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RESUMO
Disciplina: História da Matemática
A MATEMÁTICA NA BABILÔNIA
Os mais antigos registros, que podem ser vistos como uma forma de escrita, remontam por volta
do quarto milênio antes da era comum e têm origem na Baixa Mesopotâmia, onde o Iraque está
localizado atualmente. A origem da escrita e o desenvolvimento da Matemática nessa região
estão fortemente interligados. Esse surgimento foi impulsionado pela necessidade de registrar
não somente quantidades e o gerenciamento de rebanhos, mas também a anotação de
quantidades de recursos essenciais para a sobrevivência e para a organização da sociedade. A
aparição de registros que anotavam quantidades ligadas às primeiras formas de escrita está
diretamente ligada a um aumento expressivo da população, o que levou ao surgimento de
cidades e ao aprimoramento das práticas de administração do cotidiano.
Tabletes antigos indicaram que a escrita já existia no quarto milênio a.C. Muitos dos tabletes
exibiam sinais convencionais que não tinham a intenção de representar diretamente um objeto:
por exemplo, o sinal para uma ovelha não era uma ilustração de uma ovelha, mas sim um círculo
com uma cruz. Foram encontrados tabletes mais enigmáticos, mostrando que esta forma antiga
de escrita era feita de figuras como cunhas, círculos, ovais e triângulos, gravadas em argila. Nas
escavações eram encontrados regularmente pequenos tokens - objetos de argila de diferentes
formas: cones, esferas, discos, cilindros, etc. Estes objetos atendiam às necessidades da
economia, permitindo o controle dos produtos agrícolas, e para controlar também os bens
manufaturados. Com o avanço da sociedade, métodos mais eficientes foram desenvolvidos para
armazenar esses tokens. Um deles consistia em invólucros de argila, como esferas ocas, onde os
tokens eram guardados e selados. Os embrulhos que escondiam os tokens tinham em sua
superfície as formas contidas dentro deles. A quantidade de unidades de um produto era indicada
pelo número correspondente de marcas na superfície. Por exemplo, uma bola com sete ovoides
possuía sete marcas ovais na superfície, às vezes feitas pelos próprios tokens pressionados na
argila ainda úmida. A substituição desses exemplos de tokens por sinais foi o primeiro passo em
direção à escrita. Devem ter percebido que o conteúdo dos embrulhos se tornou dispensável
diante das marcas superficiais.
Os números não eram representados como 1 ou 10, mas sim eram contados usando
instrumentos específicos para cada tipo de insumo. Os tokens eram utilizados de forma
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correspondente, um a um, ao que estavam contando: uma jarra de óleo era simbolizada por um
ovoide; duas jarras, por dois ovoides e assim por diante. Esse método reflete uma forma concreta
de contar, que precedeu a invenção de números abstratos. Isso significa que associar um mesmo
símbolo, como 1 ou um cone, a objetos de naturezas diferentes, como ovelhas e jarras de óleo, é
uma forma de abstração que não estava presente no método de contagem mencionado
anteriormente. Esse sistema foi o precursor da representação cuneiforme dos números. As
marcações feitas nos recipientes evoluíram para incluir impressões feitas com estiletes. Além
disso, uma vez que o registro na superfície eliminava a necessidade de manipular os tokens, os
recipientes deixaram de ser necessários e as impressões passaram a ser feitas em tabletes
planos de argila.
Essas sociedades demonstravam uma intensa atividade econômica, lidando com uma ampla
variedade de objetos, o que tornava limitativo o uso de símbolos diferentes para representar
quantidades iguais de coisas distintas. Os registros serviam principalmente para documentar
atividades administrativas, revelando sistemas complexos de controle de riquezas, com registros
detalhados de produtos e contas. Com isto, desenvolveu-se a escrita cuneiforme, “em forma de
cunha”, ao longo do terceiro milênio. Presume-se que o sistema de contagem que agrupava
animais, ou outros objetos discretos, em grupos de 10, 60, 600 ou 3600 foi o primeiro a ser
traduzido para a representação cuneiforme.
Os símbolos para o numero “um” pode ser visto na figura 1. Ele era repetido para formar os
números maiores do que um, como dois, três, e assim por diante até chegar a dez, representado
por um símbolo diferente. O processo aditivo descrito acima prosseguia da mesma forma apenas
até o número sessenta, quando se voltava a empregar o símbolo o mesmo símbolo usado para o
número um. Continuando a contar, ao chegar a 60² = 3.600, emprega-se novamente o mesmo
símbolo, e assim sucessivamente.
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desempenhou um papel fundamental na vida cotidiana dos antigos egípcios, desde questões
práticas até teorias astronômicas e arquitetônicas e explora o contexto histórico, as
particularidades relevantes, os símbolos e os cálculos matemáticos realizados pelos egípcios.
Contexto Histórico: O Antigo Egito floresceu ao longo do rio Nilo, na região nordeste da África, por
cerca de três milênios, desde aproximadamente 3100 a.C. até a conquista romana em 30 a.C.
Durante esse período, os egípcios desenvolveram uma civilização avançada, com uma sociedade
estratificada, uma rica cultura e uma complexa religião. A matemática era uma parte essencial da
vida egípcia, sendo aplicada em várias áreas, incluindo engenharia, agricultura, comércio e
astronomia. Particularidades Relevantes Os egípcios utilizavam um sistema de numeração não-
posicional, isto é, a posição em que os símbolos que representavam as quantidades eram
colocados não era relevante. A principal desvantagem do sistema de numeração egípcio (e de
outros sistemas não-posicionais) era a representação de números bastante grandes, pois está se
tornava uma tarefa muito trabalhosa devido à repetição de símbolos. Para os egípcios, a principal
operação matemática era soma, da qual derivavam todas as outras operações com números
inteiros. Para multiplicar, por exemplo, 2*4, os egípcios somavam 2+2+2+2. Ainda não dispunham
de técnicas que lhes permitisse pensar na multiplicação e na divisão como operações
independentes da soma. Era comum o uso de tabelas para facilitar cálculos que envolviam outros
tipos de operação. O sistema de numeração dos egípcios era representado por meio de
hieróglifos. Inicialmente, consistia da unidade e as 6 primeiras potências de 10, como pode ser
observado na tabela abaixo Uma das características mais distintivas da matemática egípcia era
seu sistema de numeração. Os egípcios usavam um sistema de base dez, representando
números por meio de símbolos simples, como traços horizontais para unidades e traços verticais
para dezenas. Embora não tenham desenvolvido um sistema de numeração posicional como os
hindus, eles foram capazes de realizar cálculos complexos usando métodos algorítmicos e
geométricos.
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As frações unitárias Devido às cheias do Nilo, os habitantes das margens precisavam medir seu
terreno periodicamente para efetuar o cálculo da porção do terreno perdido para o vizinho. Essas
medições eram efetuadas com cordas por encarregados do governado (os estiradores de corda).
Embora as medições fossem bastante precisas, dificilmente a área do terreno depois da cheia
cabia um número inteiro de vezes na área do terreno antes das cheias. Para contornar este tipo
de problema, os egípcios criaram os números fracionários, que eram representados por frações.
Os antigos egípcios usavam um sistema de frações baseado em caracteres distintos, tipo 1/2 era
um símbolo, 3/4 era outro, etc., mas tinham alguma regra geral. Em particular, as frações do tipo
1/2n (que seriam tipo 1/2,1/4, 1/8, 1/16, 1/32...) tinham símbolos especiais, surgindo da
associação desses símbolos, do 1/2 até o 1/64 é o olho de Horus. Tem a ver com a série infinita
1/2 + 1/4 + 1/8 + 1/16 + 1/32... = 1. Não se sabe se eles achavam que terminava no 1/64 porque
não conseguiam diferenciar pedaços de coisa menores que isso, mas a ideia seria que todos
juntos formariam a unidade. Cada fração representaria um sentido, tipo visão, olfato, paladar,
tato, audição, e o sexto sentido, que seria o pensamento. A Figura mostra, no olho de Horus,
quais são os símbolos de cada fração:
Onde: 1/2 representa o olfato; 1/4 representa a visão; 1/8 representa o pensamento, que seria a
sobrancelha; 1/16 representa a audição; 1/32 representa o paladar, uma linguinha bem comprida;
1/64 representa o tato, que seriam as duas perninhas em contato com o mundo embaixo.
Conforme Zamboni (2001), é válido apontar a existência de grande variação, na representação do
sistema fracionário segundo a sociedade e a época histórica. Assim, ao passo que os egípcios
utilizavam frações unitárias na maioria das vezes, os babilônicos e os Sumérios, já por volta da
segunda metade do terceiro milênio, faziam uso de frações cujo denominador era 60. Era um
sistema sexagesimal, onde os números menores que 60 eram representados por um sistema de
base 10 e os números maiores ou iguais a 60 eram designados pelo mesmo princípio com a base
60. Esse sistema tinha base no princípio proporcional.
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importantes trabalhos de Eudoxo. Essa teoria, atribuída a este grande matemático, é bastante
sofisticada e se aplica a grandezas comensuráveis e incomensuráveis (estes deram origem ao
que conhecemos por números irracionais). Dentro desse contexto, é válido ressaltar que apesar
de algumas teorias afirmarem que Os Elementos não trazem grandes contribuições próprias de
Euclides, não é possível afirmar que ele apenas trouxe aquilo que já havia sido produzido por
outros matemáticos.
O método utilizado por Euclides baseou-se na utilização de cadeias dedutivas, que obtém novos
elementos a partir de outros anteriores. Entretanto, uma vez que não se pode retroceder
indefinidamente em busca de elementos anteriores, há um momento em que se devem
estabelecer os que serão os princípios fundamentais da teoria. Para construir seu sistema,
Euclides recorreu ainda a princípios básicos que chamou axiomas, os quais diferem dos
postulados pelo caráter mais geral que revestem.
Os cincos postulados de Euclides representam a base da geometria Euclidiana, mantida
inalterada por muitos séculos.
São eles:
1. Uma reta pode ser traçada ligando dois pontos quaisquer.
2. Qualquer segmento de reta pode ser prolongado indefinidamente.
3. Um círculo de qualquer diâmetro pode ser desenhado com centro em qualquer ponto.
4. Todos os ângulos retos são iguais entre si.
5. Se uma reta intercepta duas retas formando ângulos interiores de um mesmo lado menores
que dois retos, prolongando se estas duas retas indefinidamente elas e encontrarão no lado em
que os ângulos são menores que dois retos.
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Eles dispunham de tabletes com a mesma função de “tabuadas”. A maioria das operações
realizadas pelos babilônios usava diretamente estes tabletes. No caso da multiplicação, elas eram
fundamentais. Basta observar que os cálculos elementares incluem multiplicações até 59 × 59!
Exemplo de uma “tabuada” de multiplicação por 25. Nos tabletes, os textos entre parênteses
ficam subentendidos, só são escritos
os multiplicadores (1, 2, 3, ...) e os resultados da multiplicação, (25, 50, ...):
1 (vezes 25 é igual a) 25
2 (vezes 25 é igual a) 50
3 (vezes 25 é igual a) 1; 15
4 (vezes 25 é igual a) 1; 40
5 (vezes 25 é igual a) 2; 05
6 (vezes 25 é igual a) 2; 30
7 (vezes 25 é igual a) 2; 55
VÍDEO DA APRESENTAÇÃO
https://drive.google.com/file/d/1vS6tDdfcZFfRsVsQpuR5B1fTeBrZ8jYY/view?usp=drivesdk
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