Curso SAP2000

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CURSO BÁSICO

DE SAP2000
Exemplo de importação, modelagem, análise e dimensionamento de
pórtico 3D

PEDRO S. H. ZATERKA - OUTUBRO/2016


ENGENHARIA DE ESTRUTURAS É

A ARTE DE USAR MATERIAIS

Que Tem Propriedades Que Só Podem Ser Estimadas

PARA CONSTRUIR ESTRUTURAS REAIS

Que Só Podem Ser Analisadas Aproximadamente

PARA RESISTIR À FORÇAS

Que Não São Conhecidas Com Precisão

PARA QUE NOSSA RESPONSABILIDADE COM A


SEGURANÇA PÚBLICA SEJA SATISFEITA.

Adaptado de um autor desconhecido


Sumário
Introdução............................................................................................................................................... 2
Criação do Modelo .................................................................................................................................. 3
1. Criação no AutoCAD .................................................................................................................... 3
2. Importando o pórtico .................................................................................................................. 5
3. Desenhando a estrutura 3D no SAP2000 .................................................................................... 7
4. Propriedades do Material e da Seção ....................................................................................... 10
4.1. Definindo o Material ............................................................................................................. 10
4.2. Definindo a Seção .................................................................................................................. 12
5. Condições de contorno ............................................................................................................. 16
5.1. Apoios .................................................................................................................................... 16
5.2. Constraints ............................................................................................................................. 17
6. Definição dos Carregamentos e Combinações ......................................................................... 19
6.1. Carregamentos ....................................................................................................................... 19
6.2. “Analysis Case” ....................................................................................................................... 19
6.3. Combinações .......................................................................................................................... 20
7. Aplicando as cargas na estrutura .............................................................................................. 22
8. Análise ....................................................................................................................................... 25
9. Análise de Resultados ............................................................................................................... 26
10. Dimensionamento................................................................................................................. 31
11. Informações Adicionais ......................................................................................................... 35

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Introdução
Com o avanço do poder computacional e métodos numéricos, o conhecimento de softwares
de análise estrutural se tornou imprescindível ao engenheiro de estruturas. Permitindo projetar
estruturas com equipes cada vez menores e em menor tempo, os programas computacionais estão
presentes em praticamente todos os escritórios de cálculo.

Para estruturas metálicas um dos softwares mais utilizados é o SAP2000, software


desenvolvido por um professor da Universidade de Berkeley na California, este apresenta um meio
termo entre softwares mais simples para projetos (Como o Metalicas 3D) e softwares mais robustos
para análises em elementos finitos (Como ANSYS e Abaqus). Por apresentar uma interface mais
amigável e ter o dimensionamento embutido no programa, ao mesmo tempo em que permite a
modelagem de estruturas mais complexas e elementos finitos de casca e sólidos.

Além disso há a possibilidade de realizar análises dinâmicas, não lineares e outros métodos
mais avançados. É importante ressaltar que nenhuma análise deve ser feita sem que o engenheiro
tenha plena noção do que o software está calculando, pois assim pode ter julgamento crítico do
resultado e também encontrar fontes de erros.

Nessa apostila será realizado um exemplo uma laje simples apoiada em 4 vigas e colunas
metálicas, o dimensionamento será feito apenas para a estrutura metálica.

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Criação do Modelo

1. Criação no AutoCAD

Primeiramente cria-se o pórtico 2D no AutoCAD, com altura de 3 metros e vão de 5 metros. Nota-
se que para o SAP reconhecer os elementos é necessario criar outra layer além da “0”, assim criou-se
a layer “FRAMES”.

Ao importar, o SAP2000 utilizará as mesma coordenadas do AutoCAD, assim é necessário que


um ponto do pórtico coincida com a origem das coordenadas. Assim com o comando Move e
apertando “*” escolhem-se as coordenadas 0,0 para o pilar esquerdo.

Após mover deve-se rotacionar o pórtico para que este esteja no eixo XZ (Z será o eixo vertical
no SAP2000). O comando ROTATE3D é utilizado, ao redor do plano descrito selecionando os dois
pontos da base, com 90º de rotação.

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Após o desenho o arquivo deve ser salvo no formato .dxf e a parte do AutoCAD está concluída.

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2. Importando o pórtico

Primeiramente deve-se atentar às unidades do modelo, pois estas foram desenhadas em metros
no AutoCAD, então devem estar em metros no SAP2000.

Para se importar a arquitetura pré-estabelecida no AutoCAD deve-se ir em “File – Import –


AutoCAD .dxf File”.

O SAP da a opção de utilizar qualquer eixo como sendo a direção global para cima, no desenho
do CAD após rotacionar o eixo escolhido deve ser o eixo Z.

Novamente deve-se atentar às unidades.

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Na tela seguinte deve-se selecionar o layer FRAMES como Frames e o pórtico ira aparecer na
tela do SAP.

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3. Desenhando a estrutura 3D no SAP2000

O pórtico acima é resultado da importação do CAD, um grid foi criado automaticamente no


plano Z=0, mas este nao será utilizado nessa modelagem. Para a criação da estrutura 3D é necessário
continuar o desenho no SAP. Para isso deve-se selecionar os 3 elementos do pórtico e utilizar o
comando “Replicate” na aba “Edit”. O vão em Y também será de 5 metros.

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Deve-se replicar no eixo Y, à uma distância de 5 metros.

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Após esse passo é necessário desenhar as vigas que ligarão os dois pórticos, para isso SAP2000
conta com o comando “Draw” o qual permite criar um elemento para unir dois pontos existentes.

Assim se unem os pórticos através de duas vigas.

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4. Propriedades do Material e da Seção
4.1. Definindo o Material

O SAP2000 apresenta dois materiais padrão na versão 11, um de concreto e um de aço. As


versões mais recentes já vem com outros tipos de material. Mas mesmo assim é possivel materiais
diferentes no programa. A estrutura em questão será feito com aço A36.

A definição de materiais encontra-se na aba “Define”:

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Em seguida “Add New Material”:

E preencher com as especificações abaixo (Atenção nas unidades):

O peso utilizado foi o mesmo do aço Grau 50, pois este é próximo ao peso próprio do A36.

Após apertar OK o novo material aparece na lista:

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4.2. Definindo a Seção
Com o material definido resta definir a seção utilizada. Para as seções utilizou-se um pré-
dimensionamento em que a altura delas deve corresponder à 1/15 do vão.

As seções escolhidas foram W360x39 para as vigas e W200x59 para as colunas. Estas seções
estão presentes no catálogo da AISC e serão importadas deste.

Primeiramente deve-se ter o arquivo “AISC14M.pro” salvo no computador (É também possivel


definir manualmente as seções a partir das dimensões em catálogos, mas utilizando este recurso do
SAP2000 é possivel economizar tempo quando se tem uma estrutura com muitas seções ou o objetivo
é otimizar o peso).

Em seguida, na mesma aba Define – Section Properties, nota-se que há uma seção padrão do
SAP2000. Deve clicar em “Import Section Property”

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Em seguida “I/Wide Flande”:

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Deve-se atentar ao material selecionado, pois este estará associado à seção. Cabe lembrar
que o primeiro número diz respeito à altura da seção e o segundo ao peso linear.

Após selecionar as duas seções, ambas aparecerão na janela de “Frame Properties”:

A seguir clicar em OK e as seções estarão definidas.

Agora resta assinalar as seções aos respectivos elementos, para isso seleciona-se os
elementos horizontais clicando em cima deles e na aba “Assign – Frame – Frame Section”, seleciona-
se o W360x39 e OK. O processo para as colunas é o mesmo porém selecionando o W200x59.

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Assim o programa indicará quais seções estão assinaladas aos elementos:

Com as seções atribuidas aos respectivos elementos, resta definir as condições de contorno
da estrutura.

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5. Condições de contorno
5.1. Apoios

Para a estrutura analisada, as colunas estarão simplesmente apoiadas (A translação é


restringida, mas o giro não). Para se definir o apoio fixo em todos os nós deve-se selecioná-los com o
mouse (No canto inferior esquerdo devem constar “4 points selected”), em seguida na aba “Assign –
Joint – Restraints”

Seleciona-se as restrições de deslocamento nas 3 direções e libera-se os giros (Ou apenas a


imagem do apoio fixo):

Após clicar em OK eles devem aparecer na estrutura:

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5.2. Constraints

Em uma estrutura real imagina-se que haverá uma laje apoiada nas vigas, esta laje é um corpo
que age como diafragma rígido, ou seja, o deslocamentos horizontais dos pontos onde está apoiada
são iguais. Para evitar o uso de elementos mais complexos é possível aplicar uma restrição de
deslocamento, ou “Constraint”. No caso a desejada é a constraint de “Diaphragm”.

Para isso, deve-se selecionar o 4 pontos de encontro das vigas com as colunas e ir à aba
“Assign – Joint – Constraint”.

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Clicar em “Add New Constraint” com “Diaphragm” selecionado. A constraint deve ser em
relação ao eixo Z, indicando que este é o vertical e portanto o deslocamento nos outros eixos deve ser
igual.

Com isso a estrutura está pronta, resta definir os carregamentos e combinações.

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6. Definição dos Carregamentos e Combinações
6.1. Carregamentos

A definição dos carregamentos é feita na aba “Define – Load Cases”, nela se define o nome do
carregamento, o tipo, o fator do peso próprio da estrutura nele (1 significa que naquele caso leva-se
em conta uma vez o peso da estrutura, 0 significa que o peso próprio da estrutura não é levado em
consideração), e em seguida clica-se em “Add New Load” com os dados já preenchidos para adicionar
o novo caso de carregamento.

Para o exemplo utilizou-se DEAD (Peso próprio), SOBRECARGA e um carregamento de VENTO:

É importante notar que o “Self Wight Multiplier” deve ser zero em todos os casos além do
“DEAD”, pois caso o contrário nas combinações que serão feitas futuramente o peso será levado em
consideração mais de uma vez, afetando os resultados obtidos.

6.2. “Analysis Case”

Ao criar um caso de carregamento, o SAP ira criar um caso de análise, onde será possivel
determinar o tipo de carregamento, de análise e as condições do carregamento. Também é possivel
criar combinações de carregamento por essa aba, porém no exemplo estar serão criadas na aba
“Combinations”.

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6.3. Combinações

Para definir as combinações deve-se ir na aba “Define – Combinations”:

Para o exemplo vamos criar duas combinações, uma com a Sobrecarga sendo predominante,
outra com o Vento sendo predominante:

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Com os casos de carregamento definidos resta aplicar as cargas na estrutura.

OBS: Para versões mais recentes do SAP2000 o nome das abas muda, mas sua função é a mesma,
são elas:

 Load Cases -> Load Patterns


 Analysis Cases -> Load Cases
 Combinations -> Load Combinations

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7. Aplicando as cargas na estrutura

Para aplicar as cargas deve-se primeiro determinar como estas serão aplicadas. A fim de
simplificar o exemplo não será aplicada a carga de peso próprio equivalente à presença da laje. A
aplicação da sobrecarga se dará nas vigas que apoiam a laje fictícia e o vento será aplicado apenas nas
colunas do plano X=0.

Ambos serão aplicados como carregamento distribuido, para tal deve-se ir na aba “Assign –
Frame Loads – Distributed”

Para a sobrecarga utilizou-se o valor de 15,625 kN/m, e para o vento assumiu-se o valor linear
de 5 kN/m em cada coluna (Valores apenas para exemplo).

Primeiro seleciona-se apenas as vigas da estrutura (No canto inferior esquerdo deve constar
“4 Frames Selected”).

O carregamento deverá ser preenchido como:

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Nota-se que a direção do carregamento de sobrecarga é o emsmo da gravidade, assim o valor
tem sinal positivo.

O vento será aplicado horizontalmente nas colunas, assim mantem-se as coordenadas globais,
porém a direção é em relação ao eixo X:

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Assim como a sobrecarga, o carregamento irá ser representado graficamente:

Para ver outros casos de carregamento anteriormente assinalados basta ir em “Displays –


Show Load Assigns – Frame/Cable/Tendon...”.

Com os carregamentos assinalados deve-se salvar o projeto (Recomenda-se salvar em uma


pasta nova, uma vez que o programa criará durante a análise diversos arquivos).

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8. Análise

Para se iniciar a análise deve-se ir na aba “Analyze – Set Analysis Cases to Run”

No caso se quer rodar todas as análises (Inclusive a modal, automaticamente criada pelo
software).

Em seguida deve-se clicar em “Run Now”

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9. Análise de Resultados

Após a análise geralmente o programa mostra a configuração deformada no caso de


carregamento de peso próprio. Porém além disso é possivel visualizar os diagramas de momento,
força normal, reações no apoio e configurações deformadas para os casos de carregamento separados
e as combinações.

Ao passar o mouse nos pontos acima das colunas persebe-se a influência do diafragma rígido:
Os deslocamentos horizontais são iguais nos pontos.

Para observar os diferentes resultados basta clica no ícone abaixo (Mostrará os diagramas
para a estrutura (Frames/Cables) ou as reações nos apoios para o caso de carregamento desejado
(Joints)).

O ícone à esquerda deste mostrará as configurações deformadas da estrutura para o


carregamento ou combinação escolhido.

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Para observar os esforços na combinação 1 pede-se o momento em torno do eixo 3 (Eixo local)
dos elementos:

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Com isso obtemos:

Para a configuração deformada na combinação 1 deve-se clicar no ícone à esquerdo do


anterior usado para o diagrama.

Em seguida escolhe-se o caso que se deseja observar:

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O resultado em seguida é mostrado pelo programa:

A configuração deformada também permite obter a frequência da estrutura através da análise


modal. Ao selecionar o caso Modal na configuração deformada obtem-se os períodos e diferentes
modos da estrutura. O primeiro modo geralmente é o mais crítico (Na maioria dos casos, porém deve-
se observar o comportamento da estrutura em questão).

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Ao clicar em “Start Animation” no canto inferior direito é possivel ver o comportamento da
estrutura.

No canto superior esquerdo é mostrada o período da estrutura e o respectivo modo.

Todos os resultados e propriedades podem ser exportados para o Excel através da aba
“Display – Show Tables”.

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10.Dimensionamento

Um grande diferencial do SAP2000 é a possibilidade de realizar o dimensionamento da


estrutura, principalmente de estruturas metálicas. Apesar deste realizar um dismensionamento
baseado nas normas americanas, as normas brasileiras são inspiradas nelas, então uma estrutura que
satisfaz as equações das normas americanas também satisfaz as equações da norma brasileira.

Primeiramente deve-se escolher quais combinações serão utilizadas no dimensionamento, é


importante ressaltar que o SAP2000 cria suas próprias combinações, e estas não nos interessam pois
não estão de acordo com as combinações utilizadas no Brasil. Para isso deve-se ir em “Design – Steel
Frame Design – Select Design Combos” ou pela barra de atalhos:

Ao clicar em Select Design Combos deve-se manter apenas as combinações definidas


anteriormente, e desmarcar quaisquer opções de criação automática de combinações pelo SAP:

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Em seguida clica-se em “Start Design/Check of Structure”.

Para se obter os coeficientes de aproveitamento mostrados deve-se ir novamente na aba de


dimensionamento e selecionar “Display Design Info”, pedindo apenas as cores e valores de
aproveitamento:

Assim obtem-se:

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Valores maiores que 1 indicam que a seção não suporta a carga aplicada, assim deve ser
substituida ou o arranjo estrutural deve mudar. No caso todas as seções estão OK, sendo a mais
solicitada com 71%.

Além disso é possivel saber a combinação crítica, bem como a posição da carga crítica no
elemento e o equacionamento utilizado pelo SAP. Para isso clica-se com o botão direito do mouse na
viga, no caso a mais solicitada no plano X=0.

A figura acima indica na parte superior o número do frame, a norma utilizada (LRFD93) a seção
em que foi realizada a análise e seção para qual foi realizado o dimensionamento.

Abaixo, a combinação crítica, a localização da carga (2,5 metros, o meio do vão), o


aproveitamento (E se este é tração (T) ou compressão (C)) bem como as parcelas de cada
carregamento (Axial, momento na maior inércia e momento na menor inércia). Os dois ultimos valores
são referentes à cortante na maior e menor inércia.

A opção “Overwrites” permite sobrepor as configurações originais do programa com


parâmetros próprios (Útil para corrigir valores de L ou K, ou para simular contraventamentos). Todos
os valores e equações utililizadas são mostradas em “Details”, que proverá a folha de
dimensionamento para a posição e combinação selecionadas:

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A folha mostra os momentos de inercia, K de flambagem, L (Comprimento da peça) e demais
valores, bem como os esforços e a capacidade da viga. Além de mostrar os eixos locais utilizados na
seção.

Nota-se que a “DEMAND/CAPACITY RATIO” apresenta uma forma similar às equações do item
5.5.1.2 da NBR8800/2008.

A folha é importante para se checar se as considerações feitas pelo SAP estão corretas, por
isso deve-se sempre analisá-las com um caráter crítico.

OBS: A escolha da norma utilizada não é possível na versão 11 do SAP2000, porém em versões mais
recentes é recomendado o uso da AISC-LFRD99 para análises lineares e AICS 360-10 para análises de
segunda ordem (Acrescidas as forças nocionais).

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11.Informações Adicionais

Seguem algumas informações extras que podem ser úteis na utilização do programa:

 Um período muito grande pode indicar uma barra solta ou uma estrutura hipostática;
 Todas as conexões devem apresentar um nó;
 Sempre checar as “Base Reactions” no “Structure Output” para se certificar que as cargas
foram aplicadas corretamente;
 Muito cuidado ao escolher e aplicar constraints, pois estes mudam consideralvelmente o
comportamento da estrutura e os resultados obtidos;
 O dimensionamento é sempre feito no espaço (nos 3 eixos), portanto para um
dimensionamento;
 As reações nos apoios e esforços na barra são dados nos eixos locais;
 A empresa desenvolvedora do SAP2000 possui wiki própria onde boa parte das dúvidas
durante a modelagem podem ser sanadas:
https://wiki.csiamerica.com/display/sap2000/Home
 Além disso a empresa conta com um canal de tutoriais no YouTube:
https://www.youtube.com/user/computersNstructures

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