10 - Veado-Catingueiro - Estado de Conservação

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50 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

Avaliação do Risco de Extinção do Veado-catingueiro


Mazama gouazoubira G. Fischer [von Waldheim], 1814,
no Brasil

José Maurício Barbanti Duarte1, Alexandre Vogliotti1,5, Eveline dos Santos Zanetti1, Márcio Leite de Oliveira1,
Liliani Marilia Tiepolo², Lilian Figueiredo Rodrigues³, Lilian Bonjorne de Almeida4

Risco de Extinção
Menos preocupante (LC)

Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Nome popular
Veado-catingueiro, veado-virá
(Português), cabra silvestre,
corzuela común, corzuela
José Maurício Barbanti

parda, guazu, guazu virá


(Espanhol), gray brocket,
brown brocket (Inglês)

Submetido em: 10 / 02 / 2011


Aceito em: 27 / 01 / 2012

Apresentação e justificativa de categorização


O estado de conservação do veado-catingueiro, Mazama gouazoubira (G. Fischer [von Waldheim],
1814) foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos dados disponíveis até 2010.
Síntese do processo de avaliação pode ser encontrada em Peres et al. (2011) e Beisiegel et al. (2012). A
categoria proposta para o táxon é Menos preocupante (Least concern - LC), com base em informações sobre
ecologia, distribuição geográfica, populações e ameaças.
Justificativa – O veado-catingueiro é uma espécie de pequeno porte, que ocorre em todo o Brasil,
apesar de estudos recentes indicarem sua substituição por Mazama nemorivaga na região amazônica. Trata-se
de uma espécie com extrema plasticidade ecológica, adaptando-se a ambientes modificados. Estima-se que

Afiliação
1
Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos – NUPECCE/UNESP – Via de Acesso Prof.Paulo Donato Castellane s/n 14884-900 – Jaboticabal, SP
2
Universidade Federal do Paraná – R. dos Funcionários, 1540 – Cabral – 80035-050 – Curitiba – Paraná
3
Consultoria PNUD – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, SQSW 103-105, Brasília, Distrito Federal
4
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio – Estrada Municipal Hisaichi Takebayashi, 8600 – Bairro
da Usina – 12952-011 – Atibaia, SP
5
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Escola de Saúde e Biociências – Av. da União 500 – 85902-532 – Toledo, PR

E-mails
barbanti@fcav.unesp.br, avogliotti@yahoo.com.br, eveline_zanetti@yahoo.com.br, oliveiraml@terra.com.br, liliani@ufpr.br,
lilian_figueiredo@yahoo.com.br, bonjorne@gmail.com

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as populações estejam em equilíbrio ou crescimento devido à capacidade de ocupar áreas antropizadas. A


espécie apresenta tendência de ampliação de área de ocorrência e da área de ocupação e uma população
total de indivíduos maduros maior que 10.000 indivíduos. Não existem evidências de emigração ou imigração
diferencial de indivíduos desta espécie entre o Brasil e os países vizinhos, portanto a categoria da espécie
não é alterada quando se aplica a avaliação regional. A classificação não mudou em relação à lista oficial
anterior de fauna ameaçada (MMA 2003).

Presença em listas de espécies ameaçadas


Mazama gouazoubira é considerada DD (Dados insuficientes – Data deficient) no Paraná, VU
(Vulnerável – Vulnerable) no Rio Grande do Sul e EN (Em perigo – Endangered) no Rio de Janeiro (Bergallo
et al. 2000, Fontana et al. 2003, Mikich & Bérnils 2004). É globalmente avaliada como LC pela IUCN (Black
& Vogliotti 2008).

Sinonímia
Mazama gouazoupira (G. Fischer, 1814).

Nota taxonômica
Em sua revisão das espécies brasileiras de Mazama, Rossi (2000) interpretou as diferenças morfológicas
que levaram os autores a descreverem como variações individuais entre espécimes de Mazama gouazoubira,
as subespécies auritus Gray, kozeritzi Miranda-Ribeiro, mexianae Hagmann, namby Fitzinger e superciliaris
Gray. A única forma não analisada por Rossi (2000), argentina Lönnberg, poderia merecer status subespecífico.
No entanto, uma análise aprofundada da descrição original de Mazama simplicicornis argentina mostra que
não há caracteres que não possam ser explicados pela variação individual ou geográfica. Com isso, para o
Brasil não são reconhecidas subespécies.

Características da espécie
Distribuição geográfica
O veado-catingueiro é encontrado desde o sul do México até o norte da Argentina. No Brasil, ocorre
em todos os biomas (Figura 1). Entretanto, evidências mais recentes indicam a substituição de Mazama
gouazoubira por M. nemorivaga na região amazônica, apesar dessa possibilidade ainda não ter sido
completamente comprovada (Duarte 1996, Duarte & Jorge 1998, Rossi 2000, Weber & Gonzalez 2003,
Rossi et al. 2010, Black-Décima et al. 2010). Estas evidências foram adotadas para este texto, portanto a
distribuição geográfica de M. gouazoubira considerada aqui tem o sul da Amazônia como seu limite norte.

Habitat
Ocorre em vários ambientes, de florestas densas contínuas a savanas abertas com pequenas e poucas
manchas de mata, mas sempre associado a florestas para abrigo e alimentação. Prefere o ecótono entre
a floresta e o campo e áreas de floresta. Estudos na floresta ombrófila densa no sul de São Paulo não
encontraram evidências da sua presença em habitats de mata densa, permanecendo restrito ao entorno
dessas áreas (Vogliotti 2003). A espécie se adapta facilmente a terras cultivadas, bastando que estejam
disponíveis, para seu abrigo, pequenas áreas florestadas (Pinder & Leeuwenberg 1997).

População
Estudos com diferentes metodologias encontraram densidades de 3,7 indivíduos/km2 no Pantanal
(Schaller 1983), de 10,4 indivíduos/km2 (Robinson & Redford 1986) e 0,8 indivíduos/km2 na Amazônia
(Bodmer 1989), 5,6 indivíduos/km2 na floresta estacional boliviana (Rivero et al. 2004), 12 indivíduos/km2

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Figura 1 – Distribuição geográfica do veado-catingueiro, Mazama gouazoubira.
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no chaco boliviano (Noss et al. 2006) e 0,39 indivíduos/km2, 3,16 indivíduos/km2 e 3,82 indivíduos/km2,
respectivamente, na planície alagável, floresta e cerrado de uma área no Pantanal (Desbiez et al. 2010). Esta
é a mais abundante espécie dentre os veados brasileiros (Duarte 1996), com ampla distribuição no país e
uma provável estabilidade genética.

História natural
Geralmente são diurnos e solitários, embora indivíduos possam ser vistos se alimentando muito
próximos em épocas de baixa disponibilidade de alimento, ou na época de acasalamento. Machos e fêmeas
mostram um comportamento fortemente territorialista, com marcação de território feita principalmente pelos
machos através do uso de sinais odoríferos e visuais. Essas marcações incluem a retirada de cascas de árvores
com os incisivos inferiores, a deposição de fezes e urina ou a sinalização através de glândulas odoríferas
orbitais, frontais e interdigitais (Dellafiore & Maceira 2001). São animais tímidos e esquivos, uma vez que
são presas constantes de onças, pumas, cachorros-do-mato e principalmente do homem. Alimentam-se de
frutas, flores e folhas (Bodmer 1989, Eisenberg 1989) e sua capacidade adaptativa é provavelmente alta,
pois a espécie parece ocupar com bastante sucesso áreas desmatadas e agrícolas, mesmo quando próximas
ao homem. A disponibilidade alimentar e nutricional ao longo do ano afeta diretamente a reprodução
dos cervídeos, mas no caso do veado-catingueiro, a falta de um período criticamente pobre em termos de
recursos alimentares permite a reprodução em todos os meses do ano, tanto nas savanas quanto nas florestas
pluviais (Frädrich 1987, Pinder & Leeuwenberg 1997, Santos et al. 2001, Barrozo et al. 2001). A fêmea
produz um filhote após uma gestação de aproximadamente sete meses (Nowak 1991), com ocorrência de
estro pós-parto, refletindo a falta de sazonalidade reprodutiva (Polegato & Duarte 2003, Pereira et al., 2006).
Uma fêmea pode ter duas ninhadas em um mesmo ano. Townsend (1995) estima que a fêmea pode ter até
1,5 gestações por ano. Os filhotes nascem pintados e as manchas começam a desaparecer do quarto até o
sexto mês (Dellafiore & Maceira 2001). Ficam escondidos na vegetação densa nas primeiras semanas de
vida e permanecem com a mãe durante oito meses ou até o nascimento da próxima cria. A desmama ocorre
por volta do 3° ao 4° mês de vida. Assim como a maior parte das espécies de cervídeos, M. gouazoubira
é unípara (Pinder & Leeuwenberg 1997), embora a ocorrência de gêmeos tenha sido descrita por Sadleir
(1987) e Whitehead (1993).

Ameaças
• Em algumas áreas, esta espécie pode estar ameaçada pela caça, por doenças transmitidas por
animais domésticos e pela perda e destruição de habitat. Existem relatos de aproximadamente
2.000 indivíduos caçados por mês na Argentina e estudos indicam que 75% a 80% são fêmeas
(Dellafiore & Maceira 2001). O desmatamento e o avanço agrícola parecem ter favorecido essa
espécie em detrimento das mais especialistas (M. americana, M. nana e M. bororo), para as
quais devem ser direcionados os esforços mais urgentes de conservação (Vogliotti 2003). Por
outro lado, esse contato com as áreas mais antropizadas coloca a espécie mais próxima das
criações de ruminantes domésticos, sujeitando os animais ao contato com as enfermidades
desses animais.

Ações de conservação existentes


Até o presente não há nenhum programa de conservação direcionado a esta espécie no Brasil.

Presença em unidades de conservação


A Tabela 1 lista as unidades de conservação onde a presença da espécie é relatada em literatura.
Porém, dada a ampla distribuição geográfica da espécie e a inexistência de publicações sobre a mastofauna
da maioria das unidades de conservação do país, esta lista é necessariamente muito incompleta.

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Tabela 1 – Unidades de conservação no Brasil onde a presença do veado-catingueiro (Mazama guazoubira)


é confirmada.

Local Área (ha) UF Fonte

Área de Proteção Ambiental de Guaratuba 200 000 PR Mazzoli & Hammer 2008.

Área de Proteção Ambiental Federal das Ilhas/


1.007.616 PR http://www.maternatura.org.br/livro
Várzeas do Rio Paraná

Estação Ecológica do Caiuá 1449 PR Margarido 1994.

Estação Ecológica Serra das Araras 29.742 MT Santos-Filho & Silva 2002.

Floresta Nacional de Caxiuanã 324.060 PA Martins et al. 2007.

Parque Estadual Carlos Botelho 37.644,36 SP Vogliotti 2003.

Parque Estadual da Serra do Rola Moça 3941 MG Leal et al. 2008.

Parque Estadual de Vila Velha 3122 PR Borges 1989.

Parque Estadual do Cerrado 420 PR http://www.maternatura.org.br/livro

Parque Estadual Intervales 41705 SP Vogliotti 2003.

Parque Nacional da Amazônia 1.116.971 PA George et al. 1988.

Parque Nacional da Serra da Bodoquena 77.233 MS Cáceres et al. 2007.

Parque Nacional da Serra do Cipó 31.734 MG Leal et al. 2008, Oliveira et al. 2009.

Parque Nacional da Serra do Divisor 843.012 AC Calouro 1999.

Parque Nacional das Emas 133.064 GO Rodrigues et al. 2002.

Parque Nacional das Sempre Vivas 124.555 MG Leal et al. 2008.

Parque Nacional do Iguaçu 170.036 PR http://www.maternatura.org.br/livro

Parque Nacional Grande Sertão Veredas 231.675 MG/BA Freitas 2005.

Parque Nacional Ilha Grande 108.166 PR http://www.maternatura.org.br/livro

Reserva Biológica de Sooretama 27.944 ES Chiarello 1999, 2000.

Reserva Biológica do Lago Piratuba 394.223 AP Melo 2006.

Reserva Biológica Gurupi 272.381 MA Lopes & Ferrari 2000.

Reserva Biológica Municipal Mário Viana 470 MT Rocha & Dalponte 2006, Rocha et al. 2006.

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã 2.350.000 AM Valsecchi & Amaral 2009.

RPPN Fazenda Monte Alegre 3.852,30 PR http://www.maternatura.org.br/livro

RPPN SESC/Pantanal 107.000 MT Coelho et al. 2008, Coelho 2006, Cordeiro 2004.

Necessidade de ações para conservação da espécie


• Aumentar a fiscalização nas unidades de conservação já existentes, onde a ocorrência da espécie
é registrada, evitando que a caça de subsistência, quando pertinente, dê espaço para a caça
comercial;
• Adotar, onde cabíveis, medidas para tornar a caça de subsistência sustentável. Tais medidas
incluem a adoção de pausas de um ano na caça da espécie quando forem detectadas estruturas

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etárias anormais ou razões sexuais muito desviadas a favor das fêmeas e rotação das áreas de
caça (Leeuwenberg 1997);
• Ampliar as áreas protegidas tanto a nível federal, estadual, quanto municipal é uma medida
conservacionista eficaz e urgente para as populações de M. gouazoubira;
• Conectar através do uso de ferramentas da ecologia de paisagens, os habitats de ocorrência da
espécie;
• Criar um Plano de Ação para a Conservação que inclua a espécie, contendo as diretrizes para a
proteção desses animais.
• Realizar trabalhos de educação ambiental junto com as populações que vivem em contato com a
floresta, esclarecendo o papel maléfico da presença de espécies domésticas/exóticas, como o gado
e o cachorro, no interior da floresta;
• Realizar trabalho de educação ambiental focando fatores impactantes para as populações de
M. gouazoubira, tais como: condição sanitária, caça, e outros, estabelecendo medidas para seu
controle e mitigação;
• Realizar estudos sobre taxonomia para esclarecer possíveis dúvidas sobre a espécie a poder avaliar
o status de conservação da mesma; para determinação da estrutura genética das populações de M.
gouazoubira; sobre estimativas populacionais para o conhecimento da dinâmica das populações
de veado catingueiro; levantamento da distribuição atual da espécie; e monitoramento através de
rádio telemetria.

Pesquisas em curso
• Estavam em curso ou recentemente finalizadas e ainda não publicadas, durante a avaliação da
espécie, pesquisas sobre variações populacionais quanto a genética, cariotipia, morfologia e
ecologia; sobre filogenia e taxonomia; estudos metabólicos e fisiológicos, sob a coordenação do
pesquisador J.M.B. Duarte (Faria 2011 e dissertações em andamento).

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Ficha Técnica

Avaliadores: Adriane Aparecida de Morais, Alexandre Vogliotti, Alexine Keuroghlian, Andressa Gatti, Antônio Rossano Mendes
Pontes, Arnaud Léonard Jean Desbiez, Beatriz de Mello Beisiegel, Claudia Bueno de Campos, Cristina Farah de Tófoli, Edsel
Amorim Moraes Junior, Emília Patrícia Medici, Eveline dos Santos Zanetti, Fernanda Cavalcanti de Azevedo, Gabriela Medeiros de
Pinho, Hernani Gomes da Cunha Ramos, José Luís Passos Cordeiro, José Maurício Barbanti Duarte, Kevin Flesher, Lilian Bonjorne
de Almeida, Lilian Figueiredo Rodrigues, Liliani Marilia Tiepolo, Márcio Leite de Oliveira, Paulo Rogerio Mangini, Tarcísio da Silva
Santos Júnior, Ubiratan Piovezan, Vanessa Veltrini Abril
Colaboradores: Tathiana Bagatini, Lilian Bonjorne de Almeida e Francisco Chen de Araújo Braga
Foto: José Maurício Barbanti
Mapa: Lilian Bonjorne de Almeida

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

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