Eudyslene Uchoa Furtado

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N A

A RA
CAN
A
RU

PR
II
A.

AD
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DR S.
F.

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PE F.
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RE RU TRILHO VLT

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PE
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A C
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PA

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T UR NO
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EG
- ER RA
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G F
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A
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M
OS

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L
GU
RG
UE
L
AM
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A

AV
E
NI

CX
D A

P
CA
RL
OS

CA
IO

PLANTA DE SITUAÇÃO
01 ESC.: 1/750
ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA DE SITUAÇÃO 1/200

01
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
PROJEÇÃO
ETE

CASA DE GÁS

CASA DE LIXO EMBARQUE E


DESEMBARQUE

TELHA METÁLICA
I.: 10%

CASA DE LIXO EMBARQUE E


HOSPITALAR
DESEMBARQUE TELHA METÁLICA
I.: 10%

CASTELO D' ÁGUA

39-44

17-20

37-38
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA

13-16

33-36

57-60
I.: 10%

HORTA 73-74
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA
I.: 10% I.: 10%

09-12

29-32

53-56

69-72

75-82
PRAÇA
HORTA

- 89
ESTACIONAMENTO 83 6
-9
TELHA METÁLICA

90
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA

05-08

25-28

49-52

55-58
I.: 10%
4
0-10
10

-100
97

01-04

21-24

45-48

51-54
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

EMBARQUE E
DESEMBARQUE
PRAÇA

SAÍDA ACESSO ACESSO ACESSO


VEÍCULOS AMBULÂNCIA PRINCIPAL RUA GERMANO FRANCK VEÍCULOS

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
01 ESC.: 1/300
ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO 1/300

02
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

1 2 3 4 5 6 7 8

C1
09
PROJEÇÃO DA COBERTA

PROJEÇÃO DA COBERTA
LAVABO
CONTROLE DE ACESSO ACESSO ÁREA A=4.87m² ACESSO ÁREA ACESSO ÁREA
QUALIDADE LAVABO +0.05m
RESTAURANTE DE COCÇÃO DRT DE ARMAZENAMENTO DE SERVIÇO
A=6.71m² A=4.59m² 01 01
+0.05m +0.04m A=2.17m² 02 04
+0.04m 03 01
JA3 PA2 PA2 PA2 PA2 PM3 PM3 PA1
HIGINIZAÇÃO JA4 PA1 JA4

PM3

PM3
CIRCULAÇÃO PA1
RECEPÇÃO FARMÁCIA ADMINISTRAÇÃO HIGINIZAÇÃO A=7.42m² 01 01
A=28.60m² 01 01 +0.05m 01
A=16.90m² A=13.87m² A=9.85m²
+0.05m 01 +0.05m +0.05m PREPARO DE COPA/ESTAR FUNCIONÁRIO

PM5
ACESSO ÁREA
01 01

DE FARMÁCIA
+0.05m A=29.70m²

PM3
PM3 VERDURAS PREPARO
01 +0.05m

PM3
01 01 DE CARNE

PM3
APOIO PISCINA DESPENSA DEPÓSITO E LEGUMES

PM3
01 01 01 A=10.12m² RECEPÇÃO E
A=7.62m² A=6.10m² A=7.45m² A=10.12m² 01 01

PM3
01 +0.05m INSPERÇÃO

PM5
+0.05m +0.05m +0.05m +0.05m PONTO 01

PM3
PM3
01 01 RESTAURANTE NUTICIONISTA DE ALIMENTOS A=13.36m²
COZINHA/COCÇÃO/ÁREA DE 02 04

A A
01 01 01 01

JA3
01 01 01 01 01 A=8.75m² 01 01 02 04 A=9.76m² +0.04m
01 01 A=234.54m² PORCIONAMENTO 01
+0.05m 01 01 +0.05m
01 01 +0.05m A=80.73m²
DML 01 01 VESTIÁRIO
DML

JA1
+0.05m 01 01 A=13.36m²
A=4.57m² PM3 PM3 01 A=2.58m² PM3 PM3 PM3
01 01 01 +0.04m

PM5
+0.05m ÁREA DE ARMAZENAGEM E 01 02 04 +0.04m
PR

JA1
02 04

PM3

PM3
CONTROLE 01 PM3 PM3 PM3 OJ
A=44.37m² 01 EÇ
ÃO

PM3
PREPARO DE 01 01
+0.05m CÂM.FRIG. DESPENSA ADMINISTRAÇÃO DO

PM3
SOBREMESAS 01 A=29.70m² A=13.76m² LAVABO
A=9.76m²

JA1 JA1
A=6.40m² PM3 A=13.36m² PE
01 01 CÂM.FRIG. +0.05m +0.05m +0.05m R
+0.05m +0.04m GO
01 A=8.77m² LA
02 04 +0.05m 02 04 02 04 01 01 01 01 02 04 DO
01 01
PM3 PM3 01 01 01 01 01
01 01
ACESSO ÁREA
DE PISCINA
SALA DE SALA DE DISTRIBUIÇÃO ALMOXARIFADO
PA2 PA2 PA2 PA2 JARDIM +0.03m
CONTROLADOS 01 01 05 01

JA4
A=16.88m² A=39.71m²

PM3
PISCINA/ARQUIBANCADA

JA1
JA1
A=9.40m² 01 A=23.63m² -
+0.05m +0.05m
A=131.62m² +0.05m
+0.05m ACESSO SALA TIPO A

JA6
JA8 JA6 PA1
01 01 01 01 RESTAURANTE A=56.16m² LAZER
LABORATÓRIO A=19.40m²

PM3
02 04 01 01 PROJEÇÃO DA COBERTA INFORMÁTICA +0.05m
SALA DOS PROFESSORES +0.04m

JA5
01 A=19.28m² 01 01 A=19.28m² 01 01
A=39.71m² +0.05m 01 +0.05m 01 01 01

B +0.05m
JA7 JA7
02 04
01 01
05 01
-
B

PA1
01 01 WC
01 PM3 PM3 A=6.32m²
06 +0.04m

PM3
PM3 PM3 PM3 JA5 PM3 JA5

PM3
HALL/RECEPÇÃO
10
PSICOPEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA
VESTIÁRIO
A=16.57m²
VESTIÁRIO
A=16.57m²
A=54.13m² FACHADA 06 SUPERVISÃO GERAL
A=17.46m²
01 01 A=11.51m² A=11.51m² 02 04

JA6
+0.05m 01 LAVABO +0.05m +0.05m 01
+0.04m +0.04m SALA TIPO B LAZER

PM3
+0.05m

JA6
A=5.55m² 01 01
01 01 A=43.07m² A=19.40m²

PA1

PM3
02 04 02 04 01 01 +0.05m 01 +0.04m
01 01 01 +0.05m
01 01 01

PM3
PM3
01 05 01
01 01
ACESSO ÁREA
TERAPÊUTICA

01 01 -
01

JA4
01

PA1

PA1
PM6

PM5
SALA DE ATIVIDADES
A=43.60m²
SECRETARIA COPA
A=10.96m² +0.05m

JA5

PM5
A=26.02m² WC

JA2
SALA DE DESCANSO +0.05m A=6.32m²
SALA DE INTERAÇÃO +0.05m 01 01
A=15.08m²

JA3
02 04
JA5

PM3
SENSORIAL 01 01 01 +0.04m

C +0.05m 01 01 01 01

JA2
A=21.95m² 01 01 SALA TIPO C
01 02 04 LAZER

PM5
01 A=46.06m²
+0.05m 01 A=19.40m²

PM3
PM3

WC +0.05m

JA2
COORDENAÇÃO +0.04m
PM3 A=14.70m²
02 04 A=10.96m²

JA1
+0.04m +0.05m JA7 01 01 05 01

JA5
PM3
01 PM3

JA2
LAVABO 01 -
A=4.51m² 01 01 01 01 01 01
JA3

SALA DE OBSERVAÇÃO 01 01 01

PM4
PM3

PM4
A=28.49m² PÁTIO INTERNO +0.05m
JARDIM A=908.55m²
+0.05m SALA DE PSICOTERAPIA
A=57.34m² A=14.70m² +0.04m PM3 PM3

JA5

PM4
PM4
JA3

01 01 +0.03m +0.05m

PA1
01 01
JARDIM
PM3

01 01
06 - A=40.63m²

JA2
C3 - HALL DE ENTRADA
A=39.14m²
+0.03m SALA TIPO C LAZER C3
PM3

A=46.06m²
09 A=19.40m²
09

PM3
+0.05m 06 -

JA2
+0.05m +0.04m
JA3

JA3
-

PA1
SALA FONOAUDIÓLOGO SALA DE FISIOTERAPIA

FACHADA 07
FACHADA 04

FACHADA 05
01 01 02 04 01 01 05 01
A=28.49m² A=23.76m²

JA2
01 01
PA1

+0.05m +0.05m 01 -
JA3
04

07

05
10

JA2
10
01 01

10
01 01 ESTUDO WC
JA3

BIBLIOTECÁRIA DML

D 01 A=5.64m² 01 01

JA3
01 A=5.64m² A=2.59m² A=6.32m²
+0.05m +0.05m 01 +0.05m PM5 JA3 JA5 +0.04m
PM3

PM3 PM3 PM3


SALA MUSICOTERAPIA
JA3

SALA TIPO D LAZER


A=25.42m² 02 04 A=30.77m² A=19.40m²
+0.05m 01 +0.05m

PM7
SALA DE ATIVIDADES
JA5

INFORMÁTICA +0.04m

PM3
BIBLIOTECA A=19.96m² A=28.17m²
PA1

PA1
01 01 A=74.50m² +0.05m +0.05m 01 01 05 01
JA3

01 +0.05m 01 -
01 01 01 01

PM5
01 01 01 01
01
PM3 JA7 JA3 OFICINA DE ARTES

PA1
A=38.71m² JA3
JA5
JA3

SALA DE +0.05m PM5 PM5 PM5

5
PM
SALA FONOAUDIÓLOGO SALA FONOAUDIÓLOGO PSICOTERAPIA
A=25.48m² A=25.22m² A=13.78m² 01 01 LAVABO SALA TIPO E LAZER
+0.05m +0.05m +0.05m 01 A=4.41m² A=28.17m² A=19.40m²
+0.04m PM5 PM5 WC +0.05m

PM7
+0.04m
JA3

01 01 01 01 LAVABO
01 01 A=4.27m² LABORATÓRIO A=6.36m²

E E
01 01 01 01 01

JA1
01 01 +0.04m PSICOPEDAGIA A=25.71m² +0.04m 05 01
01
PM3

A=14.32m² +0.05m 01 -
PM3 01 01 +0.05m 02 04
BIBLIOTECA

PM3
01 01 01 01
PM3 PM3 INFANTIL 01 01

PM3
PM3

JA6
ACERVO A=10.14m² 01 01
+0.05m
JA3

A=6.60m²

PM3
BRINQUEDOTECA PM5
SALA DE OBSERVAÇÃO PM3 PM3 +0.05m JA6 JA6 JA6 JARDIM
A=26.43m² 01 03
A=49.60m² 06 01

JA4

JA4

JA4
A=23.76m² COPA PM3 01

JA1
+0.05m 01 01 +0.03m
PROJEÇÃO DA COBERTA

+0.05m -
BRINQUEDOTECA

A=6.76m² 01
+0.05m DML
RECEPÇÃO 01 03 PM5 A=7.61m²
ACESSO
JA3

01 01 A=11.70m² ESPERA 01
PA1

02 03

PM3
02 04 RAMPA -0.30m
01 +0.05m A=93.57m²
S

01 S
01
JA8 +0.05m HALL DE

JA1 JA1 JA1


01 01 ENTRADA 09 08 07 06 05 04 03 02 01 LAVABO
JARDIM JA3 A=7.61m²

PM6
A=49.60m² 06 01 01 01 01 A=13.84m²
-0.30m
JA4

+0.03m 01 +0.05m
-
PA1 01 01
01 01
01
ACESSO ÁREA
TERAPÊUTICA

JA4 JA4 JA4 JA4 01


JA5

PM6
CIRCULAÇÃO PM3
SALA DE OBSERVAÇÃO DML
PA1

A=85.07m² 01 01
A=39.93m²

FACHADA 02
A=3.82m²

F F
+0.05m 01 LAVABO GUARITA

PM5
+0.05m +0.05m A=2.10m²
+0.04m FOYER AUDITÓRIO PALCO CAMARIM
01 01 A=317.78m²
PA1

PA1 A=72.20m² A=68.54m² A=19.43m²

02
AÚDIO

10
01 01 01 +0.05m -1.22m -0.30m
PM3

-0.30m
JA5

SALA DE 01 01 E VÍDEO
01 02
DESCONPRESSÃO SALA TERAPIA OCUPACIONAL PM3 A=13.78m² 04 01 05 01 01 01

JA6
03 02
PM6

S
PM3

COPA A=21.82m² A=33.28m² +0.90m 02 02 01


PM1

GUARITA 01
A=8.16m² +0.05m +0.05m

PM5
PM3 A=7.45m²
PA1

+0.05m 01 01
01 01 +0.05m 01 01
JA1

WC 01 01 S 01
PM3

02 04 02 04 01 01 02
JA1

A=6.39m²
PM3

01 01 SALA TERAPIA PM3


+0.04m OCUPACIONAL JA5
AUDITÓRIO

JA1 JA1 JA1


JA5 LAVABO
C2 A=40.80m² DEPÓSITO
C2
ACESSO

PA1

+0.05m 01 01 A=5.52m² A=7.61m²


+0.05m -0.30m
09 SERVIÇO SOCIAL LAVABO 01
09
JA3

PM1

JARDIM
A=23.40m² 01 01 A=23.73m² 01 01 A=4.41m² 01 01
JA5

SALA DE EMERGÊNCIA 01 01 +0.04m


PA1

A=24.87m² +0.05m +0.03m 01


PM3

CENTRAL DE AR
PM6

PM3

PM3
JA3

JA8

+0.05m PM3 PM3 CAMARIM

PM3
JA8 JA1 A=7.93m²
+0.05m A=7.25m²
01 01 -0.30m
JARDIM WC 01 01 01 01
02 04

G G
01 RAMPA
JA4
JA4

06 01
JA3

S
A=14.89m² 06 01 A=6.39m² 01 01 01 01 S 01 01
- 01 +0.04m
LAVABO +0.03m - 01 01 PROJEÇÃO DO PERGOLADO
A=1.50m² PM6 PM6
PM3
JA1

PM3

PM3

+0.04m JA1
01 01 PM1 HALL DE EMERGÊNCIA PM3
01 SALA FONOAUDIÓLOGO
JA3

A=23.76m² A=24.25m² SALA MUSICOTERAPIA SALA DE FISIOTERAPIA


PM3

RECEPÇÃO A=49.00m²
+0.05m +0.05m A=21.07m²
A=11.22m²
+0.05m +0.05m
+0.05m 01 01
PM3

01 01
01 01 01 01 01
01 01 01
01 01
01

PA1 PA1 JA1 JA3 JA3 JA3 JA3 JA8 JA8

LAVABO
A=4.19m²

ACESSO
+0.04m ACESSO
PRINCIPAL ARQUITETURA E URBANISMO
C1
09

EMERGÊNCIA 01 01
01
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

1 2 3 4 01 5 6 7 8 PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
10
FACHADA 01 ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
PLANTA BAIXA - TÉRREO EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA BAIXA - TÉRREO 1/200

03
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

1 2 3 4 5 6 7 8

C1
09
PROJEÇÃO DA COBERTA

PROJEÇÃO DA COBERTA
ACESSO ACESSO ÁREA ACESSO ÁREA ACESSO ÁREA
RESTAURANTE DE COCÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE SERVIÇO

DRT ÚMIDO DRT SECO


CIRCULAÇÃO HIGINIZAÇÃO A=2.17m² A=2.17m²
A=28.60m² ADMINISTRAÇÃO A=7.42m²
RECEPÇÃO HIGINIZAÇÃO

ACESSO ÁREA
A=13.87m²

DE FARMÁCIA
A=9.85m² PREPARO DE
FARMÁCIA LAVABO
A=16.90m² VERDURAS, COPA/ESTAR FUNCIONÁRIO
PREPARO A=4.87m² RECEPÇÃO E
CONTROLE LEGUMES E A=29.70m²
APOIO DESPENSA DE CARNE
DML DE DEPÓSITO CEREAIS INSPERÇÃO DE
PISCINA LAVABO A=10.12m²
A=4.57m² A=6.10m² QUALIDADE A=7.45m² A=10.12m² LAVABO ALIMENTOS

A A
A=7.62m² SALA DA
A=6.71m² A=4.59m² A=4.87m² A=9.76m²
NUTICIONISTA COZINHA/COCÇÃO/ÁREA DE
A=8.75m² PORCIONAMENTO
A=80.73m²
RESTAURANTE ANTECÂMERA VESTIÁRIO
A=234.54m² A=2.17m² A=13.36m²
ÁREA DE ARMAZENAGEM E
CONTROLE DML DESPENSA
A=44.37m² A=2.58m² A=13.76m²
PREPARO DE CÂM. VESTIÁRIO
ADMINISTRAÇÃO
SOBREMESAS CONGELADOS A=9.76m² A=13.36m²
CÂM. REFRIGERADOS A=29.70m² PONTO
A=6.40m² A=8.77m²
A=2.17m² PROJEÇÃO DO PERGOLADO

ACESSO ÁREA
DE FARMÁCIA
ALMOXARIFADO JARDIM
SALA DE SALA DE DISTRIBUIÇÃO A=39.71m² A=23.63m²
PISCINA/ARQUIBANCADA
CONTROLADOS A=16.88m²
A=131.62m² A=9.40m² ACESSO
RESTAURANTE
PROJEÇÃO DA COBERTA LAZER
INFORMÁTICA LABORATÓRIO SALA TIPO A
WC A=17.86m²

B B
SALA DOS PROFESSORES A=19.28m² A=19.28m² A=56.16m²
A=39.71m² A=6.48m²
09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
08
07
CIRCULAÇÃO
A=13.44m² S

06 05 04 03 02 01
06
HALL/RECEPÇÃO 10
A=54.13m² WC
VESTIÁRIO VESTIÁRIO
FACHADA 06 LAVABO
PSICOPEDAGOGIA A=6.48m²
A=16.57m² A=16.57m² A=5.55m² PSICOPEDAGOGIA
A=11.51m²
SUPERVISÃO GERAL DESCOM- A=11.51m²
A=17.46m² PRESSÃO
A=3.74m² LAZER
SALA TIPO B A=17.86m²
DESCOM-
ACESSO ÁREA
TERAPÊUTICA

LAVABO A=43.07m²
A=5.55m² PRESSÃO
A=1.76m²

SALA DE ATIVIDADES
A=43.60m²
COPA
SALA DE INTERAÇÃO SALA DE DESCANSO SECRETARIA A=10.96m²

C C
SENSORIAL A=15.08m² A=26.02m²
WC
A=21.95m² A=6.48m²

WC
A=14.70m² COORDENAÇÃO LAZER
SALA TIPO C
A=10.96m² A=46.06m² A=17.86m²
LAVABO LAVABO
SALA DE A=4.51m² A=4.51m²
OBSERVAÇÃO
A=28.49m² SALA DE PSICOTERAPIA
A=14.70m²
JARDIM SALA TIPO C
C3 A=57.34m²
HALL DE ENTRADA
JARDIM
A=40.63m² A=46.06m² C3
09 A=39.14m² LAZER
A=17.86m² 09
WC
FACHADA 04

FACHADA 07

FACHADA 02
FACHADA 05
A=6.48m²
SALA DE FISIOTERAPIA
SALA FONOAUDIÓLOGO
A=23.76m²
04

07

02
05
A=28.49m²
10

10
10

10
D D
SALA DE DML
ESTUDO BIBLIOTECÁRIA A=2.59m²
A=5.64m²
A=5.64m²

SALA MUSICOTERAPIA WC
A=6.32m² LAZER
A=25.42m² SALA TIPO D A=17.86m²
A=30.77m²
INFORMÁTICA SALA DE ATIVIDADES
A=19.96m² A=28.17m²
BIBLIOTECA
OFICINA DE ARTES A=74.50m²
A=38.71m²

SALA DE SALA TIPO E


SALA FONOAUDIÓLOGO SALA FONOAUDIÓLOGO PSICOTERAPIA A=28.17m²
A=25.48m² A=25.22m² A=13.78m² LAZER
A=19.40m²
LABORATÓRIO

E LAVABO
A=4.27m²
LAVABO
A=4.27m²
LAVABO
A=4.41m² PSICOPEDAGOGIA
A=14.32m²
A=25.71m²
WC
A=6.36m² E
CIRCULAÇÃO BIBLIOTECA
A=9.12m² INFANTIL
A=10.14m²
LAVABO JARDIM
SALA DE OBSERVAÇÃO ACERVO
PROJEÇÃO DA COBERTA

BRINQUEDOTECA A=4.41m² A=49.60m²


BRINQUEDOTECA

A=23.76m² A=26.43m² A=6.60m²


COPA
ACESSO

A=6.76m² DML
RECEPÇÃO S
A=3.48m²
S
A=11.70m²

JARDIM FOYER HALL DE LAVABO


A=49.60m² A=72.20m² ENTRADA A=7.61m²
A=13.84m²
ACESSO ÁREA
TERAPÊUTICA

ESPERA
CIRCULAÇÃO A=93.57m²

F F
A=85.07m²
SALA DE OBSERVAÇÃO
A=39.93m²
DML CONTROLE
DE AÚDIO PALCO CAMARIM
A=3.82m² AUDITÓRIO A=19.43m²
E VÍDEO A=317.78m² A=68.54m²
SALA DE
A=13.78m² S

DESCOMRESSÃO SALA TERAPIA GUARITA


A=21.82m² OCUPACIONAL A=7.45m²
COPA A=23.73m²
A=8.16m² LAVABO
WC S

A=6.39m² A=2.10m²
SALA TERAPIA
AUDITÓRIO

C2 C2
ACESSO

OCUPACIONAL
A=40.80m² DEPÓSITO
A=5.52m²
09 SERVIÇO SOCIAL JARDIM
LAVABO
A=7.61m² 09
A=23.40m² A=23.73m² CIRCULAÇÃO
SALA DE EMERGÊNCIA A=20.70m²
A=24.87m² CENTRAL DE CAMARIM
LAVABO LAVABO AR E LUZ INDIVIDUAL

G G
JARDIM A=4.41m² A=4.41m² A=7.93m² S
S
A=7.25m²
A=14.89m² PROJEÇÃO DO PERGOLADO

LAVABO
SALA DE FISIOTERAPIA
A=1.50m² A=49.00m²
RECEPÇÃO
LAVABO
A=11.22m² A=4.19m²
HALL DE EMERGÊNCIA SALA FONOAUDIÓLOGO SALA MUSICOTERAPIA
A=23.76m² A=24.25m² A=21.07m²
LAVABO
A=4.19m²

ACESSO ACESSO
ARQUITETURA E URBANISMO
EMERGÊNCIA PRINCIPAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
C1
09

ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
1 2 3 4 01 5 6 7 8 ALUNO(A) TURMA
PLANTA DE LAYOUT - TÉRREO 10 EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200 FACHADA 01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA LAYOUT - TÉRREO 1/200

04
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

2 3

C1
09
PROJEÇÃO DA COBERTA

PROJEÇÃO DA COBERTA
JA10

DIREÇÃO COPA

JA11
A=19.50m² A=12.25m²
02 04 +4.17m
+4.17m 01

JA6
01 01
01 PM3

PM3
SECRETARIA
TELHA METÁLICA
A ARQUIVO
A=92.54m²
+4.17m

01 01
DESCOMPRESSÃO
A=32.98m²
I.: 10% A

GC2
01 +4.17m
A=25.84m²
+4.17m 01 04
-
01 01
01

PM3
PA1
LAVABO
SALA DE MARKETING SALA DE PROTOCOLO DML A=4.50m²
A=15.11m² A=15.11m² A=4.32m²
+4.17m +4.16m
JA6

+4.17m +4.17m
01 01 01 01
01 PM3 PM3 PM3
01 01 01 01 01
01 01
PM3 PM3 01 01 01
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
A=29.78m²
A=27.40m²

B B
01 01
+4.17m
+4.17m 01
09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
01 01 08
PM3

07
01
JA8

FINANCEIRO
A=9.56m²
S

06 05 04 03 02 01
06
+4.17m

PA1
HALL
10
01 01
01
SALA DE REUNIÃO A=18.02m²
+4.17m
GC1 FACHADA 06
PM3 A=35.82m²
+4.17m
01 01
RH 01 01 01
A=18.04m² PM3
01
+4.17m
LAJE TÉCNICA
01 01 A=9.60m² 01 01
01 +4.17m - TELHA METÁLICA
JA8 JA6
I.: 10%

TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA


I.: 10% I.: 10%

C3 C3
09 09

FACHADA 07

FACHADA 02
FACHADA 04

FACHADA 05
04

07

02
05
10

10
10

10
TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

C2 C2
09 TELHA METÁLICA
09
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

2 3 PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
C1
09

ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
01 ALUNO(A) TURMA
PLANTA BAIXA - SUPERIOR 10 EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200 FACHADA 01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA BAIXA - SUPERIOR 1/200

05
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

2 3

C1
09
PROJEÇÃO DA COBERTA

PROJEÇÃO DA COBERTA
COPA
A=12.25m²
DIREÇÃO
A=19.50m²
SECRETARIA
A=92.54m²
TELHA METÁLICA
A I.: 10% A
DESCOMPRESSÃO
ARQUIVO A=32.98m²
A=25.84m²

CIRCULAÇÃO
A=29.78m²
SALA DE MARKETING SALA DE PROTOCOLO
A=15.11m² A=15.11m²
DML LAVABO LAVABO
A=4.32m² A=4.50m² A=4.50m²
CIRCULAÇÃO

B A=27.40m²
09 10 11 12 13 14 15 16 17
08
07
18
B
FINANCEIRO
S

06 05 04 03 02 01
06
A=9.56m² 10
HALL FACHADA 06
A=18.02m²

RH
A=18.04m²

SALA DE REUNIÃO LAJE TÉCNICA


A=35.82m² A=9.60m² TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA


I.: 10% I.: 10%

C3 C3
09 09

FACHADA 07

FACHADA 02
FACHADA 04

FACHADA 05
04

07

02
05
10

10
10

10
TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

C2 C2
09 TELHA METÁLICA
09
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

2 3 PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
C1
09

ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
01 ALUNO(A) TURMA
PLANTA DE LAYOUT - SUPERIOR 10 EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200 FACHADA 01 DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA DE LAYOUT - SUPERIOR 1/200

06
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

2 3

C1
09
PROJEÇÃO DA COBERTA

PROJEÇÃO DA COBERTA
TELHA METÁLICA
A I.: 10% A

01 02 03 04

B CASA DE MÁQUINAS
A=13.05m²
+4.17m
S

06
10
B
01 01
-
PM3 FACHADA 06

TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA


I.: 10% I.: 10%

C3 C3
09 09

FACHADA 07

FACHADA 02
FACHADA 04

FACHADA 05
07

02
04

05
10

10
13

10
TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

C2 C2
09 TELHA METÁLICA
09
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO

2 3 01
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
C1
09

ORIENTADOR(A)
10
FACHADA 01 ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
PLANTA BAIXA - CASA DE MÁQUINAS EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA BAIXA - CASA DE MÁQUINAS 1/200

07
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
10
03

C1
09
TELHA METÁLICA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
I.: 10%

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
TELHA METÁLICA
CALHA PLUVIAL I.: 10%

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
PERGOLADO

PLATIBANDA EM ACM CALHA PLUVIAL


06
10
TELHA METÁLICA FACHADA 06
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

PLATIBANDA EM ACM
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA
I.: 10% I.: 10%

C3 C3
09 09

FACHADA 07

FACHADA 02
FACHADA 05
FACHADA 04

PLATIBANDA EM ACM

07

02
05
10
10

10
04
10

CALHA PLUVIAL

PLATIBANDA EM ACM

TELHA METÁLICA
CALHA PLUVIAL I.: 10%
TELHA METÁLICA
I.: 10%

PERGOLADO

LAJE TELHA METÁLICA


I.: 5% I.: 10%
TELHA METÁLICA PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
I.: 10%

C2 C2
09 TELHA METÁLICA
09
I.: 10%

TELHA METÁLICA
I.: 10%

PLATIBANDA EM ACM CALHA PLUVIAL

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
01 CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
C1
09

10 ORIENTADOR(A)
FACHADA 01
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
PLANTA DE COBERTA EUDYSLENE UCHOA 2510N01
01 ESC.: 1/200
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA DE COBERTA 1/200

08
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
COBERTA 03
+10.20m
PLATIBANDA
+9.30m

COBERTA 01
+4.90m
SETOR TERAPÊUTICO HALL LAVABO CIRCULAÇÃO DESCOMPRESSÃO COPA
+4.00m +4.17 +4.16 +4.16 +4.17 +4.17

ÁREA DE ARMAZENAGEM
FISIOTERAPIA CIRCULAÇÃO ESPERA LAVABO OFICINA DE ARTES FISIOTERAPIA WC DESCANSO HALL/ESPERA DISTRIBUIÇÃO DE CONTROLE ADM PASSEIO
+0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.04 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.03

CORTE TRANSVERSAL
01 ESC.: 1/200

COBERTA 03
+10.20m
PLATIBANDA
+9.30m

COBERTA 02
+6.60m

COBERTA 01
+4.90m
SETOR TERAPÊUTICO
+4.00m

CONTROLE
ÁUDIO E
VÍDEO
TERAPIA +0.90
PASSEIO EMERGÊNCIA CIRCULAÇÃO SERVIÇO SOCIAL CIRCULAÇÃO JARDIM OCUPACIONAL CIRCULAÇÃO FOYER AUDITÓRIO PRAÇA
+0.03 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 +0.03 +0.05 +0.05 +0.05 +0.05 PALCO CAMARIM +0.03
-0.30 -0.30
AUDITÓRIO
-1.22

CORTE LONGITUDINAL 01
02 ESC.: 1/200

COBERTA 02
+6.60m

SETOR EDUCACIONAL COBERTA 01


+4.70m +4.90m
SETOR TERAPÊUTICO
+4.00m

PRAÇA LAZER SALA TIPO C WC PÁTIO HALL FISIOTERAPIA PÁTIO FONOAUDIÓLOGO PASSEIO
+0.03 +0.03 +0.05 +0.04 +0.03 +0.05 +0.03 +0.03 +0.05 +0.03

CORTE LONGITUDINAL 02
03 ESC.: 1/200

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

CORTE TRANSVERSAL 1/200


CORTE LONGITUDINAL 01
CORTE LONGITUDINAL 02
1/200
1/200 09
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
PEÇA DE QUEBRA
CABEÇA EM ACM
COM ILUMINAÇÃO
MOLDURA EM ACM (ver detalhe 01)
NA COR AZUL CONCRETO
ACM NA COR
LARANJA APARENTE

.05
ACM NA COR PERFIL DE LED
AZUL
.05 EMBUTIDO NA
ACM NA COR PLACA DE ACM
FACHADA AMARELO
VENTILADA -
PORCELANATO
BRANCO
DETALHE 01
08 ESC.: SEM ESC

FACHADA 01
01 ESC.: 1/200

MOLDURA EM ACM
NA COR AMARELO
ACM NA COR
ACM NA COR LARANJA
AMARELO
ACM NA COR
AZUL

FACHADA
VENTILADA -
PORCELANATO
COBOGÓ À DEFINIR
BRANCO

FACHADA 02
02 ESC.: 1/200

ACM NA COR
LARANJA
ACM NA COR
AZUL
FACHADA
VENTILADA -
PORCELANATO
BRANCO ACM NA COR
AZUL

FACHADA 03
03 ESC.: 1/200

ACM NA COR
FACHADA
AZUL
VENTILADA -
PORCELANATO
BRANCO
CONCRETO
APARENTE
ACM NA COR
ACM NA COR AZUL
LARANJA

FACHADA 04
04 ESC.: 1/200

ACM NA COR ACM NA COR


LARANJA AMARELO

FACHADA FACHADA
VENTILADA - VENTILADA -
PORCELANATO PORCELANATO
BRANCO BRANCO

FACHADA 05 FACHADA 06
05 ESC.: 1/200 06 ESC.: 1/200

ACM NA COR
LARANJA
ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ACM NA COR
AMARELO PROJETO
ACM NA COR CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
AZUL
ORIENTADOR(A)
FACHADA ALESSON MATOS
VENTILADA - ALUNO(A) TURMA
PORCELANATO
BRANCO EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

FACHADA 01 1/200 FACHADA 05 1/200

07
FACHADA 07
ESC.: 1/200
FACHADA 02
FACHADA 03
1/200
1/200
FACHADA 06
FACHADA 07
1/200
1/200 10
FACHADA 04 1/200
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
A

B
C
B
D
E
D D

D C F

A
B B
H D B
H
D
C
C
D C C
D
D C
H

F
H
H G
D B D
F H
D
A
C D
G G

RUA GERMANO FRANCK

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO
PAGINAÇÃO DE PISO - PAISAGISMO CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
01 ESC.: 1/300 ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

PLANTA PAGINAÇÃO DO PAISAGISMO 1/300

11
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FGP + FGO

AAF + CCP

FGP + FGO

FGP + FGO FGP + FGO

AIA + FGP + FGO


FGP + FGO

FGP + FGO

AAF
AAF + CCP

FGP + FGO FGP + FGO


GGE PDF +CCF
AIA
AIA + AAF +CCF + FDF

AAF + CCP
AAF + CCP
FGP + FGO

FDF AIA + AAF AAF + CCP

FGP + FGO
AAF + CCP FGP + FGO

HORTA

FDF AIA + CCP + AAF


GGE

AAF + CCP AAF + CCP


FGP + FGO

AIA + CCP

AAF + CCP + TEC


GGE
FGP + FGO

G
AAF + CCP + TEC

FGP + FGO

FGP + FGO
G G
RDR + FGP + FGO GGE RDR + FGP + FGO AIA + FGP + FGO
GGE + CCP
FGP + FGO
FGP + FGO
FGP + FGO ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RUA GERMANO FRANCK
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
ESTUDO D VEGETAÇÃO - PAISAGISMO DESENHO DA PRANCHA PRANCHA
01 ESC.: 1/300 PLANTA DE VEGETAÇÃO DO PAISAGISMO 1/300

12
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
FACHADA 03
13
03

3.00
.15 2.70 .15 TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA

.10.10

.10.10

.10.10

.10.10
+2.00m +2.00m +2.00m +2.00m

.10

.10

.10

.10
LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA

.15
CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA
CERÂMICA BRANCA
V4

2.00

2.00

2.00
FACHADA 02

FACHADA 04

1.90

1.90

1.90

1.90
CASA DE GÁS

1.50
1.80

1.80

1.80

1.80

1.80
V2 A.: 4.04m² V1
02

04
13

13
V3

.15
.15 1.50 .15 .15 1.50 .15 .15 2.70 .15 .15 2.70 .15
01
13 1.80 1.80 3.00 3.00
FACHADA 01

CASA DE GÁS PAGINAÇÃO DE PISO VISTA 01 VISTA 02 VISTA 03 VISTA 04


01 ESC.: 1/50 03 ESC.: 1/50 05 ESC.: 1/50 06 ESC.: 1/50 07 ESC.: 1/50 08 ESC.: 1/50

FACHADA 03
13
03

3.00 3.00
.15 2.70 .15 .15 2.70 .15
PINTURA NA COR PINTURA NA COR PINTURA NA COR PINTURA NA COR
CIMENTO QUEIMADO CIMENTO QUEIMADO CIMENTO QUEIMADO CIMENTO QUEIMADO
.15

.15
V4
FACHADA 02

FACHADA 04

CASA DE LIXO COMUM


1.50
1.80

1.50
1.80
LAJE IMPERMEABILIZADA
V2 A.: 4.04m²
02

V1
04
13

13

I.: 5%

V3
.15

.15
01
13
FACHADA 01

CASA DE LIXO COBERTA FACHADA 01 FACHADA 02 FACHADA 03 FACHADA 04


02 ESC.: 1/50 04 ESC.: 1/50 09 ESC.: 1/50 10 ESC.: 1/50 11 ESC.: 1/50 12 ESC.: 1/50

FACHADA 03
13
03

6.16
1.50 .15 1.51 .15 2.70 .15 TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA

.10 .10

.10.10

.10.10
+2.00m +2.00m +2.00m

.10

.10

.10
LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA
.15

CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA

CERÂMICA BRANCA
CASA DE LIXO QUÍMICO
V5
A.: 4.04m²

2.00

2.00
FACHADA 02

FACHADA 04

1.90

1.90

1.90
1.50
1.80

1.80

1.80

1.80
ÁREA DE HIGIENIZAÇÃO CASA DE LIXO HOSPITALAR
V7 V8 V9 V10
02

04
13
13

A.: 4.04m² A.: 4.04m²

V6
V11
.15

1.50 .15 1.51 .15 2.70 .15 .15 1.50 .15 .15 1.50 .15
01
13 1.80 1.80
FACHADA 01 1.50 4.66
6.16
CASA DE LIXO HOSPITALAR PAGINAÇÃO DE PISO
13 ESC.: 1/50 15 ESC.: 1/50 VISTA 05 VISTA 06 VISTA 07
16 ESC.: 1/50 17 ESC.: 1/50 18 ESC.: 1/50

TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA TOPO DA COBERTA

.10 .10
.10.10

.10.10

.10.10
+2.00m +2.00m +2.00m
.10

.10

.10

.10
LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA LAJE IMPERMEABLIZADA

CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA CERÂMICA BRANCA


ZIO
VA
ÃO

2.00

2.00

2.00

1.90

1.90

1.90

1.90
OJ

1.80

1.80

1.80

1.80
LAJE IMPERMEABILIZADA
PR

I.: 5%

.15 1.50 .15 .15 1.50 .15 .15 1.50 .15 .15 2.70 .15 1.51 .15
1.80 1.80 1.80
4.66

COBERTA
14 ESC.: 1/50 VISTA 08 VISTA 09 VISTA 10 VISTA 11
19 ESC.: 1/50 20 ESC.: 1/50 21 ESC.: 1/50 22 ESC.: 1/50

PINTURA NA COR PINTURA NA COR PINTURA NA COR


CERÂMICA BRANCA CIMENTO QUEIMADO CIMENTO QUEIMADO CERÂMICA BRANCA PINTURA NA COR CIMENTO QUEIMADO
CIMENTO QUEIMADO

ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
FACHADA 01 FACHADA 02 FACHADA 03 FACHADA 04
23 ESC.: 1/50
24 ESC.: 1/50 25 ESC.: 1/50
26 ESC.: 1/50
PROJETO
CENTRO DE APOIO AO AUTISMO
ORIENTADOR(A)
ALESSON MATOS
ALUNO(A) TURMA
EUDYSLENE UCHOA 2510N01
DESENHO DA PRANCHA PRANCHA

DETALHAMENTO DE CASA DE GÁS 1/50


DETALHAMENTO DE LIXEIRA COMUM
DETALHAMENTO DE LIXEIRA HOSPITALAR
1/50
1/50 13
13
ARQUIVO DATA
CENTRODEAPOIOAOAUTISMO.DWG 12/06/2023
CENTRO DE APOIO AO AUTISTA NA
CIDADE DE FORTALEZA - CE

Eudyslene Uchoa Furtado


Orientador: Alesson Paiva Matos

Fortaleza/CE
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Arquitetura e Urbanismo
Trabalho de Conclusão de Curso

CENTRO DE APOIO AO AUTISTA NA


CIDADE DE FORTALEZA - CE

Eudyslene Uchoa Furtado


Fortaleza/CE
Eudyslene Uchoa Furtado

CENTRO DE APOIO AO AUTISTA NA


CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS CIDADE DE FORTALEZA - CEARÁ
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC II) apresentado
ao curso de arquitetura e urbanismo do Centro
Universitário Christus, como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.

Banca Examinadora
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Centro
Universitário Christus - Unichristus
Gerada automaticamente pelo Sistema de Elaboração de Ficha _______________________________________
Catalográfica do Centro Universitário Christus - Unichristus, com Prof. Esp. Alesson Paiva Matos
dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Orientador
Furtado, Eudyslene Uchoa.
Centro de Apoio ao Autista na cidade de Fortaleza - Ceará / Eudyslene _______________________________________
Uchoa Furtado. - 2023. Prof. M.a. Clarissa Freitas de Andrade
142 f. : il. colora) Convidada Interna
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Centro Universitário
Christus - Unichristus, Curso de Arquitetura eUrbanismo, Fortaleza, _______________________________________
2023.
Orientação: Prof. Prof. Esp. Alesson Paiva Matos. Arq. Joanne Alves Ximenes Rodrigues
Convidada Externa
1. Autismo. 2. Psicologia Ambiental. 3. Ensino. 4. Inclusão. 5. Centro.
Agradeço ao meu irmão, que mesmo com o jeitinho Também gostaria de agradecer aos meus grandes
delicado de ser, sempre estava disposto a me ajudar, amigos do ensino médio, Pâmela e Nelinho, que
seja para instalar os meus programas ou, de forma desde os 15 ou 16 anos já me ouviam e sabiam do meu
especial, nos últimos semestres quando se dedicava a grande desejo de ser arquiteta. Obrigada por toda
me ajudar na rotina com voltas para casa tarde da ajuda durante esses anos letivos. Que vocês, como
noite. Você é o melhor irmão que eu poderia ter. também estudantes da construção civil, cheguem
neste momento e sintam como é gratificante olhar
Agradeço à minha família, que sempre apoiou a para o passado e saber que conseguimos.
Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, a Deus, minha escolha de carreira profissional e esteve
que me proporcionou saúde e força para perseverar presente em todos os momentos, de forma especial Agradeço a todos os professores que se dedicam a
sempre nos estudos. Obrigada pelos Teus planos para para a Ana Luiza e a Milly, que dedicavam horas e ensinar diariamente com o coração cheio de amor, de
minha vida, eles são maiores do que eu poderia horas para ficar ao meu ladinho durante os longos forma especial ao meu querido orientador, Alesson
imaginar. trabalhos. Matos, pelo apoio e confiança. Ele me ouviu e
abraçou minha ideia com muito carinho. Obrigada.
Obrigada Nossa Senhora, por sempre me proteger
AGRADECIMENTOS

como uma grande mãe, me cobrir diariamente com Não poderia esquecer de agradecer a todos os meus A todos que, de forma direta e indireta, fizeram parte
seu manto sagrado, principalmente nas minhas idas colegas, a minha panelinha da faculdade. Vocês são da minha formação, o meu muito obrigada.
e vindas durante todo o período escolar. Que minha os melhores:
fé seja sempre a base de tudo, Amém.
Samantha e Sávio, obrigado por todos os
Gostaria de agradecer de forma especial à minha conhecimentos trocados durante os trabalhos da
mãe, que sempre se manteve forte para cuidar dos faculdade, pela paciência e dedicação.
seus filhos, que sempre está disposta a ajudar ou Lyvia, obrigada por toda parceria e dedicação.
resolver qualquer probleminha. Agradeço por todas Hoje, você é um grande exemplo na profissão.
as vezes que ficou a noite toda acordada para me dar Igor, obrigado por todas as ideias trocadas. Você
comida enquanto eu passava noites fazendo me fez enxergar a arquitetura de forma única e
trabalhos, pelas vezes que me ajudou a procurar diferente.
algum material específico ou até mesmo para segurar Virgínia, obrigada pela sua dedicação como
uma parte da maquete que eu estava colando. Esta amiga. Você, sem dúvida, encontrou um
conquista não é só minha, mas nossa; você faz parte lugarzinho especial no meu coraçãozinho.
dela. Você é a melhor mãe, o melhor pai e a melhor
companheira que um filho (a) pode ter. Obrigada. Eu acredito muito no potencial de todos, vocês
merecem tudo de melhor. Voem alto, o céu é o limite.
RESUMO O número de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mundo tem
aumentado ao longo dos anos, resultando em uma espécie de pandemia infantil. Diante dessa ABSTRACT The number of people diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD) worldwide has been
increasing over the years, resulting in a kind of childhood pandemic. Given this reality, the
realidade, o objetivo deste trabalho é compreender as necessidades dessas pessoas e propor um objective of this work is to understand the needs of these individuals and propose a facility that
local que ofereça acolhimento terapêutico e educacional como solução para essa demanda. Para provides therapeutic and educational support as a solution to this demand. For this purpose, the
isso, foi implantada a proposta de um Centro de Apoio ao Autista no bairro Parangaba, na cidade proposal for an Autism Support Center in the Parangaba neighborhood, in the city of Fortaleza-
de Fortaleza-CE. Esse centro tem como propósito atender essa população de forma inclusiva, CE, has been implemented. This center aims to inclusively serve this population, reducing the
reduzindo as barreiras e preconceitos enfrentados por essa parcela da sociedade. barriers and prejudices faced by this segment of society.
O Centro de Apoio ao Autista contará com profissionais qualificados, atividades adequadas e uma The Autism Support Center will have qualified professionals, appropriate activities, and an
arquitetura desenvolvida para estimular a socialização, o bem-estar e a autonomia, levando em architecture designed to stimulate socialization, well-being, and autonomy, taking into account the
consideração os princípios da neuroarquitetura e da psicologia ambiental. A metodologia utilizada principles of neuroarchitecture and environmental psychology. The methodology used for the
para o desenvolvimento do trabalho baseou-se em uma pesquisa qualitativa, que incluiu um development of this work was based on qualitative research, which included a theoretical and
referencial teórico, projetual e um diagnóstico da área do terreno escolhido. design framework, as well as a diagnosis of the chosen site area.

Com essa proposta, espera-se criar um edifício que atenda às necessidades dos autistas, seus With this proposal, it is hoped to create a building that meets the needs of individuals with autism,
familiares e colaboradores, buscando promover a inclusão em todos os espaços e contribuindo their families, and staff, aiming to promote inclusion in all spaces and contribute to the
para a disseminação desse princípio. O objetivo é conectar o mundo ao autismo, beneficiando a dissemination of this principle. The goal is to connect the world to autism, benefiting everyone
todos os envolvidos. involved.
Palavras Chaves: Autismo. Psicologia Ambiental. Inclusão. Ensino. Centro. Keywords: Autism. Environmental Psychology. Inclusion. Education. Center.
Lista de Figuras

Lista de Figuras
Figura 01 Figura 11 Figura 22 Figura 33
Etapas desenvolvidas no projeto.........................................26 Diagrama da fachada completa do edifício......................51 Vista 01........................................................................................70 Croqui de brises.........................................................................81

Figura 02 Figura 12 Figura 23 Figura 34


Gangorra na fronteira dos EUA e México.......................34 Fachada iluminada...................................................................51 Vista 02........................................................................................71 Fluxograma geral do Centro de Apoio ao
Autista.........................................................................................84
Figura 03 Figura 13 Figura 24
Sala de aula na escola Wish School com painéis Combinação meio complementar........................................52 Ventilação predominante de Fortaleza..............................72 Figura 35
pivotantes...................................................................................36 Fluxograma detalhado do Centro de Apoio ao Autista
Figura 14 Figura 25 .......................................................................................................85
Figura 04 Praça interna............................................................................52 Fachada 01..................................................................................73
Áreas aberta conectada com os ambientes de sala de Figura 36
aula...............................................................................................36 Figura 15 Figura 26 Setorização inicial do projeto...............................................86
Circulação..................................................................................53 Fachada 02.................................................................................73
Figura 05 Figura 37
Escola Jardim da infância com ambientes naturais Figura 16 Figura 27 Volumetria inicial do projeto...............................................86
conectados as salas de aulas................................................39 Planta baixa..............................................................................53 Fachada 03.................................................................................73
Figura 38
Figura 06 Figura 17 Figura 28 Forma Inicial.............................................................................90
Escola Waldorf Ecora............................................................40 Possibilidade de layout...........................................................53 Fachada 04.................................................................................73
Figura 39
Figura 07 Figura 18 Figura 29 Forma Parcial...........................................................................90
Espaço como terceiro professor Creche Leimond- Estrutura.....................................................................................53 Fachada 05................................................................................73
Shonaka......................................................................................42 Figura 40
Figura 19 Figura 30 Forma Final................................................................................91
Figura 08 Centro de Neurorreabilitação Sarah Kubitschek Diagrama Conceitual..............................................................79
Escola Paraíso da cor seu entorno.....................................50 Fortaleza.....................................................................................55 Figura 41
Figura 31 Composição do paisagismo...................................................92
Figura 09 Figura 20 Croqui da praça........................................................................80
Fachadas.....................................................................................50 Coberta em brises e pé direito alto......................................56 Figura 42
Planta de Implantação...........................................................93
Figura 10 Figura 32
Figura 21
Análise da fachada em relação às aberturas Diagrama da relação das salas de aulas com a área de Figura 43
originais......................................................................................51 Setorização de acordo com seu tipo de
convívio......................................................................................80 Pavimento Térreo....................................................................95
ventilação...................................................................................56
..
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Figura 44 Figura 55 Figura 66 Figura77
Pavimento Superior................................................................97 Setor Educacional..................................................................103 Fachada 02...............................................................................109 Lounge externo........................................................................118

Figura 45 Figura 56 Figura 67 Figura 78


Setorização Emergência........................................................98 Setorização Educacional......................................................103 Fachada 03...............................................................................109 Acesso Piscina Terapêutica.................................................119

Figura 46 Figura 57 Figura 68 Figura 79


Setor Emergência.....................................................................98 Setorização Administrativa................................................104 Fachada 04...............................................................................109 Pátio Interno............................................................................120
Figura 47 Figura 58 Figura 69 Figura 80
Setorização Terapêutica........................................................99 Setor Administrativo.............................................................104 Corte 01........................................................................................111 Vista do VLT.............................................................................121
Figura 48 Figura 59 Figura 70 Figura 81
Setor Terapêutico.....................................................................99 Peça de jogo Tetris................................................................105 Corte 02.......................................................................................111 Perspectiva 01 Sala de aula Montessoriana....................122
Figura 49 Figura 60 Figura 71 Figura 82
Setorização farmácia............................................................100 Setorização Lazer...................................................................105 Corte 03.......................................................................................111 Perspectiva 01 Sala de aula Montessoriana...................123
Figura 50 Figura 61 Figura 72 Figura 83
Setor Farmácia........................................................................100 Setor Lazer...............................................................................105 Edifício e o seu entorno.........................................................113 Perspectiva 01 Sala de aula Waldorf................................124

Figura 51 Figura 62 Figura 73 Figura 84


Setorização Nutrição ............................................................101 Fachadas no Solstício de inverno.....................................106 Fachada Principal + Passeio...............................................114 Perspectiva 02 Sala de aula Waldorf...............................125
Figura 52 Figura 63 Figura 74 Figura 85
Setor Nutrição..........................................................................101 Fachadas no Solstício de verão..........................................106 Acesso Praça............................................................................115 Perspectiva 01 Sala de Aula Reggio Emilia....................126
Figura 53 Figura 64 Figura 75 Figura 86
Setorização Serviço...............................................................102 Planta de Coberta...................................................................107 Praça...........................................................................................116 Perspectiva 02 Sala de Aula Reggio Emilia....................127

Figura 54 Figura 65 Figura 76 Figura 87


Setor Serviço............................................................................102 Fachada 01................................................................................109 Estacionamento.......................................................................117 Perspectiva 01 Auditório.....................................................128
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Figura 88 Tabela 01 Tabela 11
Perspectiva 02 Auditório......................................................129 Estimativas da Rede de Monitoramento de Deficiências Programa de necessidades do setor nutrição e
de Desenvolvimento e Autismo (ADDM) do dietética.......................................................................................84
Figura 89 CDC...............................................................................................22
Biblioteca Infantil...................................................................131 Tabela 12
Tabela 02 Programa de necessidades do setor apoio........................84
Figura 90 Levantamento de dados obtidos no território
Perspectiva 01 Sala Sensorial.............................................132 nacional......................................................................................23 Figura 13
Programa de necessidades do setor técnico.....................84
Figura 91 Tabela 03
Perspectiva 02 Sala Sensorial............................................133 Levantamento do número de instituições existentes e
necessárias para atender a população com
autismo........................................................................................23

Tabela 04
Quantidade de usuários..........................................................78
Tabela 05
Programa de necessidades do setor terapêutico..............81
Tabela 06
Programa de necessidades do setor emergência.............82
Tabela 07
Programa de necessidades do setor farmácia.................82
Tabela 08
Programa de necessidades do setor educacional............83
Tabela 09
Programa de necessidades do setor lazer.........................83

Tabela 10
Programa de necessidades do setor administrativo......83
Lista de Quadros

Lista de Mapas
Quadro 01 Quadro 10 Mapa 01 Mapa 12
Parâmetros arquitetônicos das linhas de Adequação dos usos das zonas especiais.........................64 Mapa de instituições existentes em Fortaleza.................24 Mapa do gabarito de alturas das edificações...................68
aprendizado...............................................................................42
Quadro 11 Mapa 02 Mapa 13
Quadro 02 Parâmetros Urbanos de Ocupação – ZEDUS Mapa localização do bairro...................................................61 Mapa dos cheios e vazios......................................................68
Parâmetros arquitetônicos para autistas..........................47 Parangaba..................................................................................64
Mapa 03 Mapa 14
Quadro 03 Mapa localização de modais.................................................62 Mapa da hierarquia viária....................................................69
Análise crítica da escola Paraíso da cor em
Pequim........................................................................................52 Mapa 04 Mapa 15
Mapa de macrozoneamento do bairro Parangaba.........62 Mapa das paradas de ônibus................................................69
Quadro 04
Análise crítica da escola Casa Fundamental em Belo Mapa 05 Mapa 16
Horizonte....................................................................................55 Mapa de zonas especiais........................................................64 Mapa da caminhabilidade em relação ao terreno..........69
Quadro 05 Mapa 06 Mapa 17
Análise crítica do Centro de Neurorrreabilitação em Mapa dos bairros limites da Parangaba...........................65 Mapa indicando as vistas do terreno.................................70
Fortaleza.....................................................................................57
Mapa 07 Mapa 18
Quadro 06 Mapa das regionais de Fortaleza........................................65 Mapa topografia do terreno..................................................71
Resumo geral das referências projetuais..........................57
Mapa 08 Mapa 19
Quadro 07 Mapa do meio ambiente.........................................................66 Indicações de fachadas..........................................................xx
Classificação das atividades por grupo e
subgrupo.....................................................................................63 Mapa 09
Mapa da topografia geral......................................................66
Quadro 08
Classificação das atividades por grupo e subgrupo – Mapa 10
Serviço de educação................................................................63 Mapa do uso do solo................................................................67
Quadro 09 Mapa 11
Adequação e Usos ao sistema viário..................................63 Mapa dos equipamentos de saúde e educação.................67
Lista de Gráficos
Gráfico 01
População por sexo.................................................................65

Gráfico 02
Faixa etária da população.....................................................65
Gráfico 03
Uso do solo por metro quadrado.........................................67
SUMÁRIO
1. 2. 3. 4. 5.
Projeto
6. 7.
Introdução Referencial Referências Diagnóstico Memorial Considerações
Teórico Projetuais Arquitetônico Justificativo Finais
1.1. Tema..................22 2.1. Autismo e a 3.1. Paraíso da 4.1. Justificativa............60 5.1. Conceito..............................78 6.1 Composição da Forma ...90 7.1 Considerações

1.2. Justificativa.....22 sociedade..............................30 Cor...................................50 4.2. Adequabilidade.....62 5.2. Partido 6.2 Implantação e Finais........................................136

1.3. Objetivos..........25 .2. Autismo e o 3.2. Escola Casa 4.3. Análise geral do Arquitetônico...........................79 Paisagismo................................92 7.2

1.4. Método de aprendizado.........................37 Fundamental.................52 bairro...............................64 5.3. Programa de 6.3 Pavimento Térreo............94 Referências..............................137

Pesquisa e de 2.3. O autismo e o 3.3. Centro de 4.4. Sistema viário e necessidades..............................81 6.4 Pavimento Superior........96

Projeto.....................25 espaço...................................43 Neurorreabilitação mobilidade......................68 5.4. Fluxograma......................84 6.5 Setores.................................98


Sarah 4.5. Análise do terreno 5.5.Setorização........................86 6.6 Coberta..............................106

Kubitschek.....................55 e seu 6.7 Fachadas...........................108


3.4. Resumo geral das entorno...........................70 6.8 Cortes..................................110
referências 4.6. Análise físico- 6.9 Perspectivas......................112

projetuais........................57 ambiental do
térreo................................71
1. INTRODUÇÃO
Tema Tabela 01: Estimativas da Rede de Monitoramento de Deficiências de Após a análise realizada, constatou-se que há um grande Autismo à população atual do estado do Ceará, que é de
Desenvolvimento e Autismo (ADDM) do CDC aproximadamente 9,2 milhões de habitantes (IBGE, 2021), o
número de autistas em relação ao número limitado de
Elaborar um centro de apoio para pessoas com Transtorno do instituições adequadas para atendê-los. Por exemplo, apenas 13 número pode ultrapassar 57 mil pessoas com diagnóstico de
Espectro Autista (TEA) na cidade de Fortaleza, Ceará, instituições responderam à pesquisa na região Nordeste, e TEA. No entanto, é importante destacar que esse número
trabalhando os conceitos da psicologia ambiental e infelizmente o estado do Ceará não participou da pesquisa aumenta ao longo dos anos, assim como a falta de
neuroarquitetura, a fim de oferecer um espaço agradável e (Tabela 02). atendimento adequado também.
adequado para autistas e seus acompanhantes. Tabela 02: Levantamento de dados obtidos no território nacional. Tabela 03: Levantamento do número de instituições existentes.

A psicologia ambiental e a neuroarquitetura têm como objetivo


compreender como o ambiente influência no comportamento e Fonte: CDC, 2018.
nas sensações humanas. Essas abordagens buscam utilizar A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa
estratégias arquitetônicas que promovam o bem-estar durante com Deficiência, em colaboração com a Associação de Amigos
e após o uso do espaço, considerando aspectos como do Autista (AMA), conduziu uma pesquisa abrangendo
iluminação, escala, proporção, materiais e texturas. instituições brasileiras que oferecem atendimento terapêutico
ou educacional para autistas. Essa pesquisa foi divulgada no
Esse centro de apoio será de grande importância para acolher site da AMA em 2013, por meio de um questionário preenchido
autistas que não têm acesso adequado a atendimento de forma voluntária. Apenas 106 entidades responderam ao Fonte: Retratos do autismo no Brasil, 2013.
terapêutico e educativo na cidade. O projeto busca criar um questionário, conforme apresentado na Tabela 02. Essas De acordo com a Talk About Autism (2020), “Quanto mais
marco de conscientização e inclusão, sendo uma ponte entre a instituições incluem a Associação de Amigos do Autista longe uma criança com autismo caminha sem ajuda, mais
sociedade e o autismo, com o objetivo de diminuir a segregação (AMAs), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais difícil se torna alcança-la.” Portanto, é crucial fornecer
e o preconceito. (APAEs), clínicas particulares, escolas particulares, órgãos assistência terapêutica e educacional de qualidade e
públicos e associações formadas por familiares e/ou abrangente. No entanto, muitas vezes as instituições existentes
Justificativa profissionais. O questionário nos permitiu compreender que o enfrentam desafios consideráveis devido à falta de recursos, o
número de autistas tem aumentado a cada ano. que afeta a qualidade dos serviços oferecidos, bem como a
A demanda por equipamentos especializados para crianças capacidade de atender à alta demanda por atendimento a
com (TEA) tem aumentado consideravelmente devido ao Com base nas regiões brasileiras e nos resultados da pesquisa autistas. Muitas dessas instituições atendem apenas uma parte
aumento nos diagnósticos realizados com mais frequência realizada pela AMA, é possível fazer uma estimativa Fonte: Retratos do autismo no Brasil, 2013. dos indivíduos, geralmente aqueles com grau mais grave de
(Tabela 01), especialmente em crianças com três anos ou mais. utilizando a média mundial de Prevalência Global de Autismo Com base na Tabela 03, é possível analisar o número de autismo, conforme relatado por muitos familiares. Em
Infelizmente, não dispomos de uma pesquisa precisa que e outros transtornos invasivos do desenvolvimento para pessoas autistas e instituições presentes em cada estado. Como Fortaleza, há cinco instituições fundadas por familiares:
abranja o número de diagnósticos no Brasil. No entanto, determinar a frequência dos diagnósticos de autismo. De mencionado anteriormente, o estado do Ceará não participou Associação Fortaleza Azul - FAZ, a Fundação Casa da
podemos analisar os dados fornecidos pelo Centers for Disease acordo com essa média, podemos compreender que, em um da pesquisa, o que dificulta a obtenção de um valor especifico Esperança, Fundação Projeto Diferente e a Associação
Control and Prevention – CDC (2018), que indicam que a cada grupo de 10 mil pessoas, 62 seriam autistas, o que é para o número de autistas e instituições na região Nordeste. Pintando SeTEAzul. Além disso, há uma instituição particular
22 23
44 crianças, uma é diagnosticada com autismo. considerado um número significativo. No entanto, se aplicarmos a média de Prevalência Global de chamada NPC: Neuropsicocentro (Mapa 01).
Mapa 01: Mapa de instituições existentes em Fortaleza.
Desta forma podemos observar a necessidade de um Método de pesquisa e de projeto
equipamento adequado e com assistência completa que oferte
N um atendimento e acompanhamento que supra de forma
efetiva todas as necessidades dos autistas, familiares e O projeto proposto foi conduzido por meio de uma pesquisa
colaboradores. Neste novo local deverá conter também espaços qualitativa de natureza exploratória, utilizando análise
para auxiliar nas atividades e socialização com a sociedade, documental e revisão bibliográfica como metodologia. Essa
facilitando assim a inclusão dos atendidos. pesquisa tem como objetivo compreender as necessidades,
dificuldades e realidades dos autistas, com base nas quais
Objetivos serão desenvolvidas soluções para melhorar seu desempenho
na sociedade por meio de um Centro de Apoio ao Autista.

Geral: A primeira etapa consiste em elaborar o plano de trabalho, que


Desenvolver um projeto arquitetônico para um Centro de contemplará a introdução, identificando a temática e
Apoio ao Autista na cidade de Fortaleza, Ceará. O centro será justificativa para a implementação do equipamento adequado
projetado para acolher autistas, familiares e colaboradores, para autistas em Fortaleza, Ceará. Nessa etapa, serão
com base nos princípios de inclusão social, neuroarquitetura e estabelecidos os objetivos gerais e específicos da proposta.
psicologia ambiental. Na etapa seguinte, será abordado o referencial teórico,
realizado por meio de levantamento bibliográfico e
Específico: documental. Serão consultados livros, artigos, estudos,
Entender as necessidades das pessoas com autismo na pesquisas e dados relevantes sobre o tema em questão.
sociedade para encontrar soluções projetuais que reduza a A terceira etapa será dedicada ao referencial projetual,
segregação; envolvendo um estudo e análise de edifícios com
Analisar possíveis linhas de aprendizado e como tais características importantes para o desenvolvimento do
auxiliarão no desenvolvimento social e terapêutico de equipamento proposto.
pessoas autistas e como será rebatido no espaço
arquitetônico; Na quarta etapa será realizado o diagnóstico do terreno e seu
Aplicar conceitos de humanização no projeto arquitetônico entorno através de informações referente à legislação e índices
do edifício, baseados na política de humanização do SUS. urbanísticos de Fortaleza, podendo assim analisar as
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Identificar as influências da psicologia ambiental e da características, condicionantes, mobilidade, uso do solo,
neuroarquitetura nos espaços voltados para o autismo. topografia dentre outros elementos relacionado ao terreno, que
24 influenciará o desenvolvimento do projeto. 25
Após todas as etapas teóricas referentes ao projeto proposto,
Centro de Apoio ao Autista, será definido o conceito e partido
arquitetônico com base em todas as informações coletadas. Em
seguida, será elaborado o programa de necessidades,
fluxograma e setorização dos espaços, resultando no pré-
dimensionamento dos ambientes e na concepção do edifício.

Por fim, serão selecionadas informações e imagens


ilustrativas para a elaboração do projeto na cidade de
Fortaleza - Ceará, considerando as necessidades dos autistas,
acompanhantes e colaboradores.

As etapas estão resumidas na Figura 01.

Figura 01: Etapas desenvolvidas no projeto.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Essas etapas serão desenvolvidas ao longo do trabalho para


contribuir para compreensão das necessidades dos autistas,
familiares e colaboradores relevantes para a realização do
projeto.

26 27
2. REFERENCIAL
TEÓRICO
Autismo e a Sociedade O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento fica dividido entre Os autistas demonstram uma ausência de reciprocidade social interna, oferecendo suporte emocional, enquanto a estratégia
a Síndrome de Asperger e o Autismo Clássico, sendo um pouco ou emocional, dificultando a socialização com outras crianças externa é fornecida pela comunidade próxima, por meio do
mais grave que a Síndrome de Asperger, mas não tão forte e adultos. É evidente a preferência por brincadeiras solitárias e apoio comunitário, contatos, redes sociais, entre outros. A
No ano de 2013, a APA - American Psychiatric Association
quanto o Transtorno do Autismo Clássico. Nesse caso, os utilização de objetos não apropriados para brincar. Eles utilização desses dois tipos de estratégias proporciona
definiu o transtorno do espectro autista como uma síndrome
sintomas são variáveis, tais como: quantidade menor de possuem uma dificuldade em interpretar o estado emocional resultados mais satisfatórios para os autistas e seus familiares
do neurodesenvolvimento que se caracteriza por deficiência
comportamentos repetitivos, dificuldades na interação social, dos outros, não compreendendo o pensamento a partir do (RORIZ, 2008).
persistente na comunicação social, na interação social e em
competência linguística superior à Síndrome de Asperger, mas contexto social e não deduzem que outras pessoas
padrões restritos e repetitivos de comportamentos. Possui um
inferior ao Transtorno Autista. Aqueles que possuem essa provavelmente estão pensando (FRITH, 1996 apud BRITO E Os suportes formais são: o apoio financeiro efetuado pelo
grande grau de variação de intensidade e está presente
condição não se desenvolvem adequadamente, o que pode VASCONCELOS, 2016). governo; programas administrados pelo estado; intervenção
precocemente no período do desenvolvimento.
ocasionar disfunções em diversas áreas (AMY, 2001). precoce; educação especial; profissionais qualificados para o
Para os pais, ter um filho autista é sempre difícil. Pois, eles apoio à intervenção; visita médica em casa; serviços de
Segundo o DSM-V (2013), o autismo pode se classificar entre a
O Autismo Clássico apresenta uma grande variabilidade dos costumam passar por várias fases de aceitação que incluem o suporte comunitário; fornecimento de renda social, subsídios e
Síndrome de Asperger, o Transtorno Invasivo do
graus de comportamento. Esse tipo costuma ser diagnosticado choque, a negação e o desânimo pela perda do filho idealizado. apoio da segurança social. Esse tipo de suporte é fundamental
Desenvolvimento, o Autismo Clássico, a Síndrome de Heller e
de forma precoce, em geral antes dos 3 anos. Os portadores Na maioria, o apoio emocional é como uma base da pirâmide nas despesas extras que essas famílias possuem. As famílias
a TGD-SOE. Todas essas classificações devem possuir um
são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual que sustenta toda a adaptação, que deveria ser composta por dos autistas são caracterizadas como dependentes, pois eles
acompanhamento específico e adequado, pois os autistas
com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, porém apoio dos familiares, amigos, médicos, sociedade e religião necessitam de cuidados dos outros. Eles necessitam de apoio
possuem características definidas como o "desligamento da
não utilizam a fala como ferramenta de comunicação. Essa (RORIZ, 2008). não só financeiro, mas também de cuidados que promovam
realidade com a predominância relativa ou absoluta da vida
classificação é a mais comum e fácil de ser observada e atividades de lazer, apoio social, emprego, acompanhamento
interior", vivendo em seu próprio mundo (BLEULER apud
diagnosticada (ANDRADE, 2016). Ao longo do tempo, vários estudos têm sido realizados para a clínico e terapêutico (RORIZ, 2008).
DURVAL, 2011, p. 7).
avaliação das estratégias de coping pelos pais dos autistas.
Síndrome de Heller, ou "Transtorno Desintegrativo da Coping é o conjunto das estratégias utilizadas pelas pessoas A interação com pessoas fora da rotina é um verdadeiro
Os portadores da Síndrome de Asperger são considerados
Infância", manifesta-se como uma regressão acentuada no para adaptarem-se a circunstâncias adversas. Os esforços desafio para os autistas. Eles possuem dificuldades na relação
como autismo de alto desempenho, apresentando as mesmas
desenvolvimento da criança com mais de dois anos de idade. É despendidos pelos indivíduos para lidar com situações dentro da comunidade, pois necessitam se adaptar às regras e
dificuldades dos outros autistas, porém numa medida bem
o mais grave do espectro autista e menos comum. A criança estressantes, crônicas ou agudas têm se constituído em objeto às novas rotinas. Para que a integração das pessoas com TEA
reduzida. Além disso, são verbais e considerados muito
passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais de estudo da psicologia social, clínica e da personalidade, seja simples, é necessário prepará-las e informá-las. Esse
inteligentes, chegando a ser confundidos com gênios, pois são
sem conseguir se recuperar (AMY, 2001). Já as pessoas que encontrando-se fortemente atrelado ao estudo das diferenças contato normalmente é iniciado na aprendizagem escolar. A
imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam
apresentam o Distúrbio Global do Desenvolvimento sem outra individuais (SCHIMIST, DEEL'AGLIO E BOSA. 2007). educação dos autistas pode ser um pouco difícil, já que exige
(ORRÚ, 2012). Essa síndrome é considerada a forma mais leve
especificação - DGD-SOE, são enquadradas dentro do TEA, uma grande necessidade de uma educação especializada,
entre os tipos e é três vezes mais comum em meninos. Se a
mas os sintomas não são suficientes para incluí-las em As estratégias mencionadas anteriormente são utilizadas adaptada e personalizada. A escola também auxilia na
síndrome não for diagnosticada na infância, o adulto com
nenhuma das categorias específicas do transtorno, tornando o também para o acolhimento dos autistas, podendo ser divididas realização de um diagnóstico e na intervenção precoce,
Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros
diagnóstico muito mais difícil (ANDRADE, 2016). em internas e externas. Os familiares contemplam a estratégia facilitando assim a inclusão das crianças em um meio externo.
depressivos e de ansiedade (AMY, 2001).
30 Infelizmente, com a falta de conhecimento do transtorno, 31
algumas crianças e pais têm a tendência a adotar Teorias que consideram que o preconceito resulta de gerando preconceito e julgamentos equivocados, que acabam O Decreto 5.296/2004 regulamenta as leis nº 10.048, de 8 de
comportamentos de discriminação com os autistas, perturbações no desenvolvimento de estruturas psíquicas, por prejudicar a vida das famílias dessas crianças. (Andrad; novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às
aumentando assim o número de bullying psicológico e físico o que levaria o indivíduo a tornar-se predisposto a ele Rodrigues, 2010) pessoas específicas, e a nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000,
nas escolas (RORIZ, 2016). (DUCKITT, 1992). que estabelece as normas gerais e critérios básicos para a
Teorias para as quais o preconceito é fruto da socialização, Os autistas apresentam comportamentos repetitivos, promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
Com a falta de convivência dos autistas com a sociedade, é ou seja, os indivíduos se adaptariam às normas e aos autolesivos ou agressivos, o que tem sido destacado como deficiência ou com mobilidade reduzida. Entendendo o que se
considerado urgente conscientizar e sensibilizar a população. valores transmitidos; (DUCKITT, 1992) bastante comum na fase da adolescência. Essa agressividade pode exigir para pessoas com deficiência: disponibilidade de
No Brasil, a presidente Dilma Rousseff sancionou em Teorias que julgam ser o preconceituoso um produto de traz dificuldades de acesso a locais públicos, pois muitos pais elevadores, vagas de estacionamento, sinalização ambiental,
27/12/2012 a Lei nº 12.764, ou Lei Berenice Piana, decretada conflitos entre interesses sociais diversos; (DUCKITT, recebem comentários preconceituosos, causando assim uma telefone adaptado e semáforo adaptado. No entanto, o TEA só
pelo Congresso Nacional, que institui a Política Nacional de 1992) exclusão social (Segeren; Françoise, 2014). foi reconhecido como um tipo de deficiência em 2012, e sua
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Teorias que consideram o preconceito como um problema principal tarefa é social, removendo barreiras atitudinais,
Autista, considerando a pessoa com tal transtorno um cognitivo, ou seja, os indivíduos, para poder compreender O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015) assegura a incluindo a acessibilidade à percepção do outro sem
indivíduo com deficiência para todos os efeitos legais (BRITO; o mundo, simplificam-no através de estereótipos promoção em condições de igualdade, bem como o exercício preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações por meio
VASCONCELOS, 2016). (DUCKITT, 1992). dos direitos e das liberdades fundamentais pelas pessoas com de mudanças culturais, comportamentais e estruturais
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. O (CAMINHA, 2016).
Com base na última teoria, podemos observar que o transtorno não se resume às condições intrínsecas ao sujeito,
Barreias e Preconceitos
preconceito em relação a pessoas autistas ou com algum mas envolve a relação desse sujeito com o mundo em que vive O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) apresenta
distúrbio já era observado há muito tempo. Infelizmente, (Sales; Viana, 2018). em seu Art. 4º que:
Segundo Allport (1946) e Adorno (1965), o preconceito não é
mesmo que o número de diagnósticos tenha aumentado nos
inato; ele se manifesta no desenvolvimento individual como É dever da família, da comunidade, da sociedade
últimos anos e o conhecimento/divulgação do TEA tenha Considera-se que as barreiras são compreendidas como
um produto das relações sociais e culturais presentes. O em geral e do poder público assegurar, com
crescido, ainda é muito pouco e não ameniza o preconceito. entraves ou obstáculos que impedem o acesso, a liberdade de
preconceito varia em relação ao negro, em relação ao judeu e absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
movimento, a circulação com segurança e a possibilidade que
também se diferencia em relação ao deficiente físico referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
As informações dadas são genéricas ou incompletas, tanto no as pessoas precisam ter para se comunicar ou ter acesso. A
(CROCHÍK, 1996). educação, ao esporte, ao lazer, à
momento do diagnóstico como para a sociedade. As mães acessibilidade é definida como condição para utilização, com
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
relatam que precisam buscar informações a cerca do assunto segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços,
Duckitt, em 1992, entendia as teorias do preconceito divididas respeito, à liberdade e à convivência familiar e
por conta própria. Para Fávero-Nunes e Santos (2010), " ... os mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações e
em grupos, classificados da seguinte forma: comunitária (Estatuto da Criança e do
profissionais da saúde infantil podem não estar sensibilizados serviços, de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de
Adolescente, 1990). Nenhuma criança ou
para a importância da detecção precoce do transtorno, o que comunicação e informação, por pessoas portadoras de
Teorias que utilizam conceitos psicanalíticos para explicá- adolescente com autismo pode ser condenada à
minimizaria efeitos negativos no presente e futuro..." O deficiência ou mobilidade reduzida (CAMINHA, 2016).
lo como produto de mecanismos de defesa que surgem segregação simplesmente pelo fato do
desconhecimento dos profissionais acerca do autismo, além de
frente a uma frustração. Os indivíduos preconceituosos preconceito ou da ausência de informações
levar a diagnósticos tardios, afeta a sociedade como um todo,
procurariam um objeto para justificar a sua insatisfação acerca do transtorno.
32 com a vida (DUCKITT, 1992). 33
Vale ressaltar que as considerações citadas acima não se Mesmo sendo um simples manifesto, esse equipamento
aplicam somente a pessoas com autismo, mas abrangem temporário foi de grande importância em todo o mundo, Com a Constituição de 1988, as instituições escolares, tanto Por isso, o primeiro passo para a inclusão social de uma
qualquer pessoa e qualquer minoria (TORRES, MAZZONI E mostrando que devemos incluir a todos em nossas vidas, sem particulares como públicas, não eram obrigadas a aceitar pessoa autista é de extrema importância. O lugar ideal para
MELLO, 2007). Podemos citar como exemplo de interação a distinção e preconceitos. Uma simples brincadeira demonstrou alunos com deficiência. A obrigatoriedade nas instituições que seja feita a inclusão social é no âmbito escolar, a fim de
aplicação de três gangorras na fronteira entre os Estados para crianças e adultos o significado da integração com todos. privadas de ensino ocorreu somente com a promulgação da Lei proporcionar oportunidades de viverem sem discriminação
Unidos e o México, criadas pelo arquiteto Ronald Rael e pelo É um pequeno detalhe, mas tão importante que falta em nossa 13.146/2015, chamada Lei Brasileira de Inclusão. Todas as para todos os alunos. A escola é um local que possui a
designer Virginia San Fratello. Essa iniciativa tem como sociedade para que todos possam viver em harmonia. instituições devem adequar-se para receber alunos com capacidade de incluí-los e transmitir os valores da inclusão
objetivo conectar e unir crianças e adultos de países diferentes, qualquer tipo de deficiência, tanto no espaço físico quanto na (BENTES, 2016).
diminuindo assim as barreiras e preconceitos criados pela O desafio da inclusão contratação de pessoal especializado para atender esses alunos
falta de acessibilidade atitudinal, como ilustrado na figura 02. (PROFÍRIO, 2021). Vioto e Vitaliano em 2012 mostram que as escolas regulares
A inclusão social tem se consolidado no mundo ocidental, devem passar por transformações para atender a todos sem
Figura 02: Gangorra na fronteira dos EUA e México.
especialmente a partir da década de 1980, como um lema A sociedade deve compreender as dificuldades dos autistas e discriminação, e essas transformações não devem ser
impulsionador de importantes movimentos sociais e ações permitir que a criança e o adolescente com autismo sejam aplicadas apenas na estrutura física da instituição, mas
políticas. Gradualmente, as sociedades democráticas vêm inclusos de fato, contribuindo para que sua participação social também na mentalidade de todos que fazem parte daquele
divulgando, discutindo e defendendo a inclusão como um ocorra em todos os lugares. espaço. A educação inclusiva é propícia para a participação de
direito de todos em relação aos diversos espaços sociais. A todos os alunos, comunidade, colaboradores, entre outros,
inclusão é entendida como a participação ativa de diversos Segundo Moura, o sucesso da constituição psíquica do independentemente de suas características individuais. Pelo
grupos na convivência social, e a deficiência é compreendida indivíduo depende primordialmente do processo de contrário, todos devem contribuir para o desenvolvimento
como qualquer perda ou anormalidade em uma estrutura ou socialização. É no contexto das relações sociais que emergem a desse processo.
função corporal, incluindo a função psicológica (MAZZOTTA; linguagem, o desenvolvimento cognitivo, o autoconhecimento
D’ANTINO, 2011). e o conhecimento do outro. Além de proporcionar outros Acredita-se que a convivência compartilhada da criança com
conhecimentos sobre o mundo, a interação social atua como autismo na escola, a partir de sua inclusão no ensino comum,
A inclusão social é um ato de incluir na sociedade categorias precursora de relacionamentos subsequentes, conjugais e possibilita os contatos sociais e favorece não apenas o seu
de pessoas historicamente excluídas do processo de parentais (MOURA, 1993 apud CAMARGO E BOSA, 2009). desenvolvimento, mas também o das outras crianças, na
socialização, como negros, indígenas, pessoas com medida em que convivem e aprendem com as diferenças. O
necessidades especiais, homossexuais, travestis e Lord e Magil (1989) já questionavam até que ponto o fato de haver poucos estudos sobre a inclusão de crianças
transgêneros, bem como aqueles em situação de retraimento social de crianças com autismo não resultaria da autistas na rede comum de ensino parece refletir a realidade,
vulnerabilidade socioeconômica, como moradores de rua e falta de oportunidades oferecidas, mais do que algo inerente à ou seja, a de que há poucas crianças incluídas quando
pessoas de baixa renda. A inclusão está em conformidade com própria síndrome. Almeida (1997) defende que o ser humano comparadas com aquelas que possuem outras deficiências. A
a Declaração Universal dos Direitos Humanos e também com está inatamente programado para estabelecer vínculos sociais, literatura tem demonstrado que isso se deve, em grande parte,
a Constituição Federal de 1988 (PROFÍRIO, 2021). mas que o desenvolvimento social só se constrói por meio de à falta de preparo dos espaços e da sociedade para atender à
Fonte: G1, 2019
34 interações, em qualquer estágio da vida. demanda da inclusão (KRISTEN, BRANDT E CONNIE, 2003). 35
Figura 04: Áreas aberta conectada com os ambientes de sala

Autismo e o aprendizado
Diante da inclusão adequada à criança que apresente de aula.
deficiências cognitivas importantes e dificuldades em relação à
Segundo Kowaltowski (2013), as edificações escolares seguem
socialização, como no caso do autismo, ela pode se beneficiar
um padrão, mas nem sempre esses padrões levam em
das experiências sociais (KARAGIANNIS E STAINBACK, A aprendizagem ocorre em diversos espaços. Inicialmente, as consideração algumas situações específicas, o que resulta em
1999). O objetivo da inclusão no dia a dia (conhecer-se, primeiras lições de vida são aprendidas em nossas casas, ao espaços que ainda exigem muita adaptação. Até mesmo uma
estabelecer relações, etc.) seria tornar-se o mais autônoma e lado de nossas mães e em nossa família, e depois continuam simples relação de escala pode atrapalhar a interação entre a
independente possível, podendo conquistar seu lugar na nas salas de aula. É importante que as escolas considerem os criança e o ambiente.
família, na escola e na sociedade (ZILMER, 2003). aspectos físicos da educação, como conhecer plenamente as
crianças e respeitar seu desenvolvimento, para que a educação Recentemente, no panorama nacional, têm surgido novas
A Wish School é uma escola localizada na cidade de Tatuapé, acompanhe o processo natural da vida. O ambiente escolar propostas para a estrutura escolar, por meio de programas
no Brasil, desenvolvida pelo escritório Garoa em 2016. É uma deve ser preparado para a criança, com elementos adequados à pedagógicos abrangentes que atendem diversos níveis de
escola que possui um cuidado com as inter-relações a partir do Fonte: Garoa, 2016. sua escala, que a conduzam ao conhecimento. Os elementos e ensino, colocando o aluno no centro da educação. Essas novas
conhecimento do indivíduo, levando em consideração as suas formas devem ser simples, proporcionando um espaço propostas visam transformar o aluno por meio do direito e da
aptidões da criança. Sua grande intenção é deixar os alunos Esses cuidados ao elaborar um edifício são de grande fácil de manter limpo, sem obstáculos que interfiram no fluxo liberdade, abrindo possibilidades para a criação de uma
bem acolhidos e livres. Suas salas de aula são diferentes, por importância para que o autista se sinta bem e seguro no do ambiente. Além disso, é importante que várias atividades arquitetura de qualidade (Migliani, 2020).
meio da implantação de painéis pivotantes que possibilitam ao espaço. Caso contrário, o mesmo não gostará e não se sentirá possam ser realizadas simultaneamente (Beyer, 2019).
professor, aos alunos e às atividades se adaptarem a qualquer confortável para voltar ao ambiente escolar ou terapêutico. Os
uso, incluindo todos em suas atividades com integração aos autistas possuem uma hipersensibilidade diferente de qualquer
Organizar o espaço em áreas e cantos temáticos
espaços abertos (Figura 03 e Figura 04). outra pessoa, então esses ambientes devem ser bem projetados
A escola, em suas diferentes concretizações, é é uma alternativa que possibilitará a interação
para que seu desenvolvimento e interação social com outros
um produto de cada tempo, e suas formas das crianças com diferentes materiais,
Figura 03: Sala de aula na escola Wish School com painéis indivíduos sejam realizados de forma eficaz e agradável para
construtivas são, além dos suportes da memória permitindo lhes um entendimento de uso
pivotantes. as pessoas com TEA."
coletiva cultural, a expressão simbólica dos coletivo do espaço, onde ao mesmo tempo são
valores dominantes nas diferentes épocas possíveis escolha individuais e grupais que
(FRAGO; ESCOLANO, 1998, p. 47). certamente favorecem também a construção de
sua autonomia. (REDIN, MÜLLER, REDIN,
2007, p. 104)
A arquitetura escolar carrega uma carga histórica muito
significativa, que se reflete até hoje na arquitetura, na forma
de ensino e em outros elementos físicos e não físicos com
características de um ensino tradicional.

36 Fonte: Garoa, 2016. 37


Montessori utiliza o termo "autocriação" e o aplica não apenas Figura 05: Escola Jardim da infância com ambientes naturais conectados
Mas quando se trata de uma edificação de ensino especializado Linha Montessoriana as salas de aulas.
ao intelecto, mas também à coordenação do desenvolvimento
no atendimento ao educando com o Transtorno do Espectro
pessoal do indivíduo. Esse processo só pode se desenvolver na
Autista (TEA), verifica-se que a arquitetura escolar pode gerar A pedagogia Montessori foi criada por Maria Montessori, uma
liberdade, que, na proposta pedagógica, caminha lado a lado
vários impactos no comportamento desses usuários. educadora, médica e feminista italiana. Ela optou por
com a disciplina e a responsabilidade.
trabalhar com crianças com necessidades especiais e realizava
São muitos aspectos subjetivos que podem ser determinantes experimentos educacionais com elas. Seu método é baseado em
A utilização de materiais pedagógicos Montessorianos é muito
na qualidade do ambiente escolar, como: organização e gestão ajudar a criança a se desenvolver de forma positiva. O
importante na intervenção com autistas, pois permite
da escola, proposta pedagógica, qualidade do corpo docente, princípio básico da pedagogia de Montessori é acompanhar a
atividades de exploração sensorial com objetos simples, que
perfil do aluno, tamanho da turma e equipamentos. O criança em seus eixos principais, que são: atividade, liberdade
estimulam o raciocínio. Essas atividades são amplamente
desenvolvimento dos espaços escolares pode partir do e individualidade (GAUTHIER & TARDIF, 2010).
utilizadas na escola comum nos anos iniciais e são excelentes
programa de necessidades ou de alguma carência apresentada
recursos para os educadores, pois permitem o desenvolvimento
pelos espaços educacionais, com o objetivo de atender às Segundo Montessori, o ser humano passa por quatro fases
de atividades a partir do concreto e a exploração de texturas,
necessidades de ocupação de cada um. (Kowaltowski, 2011). distintas. A primeira fase é a de exploração sensorial, na qual
formas, encaixes e tamanhos. Isso possibilita que o educador
a pessoa assimila todos os elementos do ambiente ao seu redor.
observe os esquemas mentais formados pelo aluno e promova
A composição de um ambiente escolar depende Nessa fase, é necessário um ambiente protetor e reduzido para Fonte: HGAA, 2018.
o desenvolvimento cognitivo. A utilização desses materiais é
das condições econômicas, sociais e culturais. que o indivíduo possa adquirir uma personalidade individual. Linha Waldorf
aplicada em centros que atendem autistas, demonstrando
Espaços físicos internos e externos abrigam as A segunda fase refere-se ao desenvolvimento das
resultados positivos que podem ser aplicados
necessidades educacionais escolhidas pelo características psicológicas, construindo a personalidade social A pedagogia Waldorf é baseada na antroposofia, uma filosofia
independentemente do nível de comprometimento do indivíduo
sistema e pelo grupo de alunos e professores em que se adaptará à sociedade. Na terceira e quarta etapa, o criada por Rudolf Steiner que busca desenvolver a
(BATISTA, 2008).
cada momento, e necessitam de uma variedade indivíduo já possui uma estrutura de aprendizado, personalidade de forma integral, estimulando a clareza do
de mobiliário e equipamentos, além de material aperfeiçoando a comunicação (Montessori, 1987). raciocínio, o equilíbrio emocional e a iniciativa da ação. A
Um exemplo de arquitetura seguindo os parâmetros da linha
didático, para apoiarem as atividades Montessoriana é a escola Jardim de Infância no Vietnã, que antroposofia é uma ciência espiritual que propõe uma forma
pedagógicas. As pessoas que ali estudam e Um conceito muito importante desta pedagogia é a chamada livre e responsável de pensar, perceber a realidade e atuar,
contém ambientes que permitem às crianças explorar e
trabalham necessitam estar bem acomodadas. "atividade independente", que considera que o indivíduo é observando o ser humano e a realidade em que está inserido
desenvolver sua independência. Essa instituição possui
(Kowaltowski, 2011, p. 38) essencial e sua realização não é promovida pelos professores, (Lanz, 1988).
espaços naturais para as crianças, incluindo uma sala de aula
mas sim por ele mesmo, através do uso do conhecimento
situada entre árvores e flores (Figura 05).
adquirido. No livro "A Pedagogia Científica" (1965), Em sua abordagem, Rudolf Steiner propõe uma arquitetura
Por isso, é de grande importância escolher e entender linhas orgânica que está em harmonia com a natureza e utiliza
pedagógicas ideais para o desenvolvimento desses autistas. materiais reciclados e acessíveis, levando em consideração o
contexto de cada local.
38 39
Steiner evita o uso de ângulos retos, pois acredita na união Figura 06: Escola Waldorf Ecora. protagonistas da estrutura do ambiente escolar. Eles pensam e O espaço deve ser criado para transmitir um ambiente seguro e
entre educação e espiritualidade. Nas escolas Waldorf, dá-se planejam de forma cuidadosa em relação aos procedimentos, estimulante, esse detalhe é tão importante que, em muitas
grande importância aos espaços ao ar livre, pois eles permitem às motivações e aos interesses de todos (MALAGUZZI apud literaturas, ele aparece como um “terceiro professor”.
agrupamentos e debates sem discriminação (BEYER, 2019). EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p.72).
Valorizamos o espaço devido a seu poder de
Steiner acreditava que, por meio de uma ação pedagógica "Em Reggio, os professores sabem como escutar as crianças, organizar, de promover relacionamentos
adequada, todos os indivíduos podem se desenvolver como permitir que realizem iniciativas e também como agradáveis entre pessoas de diferentes idades, de
independentemente de suas deficiências. Para isso, os orientá-las de maneira produtiva" (Edwards; Gandini e criar um ambiente atraente, de oferecer
professores precisam cuidar do desenvolvimento individual de Forman, 2016, p.14). Saber escutar é fundamental nesta mudanças, de promover escolhas e atividades e
cada um de seus alunos (LANZ, 2013). A pedagogia Waldorf pedagogia, então os professores devem estimular os alunos a seu potencial para iniciar toda a espécie de
demonstra ser uma aliada da educação inclusiva, pois com conteúdos interessantes. Com isso, "Os objetivos são aprendizado social, afetiva e cognitiva. Tudo
considera cada aluno com suas especificidades e importantes e não serão perdidos de vista, mas o porquê e isso contribui para uma sensação de bem-estar e
potencialidades no processo de aprendizado. como chegar até eles são mais importantes" (Edwards; Gandini segurança nas crianças. “Também pensamos
e Forman, 2016, p.94). que o espaço deve ser uma espécie de aquário
As escolas Waldorf se preocupam em atender a todos os Fonte: Garoa, 2016. que espelhe as ideias, os valores, as atitudes e a
alunos, incluindo aqueles com deficiência, de forma especial. O Psicopedagogo, seja ele institucional e/ou Clínico, com cultura das pessoas que vivem nele” (Loris
·Linha Reggio Emilia
Um exemplo é a "aula de época", que consiste em duas horas de postura Reggiana, embora trabalhe com crianças com Malaguzzi, em 1984 in (EDWARDS; FORMAN;
aula durante várias semanas, com o objetivo de incluir as dificuldade de aprendizagem, deve "... ajudar a criança a GANDINI, 2016, p. 148).
A abordagem Reggio Emilia, desenvolvida por Loris Malaguzzi
crianças com deficiência em atividades apropriadas. Essa aula descobrir respostas e, mais importante ainda, ajudá-las a
na Itália, é uma pedagogia que valoriza a escuta e adapta-se às
recebe destaque antes de qualquer outro conteúdo indagar a si mesmas questões relevantes" (Edwards; Gandini e Um ótimo exemplo para mostrar o terceiro professor é a
experiências locais. Essa filosofia pedagógica busca incentivar
(BAHMANN, 1997 apud GARCIA, 2015, p. 47). Forman, 2016, p.108). Criando assim um interesse e crianças Creche Leimond-Shonaka (Figura 07) no Japão construído em
o desenvolvimento autônomo das crianças e sua inclusão na
mais confiantes para alcançarem respostas. 2011. O objetivo dos arquitetos era capturar as atividades das
sociedade como seres atuantes. Através de atividades que
A escola Waldorf Ecoara (Figura 06), localizada no Brasil, é crianças dentro de um modo contínuo do tempo utilizando a
envolvem pensar e fazer, a abordagem Reggio Emilia promove
um exemplo de uma instituição que segue a linha pedagógica Todas as escolas que pretendem seguir a pedagogia Reggio arquitetura e a arte juntas. A continuidade e formas orgânicas
a visão da criança como um ser totalmente capaz e valoriza
Waldorf em sua arquitetura. A escola possui uma conexão Emilia devem ser construídas levando em consideração o dos espaços foram realizadas nos tetos e paredes saindo de um
sua participação ativa no processo educativo.
com a natureza e a comunidade, e sua arquitetura é projetada contexto urbano. Alguns parâmetros podem ser observados de padrão de salas tradicionais. As crianças devem se sentir parte
de forma a causar pouco impacto e harmonizar com o maneira clara nesta pedagogia para auxiliar no aprendizado daquele espaço e aprender com ele.
O objetivo desta escola é construir um ambiente confortável
ambiente ao redor, mantendo uma sensação de flexibilidade e dos alunos, como o uso de elementos arquitetônicos,
para que todos utilizem aquele espaço, como alunos,
fluidez com o exterior. Além disso, a escola considera a iluminação adequada, ambientes aconchegantes, flexibilidade,
professores e familiares, e todos devem se sentir em casa. A
diferença de espaço de acordo com a faixa etária da criança, e praças centrais, paredes de vidro, banheiros lúdicos, espaços
linha Reggio Emilia busca intensificar a relação dos três
são utilizadas formas orgânicas e materiais leves em sua para recolhimento, ritmo, organização, acessibilidade e
40 construção. democracia (Migliani, 2020). 41
Autismo e o Espaço
Figura 07: Espaço como terceiro professor Creche Leimond- Shonaka. Parâmetros arquitetônicos das linhas de aprendizado Os funcionários devem buscar conhecer e participar mais das
Quadro 01: Parâmetros arquitetônicos das linhas de aprendizado atividades políticas, assumindo protagonismo,
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos. Um
Humanização nos espaços através do SUS. ambiente humanizado reconhece cada pessoa como legítima
cidadã de direitos, valorizando e incentivando sua atuação na
Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) produção de saúde (HUMANIZASUS, 2013).
busca colocar em prática os princípios do Sistema Único de
Saúde (SUS) no cotidiano dos serviços de saúde. "A saúde é A Política Nacional de Humanização - PNH possui alguns
direito de todos e dever do Estado". Esta frase representa uma conceitos norteadores, tais como:
conquista do povo brasileiro, porém, para alcançá-la, foi Acolhimento: para a construção de relações de confiança,
realizado um grande processo até 1988 com a criação do compromisso e vínculo entre as equipes/serviços,
Sistema Único de Saúde, que contempla a universalidade, a trabalhadores/equipes e usuários com sua rede
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022. integralidade e a equidade da atenção em saúde. O SUS deve socioafetiva.
sempre passar por mudanças, ser humanizado, utilizar Gestão participativa e cogestão: é a inclusão de novos
programas e projetos focados na humanização, e deve ser sujeitos no processo de análise e decisão quanto à
democrático e coletivo (Campos, 2003). ampliação das tarefas da gestão. Isso se divide em dois
grupos: primeiro, aqueles que dizem respeito à organização
A necessidade da humanização contempla o aumento do grau de um espaço coletivo de gestão; segundo, aqueles que se
de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos, referem aos mecanismos que garantem a participação
assim como mudanças na cultura da atenção dos usuários e na ativa de usuários e familiares no cotidiano das unidades de
gestão dos processos de trabalho. É de grande importância saúde (HUMANIZASUS, 2013).
conhecer os fundamentos da humanização, tais como: troca e
construção de saberes, diálogo entre os profissionais, trabalho Outros conceitos norteadores da PNH são: Ambiência: criar
em equipe e consideração às necessidades, desejos e interesses espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis respeitando a
dos diferentes atores do campo da saúde (HUMANIZASUS, privacidade de todos; Clínica ampliada e compartilhada:
2003). finalidade de contribuir para uma abordagem clínica quanto ao
adoecimento e ao sofrimento possuir uma singularidade do
Os princípios da política de humanização são: sujeito, permitindo o conhecimento das ações de saúde e seus
transversalidade: (que amplia o contado e a comunicação entre respectivos danos e ineficácia; Valorização do trabalhador: é
pessoas) ; Indissociabilidade entre atenção e gestão: e por de grande importância a inclusão dos trabalhadores na tomada
Fonte: ArchDaily, 2012. último, Defesa dos direitos dos usuários: defende que os de decisões, confiando em sua capacidade no trabalho;
42 43
e por último, Defesa dos direitos dos usuários: defende que os com o objetivo de construir um ambiente agradável (SILVA, A neuroarquitetura é um campo relacionado à neurociência,
serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses 2019) por meio do estudo das pessoas em seu contexto, tendo que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades, buscando Ambos tratam de elaborar espaços capazes de garantir as
direitos e assegurar que os mesmos sejam cumpridos, desde a como tema central as inter-relações - e não apenas as relações compreender como o cérebro funciona. Quando aplicada à melhorias do ser humano, já que é a maneira como o espaço
recepção até a alta. (HUMANIZASUS, 2013) - entre pessoas e o meio físico e social. arquitetura, ela investiga como o ambiente em que o indivíduo afeta o comportamento das pessoas e como o comportamento
está inserido pode modificar a química cerebral, influenciando das pessoas também afeta o espaço. É um círculo de ação e
Em 2003, foram estabelecidas algumas definições e A Psicologia Ambiental trata das inter-relações emoções e comportamentos. (CARDEAL E VIERA, 2020) reação entre o homem e o espaço (BERNARDINHO, 2017). A
orientações para a aplicação e o acompanhamento da pessoa-ambiente, entendendo que há um neuroarquitetura vem crescendo e demonstrando sua
implantação da PNH. Na Atenção Especializada, foi intercâmbio dinâmico entre os usuários e o A Neurociência teve suas bases estabelecidas no século XX, influência nas pessoas em relação aos aspectos físicos e
estabelecida a orientação: os serviços devem ser confortáveis, meio. Em outras palavras, tanto os indivíduos com um notável avanço desde sua emergência na década de mentais no dia-a-dia, onde possui uma grande interferência na
respeitar a privacidade e promover uma ambiência acolhedora agem sobre o ambiente, modificando-o, quanto 1950. Como resultado desse progresso, a Sociedade de produtividade e comportamento de cada indivíduo. "Muitas
(HUMANIZASUS, 2003). A mesma orientação se aplica às há efeitos nas condutas humanas decorrentes do Neurociências foi fundada em 1970, impulsionando os estudos vezes não percebemos as influências do meio externo, muitas
pessoas com espectro autista ou algum outro transtorno. ambiente, ou seja, o ambiente construído voltados para a compreensão do funcionamento cerebral e delas entram em nosso cérebro de forma inconsciente.
influencia o comportamento do usuário (ELY, buscando compreender a natureza humana. Essa área está Portanto, se este espaço for mal projetado, pode ainda
A humanização faz parte de uma arquitetura saudável. Todos 2011). preocupada com o bem-estar do indivíduo, abrangendo prejudicar a saúde física e mental dos colaboradores"
os lugares devem conter elementos que o tornem agradável aspectos físicos, organizacionais e cognitivos envolvidos. (BENCKE, 2018).
para quem os frequenta. O comportamento do usuário em A Psicologia Ambiental analisa como as condições externas, (VILLAROUCO, 2020)
lugares adequados tem efeitos de longo e curto prazo. O sejam elas ambientais ou espaciais, afetam o comportamento É importante considerar a percepção e o modo de vivenciar o
conforto não deve ser apenas visual, mas também mental. social do indivíduo. Esse estudo busca proporcionar qualidade A Neuroarquitetura se define como a aplicação da espaço de cada pessoa, pois cada pessoa é única e o vivencia de
Portanto, além da humanização, é importante levar em conta de vida aos usuários, de modo que eles possam transmitir esse neurociência aos espaços construídos, visando a maior sua forma, com isso, deve-se projetar pensando na
o estudo da psicologia ambiental e da neuroarquitetura para bem-estar para as futuras gerações (Pinheiro, 1997). compreensão dos impactos da arquitetura no cérebro e nos diversidade, incluindo todos os sentidos (GREJO, 2011). Os
atrair as pessoas não apenas pelas estruturas, mas também comportamentos humanos, possuindo um caráter autistas têm uma percepção diferente dos outros, por isso
pelos sentimentos e sensações proporcionados pelos ambientes É de grande importância analisar soluções arquitetônicas para interdisciplinar. Uma das diferenças entre Neuroarquitetura e deve-se ter cuidado com a estimulação sensorial, já que eles
(PAIVA, 2019). pessoas com deficiência ou portadoras de necessidades Psicologia Ambiental se dá por conta das contribuições da têm sensibilidade muito maior à luz, cores, texturas, sons, e
especiais. Essa arquitetura inclusiva deve ir além do aspecto neurociência, que permite um entendimento mais completo do uma dificuldade de processar e organizar informações. O
O espaço para autistas físico, buscando quebrar barreiras e auxiliar nas atividades e funcionamento do cérebro e das relações fisiológicas do ambiente mais adequado é aquele que possui ventilação
na socialização dos indivíduos com autismo. organismo quando exposto aos estímulos do ambiente e como natural, uso de vegetação, boa acústica, temperatura adequada
Com o passar dos anos, foram elaborados estudos para o ambiente físico impacta os indivíduos. Essas ferramentas para o bem-estar, iluminação adaptada, pé-direito alto e
entender a relação do homem com o espaço e como o podem e devem ser utilizadas para tornar a ação humana mais espaços humanizados para auxiliar no tratamento.
indivíduo se comporta no ambiente. Nesse contexto, a efetiva e, acima de tudo, para criar espaços mais saudáveis no
psicologia ambiental surgiu após a Segunda Guerra Mundial, curto e longo prazo. (PAIVA, 2018)

44 45
O ambiente destinado a pessoas autistas deve reduzir o grande Zoneamento sensorial: É importante realizar uma Quadro 02 :Parâmetros arquitetônicos para autistas
número de indivíduos não identificados dentro do espectro segregação das atividades em diferentes níveis de
autista e diminuir o preconceito em relação a essa população intensidade sensorial. Isso permite prever a atividade
que sofre com a segregação. É de grande importância realizada de acordo com a zona de intensidade, evitando
compreender o comportamento e as necessidades mudanças bruscas no ambiente e nas atividades.
arquitetônicas dos autistas, e a arquiteta Magda Mostafa foi (MOSTAFA, 2008)
pioneira no estudo voltado para a arquitetura para autistas, Segurança: É fundamental garantir a segurança das
desenvolvendo critérios para a elaboração de ambientes pessoas autistas no ambiente, por meio da escolha de
adequados para essa população. (MIRANDA E GUARNIERI, elementos arquitetônicos e de design que evitem qualquer
2019) tipo de dano ao autista. (MOSTAFA, 2008)

Acústica: É um dos critérios mais importantes para o Segundo Khare e Mullick (2009) em seu artigo "Incorporating
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.
design de ambientes destinados a pessoas autistas, pois a the behavioral dimension in desining inclusive learning
maioria delas é hipersensível aos sons. Ruídos podem enviornment for austismo" (Incorporando as dimensões
causar distração e prejudicar o tratamento educacional e comportamentais na concepção de ambiente de aprendizagem
terapêutico. Deve-se evitar a presença de ecos nesses inclusivo para o autismo), defendem com base na arquiteta
ambientes. (MOSTAFA, 2008) Magda Mostafa que são necessários parâmetros arquitetônicos
Sequenciamento espacial/espaço de transição: Os autistas (Quadro 02) para o usuário autista que varia de acordo com a
necessitam de rotina e não devem ser expostos a surpresas concordância ambiental, mediação de desempenho para as
ou mudanças abruptas por meio da disposição dos crianças com autismo e escala de avaliação. Os dezoitos
elementos e das atividades. Deve-se criar uma transição parâmetros estão:
suave entre os espaços. (MOSTAFA, 2008)
Espaço de escape: É importante criar um ambiente onde os
autistas possam se refugiar quando se sentirem
sobrecarregados sensorialmente. Esses espaços devem ser
simples, pequenos e de fácil acesso. (MOSTAFA, 2008)
Compartimentação: Consiste em criar espaços mais
isolados de estímulos sensoriais, onde seja possível
realizar uma única atividade por espaço. Isso ajuda a
reduzir a sobrecarga sensorial e a aumentar a
46 concentração. (MOSTAFA, 2008) 47
2. REFERÊNCIAS
PROJETUAIS
Neste capítulo, realizaremos uma análise de três projetos de fachada é composta por meio de linhas limpas e formas de Figura 10: Análise da fachada em Figura 11: Digrama da fachada O projeto apresenta algumas diretrizes a serem adotadas na
referência que auxiliarão no desenvolvimento do conceito e cores primárias que estimulam a percepção e os sentidos de relação às aberturas originais. completa do edifício. proposta de um Centro de apoio ao Autista como o destaque do
partido arquitetônico do Centro de Apoio ao Autista. Dessa uma criança, incentivando a explorar o espaço. (Figura 09) edifício no entorno. Assim como o entorno influência aO
forma, analisaremos uma referência internacional, uma projeto apresenta algumas diretrizes a serem adotadas na
nacional e outra referência local, a fim de criar um proposta de um Centro de Apoio ao Autista, destacando a
embasamento técnico para a concepção de um projeto Figura 09: Fachadas. importância do edifício em seu entorno. Assim como o entorno
arquitetônico adequado. influencia a concepção do projeto, o edifício, uma vez
construído, também possui um grande impacto na comunidade
Paraíso das Cores e na sociedade em geral. Durante o dia e a noite, o edifício será
ressaltado por meio de iluminação, criando um efeito visual
Fonte: ArchDaily, 2017.
atraente que despertará o interesse das pessoas que vivem ou
A escola Paraíso das Cores (Figura 08) em Pequim é
O projeto buscou não apenas animar a cidade, mas também transitam pelo bairro, levando-as a questionar a finalidade do
considerada uma das melhores escolas da capital, pois possui a
trazer vivacidade à sua edificação por meio de iluminação em espaço. Esse destaque promoverá uma maior conscientização
necessidade de estabelecer um jardim de infância com espaços
seus painéis. (Figura 12) O design de iluminação ressalta ainda sobre o autismo e ampliará o conhecimento das pessoas em
memoráveis para as crianças e animar a própria cidade por
mais a pureza das cores, tornando-o particularmente cativante relação a essa condição.
meio das cores. Essa edificação possui uma área de 4.200m² e
durante a noite. Essa abordagem transforma a arquitetura em
foi construída em 2016 pelos arquitetos do escritório Atelier
uma imensa obra de arte, repleta de luz e cor em meio a um A segunda diretriz consiste em utilizar uma fachada colorida
Alter. Fonte: ArchDaily, 2017. ambiente antes desprovido de vida. com formas simples e limpas, sendo que cada cor possui
Figura 12: Fachada iluminada. significados diferentes e pode evocar percepções distintas em
Figura 08: Escola Paraíso das cores e seu entorno.
A primeira etapa deste projeto foi utilizar o edifício original,
pessoas em geral. No entanto, para os autistas, essa percepção
adaptando-o à escala de uma criança e aproveitando as
pode ser diferente, uma vez que eles possuem uma
aberturas do edifício original. Isso foi feito por meio de
sensibilidade diversa às cores. Cada cor pode causar sensações
grandes volumes coloridos que emergem da fachada, criando
diferentes ou uma sobrecarga sensorial-visual, podendo se
um efeito tridimensional com as cores primárias e
tornar objeto de obsessão ou alívio, dependendo da hiper ou
estabelecendo um diálogo com as crianças. (Figura 10 e 11)
hipossensibilidade de cada indivíduo. Neste projeto, são
Esses blocos coloridos simples se destacam das construções
utilizadas várias cores em sua composição.
residenciais e criam um vínculo com as crianças do bairro.

Os autistas apresentam, em geral, menor precisão do que


Fonte: ArchDaily, 2017. outras pessoas em determinados processos, incluindo a
discriminação cromática, independentemente da presença de
O projeto procura elaborar um paraíso puro e simples com
hipersensibilidade. As percepções de cores em crianças autistas
espaços memoráveis para as crianças e os moradores. Sua
50 Fonte: ArchDaily, 2017. podem variar de acordo com sua história, experiência e 51
contexto em que se encontram.
Com o uso de cores nas fachadas, podemos utilizar algumas Quadro 03: Análise Crítica da Escola Paraíso da cor em Pequim. Este projeto foi elaborado em conjunto com uma pesquisa Figura 17: Possibilidade de layout.

cores que geram sensações ou emoções em pessoas sobre propostas de educadores inovadores, que consideram o
diagnosticadas com autismo, segundo a psicologia das cores. espaço como um ambiente de ensino e aprendizado ativo,
Por exemplo, a cor azul estimula o sentimento de calma e promovendo o bom desempenho dos alunos. A autonomia é
equilíbrio. Em situações de sobrecarga sensorial, o azul auxilia uma prioridade, tanto em relação ao espaço físico da escola
no bem-estar da criança, trazendo tranquilidade e leveza ao quanto ao processo de aprendizagem. Por isso, foi
autista. Já as cores laranja e amarelo ajudam no estímulo desenvolvido um projeto que valoriza a transparência e a
Fonte: Elaborado pela autora, 2022. integração, propondo espaços conectados e fluidos em todas as
social dos autistas, quebrando a monotonia e sendo utilizadas Fonte: Galeria da Arquitetura, 2018.
áreas.
também para gerar alegria e bom humor em pessoas com TEA.
Essas cores criam uma combinação meio complementar no
Escola Casa Fundamental Alguns exemplos de fluidez incluem a fácil circulação e Outro ponto que auxilia na flexibilidade é a estrutura composta
conexão dos espaços (Figura 15) e a disposição simples dos por perfis laminados de aço (Figura 18), painéis de parede do
círculo cromático, utilizando as cores ao lado da oposta da cor
ambientes no local, como pode ser observado nas plantas a tipo Waal como sistema de lajes, além de soluções de drywall,
principal, que é o azul. (Figura 13) A escola primária está localizada em Belo Horizonte e possui
seguir (Figura 16). marcenaria e serralheria para divisórias e fechamentos
uma área de 865m². Foi projetada pelos arquitetos Gabriel
Figura 13: Combinação meio verticais.
complementar. Castro, Marcos Franchini e Pedro Haruf em 2017. A escola Figura 15: Circulação Figura 16: Planta baixa térreo, 2º Pav. e subsolo.
Figura 18: Estrutura.
tem a intenção de ser um espaço de ensino e aprendizado,
estimulando a autonomia dos alunos. Um dos pilares da escola
é a integração com a comunidade, por meio de uma praça
interna que promove vivências coletivas, socialização,
brincadeiras e eventos com alunos, pais, educadores e
comunidade (Figura 14).
Figura 14: Praça interna.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Fonte: Elaborado pela Fonte: Galeria da Arquitetura, 2018.


Os materiais foram cuidadosamente selecionados para
autora, 2022.
Para proporcionar flexibilidade, as salas de aula são espaços promover a experiência multissensorial do espaço, por meio de
A seguir, apresenta-se um quadro com uma análise crítica do abertos com uma área de 70m², o que permite utilizar várias texturas e elementos como madeira, cimento, ferro, azulejo
projeto, destacando os pontos positivos e as referências a configurações de layout (Figura 17). Cada sala possui sua serigrafado e fibra de vidro. Além disso, uma paleta de cores
serem aplicadas: própria biblioteca, provadores, pufes, tapetes, mesas, espelhos, moderada foi utilizada, deixando o ambiente convidativo para
bancada, pia e mobiliário projetado, possibilitando diferentes as crianças sem sobrecarregar os estímulos.
formas de ensino e incentivo ao trabalho em grupo.
52 Fonte: Galeria da Arquitetura, 2018. 53
O ambiente físico da escola é considerado como um "terceiro Para que o espaço seja considerado um terceiro professor, ele Quadro 04: Análise Crítica da Escola Casa Fundamental em Belo Horizonte. Figura 19: Centro de Neurorreabilitação Sarah Kubitschek Fortaleza
professor", uma vez que os alunos aprendem através do espaço, deve ser cuidadosamente projetado para garantir
estimulando a experimentação, pesquisa e o uso das próprias funcionalidade e atratividade aos alunos, proporcionando uma
mãos para realizar atividades, além de proporcionar conforto e percepção positiva do ambiente e estimulando maior dedicação
visibilidade. No entanto, é importante abordar com cautela a às atividades. O espaço também deve gerar segurança
questão da autonomia no caso de alunos com autismo, uma vez psicológica e permitir que os alunos se desliguem dos
que eles enfrentam desafios cotidianos específicos. Portanto, é problemas. No caso de alunos autistas, é especialmente
de grande importância desenvolver espaços que promovam importante que o ambiente transmita confiança e bem-estar, Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
autonomia e habilidades diárias e sociais, como ateliês, hortas, pois isso influencia diretamente na sua disposição para
jardins, entre outros. retornar ao local. Centro de Neurorreabilitação
O projeto apresenta algumas diretrizes a serem adotadas na A terceira diretriz é a integração com a comunidade, pois é de Sarah Kubitscheck Fortaleza
proposta de um Centro de Apoio ao Autista, como a grande importância superar barreiras e preconceitos em
flexibilidade no layout. Em um ambiente de ensino, é de grande relação ao autismo. Muitas crianças autistas enfrentam o Fonte: Projeto, 2007.
importância que o espaço se adapte às necessidades individuais, constrangimento de serem consideradas desconhecidas ou O Centro de Neurorreabilitação Sarah Kubitschek Fortaleza Devido ao clima quente, úmido e com temperaturas elevadas
tanto dos alunos como dos professores. Um ambiente flexível, "anormais", o que ocorre devido à falta de conhecimento e (Figura 19) está localizado no bairro Passaré e foi inaugurado da região, Lelé adotou diversas estratégias para garantir o
que permita alterações físicas, aumenta a participação dos respeito em relação ao autismo. Essa lacuna é frequentemente em 2001. É uma unidade dedicada ao atendimento de pessoas conforto térmico no centro de neurorreabilitação. Essas
alunos e estimula a autonomia das pessoas. resultado da escassa oportunidade de interação com outras com lesão medular, lesão cerebral, investigação de doenças estratégias incluem elementos como localização, vegetação, pé
crianças, sendo mais comum nas escolas do que em espaços neurológicas e pacientes com dor na coluna vertebral, entre direito amplo, cobertura e galerias de ventilação. A
A segunda diretriz é utilizar a arquitetura como o terceiro públicos. outros. Durante o processo de reabilitação, os pacientes localização do centro foi escolhida estrategicamente para
professor. Nas escolas tradicionais, o primeiro professor é participam de diversas atividades educativas, aproveitar a ventilação da brisa marítima. Além disso, por
aquele que ensina e é remunerado, enquanto o segundo Com esse contato ocorrendo apenas em ambientes escolares, psicopedagógicas, esportivas e desfrutam do amplo espaço estar em uma área urbana com baixo adensamento e poucos
professor é aquele que considera os materiais didáticos, a infelizmente a sociedade em que vivemos enfrenta muitas arborizado em atividades integradas com a natureza. edifícios altos, o centro também se beneficia da ventilação
tecnologia, entre outros recursos. Porém, nas escolas atuais, o dificuldades em se relacionar com pessoas autistas devido à natural que ocorre na direção leste-oeste, proporcionando um
ambiente físico é reconhecido como o terceiro professor, que falta de compreensão sobre o transtorno. A criação de Este importante centro de neurorreabilitação foi projetado pelo conforto térmico natural ao edifício.
tem o papel de servir à educação e também de ser utilizado oportunidades de integração com a comunidade aumentará o renomado arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido
como ferramenta de ensino. conhecimento e a convivência entre autistas e não autistas, como Lelé. Ao longo de sua carreira, Lelé dedicou-se a criar A presença de vegetação ao redor do centro ajuda a reduzir a
tanto crianças quanto adultos. projetos que priorizavam o conforto térmico e a humanização temperatura, absorvendo parte da radiação solar e
Para Doris Kowaltowski, professora de Engenharia Civil e dos espaços. Ele foi responsável por projetar todas as nove promovendo resfriamento por meio da evaporação.
Arquitetura e Urbanismo, o espaço físico influencia a forma A seguir, apresenta-se um quadro com uma análise crítica do unidades da Rede Sarah, localizadas em várias capitais O centro hospitalar possui pé direito alto e amplo, o que
como as pessoas convivem nele, além de estimular e facilitar o projeto, destacando os pontos positivos e as referências a brasileiras. possibilita uma melhor iluminação e ventilação natural. Sua
processo de ensino. O projeto arquitetônico deve estar alinhado serem aplicadas no projeto. cobertura é composta por brises, que foram instalados de
54 com a pedagogia adotada pela instituição, como exemplificado forma a controlar a radiação solar, permitindo uma entrada 55
na abordagem pedagógica Reggio Emilia.
O projeto apresenta diretrizes importantes a serem adotadas Quadro 05: Análise Crítica do Centro de Neurorreabilitação em Fortaleza.

adequada de luz e ventilação, além de promover uma conexão Figura 21: Setorização de acordo com seu tipo de ventilação. na proposta de um Centro de Apoio ao Autista, como o
entre os espaços internos e externos (Figura 20). aproveitamento da iluminação e ventilação natural. É de
extrema importância na arquitetura que um edifício seja
projetado levando em consideração a qualidade e o
Figura 20: Coberta em brises e pé direito alto.
aproveitamento dos aspectos naturais. Para os autistas, esses
ambientes são essenciais, pois proporcionam um maior bem-
estar, especialmente quando precisam permanecer por longos Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Resumo geral
períodos em um espaço. A utilização da iluminação natural
pode gerar sensações positivas e criar um ambiente lúdico e
exploratório, contribuindo para o conforto e estimulação
Segue abaixo um quadro resumindo as referências projetuais
adequada dos autistas.
analisadas em relação à sua função e às soluções propostas.
Também é destacado o que será aproveitado de cada um
A segunda diretriz consiste na integração do autista com a
desses projetos para a elaboração do Centro de Apoio ao
natureza, proporcionando a oportunidade de conhecer e
Autista em Fortaleza.
explorar possibilidades além do ambiente familiar. Muitas
vezes, os autistas tendem a se isolar em casa e se envolver em Quadro 06: Resumo geral das referências projetuais.

atividades restritas, como assistir televisão. Ao oferecer


espaços ao ar livre e outras distrações produtivas, é possível
Fonte: Rede Sarah, 2002. estimular a socialização com o ambiente externo e com outras
A maioria dos ambientes do hospital é projetada para pessoas. A terceira diretriz é o aproveitamento da massa
aproveitar a ventilação natural e está localizada na parte arbórea existente para melhorar o conforto térmico do edifício
Fonte: Montero, 2006.
traseira ou lateral do edifício. Apenas alguns ambientes e utilizar a paisagem como um elemento de humanização do
Este projeto também foi cuidadosamente pensado considerando
específicos são equipados com sistema de ar condicionado. Essa espaço.
o bem-estar dos pacientes, tanto em termos de conforto
distribuição é resultado de uma setorização do hospital, onde os
ambiental quanto de integração social. Embora seja um
espaços flexíveis são projetados para receber ventilação E por último, mas não menos importante, temos a
hospital destinado ao tratamento de enfermidades, é
natural, enquanto os ambientes especiais são equipados com humanização do espaço. Desejamos que o Centro de Apoio seja
fundamental que o ambiente seja agradável e acolhedor. Nesse
ventilação artificial, como ar condicionado (Figura 21). um local agradável e acolhedor. A humanização é a
sentido, o Centro Sarah de Fortaleza se destaca pela criação de
combinação de todos os elementos mencionados
solários e jardins, que contribuem para uma atmosfera que
anteriormente, e pode ser alcançada por meio de estratégias
desperta sensações de fascínio, liberdade, disposição e
que promovam descontração e experiências positivas.
criatividade. Esses espaços são reconhecidos como
A seguir, apresentamos um quadro com uma análise crítica do
restauradores e de alta qualidade, proporcionando aos
56 projeto, destacando os pontos positivos e as referências a 57
pacientes uma experiência mais positiva durante o processo de
serem aplicadas no projeto. Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
reabilitação.
4. DIAGNÓSTICO
Parangaba
Mapa 01: Mapa de instituições existentes em Fortaleza.
Por exemplo, sem esse tipo de equipamento nessas regiões, as
pessoas que moram no sul teriam que se deslocar até o norte
de Fortaleza para receber atendimento adequado. Isso causaria
O Centro de Apoio ao Autista está localizado em um bairro que um grande desgaste tanto para o acompanhante quanto para o
oferece uma ampla variedade de atividades, incluindo próprio autista.
comércio, instituições e opções de lazer, entre outras. A seleção Mapa 02: Mapa localização do bairro
do terreno levou em consideração diversos critérios, que foram PARANGABA
abordados no referencial teórico e projetual, bem como na
análise realizada neste capítulo. Alguns desses critérios são:
N

Região que favoreça o acesso a partir de todos os bairros de


Fortaleza, garantindo a conexão do Centro de Apoio ao
Autista com todas as pessoas que necessitam, por meio de
transporte público e privado.
CEARÁ
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Região com um déficit no número de equipamentos
destinados aos autistas. Justificativa
·Região com um baixo gabarito, permitindo que o edifício se FORTALEZA
destaque no entorno. Após analisar as instituições existentes, pode-se observar que
apenas uma parte da cidade possui locais de apoio para
pessoas autistas, sendo essas regiões a norte e leste. Em
A escolha do terreno foi determinada com base nessas contrapartida, nas demais regiões verifica-se uma falta desse
premissas e na análise dos espaços urbanos vazios. Dessa tipo de serviço, ou seja, um déficit.
forma, percebe-se a viabilidade da construção do edifício para BRASIL
autistas no bairro escolhido, devido à sua facilidade de acesso.
É importante ressaltar que os edifícios existentes para essa A proposta de intervenção de um Centro de Apoio ao Autista
finalidade geralmente estão concentrados apenas nos bairros será realizada em Fortaleza, município brasileiro e capital do
mais nobres. (Mapa 01) estado do Ceará (Mapa 02), localizado no Nordeste do Brasil. O
bairro escolhido foi Parangaba, que possui uma localização
favorável em Fortaleza. Isso significa que o centro de apoio
será facilmente acessível para as pessoas que residem nas
60 Fonte: Elaborado pela autora, 2022. 61
extremidades da cidade.
Outro fator relevante para a escolha do terreno foi o fácil
acesso àquela região por meio do transporte público (Mapa 03),
Adequabilidade Foi determinada uma classificação do equipamento de acordo O segundo passo foi realizar um estudo da hierarquia viária, o
com a LUOS, garantindo que o mesmo seja realizado dentro qual é de grande importância para garantir a conformidade
uma vez que o bairro conta com dois terminais de ônibus das normas adequadas. O Centro de Apoio ao Autista possui com a legislação em relação aos recuos necessários (Quadro
Para o estudo de adequabilidade do Centro de Apoio ao Autista,
próximos ao terreno, especialmente o Terminal da Parangaba, características educacionais, oferecendo um serviço às pessoas 09). Através desse estudo, é possível identificar a viabilidade
foi elaborado um passo a passo da LUOS: Lei de Parcelamento,
além de uma estação de metrô, estação de VLT, estação VAMO que necessitam, e, por isso, o edifício se enquadra no grupo do uso do equipamento de acordo com o grupo em que está
Uso e Ocupação do Solo. Os detalhes estão descritos a seguir:
e bicicletário. Todos esses elementos estão bem distribuídos, o "Serviço" (Quadro 07). inserido. O terreno está localizado em uma via arterial I (Rua
O primeiro passo foi analisar a localização do terreno, que
que é ideal para estimular o uso e garantir uma distância Germano Frank) e na classe PGV2-EIV. Portanto, deve-se
resultou na identificação de estar situado em uma Zona de Quadro 07: Classificação das atividades por grupo e subgrupo.
adequada para caminhar até o Centro de Apoio ao Autista. obedecer aos seguintes recuos: recuo frontal de 10 metros,
Requalificação Urbana 01 - ZRU 1 (Mapa 04), abrangendo
também a área de ZEDUS - Parangaba. A ZEDUS é recuo lateral de 10 metros e recuo de fundo de 10 metros. Além
Mapa 03: Mapa localização de modais. caracterizada pela implantação de atividades sociais e disso, o uso do terreno está em conformidade com a
Fonte: LUOS, 2017.
econômicas, com respeito à diversidade local e visando atender classificação da via.
N
a sustentabilidade (LUOS, 2017). A ZEDUS é classificada como Para determinar em qual subgrupo o edifício se enquadra, foi
uma zona especial, e seus parâmetros serão levados em realizada uma análise do subgrupo de educação para identificar Quadro 09: Adequação e Usos ao Sistema Viário
consideração durante o processo de elaboração do projeto. onde o Centro de Apoio ao Autista se encaixa. Após essa
Mapa 04: Mapa de macrozoneamento do bairro Parangaba
análise, foi determinado que o subgrupo é de uma edificação
educacional. A atividade do centro consiste em oferecer
educação especial para pessoas com deficiência, transtorno do
desenvolvimento ou altas habilidades, o que se enquadra
Fonte: LUOS, 2017.
perfeitamente no autismo, como visto no referencial teórico.
Segundo a LUOS, esse tipo de atividade é classificado como É de extrema importância levar em consideração que o terreno
PGV2-EIV, de grande porte, podendo ser realizado em uma área está localizado em uma zona especial chamada ZEDUS da
acima de 2500m² (Quadro 08). Parangaba (Mapa 05). As zonas especiais de dinamização
urbanística e socioeconômica (ZEDUS) foram criadas para
Quadro 08: Classificação das atividades por grupo e subgrupo – Serviço de
promover o crescimento socioeconômico em áreas específicas
educação.
da cidade, como a Parangaba. Essas zonas têm como objetivo
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
intensificar o desenvolvimento nessas áreas especiais.
Com a presença desses equipamentos próximos ao terreno, a
qualidade da caminhabilidade, de acordo com Gehl, é
favorecida, uma vez que a distância ao redor do terreno é igual
ou inferior a 500 metros tanto para os pontos modais
Fonte: LUOS, 2017.
próximos, como as paradas de ônibus, que oferecem uma
ampla variedade de linhas para todos os bairros de Fortaleza.. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo SEUMA,
62 2017. 63
Mapa 05: Zonas Especiais. Quadro 11: Parâmetros Urbanos da Ocupação – ZEDUS da Parangaba. Mapa 06: Mapa dos bairros limites da Parangaba.
N
A Parangaba está localizada na Regional IV (Mapa 07), que
N possui finalidade de executar as políticas públicas e serviços
urbanos de qualidade para melhorar a qualidade de vida dos
cidadãos. Esta regional é composta por 19 bairros, sendo eles:
Aeroporto, Benfica, Bom Futuro, Couto Fernandes, Damas,
Dendê, Demócrito Rocha, Fátima, Itaoca, Itaperi, Jardim
América, José Bonifácio, Montese, Pan Americano,
Parangaba, Parreão, Serrinha, Vila Peri e Vila União.

Fonte: LUOS, 2017.


A Regional IV contém uma área de 34.272 km², com cerca de
Portanto, após a análise legislativa, é possível compreender e 280.167 habitantes, sendo uma das mais populosas. A
Mapa 03: Mapa localização de modais. ter conhecimento da adequabilidade do edifício proposto no Parangaba não é o bairro de maior extensão, ficando atrás do
bairro em que será implantado. bairro Aeroporto, mas contém o maior número de população,
N
como visto anteriormente.
Análise Geral do Bairro
Fonte: LUOS, 2017.
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo
SEUMA, 2017. Segundo a SEFIN/PMF (2015) este bairro possui uma total de Mapa 07: Mapa das regionais de Fortaleza.
30.784 habitantes, sendo o mais populoso da regional. Este
Após identificar que o terreno está localizado em uma zona O bairro Parangaba foi escolhido para receber este grande e N
número de habitantes é classificado pelo sexo, sendo que entre
especial, a ZEDUS da Parangaba, é necessário verificar na importante equipamento, pois é um dos bairros mais eles a maioria são do sexo feminino (Gráfico 01). Esta
LUOS se o uso pretendido é adequado para essa zona importantes de Fortaleza possuindo uma área de 407,85 população não para de crescer e isto pode possibilitar uma nova
específica (Quadro 10). hectares e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) porcentagem de autistas, entre eles do sexo feminino que é mais
Quadro 10: Adequação dos usos das zonas especiais. classificado como baixo, com um total de 0,499, de acordo difícil o diagnóstico. Analisando a faixa etária deste bairro
com os dados da SDE/IBGE de 2010. Além disso, o bairro (Gráfico 02), podemos observar que a quantidade de crianças e
possui um alto fluxo diário de pessoas para diversas jovens são maiores que as dos idosos.
atividades.
Gráfico 01: População por sexo. Gráfico 02: Faixa Etária.
Fonte: LUOS, 2017. A Parangaba contém uma conexão com os bairros limites,
Com a análise legislativa é possível compreender que o terreno como a Maraponga, Vila Pery, Bonsucesso, Jóquei Clube,
está adequado para o uso do equipamento. Com isso seguimos Demócrito Rocha, Itaóca, Serrinha e Itaperi, Esses bairros
para a última etapa do diagnóstico que é a relação aos oferecem uma grande diversidade de atividades, como
parâmetros urbanísticos definidos pela LUOS para a zona comércio, instituições e lazer (Mapa 06).
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo SEUMA,
ZEDUS da Parangaba. (Quadro 11)
64 2019. 65
Fonte: Censo, 2010. Fonte: Censo, 2010.
O bairro é contemplado por duas bacias hidrográficas, sendo Mapa 09: Mapa da topografia geral. Mapa 10: Mapa do Uso do solo.
elas a do rio Cocó e do rio Maranguapinho, e um grande N
Com a variedade de usos e o grande fluxo diário de pessoas,
recurso hídrico existente chamado lagoa da Parangaba, que aumenta a necessidade de ter mais equipamentos disponíveis.
possui um grande marco histórico e é um dos que possui o O bairro oferece uma ampla gama de possibilidades para uso
maior volume de água em Fortaleza. A lagoa recebe institucional e de saúde, incluindo grandes escolas e um
diariamente um público diverso para atividades de lazer. hospital de referência, como o Frotinha da Parangaba. No
Antigamente, naquela região, era realizada a feira da entanto, nenhum desses equipamentos está focado no
Parangaba na área urbanizada às margens da lagoa. Hoje, essa atendimento de pessoas com autismo. (Mapa 11)
feira não é mais realizada. (Mapa 08) Mapa 11: Mapa dos equipamentos de saúde e educação.

Mapa 08: Mapa ambiente. N


N

Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo
SEFIN/PMF, 2015.
N
A Parangaba recebe um grande público, desde os próprios
moradores até pessoas que vão ao bairro com o intuito de lazer Gráfico 03: Uso do solo por metro quadrado.

ou negócios, pois o local possui uma diversidade de usos do


solo, incluindo equipamentos públicos e privados. Com o
(Mapa 10) a seguir, podemos observar que o bairro, apesar de
oferecer diversos serviços, tem sua maior ocupação voltada
para uso residencial, predominante em uma área de Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo
912.929,46m². Outros tipos de serviços compreendem SME/SMS, 2018.
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo
aproximadamente 483.241,79m² de uso comercial e
SEUMA/IPLANFOR, 2018. Vale ressaltar que o bairro está próximo ao Aeroporto de
22.930,10m² para uso de serviços. (Gráfico 03)
Fortaleza Pinto Martins e deve obedecer a um gabarito de
Devido a este recurso hídrico existente, a topografia próxima a altura de acordo com o Plano Básico de Zona de Proteção de
lagoa é mais desnivelado, enquanto o restante do bairro Aeródromo (PBZPA). Com isso, o bairro se caracteriza por
apresenta apenas alguns picos de desnível, o que pode resultar edificações baixas. (Mapa 12) Isso ajudará a destacar o Centro
em pequenos pontos de alagamento durante o período das Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pelo
de Apoio ao Autista no entorno, pois terá menos barreiras
chuvas. (Mapa 09) SEFIN/PMF, 2015.
visuais.
66 67
Mapa 14: Mapa da hierarquia viária Mapa 15: Mapa das paradas de ônibus.
Mapa 12: Mapa gabarito de altura das edificações. Mapa 13: Mapa de cheios e vazios. N N
N N

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela SEUMA, 2019. Para Jan Gehl, arquiteto, o pedestre é aquele que pode se
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela Prefeitura
Prefeitura de Fortaleza, 2015. deslocar-se a pé como modo de transporte até no máximo
de Fortaleza, 2015.
Como citado na justificativa, o bairro possui importantes 5km/h. (GEHL, 2013) Então se torna viável que o usuário do
Sistema Viário e Mobilidade modais de transporte público, como os terminais de ônibus, edifício se deslocar até os terminais ou estações para utilizar o
No mapa a seguir (Mapa 13), podemos compreender que a estação do metrô, estação de VLT, estações VAMO e Bicicletar transporte público, como mostra o Mapa 16.
Parangaba é um bairro muito adensado em algumas regiões e (Mapa 03). O mapa a seguir mostra a grande quantidade de
em outras não. Isso faz com que o bairro tenha uma leveza e Após analisar o uso do solo, podemos compreender melhor o paradas de ônibus que passam diariamente naquela região, Mapa 16: Mapa da caminhabilidade em relação ao terreno.
ajude na visualização de outros pontos, como a lagoa e áreas sistema viário que é predominantemente de vias locais, mas contendo uma boa distribuição, localizadas ao longo de N

verdes. Assim, será possível ter uma boa visualização do possui algumas vias coletoras e arteriais em pontos de maior diversas avenidas principais, como Avenida General Osório de
Centro de Apoio ao Autista. número de serviços dispostos no bairro e com o maior fluxo de Paiva, Rua Cônego de Castro, Avenida Godofredo Maciel, Rua
pessoas e veículos (Mapa 14). O terreno escolhido fica bem Araripe Prata, Avenida Augusto dos Anjos, Avenida Silas
próximo a uma das entradas de acesso ao shopping e terminal Munguba, Avenida João Pessoa, entre outras (Mapa 15). O
da Parangaba, portanto, sua via principal é classificada como terreno possui paradas existentes em frente, nos dois sentidos
via arterial I, que é de melhor qualidade para receber esse das vias.
fluxo.

68 69
Fonte: Google Earth modificado pela autora, 2022.
Mapa 18: Mapa topografia do terreno.
Análise do terreno e seu Mapa 17: Mapa indicando as vistas do terreno
Figura 23: Vista 02
N

N
entorno

A escolha do terreno foi feita com base na compreensão das


necessidades dos autistas e suas famílias, buscando um local
de atendimento próximo às suas residências e de fácil acesso.
No entanto, como foi mencionado no tópico 1, esse tipo de
equipamento é oferecido apenas em bairros nobres de
Fortaleza, deixando uma grande lacuna nos bairros
localizados nas extremidades da cidade.
A Parangaba é um dos bairros da cidade que conta com Fonte: Anexo da autora.
diversos modais de transporte, facilitando o acesso das pessoas
sem a necessidade de percorrer longas distâncias. Esse
Análise Físico-Ambiental do Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela SEUMA.

terreno
Fonte: Google Earth modificado pela autora, 2022.
deslocamento prolongado pode ser desconfortável para os Um dos principais motivos para a escolha deste terreno, além
autistas, causando estresse e fadiga. Figura 22: Vista 01 do acesso, foi a altura das edificações vizinhas, que são
consideradas baixas e contribuem para uma boa ventilação. De
Mapa 17: Mapa indicando a localização do terreno. O terreno está próximo à lagoa da Parangaba, porém não
acordo com a rosa dos ventos de Fortaleza (Figura 24), a
apresenta um desnível significativo. No mapa a seguir (Mapa
região possui ventilação favorável nas direções sul, sudeste e
O terreno está situado em uma área movimentada, próximo 18), é possível observar que o terreno possui apenas dois
leste, o que se encaixa perfeitamente com a fachada principal
aos terminais, com uma única via de acesso, a Rua Germano pequenos desníveis localizados nas extremidades, com uma
do Centro de Apoio ao Autista, proporcionando maior conforto
Frank, que se direciona para o sudeste. As laterais e o fundo diferença de um metro entre eles. Portanto, haverá pouca
térmico.
do terreno estão voltados para uma vegetação existente (Mapa intervenção no terreno ao posicionar o edifício.
17). Sua localização é ao lado do shopping Parangaba e em
frente ao condomínio Parque Morabem, em um terreno vazio
ou subutilizado. É importante ressaltar que a construção
proposta irá substituir uma grande fachada cega, que
atualmente causa insegurança no bairro. Podemos ter uma
compreensão melhor disso nas vistas apresentadas nas Fonte: Anexo da autora.
70 Figuras 22 e 23. 71
Figura 24: Rosa dos ventos de Fortaleza. Figura 25: Fachada 01. estendendo até o pôr do sol. Por fim, a fachada 05 (Figura 29) Figura 28: Fachada 04.
terá uma maior incidência solar no solstício de verão, no
N período da tarde, iniciando às 13:00hrs e se estendendo até o
pôr do sol.
Figura 26: Fachada 02.

Fonte: Projetee, 2022.


Foi analisada a influência do sol nas cinco fachadas possíveis Fonte: Solftware Sol-ar, 2021.
por meio da carta solar de Fortaleza (Mapa 19). A fachada Figura 29: Fachada 05.
principal receberá a maior incidência solar durante o período
Fonte: Solftware Sol-ar, 2021.
matutino, até as 13:20hrs, no solstício de verão. Após esse Figura 22: Vista 01
horário, a fachada estará na sombra. (Figura 25) Figura 27: Fachada 03.

Mapa 18: Mapa topografia do terreno.

Fonte: Solftware Sol-ar, 2021.

N
Já as seguintes fachadas seguem outras orientações: a fachada
02 (Figura 26) receberá insolação durante toda a manhã, até as
12:00hrs, com uma diferença de apenas 30 minutos entre o
solstício de verão e o solstício de inverno. Já a fachada 03
(Figura 27), sendo uma das maiores fachadas, receberá
insolação ao longo de todo o dia no solstício de inverno. A
partir da fachada 04 (Figura 28), a maior incidência solar
ocorre no turno vespertino, começando às 11:00hrs da manhã
no solstício de inverno e às 13:10hrs no solstício de verão, se Fonte: Solftware Sol-ar, 2021. Fonte: Solftware Sol-ar, 2021.
72 Fonte: Google Earth modificado pela autora, 2022. 73
Após este estudo de adequabilidade e análise física e
bioclimática, foi possível compreender que o terreno está apto
para a construção do edifício. No entanto, é necessário se
atentar às incidências de ventilação e iluminação ao longo do
ano, bem como aos ruídos existentes, a fim de proporcionar
um conforto ambiental para os usuários, conforme
mencionado no referencial teórico.

74 75
5. Projeto
Arquitetônico
Projeto Arquitetônico Para Pamela Buxton, cada projeto e espaço deve levar em Figura 30: Diagrama conceitual. Uma das formas de estimular essa curiosidade é por meio de
consideração todas as classes de usuários, principalmente estratégias arquitetônicas e educativas, aplicando o conceito do
aqueles portadores de necessidades especiais. O Centro de "terceiro professor", utilizando formas, texturas, cores, etc.
Neste capítulo, será desenvolvido o conceito, o partido apoio atenderá um total de 120 autistas, cada um acompanhado
arquitetônico, o programa de necessidades com o pré- por um familiar. Esse número será distribuído por todo o O convívio deve ser estimulado para que essas pessoas
dimensionamento dos ambientes, o fluxograma e uma edifício para a realização de atividades desejadas, como lazer, consigam se socializar tanto no Centro de apoio como fora. A
setorização dos espaços com base em toda pesquisa realizada terapêutico e educacional. Pamela Buxton defende que em um socialização desenvolvida de forma correta faz com que
no decorrer do trabalho apresentado. O resultado será uma ambiente escolar deve ser organizado e adequado para muitos autistas tenham uma vida próxima ao normal, sendo
proposta inicial para um Centro de Apoio ao Autista no bairro qualquer criança, então as salas necessitam conter um número possível trabalhar e construir uma família como qualquer
da Parangaba, com público-alvo crianças e adolescentes a pequeno de alunos e professores especializados. No setor outra pessoa. Para um bom convívio e aprendizado, vale
partir de 2 anos de idade. Através deste centro, será oferecido educacional, será dividido em 6 salas, cada uma com um considerar o uso de estratégias sustentáveis que estimulem o
um atendimento educativo e terapêutico para os autistas e espaço adequado para receber no máximo 10 alunos e duas Fonte: Anexo da autora, 2022, bem-estar no espaço por meio de recursos naturais,
familiares, a fim de colaborar no desenvolvimento e professoras qualificadas para a educação de autistas. Já no contribuindo para uma redução de custos e transformando o
tratamento dessas pessoas. setor terapêutico, contará com médicos qualificados e O projeto foi desenvolvido a partir de algumas premissas. A edifício em algo mais econômico e acessível às famílias.
atividades específicas para atender até 4 autistas por dia. primeira e mais importante é o respeito às pessoas com TEA,
Será incluído também um espaço de lazer em frente ao Centro pois muitos não autistas tratam os autistas com preconceito.
de Apoio para auxiliar nas atividades e conectar os autistas O centro de apoio também contará com um auditório para 230 Infelizmente, isso ocorre porque essas pessoas não possuem
Partido Arquitetônico
com o mundo e o mundo com os autistas. Este espaço deverá pessoas, sendo elas autistas, familiares, médicos e a entendimento e compreensão sobre o assunto. Esse Centro de
ser uma ponte para a conscientização e inclusão de todos. comunidade para realização de eventos particulares. Outros apoio tem como intenção quebrar as barreiras, ensinando à
setores terão um total de 40 funcionários para contribuir para comunidade o que é o autismo e as necessidades das pessoas Após a elaboração dos conceitos, é necessário desenvolver
Este centro terá a capacidade de atender aproximadamente 600 a organização, limpeza e bom funcionamento do edifício. com TEA e seus familiares. Para melhorar a relação das estratégias para tornar viável o trabalho com todas as
pessoas em sua plenitude, sendo elas autistas, familiares e pessoas com os autistas, também será aplicada a premissa de intenções citadas acima. O primeiro passo foi a criação de
integração, com o objetivo de trabalhar a interação das pessoas
Conceito
funcionários na cidade de Fortaleza, e possivelmente pessoas uma praça que envolve o edifício no setor educacional, com
das cidades próximas que necessitem também desse com os autistas por meio dos espaços externos e internos. acesso público. Este espaço irá aumentar a possibilidade de a
acompanhamento mais específico. (Tabela 04) comunidade ter acesso e contato com crianças autistas,
As duas seguintes premissas são de grande relevância, pois gerando respeito e integração desde cedo. Esse local terá
Tabela 04: Quantidade de usuários. Para desenvolver o conceito do projeto, foi criado um ambas são focadas no desenvolvimento das pessoas com TEA. brinquedos com várias formas e possibilidades lúdicas de
diagrama conceitual com pontos importantes que irão nortear A autonomia é um dos fatores que todas as instituições devem diversão, além de ser um espaço de convívio para adolescentes
o desenvolvimento do trabalho. (Figura 30) desenvolver nos autistas, pois muitos deles vivem em seu e familiares que acompanham os autistas. Também será
próprio mundo, criado por familiares que querem protegê-los. possível realizar atividades dos alunos nesse espaço, seja para
Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Essas pessoas devem despertar curiosidade e desenvolver o a comunidade ou com a comunidade. (Figura 31)
78 aprendizado e a socialização por vontade própria. 79
Por meio das referências projetuais analisadas (Tópico 3),
Com essa classificação do autismo e a sala específica para podemos observar que as crianças necessitam de espaços
Figura 31: Croqui da praça Após o estudo da carta solar, é possível identificar as áreas
cada grau, é importante levar em consideração a socialização. especiais e adequados para as atividades, e com os autistas não
com maior incidência de luz solar, a fim de criar brises como
Para isso, serão desenvolvidos espaços adequados e seguros é diferente. Eles também precisam de espaços e conexões que
elementos de fachada, evitando a exposição direta do edifício
para o aprendizado e o lazer. Esses espaços devem oferecer estimulem a interação e a socialização com os outros. Dessa
ao sol. (Figura 33)
texturas, cores e formas que estimulem a socialização e a forma, foi elaborado um programa de necessidades dividido em
Figura 33: Croqui de brises. setores, de acordo com o uso.
autonomia fora da sala de aula. Para realizar esse conceito, foi
necessário criar estratégias que estimulem os autistas a
socializar e aprender de forma independente. Além das salas Na Tabela 05, é possível compreender o setor terapêutico, que
de aula, será criado um espaço interno de convívio que terá como objetivo oferecer um atendimento de qualidade para
permitirá a autonomia em áreas abertas e com outras pessoas todos, com salas específicas para o atendimento e a realização
que frequentam o edifício. (Figura 32) de atividades especiais com os autistas e seus familiares. Neste
Figura 32: Diagrama da relação das salas de aulas com a área de convívio. setor, também será incluída uma piscina terapêutica que
auxiliará no desenvolvimento da psicomotricidade dessas
Fonte: Elaborado pela autora, 2022. pessoas.
Tabela 05: Programa de necessidades do setor terapêutico.
A partir da classificação dos graus de autismo apresentada no
referencial teórico, podemos distribuir os autistas em salas que
melhor se relacionam entre si. Por exemplo, a síndrome de
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Asperger e o transtorno invasivo do desenvolvimento possuem
um grau baixo de dificuldade de aprendizado, permitindo que Programa de necessidades
realizem atividades em conjunto com crianças não autistas. Já
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
o autismo clássico conta com um número maior de
diagnósticos, e essas pessoas necessitam de atividades mais Para a aplicação do conceito de sustentabilidade, foi Com base no estudo realizado e no público que utilizará o
específicas e estímulos para a socialização, pois tendem a necessário elaborar um projeto com o objetivo de reduzir a Centro de Apoio ao A, o programa de necessidades foi
voltar-se para si mesmas e viver em seu próprio mundo. dependência de ferramentas artificiais para ventilação e desenvolvido para atender à demanda de autistas, familiares,
Portanto, elas terão uma área de convívio dedicada a elas. As iluminação do ambiente. É essencial incorporar grandes colaboradores e comunidade em Fortaleza e cidades vizinhas,
pessoas que possuem a síndrome de Heller e DSD-SOE janelas, pé-direito alto e espaços abertos, como jardins, para visando facilitar o dia a dia e o desenvolvimento dos mesmos.
apresentam uma regressão acentuada no aprendizado, aproveitar a iluminação natural e a ventilação. No entanto, é Neste edifício, os autistas poderão realizar diversas atividades,
classificando-se em um grau mais grave. Essas pessoas relevante levar em consideração as condições bioclimáticas do como estudos, brincadeiras e acompanhamento terapêutico,
também podem ficar na mesma sala para a realização de terreno e o clima de Fortaleza. entre outras.
atividades específicas.

80 81
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Tabela 08: Programa de necessidades do setor educacional.
Junto ao setor terapêutico, será incluído um setor de apoio aos Tabela 07: Programa de necessidades do setor farmácia. Para o gerenciamento deste edifício, são necessários alguns
familiares e autistas que chegarão ao centro em casos de crise ambientes administrativos, tais como coordenação, direção,
ou com agressividade. Esse setor será uma pequena sala de salas de reuniões, financeiro, entre outros. (Tabela 10)
emergência elaborada de forma que, nessas situações, as
Tabela 10: Programa de necessidades do setor administrativo.
outras crianças não tenham contato direto e se assustem com
a situação. (Tabela 06)

Tabela 06: Programa de necessidades do setor emergência.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Os autistas também necessitam de espaços para atividades de
Fonte: Elaborado pela autora, 2022. lazer onde se sintam confortáveis e seguros junto a outras
O Setor educativo foi elaborado com base em salas específicas pessoas. Para isso, é importante trabalhar a inclusão do
O Centro de Apoio ao Autista receberá todos os tipos de
para cada grau ou combinação de graus semelhantes. Com autista tanto em sala de aula como em ambientes públicos.
autistas, independentemente de seu grau, e em alguns casos é Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
isso, o número de salas aumenta e as possibilidades de Será realizada uma proposta de criação de uma praça com
necessário a realização de medicação frequente. Portanto, o O setor de Nutrição e Dietética (Tabela 11) foi elaborado
atividades diferentes também. Foi proposto um acesso para a comunidade, permitindo que crianças e
centro de apoio irá oferecer remédios adequados para seus visando o conforto dos autistas, familiares e colaboradores,
anfiteatro/auditório para o uso do centro de apoio e da adolescentes não autistas tenham contato com pessoas autistas
usuários e também para outras instituições que necessitem proporcionando a possibilidade de realizar suas refeições no
comunidade, com a intenção de integrar e divulgar o autismo e cresçam com a compreensão de que o autismo não é algo ou
deste apoio. Com isso, faz-se necessário a realização de um próprio edifício, sem precisar se deslocar para outro local.
para todos. Este auditório também poderá ser alugado por alguém estranho, mas sim uma condição diferente que merece
programa de necessidades para a farmácia. (Tabela 07)
terceiros, com o intuito de gerar sustentabilidade econômica respeito. (Tabela 09)
para o centro. O auditório terá capacidade para receber até 250 Tabela 09: Programa de necessidades do setor lazer.
pessoas. (Tabela 08)

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


82 83
Tabela 11: Programa de necessidades do setor nutrição e dietética. Tabela 12: Programa de necessidades do setor apoio e serviço.
Já no fluxograma a seguir, é possível ver a relação dos espaços de forma mais específica, o que contribuirá para a elaboração do
projeto em questão, visualizando cada acesso ao seu setor específico (Figura 35).

Figura 35: Fluxograma detalhado do Centro de Apoio ao Autista.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Tabela 13: Programa de necessidades do setor técnico.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Fluxograma
No fluxograma da edificação, é possível compreender os
espaços propostos no programa de necessidades e suas
relações de modo geral (Figura 34).
Figura 34: Fluxograma geral do Centro de Apoio ao Autista.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Para o bom funcionamento do edifício, foi elaborado um
programa de necessidades para os setores de Apoio e Técnico,
que auxiliarão na organização do centro (Tabelas 12 e 13).
Além disso, foi determinado que o Centro de Apoio ao Autista
contará com 100 vagas de estacionamento, considerando que
grande parte dos usuários poderá utilizar o transporte público
disponível no bairro. Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
84 Fonte: Elaborado pela autora, 2022. 85
Setorização
fundo para dar a volta, realizar sua atividade e sair na mesma As ideias propostas de setorização e volumetria permitem uma
rua, próximo ao setor de emergência. distribuição e conexão otimizadas dos espaços, tornando o
A setorização inicial foi realizada por meio de um diagrama de edifício mais adequado ao público-alvo. O edifício será
bolhas, onde já podemos compreender que a proposta não será A implantação dos setores é realizada com base em uma área protegido em relação à área externa, ao mesmo tempo em que
realizada em todo o terreno escolhido, deixando assim a maior de lazer aberta no centro do edifício. Dessa forma, todos os se destacará no entorno devido à sua proporção e
parte com área natural para humanizar o entorno do edifício e ambientes possuem fachadas voltadas para áreas abertas, grandiosidade.
criar bloqueios sonoros tanto do shopping como do trilho do facilitando o uso de iluminação e ventilação natural, além de
VLT que passa próximo ao terreno. Nestes espaços, será proporcionar um fácil controle e acesso dos usuários.
aplicada mais arborização (Figura 36).
Figura 36: Setorização inicial do projeto. Após as ideias iniciais de setorização do projeto, é possível
realizar a volumetria inicial, levando em consideração os
setores desenvolvidos no programa de necessidades (Figura
37). Com o objetivo de proporcionar uma boa acessibilidade, a
maioria dos setores será distribuída no térreo, facilitando o
acesso de autistas com redução da atividade motora. Isso
resultará em um edifício mais horizontal, sendo que apenas a
administração ficará localizada no pavimento superior, com
acesso restrito.

Figura 37: Volumetria Inicial do Projeto.

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Todos os acessos ao edifício serão realizados pela rua
Germano Franck. O acesso principal da área de embarque e
desembarque será feito através de uma praça destinada aos
autistas e à comunidade. Essa praça estará conectada ao setor
de educação para a realização de atividades do Centro de Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Apoio com a comunidade. A entrada das docas também será
86 feita pela mesma via e terá espaço suficiente nas laterais e 87
6. Memorial
Justificativo
Composição da forma Figura 38: Forma Inicial

Durante a concepção do Centro de Apoio ao Autista, a


acessibilidade foi uma preocupação primordial. O edifício foi
Figura 40: Forma Final
projetado com predominância de horizontalidade, buscando
proporcionar conforto e ambiente acolhedor. Para esse fim, foi
criado um rasgo central que abriga o setor de lazer,
integrando-o ao prédio de forma harmoniosa, abraçado pelo
prédio. . (Figura 38)

Para trazer mais leveza para o empreendimento, foi realizado


um estudo de massa diminuindo o bloco do térreo e criando
um único setor no pavimento superior. O desenho do edifício
será caracterizado por ângulos retos, conferindo uma estética
harmoniosa e sólida quando observado externamente. Além
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
disso, para destacar o empreendimento na paisagem
circundante, foram propostos setores com alturas
Figura 39: Forma Parcial
diferenciadas. (Figura 39)

Com base em todas as premissas abordadas ao longo do


trabalho, foi possível chegar à finalização do estudo de massa
ideal para o projeto (Figura 40). Essa etapa foi fundamental Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
para a elaboração do estudo de implantação do
empreendimento, que contempla uma proposta de paisagismo
mais orgânica e integrada ao ambiente.

Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

90 91
Implantação e Paisagismo
Figura 41: Composição do paginação.

O presente projeto está localizado no bairro Parangaba, na rua Germano Franck,


conforme ilustrado na figura abaixo (Figura 38). A implantação do edifício no
terreno foi planejada levando em consideração a necessidade de uma extensa área
verde nas laterais, a fim de reduzir os ruídos provenientes do Shopping da
Parangaba e do VLT. Todos os acessos estão concentrados na rua Germano
Franck, o que proporciona maior controle, segurança e fluidez.

Foi proposta uma intervenção urbana no passeio do empreendimento, por meio da


extensão da calçada com a inclusão de mobiliários, vegetação e desenhos
coloridos no piso. Essa iniciativa busca proporcionar uma sensação de bem-estar
e lazer tanto para os usuários do prédio como para as pessoas que transitam
diariamente na região. Quanto ao paisagismo interno, foi adotada uma abordagem
lúdica, utilizando elementos do quebra-cabeça (Figura 37), que simbolizam o
paisagismo, e ângulos retos alinhados com o eixo do empreendimento. Os
materiais selecionados incluem piso intertravado, piso emborrachado, pintura
epóxi e outros.

A praça externa foi concebida com o objetivo de promover a integração dos


autistas com a sociedade, por isso será aberta ao público e contará com
brinquedos e elementos lúdicos. Sua forma é uma combinação de ângulos retos e
formas orgânicas, resultando em uma malha lúdica. A partir dessa malha, foram Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
criados elementos mais altos para atividades de equilíbrio e pula-pula, além de
uma tela que também servirá como área de descompressão. Figura 42: Planta de Implantação.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
0 10 20 40

92 93
Pavimento Térreo

Com o objetivo de tornar o edifício mais leve e fluido, foram


empregadas formas simples e eixos paralelos, seguindo uma
modulação de 10 metros de pilar para pilar. Os corredores
também seguem os eixos do próprio edifício.

Para o aproveitamento da ventilação e iluminação natural,


foram propostos rasgos nas lajes entre os setores, permitindo a
entrada de ventilação natural e reduzindo o uso de ar
condicionado. Além disso, foram instaladas grandes janelas
para possibilitar a entrada de ventilação e iluminação natural.
Essas soluções mantêm a proximidade dos usuários dentro das
salas fechadas, ao mesmo tempo em que integram a vegetação
localizada no interior da edificação.

A Figura 43 apresenta a distribuição dos setores no térreo,


com uma clara separação entre os ambientes de saúde e os
ambientes educacionais e de lazer. Esses grandes setores estão
conectados por meio de um pátio interno e um restaurante, que
terão acesso livre para todos. Apenas o auditório e a piscina
possuirão acesso externo, permitindo que a comunidade realize
eventos ou palestras sem a necessidade de circular dentro do
0 5 10 20 30
centro de apoio, garantindo a segurança dos usuários.

Figura 43: Pavimento Térreo.


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

94 95
Pavimento Superior

No pavimento superior, concentrou-se a maior parte do setor


administrativo devido ao seu acesso mais restrito. No entanto,
também foi garantida a acessibilidade por meio de um
elevador.

No pavimento superior, será possível visualizar parte da


cobertura e o rasgo do pátio interno, proporcionando uma
conexão visual e luminosidade entre os diferentes níveis do
edifício.

0 5 10 20 30

Figura 44: Pavimento Superior.


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
96 97
Setor Emergência Setor Terapêutico APOIO PISCINA DESPENSA
ÁREA.:7.82m² ÁREA.:6.10m²

O setor de emergência foi projetado para atender crianças que O setor terapêutico foi projetado para atender a todos aqueles
cheguem em momentos de crise e necessitem de um que necessitam de um acompanhamento especial,
independentemente da frequência, seja diária, semanal ou PISCINA
atendimento especial. Além disso, também está preparado para ÁREA.:131.62m²

atender qualquer pessoa que possa se machucar dentro do mensal. Este setor possui um acesso interno direto conectado
CIRCULAÇÃO
próprio empreendimento, levando em consideração que os ao setor emergencial, seja através de um corredor ou da sala de ÁREA.:13.44m²
VESTIÁRIO
ÁREA.:16.57m²
autistas têm uma percepção do espaço diferenciada. serviço social. O usuário terá acesso interno próximo ao pátio e VESTIÁRIO
ÁREA.:16.57m²
aguardará sua vez na ampla sala de espera, que conta com
DML SALA DE
lavabos e recepção. SALA
Foi providenciado um acesso externo separado para que os ÁREA.:3.82m²
SENSORIAL
DESCANSO
ÁREA.:15.08m²
ÁREA.:21.95m²
usuários não tenham visibilidade uns dos outros em momentos SALA DE
WC
ÁREA.:6.39m²
SALA DE CIRCULAÇÃO
de crise, evitando sentimentos de medo. Além disso, foram OBSERVAÇÃO
ÁREA.:49.87m² O setor terapêutico é composto por salas especializadas, OBSERVAÇÃO SALA DE
ÁREA.:39.93m² ÁREA.:28.49m²
SALA DE PSICOTERAPIA
criadas todas as salas necessárias para o atendimento de DESCOMPRESÃO
incluindo salas sensoriais, salas de observação, sala de JARDIM ÁREA.:14.70m²
ÁREA.:21.82m² SALA DE ÁREA.:57.34m²
fonoaudiologia, sala de musicoterapia, sala de fisioterapia, sala INTERAÇÃO
emergência, incluindo recepção, lavabo, hall, sala de FONOAUDIÓLOGO
ÁREA.:28.49m² SOCIAL
ÁREA.:23.76m²
observação, sala de emergência e áreas de apoio. No mesmo de terapia ocupacional, sala de psicoterapia, oficina de artes e
COPA SALA DE
WC ÁREA.:8.16m² OFICINA DE
setor terapêutico, foi incluída uma sala de serviço social para ÁREA.:6.39m² interação social. Além disso, o setor também conta com áreas MUSICOTERAPIA
ÁREA.:25.42m² ARTES
ÁREA.:38.71m²
diálogos que requerem maior privacidade. de apoio para os funcionários, como uma copa e uma sala de SALA DE
FONOAUDIÓLOGO SALA DE
SALA DE
descanso. ÁREA.:25.48m²
PSICOTERAPIA
EMERGÊNCIA SERVIÇO SOCIAL SALA DE ÁREA.:13.78m²
Neste mesmo setor, já está previsto um rasgo na laje para ÁREA.:24.87m² ÁREA.:4.19m²
FONOAUDIÓLOGO LAVABO
ÁREA.:25.22m² ÁREA.:4.27m²
auxiliar na ventilação de algumas salas. Além disso, nesta No setor terapêutico, foi proposta uma área de piscina
JARDIM SALA DE CIRCULAÇÃO
ÁREA.:9.12m²
área, será criado um jardim com vegetação de sombra para ÁREA.:14.89m² destinada a atividades terapêuticas, que inclui vestiários, área OBSERVAÇÃO
ÁREA.:23.76m² ESPERA
LAVABO
proporcionar um ambiente mais agradável. ÁREA.:1.50m² de apoio e despensa. Todos esses ambientes estão conectados COPA
ÁREA.:93.57m²

ÁREA.:6.76m²
LAVABO RECEPÇÃO
ÁREA.:4.19m²
por corredores e áreas verdes, que auxiliam na ventilação do ÁREA.:11.70m²
HALL
RECEPÇÃO
ÁREA.:23.76m²
LAVABO
espaço.
ÁREA.:11.22m² ÁREA.:4.19m² TERAPIA
OCUPACIONAL
ÁREA.:23.73m²

SERVIÇO TERAPIA
SOCIAL OCUPACIONAL
ÁREA.:23.40m² JARDIM ÁREA.:9.12m²
0 1 5 10 JARDIM
ÁREA.:23.73m²

ÁREA.:14.89m²
SALA DE
SALA DE FISIOTERAPIA
ÁREA.:49.00m²
FONOAUDIÓLOGO
Figura 46: Setor Emergência ÁREA.:24.25m² 0 1 5 10
0 5 10 20 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. SALA DE
30
0 5 10 20 30
MUSICOTERAPIA
ÁREA.:21.07m²
Figura 45: Setorização Emergência Figura 47: Setorização Terapêutica. Figura 48: Setor Terapêutico.
98 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 99
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Setor Farmácia Setor Nutrição
O setor de nutrição foi projetado para atender a todos que utilizam o Centro de Apoio ao
Foi criado um setor de farmácia que servirá como apoio para a Autista. Ele inclui um amplo restaurante destinado aos autistas, acompanhantes e
área de emergência e terapêutica, fornecendo medicamentos colaboradores, com acesso tanto pelo pátio interno quanto pela área externa, que conta com
especiais para todos os usuários, sejam eles de Fortaleza ou de um lounge equipado com mesas e sofás. Esse ambiente tem como objetivo não apenas servir
outras regiões. refeições, mas também atuar como uma área de apoio e lazer.

O acesso para recebimento dos medicamentos será próximo à A entrada de suprimentos será localizada próxima ao setor de serviço, onde também estarão
área da piscina terapêutica, por meio de uma recepção que localizadas as áreas de cocção, armazenamento e preparo dos alimentos. Essas áreas foram 0 5 10 20 30

levará até a área de controle e armazenamento. Próximo a essa projetadas para fornecer um espaço amplo e adequado para atender a demanda do centro de
CIRCULAÇÃO Figura 51: Setorização Nutrição
RECEPÇÃO ÁREA.:28.60m² ADMINISTRAÇÃO
área, haverá um balcão de distribuição voltado para o pátio ÁREA.:16.90m² ÁREA.:13.87m²
apoio. É importante ressaltar que o setor de nutrição contará com a presença de uma Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
interno. Todo esse setor contará com uma área de apoio aos nutricionista para acompanhar o preparo de todos os alimentos, garantindo a qualidade e a
LAVABO
funcionários, incluindo lavabo e espaço administrativo. ÁREA.:4.59m²
adequação nutricional das refeições. PREPARO DE
CARNES
ÁREA.:7.45m²
CONTROLE DE
DML QUALIDADE PREPARO DE
ÁREA.:4.57m² ÁREA.:6.71m²
VERDURAS E DRT ÚMIDO E
LEGUMES SECO
ARMAZENAGEM ÁREA.:7.45m² ÁREA.:2.17m²
E CONTROLE
ÁREA.:11.70m² DEPÓSITO
ÁREA.:7.45m²
COCÇÃO/
HIGIENIZAÇÃO PORCIONAMENTO HIGIENIZAÇÃO
SALA DE ÁREA.:9.85m² ÁREA.:80.73m² ÁREA.:7.42m² RECEPÇÃO E
CONTROLADOS INSPERÇÃO DE
ÁREA.:9.40m² DISTRIBUIÇÃO
ÁREA.:16.88m² ALIMENTOS
ÁREA.:20.89m²

LAVABO
ÁREA.:8.75m²

LAVABO
ÁREA.:8.75m²

0 1 5 10

ADMINISTRAÇÃO
ÁREA.:9.76m²

0 5 10 20 30
Figura 50: Setor Farmácia.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. PREPARO DE CÂM.
RESTAURANTE NUTRICIONISTA SOBREMESA CONGELADOS DESPENSA
ÁREA.:234.54m² ÁREA.:8.75m² ÁREA.:6.40m² ÁREA.:7.06m² ÁREA.:13.76m²

Figura 49: Setorização Farmácia. DML


ANTICÂMERA
ÁREA.:2.17m²
ÁREA.:2.58m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
CÂM.
REFRIGERADOS
Figura 52: Setor Nutrição. ÁREA.:8.77m²

Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 0 1 5 10


100 101
LABORATÓRIO LABORATÓRIO JARDIM

Setor Educacional
ÁREA.:19.28m² ÁREA.:23.63m²

Setor Serviço
ÁREA.:19.28m²

ALMOXARIFADO JARDIM
ÁREA.:19.28m² ÁREA.:17.86m²

SALA DOS
PROFESSORES SALA DE AULA
ÁREA.:39.71m² TIPO A
ÁREA.:56.16m²
SUPERVISÃO JARDIM

O setor de serviço foi projetado como uma área de apoio para O setor educacional desempenha um papel fundamental no ÁREA.:17.46m² ÁREA.:17.86m²

LAVABO
ÁREA.:5.55m² SALA DE AULA
todos os funcionários do Centro de Apoio ao Autista. Nesse Centro de Apoio ao Autista, sendo responsável por oferecer um SECRETARIA TIPO B
ÁREA.:43.07m²
ÁREA.:26.02m²

setor, serão disponibilizados vestiários para que os ambiente propício para o desenvolvimento dos usuários. Serão COPA
ÁREA.:10.96m²
JARDIM
ÁREA.:17.86m²

funcionários possam trocar de roupa e se preparar para o realizadas diversas atividades educacionais, lúdicas e COORDENAÇÃO
ÁREA.:10.96m²
SALA DE AULA
TIPO C
ÁREA.:46.06m²

trabalho. Além disso, haverá uma área de ponto para registro psicomotoras, visando estimular o aprendizado e socialização LAVABO
ÁREA.:4.51m² JARDIM
ÁREA.:17.86m²
ENTRADA

de horários. . Essa área de convivência tem como objetivo de cada usuário. ÁREA.:39.14m²
JARDIM
ÁREA.:40.63m² SALA DE AULA
SALA DE ESTUDO TIPO C
ÁREA.:46.06m²
ÁREA.:5.64m²
proporcionar um ambiente acolhedor e propício para a BIBLIOTECÁRIA
JARDIM
ÁREA.:17.86m²

descompressão e o bem-estar dos colaboradores. Esta área foi pensada para que cada autista tenha uma ÁREA.:5.54m²

DML
ÁREA.:2.59m² SALA DE AULA
TIPO D
experiência de qualidade nas atividades por meio de sua BIBLIOTECA
ÁREA.:74.50m²
ÁREA.:30.77m²

BIBLIOTECA JARDIM
ESTAR interação com o espaço. Por isso, foram elaboradas salas com INFANTIL ÁREA.:19.40m²
FUNCIONÁRIO ÁREA.:2.59m²

ÁREA.:29.70m² LAVABO SALA DE AULA


diferentes abordagens pedagógicas, como a metodologia ÁREA.:4.41m² TIPO E
ÁREA.:28.17m²

Montessoriana, Reggio Emilia e Waldorf. Cada sala também JARDIM


ÁREA.:49.60m²
DML
conta com um banheiro de apoio. Além das salas de aula, ENTRADA
ÁREA.:13.84m²
ÁREA.:3.48m²

LAVABO
ÁREA.:7.61m²
VESTIÁRIO
ÁREA.:13.36m²
foram criados laboratórios, salas de informática e salas de
FOYER
atividades. Foi elaborada uma área de apoio para os ÁREA.:72.20m² CAMARIM
CENTRAL DE ÁREA.:19.43m²

VESTIÁRIO
funcionários, incluindo copas, lavabos e uma sala dos ÁUDIO E VÍDEO
ÁREA.:13.78m²

ÁREA.:13.36m² DEPÓSITO
professores, visando proporcionar um ambiente confortável e ÁREA.:5.525m²
LAVABO
PONTO CENTRAL DE AR ÁREA.:7.61m²
ÁREA.:2.17m²
funcional para a equipe. Também foram disponibilizados ÁREA.:7.93m²

LAVABO
espaços para o atendimento aos acompanhantes. ÁREA.:4.41m²
CAMARIM
AUDITÓRIO PALCO INDIVIDUAL
ÁREA.:317.78m² ÁREA.:68.54m² ÁREA.:7.25m²

0 1 5 10
Neste mesmo setor, foi proposta uma biblioteca/área de estudo
destinada aos autistas e seus acompanhantes. Esse ambiente DESCOMPRESSÃO
ÁREA.:3.74m²
Figura 55: Setor Educacional.
0 1 5 10 PSICOPEDAGOGIA
ÁREA.:11.51m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
inclui uma pequena área lúdica, permitindo que as crianças DESCOMPRESSÃO
ÁREA.:1.76m²

0 5 10 20 30 também possam desfrutar dele de maneira recreativa. SALA DE


ATIVIDADES
ÁREA.:43.60m²

E por fim , foi projetado um amplo auditório com capacidade


Figura 53: Setorização Serviço.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Figura 54: Setor Serviço. para 230 pessoas, incluindo palco para palestras e atividades
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
teatrais. Ele está preparado para sediar tanto as atividades dos SALA DE
INFORMÁTICA
ÁREA.:19.96m²
SALA DE 0 5 10 20 30

autistas quanto eventos da comunidade em geral. ATIVIDADES


ÁREA.:28.17m²

102 Figura 56: Setorização Educacional. 103


0 1 5 10
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Setor Administração Setor Lazer
Como citado anteriormente, o setor administrativo foi dividido Na área de lazer, foi desenvolvida uma paginação com base na
entre o pavimento térreo e o pavimento superior. No térreo, peça do quebra-cabeça, utilizando cores adequadas para os
HALL/RECEPÇÃO
encontra-se a guarita com um lavabo para o controle de ÁREA.:54.13m²
autistas. Essa área será o ponto de conexão de todos os setores
entrada e saída do empreendimento, além do hall/recepção que e contará com espaços de jardim e bancos seguindo a mesma
GUARITA
possui um controle de acesso para o pavimento superior, ÁREA.:7.45m² LAVABO
ÁREA.:2.10m² paginação.
podendo ser feito por escada ou elevador.
Além disso, foi proposta uma brinquedoteca como área de lazer
No segundo pavimento, estão localizadas todas as salas para aqueles que desejam ficar mais recuados. Um brinquedo
necessárias para o bom funcionamento do Centro de Apoio ao lúdico também foi criado, inspirado nas peças do jogo Tetris
COPA
Autista, como salas de mídias, organização, diretoria e outras. DIREÇÃO
ÁREA.:12.25m²
(Figura 59), localizado em uma parte do pátio.
ÁREA.:19.50m²
Neste setor, também foi pensada uma área de descompressão
para os funcionários, com uma copa onde podem relaxar nos
SECRETARIA
ÁREA.:92.54m² DESCOMPRESSÃO
intervalos. ÁREA.:32.98m² PÁTIO INTERNO
ARQUIVO ÁREA.:908.55m²
ÁREA.:25.84m²

MARKETING
ÁREA.:15.11m² DML
ÁREA.:4.32m²

PROTOCOLO LAVABO
ÁREA.:15.11m² ÁREA.:4.50m²
LAVABO
ÁREA.:4.50m²
CIRCULAÇÃO
ÁREA.:27.40m²

FINANCEIRO
ÁREA.:9.56m²
BRINQUEDOTECA
ÁREA.:908.55m²

RH
ÁREA.:18.04m²

SALA DE
0 5 10 20 30 0 5 10 20 30 REUNIÃO LAJE TÉCNICA
ÁREA.:35.82m² ÁREA.:9.60m²

Figura 57: Setorização Administrativo. 0 1 5 10


0 1 5 10
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 0 5 10 20 30

Figura 58: Setor Administrativo.


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Figura 59: Peça do jogo Tetris. Figura 60: Setorização Lazer. Figura 61: Setor Lazer.
104 Fonte: Knooe.net, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 105
Coberta

A cobertura foi projetada para proporcionar sombra e beleza a todos que a observem, tanto os que estão na calçada quanto os que passam
pelo VLT. Por isso, ela foi dividida em três blocos: saúde, administrativo e educacional, cada um com sua cor adequada. A cobertura será
composta por uma estrutura/platibanda em ACM e telha metálica na cor correspondente a cada bloco. É importante destacar que a
captação das águas pluviais será feita por meio de calhas, com a tubulação descendo junto com os pilares.

Com a cobertura definitiva, podemos observar que a solução bioclimática implementada na edificação proporciona sombra em grande
parte do prédio. Através das figuras abaixo, é possível compreender que a fachada frontal estará sempre sombreada durante a tarde,
tanto no solstício de inverno quanto no de verão. Por outro lado, a fachada dos fundos receberá luz solar direta no solstício de inverno.
Portanto, foi projetado um prolongamento da cobertura e implementada uma solução na fachada para lidar com essa questão.

Figura 62: Fachadas no Solstício de inverno.


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

0 5 10 20 30

Figura 63: Fachadas no Solstício de verão. Figura 64: Planta de coberta.


106 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 107
Fachadas Figura 65: Fachadas 01.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 0 1 5 10

A solução da fachada foi projetada para auxiliar também no


conforto térmico do empreendimento. O mesmo terá brises em
ACM com desenhos do quebra-cabeça em sua composição,
trazendo leveza, conforto e beleza para as fachadas que
recebem insolação. (Figuras 67 e 68)
Figura 66: Fachada 02.
Já nas fachadas que não recebem insolação no período da Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 0 1 5 10

tarde, não foi feito o prolongamento e brises. Em vez disso, foi


feito apenas um destaque nas esquadrias com uma moldura em
ACM na cor do bloco (Figura 65).

Na fachada voltada para a praça, foi proposto criar um


pergolado em ACM na cor do bloco para trazer uma sensação
de segurança para todos (Figura 66).
Figura 67: Fachada 03.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
0 1 5 10
Vale ressaltar que todo o revestimento da fachada dos blocos
será feito com porcelanato branco, utilizando a tecnologia de
fachada ventilada, para auxiliar também no conforto térmico.

Figura 68: Fachada 04.


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
0 1 5 10

108 109
Cortes

Nos cortes ao lado, podemos compreender como o edifício se


comporta no terreno escolhido. Conforme mencionado no
capítulo de diagnóstico, o terreno possui um relevo suave, 01 5 10
Figura 69: Corte 01.
permitindo a acomodação simples do edifício. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

No corte 01 (Figura 69), podemos observar o setor terapêutico,


administrativo e farmácia. No setor administrativo, podemos
compreender como o elevador se acomodou no terreno e seu
percurso até a casa de máquina, que fica acima do pavimento
superior. No entanto, ele ainda está escondido pela cobertura do
bloco.

No corte 02 (Figura 70), podemos observar o setor emergencial


e educacional, incluindo o auditório, que se estende até um 01 5 10
nível inferior ao do passeio. Além disso, podemos analisar Figura 70: Corte 02.
como os jardins internos estão posicionados para permitir a Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

entrada de ventilação, mantendo uma distância adequada da


cobertura. Isso contribui para a circulação do ar e a ventilação
natural no interior do edifício.

Em todos os cortes, é possível notar a diferença de altura entre


os blocos, mas de forma especial no terceiro bloco, podemos
observar o rasgo do pátio interno e os detalhes dos jardins que
compõem o edifício.
Figura 71: Corte 03 01 5 10
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

110 111
Perspectivas

Figura 72: Edifício e seu entorno


Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 113
Figura 74: Acesso Praça.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

Figura 73: Fachada principal + Passeio.


114 115
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Figura 76: Estacionamento.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

Figura 75: Praça.


116 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 117
Figura 77: Lounge Externo. Figura 78: Acesso Piscina Terapêutica.
118 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 119
Figura 40: Perspectiva xx.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

Figura 80: Vista do VLT.


Figura 79: Pátio Interno.
120 Fonte: Elaborado pela autora, 2023. 121
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Sala de aula Montessoriana

A sala Montessoriana receberá de 8 a 10 alunos e foi pensada


para que tudo fique proporcional para a criança, gerando assim
a autonomia. Será um ambiente preparado para recebê-los,
cada usuário terá armários individuais para guardar o seu
material e prateleiras compartilhadas. Foi proposto um quadro
branco com acesso tanto das crianças como das professoras
para atividades lúdicas.

As portas de acesso são no tamanho padrão, porém contêm


uma porta pequena para a criança sentir que tudo ali está
possível para ela. A sala terá esquadrias transparentes para a
área de jardim, conectando o interior com o exterior e
aproveitando também a iluminação e ventilação natural.

Também foi proposto um local com tatame para atividades


lúdicas no chão, o qual servirá para absorver o ruído interno.
Foi elaborado um painel em madeira para estimular o
ensinamento por meio das formas, cores e texturas. O espaço
foi projetado com facilidade de manutenção para manter a
organização e acessibilidade do ambiente.

122 Figura 81: Perspectiva 01 Sala de Aula Montessoriana. 123


Figura 82: Perspectiva 02 Sala de Aula Montessoriana.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Sala de aula Waldorf

A sala Waldorf traz aconchego e simplicidade em suas cores,


por ser de grande importância a conexão com a natureza e
elementos ritmados. Portanto, foram utilizados painéis com
formas redondas, gerando uma percepção geométrica diferente.

Seguindo as premissas da pedagogia, a sala não possui ângulos


retos e possui grandes espaços para ser utilizada de forma
flexível.

As esquadrias são feitas de madeira, com partes em vidro, para


aumentar a iluminação natural e conectar todos com o jardim
da sala de aula. O espaço foi projetado com fácil manutenção,
visando manter a organização e acessibilidade do ambiente.

124 Figura 83: Perspectiva 01 Sala de Aula Waldorf. Figura 84: Perspectiva 02 Sala de Aula Waldorf. 125
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Sala de aula Reggio Emilia

A sala da linha pedagógica Reggio Emilia traz a própria


arquitetura como material didático das aulas, permitindo que a
professora utilize desde o tatame até os próprios armários para
atividades lúdicas. Nessa sala, cada aluno possui um armário
individual para guardar seu próprio material, podendo também
utilizá-los como brinquedos, já que os armários possuem uma
escadaria com almofadas para sentar.

Todas as esquadrias são de vidro, aproveitando a iluminação


natural e proporcionando transparência ao ambiente. Além
disso, foi criada uma forma curva no forro para aumentar a
ludicidade do espaço. O espaço foi projetado com fácil
manutenção, visando manter a organização e a acessibilidade
do ambiente.

Figura 85: Perspectiva 01 Sala de Aula Reggio Emilia. Figura 86: Perspectiva 02 Sala de Aula Reggio Emilia.
126 127
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Auditório

Foi proposto um auditório para 230 pessoas, destinado tanto


aos usuários do Centro de Apoio ao Autista quanto à
comunidade em geral.

Para o auditório, foram escolhidos tons de madeira clara em


todo o ambiente, juntamente com estofados e pintura branca.
Além disso, foram instalados painéis nas paredes e forro para
auxiliar na acústica do espaço.

128 Figura 87: Perspectiva 01 Auditório. Figura 88: Perspectiva 02 Auditório.


129
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Biblioteca Infantil

Foi proposta uma biblioteca para o Centro de Apoio ao Autista,


incluindo uma biblioteca lúdica onde as crianças possam se
sentir à vontade no ambiente.

O espaço foi pensado para lembrar o céu, sonhos, entre outros.


Por isso, utilizou-se pintura azul nas paredes e foram
pendurados pendentes em formato de nuvens. Além disso,
foram instaladas prateleiras na altura das crianças, com livros
acessíveis, e mesas confortáveis para que possam realizar
atividades de pintura.

130 Figura 89: Biblioteca Infantil. 131


Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
Sala Sensorial

A sala sensorial está localizada no setor terapêutico e tem


como objetivo proporcionar diversos estímulos aos usuários,
por meio de texturas, cores, formas e elementos visuais.

Na sala, haverá a presença de um médico especializado,


responsável por observar o comportamento do autista no
espaço e, a partir disso, criar atividades adequadas para cada
indivíduo.

132 Figura 90: Perspectiva 01 Sala Sensorial. Figura 91: Perspectiva 02 Sala Sensorial. 133
Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
7. Considerações
Finais
Considerações Finais Referências

A proposta apresentada neste trabalho é um Centro de Apoio ao Autista, pois o número de autistas vem crescendo rapidamente no ALVARES, S. L. Traduzindo em formas a Pedagogia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS.
mundo e, infelizmente, no Brasil, o número de instituições adequadas para atender autistas de todos os graus é muito pequeno. Waldorf. 2010. 139f. Tese de Doutorado. Dissertação NBR9050: Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços
Muitos autistas vivem sem o diagnóstico e outros só são diagnosticadas quando crianças na escola, porém não possuem espaços e (Mestrado)-Faculdade. e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.
estrutura adequados.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual BENTES, Caroline Cássila Araújo et al. A família no processo
No decorrer do trabalho, foi possível observar que as poucas instituições existentes favorecem os moradores da área nobre de diagnóstico e estatístico de Transtorno Mentais. 5. Ed. Porto de inclusão social da criança e adolescente com autismo:
Fortaleza, deixando a população das extremidades da cidade com o acesso reduzido. Por isso, a escolha do bairro parte de um que Alegre: Artmed,2014. Desafios na sociedade contemporânea. Intertem@ s Social
seja mais acessível para todos. ISSN 1983-4470, v. 11, n. 11, 2016.
AMY, Marie Dominique. Enfrentando o autismo. Zahar, 2001.
Diante das pesquisas realizadas, tornou-se evidente que as pessoas, infelizmente, não conhecem o transtorno e praticam a falta BENCKE, Priscilla. Como os ambientes impactam no
de respeito e empatia com o próximo. A criação deste edifício, localizado em um bairro importante, central e acessível a todos, Andrade, F. & Rodrigues, L. C. (2010. Estresse familiar e cérebro? Qualidade corporativa, [s. l.], 2018. Disponível em:
possibilitará o conhecimento do assunto e o contato com os autistas para todos. autismo: estratégias para melhoria da qualidade de vida. http://www.qualidadecorporativa.com.br/como-os-ambientes-
Psicologia IESB, 2(2), 69-81. impactam-no-cerebro/. Acesso em: 9 set. 2019.
Foi de extrema importância entender que o transtorno do espectro autista possui classificações de níveis e cada grau deve ser
abordado de forma diferente e em espaços diferentes. Portanto, para todas as classificações, é necessário que os espaços ANDRADE, Josete Burda et al. A trajetória escolar de uma BERNARDINO, Cledja Maria das Neves; Psicologia
contenham parâmetros arquitetônicos adequados de acordo com as linhas de aprendizado escolhidas: Montessori, Waldorf e criança com transtorno do espectro autista (TEA) em uma Ambiental, uma ponte entre Homem e Arquitetura. Revista
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Por meio das propostas de projeto, foi possível aplicar todos os conceitos citados no trabalho, como convívio, sustentabilidade, Intervir Com Práticas Pedagógicas Autism: Understanding To BLEULER, E. Demenria Praecox ou o Grupo das
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