainda, resumir esta afirmação com dizendo que “a Igreja crê conforme reza”
(Catecismo, 1124), fazendo com que a lei da fé seja determinada pela lei da oração. A consequência
desta realidade é apontada pelo Código de Direito Canônico (1983) em dois cânones especiais:

Cân. 2 – O Código geralmente não determina os ritos que se devem observar na celebração das
ações litúrgicas; por isso, as leis litúrgicas até agora vigentes conservam sua força, a não ser que
alguma delas seja contrária aos cânones do Código.9
Cân. 846 – § 1. Na celebração dos sacramentos, sigam-se fielmente os livros litúrgicos
aprovados pela autoridade competente; portanto, ninguém acrescente suprima ou altere coisa
alguma neles, por própria iniciativa.
§ 2. O ministro celebre o sacramento conforme o rito.

Os cânones citados indicam que os livros rituais têm, por natureza, estrutura normativa. A
literatura ritual goza de canonicidade não porque lhe foi imputada pelo direito, mas por sua própria
natureza teológica, a qual o código somente aponta. Sendo, portanto, os livros rituais fonte do direito
litúrgico-sacramental da Igreja, eles carregam em seu conteúdo e formas estruturadas – chamadas de
“formas rituais” – os elementos que no rito (palavras, gestos e elementos) preservam a fé eclesial de
forma válida e lícita. Por isso, tais livros são aprovados pela autoridade dos bispos e da Sé Apostólica,
inclusive em sua organização e tradução.
Mesmo que a reforma dos ritos e rubricas feita a partir do Concílio Vaticano II tenha
proporcionado um “novo vigor” à literatura ritual, preserva-se, ainda, na hermenêutica de continuidade
o respeito pelas palavras, gestos e elementos aprovados pela autoridade competente, recordando sempre
aos ministros, conforme o cân. 846 §2, que o sacramento seja celebrado conforme o rito. A celebração
não realizada conforme o rito, por vezes identificada aqui e acolá, atingem tanto a liceidade quando a
validade.
Como exemplo, vemos o artigo abaixo:

PADRE REFAZ SEUS SACRAMENTOS AO DESCOBRIR QUE FOI BATIZADO DE MODO


INVÁLIDO

Artigo: UNISINOS, agosto de 2020

Robert K. Merton, um famoso sociólogo estadunidense, era, segundo todos os relatos, alguém
inteligente. Entre outras coisas, ele popularizou a expressão “lei das consequências não intencionais”
para se referir a situações em que uma pessoa faz algo por uma razão, mas constata que isso produz todo
o tipo de outros resultados inesperados. Neste momento, o Pe. Matthew Hood, da Arquidiocese de Detroit,
é a prova viva da afirmação de Merton.
O comentário é de John L. Allen Jr., publicado por Crux, 25-08-2020. A tradução é de Moisés
Sbardelotto.
Como está bem documentado, Hood viu uma nota da Congregação para a Doutrina da Fé do
Vaticano divulgada no dia 6 de agosto, que afirmava que os batismos realizados usando a fórmula “nós te
batizamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” são inválidos, e que qualquer pessoa batizada
com o uso do “nós” em vez de “eu” precisa ser batizada novamente.

9
“A palavra rito tem diversos significados. (...) No sentido litúrgico, pode significar tanto um sistema legítimo de
celebrar o culto divino (nesse sentido, um rito jurídico-canônico, como o latino, pode ter diversos ritos litúrgicos, como
o romano, o ambrosiano, o mozarábigo etc.) quanto as prescrições relativas a uma ação litúrgica completa (p. ex., o
batismo). É neste último sentido (ação litúrgica completa) que este cânon fala de "ritos". As normas litúrgicas vigentes
na Igreja latina se encontram nos diversos livros litúrgicos, reformados após o Vaticano II: Missal Romano, Liturgia
das Horas, Ritos (lat.: Ordines) dos diversos sacramentos, Ritos da Profissão religiosa e da consagração das virgens,
Pontifical Romano (com os ritos de ordenação, dedicação e bênção de igrejas e oratórios, bênção dos óleos), Cerimonial
dos Bispos, Ritual das bênçãos, Rito dos exorcismos.” Comentário sobre o cânon 2. CIC, p. 34-35.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 4

Isso despertou a memória de Hood, que, em abril, assistiu a um vídeo familiar do seu próprio
batismo na Paróquia Santa Anastácia, em Troy, Michigan, há 30 anos. Ele mostrava que o diácono Mark
Springer realmente usou a fórmula “Nós te batizamos”, tornando assim o batismo de Hood – sem falar da
sua ordenação ao sacerdócio e de todos os sacramentos que ele celebrou desde que ela aconteceu em 2017
– inválido.
O que se seguiu para Hood foi um turbilhão. Ele foi batizado, confirmado e recebeu
a Eucaristia no dia 9 de agosto, depois foi ordenado diácono transicional no dia 15 de agosto e padre no
dia 17 de agosto. Em outras palavras, para ele, a vida está mais ou menos de volta ao normal.
Não é exatamente o mesmo que estão vivendo todos aqueles que receberam os sacramentos
de Hood nos últimos três anos, enquanto ele atuava como pároco auxiliar na paróquia de St. Lawrence,
em Utica, Michigan, e antes disso na igreja Divine Child, em Dearborn.
Por exemplo, há pessoas que Hood tentou confirmar depois de completarem o RICA, que é o
programa de iniciação da Igreja para os convertidos adultos à fé, que agora têm que fazer outros arranjos
para completar os sacramentos.
A Arquidiocese de Detroit criou uma página na internet informando a qualquer pessoa confirmada
por Hood que sua confirmação não era válida, que as suas confissões não forneceram a absolvição
sacramental, que os casamentos que ele presidiu podem ser inválidos, e que quaisquer unções dos enfermos
que ele ministrou também não eram válidas.
Além disso, as pessoas batizadas por Springer que passaram a receber
outros sacramentos precisarão recebê-los novamente para que sejam válidos.
Ironicamente, aqueles que Hood batizou, na verdade, estão em situação regular, visto que a lei
da Igreja diz que qualquer pessoa, não apenas um padre, pode administrar esse sacramento, e ele sempre
usou a fórmula correta.
Pode-se imaginar que Hood ficaria irritado com o Vaticano por virar o seu mundo de cabeça para
baixo, mas não foi assim.
“Tudo isso pode dar a impressão de um ato administrativo, mas é algo que precisa ser levado a
sério, porque os sacramentos são muito sérios”, disse ele. “Os sacramentos vêm de Cristo e são confiados
à Igreja. É importante celebrar os sacramentos de acordo com os preceitos da Igreja.”
Por que essa situação é uma ilustração da lei das consequências não intencionais?
Bem, embora o próprio Springer não tenha se manifestado desde a divulgação da notícia, é
razoável supor que ele usou a fórmula “nós” com boas intenções. Em sua declaração sobre o caso, a
arquidiocese disse que Springer, que agora está aposentado e não está mais no ministério ativo, foi
instruído a parar de usar o “nós” em 1999 e acatou a decisão.
Em geral, as pessoas que desejam substituir o “nós” pelo “eu” no rito do batismo geralmente o
fazem porque estão preocupadas com o clericalismo, querendo enfatizar o papel da comunidade,
especialmente da família, no gesto que significa a incorporação de uma criança na Igreja.
Na nota doutrinal do dia 6 de agosto passado, o Vaticano disse que estava respondendo a casos
em que um batismo era realizado com a expressão: “Em nome do papai e da mamãe, do padrinho e da
madrinha, dos avós, dos familiares, dos amigos, em nome da comunidade, nós te batizamos em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Obviamente, essa é uma tentativa de ser inclusivo, de reconhecer o papel de todas as pessoas
envolvidas no caminho de fé de uma criança, que certamente são preocupações nobres.
No entanto, nesse caso, Springer quase literalmente destruiu a aldeia a fim de salvá-la.
Talvez tudo isso sugira uma lição para os aspirantes a reformadores na Igreja. Uma das glórias
da Igreja Católica é que as pessoas se sentem tão apaixonadas por ela que se sentem dispostas a derramar
o próprio sangue para que ela se torne a melhor versão de si mesma. Essa paixão é o que mantém a Igreja
viva, e, independentemente da nossa causa pessoal, todos nós ficaríamos mais pobres se não lutássemos,
pressionássemos e defendêssemos isso.
No entanto, ao fazer isso, é preciso tomar cuidado com a lei das consequências não intencionais.
Não se deve dar passos em nome do “povo” que, na realidade, trarão dor, confusão e dores de cabeça
desnecessárias às mesmas pessoas às quais os aspirantes a reformadores afirmam servir.
Em outras palavras, a moral da história é: olhe antes de pular. Uma ideia antiga, talvez, mas que
nunca sai de moda.

Queremos, por fim, elencar os princípios doutrinais de interpretação dos textos litúrgicos
utilizados pela reforma realizada a partir do Concílio Vaticano II para garantir a relação “lex
credendi – lex orandi” dos livros rituais: quando a Igreja cria fórmulas eucológicas para o culto, é
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 5

movida fundamentalmente pelo propósito de transmitir, ilustrar, exercer e aplicar o poder


recebido de Cristo com vistas à realização da salvação no meio dos homens10.

❖ Transmitir: A Igreja possui em si própria um poder sacramental recebido de Cristo. A


salvação realizada na humanidade do Verbo mantém-se e continua na obra da santificação
que Deus executa em nós através dos sacramentos da Igreja. A Igreja edifica-se mediante o
poder de Cristo nos sacramentos: "Sacramenta ordinantur... ad aedificationem Corporis
Christi" (SC, 59). A eficácia dos sacramentos provém do fato de que Cristo está presente e
operante neles. Nos sacramentos é que Cristo prolonga a sua ação de mediador e revelador
da salvação, e a Igreja faz experiência da própria salvação. Portanto, toda ação litúrgica é
uma "tradição", ou transmissão da santidade de Cristo à Igreja;
❖ Ilustrar: A Igreja transmite os dons divinos de que é depositária ilustrando ao mesmo tempo
a sua natureza. A finalidade principal da eucologia, como gênero literário, é esclarecer a
natureza destes dons: de que dons se trata, como se comunicam aos fiéis, qual é o poder da
Igreja na sua transmissão... Daqui provém a possibilidade de falar do caráter didascálico dos
textos eucológicos, que considerado como aspecto particular;
❖ Exercer: A Igreja utiliza as fórmulas eucológicas no exercício verdadeiro e próprio do seu
poder sacramental. Os textos eucológicos são, de fato, elementos constitutivos e por isso
mesmo decisivos na realização do sinal salvífico: "accedit verbum ad elementum et fit sacra-
mentum" (a palavra se aproxima do elemento e se torna sacramento – S. Agostinho). Ao
gênero eucológico pertencem as anáforas eucarísticas, as fórmulas dos sacramentos e dos
sacramentais; neste gênero entram igualmente as orações e súplicas da Igreja com as quais
ela exerce o poder recebido de Cristo de orar ao Pai em nome de Jesus;
❖ Aplicar: O poder santificador de Cristo e da Igreja não se exerce de maneira puramente
abstrata numa determinada ação sagrada, mas aplica-se eficazmente ao homem concreto,
isto é, comunica-se acomodando-se e adaptando-se a quantos participam com fé numa deter-
minada celebração. Os textos eucológicos exprimem e testemunham tal aplicação eficaz e
concreta dos dons da salvação e, portanto, ao mesmo tempo se fazem eco das circunstâncias
socioculturais da assembleia;

Para aprofundar, sugerimos a leitura dos artigos 01 a 26 da Instrução Geral do Missal


Romano.

1.2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS LIVROS RITUAIS

Brevemente, poderíamos recordar a história dos livros litúrgicos romanos para compreender
a estrutura e os princípios presentes na Terceira Edição do Missal Romano:

A) Da Antiguidade até o Concílio de Trento


❖ Os libeli: chamado de “Sacramentário leonianum” - formulários das missas
distribuídos segundos os meses do ano civil e não segundo o ‘tempo’ litúrgico, e
dividido em seções;
❖ Os sacramentários: são livros destinados a conter as fórmulas indispensáveis ao
presidente da liturgia eucarística ou de outras celebrações;
❖ Os lecionários: dado o costume de as leituras serem proclamadas por dois
leitores diferentes, foram, inicialmente, dois livros separados, a saber: o
Apostolus ou Epistolário para as perícopes não evangélicas, e o Evangeliário para
o diácono que lia o evangelho. Posteriormente surge o Lecionário da Missa, com
textos evangélicos e não evangélicos; o Lecionário do Ofício, com as leituras
necessárias para os ofícios divinos e os Comes ou Liber comitis, reunindo textos
do epistolário ou do epistolário com as leituras do evangeliário.

10
AUGÉ, Matias. Princípio de interpretação dos textos litúrgicos. In: A Liturgia: momento histórico da salvação. São
Paulo: Edições Paulinas, 1986. (Anámnesis, 1)
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 6

❖ O Antifonário da Missa: livro com os textos destinados ao grupo dos cantores,


a schola cantorum, que tinha a tarefa de acompanhar com os cantos a entrada, a
procissão das oferendas e a distribuição da comunhão. Estes textos,
transformados em livro, receberam o nome de Antifonário (ou Liber
antiphonarius), organizado entre os séculos VI e VII. Tal livro era utilizado em
conjunto com os graduais;
❖ Os Ordines: texto referencial para compreensão normativa da liturgia, mesmo
que primitivo;
❖ O Pontifical: fórmulas e ritos habitualmente reservados ao bispo
❖ O Missal: em sua forma primitiva através dos sacramentários que, dos ritos
sacramentais, continha somente reservada ao presidente da celebração;
❖ O Ritual
❖ O calendário: já estruturado para auxiliar nos ciclos litúrgicos;
❖ O Martirológico
❖ Os livros da Liturgia das Horas

B) Do Concílio de Trento ao Concílio Vaticano II


❖ O Pontifical: o primeiro saiu como “Liber pontificalis” em 1485, por iniciativa
de Inocêncio VIII, e com segunda edição em 1497. Em 1595, é promulgado por
Clemente VIII o “Pontificale romanum”, com acréscimos posteriores de Urbano
VIII e Bento XIV.
❖ O Cerimonial dos Bispos: publicado por Clemente VIII em 1600.
❖ O Missal (Primeira Edição Típica): publicado por Pio V em
14 de julho de 1570, que tornava obrigatório para todos aqueles
que não podiam gloriar-se de possuir tradição peculiar de tempo
inferior a 200 anos. Contribuiu para reforma das rubricas e
eliminação de muitos abusos; mas não como uma reforma de
mentalidade em questão de liturgia, espelhando-se na ainda
mentalidade medieval, que trazia uma liturgia estritamente
clerical. Na estrutura, reuniu: os Libeli, o Sacramentário
referente à Eucaristia, o Antifonário, os Ordines e o Calendário
em sua relação com o Martirológico;
❖ O Lecionário: usado com “estreiteza” no período medieval e no moderno com
o Missal de Pio V.
❖ O Ritual: o “Rituale romanum” preparado por Gregório XIII só encontrou
publicação revisada e aprovada em Paulo V, passando por sucessivas revisões ao
longo do tempo, mas nunca foi propriamente obrigatório.
❖ Do Breviário: publicado por Pio V em 15 de julho de 1568 como único livro
válido para oração de toda Igreja Latina, só excetuando aquelas comunidades
eclesiais que podiam se gloriar de Liturgia própria;

C) Concílio Vaticano II
❖ O Missal (Segunda Edição Típica):
publicado por Paulo VI em 1970,
quatro séculos após o primeiro, com
revisão dos ritos, revisão da instrução
e rubricas, revisão das normas para o
Ano Litúrgico e Calendário romano
trazendo um novo espírito à
interpretação da literatura ritual;
❖ O Lecionário: publicado por Paulo VI em 1969, partindo do que estabeleceu a
“Sacrosanctum Concilium” que na Liturgia se atenda a mais abundante, mais
variada e adaptada leitura da Sagrada Escritura, seja no AT seja no NT (SC 24,
35, 51);
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 7

❖ O Cerimonial dos Bispos: revisão e publicação em 14 de setembro de 1984;


❖ Os Rituais: revisados e publicados anos distintos;
❖ O Missal (Terceira Edição Típica):
• Promulgada em 2002 pelo
Papa João Paulo II
• Na ocasião, a Santa Sé
orientou as conferências
episcopais a revisar os mais
de 3000 textos litúrgicos do
Missal e traduzirem para suas
respectivas línguas;
• Teve inserções dos Papas
Bento XVI e Francisco;
• No Brasil: a revisão e
tradução teve início em 2002;
foram 19 anos de trabalho dos
peritos e bispos pra tradução
e aprovação.
• Entre 2002 e 2004: foi feita, primeiramente, a tradução da Instrução Geral
do Missal Romano. Esta, ainda recebeu complementos, gerando o texto
final recentemente publicado pela CNBB
• Em 2019, a Cetel concluiu a tradução da Terceira Edição Típica do Missal
Romano;
• Em 2020, a Cetel publicou uma versão de estudos do Missal Romano para
revisão final, o que prosseguiu durante o período da pandemia;
• Em 2 de setembro de 2022, os bispos aprovaram a tradução brasileira da
Terceira Edição do Missal Romano, na 59ª Assembleia Geral;
• Em 15 de dezembro de 2022, o material foi entregue ao Dicastério do
Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos para confirmações e
aprovações.
• Em 17 de março de 2023, a aprovação
veio por meio de decreto do Dicastério
para o Culto Divino e Disciplina dos
Sacramentos;
• Dia 19 de abril de 2023, abertura da 60ª
Assembleia Geral, foi celebrada a 1ª
Santa Missa com a tradução aprovada
para o Brasil, na Basílica Nacional de N.
S. Aparecida;
• Em 03 de dezembro de 2023, I Domingo do Advento, a tradução da
Terceira Edição do Missal Romano se torna obrigatória para todo Brasil;
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 8

SEGUNDA PARTE
NOVIDADES: ORGANIZÇÃO INTERNA DO MISSAL ROMANO

2.1 Quanto à estrutura interna do Missal Romano, destacamos:

❖ Índice Geral
❖ Ciclo cristológico: aqui está o “Próprio do Tempo”, onde temos a celebração os
Mistérios da Salvação nos diversos tempos litúrgicos (Advento, Natal, Quaresma,
Páscoa, Tempo Comum, Solenidades do Senhor) que tem por cume o “Tríduo
Pascal”
❖ Ordinário da Missa: rito romano da celebração da Eucaristia;
❖ Ciclo eclesiológico: neste grupo de formulários, temos:
• Próprios dos santos e comuns: celebrado no santoral em que Maria, os
mártires e todos os santos se unem a Cristo e seu Mistério;
• Missas Rituais: dos diversos sacramentos e sacramentais;
• Missas e Orações para as diversas necessidades ou circunstâncias:
divididas em três grupos (I – Pela Santa Igreja; II – Pelas circunstâncias da
vida pública; III – Em diversas necessidades);
• Missas votivas: alguns formulários novos;
• Missas pelos defuntos;
❖ Apêndices;
❖ Preparação da Missa e Ação de Graças depois da Missa

2.2 Outros elementos da estrutura do Missal

❖ E o Missal virá com notações musicais para as


partes cantadas pelo presidente, partes de outros
ministros, e da assembleia para responder de modo
uníssono, tal como na versão Latina. Na versão
latina, as partituras em gregoriano estão em clave de
Dó na quarta linha; para o Brasil, houve a
transposição para clave de Sol, mais conhecida;
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 9

A partir das novidades, destacamos alguns elementos sobre a estrutura da encadernação da


Terceira Edição do Missal no Brasil:

❖ Formato: 19,0 x 27,5 cm; com 1264


páginas; e com peso total de 3,450 kg
(A segunda edição brasileira tem 16,3,
24,0 cm; 1088 páginas; e a metade do
peso do novo missal;
❖ Marcação: 6 fitas de cetim vermelhas
com 1,1 cm de largura. Os marcadores
colados são mais resistentes, bem como
toda encadernação;
❖ Ilustrações: imagens das obras de
Cláudio Pastro;

2.3 Quanto à tradução

A Comissão Episcopal para Tradução dos Textos Litúrgicos (CETEL), ao acolher a Terceira
Edição do Missal Romano, teve três desafios a considerar em seu trabalho:
❖ Fidelidade ao latim e ao português: missão de ser fiel ao texto latino e sua tradução
compreensiva para a língua portuguesa;
❖ Proximidade cultural;
❖ Sonoridade e poesia, isto é, textos com uma estrutura que favoreça a
proclamabilidade na Liturgia;

2.4 As inserções próprias do Brasil

Como é de costume, na recepção do texto latino do Missal, bem como de cada ritual, a
conferência episcopal pode e fez, tanto para a segunda edição do Missal quanto para a terceira edição
do Missa, indicações elementos para compor o Missal para tradução do Brasil, que foram aprovadas,
dentre estas, destacamos:
❖ Fórmulas de acolhida nos ritos iniciais e admoestações;
❖ Prefácios;
❖ Orações eucarísticas;
❖ Formulários para o próprio dos santos do Brasil;
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 10

TERCEIRA PARTE
NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL, RUBRICAS E TEXTOS DO MISSAL ROMANO

3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Destaques:
❖ A ordem dos capítulos permaneceu inalterada, mas foi incluído o capítulo 9º:
“Adaptações que competem aos Bispos e às suas Conferências”;
❖ O Proêmio foi integrado à numeração dos 399 parágrafos;
❖ Foram incluídos novos parágrafos e feitas mudanças na maioria dos demais, unindo
ou inserindo textos, ou apenas esclarecendo o conteúdo com alguma interpolação
(IGMR 23-26);
❖ O texto foi enriquecido com novas notas de pé de rodapé;
❖ Parágrafo novo no número 22 da Instrução:
“De máxima importância é a celebração da Eucaristia na Igreja particular”, presidida
pelo Bispo, da qual participam o presbitério, os diáconos e o povo; nela “manifesta-
se o mistério da Igreja. Por isso, tais celebrações devem ser tidas como modelares
para toda a diocese”. É, pois, dever do Bispo “esforçar-se para que os presbíteros, os
diáconos e os féis cristãos leigos compreendam sempre mais profundamente o
sentido autêntico dos ritos e dos textos litúrgicos e assim sejam levados a uma
celebração ativa e frutuosa da Eucaristia”.
❖ Parágrafo novo no número 56 da Instrução:
“A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação; por
isso deve ser de todo evitada qualquer pressa que impeça o recolhimento. Integram-
na também breves momentos de silêncio, de acordo com a assembleia reunida, pelos
quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus e se
prepara a resposta pela oração. Convém que tais momentos de silêncio sejam
observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria liturgia da palavra, após a
primeira e a segunda leitura, como também após o término da homilia”.
❖ Parágrafos 131 e 133 modificados:
131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro canto, conforme as
exigências do tempo litúrgico (cf. n. 62-64).
133. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e, precedido dos ministros
leigos, que podem levar o turíbulo e os castiçais, dirige-se para o ambão, conduzindo
o Evangeliário um pouco elevado. Os presentes voltam-se para o ambão,
manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
❖ Parágrafo refeito no número 138, que fala das preces na Missa sem diácono:
“Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de mãos unidas, com
breve exortação convida os fiéis à oração universal. A seguir, o cantor, o leitor ou
outra pessoa, do ambão ou de outro lugar apropriado e voltado para o povo propõe
as intenções, às quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por fim, o sacerdote,
de mãos estendidas, conclui a prece por uma oração”.

3.2 NOVIDADES NO PRÓPRIO DO TEMPO

No Próprio do Tempo, a primeira parte do Missal, que garante a centralidade do mistério de


Cristo nos ciclos da Páscoa, do Natal e do Tempo Comum, destacam-se:

A) No Tempo do Advento:
❖ Os formulários completos para as Missas feriais do Tempo do Advento
❖ Na organização: as missas feriais vêm na sequência de cada domingo do Advento,
diferente da 2ª edição, que vinham após os 4 domingos do advento;
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 11

B) No tempo do Natal:
❖ Novo formulário para a Missa da Vigília na Epifania do Senhor – antes, havia
somente a Missa do Dia que se utilizava nas primeiras vésperas;
C) No tempo da Quaresma:
❖ As orações sobre o povo, ao final da
Missa, desde a Quarta-feira de
Cinzas até a Quarta-feira da Semana
Santa (quase todas do Missal de Pio
V);
❖ Na organização, estas orações estão
dentro dos formulários de cada dia de
semana no tempo quaresmal, após as
orações pós comunhão;
❖ Lembrando que estas orações são de
uso opcional na bênção final, tanto
para os domingos quanto para os dias
de semana;
D) No Tríduo Pascal
❖ Na Quinta-feira Santa: mudança na rubrica do rito do lava-pés, passando de “homens
escolhidos” para “pessoas escolhidas”;
❖ Note-se, aqui, que sendo o rito do lava-pés um sacramental dentro da Missa da Ceia
do Senhor, a modificação da rubrica recorda-nos que tanto homens quanto mulheres
podem ser chamados para esse rito, no qual fazemos memória que Jesus Mestre lava
os pés dos seus discípulos. Note-se, também, que, sendo sacramental, é inconcebível
que os chamados para rito se “fantasiem” de apóstolos, pois o rito é memorial e não
teatro;
E) No Tempo Pascal
❖ Os formulários completos para as Missas feriais do Tempo da Páscoa;
❖ Adequação da titulação: “Segundo Domingo da Páscoa” ou “Domingo da Divina
Misericórdia)
❖ A Missa da Vigília em forma prolongada na solenidade de Pentecostes.
• Na 2ª edição: tínhamos uma missa de Vigília com duas leituras, um salmo e
evangelho. Contudo, havia a rubrica com indicações para fazer uma vigília
mais prolongada;
• Agora, a missa de Vigília em forma prolongada vem mais completa, tanto
com as rubricas, como com as orações de coleta, leituras e admoestações.
Lembramos, quanto à estrutura, que para essa missa são: 4 leituras do AT
com seus salmos e orações de coleta (tal como na vigília pascal); hino de
louvor; oração de coleta; 1 leitura o NT; após, segue a Missa como de
costume com aclamação e evangelho;

3.3 NOVIDADES NO ORDINÁRIO

A) Nos Ritos Iniciais:


❖ Acréscimo, para o Brasil, da sétima fórmula para saudação inicial, retirada do Livro
do Apocalipse 1,8
❖ A mudança na primeira forma do Ato Penitencial, o Confesso a Deus: "por minha
culpa, minha culpa, minha tão grande culpa" respeitando o original latino;
❖ Mudança, pela nova tradução, da conclusão das orações de coleta, conforme n. 54 da
Instrução Geral do Missal Romano;
B) Na Liturgia da Palavra
❖ Pequenas variações na tradução das “orações secretas”
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 12

❖ Novidade na rubrica sobre a “Profissão de fé”: o Símbolo niceno-constantinopolitano


deve ser usado habitualmente; e o Símbolo dos Apóstolos pode-se usar, sobretudo
nos tempos da Quaresma e da Páscoa;
C) Na Liturgia Eucarística
❖ Os doze prefácios que foram acrescentados (Depois da Ascensão do Senhor,
Domingos do Tempo Comum X; Matrimônio; Bem-aventurada Virgem Maria III,
IV e V; Mártires II; Santos Pastores II; Doutores da Igreja I e II; Comum VII, VIII e
IX);
• Vale, aqui, recordar desses prefácios, tanto há prefácios novos na versão
latina quanto há prefácios próprios para o Brasil.
• Os prefácios para o Brasil estão destacados com uma rubrica: letra “B”
circulada;
❖ A minuciosa revisão da tradução das Orações Eucarísticas, com a inclusão do nome
de São José naquelas determinadas pelo Papa Francisco (isto é, na II, III e IV),
❖ Novas formas de suscitar a aclamação memorial
❖ Ratificação e necessária harmonização das pequenas aclamações, isto é, mudança
das aclamações do povo nas Orações Eucarísticas, tanto no texto quanto na ordem
da oração;
❖ A sétima forma de introduzir o Pai-Nosso, tomada da rica tradição do rito
ambrosiano: "Guiados pelo Espirito Santo, que ora em nós e por nós, ele- vemos as
mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos ensinou".

3.4 NOVIDADES NO CALENDÁRIO

O Próprio dos Santos, parte mais especificamente eclesiológica do Missal, apresenta as


testemunhas do Cordeiro de maneira ainda mais católica, ou seja, universal, incluindo:
A) No calendário universal da Igreja
1. Santíssimo Nome de Jesus (03 de janeiro)
2. Santa Josefina Bakita (08 de fevereiro)
3. São Gregório Narek (27 de fevereiro)
4. São João Ávila (10 de maio)
5. Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)
6. São Cristóvão Magalhães e comp. Mártires (México, 21 de maio)
7. Santa Rita de Cássia (22 de maio)
8. São Paulo VI (29 de maio)
9. Santo Agostinho Zhao Rong e comp. Mártires (China, 08 de julho)
10. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16 de julho – festa)
11. Santa Maria Madalena (22 de julho – festa)
12. São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)
13. Santos Irmãos Marta, Maria e Lázaro (29 de julho)
14. Santa Teresa Benedita da Cruz (09 de agosto)
15. Santíssimo Nome de Maria (12 de setembro)
16. Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro)
17. São Pio de Pietralcina (23 de setembro)
18. Santa Faustina Kowalska (06 de outubro)
19. São João XXIII (11 de outubro)
20. São João Paulo II (22 de outubro)
21. Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)
22. São João Diego (09 de dezembro)
23. Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro)
24. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja (festividade móvel, a ser
celebrada na segunda-feira após Pentecostes)
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 13

B) No calendário da Igreja no Brasil


1. São José de Anchieta (09 de junho)
2. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (09 de julho)
3. Bem-aventurado Inácio de Azevedo e comps. Mártires (17 de julho)
4. Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)
5. Santos André Soveral, Ambrósio, presb., Mateus Moreira, leigo, e comps.
Mártires (03 de outubro)
6. São Benedito, o Negro (05 de outubro)
7. Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro)
8. São Pedro de Alcântara (19 de outubro)
9. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)
10. São Roque Gonzalez, Santo Afonso Rodrigues e São João del Castilho (19 de
novembro)
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 14

QUARTA PARTE
ESTUDO COMPARATIVO DO ORDINÁRIO
(Com algumas indicações da IGMR)
4.1 RITOS INICIAIS DA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

Algumas coisas a serem destacadas a partir da Instrução Geral do Missal Romano sobre
os Ritos Iniciais (para leitura caso seja oportuno e haja tempo na formação):
❖ Sobre a “Antífona de Entrada” presente nos formulários: n. 48 (na missa com
o povo) e n. 256 (na Missa com assistência de um só ministro);
❖ Sobre os “Ritos Iniciais: n. 46, §3.
❖ Sobre o Silêncio: n. 45
❖ Sobre o Hino de Louvor: n. 53, §2.

Trazemos, neste tópico, a Terceira Edição do Missal, na tradução e nos acréscimos aprovados
para o Brasil. Para isso, sugerimos que esse texto seja projetado para facilitar a visualização.

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO TÍPICA


Acolhida
Reunido o povo, o sacerdote dirige-se com os ministros ao altar, enquanto se executa o
canto de entrada.
Chegando ao altar, faz com os ministros uma profunda inclinação, beija o altar em sinal
de veneração e, se for oportuno, incensa a cruz e o altar. Depois se dirige com os ministros
à cadeira.
Terminado o canto de entrada, o sacerdote e os fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz,
enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O povo responde:
Amém.
Em seguida, o sacerdote, abrindo os braços, saúda o povo com uma das seguintes
fórmulas:*
a) A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, Cf. 2Cor 13,13
o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo
Textos originais estejam convosco.
da b) A graça e a paz de Deus, nosso Pai, Cf. 1Cor 1,3
versão Latina e de Jesus Cristo, nosso Senhor,
estejam convosco.
__________________________
c) O Senhor, que encaminha os nossos corações 2Ts 3,5
para o amor de Deus e a constância de Cristo,
esteja convosco.
d) O Deus da esperança, Rm 15,13
que nos cumula de toda alegria e paz em nossa fé,
pela ação do Espírito Santo,
Formulários esteja convosco.
alternativos e) A vós, irmãos, paz e fé Ef 6,23
aprovados para da parte de Deus, o Pai,
o Brasil e do Senhor Jesus Cristo.
f) Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, 1Pd 1,1-2
pela santificação do Espírito
para obedecer a Jesus Cristo
e participar da bênção da aspersão do seu sangue,
graça e paz vos sejam concedidas abundantemente.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 15

Novo formulário g) A graça e a paz Ap 1,8


aprovado para o daquele que é, que era e que vem,
Brasil estejam convosco.
________________________________
O povo responde:
Bendito seja Deus,
que nos reuniu no amor de Cristo.
_________________
Ou, o sacerdote, abrindo os braços, diz:
h) O Senhor esteja convosco.
Textos originais O povo responde:
da Ele está no meio de nós.
versão Latina _________________________________________
O Bispo, nesta primeira saudação, em vez de O Senhor esteja convosco, diz:
A paz esteja convosco.
E o povo responde:
Bendito seja Deus,
que nos reuniu no amor de Cristo.
_________________________________________
Aqui destacamos a
importância da O sacerdote, o diácono ou outro ministro poderá, com brevíssimas
introdução do palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia.
Mistério Celebrado,
que tem o intuito de
manifestar a índole
da celebração no
contexto do Mistério
de Cristo.
Ato Penitencial
Primeira fórmula
O sacerdote convida os fiéis ao ato penitencial:
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados,
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Ou:
O Senhor Jesus, que nos convida à mesa da Palavra e da Eucaristia,
nos chama a segui-lo fielmente. Reconheçamos ser pecadores
e invoquemos com confiança a misericórdia do Pai.
Ou, especialmente aos domingos e durante a oitava da Páscoa:
No dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte,
também nós somos convidados a morrer para o pecado e ressurgir para
O tempo de
uma vida nova. Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai.
silêncio após a
introdução do
Após um momento de silêncio, usa-se a seguinte fórmula:
presidente é parte
integrante do rito O sacerdote diz:
que se completa Confessemos os nossos pecados:
com a súplica Todos:
Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs,
que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras,
atos e omissões,
e, batendo no peito, dizem:
por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa.
E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos
e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
Segue-se a absolvição sacerdotal:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós,
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 16

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.


O povo responde:
Amém.
Segunda fórmula
O sacerdote convida os fiéis ao ato penitencial:
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados,
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Ou:
No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração,
fonte de reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.
Ou:
De coração contrito e humilde, aproximemo-nos do Deus justo e santo,
para que tenha piedade de nós, pecadores.
Após um momento de silêncio, o sacerdote diz:
Tende compaixão de nós, Senhor.
O povo:
Porque somos pecadores.
O sacerdote:
Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.
O povo:
E dai-nos a vossa salvação.
Segue-se a absolvição sacerdotal:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados
e nos conduza à vida eterna.
O povo responde:
Amém._______________
Terceira fórmula
O sacerdote convida os fiéis ao ato penitencial:
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados,
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Ou:
Em Jesus Cristo, o Justo, que intercede por nós e nos reconcilia com o
Pai, abramos o nosso espírito ao arrependimento para sermos dignos de
nos aproximar da mesa do Senhor.
Ou:
O Senhor disse: “Quem dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira
pedra”. Reconheçamo-nos todos pecadores e perdoemo-nos mutuamente
do fundo do coração.
Após um momento de silêncio, o sacerdote, o diácono ou outro ministro profere as
seguintes invocações, ou outras semelhantes, com Senhor, tende piedade de nós.
Para o canto se pode usar a aclamação grega: Kýrie, eléison.
Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos,
tende piedade de nós.
O povo responde:
Senhor, tende piedade de nós.
O sacerdote:
Cristo, que viestes chamar os pecadores,
tende piedade de nós.
O povo:
Cristo, tende piedade de nós.
O sacerdote:
Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai,
tende piedade de nós.
O povo:
Senhor, tende piedade de nós.
Segue-se a absolvição sacerdotal:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós,
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 17

perdoe os nossos pecados


e nos conduza à vida eterna.
O povo responde:
Amém.
Formulários Invocações alternativas para os diversos tempos
alternativos ❖ Cinco fórmulas para o tempo Comum;
aprovados para ❖ Três fórmulas para o tempo do Advento;
o Brasil para cada ❖ Duas fórmulas para o tempo do Natal;
tempo Litúrgico ❖ Três fórmulas para o tempo da Quaresma
❖ Cinco fórmulas para o tempo da Páscoa
__________________________________
Seguem-se as invocações Senhor, tende piedade de nós (Kýrie, eléison), caso já não
tenham ocorrido no ato penitencial:
Aqui, destacam-se, a V. Senhor, tende piedade de nós. Ou: Kýrie, eléison.
primeira e a segunda R. Senhor, tende piedade de nós. Ou: Kýrie, eléison.
fórmula que sempre V. Cristo, tende piedade de nós. Ou: Christe, eléison.
necessitarão deste R. Cristo, tende piedade de nós. Ou: Christe, eléison.
complemento. V. Senhor, tende piedade de nós. Ou: Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós. Ou: Kýrie, eléison.
Hino de Louvor
Mesmo não surgindo Quando for prescrito, canta-se ou recita-se em seguida o hino:
uma tradução Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por ele amados.
diferente à Segunda Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso.
Edição, permanece o Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós
vos damos graças por vossa imensa glória.
princípio tanto para a
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus
recitação quanto para Pai.
o canto de obedecer Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
ao texto aprovado Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica.
como sendo a única Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.
forma do hino de Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só vós, o Altíssimo, Jesus Cristo,
louvor. com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém.
Oração de Coleta
Mais uma vez, como Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz:
destaque no na Oremos.
instrução geral e no E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio.
rito, o silêncio Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta.
sacramental que
Ao terminar, o povo aclama:
compõe a eucologia
Amém.
da coleta.
Exemplo (coleta da festa de S. Maria Madalena):
COLETA
Ó Deus, o vosso Filho Unigênito confiou a Maria Madalena
a missão de ser a primeira a anunciar a alegria pascal;
concedei, nós vos pedimos,
por sua intercessão e exemplo,
Aqui, destacamos a
proclamar que Cristo ressuscitou
nova tradução da e contemplá-lo no seu Reino glorioso.
conclusão das Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus,
orações de coleta e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos
na Terceira Edição, dos séculos.
conforme a versão o povo aclama:
Latina. Amém.
Ver: IGMR, n. 54
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 18

4.2 LITURGIA DA PALAVRA DA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

Trazemos, neste tópico, a Terceira Edição do Missal, na tradução e nos acréscimos aprovados
para o Brasil:

DESTAQUE TERCEIRA EDIÇÃO TÍPICA


Leituras e Salmo
❖ Não há modificação na tradução para a forma ritual da proclamação
dos textos
❖ As rubricas, tanto da segunda quanto da terceira edição, destacam o
silêncio entre as leituras:
Após as leituras, é aconselhável um momento de silêncio para meditação.
Ver: IGMR, n. 56 ❖ Sobre o “Silêncio”: n. 56. - Acréscimo desse item na Terceira
Edição Típica do Missal Romano: A Liturgia da Palavra deve ser
celebrada de tal modo que favoreça a medi- tação; por isso deve ser de
todo evitada qualquer pressa que impeça o recolhimento. Integram-na
também breves momentos de silêncio, de acordo com a assembleia reunida,
pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra
de Deus e se prepara a resposta pela oração. Convém que tais momentos
de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria
Liturgia da Palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também
após o término da homilia.
Aclamação e Evangelho
O Cerimonial dos Segue-se o Aleluia ou outro canto estabelecido pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico
Bispos prevê, n. exige.
140, que o diácono Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai
se incline proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção
em voz baixa:
profundamente.
Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios,
para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho:
em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
Amém.
Na 2ª edição: Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio:
“para que eu Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios,
anuncie” para que eu possa anunciar dignamente o vosso santo Evangelho.
O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros
com o incenso e velas, e diz:
O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
Ele está no meio de nós.
O diácono ou o sacerdote diz:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo N.,
e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na
boca e no peito.
O povo aclama:
Glória a vós, Senhor.
Então o diácono ou o sacerdote, se for o caso, incensa o livro, e proclama o Evangelho.
16. Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote aclama:
Palavra da Salvação.
Todos respondem:
Glória a vós, Senhor.
Depois beija o livro, dizendo em silêncio:
Pelas palavras do santo Evangelho
sejam perdoados os nossos pecados.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 19

Homilia
Na 3ª edição, Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em
acrescenta-se, na todos os domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.
IGMR, no n. 66, a ➢ Vale ressaltar aqui que o Diretório Homilético recentemente
observação de um promulgado destaca a importância e o modo de proceder do
tempo de silêncio homiliasta;
após a homilia. Nos ➢ O Diretório, também, indica pontos fundamentais da homilia nas
números 41 e 42 da diversas celebrações do Ano Litúrgico, inclusive nos sacramentos e
2ª edição, não se sacramentais. Note-se, ainda, que os livros rituais em sua instrução
falava nisto.
geral ou mesmo dentro do rito indicam os princípios da homilia para
aquela celebração;
PROFISSÃO DE FÉ
Terminada a homilia, quando for prescrito, canta-se ou recita-se o símbolo
ou profissão de fé:
➢ Não há novidade na tradução
Símbolo niceno-constantinopolitano
➢ Destaque:
E por nós, homens, e para nossa salvação,
desceu dos céus
Às palavras seguintes, até e se fez homem, todos se inclinam.
e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
➢ Destaque:
No lugar do símbolo niceno-constantinopolitano, pode-se usar,
sobretudo nos tempos da Quaresma e da Páscoa, a profissão de
fé batismal da Igreja Romana, o assim chamado Símbolo dos
Apóstolos:
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
Ver IGMR, n.69-71 ORAÇÃO UNIVERSAL

4.3 LITURGIA EUCARÍSTICA DA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

Algumas coisas a serem destacadas a partir da Instrução Geral do Missal Romano sobre
a Liturgia Eucarística:
❖ Sobre a “Liturgia Eucarística”: a IGMR, no n.72, dispõe as palavras, gestos e
sinais que indicam no núcleo do sacramento;
❖ Sobre os “Preparação dos dons”: n. 73-76

Trazemos, neste tópico, a Terceira Edição do Missal, na tradução e nos acréscimos aprovados
para o Brasil:

A) PREPARAÇÃO DOS DONS NA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

DESTAQUE TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL


Inicia-se o canto da preparação das oferendas, enquanto os ministros colocam no altar
o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal. Convém que os fiéis expressem
sua participação trazendo uma oferenda, seja pão e vinho para a celebração da
Eucaristia, seja outro donativo para auxílio da comunidade e dos pobres.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 20

O sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos e,


levantando-a um pouco sobre o altar, diz em voz baixa:
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de
vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos
apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.
Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.
Se o canto da preparação das oferendas não continuar, o sacerdote poderá recitar em
voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
Bendito seja Deus para sempre!
O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d’água no cálice, rezando em
Vale destacar que silêncio:
alguns sinais ou Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da
bênçãos “menores” divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.
existentes no Missal Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre
o altar, diz em voz baixa:
de Pio V foram
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos
suprimidas, como o
de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora
sinal da cruz no
vos apresentamos, e para nós se vai tornar vinho da salvação.
momento da Coloca o cálice sobre o corporal. Se o canto da preparação das oferendas não continuar,
preparação do cálice o sacerdote poderá recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a
aclamação:
Bendito seja Deus para sempre!
Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio:
De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós;
e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor,
nosso Deus.
E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro
ministro incensa o sacerdote e o povo.
Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:
Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me do meu pecado.
Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as
Na 2ª edição: para mãos e diz:
que o nosso sacrifício Orai, irmãos e irmãs, para que o meu e vosso sacrifício seja aceito por
Versão latina: “ut Deus Pai todo-poderoso.
meum ac vestrum” -------------------------------------------
Ou:
Orai, irmãos e irmãs, para que esta nossa família, reunida em nome de
Formulários Cristo, possa oferecer um sacrifício que seja aceito por Deus Pai todo-
alternativos poderoso.
aprovados Ou:
para o Brasil Orai, irmãos e irmãs, para que, trazendo ao altar as alegrias e fadigas de
cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai
todo-poderoso.
Ou:
Orai, irmãos e irmãs, para que o sacrifício da Igreja, nesta pausa
restauradora na caminhada rumo ao céu, seja aceito por Deus Pai todo-
poderoso.
------------------------------------------------
O povo se levanta e responde:
Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu
nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.
Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote profere a oração sobre as oferendas; ao
terminar, o povo aclama:
Amém.
Ver IGMR n.77
Correspondência à
versão latina
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 21

B) ORAÇÕES EUCARÍSTICAS NA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

Apresentando a nova tradução das Orações Eucarísticas, acenaremos algumas distinções em


relação a versão latina e a Segunda Edição Típica.

INTRODUÇÃO DAS ORAÇÕES EUCARÍSTICAS

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


31. Começando a oração eucarística, o sacerdote abre os braços e diz ou
canta:
V. O Senhor esteja convosco.
Permanece a forma da 2º edição O povo:
aprovada para o Brasil R. Ele está no meio de nós.
Elevando as mãos, o sacerdote prossegue:
V. Corações ao alto.
O povo:
R. O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Não há inclinação aqui V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. É nosso dever e nossa salvação.
As orações eucarísticas I, II e O sacerdote, de braços abertos, reza ou canta o Prefácio:
III permanecem como as que
comumente acolhem os
distintos prefácios quando para Ao seu final, une as mãos e, com o povo, conclui o Prefácio, cantando ou
as celebrações. em voz alta dizendo:
Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
32. Em todas as Missas, o sacerdote pode cantar as partes mais importantes
da Oração Eucarística.
Na primeira Oração Eucarística ou Cânon Romano, pode-se omitir o que
estiver entre parênteses.

Para exemplificar as mudanças na tradução das Orações Eucarística, tomamos como


exemplo a Oração I. Contudo, cada oração, no que diz respeito aos textos e lugares de aclamações
do povo, sofreram modificações.
Algo que podemos frisar nesta oração é a aclamação memorial feita pelo presidente e a
resposta do povo que tem novo formato, e se repetirá em todas as orações eucarísticas, com exceção
da Oração V.
a) ORAÇÃO EUCARÍSTICA I (OU CANON ROMANO)

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


Na trad. 2ª edição: O sacerdote, de braços abertos, diz:
CP Pai de misericórdia, a quem CP Pai de misericórdia,
sobem nossos louvores, a quem sobem nossos louvores,
suplicantes, vos rogamos e pedimos
nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
por Jesus Cristo, vosso Filho e une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o
Senhor nosso, cálice, dizendo:
que abençoeis estas oferendas que aceiteis e abençoeis + estes dons, estas oferendas,
apresentadas ao vosso altar. este sacrifício puro e santo,
Ass.: Abençoai nossa oferenda, (supressão da resposta da assembleia)
ó Senhor!
de braços abertos, prossegue:
CP Nós as oferecemos que oferecemos, antes de tudo,
pela vossa Igreja santa e católica: pela vossa Igreja santa e católica:
concedei-lhe paz e proteção,
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 22

unindo-a num só corpo e concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo


governando-a por toda a terra. e governando-a por toda a terra,
Nós as oferecemos também pelo
vosso servo o Papa N., por nosso em comunhão com
bispo N. vosso servo o Papa N., o nosso Bispo N.*,
e por todos os que guardam a fé e todos os que guardam a fé católica
que receberam dos apóstolos. que receberam dos Apóstolos.
Ass.: Conservai a vossa Igreja A assembleia aclama:
sempre unida!
Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!

Pres.: Lembrai-vos, ó Pai, dos Memento dos vivos


vossos filhos e filhas N. N. 1C Lembrai-vos, ó Pai,
dos vossos filhos e filhas N. N.
(une as mãos e reza em silêncio) Une as mãos e reza por alguns momentos em silêncio por aqueles que quer
recordar. De braços abertos, prossegue:
e de todos os que circundam este e de todos os que circundam este altar,
altar, dos quais conheceis a dos quais conheceis a fé *
fidelidade e a dedicação em vos e a dedicação ao vosso serviço.
servir.
Por eles nós vos oferecemos
Eles vos oferecem conosco este
sacrifício de louvor por si e por e também eles vos oferecem
todos os seus, e elevam a vós as este sacrifício de louvor
suas preces por si e por todos os seus,
e elevam a vós as suas preces,
Deus eterno, vivo e verdadeiro,
para alcançar o perdão de suas para alcançar o perdão de suas faltas,
faltas, a segurança em suas vidas a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.
e a salvação que esperam. A assembleia aclama:
Ass.: Lembrai-vos, ó Pai, de Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
vossos filhos! ----------------------------------------------
Na Missa com Batismo
Texto presente na Missa Ritual Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N. (nomes dos
do Batismo que, na tradução padrinhos e madrinhas) que conduziram os vossos eleitos à santa
para o Brasil já foi colocado
graça do Batismo, e de todos os que circundam este altar, dos
dentro da oração para facilitar
o uso. Ver p. 792 da 2ª edição quais conheceis a fé... *
----------------------------------------------
“Infra actionem”
Em comunhão com toda a Igreja
2C Em comunhão com toda a Igreja,
veneramos a sempre Virgem celebramos em primeiro lugar
Maria, Mãe de nosso Deus e a memória da Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo,
Senhor Jesus Cristo; a gloriosa sempre Virgem Maria,
e também São José, esposo de * a de seu esposo São José,
Maria,
* os santos Apóstolos e Mártires: e também a dos Santos Apóstolos e Mártires:
Pedro e Paulo, André (Tiago e Pedro e Paulo, André,
João, Tomé, Tiago e Filipe, (Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus,
Bartolomeu e Mateus, Simão e
Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e
Tadeu, Lino, Cleto, Clemente,
Sisto, Cornélio e Cipriano, Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo,
Lourenço e Crisógono, João e Cosme e Damião)
Paulo, Cosme e Damião),
e todos os vossos Santos. Por seus e a de todos os vossos Santos.
méritos e preces concedei-nos sem Por seus méritos e preces
cessar a vossa proteção.
concedei-nos sem cessar a vossa proteção.
(Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
Ass.: Em comunhão com toda a A assembleia aclama:
Igreja aqui estamos! Em comunhão com vossos Santos vos louvamos!
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 23

--------------------------------------------------__________
COMUNICANTES PRÓPRIOS
* Para os Domingos
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o glorioso dia em
que o Senhor Jesus venceu a morte e nos tornou participantes
de sua vida imortal. Veneramos em primeiro lugar a memória
da Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, a gloriosa sempre
Virgem Maria, *
* No Natal do Senhor e durante a Oitava
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos (a noite
santíssima) o dia santíssimo em que Maria, intacta em sua
virgindade, deu à luz o Salvador do mundo. Veneramos em
primeiro lugar a memória da mesma Mãe de nosso Deus e
Senhor Jesus Cristo, a gloriosa sempre Virgem Maria, *
* Na Epifania do Senhor
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santíssimo
em que vosso Filho unigênito, eterno convosco na glória, se
manifestou visivelmente em nossa carne. Veneramos em
primeiro lugar a memória da mesma Mãe de nosso Deus e
Senhor Jesus Cristo, a gloriosa sempre Virgem Maria, *
* Da Vigília Pascal até o 2º Domingo da Páscoa
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos (a noite
santíssima) o dia santíssimo da Ressurreição de nosso Senhor
Jesus Cristo segundo a carne. Veneramos em primeiro lugar a
memória da Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, a
gloriosa sempre Virgem Maria, *
* Na Ascensão do Senhor
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santíssimo
em que nosso Senhor, vosso Filho unigênito, elevou à vossa
direita na glória a nossa frágil natureza humana. Veneramos em
primeiro lugar a memória da mesma Mãe de nosso Deus e
Senhor Jesus Cristo, a gloriosa sempre Virgem Maria, *
* Em Pentecostes
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santíssimo
de Pentecostes em que o Espírito Santo, em línguas de fogo, se
manifestou aos Apóstolos. Veneramos em primeiro lugar a
memória da mesma Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo,
a gloriosa sempre Virgem Maria, *
----------------------------------------------___________________
O sacerdote, com os braços abertos, continua:
CP Recebei, ó Pai, com bondade, a CP Aceitai, ó Pai, com bondade,
oferenda dos vossos servos e de toda a oblação dos vossos servos
a vossa família; dai-nos sempre a
e de toda a vossa família;
vossa paz,
dai-nos sempre a vossa paz,
livrai-nos da condenação livrai-nos da condenação eterna
e acolhei-nos entre os vossos eleitos. e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
Une as mãos. (Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
-------------------------------------___________
-----------------------------------
Da Vigília Pascal até o 2º Domingo da Páscoa
Texto presente nas Missas Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos
Rituais dos diversos e de toda a vossa família; nós a oferecemos também por
Sacramentos aqueles que vos dignastes regenerar pela água e pelo
Espírito Santo, concedendo-lhes a remissão de todos os
pecados. Daí aos nossos dias a vossa paz, livrai-nos da
condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
Une as mãos. (Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 24

* Na Missa com Batismo


Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos e de toda a
vossa família; nós a oferecemos também por aqueles que vos
dignastes regenerar pela água e pelo Espírito Santo, concedendo-lhes
a remissão de todos os pecados, para que vivam em nosso Senhor
Jesus Cristo e tenham seus nomes inscritos no livro da vida.
* Na Missa com Crisma
Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos e de toda a
vossa família; nós a oferecemos também por aqueles que,
regenerados pelo Batismo, confirmastes com o dom do Espírito
Santo. Nós vos pedimos, Senhor, acolhei benigno a nossa oferta e
dignai-vos guardar neles a vossa graça.
* Na Missa com Primeira Comunhão Eucarística
Destaque Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos e de toda a
vossa família; nós a oferecemos por vossos filhos e filhas que hoje
reunis pela primeira vez à vossa mesa, na participação do Pão da vida
e do Cálice da salvação; concedei-lhes crescer sempre em vossa
amizade e na comunhão com vossa Igreja.
* Na Missa com Unção dos Enfermos
Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos e de toda a
vossa família; nós a oferecemos também pelos nossos irmãos
enfermos que, mediante a santa unção, unem seus sofrimentos à
Páscoa de Cristo; dai-lhes consolação, saúde e paz.
* Na Missa com Matrimônio
Aceitai, ó Pai, com bondade, a oblação dos vossos servos, como
também dos novos esposos N. N., e de toda a vossa família que por
eles intercede. E como lhes destes chegar ao dia do casamento,
concedei-lhes também vida longa e feliz (e a alegria dos filhos que
desejam).
-------------------------------------_____
---------------------------------- Estendendo as mãos sobre as oferendas, diz:
CC Dignai-vos, ó Pai,
Dignai-vos, ó Pai,
aceitar, abençoar e santificar estas oferendas;
aceitar e santificar estas oferendas,
recebei-as como sacrifício espiritual perfeito,
a fim de que se tornem para nós
a fim de que se tornem para nós o
Corpo e o Sangue de Jesus Cristo,
o Corpo e o Sangue de vosso amado Filho,
vosso Filho e Senhor nosso. nosso Senhor Jesus Cristo.
Une as mãos.
A assembleia aclama:
Ass.: Santificai nossa oferenda, ó
Enviai o vosso Espírito Santo!
Senhor!
O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e
audível, como requer a sua natureza.
Na véspera de sua paixão,
Na noite em que ia ser entregue, toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar,
prossegue:
ele tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos,
ele tomou o pão em suas mãos, eleva os olhos,
elevou os olhos a vós, ó Pai, deu elevou os olhos ao céu, a vós, ó Pai todo-poderoso,
graças e o partiu e deu a seus pronunciou a bênção de ação de graças,
discípulos, dizendo: partiu o pão e o deu a seus discípulos, dizendo:
inclina-se levemente
TOMAI, TODOS, E COMEI: TOMAI, TODOS, E COMEI:
ISTO É O MEU CORPO, QUE ISTO É O MEU CORPO,
SERÁ ENTREGUE POR VÓS. QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete
em adoração.
Então prossegue:
Do mesmo modo, ao fim da ceia, Do mesmo modo, no fim da Ceia,
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 25

toma o cálice nas mãos


e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, ele tomou este precioso cálice em suas santas e veneráveis
deu graças novamente e o deu a mãos, pronunciou novamente a bênção de ação de graças
seus discípulos, dizendo: e o deu a seus discípulos,
dizendo:
inclina-se levemente
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É TOMAI, TODOS, E BEBEI:
O CÁLICE DO MEU SANGUE, O ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE,
SANGUE DA NOVA E ETERNA
O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA,
ALIANÇA, QUE SERÁ
DERRAMADO POR VÓS E POR QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS
TODOS PARA REMISSÃO DOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.
PECADOS. FAZEI ISTO EM FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
MEMÓRIA DE MIM.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em
adoração.
Em seguida, diz:
Conforme versão Latina Mistério da fé!
A assembleia aclama:
Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa
ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
Ou:
Aprovada para o Brasil Mistério da fé e do amor!
A assembleia aclama:
Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste
cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto
esperamos a vossa vinda!
Ou:
Mistério da fé para a salvação do mundo!
Aprovada para o Brasil A assembleia aclama:
Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes
pela cruz e ressurreição.
O sacerdote, de braços abertos, diz:
Celebrando, pois, a memória da
paixão do vosso Filho, da sua CC Celebrando, pois, a memória da bem-aventurada paixão
ressurreição dentre os mortos e do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos
gloriosa ascensão aos céus, nós, e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos,
vossos servos, e também vosso povo
e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai,
santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os
dentre os bens que nos destes, o sacrifício puro, santo e
bens que nos destes, o sacrifício
imaculado, Pão santo da vida eterna e Cálice da perpétua
perfeito e santo, pão da vida eterna
e cálice da salvação. salvação.
Ass.: Recebei, ó Senhor, a nossa (supressão da resposta da assembleia. A oração prossegue)
oferta!
Pres.: Recebei, ó Pai, esta Recebei, ó Pai, com olhar benigno, esta oferta,
oferenda, como recebestes a oferta como recebestes os dons do justo Abel, o sacrifício de nosso
de Abel, o sacrifício de Abraão e os patriarca Abraão e a oblação pura e santa
dons de Melquisedeque. do sumo sacerdote Melquisedeque.
A assembleia aclama:
Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!
Une as mãos e, inclinando-se, diz:
Suplicantes, vos pedimos, ó Deus onipotente,
Nós vos suplicamos que ela seja
levada à vossa presença, para que,
que esta nossa oferenda seja levada à vossa presença,
ao participarmos deste altar, no altar do céu, pelas mãos do vosso santo Anjo,
recebendo o Corpo e o Sangue de para que todos nós, participando deste altar
vosso Filho, pela comunhão do santíssimo Corpo e Sangue do vosso
Filho,
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 26

ergue-se e faz sobre si o sinal da cruz, dizendo:


sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.
sejamos repletos de todas as graças Une as mãos.
e bênçãos do céu. (Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
A assembleia aclama:
O Espírito nos una num só corpo!
Ass.: Recebei, ó Senhor, a nossa Memento dos mortos.
oferta! De braços abertos, diz:
3C Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N.
que nos precederam com o sinal da fé
Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos e dormem o sono da paz.
filhos e filhas N. N. que partiram Une as mãos e, em silêncio, reza brevemente pelos defuntos que deseja
desta vida, marcados com o sinal recordar. De braços abertos, prossegue:
da fé. (Silêncio) A eles, e a todos os que descansam no Cristo,
concedei o repouso, a luz e a paz.
A eles, e a todos os que Une as mãos.
adormeceram no Cristo, concedei (Por Cristo, nosso Senhor. Amém.)
a felicidade, a luz e a paz. A assembleia aclama:
Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!
Ass.: Lembrai-vos, ó Pai, dos Bate no peito, dizendo:
vossos filhos! 4C E a todos nós pecadores,
e, de braços abertos, prossegue:
E a todos nós, pecadores, que que esperamos na vossa infinita misericórdia,
confiamos na vossa imensa concedei, não por nossos méritos, mas por vossa bondade,
misericórdia, concedei, não por
nossos méritos, mas por vossa
o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão,
bondade, o convívio dos Apóstolos Matias e Barnabé,
e Mártires: João Batista e Estêvão, (Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro, Felicidade e Perpétua,
Matias e Barnabé, (Inácio, Águeda e Luzia, Inês, Cecília, Anastácia)
Alexandre, Marcelino e Pedro; e de todos os vossos Santos.
Felicidade e Perpétua, Águeda e Une as mãos:
Luzia, Inês, Cecília, Anastácia) e Por Cristo, nosso Senhor.
todos os vossos santos. Por Cristo,
Senhor nosso. (supressão da resposta da assembleia. A oração prossegue:)
Ass.: Concedei-nos o convívio E prossegue:
dos eleitos! CP Por ele
não cessais de criar, santificar, vivificar,
Por ele não cessais de criar e abençoar estes bens
santificar estes bens e distribuí- e distribuí-los entre nós.
los entre nós. Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
CP ou CC Por Cristo, com Cristo, e em Cristo,
a vós, Deus Pai todo-poderoso,
Por Cristo, com Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo,
a vós, Deus Pai todo-poderoso, na toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
unidade do Espírito Santo, toda a A assembleia aclama:
honra e toda a glória, agora e para Amém.
sempre.
Ass.: Amém.

b) ORAÇÃO EUCARÍSTICA II

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


Nota introdutória para Embora tenha prefácio próprio, esta Oração Eucarística pode ser usada
OE II também com outros prefácios, sobretudo aqueles que de maneira sucinta
apresentem o mistério da salvação, por exemplo, os prefácios comuns.
Além da mudança na tradução e nas aclamações do povo, recebeu
comunicantes próprios como a Oração Eucarística I
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 27

c) ORAÇÃO EUCARÍSTICA III

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


*Não tem prefácio próprio
Além da mudança na tradução e nas aclamações do povo, recebeu
comunicantes próprios como a Oração Eucarística I

d) ORAÇÃO EUCARÍSTICA IV

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


Nota introdutória para Este prefácio não pode ser substituído por outro porque introduz a Oração
OE IV Eucarística, cuja estrutura apresenta um resumo da História da Salvação.
Além da mudança na tradução e nas aclamações do povo, recebeu
comunicantes próprios como a Oração Eucarística I

e) ORAÇÃO EUCARÍSTICA V (DO CONGRESSO DE MANAUS)

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


O prefácio não pode ser substituído por outro.
Continua com uma aclamação memorial e uma resposta da assembleia

f) ORAÇÕES EUCARÍSTICAS SOBRE A RECONCILIAÇÃO I E II

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


As Orações Eucarísticas sobre a Reconciliação podem ser rezadas nas
Missas em que se evoca de modo especial a Reconciliação (Missas para
promover a concórdia, pela reconciliação, pela conservação da paz e
da justiça etc.), assim como nas Missas do tempo da Quaresma. Embora
tenham prefácio próprio, podem ser rezadas também com outros
prefácios que se referem à penitência e conversão, como por exemplo
os prefácios da Quaresma.

g) ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS I


A Igreja a caminho da unidade.
DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO
❖ Convém usar essa Oração Eucarística, com os formulários
de Missa, como por exemplo, pela Igreja, pelo Papa ou
Bispo, por um Concílio ou Sínodo, pelos sacerdotes, pelo
próprio sacerdote, pelos ministros da Igreja, para uma
reunião espiritual ou pastoral * e quando houver sintonia
com a liturgia da Palavra.

h) ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS II


Deus conduz sua Igreja pelo caminho da salvação

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


❖ Convém usar essa oração eucarística com os formulários
de missa, como por exemplo: pela Igreja, pelas vocações
às ordens sagradas, pelos leigos, pela família, pelos
religiosos, pelas vocações à vida religiosa, para pedir
caridade, pelos parentes e amigos, em ação de graças * e
quando houver sintonia com a liturgia da palavra.

i) ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS III


DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 28

Jesus, caminho para o Pai

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO


❖ Convém usar esta Oração Eucarística com os formulários
da Missa, como por exemplo: pela evangelização dos
povos, pelos cristãos perseguidos, pela pátria ou pela
cidade, pelos governantes, pelo encontro de chefes das
nações, no início do ano civil, pelo progresso dos povos *
e quando houver sintonia com a liturgia da palavra.

j) ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS IV


Jesus que passa fazendo o bem
DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO
❖ Convém usar esta Oração Eucarística com os formulários
de Missa, como por exemplo: pelo refugiados e exilados,
em tempo de fome ou pelos que passam fome, pelos que
nos afligem, pelos mantidos em cativeiro, pelos
prisioneiros, pelos enfermos, pelos agonizantes, para pedir
a graça de uma boa morte, em qualquer necessidade *e
quando houver sintonia com a liturgia da Palavra.

C) RITOS DE COMUNHÃO NA TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL

Apresentando a nova tradução dos Ritos de Comunhão, acenaremos algumas distinções em


relação a versão latina e a Segunda Edição Típica.

DESTAQUES TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos


Texto original da unidas:
versão Latina Obedientes à palavra do Salvador
e formados por seu divino ensinamento,
ousamos dizer:
----------------------------------------------------
_______________________________
Ou:
Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos
ensinou:
Ou:
Somos chamados filhos de Deus e realmente o somos, por isso, podemos
rezar confiantes:
Ou:
O Senhor nos comunicou o seu Espírito. Com a confiança e a liberdade
Formulários de filhos e filhas, digamos juntos:
alternativos Ou:
aprovados para O banquete da Eucaristia é sinal de reconciliação e vínculo de união
o Brasil fraterna. Unidos como irmãos e irmãs, rezemos, juntos, como o
Senhor nos ensinou:
Ou:
Guiados pelo Espírito de Jesus e iluminados pela sabedoria do
Evangelho, ousamos dizer:
Nova inserção Ou:
proveniente do rito Guiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por nós, elevemos as
ambrosiano mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos
ensinou:
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 29

________________________________
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a
nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no
céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis
cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados
pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos
Enquanto vivendo a
esperança
de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda
do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
O povo conclui a oração, aclamando:
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz,
eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que
anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
Amém.
O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
O amor de Cristo nos uniu.
Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote diz:
Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
__________________________________
Formulários Ou:
alternativos Como filhos e filhas do Deus da paz, saudai-vos com um gesto de
aprovados para comunhão fraterna.
Ou:
o Brasil
Em Jesus, que nos tornou todos irmãos e irmãs, saudai-vos com um sinal
de reconciliação e de paz.
Ou:
No Espírito de Cristo ressuscitado,
saudai-vos com um sinal de paz.
__________________________________
E, todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz,
a comunhão e a caridade; o sacerdote dá a paz ao diácono e a outros
ministros.
Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca
um pedaço no cálice, rezando em silêncio:
Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso,
Nos sirva para a vida
que vamos receber, nos faça participar da vida eterna.
eterna. Enquanto isso, canta-se ou recita-se:
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
dai-nos a paz.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 30

Essas palavras podem ser repetidas ainda mais vezes, se a fração do


Ver IGMR, n. 83 pão se prolongar.
Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.
Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que, cumprindo a vontade do
Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao
Livrai-me dos meus... mundo, livrai-me por este vosso santíssimo Corpo e Sangue dos meus
pecados e de todo mal; dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais
separar-me de vós.
Ou:
Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou receber,
não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade,
Sustento e remédio sejam proteção e remédio para minha vida.
O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a
patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.
___________________________
Ou:
Formulários *Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu
alternativos nele.
aprovados para Ou:
o Brasil Provai e vede como o Senhor é bom; feliz de quem nele encontra seu
refúgio.
Ou:
Eu sou o Pão vivo, que desceu do céu; se alguém come deste Pão, viverá
Suprimido:
Eu sou a luz do
eternamente.
Ou:
mundo....
Felizes os convidados para o banquete nupcial do Cordeiro.
_______________________________
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei
uma palavra e serei salvo(a).
O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio:
O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
E reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio:
O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.
E reverentemente comunga o Sangue de Cristo.
Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão
comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles,
dizendo:
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
Amém.
E comunga.
O diácono ou o ministro extraordinário da distribuição da sagrada
Comunhão, ao distribuir a sagrada Comunhão, procede do mesmo
modo.
Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto
Ver IGMR, n. 87
da Comunhão.
Terminada a Comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a
patena e o cálice.
Ver IGMR, n. 183 Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 31

Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca
recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em
remédio eterno.
Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum
tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de
louvor.
Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para
Ver IGMR, n. 89 o povo, diz de mãos unidas:
Oremos.
E todos, com o sacerdote, rezam algum tempo em silêncio, se ainda
não o fizeram.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Depois da
comunhão.
Ao terminar, o povo aclama:
Amém.
Ver IGMR, n. 90. RITOS FINAIS
Orações sobre o povo:
O mesmo se faz para ❖ As seguintes orações podem usar-se, segundo o critério do
as bênçãos solenes sacerdote, no fim ad Missa, da Celebração da Palavra, do Ofício
utilizadas nos ou dos Sacramentos. O diácono ou, na falta dele, o próprio
Domingos, sacerdote, faz o convite: Inclinai-vos para receber a bênção ou
Solenidades e Festas exprime com outras palavras. Em seguida, o sacerdote estende
Litúrgicas... as mãos sobre o povo, reza a oração à qual todos respondem:
Amém.
Exemplo:
*Nas festas dos Santos
Senhor, exulte o povo cristão, ao recordar os Santos, membros gloriosos
do Corpo de Cristo e, celebrando agora a sua vida em vosso louvor,
possam um dia, em comunhão com eles, alegrar-se para sempre. Por
Cristo, nosso Senhor.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 32

QUINTA PARTE
PONTOS PARA REVISITAR A PARTIR DA INSTRUÇÃO GERAL
Algumas coisas a serem destacadas a partir da Instrução Geral do Missal Romano sobre a
Celebração Eucarística:
❖ Sobre a “A distribuição das funções e a preparação da celebração”: a IGMR,
107-111.
❖ Sobre os “Concelebração”: IGRM, n. 199-251. Destaque: n. 206
❖ Sobre a “Missa com assistência de um só ministro”: IGMR, n. 252-272
❖ Genuflexão e inclinação: IGMR, n. 274-275. Destaque: n. 274 § 3
275. Pela inclinação se manifesta a reverência e a honra que se atribuem às próprias
pessoas ou aos seus símbolos. Há duas espécies de inclinação, ou seja, de cabeça e
de corpo:
a) faz-se inclinação de cabeça quando se nomeiam juntas as três Pessoas Divinas,
ao nome de Jesus, da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a
Missa;
b) inclinação de corpo ou inclinação profunda, se faz ao altar; às orações Ó Deus
todo-poderoso, purificai-me e De coração contrito; no Símbolo às palavras E se
encarnou; no Cânon Romano, às palavras Suplicantes, vos pedimos. O diácono faz a
mesma inclinação quando pede a bênção antes de proclamar o Evangelho. Além
disso, o sacerdote inclina-se um pouco quando, na consagração, profere as palavras
do Senhor.
❖ Sobre a “Incensação”: IGMR, n 276-277.
277. Ao colocar o incenso no turíbulo, o sacerdote o abençoa com o sinal da cruz,
sem nada dizer.
§1 Antes e depois da turificação, faz-se inclinação profunda à pessoa ou à
coisa que é incensada, com exceção do altar e das oferendas para o sacrifício da
Missa.
§2 São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento,
as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor, expostas para veneração pública,
as oferendas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal,
o sacerdote e o povo.
§3 Com dois ductos são incensadas as relíquias e as imagens dos Santos
expostas à veneração pública, mas somente uma vez, no início da celebração, após a
incensação do altar
§4 O altar é incensado com ictos sucessivos, da seguinte maneira:
a) se o altar estiver separado da parede, o sacerdote o incensa, andando ao
seu redor
b) se, contudo, o altar não estiver separado da parede, o sacerdote,
caminhando, incensa primeiro a parte direita do altar, depois a parte esquerda.
§5 Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é turificada antes da
incensação do altar; caso contrário, quando o sacerdote passa diante dela.
§6 As oferendas são incensadas pelo sacerdote com três ductos do
turíbulo, antes da incensação da cruz e do altar, ou traçando com o
turíbulo o sinal da cruz sobre as oferendas.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 33

SEXTA PARTE
NORMAS PARA O ANO LITÚRGICO E CALENDÁRIO ROMANO

A) O ANO LITÚRGICO: solenidades, festas e memórias


❖ "As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cujas
celebrações começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas
solenidades são também enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília,
que deve ser usada na véspera quando houver Missa vespertina" (NALC 11).
Nota: Estas Celebrações têm orações, leituras e cantos próprios. A base das
solenidades é o próprio Domingo. Por isso, alguns elementos são encontrados
nelas: uma liturgia da Palavra mais extensa, ou seja, além do Evangelho e do
Salmo, encontramos, ao menos, duas leituras (que estão no Lecionário
Dominical ou no Lecionário Santoral); a profissão de fé; o hino de louvor,
com exceção dos domingos do advento e quaresma; e, como dito antes, as
primeiras vésperas, ou seja, a liturgia da solenidade que já é celebrada no
entardecer/noite do dia anterior.
❖ "As festas celebram-se nos limites do dia natural; por isso, não têm Primeiras
Vésperas, a não ser que se trate de festas do Senhor que ocorrem nos
domingos do Tempo Comum e do Tempo do Natal, cujo Oficio substituem".
(NALC 13).
Nota: Na Missa, as orações, leituras e cantos são próprios. As leituras,
encontramos no Lecionário Santoral; além delas, as celebrações festivas
também contam com o Hino de Louvor, não, porém, a Profissão de Fé.
❖ A memória é uma recordação de um ou vários Santos ou Santas em dias de
semana. Sua celebração se harmoniza com a celebração do dia de semana
ocorrente, segundo as normas respostas na Instrução Geral sobre o Missal
Romano e a Liturgia das Horas (cf. NALC 14).
"Se, no mesmo dia, ocorrem no calendário várias memórias facultativas,
celebra-se apenas uma, omitindo-se as outras" (NALC 14).
Nota: Como percebemos claramente, as memórias contêm em sua liturgia
leituras da semana corrente. Caso sejam transformadas em festas, utilizam-se
as leituras próprias do Lecionário Santoral. Não tem hino de louvor e nem
profissão de fé.

B) O CALENDÁRIO
❖ Sobre o “Calendário particular”: IGMR, n. 52, letra a; n. 53
❖ IGMR n. 59: A precedência de celebração entre os dias litúrgicos será regida
unicamente pela seguinte tabela...

TABELA DOS DIAS LITÚRGICOS SEGUNDO SUA ORDEM DE


PRECEDÊNCIA
I
1. Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor
2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa.
Quarta-feira de Cinzas
Dias de semana da Semana Santa, de segunda a quinta inclusive.
Dias dentro da Oitava da Páscoa.
3. Solenidades do Senhor, da Bem-Aventurada Virgem Maria e dos
Santos inscritos no Calendário Geral.11

11
Como exemplo, lembramos as Solenidades da Anunciação do Senhor e de São José que, caindo em algum domingo
quaresmal ou Semana Santa são transferidas para alguma data mais próxima e conveniente.
DIOCESE DA CAMPANHA: FORMAÇÕES PAROQUIAIS – ANO 2023 34

Comemoração dos fiéis defuntos


4. Solenidades próprias, a saber:
a) Solenidade do Padroeiro principal do lugar ou da cidade.12
b) Solenidade da Dedicação e do aniversário de dedicação da igreja
própria.13
c) Solenidade do Titular da igreja própria
d) Solenidade do Titular, do Fundador, ou do Padroeiro principal da
ordem ou congregação.

NOTA: quando os sacramentos e sacramentais são celebrados dentro da


Celebração Eucarística, eles se situam neste lugar; sendo, portanto, superiores as
festas inscritas no calendário geral a partir do tópico II da tabela.
Deste modo, a Missa Ritual dos sacramentos e sacramentais dentro da
Celebração Eucarística goza de precedência. Exemplo:
❖ Batismo de Crianças: “Se a celebração do batismo for durante a
missa dominical, dir-se-á a missa do dia ou, no Tempo do Natal e no
Tempo Comum, a missa própria para o Batismo de Crianças. (...)
Quando não for permitida a missa ritual, uma das leituras são tomadas
entre as propostas para o batismo de crianças” (RB, n. 29);
❖ Confirmação: “Celebra-se esta missa, com paramentos vermelhos ou
brancos, quando a Confirmação é dada na própria missa, ou
imediatamente antes ou depois. É permitida todos os dias, exceto nos
Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nas solenidades, na
Quarta-feira de Cinzas e nos dias da Semana Santa”. (Rito da
Confirmação, n. 57. In: PONTIFICAL ROMANO, P. 43).

II
5. Festas do Senhor inscritas no calendário geral.
6. Domingos do Tempo do Natal e domingos do Tempo Comum14
(Seguem, aqui, outros itens da tabela que devem ser conferidos nas Normas para
o Ano Litúrgico e Calendário Romano – NALC)

Papa Francisco: Educação Litúrgica.


"Não é suficiente reformar os livros litúrgicos para renovar a mentalidade. Os
livros reformados nos termos dos decretos do Vaticano II desencadearam um
processo que requer tempo, recepção fiel, obediência prática, atuação celebrativa
sábia por parte, primeiro, dos ministros ordenados, mas também dos outros
ministros, dos cantores e de todos os que participam na liturgia".
(Discursos, 24 de agosto de 2017)

Pe. Me. Guilherme da Costa Vilela Gouvêa


Equipe Diocesana de Animação Litúrgica (Pilar do Pão)
12
Os padroeiros das paróquias são solenidade e tem primeiras vésperas. Porém, caso uma solenidade de padroeiro
coincida com alguma das celebrações inscritas nos números 1, 2 e 3 desta primeira parte, tem, necessariamente, que ser
transferidas para outra data, não podendo ser celebrado junto com as solenidades mais importantes já inscritas.
13
A dedicação da Catedral de Santo Antônio em Campanha é dia 28 de Janeiro, sendo solenidade na catedral (contendo
primeiras vésperas). É festa para todas as paróquias da diocese, a menos que não caia em domingo. Em cada paróquia,
porém, se há uma igreja dedicada, nela celebra-se a cada ano, na igreja própria, a solenidade da dedicação da igreja.
14
Alguma solenidade que caia numa segunda feira destes tempos, tem suas primeiras vésperas no domingo. Ex.:
Solenidade da Natividade de São João Batista a 24 de junho, em uma segunda-feira, tem suas primeiras vésperas no
entardecer do domingo, 23 de junho.

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