Reclamação Trabalhista - PR1

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LINHA DE RACIOCÍNIO

CARLOS:

Trabalha desde 5.2.2018;

Sofreu acidente 7.6.2018;

Recebeu auxílio-doença acidentário de 7.6.2018 a 5.10.2019 (menos dos 12 meses);

Foi dispensado em 4.2.2020.

PETIÇÃO INICIAL DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – artigo 840 CLT

“SUBSIDIARIAMENTE”;

NÃO É URGENTE (ENTENDO QUE NÃO, JÁ ESTÁ SEM A PERNA MESMO);

TUTELA PROVISÓRIA (CLARO, O COITADO PRECISA DO EMPREGO, AINDA MAIS AGORA);

INCAPACIDADE TOTAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DO JUÍZO DA ____ VARA DO

TRABALHO DA CIDADE DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO.

CARLOS NOGUEIRA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº

XXXXXXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico pessoal

XXXXXXXX, residente e domiciliado em XXXXXXXXX, por intermédio de sua advogada abaixo assinada

(procuração anexa, com indicação de seu endereço profissional, onde recebe as intimações), vem à presença de

Vossa Excelência, com fundamento no art. 840, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho, propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de INOVAÇÃO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº

XXXXXXXXXX, com sede no endereço XXXXXXXXXX, pelos fatos e fundamento a seguir expostos:

I. – DOS FATOS:

O reclamante, Carlos Nogueira, foi admitido pela empresa reclamada, Inovação Ltda., em 5.2.2018, para

exercer a função de operador de máquinas, na cidade de São Paulo.

No dia 7.6.2018, enquanto desempenhava suas funções laborais, o reclamante sofreu um grave acidente de

trabalho, no qual a serra de uma das máquinas cortou sua perna esquerda, em decorrência da ausência da trava

de proteção.

Em virtude do acidente de trabalho, o reclamante foi encaminhado ao hospital, onde passou por

procedimento cirúrgico e deu início a um longo processo de recuperação.

A empresa reclamada emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) devidamente registrada.

O reclamante recebeu auxílio-doença acidentário até 5.10.2019, data em que foi considerado apto a retornar

ao trabalho. Após a alta previdenciária, o reclamante passou a receber auxílio-acidente, em razão das sequelas

permanentes decorrentes do acidente.


Em 4.2.2020, a empresa reclamada dispensou o reclamante, alegando que ele já estava completamente

recuperado. Entretanto, em decorrência da perda de sua perna esquerda, o reclamante encontra-se

completamente incapacitado para o trabalho.

Além disso, o reclamante teve despesas com tratamento médico e remédios no valor de R$ 1.500,00,

conforme comprovam as notas fiscais e recibos de pagamento em seu favor (em anexo).

Consoante a isso, é notório que o reclamante teve seu direito atingido, pois a empresa não considerou

adequadamente sua condição de incapacidade permanente para o trabalho após o acidente de trabalho que

resultou na amputação de sua perna esquerda. Tal conduta configura uma clara violação aos direitos

trabalhistas e à legislação pertinente, como aduzido a seguir.

II. FUNDAMENTOS JURÍDICOS:

II.I. ESTABILIDADE POR ACIDENTE DE TRABALHO

O reclamante para de receber auxílio-doença acidentário em 5.10.2019, mas foi dispensado em 4.2.2020.

Todavia, o art.118 da Lei nº 8.213/91 dá estabilidade provisória por, no mínimo, 12 meses após a alta do

INSS, ao empregado que sofre acidente de trabalho e recebe auxílio-doença acidentário,

independentemente de receber auxílio-acidente.

Dessa forma, por ter estabilidade até 5.10.2020, pede o reclamante a sua reintegração ao emprego.

Subsidiariamente, pede a conversão da reintegração em indenização substitutiva.

II.II. TUTELA PROVISÓRIA

Nos termos do art. 300 do CPC, pode ser concedida a tutela de urgência se houver probabilidade do

direito e perigo de dano.

Em questão, há prova cabal da estabilidade provisória do reclamante e este precisa do emprego para o seu

sustento.

Dessa forma, pede a concessão de tutela de urgência antecipada, para que seja determinada a reintegração

de imediato, sob pena de multa diária a ser fixada pelo Juízo.

II.III. PLEITOS DE RESSARCIMENTO:

O reclamante sofreu acidente no qual teve sua perna amputada e ficou completamente incapacitado para o

trabalho. Além disso, teve despesas de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).


O ocorre que, nos termos dos arts. 186 e 927 do CC, aquele que causa dano a outrem por conduta ilícita

culposa tem o dever de indenizar.

No caso em pauta, houve ato ilícito culposo, pois a empresa não havia instalado trava de proteção na

máquina que o autor operava.

O reclamante sofreu lesão a direito da personalidade, ou seja, sua saúde e integridade física, nos termos

do art. 223-C da CLT.

Além disso, teve despesas não ressarcidas, o que configura o dano emergente.

Ademais, o art. 949 do CC, o ofendido tem direito de ser ressarcido pelas despesas de tratamento e lucros

cessantes até o fim da convalescença.

Além disso, o art. 950 do CC também prevê a obrigatoriedade de pagamento de pensão mensal vitalícia

em caso de incapacidade que inabilite o ofendido para exercer o seu ofício ou profissão.

Portanto, roga:

a) Indenização por dano moral, no valor de R$ XXXXXX;

b) Ressarcimento das despesas comprovadas, no valor de R$ XXXXX;

c) Indenização por dano estético, no valor de R$ XXXXX;

d) Pensão mensal vitalícia de R$ XXXXX, atualizada em caráter anual.

II.IV. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:

Nos termos do art. 791-A da CLT, pede também a condenação da reclamada ao pagamento de honorários

advocatícios de sucumbência.

III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTO FINAL:

Ante o exposto, pede a procedência dos pedidos com a condenação da reclamada a:

a) Fazer a reintegração ou, subsidiariamente, pagar e indenização substitutiva no valor de R$ XXXXXX;

b) Indenização por dano moral no valor de R$ XXXXX;

c) Indenização por dano emergente no valor de R$ XXXXX;

d) Indenização por dano estético no valor de R$ XXXXXX;

e) Pensão mensal vitalícia no valor de R$ XXXXX;

f) Honorários advocatícios de sucumbência no valor de R$ XXXXXX.

Pede, ainda, a concessão de tutela provisória para determinar a imediata reintegração, sob pena de multa

diária a ser fixada pelo Juízo.


Requer a notificação da reclamada para comparecer à audiência inicial e, requerendo, apresentar defesa

sobre os fatos arguidos, sob pena de reconhecimento de revelia e confissão ficta.

Protesta comprovar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pelo

depoimento pessoal, prova documental, pericial e testemunhal.

Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXXXX.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data

Advogada

OAB nª

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