Atribuicoes e Praticas
Atribuicoes e Praticas
Atribuicoes e Praticas
1 INTRODUÇÃO
católica sem que soubessem ler e escrever. A obra jesuítica estendeu-se para o sul
e, em 1570, era composta por cinco escolas de instrução elementar. Os jesuítas
permaneceram como mentores da educação brasileira durante muitos anos.
O plano de ensino formulado pelo padre Manuel da Nóbrega foi adotado.
O Ratio Studiorum trazia uma orientação sobre como deveriam ser oferecidos os
estudos.
Neste relatório, vos fiz notar que as Escolas de ensino mútuo, por
uma razão qualquer, não corresponderam as nossas esperanças; eu
me vejo obrigado a confirmar esta observação. O bem do serviço,
Senhores, reclama imperiosamente a criação de um Inspetor de
estudos, ao menos na capital do Império. É uma coisa impraticável,
em um país nascente, onde tudo está para ser criado, e com o
péssimo sistema de administração que herdamos, que um ministro
presida ele próprio aos exames, supervisione as escolas e entre em
todos os detalhes. É bom dizer que as câmaras Municipais tomam
parte na vigilância das escolas, mas estas corporações, sobretudo
fora das grandes cidades, não são as mais aptas para este serviço.
(SYRIA, 1999, p. 23).
Nesta forma de organização do trabalho escolar não foi avaliada como eficaz,
delegando-se o papel de supervisor a outro agente: ao inspetor escolar. Ele deveria
inspecionar, pessoalmente ou com a ajuda de delegados ou membros do Conselho
Diretor, todos os estabelecimentos de instrução primária e secundária, públicos ou
particulares. Também era sua atribuição realizar exame dos professores e lhe
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da escola, gastam grande parte do tempo com tarefas burocráticas, atendendo pais
ou organizando eventos, festividades e/ou projetos solicitados pela Secretaria de
Educação ou direção da escola, estão transtornados com a indisciplina dos alunos e
a falta dos professores, precisando dar um jeito para que os alunos não fiquem sem
aula. Contudo, o espaço e o tempo para fazer o planejamento são mínimos, fazendo
com que o improviso seja a maior característica e sorte, ficando as atividades
conduzidas por ações emergenciais e superficiais baseadas no bom senso.
Franco (2008, p. 120) assinala que:
Não sabe quem é e que função deve cumprir na escola. Não tem
claro quem é seu grupo de professores e quais as suas
necessidades. Não têm consciência do seu papel de orientador
diretivo. Sabe elogiar, mas não tem coragem de criticar. Ou só
criticar, e não instrumentaliza. Ou só cobra, mas não orienta.
Isto nos leva a observar que tomar decisões diante de tantos conflitos e
emergências ocorridas no ambiente escolar não é tarefa fácil, por isso o
coordenador pedagógico deve ter a plena consciência de que suas funções ainda
são pouco compreendidas e delimitadas.
Essa situação reflete o quanto é desafiante o seu trabalho que, apesar de ter
como uma das principais atribuições mediar e assessorar os docentes, muitas vezes
não consegue atender às expectativas que os docentes depositam nele, por
problemas de ordem estrutural que acabam por atrapalhar sua função.
Segundo Libâneo (2001) a participação dos envolvidos na comunidade
escolar é fundamental para viabilizar a democracia na comunidade escolar, pois se
envolvendo no processo educacional da instituição estarão presentes tanto nas
decisões e construções de propostas (planos, programas, projetos e eventos) como
no acompanhamento e na avaliação de tudo o que ocorre neste espaço, ou seja, o
Coordenador Pedagógico deve contribuir ativamente na construção do processo
ensino-aprendizagem e também para um ambiente participativo e democrático.
Para que o Coordenador Pedagógico acompanhe o trabalho docente e
desenvolva ações de parceria com demais profissionais é necessário que pense nos
desafios atuais que escola enfrenta.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A partir das questões apresentadas neste estudo foi realizada uma pesquisa
de campo com quatro Coordenadores Pedagógicos, tendo como instrumento de
coleta de dados a aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturada com o
objetivo de compreender melhor as atribuições, as competências e os desafios no
exercício da Coordenação Pedagógica.
Após realizar a coleta de dados, apresenta-se uma discussão observando as
falas dos Coordenadores, as quais foram transcritas e refletidas a luz dos teóricos
que estudam esta temática.
Deste modo, evidencia-se que inicialmente o roteiro de entrevista
semiestruturada foi direcionado no sentido de propor a realização da caracterização
dos sujeitos que participaram da pesquisa e buscar informações referentes ao tema
com o intuito de compreender de fato a real função do Coordenador Pedagógico.
de modo que 02 (dois) afirmaram ter 04 (quatro) anos de experiência, 01(um) com
01(um) ano e (seis) meses de atuação e o outro com apenas 06 (seis) meses.
Em relação a formação em nível de graduação, vê-se que 02 (dois) possuem
Licenciatura em Pedagogia, 01 (um) em Letras e respectivas licenciaturas e 01 (um)
em História, sendo que destes apenas 03 (três) possuem pós-graduação nas áreas
de Coordenação e Planejamento Pedagógico, Gestão Escolar e Literatura e Estudos
Culturais.
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Acompanha Assessora
Apoia Avalia
Fiscaliza Diário Fiscaliza Plano de Ensino
Planeja Juntamente com os professores Coordenar
por meio de ações que necessitam de planejamento para que assim sejam
materializadas de maneira bem estruturada.
Deste modo, vê-se que no que se refere às funções que são atribuídas ao
coordenador dentro deste contexto, há um direcionamento no sentido de
compreender e desvelar as nuances do cotidiano escolar, fator que vai convergir
para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, por meio da utilização de
inúmeras estratégias de metodologia que deverão ser executadas.
Diante das falas, observa-se que o Coordenador acaba situando seu trabalho
no sentido de acompanhar todo o processo pedagógico, propondo projetos, planos e
ações que possam vir a contribuir de forma positiva nesse processo por meio de
orientações e suporte aos professores, através da reflexão do fazer profissional
dentro da escola, com o escopo de fazer com que esse espaço seja atrativo e
benéfico aos alunos e consequentemente trazendo a família a se tornar mais um
parceiro a contribuir com esse seguimento.
A partir das falas dos entrevistados e com base nas leituras que subsidiaram
este estudo, destaca-se a compreensão de Azevedo, Nogueira e Rodrigues (2012).
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Esse profissional para conduzir frente a escola a ação pedagógica tem que
ter ciência de sua função e dos demais envolvidos, sobretudo ouvir e
gerenciar seu trabalho de maneira desburocratizada. Já que este é
responsável por articular e avaliar as relações entre docentes e discentes.
(C3)
60%
40%
20%
0%
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS