PPP Cao 2024 - Anexo - I - BCG016 - 18.04.2024

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO


DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E
SEGURANÇA PÚBLICA

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE
OFICIAIS - CAO

VITÓRIA
2024
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APM/ES - Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de


Ciências Policiais e Segurança Pública da PMES

BCG - Boletim do Comando Geral

CAO - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais

CFA - Centro de Formação e Aperfeiçoamento

CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

CEE-ES - Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior

CFO - Curso de Formação de Oficiais

CSP - Curso Superior de Polícia

ISP - Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública

DE - Diretoria de Educação

IES - Instituições de Ensino Superior

MCN - Matriz Curricular Nacional

NPCE - Normas de Planejamento e Conduta do Ensino

OME - Organização Militar Estadual

PCES - Polícia Civil do Espírito Santo

PMES - Polícia Militar do Espírito Santo

PEAC - Programas de Ensino e Aprendizagem por Competências

PPC - Projeto Pedagógico de Curso

QOC - Quadro de Oficiais Combatentes

SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

VI - Verificação Imediata
VC - Verificação Corrente

VF - Verificação Final
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Nível de Gerência – Oficial Superior: alta direção x gerência estratégica. 23


Figura 2 - Articulação entre o CHA e os saberes Fonte: ALVES (2011, p. 35) ......... 26
Figura 3 - Outras capacidades necessárias aos Oficiais Superiores ........................ 30
Figura 4 - Eixos Articuladores ................................................................................... 33
Figura 5 - Áreas Temáticas ....................................................................................... 34
Figura 6 - Desenho do Currículo do CAO ................................................................. 35
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais ministrados no Espírito Santo... 13


Quadro 2 - Cargos e Encargos dos Oficiais Superiores da PMES ............................ 21
Quadro 3 - Atribuições e Competências do Egresso do CAO ................................... 28
Quadro 4 - Alterações da Malha Curricular do CAO 2024 ........................................ 40
Quadro 5 - Malha Curricular do CAO ........................................................................ 42
Quadro 6 - Sistemática de Avaliação do CAO........................................................... 43
Quadro 7 - Sistema de Avaliação do CAO ................................................................ 44
Quadro 8 - Tipos de Produção Técnica Indicados para o CAO................................. 49
Quadro 9 - Quadro Docente do CAO ........................................................................ 63
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ....................................................................... 7


2. APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 8
3. ASPECTOS GERAIS DO CURSO ................................................................. 9
3.1. JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 9
3.2. OBJETIVOS DO CURSO ............................................................................. 10
3.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................. 10
3.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................ 10
4. HISTÓRICO DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS ............ 12
5. REQUISITOS PARA INGRESSO................................................................. 16
5.1. PROCESSO DE SELEÇÃO ......................................................................... 16
5.2. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS ......................................................................... 17
5.3. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL SUPERIOR ...................... 19
6. DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE
OFICIAL .................................................................................................................... 23
6.1. AS DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA: CONHECIMENTOS, HABILIDADES
E ATITUDES (CHA) .................................................................................................. 24
6.2. PERFIL DO EGRESSO DO CAO ................................................................. 27
6.3. MALHA CURRICULAR DO CURSO............................................................. 31
6.3.1. Dimensões do currículo: o mapa curricular do CAO .............................. 32
7. ESTRUTURA CURRICULAR E ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ....... 38
7.1. MALHA CURRICULAR DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
41
7.2. EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO ................................................ 42
7.3. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ....................................... 42
7.4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................... 44
7.4.1. Especificidades da Disciplina Metodologia Científica ............................ 45
7.5. NORMAS PARA DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE CURSO ............................................................................................................... 45
7.5.1. O Artigo Científico ...................................................................................... 46
7.5.2. O Produto Técnico...................................................................................... 48
7.5.3. Orientação de Artigo Científico ................................................................. 50
7.5.4. Depósito ...................................................................................................... 52
7.5.5. Banca Examinadora ................................................................................... 54
7.5.6. Avaliação Técnica....................................................................................... 55
7.5.7. Reprovação no TCC ................................................................................... 56
7.5.8. Aprovação no TCC ..................................................................................... 57
7.6. VIAGEM DE ESTUDOS ............................................................................... 57
8. ORGANIZAÇÃO DO CURSO ...................................................................... 59
8.1. CALENDÁRIO LETIVO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ...................... 59
8.2. COORDENAÇÃO DO CURSO ..................................................................... 59
8.2.1. Atribuições da Coordenação do Curso .................................................... 59
8.3. DIVISÃO PEDAGÓGICA DA APM/ES.......................................................... 61
8.4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO, FREQUÊNCIA, APROVAÇÃO,
REPROVAÇÃO E DESLIGAMENTO DOS ALUNOS ................................................ 63
8.5. CORPO DOCENTE ...................................................................................... 63
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 65
APÊNDICE ................................................................................................................ 67
7

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

TÍTULO
Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança Pública
– Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais.

ÁREA DE CONHECIMENTO
Segurança Pública.

INSTITUIÇÕES PROMOTORAS
Governo do Estado do Espírito Santo e Polícia Militar do Espírito Santo PMES.

TIPO / MODALIDADE
Educação Técnico-Profissional - Formação Continuada / Semipresencial

COORDENAÇÃO GERAL e Coordenação Acadêmica


Diretoria de Educação (DE) e Academia de Polícia Militar do Espírito Santo –
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública (APM/ES). A
coordenação acadêmica é da Escola de Pós-Graduação.

DURAÇÃO
Conforme calendário letivo a ser publicado pela Diretoria de Educação.

CARGA HORÁRIA e PÚBLICO-ALVO


Curso com 368 h/a. O público-alvo é composto por Oficiais do Quadro de Oficiais
Combatentes da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).

VAGAS AUTORIZADAS
40 vagas, conforme deliberação do Comando Geral da PMES
8

2. APRESENTAÇÃO

O presente projeto trata da organização do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em


Gestão Policial Militar e Segurança Pública – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
(CAO) destinado a Oficiais do Quadro de Oficiais Combatentes (QOC), cujo objetivo
é a ênfase em gestão de Segurança Pública, sendo pré-requisito obrigatório para o
acesso ao posto de Major.

A proposta para o presente Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em nível de Pós-


Graduação Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança Pública, prevê o
embasamento teórico e curricular imprimido às experiências anteriores, inovações
vinculadas à apresentação de um perfil do egresso, ao planejamento do curso, ao
compartilhamento de saberes e ao uso de metodologias pedagógicas diversificadas
para atingir os objetivos propostos.

Desta maneira, desde 1998, a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) propõe tal
formação continuada na perspectiva de avançar, enriquecer e finalmente sedimentar
o debate, a pesquisa, a produção teórica e sua aplicação no campo da Segurança
Pública.

Com a propositura do curso por ora referenciado, a PMES ampliará a sua


capacidade de elaborar e implementar alternativas e propostas de políticas públicas
na área de Segurança Pública, com vistas à eficiência dos serviços prestados por
seus operadores, de maneira a melhorar a qualificação de seus Oficiais, e
consequentemente, garantir um serviço policial militar de excelência aos cidadãos
espírito-santenses.
9

3. ASPECTOS GERAIS DO CURSO

3.1. JUSTIFICATIVA

A justificativa em favor da realização do Curso Pós-Graduação Lato Sensu em


Gestão Policial Militar e Segurança Pública – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
está respaldada tanto na exigência legal, para garantir a ascensão funcional da
carreira dos Oficiais ao círculo superior do oficialato, quanto na necessidade de
aprimoramento profissional do Oficial Combatente, propiciando o desenvolvimento
das competências inerentes aos cargos, encargos e funções que lhe são afetas.

Neste curso, a Polícia Militar, por meio de sua Diretoria de Educação, fomenta o
retorno qualificado de seus Oficiais Combatentes aos bancos acadêmicos, no intuito
de sedimentar e produzir conhecimentos e diagnósticos por meio da atividade
científico-acadêmica.

O curso, além de permitir aos Oficiais Alunos a produção de conhecimentos


relacionados à gestão de segurança pública, favorece o processo de pesquisa,
mediante a elaboração de trabalhos acadêmicos de interesse da Polícia Militar, o
que contribui para a construção de novas práticas e políticas institucionais.

Insta salientar que na PMES, em grande parte devido aos CAO’s já concluídos,
existe uma significante produção acadêmica sobre temas relacionados ao campo da
Segurança Pública, ao Sistema Policial e de Justiça, à avaliação sistêmica do
policiamento ostensivo e, ainda, a fatores que intervêm no exercício profissional e
que condicionam a atividade policial, e que todas essas obras estão disponíveis à
consulta pública.

Além do exposto, outro fator crescente e significativo é a preocupação com a


formação do policial que tende, cada vez mais, a ganhar centralidade na agenda
política do debate nacional, com a vinculação da formação profissional ao perfil
10

desejável ao operador de Segurança Pública, no que se refere a promoção dos


valores e princípios da democracia, dos direitos humanos e de sua relação com o
estatuto legal da cidadania.

A partir destas considerações, este Projeto Pedagógico de Curso (PPC) tem como
desafio planejar uma formação que desenvolva competências necessárias para o
futuro egresso do CAO, que oportunize aos discentes do CAO momentos de
relevantes debates e contrução de conhecimento que reflita à realidade da
corporação em vista dos cargos que estes Oficiais ocuparão na PMES. Cabe ainda
lembrar que a produção de conhecimento proveniente do curso é uma grande
oportunidade de coletar dados, informações, propor novas alternativas visando a
solucionar ou minimizar situações problema, para além de cumprir com a exigência
legal de ascensão na carreira militar.

3.2. OBJETIVOS DO CURSO

3.2.1. Objetivo Geral

Cumprir os dispositivos legais1 e oportunizar aos Oficiais Alunos o compartilhamento


de conhecimentos na área de gestão de segurança pública, a produção de
conhecimento científico, o exercício de cargos, encargos e funções de comando,
chefia e assessoramento policial, desenvolvidos pelos Oficiais Superiores,
atendendo aos objetivos estratégicos da Polícia Militar, no que se refere aos
aspectos do Plano de formação e qualificação permanente e desenvolvimento de
competências em Gestão Estratégicas e Políticas Institucionais.

3.2.2. Objetivos Específicos

1 Conforme art. 16, inciso I, letra “b” da Lei Federal nº 14.751/23, e no no caput do art. 13 c/c o inciso
VI do art. 17 da Lei Complementar nº 910/2019, tornando o capitão apto a ser promovido ao posto de
major.
11

a) Fomentar o retorno qualificado de seus Oficiais aos bancos acadêmicos, no


intuito de sedimentar e produzir conhecimentos e diagnósticos, por meio da
atividade científico-acadêmica;

b) Potencializar a capacidade dos gestores da Polícia Militar para gerenciar,


planejar e executar a política de Segurança Pública no Espírito Santo, dentro
dos marcos do Estado Democrático de Direito e das conquistas no campo dos
Direitos Humanos, consolidando a sua identidade como polícia cidadã;

c) Instituir um espaço de reflexão e de pesquisa sobre a Segurança Pública no


Espírito Santo e o papel da polícia no planejamento e execução de ações
nessa área, contribuindo para o diagnóstico e a construção de novas políticas
institucionais;

d) Desenvolver a formação profissional dos agentes de Segurança Pública, sob


a égide do Valor Policial Militar (estabelecido no Art. 25, da Lei n.º 3.196, de
09/01/1978), manifestado pelo patriotismo, o civismo, a fé na missão elevada
da PMES, o espírito de corpo, o amor à profissão e o aprimoramento técnico-
profissional, além da promoção dos Direitos Humanos e da civilidade ética e
cidadã.
12

4. HISTÓRICO DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS

O Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, requisito legal para promoção dos Capitães


Combatentes ao posto de Major, até 1997, era realizado em instituições policiais de
outras Unidades Federativas que disponibilizavam vagas para a PMES.

Entretanto, dessa forma, apenas era possível a participação de um pequeno número


de Oficiais da PMES e, em contrapartida, era empenhado um montante de recurso
financeiro não desprezível, impondo ao erário um custo desproporcional ao benefício
numérico de oficiais aperfeiçoados.

A qualidade do aperfeiçoamento desses Oficiais também era comprometida, dado


ao fato destes cursos terem sido estruturados a partir do contexto histórico e cultural
de outros Estados e não às realidades, interesses e necessidades da PMES.

Diante da necessidade de formar seus quadros funcionais em condições mais


adequadas às demandas e características locais e à valorização de sua experiência
em técnicas ou modelos de policiamento, a PMES manteve contato com instituições
acadêmicas do Espírito Santo, em especial com a Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES), de maneira a aplicar o CAO de forma mais contínua no Estado,
tornando a realidade capixaba objeto de estudo e reflexão e possibilitando o
envolvimento de um número maior de Oficiais, em uma mesma turma, otimizando,
assim, o uso de recursos públicos.

Nesse viés, o CAO passou a ser realizado em Instituições de Ensino Superior (IES)
do Espírito Santo, no nível de pós-graduação lato sensu. Alguns deles em razão de
convênio (PMES e UFES), outros através de processo licitatório para contratação
(demais IES civis). Contudo, a partir de 2017, com o credenciamento da Academia
de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências Policiais e
Segurança Pública da PMES (APM/ES) em IES, o curso começou a ser ministrado
pela própria PMES, criando o histórico, conforme se observa no QUADRO 1 abaixo:
13

Quadro 1 - Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais ministrados no Espírito Santo


ANO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR

1998 a 2002 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

2006 Faculdades Integradas Espírito-santenses (FAESA)

2007 Faculdade de Direito de Vitória (FDV)

2009 Centro Universitário Vila Velha (UVV)

2011 Centro Universitário Vila Velha (UVV)

2013 Empresa Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão S/A (MULTIVIX)

2017 Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências


Policiais e Segurança Pública da PMES (APM/ES)

2018 Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências


Policiais e Segurança Pública da PMES (APM/ES)
2019 Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências
Policiais e Segurança Pública da PMES (APM/ES)
2020/2021 Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências
Policiais e Segurança Pública da PMES (APM/ES)
2023 Academia de Polícia Militar do Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências
Policiais e Segurança Pública da PMES (APM/ES)
Fonte: Elaboração própria.

A experiência de propiciar esse tipo de formação ao Oficial no nosso próprio Estado


com a parceria de IES civis foi extremamente salutar e produziu bons resultados
para a Corporação. No entanto, em 06 de abril de 2016, por meio do Decreto
Estadual n.° 3962-R, o Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA) foi
transformado em Instituição de Ensino Superior, passando a ser denominado de
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública da Polícia Militar do
Espírito Santo (ISP/PMES).

Posteriormente, aos 11 dias de setembro de 2017, por meio da Resolução do


Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo (CEE-ES) n.º 4.923/2017, o
ISP/PMES foi renomeado para Academia de Polícia Militar do Espírito Santo –
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública.
14

Paralelamente ao ato de transformação da unidade escolar em IES, o CEE-ES


também aprovou o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, através da Resolução nº
4.624/2016, com a denominação de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em
Gestão Policial Militar e Segurança Pública. O curso foi ofertado em 2017, ano em
que foram concludentes 40 (quarenta) Capitães do Quadro Combatente da
Corporação.

Em 2018 ocorreu nova edição do curso de pós-graduação com a inovação da


participação de 04 (quatro) Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo
(CBMES), mediante o Termo de Cooperação Nº 001/2019, firmado entre as duas
Corporações Militares, como forma de permitir o intercâmbio acadêmico entre seus
profissionais. Para tanto, foi mantido contato com o CEE/ES, de maneira a ampliar o
número de vagas para a oferta do curso em questão na APM/ES, com o fito de não
gerar qualquer tipo de prejuízo aos Oficiais do Quadro Combatente da PMES e de
se ter a expectativa de facultar o convite a membros de outros órgãos de Segurança
Pública (Resolução CEE-ES Nº 5.069/2018).

Dando sequência ao planejamento para o ano de 2019, o Curso de Pós-Graduação


Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança Pública – CAO ofertou 40
(quarenta) vagas para Oficiais do Quadro Combatente da PMES e 04 (quatro) vagas
para Delegados da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), mediante Termo de
Cooperação N° 001/2019 firmado entre as duas Instituições, dando continuidade à
política de intercâmbio acadêmico entre os profissionais de Segurança Pública do
Estado. Porém, por meio do Ofício nº 128/2019 – PCES/GAB, o Delegado-Geral da
PCES comunicou ao Comando da PMES o preenchimento de apenas 02 (duas)
vagas por aquela coirmã no CAO/2019.

Em 2020/2021, o curso foi realizado na APM/ES e conforme exposto no Aditamento


051/2019 foram formados 23 (vinte e três) oficiais do Quadro Combatente da PMES.
Em 2022, não houve edição do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. A edição
mais recente, ocorreu em 2023, momento em que foram aperfeiçoados 43 (quarente
15

e três) oficiais do Quadro Combatente da Polícia Militar do Espírito Santo conforme


Boletim Especial do Comando Geral nº 055 de 16 de novembro de 2023.
16

5. REQUISITOS PARA INGRESSO

Para ingressar no CAO, o Oficial deverá ser do Quadro Combatente e ainda atender
os dispositivos legais contidos no caput do art. 13 c/c o inciso VI, do art. 17, da Lei
Complementar nº 910/2019.

A inscrição será na Diretoria de Educação, obedecendo aos seguintes requisitos:

I – Ser Oficial do Quadro Combatente da PMES;

II – Apresentar requerimento pessoal ao Diretor de Educação, através de


preenchimento de ficha de inscrição no prazo legal estabelecido;

III – Atender outras exigências a serem publicadas no Aditamento da DE, quando da


abertura do processo seletivo.

5.1. PROCESSO DE SELEÇÃO

O processo seletivo apresenta as etapas que seguem:

I – Homologação da inscrição pela DE e classificação por antiguidade dentro do


limite de vagas;

II – Avaliação de saúde pela Junta Médica de Saúde;

III – Apresentação de pesquisa exploratória sobre tema relacionado à Segurança


Pública, visando à elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC);

IV – Aprovação da pesquisa exploratória.


17

5.2. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

O Edital do Processo Seletivo do referido curso prevê como primeira etapa, a


entrega documental da ficha de inscrição, conforme modelo apresentado no
APÊNDICE A. Esta etapa prevê o interesse do candidato em se matricular no CAO,
momento em que serão analisados dados do oficial e a antiguidade na carreira
necessária para ingresso.

A segunda estapa do processo seletivo diz respeito à aptidão em inspeção de


saúde, momento em que o militar inscrito no certame deverá apresentar
documentação comprobatória atestando que está apto em exames de saúde para
frequentar o curso.

A terceira etapa prevê a apresentação de pesquisa exploratória, com caráter


eliminatório, que será realizada via formulário próprio a ser desenvolvido conforme
APÊNDICE B. Nesta etapa será sinalizado o tema de interesse, ou seja, o indicativo
do discente sobre qual linha de conhecimento dentro da gestão de segurança
pública estará vinculada a sua pesquisa.

A pesquisa exploratória deverá formalizar um diagnóstico prévio de um problema de


pesquisa, a partir de levantamento inicial sobre desafios ou dificuldades existentes
na Organização Militar Estadual (OME) em que estiver lotado. Após o levantamento
descrito, o oficial deverá cumprir o prazo previsto no edital do processo seletivo para
apresentar a proposta de estudo, que deverá ser devidamente autorizada pelo
Diretor ou Comandante da Unidade em que o candidato estiver lotado, e
posteriormente homologada pela Diretoria de Educação.

Dessa forma, a autorização compreenderá a avaliação da pesquisa exploratória pelo


Diretor ou Comandante do militar, momento em que será verificado se o diagnóstico
realizado se relaciona a um problema de pesquisa relevante para a OME. Já a
homologação, compreenderá o encaminhamento do formulário de pesquisa
18

exploratória à Diretoria de Educação, devidamente preenchido e autorizado pela


chefia do militar, para fins de análise e aprovação final.

Dessa maneira, a etapa de apresentação da pesquisa exploratória vincula-se ao


processo inicial de diagnóstico institucional, formalizando o planejamento de
pesquisa do candidato, indicando a intenção do oficial como pesquisador, que se
desdobrará nas atividades decorrentes do Trabalho de Conclusão de Curso que
ocorrerão durante o CAO.

A pesquisa exploratória deverá ser apresentada em acordo com uma das seguintes
linhas de pesquisa e temáticas a seguir:

- Linha de Pesquisa 01 - Gestão de Pessoas: Recrutamento e seleção; Formação


inicial e continuada; Valorização e saúde preventiva do trabalhador policial militar;
Correição; Condicionamento físico; Avaliação de desempenho; Programas de apoio
psicossocial; Planos de cargos e salários; Absenteísmo; Políticas de Inatividade.

- Linha de Pesquisa 02 - Gestão de logística e de Frota: Gestão de Armamento e


Equipamento; Gestão de Aquisições Públicas; Gestão de obras públicas; Gestão do
patrimônio público; Armazenamento e distribuição de materiais; Gestão de Frota
Policial; Gestão de Telecomunicações, Informática e Tecnologia da Informação na
Segurança Pública; Gestão de Contratos e Convênios Públicos.

- Linha de Pesquisa 03 - Gestão Financeira e Orçamentária: Legislações Financeira


e Orçamentária; A gestão financeira estadual; Gestão e Execução orçamentária e
financeira; Administração de Fundos; Captação de Recursos Públicos e Privados.

- Linha de Pesquisa 04 - Gestão da imagem institucional e comunicação social:


Transparência institucional e accountability; Política de comunicação institucional e
social; Canais de comunicação institucionais; Relação da PMES e dos militares
estaduais com as mídias sociais.
19

- Linha de Pesquisa 05: Gestão da Informação e do conhecimento: Produção,


controle e acesso do conhecimento na segurança pública; Gestão institucional da
informação; Análise Criminal.

- Linha de Pesquisa 06: Gestão de Unidade Operacional: Estratégias de fixação do


efetivo; Relacionamento com a comunidade; Gestão dos modelos de policiamento;
Ações operacionais conjuntas; Gestão de policiamento em grandes eventos; Normas
de Procedimentos para transição de Chefia e Comando; Alinhamento estratégico
operacional: Plano de Comando de Unidade Operacional; Metas e indicadores
operacionais.

5.3. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL SUPERIOR

De acordo com o art. 34, da Lei Estadual nº 3.196, de 19 de janeiro de 1978


(Estatuto da Polícia Militar), o oficial é preparado ao longo da carreira para o
exercício de cargos, encargos e funções de Comando, de Chefia e de Direção das
Organizações Militares Estaduais, desenvolvidos pelos Oficiais Superiores.

Considera-se Comando, Chefia e Direção a soma de autoridade, deveres e


responsabilidades de que o policial militar é investido legalmente quando conduz
homens ou dirige uma Organização Militar Estadual. O comando é vinculado ao
grau hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial
militar se define e se caracteriza como chefe.

O ingresso na carreira de Oficiais Combatentes da PMES ocorre por intermédio do


Curso de Formação de Oficiais (CFO), um curso de formação inicial, sendo ele a
última etapa do concurso público, cujo objetivo é fornecer os conhecimentos
indispensáveis para o desempenho das funções inerentes aos oficiais.
Ao final do CFO, o candidato é declarado Aspirante a Oficial e, após cumprir o
estágio probatório de 12 (doze) meses e atender outros requisitos, ele é recrutado
para o primeiro posto do quadro de Oficiais Combatentes.
20

Para continuar ascendendo ao longo da carreira e tornar-se Major, é necessário que


Oficial Intermediário do Quadro Combatente realize o Curso de Aperfeiçoamento de
Oficiais (CAO), um curso de formação continuada, cujo objetivo é a requalificação
profissional ênfase em gestão da Segurança Pública.

Para o acesso ao posto de Tenente-Coronel, o Major do Quadro de Oficiais


Combatentes deverá realizar o Curso Superior de Polícia (CSP), um curso de
formação continuada, cujo objetivo é o estudo e a análise crítica e complexificada
das políticas de Segurança Pública.

Quanto às atribuições inerentes ao escalonamento hierárquico dos Oficiais


Superiores, percebe-se que a Lei n.° 3.196/78, apresenta as definições e
diferenciações de cargo, encargo e função policial militar, conforme seguem:

Art. 18 - Cargo policial militar é aquele exercido por policial militar em


serviço.
§ 1º - O cargo policial militar a que se refere este artigo é o que se encontra
especificado nos Quadros de Organização da Polícia Militar do Espírito
Santo ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições
legais.
§ 2º - A cada cargo policial militar corresponde um conjunto de atribuições,
deveres e responsabilidades que se constituem em obrigações do
respectivo titular.
§ 3º - As obrigações inerentes ao cargo policial militar devem ser
compatíveis com o correspondente grau hierárquico e definidas em
legislação ou regulamentação específicas.
Art. 19 - Os cargos policiais militares são providos com pessoal que
satisfizer aos requisitos de grau hierárquico e de qualificação exigidos para
o seu desempenho.
[…]
Art. 21 - Função policial militar é o exercício das obrigações inerentes ao
cargo policial militar.
[...]
Art. 24 - As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto
ou natureza, não são catalogadas como posições tituladas em “Quadro de
Efetivo”, “Quadro de Organização”, “Tabela de Lotação”, ou dispositivo
legal, são cumpridas como Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou
Atividade policial militar ou de natureza policial militar.
Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, ao Encargo, Incumbência,
Comissão, Serviço ou Atividade policial militar ou de natureza policial militar,
o disposto neste Capítulo para cargo Policial Militar. (grifo nosso)
21

Nesse sentido, o QUADRO 2 é um demonstrativo dos cargos e encargos


desempenhados pelos Oficiais Superiores do Quadro de Oficiais Combatentes na
Corporação, conforme especificações do Quadro de Detalhamento Organizacional
da PMES, publicado na Portaria nº 1.073-R, de 04/05/2023, publicada no Anexo ao
Boletim do Comando Geral (BCG) nº 019/2023, de 04/05/2023.

Quadro 2 - Cargos e Encargos dos Oficiais Superiores da PMES

POSTO CARGO/ENCARGO*

Comandante De Unidade Operacional Ou Especializada E De Unidade De Ensino


Subcomandante De Polícia Ostensiva
Diretor Adjunto
Corregedor Adjunto
Assessor Militar
Chefe De Gabinete
Assistente Do Comando Geral
TENENTE Ajudante Geral
CORONEL Estado-Maior Geral
Controlador
Chefe De Centro Administrativo
Chefe De Divisão Corporativa
Encarregado de Procedimentos Administrativos e Disciplinares (*)
Presidente e Membro de Comissões (*)
Juiz Militar (*)
Comandante de Unidade Operacional (Companhia Independente)
Subcomandante de Unidade Operacional ou Especializada e de Unidade Escola
Chefe de Seção de Estado-Maior (P/4 – Logística e P/3 – Planejamento)
Chefe de Operações
MAJOR
Chefe de Divisão
Sub Assessor Militar
Encarregado de Procedimentos Administrativos e Disciplinares (*)
Presidente e Membro de Comissões (*)
Juiz Militar (*)
Fonte: POLÍCIA MILITAR (2023).

Sob um enfoque laboral – e de forma mais específica – identifica-se, na


Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a descrição do conjunto de
atribuições, ou seja, as atividades desenvolvidas pelos Oficiais Superiores da Polícia
Militar.
22

A CBO, instituída pela Portaria Ministerial n.° 397, de 09 de outubro de 2002, do


Ministério do Trabalho e do Emprego do Governo Federal, tem por finalidade a
identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto
aos registros administrativos e domiciliares. Nessa classificação, as ocupações do
Coronel, do Tenente-Coronel e do Major, suscintamente, são assim descritas:

Oficiais Superiores da Polícia Militar – Comandam Unidades de Polícia


Militar e elaboram plano diretor da Instituição. Planejam ações estratégicas,
definem ações táticas e executam ações operacionais. Gerenciam
atividades administrativas, administram recursos humanos e mantêm
hierarquia e disciplina2.

De maneira mais descritiva, a CBO acrescenta que estes Oficiais trabalham no


comando de unidades da Polícia Militar e no apoio ao Comando Geral, como
estatutários; os Coronéis são responsáveis pelos comandos regionais, os Tenentes-
coronéis respondem pelos comandos de áreas ou batalhões e os Majores
respondem por subcomandos de áreas, comando de Companhias Independentes
ou, ainda, assessorias dos comandos regionais e chefes de Divisões. Trabalham em
equipe, em ambiente fechado, a céu aberto ou em veículos, em horários diversos:
diurnos e noturnos. Atuam sob pressão, podendo levar à situação de estresse;
correm risco de perder a vida em sua rotina de trabalho.

Diante da perspectiva exposta, percebe-se a necessidade premente de que a


instituição elabore um documento descritivo das funções inerentes a cada cargo
constante na estrutura organizacional. Certamente tal descrição será mais rica em
detalhes, traduzindo fielmente toda a amplitude das atribuições que envolvem o
exercício do cargo policial militar.

Tal trabalho será de grande importância para a instituição definir diretrizes não
somente no campo da educação profissional na PMES, mas também para o
processo de seleção para ingresso e ascensão funcional.

2Descrição referente aos códigos 0201-05, 0201-10, 0201-15. Disponível em:


<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorCodigo.jsf> Acesso em: 02/02/2024.
23

6. DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE


OFICIAL

O contexto profissional e a necessidade de qualificação do Capitão, em vista das


competências que lhe serão exigidas como Oficial Superior, fazem com que o Curso
Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança Pública – Curso
de Aperfeiçoamento de Oficiais seja moldado de maneira a proporcionar ao Oficial
requalificação profissional e a atualização dos conhecimentos com ênfase em
gestão em Segurança Pública, buscando atender aos objetivos estratégicos da
Polícia Militar.

Tamanho desafio implica em oferecer ao Oficial um leque de conhecimentos que


tenham por escopo o desenvolvimento de competências de maneira a subsidiá-lo no
processo de tomada de decisão nas mais diversas situações do cotidiano
profissional, proporcionando autonomia intelectual e atuação técnica.

Figura 1 - Nível de Gerência – Oficial Superior: alta direção x gerência estratégica

Fonte: CHIAVENATO (1998).

O modelo apresentado na FIGURA 1 demonstra o nível de abrangência que o CAO


precisa alcançar para o desenvolvimento das competências no nível de Gerência
24

Estratégica – Oficial Superior, no qual as habilidades conceituais, que significam as


ideias e conceitos, são preponderantes na alta direção e requerem do Oficial
conhecimentos, habilidades e atitudes para planejar, coordenar e gerenciar técnicas
administrativas e operacionais comprometidas com os resultados que melhor atinjam
a missão da Instituição.

Segundo Perrenoud (2002), Altet (1992) e Shon (2002) apud Cordeiro e Muniz
(2010), o sistema de competência é entendido como:

[...] a capacidade de mobilizar saberes para agir nas diferentes situações da


prática profissional, em que as reflexões antes, durante e após a ação
estimulem a “autonomia intelectual”, traduzida por Altet (1992) como a
capacidade de “agir em situações diferentes, de gerir incertezas e poder
enfrentar as mudanças no exercício de sua profissão (PERRENOUD, 2002;
ALTET,1992 e SHÖN, 2002).

De forma mais concisa, competência “é a capacidade de utilizar conhecimentos,


habilidades e atitudes para o exercício de uma situação profissional” (DEFFUNE &
DEPRESBITERIS, 2000, p.50).

Nesse sentido, observa-se que o QUADRO 02 (p. 22) expôs os cargos e encargos
desempenhados pelos Oficiais Superiores QOC na Corporação, para os quais
devem ser desenvolvidas ou fortalecidas competências específicas, através de um
programa de aprendizagem continuada, como forma de ferramenta de
aprimoramento profissional.

6.1. AS DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA: CONHECIMENTOS, HABILIDADES E


ATITUDES (CHA)

O ensino por competências coloca em evidência o aprender de maneira significativa,


nesse sentido, “Não é suficiente saber ou dominar uma técnica, nem é suficiente sua
compreensão e sua funcionalidade, é necessário que o que se aprende sirva para
poder agir de forma eficiente e determinada diante de uma situação real” (ZABALA,
2010, p.10).
25

Nessa esteira, a competência se forma a partir da mobilização de saberes que


acontece no exercício da prática profissional, sendo composta por dimensões que se
entrelaçam e interdependem entre si, inclusive, com as implicações das
subjetividades do trabalhador.

A primeira dimensão relaciona-se às competências cognitivas, ou seja, os


conhecimentos, que expressam o “saber” necessário ao exercício dos cargos e
encargos inerentes aos postos da carreira do Oficial. São competências que
requerem o desenvolvimento do pensamento reflexivo por meio da investigação e da
organização do conhecimento. Explicam como o indivíduo constrói e organiza o
conhecimento, habilitando-o a pensar de forma criativa e crítica.

Outra dimensão refere-se às competências operativas, ou seja, as habilidades, que


expressam o “saber fazer”. Essas competências preveem a aplicação do
conhecimento teórico em prática responsável, refletida e consciente.

E, finalmente, a dimensão relacionada às competências atitudinais, isto é, as


atitudes, que expressam o “saber ser”. São competências que visam estimular a
percepção da realidade, por meio do conhecimento e do desenvolvimento das
potencialidades individuais, conscientização de sua pessoa e da interação com o
grupo. Além disso, refletem a capacidade de conviver em diferentes ambientes:
familiar, profissional e social. Estão relacionadas com a personalidade e o caráter.

A FIGURA 02, a seguir, demonstra a articulação entre esses conhecimentos e as


competências:
26

Figura 2 - Articulação entre o CHA e os saberes

Fonte: ALVES (2011, p. 35)

Com base no esquema apresentado na FIGURA 01 (pág. 25), as competências a


serem robustecidas na especialização do Oficial são aquelas presentes no nível da
gerência estratégica (Oficial Superior), que impõem a apropriação de ideias e
conceitos, o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, a organização do
pensamento e a ampliação das habilidades humanas.

Desta forma, a proposta pedagógica do curso é possibilitar ao Oficial Aluno a


construção de conhecimentos que lhe permita o desenvolvimento de competências
que expressem a noção do “saber”, “saber fazer” e “ser”. Tal competência é
construída a partir de seu contato com uma sólida base de teórica que colabora para
compreensão dos processos de gestão em segurança pública.

Consequentemente, a meta saber, possui intercessões com aquela que coloca o


Oficial Aluno na condição de “saber fazer”, a partir do momento em que se constrói
habilidades e qualidades intelectuais necessárias para a manifestação de um
comportamento crítico e inovador. O “saber fazer”, que se traduz como uma
competência operativa, induzirá o Oficial Aluno a “querer fazer”, aplicar, pôr em
prática. Com a consciência de seu papel de cidadão e de servidor da cidadania,
27

necessariamente, na condição de gestor, deve agir e se posicionar frente às tarefas


que requerem a sua intervenção profissional qualificada, atuando positiva e
assertivamente, com postura ética e conduta policial legal.

Para alcançar as dimensões apresentadas, torna-se necessário elaborar um perfil


profissiográfico para que, no decorrer do CAO, sejam desenvolvidas as
competências necessárias para o futuro Oficial Major. Nesse sentido, esse sistema
de competências deverá ser pensado de forma que levem em consideração os
conhecimentos, as habilidades e as atitudes que esse egresso necessita reunir para
o desempenho satisfatório e adequado de seus cargos, funções e encargos.

Isso implica esclarecer que o nível de competência é definido em função da


complexidade, amplitude e responsabilidade das atividades desenvolvidas no
emprego [...] e o domínio (ou especialização) da competência se relaciona às
características do contexto do trabalho como área de conhecimento, função,
atividade econômica, processo produtivo, equipamentos, bens produzidos que
identificarão o tipo de profissão ou ocupação (BRASIL, 2011).

6.2. PERFIL DO EGRESSO DO CAO

A prévia definição do perfil desejado em dado curso é um dos elementos da


pedagogia do desenvolvimento de competências e representa a articulação do
compromisso do desenvolvimento humano com as necessidades reais do trabalho
(cargos e funções).

O perfil do egresso tem por objetivo traçar de maneira ampla todas as competências
a serem desenvolvidas ao longo do curso. Ele representa o desenho do que se
objetiva na formação, já que está atrelada a um exercício profissional específico.

Com a perfeita clareza do perfil desejado, todas as demais ações pedagógicas


devem estar por ele permeadas. Dessa forma, os objetivos do curso, os princípios
28

pedagógicos, a estrutura didática, a malha curricular e as estratégias de ensino


devem estar consoantes àquela manifestação prévia.

O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança


Pública – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais tem se delimitado pelas imposições
funcionais previstas no Estatuto dos Militares Estaduais (art. 32 e 34 da Lei
3.196/78), pelo desenho do nível de gestão desenvolvido pelo Oficial Superior e a
descrição de tarefas contidas na CBO referentes aos Oficiais Superiores das polícias
militares.

Dentre as delimitações citadas, observa-se que as prescrições da CBO (2010) são


de grande valia na formação profissional do Oficial Aluno, em razão de possuírem
classificação enumerativa e descritiva das atribuições que terão o futuro Oficial
Superior. Assim, o conjunto de competências apresentado a seguir para o egresso
do CAO é produto da junção do perfil definido pela Matriz Curricular, da descrição de
atribuições Oficial Superior da PM e do acréscimo de competências, a partir da
vivência institucional da atuação destes profissionais.

Quadro 3 - Atribuições e Competências do Egresso do CAO


ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO EGRESSO DO CAO

ATRIBUIÇÕES COMPETÊNCIAS
Desenvolver atividades de polícia ostensiva; Realizar estudos de situação;
Coordenar atividades de inteligência; Coordenar unidades subordinadas;
Controlar atividades de policiamento; Supervisionar atividades
operacionais; Fiscalizar cumprimento de normas e diretrizes da
organização; Propor alterações em planos e ordens; Interagir com a
Comandar Unidades comunidade; Interagir com outros órgãos de segurança; Acompanhar
de Polícia Militar desempenho operacional; Coordenar desenvolvimento de campanhas
educacionais; Participar de ações cívico-militares; Realizar visitas e
inspeções às unidades subordinadas; Promover segurança dos
aquartelamentos.
Desenvolver cenários de segurança pública; Estabelecer missão da
Elaborar Plano instituição; Elencar valores institucionais; Estabelecer visão de futuro;
Diretor da Instituição Estabelecer objetivos organizacionais; Traçar estratégias através de
planos táticos diretivos; Analisar cenários.
Planejar Ações Identificar objetivos; Estabelecer metas; Estabelecer doutrinas;
29

Estratégicas Estabelecer política de pessoal; Definir quadro de organização e


distribuição de efetivo; Formular políticas remuneratórias; Estabelecer
política assistencial; Definir diretrizes de ensino; Definir diretrizes de
serviços de inteligência; Definir diretrizes de ações operacionais; Propor
políticas de segurança pública; Padronizar materiais, equipamentos e
fardamentos; Definir sistema de telemática; Definir diretrizes de
comunicação social; Estabelecer sistemas de avaliação de desempenho;
Estabelecer sistema de indicadores de qualidade e produtividade de
unidades operacionais; Definir diretrizes administrativas; Definir diretrizes
orçamentárias e financeiras; Elaborar sistemas de supervisão e
padronização de procedimentos; Avaliar resultados.
Fixar efetivo das unidades; Elaborar plano de ensino; Elaborar plano de
Definir Ações instrução; Definir missões; Elaborar manuais de procedimentos; Definir
Táticas logística; Coordenar o preparo de emprego dos meios orgânicos; Elaborar
normas de supervisão; Elaborar orçamentos; Corrigir procedimentos.
Fixar efetivo das unidades; Elaborar plano de ensino; Elaborar plano de
Executar Ações instrução; Definir missões; Elaborar manuais de procedimentos; Definir
Operacionais logística; Coordenar o preparo de emprego dos meios orgânicos; Elaborar
normas de supervisão; Elaborar orçamentos; Corrigir procedimentos.
Coletar dados e informações; Analisar dados e informações; Planejar
ações da tropa; Definir comandante da operação; Distribuir efetivo; Alocar
Executar Ações meios materiais; Estabelecer procedimentos operacionais; Avaliar
Operacionais resultados das ações; Planejar emprego de policiamento velado;
Coordenar proteção a testemunhas; Promover segurança física de
dignitários; Gerenciar situações de crise.
Administrar recursos financeiros e orçamentários; Administrar convênios e
contratos; Administrar recursos logísticos; Participar de comissão de
licitação; Manutenir instalações físicas; Nomear comissões; Fiscalizar
Gerenciar Atividades
aplicação de recursos orçamentários e financeiros; Acompanhar evolução
Administrativas
tecnológica; Elaborar relatórios; Analisar relatórios; Despachar
expedientes; Elaborar atos administrativos; Integrar comissões; Informar a
população; Elaborar pareceres técnicos.
Escalar efetivo para operações; Avaliar desempenho dos subordinados;
Promover bem-estar dos comandados; Coordenar atividades de
Administrar
condicionamento físico do efetivo; Promover formação, aperfeiçoamento e
Recursos Humanos
especialização do efetivo; Autorizar afastamentos regulamentares;
Orientar comandados; Promover ações de valorização do público interno.
Exercer atribuições de autoridade de polícia judiciária; Determinar
investigações de caráter sigiloso; Fiscalizar atuação comportamental dos
Manter Hierarquia
comandados; Conceder recompensas; Apurar transgressões disciplinares;
e Disciplina
Aplicar punições disciplinares; Exigir cumprimento do código de ética;
Instaurar procedimentos administrativos; Exigir cumprimento de
regulamento disciplinar; Exercer função de juiz militar.
Fonte: Elaboração própria.

Além das capacidades para realizar as funções e tarefas descritas no perfil do


egresso do CAO, é necessário que seja agregado a esse conjunto de competências
as capacidades, como observamos na FIGURA 3, que estão no âmbito dos
conteúdos atitudinais, na dimensão do “saber ser”, e que precisam também ser
30

desenvolvidas, aperfeiçoadas e mobilizadas no exercício dos cargos inerentes aos


Oficiais Superiores da Corporação.

Figura 3 - Outras capacidades necessárias aos Oficiais Superiores

Fonte: Elaboração própria.

Nota-se que as referidas competências também são impresciníceis para o egresso


do CAO, pois este Oficial Aluno assumirá cargos e encargos que exigirá dele visão
estratégica e sistêmica da Corporação, o que torna necessário estar capacitado para
o fomento de políticas, estratégias e ações organizacionais. Enquanto gestor
estratégico, seu trabalho deverá estar respaldado pela legalidade, ética profissional
e transparência. Na qualidade de líder, constantemente terá que tomar decisões,
atentando-se para o compromisso com a responsabilidade social e fiscal, integrando
as ações da polícia militar dentre os variados segmentos sociais com respeito e
promoção aos Direitos Humanos.
31

6.3. MALHA CURRICULAR DO CURSO

No currículo de um curso estão expressos a cultura e os processos de socialização


inerentes ao contexto em que será praticado. O dinamismo curricular é uma
característica que deve ser considerada no planejamento dos processos de ensino
aprendizagem, por entender que:

O currículo é a forma de ter acesso ao conhecimento, não podendo esgotar


seu significado em algo estático, mas através das condições em que se
realiza e se converte numa forma particular de entrar em contato com a
cultura (MCNEIL, 1983, apud SACRISTÁN, 2000, p. 15).

Um currículo é mais que um aglomerado de disciplinas, constitui-se num mapa do


terreno, isto é, uma orientação dimensional de princípios, conteúdos, práticas e
valores. No caso do CAO, o desenho curricular é orientado pelo desenvolvimento de
competências que se articula com a missão institucional, pelos valores definidos
pela Instituição e pelas reais necessidades de qualificação do Oficial.

As orientações contidas neste PPC devem perpassar todo o processo de


especialização do Oficial, quer sejam os planejamentos didáticos, as metodologias,
as aulas propriamente ditas, o sistema de avaliação e a confecção do trabalho final.
Trata-se de uma forma de regulação do processo, conforme observa Sacristán apud
Alves (2004, p. 38):

Em todo sistema educativo, como conseqüência das regulações inexoráveis


às quais está submetido, levando em conta sua significação social, existe
algum tipo de prescrição ou orientação do que deve ser seu conteúdo,
principalmente em relação à escolaridade obrigatória. São aspectos que
atuam como referência na ordenação do sistema curricular, servem de
ponto de partida para a elaboração de materiais, controle do sistema, [...].

Este aspecto regulador do currículo é um mecanismo importante para os


administradores da formação, na medida em que é uma das formas de se garantir
minimamente uma qualificação profissional consistente e coerente com a política
32

educacional da Instituição, porém o mais importante é sua vertente orientadora de


princípios, na verdade, do tipo de sujeito e de sociedade que se espera constituir.

Nesse viés, o mapa curricular do CAO foi construído para traduzir aquilo que a
instituição define em termos do tipo de gerente que ela necessita para atender às
demandas e anseios da sociedade capixaba em relação a sua parcela de atribuições
no âmbito do Sistema de Segurança Pública.

6.3.1. Dimensões do currículo: o mapa curricular do CAO

Os parâmetros adotados na elaboração do desenho curricular do Curso de


Aperfeiçoamento de Oficiais foram: as orientações contidas na Matriz Curricular
Nacional (MCN) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), os
princípios teórico-metodológicos da Pedagogia das Competências e da Andragogia,
os direcionamentos definidos no Plano Estratégico da PMES, com destaque para a
missão e os valores institucionais e ao perfil do egresso (p. 30) em vista das
atribuições funcionais requeridas do Oficial Superior.

Em termos do alinhamento à Matriz Curricular Nacional, este projeto está orientado


pelos eixos articuladores3 dos conteúdos e pelas áreas temáticas4 (FIGURA 04).

3 São conteúdos de caráter transversal e envolvem problemáticas sobre Segurança Pública, de


abrangência nacional. Englobam o desenvolvimento pessoal, a conduta moral e ética e as reflexões
sobre a prática profissional no contexto social e político em que se dão.
4 Referem-se a um conjunto de conteúdos a serem tratados no currículo prescrito.
33

Figura 4 - Eixos Articuladores

Fonte: BRASIL (2014, p. 42).

De acordo com o documento da SENASP, a área temática “Funções, Técnicas e


Procedimentos em Segurança Pública” ficou no centro da FIGURA 05, em razão
desta corresponder à concretização final de todo o processo de formação:

[...] destinado a instrumentalizar o profissional de Segurança Pública para o


desempenho de sua função. A qualidade desse desempenho está, contudo,
vinculada às competências cognitivas, operativas e atitudinais
contempladas pelas demais áreas (BRASIL, 2014, p. 46).

No caso do CAO, isto deve ser contextualizado e ampliado para a atuação do Oficial
Superior como gestor estratégico, cujo âmbito de abrangência está descrito nas
FIGURAS 1 e 2 (pp. 25 e 28).
34

Figura 5 - Áreas Temáticas

Fonte: BRASIL (2014, p. 45).

No tocante à missão e aos valores institucionais, definiu-se que a missão5


institucional da PMES é “promover, em parceria com a comunidade capixaba, o
policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado do Espírito
Santo” e como valores9, a disciplina, a hierarquia, a ética, a legalidade, o interesse
público e a promoção dos Direitos Humanos.

Posto dessa forma, a figura abaixo demonstra a dinâmica da organização do


currículo do CAO:

5 Conforme consta no Planejamento Estratégico da PMES – 2020 a 2023.


35

Figura 6 - Desenho do Currículo do CAO

Fonte: Elaboração própria.

No desenho do currículo do CAO, que a grande área de conhecimento está


relacionada à gestão em segurança pública. Desta maneira, os componentes
curriculares estão permeados pela atividade de pesquisa, ou seja, à produção
acadêmico-científica, e dos temas transversais, que integram as diferentes
disciplinas. A proposta revela em suas setas o dinamismo e movimento curricular
corroborando com o perfil do egresso atento os valores insitucionais no processo de
qualificação profissional que se pretende.

Os conteúdos destacados serão trabalhados como temas transversais em


disciplinas diversas, desta forma, envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes
que devem ser articulados na construção da prática democrática da atividade policial
e na busca pela consolidação de uma polícia cidadã.
36

As disciplinas buscam competências gerenciais necessárias para atuação dentro da


estrutura organizacional da Polícia Militar, possuindo o foco no nível da alta gestão,
e devem ser trabalhadas de maneira a dar condições aos oficiais de gerenciar de
maneira técnica, científica e racional, o que requer “dados qualificados, diagnósticos
rigorosos, planejamento e execução voltados para as metas – bem definidas –
avaliação, monitoramento e aperfeiçoamento sistêmico” (VELOSO; GUIMARÃES,
2008, p. 15).

Atrelada a capacidade gerencial, a organização curricular alinha a gestão técnico-


profissional ao conhecimento científico e aposta na inserção do oficial à uma
realidade acadêmica de postura crítica e investigativa. Desse modo, durante o curso,
o oficial aluno irá desenvolver um Trabalho de Conclusão de Curso que se consolida
na realização de um Artigo Científico combinado à propositura aplicável deste
estudo, o que se traduz em um Produto Técnico. O objetivo é o alinhamento entre
teoria e prática, resultando na proposição de soluções e inovações para a instituição.

Dessa maneira, a práxis pedagógica se faz como vertente fundamental no CAO. As


conexões entre componentes curriculares, também potencializam o processo de
ensino aprendizagem, e desse modo, a transdisciplinaridade é uma orientação
metodológica que visa guiar a prática pedagógica do corpo docente, a fim de que os
objetivos possam ser atingidos através de uma atuação conjunta, já que um
conhecimento se ramifica formando uma rede com múltiplas possibilidades de
conexões e interconexões.

O tratamento transdisciplinar do conhecimento propõe a integração das disciplinas,


sem desrespeitar a individualidade de cada uma delas na busca de soluções que
situam da interseção delas, onde cada possui uma peculiar contribuição.

Ademais, ele cria situações de maior envolvimento dos discentes na construção dos
saberes, proporcionando uma integração que corrobora sobremaneira para a
37

requalificação de um gerente transdisciplinarmente preparado para responder, no


futuro, às exigências de uma sociedade cada vez mais complexa e dinâmica.

Entender o conhecimento como uma rede de várias possibilidades de conexões


deve ser a visão do homem do futuro, já denominado de “homo complexus”, cujas
necessidades, desejos, anseios são complexos e com foco voltado para o
autodesenvolvimento e realização de um trabalho que proporcione sentido a sua
existência. Além disso, é um mecanismo que possibilita a reinvenção do
conhecimento, o exercício da criatividade e a visão de conjunto.

Dessa forma, a metodologia adotada para o desenvolvimento do currículo como eixo


articulador entre os componentes curriculares é a transdisciplinaridade. Isso implica
em planejamento conjunto e integrado, expressão de um compromisso tácito entre
os agentes envolvidos sobre objetivos compartilhados, capaz de estabelecer um
diálogo produtivo (trans) disciplinar do ponto de vista do trabalho pedagógico.

Em suma, para atender aos objetivos do curso, a malha curricular deverá, no


desenvolvimento de conteúdos, proporcionar abordagens a temas sociais;
considerações de valores éticos e políticos; desenvolvimentos de atividades
diversificadas; incentivo aos trabalhos criativos; interação entre a Instituição Polícia
Militar e a sociedade; valorização e estimulação da atitude investigadora para a
produção do conhecimento; valorização da iniciativa e estímulo a uma formação
continuada; além de conter dinamismo suficiente para atender a demanda conhecida
apenas pelos discentes chamados a participar.
38

7. ESTRUTURA CURRICULAR E ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

A estrutura curricular para o CAO de 2024 foi elaborada a partir de pesquisa de


avaliação de curso aplicada à alunos egressos e demais membros da comunidade
escolar nas edições dos anos de 2017, 2018, 2019, 2020/2021 e 2023. Conforme
aponta a Matriz Curricular (2014, p. 64),

O objetivo do processo de avaliação [...] é fornecer informações que


possibilitem a reorganização permanente dos processos de ensino e de
aprendizagem. Nesta abordagem, o sistema não se reduz aos critérios de
aprovação e reprovação, mas, sim, constitui a base para um monitoramento
permanente da qualidade e da eficácia das ações de educação [...].

Com esse propósito, a cada curso realizado na PMES é solicitado ao corpo docente
e discente, à equipe pedagógica da APM/ES e à Seção de Planejamento de
Controle de Aulas que façam uma avaliação do curso ofertado.

É válido esclarecer que estes apontamentos são relevantes para a DE, tendo em
vista que esta é uma forma que encontramos para que os diversos atores envolvidos
no curso participem da elaboração do PPC, pois, conforme orienta Veiga (2002, p.
33), “A construção do projeto político-pedagógico requer continuidade das ações,
descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação
de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório”.

Neste intento, as pesquisas de avaliação curricular do CAO indicaram pontos


importantes a serem refletidos, tais como a redução no quantitativo de disciplinas, a
otimização de cargas horárias e a inclusão de disciplinas com maior aplicabilidade
no campo de gestão.

Após um criterioso estudo da malha curricular aprovada em cursos anteriores e


vigente desde o ano de 2016, e em face da necessidade de reformulação, adotando-
se como estratégia a redução de carga horária dispensada à conteúdos basilares,
relacionados aos saberes policiais militares fundamentais e o aumento da carga
39

horária dedicada às disciplinas administrativas e gerenciais, atreladas ao novo


momento na carreira do público-alvo do CAO. A partir desta readequação de cargas
horárias, priorizou-se o efetivo aperfeiçoamento focado em gestão e gerenciamento
estratégico no âmbito da corporação, seguindo, assim, os objetivos do curso.

Com as alterações, a malha curricular do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em


Gestão Policial Militar e Segurança Pública, teve redução de 25,05% de sua carga
horária total, passando de 491 h/a para 368 h/a.

Cabe ressaltar, que tal alteração oportunizou a reorganização curricular com


aumento de carga horária dispensada às disciplinas consideradas, pelas pesquisas,
como as de maior relevância, o que, consequentemente, proporcionará o
aprofundamento dos conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas nesta
formação. A redução da carga horária total ocorreu, majoritariamente, com a
supressão de disciplinas relacionadas aos fundamentos da segurança pública e
otimização de disciplinas cuja ementa apresentava conteúdos similares e/ou
desatualizados.

Houve ainda a preocupação com a inserção de disciplinas que agregarão


conhecimentos aplicáveis ao atual contexto da segurança pública e atinentes ao
campo epistemológico das ciências policiais.

Desta maneira, de modo geral, a atual malha curricular do CAO teve uma
reorganização considerável, passando de 27 (vinte e sete) disciplinas totais para 19
(dezenove), o que representa uma redução de 29,62% no quantitativo de disciplinas.

Além das informações obtidas por meio das pesquisas com egressos, a atualização
curricular se fez necessária devido ao contexto de mais de 08 anos da oferta do
curso sem que houvesse atualizações significativas, estando a atual proposta,
atenta às transformações sociais e ao grande dinamismo das questões relativas à
gestão em segurança pública.
40

A revisão da malha curricular compreende o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais


como um momento singular na vida do oficial, tendo o público-alvo, relevante tempo
de serviço prestado à corporação policial militar, o que revela um contexto de
oportunidade para o compartilhamento de experiências, saberes, desenvolvimento
de pesquisa e de competências inerentes aos cargos, encargos e funções que lhe
são afetas, para além do cumprimento de pré-requisito na ascensão funcional.

Desta forma, com base nessas informações, definiu-se para o CAO as seguintes
modificações, conforme QUADRO 4:

Quadro 4 - Alterações da Malha Curricular do CAO 2024

ALTERAÇÕES NA MALHA CURRICULAR DO CAO 2024

DISCIPLINA C/H SITUAÇÃO JUSTIFICATIVA


CONTEÚDO PROGRAMATICO
01 TEORIA POLÍTICA 17 SUPRIMIDA BASILAR- DISCIPLINA SIMILAR
ESTUDADA NA FORMAÇÃO INICIAL
CONTEÚDO PROGRAMATICO
TEORIA DE POLÍCIA E CULTURA
02
POLICIAL
25 SUPRIMIDA BASILAR- DISCIPLINA SIMILAR
ESTUDADA NA FORMAÇÃO INICIAL
TRANSFORMAÇÃO EM PALESTRA
DIREITOS HUMANOS E QUESTÕES 4H/A – CONTEÚDO PROGRAMATICO
03
SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS
33 READEQUADA
ATRELADO À FUNDAMENTOS EM
SEGURANÇA PÚBLICA
CONTEÚDO PROGRAMATICO
DEMOCRACIA, ESTADO DEMOCRÁTICO
04
DE DIREITO E SEGURANÇA PÚBLICA
17 SUPRIMIDA BASILAR- DISCIPLINA SIMILAR
ESTUDADA NA FORMAÇÃO INICIAL
CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS E CONTEÚDO PROGRAMATICO
05 SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO E SEUS 21 SUPRIMIDA BASILAR- DISCIPLINA SIMILAR
REFLEXOS NA SEGURANÇA PÚBLICA ESTUDADA NA FORMAÇÃO INICIAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
06 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 21 MANTIDA RELEVANTE - AUMENTO DE CARGA
HORÁRIA
COMPATIBILIZAÇÃO COM A
DISICPLINA DESENVOLVIMENTO,
07 TENDÊNCIAS DA GESTÃO PÚBLICA 17 READEQUADA GESTÃO E PROSPECÇÃO DE
CENÁRIOS FUTUROS RELACIONADOS
A PROJETOS 31H/A
COMPATIBILIZAÇÃO COM DISICPLINA
08 LIDERANÇA 21 READEQUADA
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
09 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 21 MANTIDA RELEVANTE - AUMENTO DE CARGA
HORÁRIA 31H/A
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E
10
FINANCEIRA
21 MANTIDA RELEVANTE - AUMENTO DE CARGA
HORÁRIA 31H/A
GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS ATUALIZAÇÃO DE CONTEÚDO
11 APLICADA À LOGÍSTICA POLICIAL 21 MANTIDA PROGRAMÁTICO RELEVANTE –
MILITAR AUMENTO DE CARGA HORÁRIA 31H/A
COMPATIBILIZAÇÃO COM A
GESTÃO DE PROJETOS NA DISICPLINA DESENVOLVIMENTO,
12
SEGURANÇA PÚBLICA
21 READEQUADA
GESTÃO E PROSPECÇÃO DE
CENÁRIOS FUTUROS RELACIONADOS
41

A PROJETOS
GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
13
CONHECIMENTO
17 MANTIDA
RELEVANTE
PROCESSOS DECISÓRIOS E MÉTODOS
COMPATIBILIZAÇÃO COM DISICPLINA
14 DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE 31 READEQUADA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PROBLEMAS
NEGOCIAÇÃO PARA GESTORES COMPATIBILIZAÇÃO COM DISICPLINA
15
PÚBLICOS
17 SUPRIMIDA
GESTÃO DE OPERAÇÕES E CRISES
RESPONSABILIDADE CIVIL, PENAL E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
16
ADMINISTRATIVO DO GESTOR PÚBLICO
17 MANTIDA
RELEVANTE
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
17 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL 19 READEQUADA RELEVANTE - INCLUSÃO DE CURSO
PRÁTICO MEDIA TRAINING 21H/A
PESQUISA APLICADA À SEGURANÇA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
18
PÚBLICA E MAPEAMENTO CRIMINAL
25 MANTIDA
RELEVANTE
TRANFORMAÇÃO EM PALESTRA 4H/A
ESTRATÉGIA DE POLÍCIA – CONTEÚDO PROGRAMATICO
19
COMUNITÁRIO-INTERATIVA
25 READEQUADA
ATRELADO À FUNDAMENTOS EM
SEGURANÇA PÚBLICA
ATUALIZAÇÃO DE CONTEÚDO
20 GERENCIAMENTO DE CRISES POLICIAIS 17 READEQUADA PROGRAMÁTICO RELEVANTES –
AUMENTO DE CARGA HORÁRIA 25H/A
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
21 METODOLOGIA CIENTÍFICA 25 MANTIDA RELEVANTE - AUMENTO DE CARGA
HORÁRIA 27H/A
TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
22 ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA 06 READEQUADA
CURSO
CICLO DE PALESTRAS I –
23 TECNOLOGIAS APLICADAS À
SEGURANÇA PÚBLICA
CICLO DE PALESTRAS II – O COTIDIANO
24
DA GESTÃO DA PMES
CICLO DE PALESTRAS III – ATUAÇÃO
ATUALIZAÇÃO DE CONTEÚDO
ARTICULADA COM OUTROS ÓRGÃOS
25 PROGRAMÁTICO RELEVANTE E
DO SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA 36 READEQUADA
SUPRESSÃO DE CONTEÚDOS
E JUSTIÇA CRIMINAL
DISPONÍVEIS EM DISCIPLINAS
CICLO DE PALESTRAS IV –
26 MECANISMOS INTERNOS E EXTERNOS
DE CONTROLE DAS POLÍCIAS
CICLO DE PALESTRAS V – POLÍTICAS
27 PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO DA
VIOLÊNCIA E DA CRIMINALIDADE
TOTAL GERAL 491 ---
Fonte: Elaboração própria.

7.1. MALHA CURRICULAR DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS

Diante do exposto, a malha curricular do CAO fica definida conforme QUADRO 5,


abaixo:
42

Quadro 5 - Malha Curricular do CAO


MALHA CURRICULAR DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA – CURSO DE
APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
ÁREA - GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA
Nº DISCIPLINAS C/H
01 CIÊNCIAS POLICIAIS 21
02 LEGISLAÇÃO APLICADA 17
03 FERRAMENTAS DE GESTÃO POR PROCESSOS 21
04 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 31
DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PROSPECÇÃO DE CENÁRIOS FUTUROS
05 31
RELACIONADOS A PROJETOS
06 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 31
07 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 31
08 LOGÍSTICA, CONTRATAÇÃO E GESTÃO DE CONTRATOS E DE CONVÊNIOS 31
09 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO 17
10 GESTÃO DE OPERAÇÕES E CRISES 25
RESPONSABILIDADE CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO DO GESTOR
11 17
PÚBLICO
12 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA TRAINING 21
13 PESQUISA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA E MAPEAMENTO CRIMINAL 25
14 METODOLOGIA CIENTÍFICA 27
15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 06
CICLO DE PALESTRAS I TECNOLOGIAS APLICADAS À SEGURANÇA
16 04
PÚBLICA
CICLO DE PALESTRAS II ESTRATÉGIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIO-
17 04
INTERATIVA
CICLO DE PALESTRAS III DIREITOS HUMANOS E QUESTÕES SOCIAIS
18 04
CONTEMPORÂNEAS
CICLO DE PALESTRAS IV MECANISMOS DE CONTROLE NA
19 04
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TOTAL GERAL 368
Fonte: Elaboração própria.

7.2. EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO

O ementário das disciplinas está disponível no APÊNDICE F deste Projeto


Pedagógico de Curso.

7.3. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O sistema de avaliação para verificação de desempenho do aluno será composto


por avaliações por disciplinas, de acordo com as ocorrências e formas estabelecidas
pelas Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE).
43

Em relação às ocorrências da avaliação, estas podem acontecer por meio de


Verificação Imediata (VI), Verificação Corrente (VC) e Verificação Final (VF), sendo
esta última para o caso daquele aluno que não obtiver aproveitamento suficiente na
VC, conforme definem as NPCE:

Art. 40. A Verificação Imediata (VI) visa a avaliar a aprendizagem por meio
de perguntas orais ou escritas, dirigidas aos alunos durante as aulas,
procurando motivá-los para o estudo, propiciando ao professor diagnosticar
os pontos em que os assuntos ministrados não foram compreendidos e
sobre os quais deverá insistir nas aulas subsequentes.
Parágrafo único. As Verificações Imediatas são de exclusiva
responsabilidade do professor, podendo ser aplicadas em forma de
arguições, e seus resultados não serão computados para o cálculo de nota
do aluno (grifo nosso).
Art. 41. A Verificação Corrente (VC) permite avaliar o progresso obtido pelo
aluno, em parte ou ao final do programa da disciplina ou atividade. § 1º – A
Verificação Corrente (VC) será aplicada com autorização do setor
pedagógico da APM/ES, devendo ser comunicada aos alunos com, no
mínimo, 72 (setenta e duas) horas de antecedência.
§ 2º – Para as disciplinas com carga horária total, igual ou inferior a 30
(trinta) horas/aula, será aplicada apenas 01 (uma) VC.
§ 3º – Para as disciplinas com carga horária total variando entre 31 (trinta e
uma) e 60 (sessenta) horas-aula, poderão ser aplicadas 01 (uma) ou 02
(duas) VC, após análise e decisão do setor pedagógico da APM/ES.
(NPCE, 2021, p.19).

O professor poderá desmembrar a VC em até 2 (dois) instrumentos de medida de


aprendizagem, atribuindo pesos distintos, respeitando-se os limites previstos nas
NPCE, isto é, desde que somados, totalizem a nota 10,0 (dez).

Algumas disciplinas possuem especificidades avaliativas conforme descrição na


tabela abaixo:

Quadro 6 - Sistemática de Avaliação do CAO

SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR TIPO DE ESPECIFICIDADES CRITÉRIO
AVALIAÇÃO

PROJETO DE
METODOLOGIA CIENTÍFICA PESQUISA --- NOTA
PARA TCC*
44

ARTIGO
NOTA (40%)
CIENTÍFICO

APRESENTAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE DO ARTIGO NOTA (20%)
TCC
CURSO
CIENTÍFICO

PRODUTO
NOTA (40%)
TÉCNICO

CICLOS DE PALESTRAS I,II, III, IV FREQUÊNCIA --- APTO/INAPTO


(*) No caso de mudança de tema, o aluno deverá elaborar outra pesquisa exploratória, encamindo-a à
coordenação de curso para nova análise e homologação por parte da Diretoria de Educação.
Fonte: Elaboração própria.

7.4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Segue na tabela abaixo, orientações metodológicas para o desenvolvimento de


disciplinas do curso:

Quadro 7 - Sistema de Avaliação do CAO

CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
COMPONENTE CONDIÇÕES DE
ESPECIFICIDADES
CURRICULAR EXECUÇÃO

A DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA


CARÁTER OBRIGATÓRIO, DEVERÁ SER OFERTADA DESDE O INÍCIO
DEVERÃO SER OFERTADAS DO CURSO.
DE MODO A ESTABECER UM
DISCIPLINAS
SEQUENCIAMENTO
COERENTE ENTRE OS A DISCIPLINA TRABALHO DE CONCLUSÃO
CONTEÚDOS. DE CURSO DEVERÁ SER OFERTADA APÓS
O TÉRMINO DAS DISCIPLINAS.

CARÁTER OBRIGATÓRIO,
PODERÃO OCORRER EM ---
PALESTRAS
PERÍODO CONCOMITANTE ÀS
DISCIPLINAS.

Fonte: Elaboração própria.

Os docentes deverão sempre abordar os conteúdos de forma aplicada ao contexto


da PMES. Para tanto, caso tenham dificuldade, poderão contar com o apoio do
45

Oficial Superior da PMES que será designado para a Coordenação do Curso, da


Divisão Pedagógica da APM/ES e da Divisão Pedagógica da Diretoria de Educação.

7.4.1. Especificidades da Disciplina Metodologia Científica

A disciplina Metodologia Científica deverá ser ofertada desde o início do curso e terá
como tipo de avaliação um projeto de pesquisa que subsidiará o desenvolvimento do
TCC, ou seja, subsidiará o estudo a ser realizado no Artigo Científico e indicará a
proposta de Produto Técnico a ser produzido.

O tema do projeto de pesquisa somente poderá ser alterado mediante


encaminhamento pelo aluno de nova pesquisa exploratória ao Coordenador de
Curso, que adotará providências para o seu encaminhamento à Diretoria de
Educação, onde passará por análise e homologação.

A possibilidade de mudança de tema de pesquisa citada no parágrafo anterior,


somente poderá ocorrer durante o desenvolvimento da disciplina Metodologia
Científica, de forma que o professor da referida disciplina possa avaliar o projeto de
pesquisa decorrente do novo tema, emitindo nota ao aluno.

O aluno deverá entregar, impreterivelmente, na data determinada pelo professor da


disciplina Metodologia Científica, o projeto de pesquisa impresso e em mídia digital.
A não entrega do projeto de pesquisa no prazo estabelecido ensejará a atribuição da
nota 0 (zero) na disciplina.

O início das orientações para confecção do Trabalho de Conclusão de Curso ficará


condicionado à aprovação do aluno na disciplina Metodologia Científica.

7.5. NORMAS PARA DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE


CURSO
46

Como requisito para a obtenção do título de Especialista em Gestão Policial Militar e


Segurança Pública o Oficial Aluno deverá elaborar, apresentar e ter aprovado o seu
Trabalho de Conclusão de Curso. Este compreenderá na entrega de um Artigo
Científico, na apresentação para a Banca Examinadora e, por fim, o
desenvolvimento e entrega de um Produto Técnico.

Desta forma, a Nota do TCC (NTCC) será composta pela Nota do Artigo Científico
(NAC) e pela Nota da Apresentação Oral (NAO), ambas atribuídas pela Banca
Examinadora, e a ainda pela Nota do Produto Técnico (NPT), atribuída pelo
Avaliador Técnico, conforme expressão abaixo:

NAC + NAO + NPT = NTCC


Valor: 04 pts Valor: 02 pts Valor: 04 pts Valor: 10 pts

7.5.1. O Artigo Científico

O Artigo Científico compõe o Trabalho de Conclusão de Curso e possui valor total de


4,0 (quatro) pontos, devendo estar coerente com as linhas de pesquisa e temáticas
previstas neste PPC, tratando de tema considerado de interesse da PMES, em
conformidade com a pesquisa exploratória originária.

O Artigo deverá exprimir de forma clara a capacidade de análise e de utilização de


métodos e conceitos científicos por parte do aluno, sob a supervisão de professor
orientador de sua escolha, mediante análise e designação pela Diretoria de
Educação, e a sua confecção deverá ser precedida da elaboração e aprovação de
projeto de pesquisa, conforme descrito no tópico 7.4.1.

A estrutura formal do Artigo Científico deverá estar de acordo com as seguintes


orientações:

a) Formatação do texto:
47

- Número de páginas: no mínimo 15 (quinze) e no máximo 20 (vinte) páginas,


incluindo referências bibliográficas e notas. As citações e referências do texto devem
seguir as normas constantes nos Manuais de “Normalização e apresentação de
Trabalhos Científicos e Acadêmicos”6 e “Normalização de Referências”7 da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
- Fonte: ARIAL, corpo 12, exceto em notas de rodapé, citações longas, legendas e
fontes das figuras e tabelas, cujo corpo é 10.
- Tamanho de papel: A4.
- Orientação: retrato.
- Margens: devem ter 3 cm na parte superior e a esquerda e 2 cm na margem
inferior e direita.
- Espaçamento entre linhas: 1,5 em todo texto, exceto em notas de rodapé, citações
longas e referências, cujo espaçamento deve ser simples.
- Alinhamento: justificado, à exceção do título e da autoria.
- Texto: justificado, abrindo parágrafos com 01 (um) TAB.
- Notas de rodapé: fonte ARIAL, corpo 10.
- Distância entre seções: os títulos principais e secundários devem ficar separados
do texto por uma linha em branco (um espaço 1,5).
- Título: em idioma português ou estrangeiro, deve ser centralizado, escrito em letras
maiúsculas, em negrito, fonte Arial, corpo 14, com limite máximo de 130 (cento e
trinta) caracteres.
- Subtítulo: se houver, em letras minúsculas, sem negrito, na sequência do título.
- Numeração de páginas: Embaixo e à direita, em algarismos arábicos.
- Autoria: sob o título, com espaçamento de 1,5 entre linhas, no mesmo formato,
alinhando à direita; seguido de nota de rodapé com titulação e/ou função (Mestre,
Doutor, Professor, Posto ou Graduação, Comandante, Diretor, Chefe, etc.),

6 Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos e Acadêmicos. Disponível em:


https://repositorio.ufes.br/bitstream/10/1533/1/Normalizacao%20e%20apresentacao%20de%20trabalh
os%20cientificos%20e%20academicos.pdf. Acesso em: 09 abr. 2024.
7 Normalização de Referências. Disponível em:

http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/1532/1/Normalizacao%20de%20referencias%20NBR%206023%
202002.pdf. Acesso: 09 abr. 2024.
48

alinhando à direita. A identificação do professor orientador segue a mesma forma de


identificação.
- Formato eletrônico versão: em .doc ou .docx.
- Arquivo para envio versão: PDF.

b) Elementos constitutivos do artigo científico:


- Resumo: Deverá abranger breves e concretas informações sobre o objeto do
trabalho acadêmico, metodologia, resultados, conclusões do trabalho, mas de forma
contínua e dissertativa, em apenas um parágrafo. Resumo deverá ser feito em Arial,
fonte 10, espaçamento simples.
- Palavras-chave: devem vir na linha imediatamente abaixo do resumo (no mínimo
três e no máximo cinco) para indexação, com alinhamento justificado, separadas por
pontos, seguido de inicial maiúscula.
- Introdução: deve ser breve e, de forma clara, justificar o problema estudado. Nela
deverão ser informados os objetivos do trabalho realizado.
- Metodologia: deve ser elaborada de forma concisa e clara. Deve fazer com que o
leitor entenda os procedimentos utilizados na pesquisa.
- Resultados: devem, à luz do aporte teórico utilizado no trabalho de pesquisa,
evidenciar análise e discussão dos dados obtidos. Podem-se usar recursos
ilustrativos de figura ou tabela, acompanhada(o) de análise indicando sua
relevância, vantagens e possíveis limitações.
- Tabelas ou figuras (fotografia, gráfico, desenho) devem apresentar qualidade
necessária para uma boa reprodução.
- Conclusões ou considerações finais: deverão considerar os objetivos explicitados e
os resultados indicados na pesquisa.
- Referências: deverão constar apenas autores e obras mencionados no texto,
obedecendo-se às normas apontadas neste PPC.

7.5.2. O Produto Técnico


49

O Produto Técnico compõe o Trabalho de Conclusão de Curso e possui valor total


de 4,0 (quatro) pontos. Desta maneira, deve estar associado à pesquisa
desenvolvida no Artigo Científico, o que assegura uma formação discente sob viés
da aplicabilidade prática no contexto profissional.

O Produto Técnico deverá ser realizado, obrigatoriamente, de acordo com o


interesse institucional, havendo, portanto, aplicabilidade à realidade da corporação.

O Produto Técnico deve ser indicado no Artigo Científico, como desdobramento da


pesquisa. Dessa maneira, deve haver um detalhamento sucinto do formato do
produto escolhido, seus objetivos, seu público-alvo e a metodologia adotada.

Serão aceitos para composição do TCC diferentes tipos de Produtos Técnicos,


conforme regulamentação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
superior (CAPES). Para o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em face de suas
especificidades, o QUADRO 8 traz os tipos de produção técnica indicados, para
escolha pelos alunos.

Quadro 8 - Tipos de Produção Técnica Indicados para o CAO

TIPOS DE PRODUÇÃO TÉCNICA INDICADOS PARA O CAO


Método, processo ou produto transformador, desenvolvido
e/ou aplicado na interação com a população e apropriado por
01 TECNOLOGIA SOCIAL ela, que represente solução para inclusão social e melhoria
das condições de vida e que atenda aos requisitos de
simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e replicabilidade.

Atividade docente de capacitação, em diferentes níveis realizada,


CURSO DE FORMAÇÃO
02 Atividade de capacitação criada, em diferentes níveis, Atividade de
PROFISSIONAL
capacitação organizada, em diferentes níveis.

Produto de editoração resulta de atividade editorial de processos


de edição e publicação de obras de ficção e não-ficção.
PRODUTO DE Compreende planejar e executar, intelectual e graficamente, livros,
03 enciclopédias, preparando textos, ilustrações, diagramação etc.
EDITORAÇÃO
com vinculação ao Programa (projetos, linhas, discentes/egressos).
Exemplos: mídia impressa (jornal, revista, livro, panfleto, cartaz,
etc.), eletrônica (e-books, mídias interativas) ou digital (internet,
50

celular).

Produto de apoio/suporte com fins didáticos na mediação de


04 MATERIAL DIDÁTICO processos de ensino e aprendizagem em diferentes contextos
educacionais.

Conjunto de instruções ou declarações a serem usadas direta


SOFTWARE/APLICATIVO ou indiretamente por um computador, a fim de obter um
05 (PROGRAMA DE determinado resultado. Ele é composto por um código-fonte,
COMPUTADOR) desenvolvido em alguma linguagem de programação. (Fonte:
INPI).

Produto da atividade de divulgação e/ou propagação do


conhecimento técnico-científico para público acadêmico ou geral por
06 EVENTO ORGANIZADO
meio de atividades formalmente concebidas. Exemplos: congresso,
seminário, festival, olimpíada, competição, feira ou convenção.

Diretrizes que regulam o funcionamento do setor público e/ou


NORMA OU MARCO privado. Tem por finalidade estabelecer regras para sistemas,
07
REGULATÓRIO órgãos, serviços, instituições e empresas, com mecanismos de
regulação, compensação e penalidade.

Conjunto das informações, decisões, normas e regras que se


aplica a determinada atividade, que encerra os conhecimentos
básicos de uma ciência, uma técnica, um ofício, ou procedimento.
Pode ser um guia de instruções que serve para o uso de um
08 MANUAL/PROTOCOLO
dispositivo, para correção de problemas ou para o estabelecimento
de procedimentos de trabalho. No formato de compêndio, livro/guia
pequeno ou um documento/normativa, impresso ou digital, que
estabelece como se deve atuar em certos procedimentos.

Acervo é o conteúdo de uma coleção privada ou pública, podendo


09 ACERVO ser de caráter científico, biológico, bibliográfico, artístico, fotográfico,
histórico, documental, misto ou qualquer outro.

O produto implica na existência de um intermediário tecnológico


para que a comunicação se realize. Trata-se, portanto, de produto
midiatizado. Mídia compreende o conjunto das emissoras de rádio
PRODUTO DE e de televisão, de jornais e de revistas, do cinema e das outras
10
COMUNICAÇÃO formas de comunicação de massa, bem como, das recentes
mídias sociais em suas diversas plataformas. Exemplos: a)
programas de mídia; b) programas de veículos de comunicação; –
c) programas de mídia social.
Fonte: BRASIL, 2019.

7.5.3. Orientação de Artigo Científico


51

Para a elaboração do Artigo Científico, os Oficiais Alunos terão obrigatoriamente o


auxílio de um professor orientador, cuja titulação acadêmica mínima deverá ser o
nível de especialização. Não poderá ser indicado professor que possuir com o
orientando parentesco até o terceiro grau (cônjuges ou companheiros, pais, filhos,
tios, sobrinhos ou avós).

O aluno do CAO pertencente à PMES deverá atender ainda ao quesito do orientador


de conteúdo ser do posto acima do orientando.

O aluno deverá indicar, por escrito, o nome do professor para a orientação do TCC à
Coordenação do Curso que encaminhará o nome proposto pelo discente ao
Comandante da APM/ES para análise e posterior encaminhamento à DE para
homologação e designação.

Cada orientador poderá assumir a orientação de até 2 (dois) alunos.


Excepcionalmente, após análise da Coordenação do Curso, um mesmo orientador
poderá assumir a orientação de mais de 2 (dois) alunos.

Somente será permitida a troca do professor orientador, após solicitação


fundamentada do aluno à Coordenação do Curso, que encaminhará o nome novo
proposto pelo discente ao Comandante da APM/ES para análise e posterior
encaminhamento à DE para nova homologação e designação.

Os encontros de orientação ocorrerão no total de 06 encontros de 01 h/a, referentes


à carga horária da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, preferencialmente
em dias e horários estabelecidos pelo setor técnico-pedagógico competente da
APM/ES. O professor orientador fará jus à remuneração de 06 horas-aula de
Assessoramento Técnico, conforme a legislação de Gratificação de Magistério em
vigor.
O Artigo Científico elaborado sem a participação do professor orientador designado
pela DE receberá nota 0 (zero) e o discente que verificar dificuldades no processo
52

de orientação, deverá informar tais dificuldades por escrito à Coordenação do Curso.


Caso haja, por parte do aluno, negativa em desenvolver o processo de orientação,
caberá ao professor orientador prestar tais informações, também por escrito, à
Coordenação do Curso.

São deveres do orientador:

I – Frequentar as reuniões convocadas pela Coordenação do Curso;

II – Atender seus alunos orientandos em horário previamente fixado;

III – Efetuar os registros nas fichas de frequência;

IV – Cumprir e fazer cumprir as normas.

São deveres dos alunos orientandos:

I – Cumprir todos os prazos estabelecidos nas normas e em Atos Complementares


fixados pela Coordenação de Curso, bem como cumprir o calendário divulgado pela
DE;

II – Frequentar as reuniões com o professor orientador;

III – Comparecer em dias e locais designados para depósito e apresentação do


Artigo Científico;

IV – Cumprir e fazer cumprir as NPCE e as diretrizes estabelecidas por este PPC.

7.5.4. Depósito
53

O depósito do Artigo Científico e do Produto Técnico deverão ser feitos junto ao


Chefe da Divisão Pedagógica da APM/ES, em datas previamente estabelecidas,
sendo que a data a ser definida para o depósito do Produto Técnico deverá ser, no
mínimo, 15 (quinze) dias posterior à data da apresentação do Artigo Científico à
Banca Examinadora.

A não entrega ou a entrega fora do prazo terá como consequência a atribuição de


nota 0 (zero) e a submissão do aluno à VF. O aluno que for submetido à VF por não
entregar o artigo ou entregá-lo fora do prazo, não necessitará mudar o tema de
pesquisa.

O aluno deverá depositar 03 (três) cópias do Artigo Científico, além de cópia em


mídia digital com o arquivo do trabalho (formato .DOC ou .DOCX e PDF) e formulário
de encaminhamento preenchido pelo professor orientador.

O Artigo Científico será submetido inicialmente à avaliação da verificação de plágio,


através de comissão instituída pelo Comando da APM/ES. As falhas de citação
direta detectadas pela comissão, que não configurem plágio, mas sim erro de
adequação da norma, deverão ser encaminhadas para os membros da banca, para
fins de apontamento de correções e desconto de pontuação.

O aluno que tiver o trabalho reprovado por plágio, deverá apresentar uma nova
pesquisa exploratória para aprovação e homologação da DE, sem prejuízo das
medidas penais, penais militares e administrativas disciplinares cabíveis, ficando
proibida a continuidade de orientação com o mesmo professor.

O Artigo Científico, que compõe o TCC, será submetido à Banca Examinadora, que
por sua vez será composta por três membros com estudos ou alta experiência na
área do tema de pesquisa do aluno, sendo um deles, obrigatoriamente, o professor
orientador, fazendo o papel de presidente da banca.
54

Após o depósito do Produto Técnico, o Chefe da Divisão Pedagógica da APM/ES,


que fará o seu encaminhamento à Unidade do Militar, para a devida Avaliação
Técnica. A não entrega do Produto Técnico obedecerá às mesmas regras
estipuladas para o Artigo Científico previsto neste tópico.

7.5.5. Banca Examinadora

As sessões de apresentação de TCC serão públicas. Na defesa oral, o aluno terá


até 20 (vinte) minutos para apresentar o seu Artigo Científico e cada componente da
Banca Examinadora até 10 (dez) minutos para fazer a sua arguição, dispondo ainda
o discente de outros 10 (dez) minutos para responder a cada um dos examinadores.

Os professores componentes da Banca Examinadora farão jus à remuneração da


carga horária de Assessoramento Técnico, conforme a legislação de Gratificação de
Magistério em vigor.

No caso de curso com participação de alunos de outra Corporação, de natureza


diferente da atividade policial militar, a indicação dos orientadores e dos demais
integrantes das Bancas Examinadoras ficarão a cargo de suas Instituições.

Quanto à atribuição de notas, devem ser observados os seguintes critérios:

I – Os membros da Banca Examinadora avaliarão o Artigo Científico e a sua


apresentação com auxílio do preenchimento do Formulário de Correção do Artigo
Científico e Apresentação à Banca Examinadora, conforme modelo apresentado no
APÊNDICE C deste PPC;

II – Ao aluno que não se apresentar para a apresentação do Artigo Científico, sem


amparo da norma disciplinar e acadêmica em vigor, será atribuída nota 0 (zero), de
acordo com o previsto no art. 58 das NPCE;
55

III – O aluno que incidir no previsto no item anterior será submetido à VF ocasião em
que seu Artigo Científico será avaliado por Banca Examinadora, conforme
estabelecido no parágrafo 2° do art. 46 das NPCE;

IV – A banca poderá determinar que o aluno faça correções no trabalho por ocasião
da atribuição da nota;

V – Caberá ao professor orientador, que presidirá a Banca Examinadora, ao final da


apresentação, preencher a Ata de Apresentação de Artigo Científico, colhendo a
assinatura de todos os membros, conforme modelo apresentado no APÊNDICE D
deste PPC, e encaminhá-lo, junto com os Formulário de Correção, ao Chefe da
Divisão Pedagógica da APM/ES.

VI – Os membros da Banca Examinadora farão jus à remuneração de 02 horas-aula


de Assessoramento Técnico, conforme a legislação de Gratificação de Magistério
em vigor.

7.5.6. Avaliação Técnica

A Avaliação Técnica tem por objetivo averiguar se o Produto Técnico desenvolvido


atende aos critérios estabelecidos por este PCC, visando sua aplicabilidade em meio
ao contexto organizacional.

Os critérios para a realização da Avaliação Técnica estão definidos abaixo:

I – O avaliador técnico deverá ser oficial superior lotado na OME relacionada ao


problema pesquisado no Artigo Científico para a qual o Produto Técnico foi
desenvolvido, e será designado pela Diretoria de Educação;

II – O avaliador técnico atribuirá a pontuação, de acordo com o FORMULÁRIO DE


AVALIAÇÃO CONCEITUAL DE PRODUTO TÉCNICO, conforme consta no
56

APÊNDICE E deste PPC, devendo encaminhá-lo à Divisão Pedagógica da APM/ES


em prazo previamente estabelecido;

III – O avaliador técnico designado pela DE fará jus à remuneração de 02 horas-aula


de Assessoramento Técnico, conforme a legislação de Gratificação de Magistério
em vigor.

7.5.7. Reprovação no TCC

Será considerado reprovado no TCC o aluno que não alcançar a nota 7,0 (sete),
sendo então submetido à Verificação Final, momento em que será oportunizado
efetuar as correções e adequações necessárias, conforme indicação da Banca
Examinadora ou do Avaliador Técnico.

Para tanto, ficam definidos os seguintes critérios:

I – A análise das correções feitas pelo aluno por ocasião da VF no TCC ficará a
cargo do professor da disciplina Metodologia Científica;

II – A nota final do TCC, caso o aluno seja aprovado em VF, não ultrapassará a 7,0
(sete) para fins de registro e cômputo, cancelando-se a nota obtida anteriormente
que não mais será levada em consideração, para fins de classificação no curso;

III – O aluno que não alcançar a nota mínima exigida para aprovação na VF do TCC,
de acordo com as normas de ensino em vigor, será submetido ao Regime de
Dependência;

IV – O aluno que incorrer em dependência no TCC deverá, durante o cumprimento


do Regime de Dependência, apresentar nova pesquisa exploratória, para análise e
homologação, confeccionará um novo Artigo Científico, que será avaliado e
57

submetido à nova banca examinadora, e fará o depósito de um novo Produto


Técnico, conforme critérios estabelecidos neste PPC;

V – Ao aluno aprovado no Regime de Dependência será atribuída no máximo a nota


6,0 (seis) no TCC, para efeito do cálculo da nota final do período letivo cumprido em
regime de dependência;

VI – O aluno que obtiver no Regime de Dependência nota inferior a 6,0 (seis) no


TCC será considerado reprovado e consequentemente desligado do curso.

7.5.8. Aprovação no TCC

Após a aprovação do Artigo Científico pela Banca Examinadora e do Produto


Técnico por Avaliação Técnica, o aluno deverá entregar a versão final do seu Artigo
Científico e do Produto Técnico, em conformidade com as regras previstas neste
PPC.

7.6. VIAGEM DE ESTUDOS

A viagem de estudos do CAO é uma atividade extracurricular cujo objetivo é


oportunizar conexões profissionais e vivência em diferentes contextos corporativos,
desenvolvendo um intercâmbio de experiências e oportunidades.

Tal prática educativa transcende ao currículo prescrito, por conta disso, redes de
múltiplos saberes são formadas promovendo a integração dos oficiais e expandindo
as possibilidades de estudos em gestão policial militar e segurança pública a partir
de diagnósticos realizados em corporações nacionais ou internacionais a serem
escolhidas para atividade.
58

A viagem deverá ser planejada através de Diretriz de Ensino desenvolvida pela DE e


sua autorização será vinculada ao interesse e à conveniência institucional, mediante
disponibilidade financeira-orçamentária.
59

8. ORGANIZAÇÃO DO CURSO

A organização de um curso é imprescindível para garantir a sua eficácia. Nesse


processo de organização, planeja-se todas as etapas do curso, analisa o perfil dos
sujeitos que estarão envolvidos (diretamente ou indiretamente) nessa formação.
Com vistas nisso, os próximos roteiros apresentarão os tópicos que foram elencados
para organizar a Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Policial Militar e Segurança
Pública – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais.

8.1. CALENDÁRIO LETIVO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Para melhor organização institucional será publicado em Aditamento da Diretoria da


Educação o Calendário Letivo do curso, que consiste na programação de dias
letivos ao longo dos meses, constando ainda outras atividades como feriados, dias
não-letivos, data de apresentação dos alunos, data de encerramento das atividades
letivas, dias dedicados à confecção de TCC, data de depósito das monografias,
período de apresentação das monográficas, data de encerramento do curso, dentre
outras atividades.

Já para fins de organização pessoal dos alunos, a APM divulgará, semanalmente, o


Quadro de Trabalho Semanal (QTS). Nele constará as atividades específicas das
disciplinas dentro daquela semana, tais como provas ou avaliações, entrega de
resultados, atividades externas, dentre outras atividades.

8.2. COORDENAÇÃO DO CURSO

O Curso de Pós-Graduação em tela contará com uma Coordenação exercida por um


Oficial Superior da APM/ES portador, portanto, do Curso de Aperfeiçoamento de
Oficiais.

8.2.1. Atribuições da Coordenação do Curso


60

São atribuições da coordenação do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais:

I – Providenciar as condições para a execução do curso, zelando para que ele se


desenvolva dentro das diretrizes pedagógicas definidas neste projeto;

II – Acompanhar o calendário acadêmico do curso;

III – Recolher junto aos alunos cópias das pesquisas exploratórias, apresentadas e
aprovadas no momento da seleção, e encaminhá-las à Divisão Pedagógica da
APM/ES, de maneira que sejam repassadas ao professor da disciplina de
Metodologia de Pesquisa para subsidiar o início dos trabalhos da disciplina;

IV – Acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem e da capacitação técnico-


profissional dos alunos;

V – Avaliar constantemente a proposta do curso, objetivando compatibilizar o


conteúdo e a didática aos objetivos gerais e específicos definidos, corrigindo
distorções;

VI – Reunir-se com o corpo discente, visando discutir assuntos pertinentes ao


desenvolvimento do curso e dirimir dúvidas;

VII – Solucionar questões ou conflitos originados na relação acadêmica, tomando


como base o contrato pedagógico, as resoluções e as normas vigentes na
Corporação;

VIII – Acompanhar a evolução do aprendizado, a frequência e a participação dos


alunos nas aulas, palestras, bem como sua avaliação ao longo do curso;

IX – Acompanhar na primeira aula de cada disciplina o planejamento didático que


está sendo apresentado para os alunos;
61

X – Avaliar constantemente a proposta do curso, objetivando compatibilizar o


conteúdo e a didática aos objetivos gerais e específicos definidos, corrigindo
distorções;

XI – Divulgar aos alunos as regras oficiais para confecção do Trabalho de Conclusão


de Curso, tomar providências para a composição e enviar ao Comandante de
APM/ES, para posterior encaminhamento à DE, dos temas dos Artigos Científicos,
dos nomes dos orientadores, dos componentes das bancas examinadoras e do
avaliador técnico, para serem homologados e designados;

XII – Verificar se as correções finais do Artigo Científico e do Produto Técnico foram


realizadas pelos alunos, de acordo com as solicitações da Banca Examinadora.

8.3. DIVISÃO PEDAGÓGICA DA APM/ES

A APM/ES é o órgão responsável pela execução dos cursos de formação inicial e


continuada dos profissionais de segurança pública do estado do Espírito Santo. Com
o propósito de garantir a qualidade da educação ofertada aos militares, essa
Unidade de Ensino conta com o apoio da Divisão Pedagógica de Ensino - APM/ES,
que tem como responsabilidade acompanhar a realização dos cursos ofertados na
APM/ES.

Nesse sentido, entre outras atribuições da Divisão Pedagógica de Ensino da


APM/ES, estão:

I - Encaminhar ao corpo docente, por meio eletrônico, o Projeto Pedagógico do


curso;

II – Promover reuniões periódicas setorizadas com os professores, por área de


conhecimento;
62

III – Receber do corpo docente seus respectivos planejamentos didáticos a serem


entregues pelo professor no mínimo 15 (quinze) dias antes do início do curso;

IV – Garantir que os Programas de Ensino e Aprendizagem por Competências


(PEAC) elaborados pelos professores estejam alinhados com os princípios e
orientações deste PPC;

V – Cumprir e fazer cumprir as NPCE e dar encaminhamento às demandas delas


decorrentes;

VI – Providenciar para que os próprios professores entreguem aos alunos o


resultado de suas avaliações;

VII – Acompanhar o cumprimento do calendário acadêmico do curso, propondo os


ajustes necessários;

VIII – Avaliar constantemente a proposta do curso, objetivando compatibilizar o


conteúdo e a didática aos objetivos gerais e específicos definidos, corrigindo
distorções;
IX – Avaliar constantemente a proposta do curso, objetivando compatibilizar o
conteúdo e a didática aos objetivos gerais e específicos definidos, corrigindo
distorções;

X – Fazer avaliação dos docentes e inseri-las no relatório final do curso;

XI – Enviar ao Comandante da APM/ES, conforme prazo previsto nas Normas de


Ensino vigentes na Corporação, o resultado final do CAO;

XII – Produzir relatório final do curso para ser entregue ao Comandante da APM/ES,
conforme prazo previsto nas Normas de Ensino vigentes na Corporação.
63

8.4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO, FREQUÊNCIA, APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO


E DESLIGAMENTO DOS ALUNOS

Os alunos do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais terão sua situação acadêmica


regulamentada por este PPC e, subsidiariamente, pelas Normas de Ensino em vigor
na Corporação.

8.5. CORPO DOCENTE

O corpo docente será constituído de, no mínimo, 70% (setenta por cento) de seus
professores portadores de título de mestre ou de doutor – consoante com o
preceituado no Art. 250, § 2º inciso IV, da Resolução nº 3777/2014 – CEE/ES.

De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional da APM/ES, a instituição


não possui um quadro fixo de professores, o que faz com que o corpo docente dos
cursos seja construído tanto com professores militares pertencentes à Corporação
quanto com docentes civis, que atuam nas diversas IES do Estado.

No QUADRO 9 temos a titulação do corpo docente do CAO, para fins de


atendimento às exigências do Conselho Estadual de Educação:

Quadro 9 - Quadro Docente do CAO

GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA C/H TITULAÇÃO


01 CIÊNCIAS POLICIAIS 21 Doutorado
02 LEGISLAÇÃO APLICADA 17 Especialização
03 FERRAMENTAS DE GESTÃO POR PROCESSOS 21 Especialização
04 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 31 Mestrado
DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PROSPECÇÃO
05 DE CENÁRIOS FUTUROS RELACIONADOS A 31 Mestrado
PROJETOS
06 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 31 Mestrado
07 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 31 Especialização
LOGÍSTICA, CONTRATAÇÃO E GESTÃO DE
08 31 Mestrado
CONTRATOS E DE CONVÊNIOS
09 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO 17 Mestrado
64

CONHECIMENTO
10 GESTÃO DE OPERAÇÕES E CRISES 25 Especialização
RESPONSABILIDADE CIVIL, PENAL E
11 17 Pós-Doutorado
ADMINISTRATIVO DO GESTOR PÚBLICO
GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA
12 21 Mestrado
TRAINING
PESQUISA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA E
13 25 Doutorado
MAPEAMENTO CRIMINAL
14 METODOLOGIA CIENTÍFICA 27 Doutorado
15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 06 --
CICLO DE PALESTRAS I TECNOLOGIAS
16 04 Especialização
APLICADAS À SEGURANÇA PÚBLICA
CICLO DE PALESTRAS II ESTRATÉGIA DE
17 04 Mestrado
POLÍCIA COMUNITÁRIO-INTERATIVA
CICLO DE PALESTRAS III DIREITOS HUMANOS E
18 04 Doutorado
QUESTÕES SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS
CICLO DE PALESTRAS IV MECANISMOS DE
19 04 Mestrado
CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TOTAL GERAL 368
Fonte: Elaboração própria.
65

REFERÊNCIAS

ALVES, Emília. A face oculta do ensino policial militar e a formação do jovem


policial. 2004. 196 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal
do Espírito Santo, Vitória, 2004.

ALTET, Marguerite. As competências do professor profissional: entre


conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In:
PERRENOUD, Philippe et al. Formando professores profissionais. Porto Alegre:
ARTMED, 2002.

ALVES, Emília. A formação e o desempenho profissional do Sargento


Combatente da Polícia Militar do Espírito Santo – 1994 a 2011. 2011.116 f.
Monografia (Especialização em Segurança Pública) – Centro Universitário Vila
Velha, Vila Velha, 2011.

BRASIL. Lei n.° 14.751, de 12 de dezembro de 2023. Institui a Lei Orgânica


Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios, nos termos do inciso XXI do caput do art. 22 da
Constituição Federal, altera a Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, e revoga
dispositivos do Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969. Diário Oficial da União,
Brasília, 12 de dezembro de 2023.

______. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de


Nível Superior. Produção Técnica-Grupo de Trabalho: relatório. Brasília: MEC,
2019. Disponível em: https:/www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/10062019-
producao-tecnica-pdf Acesso em: 01 fev. 2024.

______. Ministério da Educação. Resolução Conselho Nacional de


Educação/Câmara do Ensino Superior 1/2007. Diário Oficial da União, Brasília, 8
de junho de 2007, Seção 1, pág. 9.

______. Ministério da Justiça. Matriz Curricular Nacional para Ações Formativas


dos Profissionais da Área da Segurança Pública. Brasília, 2014.

______. Ministério do Trabalho. Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).


Brasília, 2011.

ESPÍRITO SANTO (Estado). Lei n.° 3.196, de 09 de janeiro de 1978. Estatuto da


Polícia Militar do Espírito Santo. Vitória, 1978.

______. Lei Complementar n° 910, de 26 de abril de 2019. Dispõe sobre a


promoção dos Oficiais Combatentes e Especialistas da Polícia Militar do Estado do
Espírito Santo (PMES) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo
(CBMES). Vitória, 2019.
66

______. Decreto n° 3.962-R, de 06 de abril de 2016. Transforma o Centro de


Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo em
Instituição de Ensino Superior e o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar
do Estado do Espírito Santo Bacharelado em Ciências Policiais e Segurança
Pública, sem elevação da despesa fixada. Diário Oficial do Estado do Espírito
Santo, Vitória, 8 de abril de 2016, p.2.

_____. Resolução CEE – ES nº 4.624/2016. Aprova a oferta do Curso de Pós-


Graduação Lato Sensu em Gestão Policia Militar e Segurança Pública. Diário
Oficial do Estado do Espírito Santo, Vitória 10 de novembro de 2016, p. 67.

______. Resolução CEE – ES nº 4.923/2017. Considera oficializada a mudança de


denominação do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública da
Polícia Militar do Espírito Santo (ISP/PMES) para Academia de Políciia Militar do
Espírito Santo – Instituto Superior de Ciências Poiliciais e Segurança Pública –
APM/ES. Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, Vitória, 11 de setembro de
2017, p. 29.

_____ . Resolução CEE - ES nº 5.069/2018. Aprova a ampliação do número de


vagas para oferta do Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Gestão Policial Militar
e Segurança Pública – Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública
– APM /ES. Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, 2018, p.4.

POLÍCIA MILITAR. Estado-Maior Geral. Plano Estratégico 2020-2023. Vitória,


2023.

______. ______. Portaria n.° 1073-R, de 03 de maio de 2023. Aprova o Quadro de


Detalhamento Organizacional (QDO) da PMES. Boletim do Comando Geral n.°
019, de 04 de maio de 2023. Vitória, 2023.

SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. Porto


Alegre: ARTMED, 2001.

VEIGA, Lima Passos Alencastro (Org.). Projeto político-pedagógico da escola:


uma construção possível. 14. Ed. Campinas: Papirus, 2002.

VELOSO, Fernando; FERREIRA, Sérgio Guimarães. É possível: gestão da


segurança pública e redução da violência. Rio de Janeiro: IEPE, 2008.

ZABALA, Antonio; ARNAU, Laia. Como Aprender e Ensinar Competências. Porto


Alegre: Artmed, 2010.197 p.
67

APÊNDICE

APÊNDICE A - FICHA DE INSCRIÇÃO PARA O CAO

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS - CAO


PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA

FICHA DE INSCRIÇÃO DO PROCESSO SELETIVO


Está ciente dos requisitos exigidos no processo seletivo? ( ) SIM ( ) NÃO

Indicar o Aditamento DS da última inspeção de saúde, anexando-o à ficha de inscrição: Adto DS n°


______/_____

PREENCHER UTILIZANDO MODELO DISPONÍVEL NO E-DCOS


NOME COMPLETO:

RG: NF: CPF: DATA NASCIMENTO:

_____/______/________
DATA DE INCORPORAÇÃO: ESTADO CIVIL: POSSUI FILHOS:
( ) NÃO ( ) SIM, QUANTOS: __________
_____/_____/_______
ENDEREÇO RESIDENCIAL (RUA/AV.): BAIRRO:

CIDADE: COMPLEMENTO: CEP:

TELEFONE RESIDENCIAL: CELULAR PARTICULAR: SEXO:

( )M ( )F
UNIDADE / CIA / SETOR / FUNÇÃO:

CELULAR FUNCIONAL: TELEFONE FIXO (TRABALHO):

E-MAIL: TEL CONTATO (RECADOS):

TITULAÇÃO ACADÊMICA

( ) GRADUAÇÕES (diversas do CFO): __________________________________________________


Tipo: ( ) Bacharelado ( ) Licenciatura ( ) Tecnólogo

( ) ESPECIALIZAÇÕES: ______________________________________________________________

( ) MESTRADO: ____________________________________________________________________

( ) DOUTORADO: ___________________________________________________________________
Venho requerer minha inscrição, estando ciente das normas do processo
seletivo e assumindo toda responsabilidade pelas informações aqui
prestadas.
Data: ___/___/____
____________________________________________
Oficial QOC
68

APÊNDICE B - MODELO DE PESQUISA EXPLORATÓRIA PARA TCC

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS - CAO


PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA

FORMULÁRIO DE PESQUISA EXPLORATÓRIA

NOME:

RG: NF: OME:

E-MAIL: TEL.:

DESCRIÇÃO DA PESQUISA
LINHA DE
PESQUISA:

TEMA/TÍTULO:

JUSTIFICATIVA
(máx. 30 linhas)

PROBLEMA DE
PESQUISA

GERAL

OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
(máx. 03)

Ao Sr. Diretor/Comandante: Ao Sr. Diretor de Educação


Em: __________________ Em: __________________
Encaminho a presente pesquisa exploratória, para Atesto que o problema de pesquisa indicado pelo
fins de avaliação de sua relevância e consequênte candiato é relevante para a corporação, apresentando
autorização: desafio ou dificuldade existente na Organização Militar
Estadual (OME) em que está lotado:

__________________________________________ ____________________________________________
Candidato Diretor/Comandante
69

APÊNDICE C - FORMULÁRIO DE CORREÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO E


APRESENTAÇÃO À BANCA EXAMINADORA

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS - CAO


PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA

FORMULÁRIO DE CORREÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO E APRESENTAÇÃO


À BANCA EXAMINADORA
Título do Artigo:

Autor:

Data: Hora:

Avaliador:

1. NOTA DO ARTIGO CIENTÍFICO (NAC) - 4,0 pontos

CRITÉRIO DE FORMATAÇÃO (total 0,9 pontos) 0,0 0,10 0,20 0,30

1.1 TÍTULO

1.2 RESUMO E PALAVRAS-CHAVE

1.3 CITAÇÕES e REFERÊNCIAS

CRITÉRIO DE ELEMENTOS TEXTUAIS (total 2,7 pontos) 0,0 0,10 0,20 0,30

1.4 TEMA DA PESQUISA: DELIMITAÇÃO E RELEVÂNCIA.

1.5 PROBLEMA DE PESQUISA: CLAREZA, PRECISÃO E DELIMITAÇÃO EM


TERMOS DE TEMPO E ESPAÇO.

1.6 JUSTIFICATIVA: IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DO TEMA E PROBLEMA


SELECIONADOS.

1.7 ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS COERENTES E DE VIÁVEL


CONSECUÇÃO.

1.8 METODOLOGIA: CAMINHOS METODOLÓGICOS E SEREM


PERCORRIDOS PARA CONSECUÇÃO DO (S) OBJETIVOS (S) E RESPOSTAS
À PERGUNTA DE PESQUISA.

1.9 COLETA E APRESENTAÇÃO DE DADOS PERTINENTES À PESQUISA.

1.10 EMBASAMENTO TEÓRICO: FUNDAMENTAÇÃO DA PESQUISA.

1.11 CONCLUSÃO: SÍNTESE ARGUMENTATIVA DO TRABALHO (RETOMADA


E FECHAMENTO DAS IDEIAS) E APRESENTAÇÃO DE UMA RESPOSTA
PERTINENTE E RELEVANTE AO PROBLEMA DE PESQUISA.
70

1.12 DESCRIÇÃO DO PRODUTO TÉCNICO DESENVOLVIDO, CONTENDO,


OBJETIVOS, PÚBLICO-ALVO E METODOLOGIA ADOTADA.

CRITÉRIO DE QUALIDADE GERAL DO TEXTO (total 0,4 pontos) 0,0 0,1 0,25 0,4
1.13 ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM, CORREÇÃO GRAMATICAL E
ORTOGRÁFICA, CLAREZA NA REDAÇÃO E CONCATENAÇÃO DE IDEIAS.

NOTA DO ARTIGO CIENTÍFICO (NAC):

2. NOTA DA APRESENTAÇÃO ORAL (NAO) - 2,0 pontos

CRITÉRIOS DA APRESENTAÇÃO ORAL (total 2,0 pontos) 0,0 0,10 0,20 0,30 0,40

2.1 CLAREZA PARA COMUNICAR OS TÓPICOS ESSENCIAIS DO


TRABALHO.

2.2 OBJETIVIDADE PARA COMUNICAR OS TÓPICOS ESSENCIAIS


DO TRABALHO

2.3 COMUNICAÇÃO DOS TÓPICOS ESSENCIAIS DO TRABALHO


DENTRO DO PRAZO PREVISTO.*

2.4 ELABORAÇÃO E USO ADEQUADO DO MATERIAL DE APOIO


PARA A APRESENTAÇÃO

2.5 ATRELAMENTO ENTRE ARTIGO CIENTÍFICO E PRODUTO


TÉCNICO.

NOTA DA APRESENTAÇÃO ORAL (NAO):


*Na defesa oral, o aluno terá até 20 (vinte) minutos para apresentar o seu trabalho, e cada
componente da banca examinadora até 10 (dez) minutos para fazer a sua arguição, dispondo ainda o
discente de outros 10 (dez) minutos para responder cada um dos examinadores.

OBSERVAÇÕES:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

_______________________________________
Assinatura do Avaliador
71

APÊNDICE D - ATA DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS - CAO


PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA

ATA DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

Aos ____________________________________________________ de 2024, no


_________________________________, localizado em _____________________,
_________________ / ES, realizou-se a sessão pública de apresentação do TCC do
Curso de Pós-graduação em Gestão Policial Militar e Segurança Pública (CAO),
turma ______, do ALUNO CAO _________________________________________,
sob orientação do ________________________________________________, com
trabalho intitulado _____________________________________________________
_________________________________________________________________________________.

Pelos professores/membros da banca avaliadora foram atribuídas as seguintes notas:


Nome do Orientador (Presidente):

Nota (NAC + NAO / 0 a 6,0):____________ Presidente:

Nome do Membro Convidado 01:

Nota (NAC + NAO / 0 a 6,0):____________ Membro 01:

Nome do Membro Convidado 02:

Nota (NAC + NAO / 0 a 6,0):____________ Membro 02:

Em sessão pública, após exposição de cerca de ______ minutos, o candidato foi arguido oralmente
pelos membros da banca, tendo como resultado:
( ) APROVAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO POR UNAMIDADE.

( ) APROVAÇÃO SOMENTE APÓS SATISFAZER AS EXIGÊNCIAS QUE CONSTAM NA FOLHA DE MODIFICAÇÃOES NO


PRAZO FIXADO PELA BANCA (NÃO SUPERIOR A TRINTA DIAS).

( ) REPROVAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO.

Média Final (NAC + NAO / 0 a 6,0):____________

___________________________________
PRESIDENTE DA BANCA

___________________________________
CIENTE DO ALUNO
72

APÊNDICE E - FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO CONCEITUAL DE PRODUTO


TÉCNICO

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS - CAO


PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO POLICIAL MILITAR E SEGURANÇA PÚBLICA

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO CONCEITUAL DE PRODUTO TÉCNICO


Tipo de Produto Técnico:
Autor:
Avaliador: Data da Avaliação:

SÚMULA DE AVALIAÇÃO CONCEITUAL DE PRODUTO TÉCNICO


CRITÉRIOS 0,0 0,10 0,20 0,30 0,40
1) VINCULAÇÃO À LINHA DE PESQUISA E ARTIGO
CIENTÍFICO
2) FORMATAÇÃO GERAL, LAYOUT E ELEMENTOS
AUDIOVISUAIS
3) ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM, CLAREZA E
CONCATENAÇÃO DE IDEIAS
4) IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA PARA A
CORPORAÇÃO
5) ABORDAGEM A PARTIR DE DIAGNÓSTICO E
PROBLEMA INSTITUCIONAL
6) ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS COERENTES E
DE VIÁVEL CONSECUÇÃO
7) POTENCIAL IMPACTO INSTITUCIONAL
RELACIONADO À SOLUÇÃO DE DEMANDAS E/OU
PROBLEMAS
8) POTENCIAL APLICABILIDADE PELA OME E/OU
CORPORAÇÃO
9) INOVAÇÃO

10) COMPLEXIDADE

OBSERVAÇÕES:

DADOS DO AVALIADOR
NOME COMPLETO:

RG/NF: OME/FUNÇÃO:
Em:______________
NOTA PRODUTO TÉCNICO (NPT / 0 A 4,0) : Ao Sr. Comandante da APM/ES
Encaminho a Vossa Senhoria o presente Formuário de
avaliação do Produto Técnico.

______________________________ ____________________________________
Oficial Avaliador
73

APÊNDICE F – EMENTAS DAS DISCIPLINAS - CAO

01 CIÊNCIAS POLICIAIS - 21 H/A


Etimologia e definição de Ciências. Pensamento Científico .Conhecimento científico. Ciência Moderna e o
método científico. Ciências Policiais: conceito, epistemologia e axiologia. Teoria das Ciências Policiais: sujeito,
objeto e elementos estruturais. Importância e Contribuição das Ciências Policiais.
02 LEGISLAÇÃO APLICADA - 17 H/A
Atualizações legislativas acerca dos principais regramentos institucionais (direitos, deveres, remuneração,
progressão na carreira, sistema de previdência dos militares estaduais).
03 FERRAMENTAS DE GESTÃO POR PROCESSOS - 21 H/A
Conceituação de processos. Integração de processos. Metodologias, técnicas e ferramentas para a
racionalização de processos organizacionais. Processos e a estrutura organizacional. Tomada de decisão.
Ferramentas de modelagem. Análise e redesenho de processos. Proposição de mudanças e melhorias nas
organizações.
04 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - 31 H/A
Introdução: pensamento e Gestão Pública Estratégica no contexto político e social. História e contexto atual
de Planejamento Estratégico na PMES. Planejamento Estratégico (composição e construção de elementos):
Missão, Visão, Valores, Referências Estratégicas, Objetivos, Metas, Indicadores Estratégicos e de Resultados,
Desafios, Diagnóstico e Análise Situacional (Matriz SWOT, PESTAL e Balanced Score Card), Fatores Críticos de
Sucesso, Portfólio de Programas, Projetos e Atividades. Fontes Orçamentárias. Mapa Estratégico. Governança
e Processos de Monitoramento. Elaboração de Plano Estratégico (Plano de Comando, Plano Diretor ou de
Gestão).
DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PROSPECÇÃO DE CENÁRIOS FUTUROS RELACIONADOS A PROJETOS –
05
31 H/A
Fundamentos do Gerenciamento de Projetos. Elaboração de Projetos. Gerenciamento de Integração, Escopo,
Tempo, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações, Riscos, Aquisição e Partes Interessadas.
Monitoramento e Avaliação de Projetos e de Resultados. Escritório de Projetos. Gestão de Projetos e
pensamento de Futuro. Prospecção de cenários. Estratégia de Longo Prazo.
06 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS - 31 H/A
Cultura Organizacional, Valores e Poder na Policia Militar. Clima Organizacional. Conflitos e Resistências à
Mudança. Estilos de liderança e seus impactos nas organizações policiais. Habilidades gerenciais.
Comunicação e Relacionamento Interpessoal. Administração de Conflitos Interpessoais e Negociação. Gestão
de Equipes de Alto Desempenho. Gestão por Competência. Recrutamento, Treinamento e Desenvolvimento
de Pessoas. Atração e Retenção de Talentos. Sistemas e Formas de Recompensa. Qualidade de Vida e
Convivência no Ambiente Organizacional. Novas exigências organizacionais para a função gerencial
contemporânea.
07 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA - 31 H/A
Fundamentos dos orçamentos públicos: breve histórico. A evolução conceitual do orçamento: orçamento
tradicional, base zero, por programas e participativo. Base legal do orçamento público: natureza da Lei
Orçamentária: caráter autorizativo. Princípios orçamentários. Instrumentos de gestão do Estado: PPA, LDO e
LOA; a lógica de interação entre PPA, LDO, LRF e LOA; a função do PPA; a LRF: inovações e a consolidação de
vínculos entre os instrumentos de gestão. Organização do orçamento anual. Classificação da receita: categoria
econômica, fontes de receita. Classificação da despesa: institucional, funcional e por natureza de despesa. A
execução orçamentária: estrutura da programação orçamentária e financeira e execução da despesa.
Detalhamento da dotação orçamentária. Mecanismos retificadores do orçamento: suplementar, especial e
extraordinário. Suprimento de Fundos, como adiantamento de recursos. Fiscalização financeira e controle. Lei
de Responsabilidade Fiscal aplicada à gestão orçamentária e financeira.
08 LOGÍSTICA, CONTRATAÇÃO E GESTÃO DE CONTRATOS E DE CONVÊNIOS – 31 H/A
74

Logística: custos logísticos, transporte e estoque, suprimentos e compra. Logística e Supply Chain
Management; Fluxo processual de licitações e contratos. Nova Lei de Licitações (Lei n.º 14.133/21): processo
licitatório, fase preparatória (Documento de Formalização de Demanda – DFD, Plano de Contratações Anual –
PCA, Estudo Técnico Preliminar – ETP, Matriz de Risco, Termo de Referência – TR, Projeto Básico, Projeto
Executivo, Orçamentos), Modalidades de Licitação, Critérios de Julgamento de Propostas, Contratação Direta,
Dispensa e Inexigibilidade de Licitação. Sistema de Registro de Preços. Contratos: Conceito, Características,
Execução dos Contratos (recebimento, pagamentos e nulidades). Gestão e Fiscalização de Contratos
Administrativos.
09 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO - 17 H/A
Sociedade do conhecimento: dado, informação e conhecimento. Princípios da gestão e transformação de
conhecimento em organizações. O valor da informação e do conhecimento nas organizações: cultura e
comportamento informacional. Organizações do conhecimento: contextualização, conceitos, características.
Inteligência e conhecimento organizacional: criação do conhecimento - Modelo de 5 fases de criação do
conhecimento de Nonaka e Takeuchi. Modelo de Gestão de Conhecimento na Administração Pública e seu
impacto enquanto valor agregado.
10 RESPONSABILIDADE CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO DO GESTOR PÚBLICO - 17 H/A
Evolução, Teorias e Panorama Atual. Corrupção e Improbidade Administrativa: conceitos, agentes, arcabouço
jurídico, espécies, formas de persecução e punições à luz da Lei n.º 8.429/92. Crimes contra a Administração
Pública. Administração e as Finanças Públicas: crimes praticados por funcionário público militar contra a
Administração em geral. Crimes contra as finanças públicas.
11 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA TRAINING – 21 H/A
Mindset, o processo de comunicação, estágios no desenvolvimento das comunicações efetivas, conteúdo,
formato e estrutura da mensagem. Veículos impressos, eletrônicos e online. Mídia Online. As demandas da
imprensa e fluxo da notícia. Relacionamento com a imprensa. Importância da mensagem. O dever de
informar. O tempo institucional e o tempo dos órgãos de imprensa. Construção da imagem institucional.
Ferramentas de planejamento na comunicação e plano de gerenciamento de crise. Curso prático de Media
Training.
12 PESQUISA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA E MAPEAMENTO CRIMINAL – 25 H/A
Introdução à estatística: a natureza dos dados; tipos de variáveis e níveis de mensuração. Problemas de
mensuração. Pesquisas na área de Segurança Pública feitas no Brasil e no exterior. Técnicas utilizadas em
pesquisas de violência e criminalidade. Pesquisa de vitimização. Pesquisa por amostra. Surveys de vitimização
e estudos observacionais. Apresentação e exploração do conjunto de dados. Medições ao longo do tempo:
séries temporais e estatística espacial. Bases de dados sobre crime no Brasil e no Espírito Santo. Matriz de
dados de criminalidade e eficiência policial. Conhecendo base de dados, manipulação de variáveis,
construindo taxas e índices. Padrão de distribuição espacial da criminalidade violenta. Geoarquivos e sistemas
de indicadores sociais de segurança.
13 GESTÃO DE OPERAÇÕES E CRISES - 25 H/A
A natureza dos eventos tipo crise. Crises: conceitos e fatores originários. Tipos de crise. Gerenciamento de
crises. Planejamento, coordenação, comando de operações. Sistema de Comando em Planejamento em
eventos tipo crise. O processo comunicacional em crises diversas. Condução de negociações.
14 METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA – 27 H/A
Normas de elaboração do trabalho científico. Delimitação da pesquisa e de sua amostragem. Métodos e
técnicas de coleta e tratamento dos dados. Estrutura e características das partes constitutivas do Artigo
Cientifico. Produto Técnico.
15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - 06 H/A
Assessoramento técnico específico para planejamento, elaboração e apresentação do trabalho exigido para
conclusão do curso.
16 Ciclo de Palestras I – TECNOLOGIAS APLICADAS À ATIVIDADE POLICIAL - 04 H/A
75

Serão desenvolvidas palestras com temáticas voltadas às novas tecnologias que dão suporte à atividade
policial, tais como SGPM, SIGES, SIGA, EBOP e outros que são rotineiramente utilizados pelos gestores e
responsáveis por projetos institucionais ou mesmo por Chefes de P4, em Unidades Operacionais, no exercício
de suas funções como responsáveis pela logística.
17 Ciclo de Palestras II – ESTRATÉGIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIO-INTERATIVA - 04 H/A
A nova modelagem da polícia a partir dos princípios fundamentais da polícia moderna, segundo Robert Peel
(1829). Realidade criminal mundial e brasileira. A proatividade policial e a comunitarização da Segurança
Pública a partir dos textos constitucionais (federal e estadual). Segurança pública, Intersetorialidade e
interdisciplinaridade. Políticas Públicas de Segurança x Políticas de Segurança Pública. Aspectos conceituais de
Polícia Comunitária. Os princípios norteadores do policiamento comunitário e sua metodologia de aplicação.
Os elementos de Polícia Comunitária. Mosaico contextual em Polícia Comunitária: determinantes da
criminalidade. Controle social e suas agências. Os três tipos de prevenção estatal e a repressão qualificada.
Bases fixas e móveis (territorialização do policiamento). Espaços Urbanos Seguros. Redes intersetoriais de
prevenção e Mobilização social e Conselhos Comunitários de Segurança Pública.
18 Ciclo de Palestras III – DIREITOS HUMANOS E QUESTÕES SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS – 04 H/A
Reativação de repertórios anteriores: Percurso racionalista dos Direitos Humanos. Percurso histórico-positivo
dos Direitos Humanos: declarações de direitos, força normativa (moral, política e jurídica) das declarações,
ordens jurídicas interna e internacional (soberania e tratados internacionais), gerações ou dimensões de
direitos. Direitos humanos e direitos fundamentais: pretensões identitárias e inflação de direitos. Direitos
humanos e deveres humanos.
19 Ciclo de Palestra IV – MECANISMOS DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - 04 H/A
Mecanismos constitucionais e administrativos de controle das organizações policiais. Sistema de controle
interno: autocontrole, controle hierarquico, tutela administrativa, auditoria, controlodaria, ouvidoria,
correição. Orgão de controle externo: judicial, ministério público, controle legislativo e social. Mecanismoss
sociais de controle na era da informação. Mecanismos tecnologicos de controle.

(Aprovado por meio da Portaria nº 1144-R, de 18.04.2024, publicada


no BCG ao BGPM nº 016, de 18.04.2024).

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