1 História Futsal
1 História Futsal
1 História Futsal
UEFA C - Grau I
Técnico - Tática
Exigência e Dedicação
Objetivos Gerais de Cursos de Treinadores
SUMÁRIO
Duas Versões
Brasil
URUGUAY
Grupo de pessoas
introduz o Futsal em São 1930, ACM –
Paulo (1930), nas Associação Cristã
competições de Mocidade introduz o
crianças. Futsal em Montevideu.
• Sampedro, Xavier, 1998. Las acciones del
* Fernandes, Luiz Gonzaga, 1967. Leis e Juego. Editorial Gymnos.
regulamentos de Futsal.
1. História do Jogo de Futsal
Juan Carlos Ceriani
• Mencionado na revista oficial do 1º Campeonato Europeu da UEFA (paginas 10, 11)
A evolução histórica
1990 FIFA
Comissão Futsal
1997, 20 Países
*Adaptado de Dias, P., 2001 – Introduction to Futsal - Historic Overview, Federação Grega de Futebol -Seminário de Futsal
1. História do Jogo de Futsal
1. História do Jogo de Futsal
RADIOGRAFIA DO FUTSAL EM PORTUGAL
1. História do Jogo de Futsal
Evolução em Portugal
1991 F. P. Futsal
25/11/2002
2002
1. História do Jogo de Futsal
O “PESO DA HISTÓRIA”
Origem em Federação Jogos Campeonato Campeonato Campeonato
Modalidade Origem
Portugal Internacional Olímpicos Mundial Europeu Nacional
1936
Andebol 1919 1939 1927 1938 1992 1951
1972
1971 1990
Futsal 1930 1979 ? 1989 1996
1989 1992
A origem em Portugal
Apoio na deslocação terreste de 268 clubes de Futsal que participam nas provas nacionais.
Comparticipação nas deslocações de e para as regiões autónoma, nas provas de Futsal não subsidiadas pelo estado.
Criado pacote de apoios aos clubes que participam em todas as provas nacionais femininas de Futsal (arbitragem, seguro
desportivo, organização de jogo, deslocações).
Criado um pacote de incentivos, destinado aos clubes que participam nas provas nacionais: Liga Placard Masculina, Liga
Placard Feminina, Taça de Portugal de Futsal, Supertaça de Futsal, Taça da Liga. Este pacote de apoios decorre da celebração
de um contrato de patrocínio/naming para o Futsal, de médio termo.
Competições internacionais das selecções escolares e universitárias integradas no calendário nacional da FPF.
Transmissão TV de jogos da Taça, Taça da Liga masculina e feminina e Supertaça de Futsal feminina.
Realizadas sessões de esclarecimento com responsáveis de clubes (organizadas a norte e sul), promovidas pelo Conselho
de arbitragem da FPF.
Realizadas reuniões com clubes e ADR’s – Planeamento, Calendarização, partilha de boas práticas e oportunidades de
melhoria.
VISÃO
SELEÇÕES DISTRITAIS
Futsal no 1º Ciclo (iniciação)
PROGRAMA ALTO RENDIMENTO E COMUNICAÇÃO
Atletas Jovens
Perfil
CAMPEÃ EUROPA
FACTOS
1. História do Jogo de Futsal
Evolução do jogo de Futsal
- No quadro das Leis e dos regulamentos
1. História do Jogo de Futsal
FIFUSA FIFA
Recinto com 35m / 18m (max:40m / 20m) Recinto com 40m / 20m (max:42m / 22m)
Ao longo dos últimos anos a dinâmica de jogo sofreu profundas alterações apresentando-se claramente distinta em
relação aos primórdios da modalidade. No início, as posições dos jogadores em campo, exceptuando o guarda-
redes, não estavam visivelmente definidas, havendo a convicção, quase generalizada, de que as equipas tinham
que ganhar por mais de um golo de diferença.
Com o passar do tempo as equipas foram-se organizando num quadrado (2.2), estático e muito recuado. Para
Lozano Cid (1995), este sistema foi o primeiro a utilizar-se na história do Futsal, talvez por ser a colocação mais
lógica em função da preparação (física-técnica-táctica) da época. Nesta altura, os sistemas e as estratégias não
eram significativamente diferentes das do Futebol (Aranda, 2001).
A capacidade física (CF) dos jogadores não era específica, pelo que contribuía para a utilização de métodos o mais
económico possível em termos de desgaste físico.
1. História do Jogo de Futsal
Organização ofensiva/defensiva (2.2 / zona) com predominância do contra-ataque
As defesas eram à zona e no meio campo defensivo procurava-se recuperar a posse da bola e sair rápido para
situações de contra-ataque, apurando ao máximo a finalização, para depois retrocederem o mais rápido possível à
defesa e reiniciarem o ciclo. O conceito de cobertura defensiva não era, ainda, desenvolvido e favorecia o ataque.
Sendo as ações tácticas colectivas praticamente inexistentes, ofensivamente os jogadores procuravam situações de
1x1, apelando à sua criatividade individual.
Hoje em dia o sistema 2.2 foi aperfeiçoado devido ao progresso que se tem feito na modalidade, podendo oferecer
distintas formas e variações. Em algumas situações no jogo é, ainda, utilizado dependendo das características dos
jogadores e, também, da forma de jogar do adversário.
Nesta fase, o jogo ofensivo sobrepõe-se ao defensivo surgindo, naturalmente, as primeiras rotações, com trocas
simples de posições entre atacantes e defesas, como forma de imputar alguma organização ao jogo.
1. História do Jogo de Futsal
Especialização de funções (3.1) e início da marcação individual
O tempo foi passando e a evolução foi dando lugar a uma maior utilização do espaço de
jogo, com as defesas a subirem no campo e o processo ofensivo sente necessidade de se
organizar.
Uma maior dedicação ao treino físico fez com que o jogo se tornasse mais dinâmico e,
como consequência, apareceram mais situações de golo.
1. História do Jogo de Futsal
Especialização de funções (3.1) e início da marcação individual
Surge o sistema 3.1, sendo considerado por alguns autores (Filho, 1998; Voser, 2001) como o sistema ofensivo
mais utilizado atualmente no Futsal.
A especialização dos jogadores começou a ficar mais definida e as suas funções melhor estabelecidas. Surgem
denominações específicas para as funções dos diferentes jogadores que compõem uma equipa de Futsal, em
função da especificidade de tarefas inerentes a determinados espaços predominantemente ocupados.
Surge a denominação de fixo, jogador que se localiza na posição mais recuada. Predomina a função de defesa
sobre o atacante finalizador, maioria das vezes e, juntamente com o guarda-redes, assume um papel
importante na organização do processo defensivo.
A última função específica é a do pivot. Inicialmente, o pivot jogava muito adiantado e estático, passando o jogo
maioritariamente por ele, decidindo este, no seu espaço, quais as ações a desenvolver, procurando o 1x1 ou tabelas simples
com os seus colegas. É necessário que possua uma excelente capacidade para conservar a posse de bola, protegendo esta.
Deverá ser capaz de realizar recepções de bola de todas as formas possíveis e sob grande pressão e ainda, ser capaz de manter a
posse de bola em zonas próximas da baliza, de forma a servir os colegas que realizam desmarcações de apoio para finalizar. Não
tinha grandes preocupações defensivas e jogava, preferencialmente, de costas para a baliza adversária. Perante tal situação, o
fixo viu-se na obrigação de antecipar a ação do seu adversário direto, passando a defendê-lo com estratégias diferenciadas,
tentando anulá-lo.
Para fazer com que o fixo saísse da sua zona defensiva, o pivot
começa a procurar posições mais recuadas e a fazer rotações
com os seus colegas de equipa, ficando a ser defendido por um
adversário menos especializado e aí tenta impor-se. O corte
ofensivo, com entradas de trás, na diagonal ou mais tarde na
paralela, criava grandes dificuldades aos acompanhamentos
defensivos surgindo, muitas vezes, os atacantes nas costas dos
defensores.
1. História do Jogo de Futsal
Especialização de funções (3.1) e início da marcação individual
Estas rotações revolucionaram completamente o jogo ofensivo dando uma maior dinâmica ao mesmo, com entradas dos
jogadores sem bola. A defesa teve que responder avançando no espaço de jogo, defendendo a ¾ ou mesmo a campo inteiro,
ocupando racionalmente os espaços, impedindo que a bola chegasse ao pivot e anulando os cortes dos jogadores sem bola.
Começa a praticar-se a marcação individual que, de acordo com Saad e Costa (2001), é o tipo de marcação mais utilizada no
Futsal atual. Também contribuiu para este avanço a especialização do ataque nos livres com barreira ao conseguirem grandes
percentagens de acerto, obrigando as defesas a cometerem as faltas em zonas mais avançadas no terreno.
Com o avançar das defesas e a tentativa consequente de explorar o espaço existente, o Futsal começa a
caracterizar-se pela mobilidade constante dos seus jogadores. Desta forma, na vanguarda do processo ofensivo
surge o sistema 4.0, propiciando uma grande quantidade de deslocamentos sucessivos e simultâneos em direcção à
baliza adversária, tentando ocupar espaços nas costas da defensiva contrária.
Requer um grande sentido de jogo colectivo e de coordenação de movimentos. Pelo posicionamento dos jogadores
em campo praticamente não existe cobertura ofensiva e uma perca de bola poderá tornar-se em grande perigo,
dadas as dificuldades em realizar a ajuda defensiva atempadamente.
1. História do Jogo de Futsal
Imposição da dinâmica de jogo ofensivo (4.0) e especialização defensiva
Surge, então, uma grande universalidade de funções nos jogadores. Como referem Repullo Casas e Luque Reina (2004), as
equipas de Futsal são compostas por um conjunto de jogadores que só em pequenos casos são especializados em alguma
função específica dentro do campo. No estudo de Barbero (2002) verificou-se, através dos resultados obtidos, que o cumprir e
desempenhar funções específicas durante o jogo não implica um perfil de atuação diferenciado. Tal constatação parece apontar
para uma polivalência implícita dos jogadores de Futsal. Dada a mobilidade constante que o jogo de Futsal apresenta, a
capacidade de assumir todas as funções e consequentemente as tarefas inerentes será fundamental, pelo que é característico
do jogador evoluído.
Em termos defensivos, os jogadores que se encontram do lado contrário à bola, devem preocupar-se em fazer
ajuda e cobertura defensiva aos jogadores mais próximos desta. As defesas pressionantes desmantelam de certa
forma o sucesso deste sistema de ataque. Os jogadores de Futsal passam a ter necessidade de desempenhar
simultaneamente um papel defensivo e ofensivo. Desta forma, desenvolvem-se estratégias defensivas muito
específicas, que passam quer pela adopção de métodos defensivos individuais, quer zonais e ainda mistos.