CONTESTAÇÃO
CONTESTAÇÃO
CONTESTAÇÃO
TRABALHO DE
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RECLAMANTE:SEU ZÉ(3)
RECLAMADO: FULANO E OUTROS (5)
Com lastro no art. 425, inciso VI, do CPC, c/c com art. 830 da CLT, e sob a
responsabilidade pessoal do advogado que esta subscreve, cabe declarar que são
autênticas as cópias reprográficas dos documentos anexos a esta petição, não
sendo necessárias, portanto, as autenticações cartorárias. Caso o Reclamante
impugnar[1] as autenticidades das cópias, requer-se seja intimado para apresentar
os originais ou cópias devidamente autenticadas, para o serventuário competente
proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos, nos
termos do parágrafo único, do art. 830, da CLT.
2. DO ÔNUS DA PROVA
Aquele que alega deve provar o alegado nos termos do artigo 818 da
Consolidação das Leis do Trabalho, combinado com artigo 333 do CPC,
consoante ensina Valentin Carrion, em sua consagrada obra Comentários à
Consolidação das Leis do Trabalho, “... quem não pode provar é como que
nada tem aquilo que não é provado é como se não existisse; não poder ser
provado, ou não ser é a mesma coisa” (Mascarus, apud João Mendes de
Almeida Jr. - Direito Judiciário do Trabalho).
3. PRELIMINARES DE DEFESA
4. MÉRITO DA RECLAMATÓRIA
A Reclamada impugna todos os fatos articulados na inicial, esperando a
IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos:
Os depósitos mensais do FGTS não são verbas rescisórias, das quais trata a
norma celetista citada, e seu inadimplemento não é motivo para a punição
pretendida.
O pedido de rescisão indireta não pode ser utilizado como artifício para
levantar o FGTS, receber o seguro-desemprego e verbas devidas na dispensa sem
justa causa. O reclamante vê na rescisão indireta a possibilidade de obter
vantagens financeiras. Nesse contexto, qualquer descumprimento contratual passa
a ser apresentado como justificativa para tanto, assoberbando ainda mais o
Judiciário com demandas sem procedência. Essa banalização acaba prejudicando o
trabalhador que realmente precisa se valer do instituto.
Ocorre que, assim como a justa causa por iniciativa do empregador, por ato
praticado pelo operário, a rescisão indireta precisa ser muito bem fundamentada e
provada, o que não pode se aceitar no presente caso.
Dessa forma, um dos requisitos que vem sendo exigidos pela jurisprudência
para o rompimento justificado do contrato de trabalho é a observância da gradação
das penalidades pelo empregador, sendo admitido o imediato rompimento do pacto
laboral somente nos casos de rompimento da fidúcia, elemento tido como essencial
à manutenção da relação de trabalho, vejamos:
No caso dos autos, percebe-se muito bem como descrito pelo próprio
Reclamante que as razões para o seu pedido possuem como lastro atraso o
pagamento de seu salário, não consegue usufruir de seu intervalo intrajornada e
não gozou/percebeu por suas férias concessivas, sem contudo detalhar desde
quando os fatos vem ocorrendo, se é algo constante ou por apenas um determinado
período, NADA É JUSTIFICADO DE FORMA CLARA E PRECISA!!.
Ocorre que não restou discriminado o período de gozo das férias, e nem a
data em que tal verba foi creditada para os Reclamantes, sendo a comprovação do
fato constitutivo do direito, incumbência dos Reclamantes e não da Reclamada. Se
nem sequer constam as informações de base, a Reclamada é cerceada do seu
direito de defesa.
Ocorre que, igualmente ocorre no caso do aviso prévio, uma vez reconhecida
a tese aventada pela Reclamada nesta defesa, converter-se-á o pedido da
Reclamante em demissão por iniciativa do empregado, sem justa causa, hipótese
em que não é devida a multa rescisória postulada.
9. CONCLUSÃO
Diante todo exposto e de tudo o mais que dos autos consta, espera a
reclamada:
I. O acolhimento das preliminares arguidas com a imediata extinção do
processo sem resolução de mérito, nos termos dos arts. 354 e 485 do
CPC;
II. O recebimento da presente contestação e dos documentos que a
acompanham, para ao final, julgar TOTALMENTE IMPROCEDENTES
os pedidos formulados pela Reclamante em sua exordial,
condenando-a ao pagamento das custas, honorários advocatícios e
outras despesas do processo.
VI. Requer ainda, argumentando por mero sabor da discussão, caso seja
deferido algum pedido formulado pelos Autores, que sejam
compensados os valores pagos a mesmo título, bem como limitando
possível condenação ao valor da inicial. Evitando assim,
enriquecimento sem justa causa.
VII. Requer ainda, caso seja deferido algum pedido formulado pelos
Autores, seja concedido, em momento oportuno, o direito de
impugnação fundamentada ao cálculo das parcelas requeridas,
ANTES DE HAVER HOMOLOGAÇÃO, primando pela celeridade
processual e, objetivando evitar necessidade de recurso(s), sendo que
os valores apresentados pelos Reclamantes em sua inicial, o foram
apenas para fins de fixação de alçada e rito processual.
Por fim, pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, sem exceção, notadamente: depoimento pessoal dos reclamantes, desde
logo requerido, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de
documentos, ofícios conforme requerido, exames, etc.
Termos em que
Pede deferimento.
ADVOGADA
OAB-