Apostila PM Vinicius
Apostila PM Vinicius
Apostila PM Vinicius
PM/SP
MATERIAL ELABORADO DE ACORDO COM O ÚLTIMO
EDITAL
*Língua Portuguesa
*Matemática
*História Geral
*História do Brasil
*Geografia Geral
*Geografia do Brasil
+
*Atualidades
*Noções Básicas de APOSTILA DE
Informática
*Noções de Administração
ATUALIDADE
Pública
CÓD: OP-017NV-22
7908403529315
PM-SP
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Soldado PM de 2ª Classe do
Quadro de Praças de Polícia Militar (QPPM
EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO Nº DP-3/321/22
Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.
• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição
ou ingresso na carreira pública,
• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do
professor no prazo de até 05 dias úteis.,
• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.
ÍNDICE
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) 5
2. ................................................................. Sinônimos e antônimos 1
3. .................................................................................................................................................... Sentido 4
4. próprio e figurado das palavras 1
5. ........................................................................................................................... Pontuação 4
......................................................................................................................................................................... 1
6. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e 6
7. conjunção: em-
8. prego e sentido que imprimem às relações que estabelece 1
.............................................................................................
9.
Concordância verbal e nominal 8
........................................................................................................................................ 2
5
Matemática
Regência verbal e nominal 2
................................................................................................................................................
1. Números inteiros:
Colocação operações e propriedades.. Números racionais, representação fracionária e decimal:
pronominal
operações e propriedades. Mínimo múltiplo 7
3
comum....................................................................................................................................
...................................................................................................................................................... 2
2. 8
7
Razão e
3. Crase 2
4
.........................................................................................................................................................................
4. .......
proporção.................................................................................................................................................................. 6
8
4
5. ...
6. Porcentagem. 7
7. ............................................................................................................................................................................. 4
8. Regra de três simples. 9
9. ................................................................................................................................................................ 5
Média aritmética simples. Relação entre grandezas: tabelas e 1
gráficos.....................................................................................
História
Equação doGeral
1º grau. Sistema de equações do 1º grau.
5
5
1. .............................................................................................................
Primeira guerra mundial 597
2. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade.
..................................................................................................................................................... O 897
.........................................................................
3. nazifascismo e a segunda guerra mundial 699
Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de
4. ....................................................................................................................... A guerra fria 0100
Pitágoras.........................................................................
......................................................................................................................................................................... 7
Raciocínio lógico. Resolução de e situações-
História do Brasil
Globalização as políticas
problema.................................................................................................................
neoliberais 2
................................................................................................................................
1. A Revolução de 1930 e a Era Vargas. 10
2. .......................................................................................................................................... As Constituições 3
3. Republicanas. ................................................................................................................................................... A 10
4. estrutura política e os movimentos sociais no período 4
militar................................................................................................ A abertura política e a redemocratização do 10
Geografia Geral
Brasil..................................................................................................................... 5
10
1. A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização 5
10
2. ................................................................................................... Os principais problemas ambientais 9
.......................................................................................................................................... 11
0
ÍNDICE
Geografia do Brasil
1. A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação) 11
2. .................................................................................................... A população: crescimento, distribuição, 5
3. estrutura e movimentos .............................................................................................. As atividades econômicas: 12
4. industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária .................................................. Os impactos 0
ambientais.............................................................................................................................................................. 12
Atualidades (Digital) 2
12
1. Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a 5
partir de 6 (seis) meses anteriores à publicação deste Edital, divulgados na mídia local e/ou 129
nacional.......................................................
Tipos textuais
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da
TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS) finali-
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o
Compreender e interpretar textos é essencial para que o texto se apresenta. A partir de sua função, é possível
obje- estabelecer um padrão específico para se fazer a
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com enunciação.
isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas
lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde característi-
Apresenta um enredo, com ações e
que tenha um sentido completo. cas: relações entre personagens, que ocorre
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto em determinados espaço e tempo. É
e TEXTO NARRATIVO
contado por um narrador, e se estrutura
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem da seguinte maneira: apresentação >
explíci- ta. Só depois de compreender o texto que é possível desenvolvimento > clímax > desfecho
fazer a sua interpretação. Tem o objetivo de defender determinado
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir
TEXTO ponto de vista, persuadindo o leitor a
do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além partir do uso de argumentos sólidos.
daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO Sua estrutura comum é: introdução >
dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o desenvolvimento > conclusão.
conhecimento prévio e do reper-
tório do leitor. Procura expor ideias, sem a necessidade
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um de defender algum ponto de vista. Para
isso, usa-se comparações, informações,
texto, TEXTO EXPOSITIVOdefinições, conceitualizações etc. A
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos estrutura segue a do texto dissertativo-
e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, argumentativo.
reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por
exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores Expõe acontecimentos, lugares, pessoas,
quando se trata de imagens. de modo que sua finalidade é descrever,
ou seja, caracterizar algo ou alguém.
TEXTO DESCRITIVO
Dicas práticas Com isso, é um texto rico em adjetivos e
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um em verbos de ligação.
con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados Oferece instruções, com o objetivo de
em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do
texto. Se possível, adicione também pensamentos e TEXTO INJUNTIVOorientar o leitor. Sua maior característica
são os verbos no modo imperativo.
inferências próprias às anotações. 2. Tenha sempre um
dicionário ou uma ferramenta de busca
por perto, para poder procurar o significado de palavras Gêneros textuais
desconhe- cidas. A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
fon- da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
te de referências e datas. não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
de padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
opiniões. sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, Alguns exemplos de gêneros textuais:
ques- • Artigo
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as • Bilhete
seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; • Bula
segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões • Carta
que esperam interpretação do texto aparecem com as • Conto
seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto • Crônica
permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando • E-mail
afirma que... • Lista
Tipologia Textual
5
A partir da estrutura linguística, da função social e da
finali-
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e
gênero ele pertence. Antes, é preciso entender a
diferença entre essas duas classificações.
LÍNGUA PORTUGUESA
• ManualPor exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
• NotíciaA é igual a B.
• PoemaA é igual a C.
• PropagandaEntão: C é igual a B.
• Receita culinária
• ResenhaAdmitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
• Seminárioque C é igual a A.
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em Outro exemplo:
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-Todo ruminante é um mamífero.
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, A vaca é um ruminante.
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-Logo, a vaca é um mamífero.
dade e à função social de cada texto analisado.
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
ARGUMENTAÇÃOtambém será verdadeira.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso,
deve- positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, se mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a
mais ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz plausível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda
dizendo- seja admitido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de se mais confiável do que os concorrentes porque
existe desde a convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o chegada da família real portuguesa ao
Brasil, ele estará dizendo- texto diz e faça o que ele propõe.nos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo e, por isso, confiável. Embora não haja relação necessária
entre texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o a solidez de uma instituição bancária e sua
antiguidade, esta tem conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir peso argumentativo na afirmação
da confiabilidade de um banco. a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo Portanto é provável que
se creia que um banco mais antigo seja
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de mais confiável do que outro fundado há dois ou três anos.
vista defendidos.Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase As pessoas costumam pensar que o argumento
seja apenas impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é
importante veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse entender bem como eles funcionam.
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocutor Já vimos diversas características dos argumentos. É
preciso a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o que acrescentar mais uma: o convencimento do
interlocutor, o está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio da auditório, que pode ser individual ou coletivo,
será tanto mais retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos fácil quanto mais os argumentos
estiverem de acordo com suas de linguagem.crenças, suas expectativas, seus valores. Não se pode convencer Para
compreender claramente o que é um argumento, é bom um auditório pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa que ele abomina. Será mais fácil convencê-lo valorizando
coisas obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de que ele considera positivas. No Brasil, a
publicidade da cerveja vem escolher entre duas ou mais coisas”.com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão
nacional. Nos Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e Estados Unidos, essa associação certamente não surtiria
efeito,
uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no
Brasil. argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher O poder persuasivo de um argumento está
vinculado ao que é entre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse valorizado ou desvalorizado numa
dada cultura.
caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável.
O argumento pode então ser definido como qualquer recurso que Tipos de Argumento
torna uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua Já verificamos que qualquer recurso linguístico
destinado no domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor a fazer o interlocutor dar preferência à tese do
enunciador é um crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais argumento. Exemplo:
possível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de Argumento de Autoridade
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o É a citação, no texto, de afirmações de pessoas
reconhecidas enunciador está propondo.pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, Há uma diferença
entre o raciocínio lógico e a argumentação. para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende recurso produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das produtor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá
ao premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos texto a garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer
do postulados admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não texto um amontoado de citações. A citação precisa ser
pertinente e dependem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas verdadeira. Exemplo:
apenas do encadeamento de premissas e conclusões.“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
6
LÍNGUA PORTUGUESA
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
conhecimento. Nunca o inverso.concorrem para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir
Alex José Periscinoto. do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais indevidas.
importante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir
a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Argumento do Atributo
Se um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem É aquele que considera melhor o que tem propriedades típicas
acreditar que é verdade.daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
Argumento de Quantidadeque é mais grosseiro, etc.
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência,
número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento beleza, alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos
largo uso do argumento de quantidade.da celebridade.
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
Argumento do Consensocompetência linguística. A utilização da variante culta e formal
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se da língua que o produtor do texto conhece a norma linguística
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que texto em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o
o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz.
de que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de
indiscutível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que saúde de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas
não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais
as afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria
que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. certa estranheza e não criaria uma imagem de competência do
Ao confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos médico:
argumentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
frases carentes de qualquer base científica.conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
por bem determinar o internamento do governador pelo período
Argumento de Existênciade três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas alguns deles são barrapesada, a gente botou o governador no
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o hospital por três dias.
argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na
mão do que dois voando”.Como dissemos antes, todo texto tem uma função
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais argumentativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério,
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas para ser ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de
concretas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. comunicação deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que
Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação argumentativa.
exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
Essa afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
ser vista como propagandística. No entanto, quando documentada homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
navios, etc., ganhava credibilidade.O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos
Argumento quase lógicoepisódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa não outras, etc. Veja:
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras
são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios trocavam abraços afetuosos.”
lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias
entre os elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
lógica. Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
amigo” não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade Além dos defeitos de argumentação mencionados quando
provável.tratamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
7
LÍNGUA PORTUGUESA
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos
amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu fundamentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto
contrário. São noções confusas, como paz, que, de vista.
paradoxalmente, pode ser usada pelo agressor e pelo Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude
agredido. Essas palavras podem ter valor positivo (paz, argumentativa. A argumentação está presente em qualquer
justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas de valor tipo de discurso, porém, é no texto dissertativo que ela
negativo (autoritarismo, degradação do melhor se evidencia. Para discutir um tema, para confrontar
meio ambiente, injustiça, corrupção). argumentos e posições,
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de
por vista e seus respectivos argumentos. Uma discussão
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos impõe, muitas vezes, a análise de argumentos opostos,
são ladrões”, basta um único exemplo de político honesto antagônicos. Como sempre, essa capacidade aprende-se
para destruir o argumento. com a prática. Um bom exercício para aprender a
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do argumentar e contra-argumentar consiste em desenvolver
contexto adequado, sem o significado apropriado, as seguintes habilidades:
vulgarizando-as e atribuindo-lhes uma significação subjetiva - argumentação: anotar todos os argumentos a favor de
e grosseira. É o caso, por exemplo, da frase “O imperialismo uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a
de certas indústrias não permite que outras crescam”, em posição totalmente contrária;
que o termo imperialismo é descabido, uma vez que, a rigor, - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais
significa “ação de um Estado visando a reduzir os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente
outros à sua dependência política e econômica”. apresentaria
contra a argumentação proposta;
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a - refutação: argumentos e razões contra a argumentação
situação concreta do texto, que leva em conta os oposta.
componentes envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a
quem se dirige a comunicação, o A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto,
assunto, etc). argumentar consiste em estabelecer relações para tirar
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com conclusões válidas, como se procede no método dialético. O
manifestações de sinceridade do autor (como eu, que não método dialético não envolve apenas questões ideológicas,
costumo mentir...) ou com declarações de certeza expressas geradoras de polêmicas. Trata-se de um método de
em fórmulas feitas (como estou certo, creio firmemente, é investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca,
claro, é óbvio, é evidente, afirmo com toda a certeza, etc). da contradição inerente ao fenômeno em questão e da
Em vez de prometer, em seu texto, sinceridade e certeza, mudança dialética que ocorre na natureza e na
autenticidade e verdade, o enunciador deve construir um sociedade.
texto que revele isso. Em outros termos, essas qualidades Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou
não se prometem, manifestam-se na ação. A argumentação o método de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que
é a exploração de recursos para fazer parecer verdadeiro parte do simples para o complexo. Para ele, verdade e
aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a evidência são a mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. possível chegar a conclusões verdadeiras, desde que o
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa assunto seja pesquisado em partes, começando-se pelas
um ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, proposições mais simples até alcançar, por meio de
que inclui a argumentação, questionamento, com o objetivo deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio
de persuadir. Argumentar é o processo pelo qual se cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi-lo
estabelecem relações para chegar à conclusão, com base em partes, ordenar os conceitos, simplificando-os, enumerar
em premissas. Persuadir é um processo de convencimento, todos os seus elementos e determinar o lugar de cada um no
por meio da argumentação, no qual procura-se convencer os conjunto da dedução.
outros, de modo a influenciar seu A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para
pensamento e seu comportamento. a argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão propôs quatro regras básicas que constituem um conjunto
válida, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia de reflexos vitais, uma série de movimentos sucessivos e
ou proposição, e o interlocutor pode questionar cada passo contínuos do espírito em busca
do raciocínio empregado na argumentação. A persuasão não da verdade:
válida apoia-se em argumentos subjetivos, apelos - evidência;
subliminares, chantagens sentimentais, com o emprego de - divisão ou análise;
“apelações”, como a - ordem ou dedução;
inflexão de voz, a mímica e até o choro. - enumeração.
Alguns autores classificam a dissertação em duas
modalidades, expositiva e argumentativa. Esta, exige A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a
argumentação, razões a favor e contra uma ideia, ao passo omissão
que a outra é informativa, apresenta dados sem a intenção e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode
de convencer. Na verdade, a escolha dos dados levantados, quebrar o encadeamento das ideias, indispensável para o
a maneira de expô-los no texto já revelam uma “tomada de processo dedutivo. A forma de argumentação mais
posição”, a adoção de um ponto de vista na dissertação, empregada na redação acadêmica é o silogismo, raciocínio
ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. baseado nas regras cartesianas, que contém três
Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida como 8 proposições: duas premissas, maior e menor, e a conclusão.
discussão, debate, questionamento, o que implica a As três proposições são encadeadas de tal forma, que a
liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A
concordar parcialmente. A liberdade de questionar é premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum,
fundamental, mas não é suficiente para organizar pois
LÍNGUA PORTUGUESA
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise superficial
(silogística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos,
baseados nos
do particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo sentimentos não ditados pela razão.
é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não em
uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva fundamentais, que contribuem para a descoberta ou
comprovação à conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, da verdade: análise, síntese, classificação e
definição. Além desses, de verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação existem outros métodos
particulares de algumas ciências, que de fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa adaptam os
processos de dedução e indução à natureza de uma para o efeito. Exemplo:realidade particular. Pode-se afirmar que cada
ciência tem seu método próprio demonstrativo, comparativo, histórico etc. A
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)análise, a síntese, a classificação a definição são chamadas
métodos Fulano é homem (premissa menor = particular)sistemáticos, porque pela organização e ordenação das ideias visam
Logo, Fulano é mortal (conclusão)sistematizar a pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseiase a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes
para
em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse caso, o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo
modo, uma as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, parte de depende da outra. A análise decompõe o
todo em partes, enquanto fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconhecidos. O a síntese recompõe o todo
pela reunião das partes. Sabe-se, porém, percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:que o todo não é
uma simples justaposição das partes. Se alguém O calor dilata o ferro (particular)reunisse todas as peças de um relógio, não
significa que reconstruiu
O calor dilata o bronze (particular)o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
O calor dilata o cobre (particular)todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combinadas,
O ferro, o bronze, o cobre são metaisseguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o
Logo, o calor dilata metais (geral, universal)relógio estaria reconstruído.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas
num
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução,
pressupõe a também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos análise, que é a decomposição. A análise, no
entanto, exige uma fatos, pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma decomposição organizada, é preciso
saber como dividir o todo em conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição partes. As operações que se
realizam na análise e na síntese podem inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa ser assim
relacionadas:
analogia são algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
má fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
sofisma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um A análise tem importância vital no processo de coleta de
ideias exemplo simples de sofisma no seguinte diálogo:a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de -
Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?abordagens possíveis. A síntese também é importante na escolha
- Lógico, concordo.dos elementos que farão parte do texto.
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates?Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou
- Claro que não!informal. A análise formal pode ser científica ou experimental;
- Então você possui um brilhante de 40 quilates...é característica das ciências matemáticas, físico-naturais e experimentais. A
análise informal é racional ou total, consiste
Exemplos de sofismas:em “discernir” por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de um todo, os
diferentes caracteres de um objeto ou
Dedução fenômeno.
Todo professor tem um diploma (geral, universal)A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabelece Fulano
tem um diploma (particular)as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as Logo, fulano é professor (geral –
conclusão falsa)partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se confundir uma com a outra, contudo são
procedimentos diversos:
Induçãoanálise é decomposição e classificação é hierarquisação.
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenômenos
(particular)por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo
Redentor. (particular)classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores Logo, toda cidade
tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral são empregados de modo mais ou menos convencional. A
– conclusão falsa)classificação, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e espécies, é um exemplo
de classificação natural, pelas
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão pode características comuns e diferenciadoras. A classificação
dos
ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores; 9 variados itens integrantes de uma lista mais ou menos
caótica é nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Comete-artificial.
se erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. A
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, - o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio, que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que
‘mesa’ está sabiá, torradeira.realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.ou instalação”;
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os Mecanismos:
Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade;
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade,
Os elementos desta lista foram classificados por ordem definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
alfabética e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui
critérios de classificação das ideias e argumentos, pela ordem definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um
homem” de importância, é uma habilidade indispensável para elaborar não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
o desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja - deve ser breve (contida num só período). Quando a
definição, crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou ou o que se pretenda como tal, é muito longa
(séries de períodos decrescente, primeiro o menos importante e, no final, o impacto ou de parágrafos), chama-se explicação,
e também definição do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na expandida;d
classificação. A elaboração do plano compreende a classificação - deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo)
+ das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) +
adjuntos (as obedecer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)diferenças).
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na
introdução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para As definições dos dicionários de língua são feitas por meio
expressar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara de paráfrases definitórias, ou seja, uma operação
metalinguística e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as que consiste em estabelecer uma relação
de equivalência entre a justificam. É muito importante deixar claro o campo da discussão e palavra e seus significados.
a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também A força do texto dissertativo está em sua
fundamentação. os pontos de vista sobre ele.Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira A definição
tem por objetivo a exatidão no emprego da e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada linguagem e
consiste na enumeração das qualidades próprias com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional de uma
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento do mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma
conforme a espécie a que pertence, demonstra: a característica que fundamentação coerente e adequada.
o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica Entre os
vários processos de exposição de ideias, a definição clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação
é A definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às clara e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e
suas palavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou relações; outras vezes, as premissas e as
conclusões organizam-se metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica de modo livre, misturando-se
na estrutura do argumento. Por isso, tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:é preciso aprender a
reconhecer os elementos que constituem um - o termo a ser definido;argumento: premissas/conclusões. Depois de
reconhecer, verificar
- o gênero ou espécie;se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar
- a diferença específica.se o argumento está expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus elementos, ou
se há contradição. Para isso
O que distingue o termo definido de outros elementos da é que se aprende os processos de raciocínio por dedução e por
mesma espécie. Exemplo:indução. Admitindo-se que raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo específico
de relação entre as premissas e
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
Elemento especiediferençade exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns
a ser definidoespecíficanesse tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior relevância que. Empregam-se
também dados estatísticos,
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, acompanhados de expressões: considerando os dados; conforme
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em os dados apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela
partes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando apresentação de causas e consequências, usando-se
comumente as é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é expressões: porque, porquanto, pois que,
uma vez que, visto que, forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importante por causa de, em virtude de,
em vista de, por motivo de.
é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é
explicar p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-
se alcançar Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos:esse objetivo pela definição, pelo testemunho
e pela interpretação. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: quer
dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, ou
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LÍNGUA PORTUGUESA
melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação segundo,
na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no demonstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a
entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O
lobo e o interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece, cordeiro”;
assim, desse ponto de vista.Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses Enumeração: Faz-se pela
apresentação de uma sequência de para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração verdadeira;
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, à opinião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a
depois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, universalidade da afirmação;
depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade:
respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de consiste em refutar um argumento empregando os
testemunhos de espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, autoridade que contrariam a afirmação
apresentada;
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em
interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador Comparação:
Analogia e contraste são as duas maneiras baseou-se em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou
de se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar inconsequentes. Por exemplo, se na argumentação
afirmou-se, por uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da meio de dados estatísticos, que “o
controle demográfico produz o mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. desenvolvimento”, afirma-se
que a conclusão é inconsequente, pois Para estabelecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, baseia-se em
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. menos que, melhor que, pior que.Para contraargumentar, propõese
uma relação inversa: “o
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar desenvolvimento é que gera o controle demográfico”.
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma ao desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em
afirmação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a seguida, sugerem-se os procedimentos que devem ser
adotados
credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais para a elaboração de um Plano de Redação.
no corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao
fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da
evolução na linha de raciocínio que ele considera mais adequada para tecnológica
explicar ou justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação,
responder tem mais caráter confirmatório que comprobatório.a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da
resposta, justificar, criando um argumento básico;
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
explicação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido construir uma contra-argumentação; pensar a forma de
refutação por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. que poderia ser feita ao argumento básico e
tentar desqualificá-la
Nesse caso, incluem-se(rever tipos de argumentação);
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de
ideias mortal, aspira à imortalidade);que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias - A declaração que é
evidente por si mesma (caso dos podem ser listadas livremente ou organizadas como causa e
postulados e axiomas);consequência);
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
natureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria argumento básico;
razão desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as
que não se discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias
transformam-se que parece absurdo).em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do
argumento básico;
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados sequência na apresentação das ideias selecionadas,
obedecendo concretos, estatísticos ou documentais.às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação menos a seguinte:
se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica:
causa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.Introdução
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações, - função social da ciência e da tecnologia;
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opiniões - definições de ciência e tecnologia;
pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que
expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na Desenvolvimento
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade - apresentação de aspectos positivos e negativos do dos
argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-desenvolvimento tecnológico;
argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-- 11 como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
argumentação:condições de vida no mundo atual;
LÍNGUA PORTUGUESA
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade Tipos de Intertextualidade
tecnologicamente desenvolvida e a dependência tecnológica A intertextualidade acontece quando há uma referência
dos explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode
países subdesenvolvidos; ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura,
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida ocorre a
do intertextualidade.
passado; apontar semelhanças e diferenças; Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um
urbanos; diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-
humanizar as.
mais a sociedade. Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do
texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para
Conclusão atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/ citado. É dizer
consequências maléficas; com outras palavras o que já foi dito.
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar
apresentados. outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas
e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da
Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de
redação: é um dos possíveis. interpretação, a voz do texto original é retomada para
Intertextualidade é o nome dado à relação que se transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão
estabelece entre dois textos, quando um texto já criado crítica de suas verdades incontestadas anteriormente,
exerce influência na criação de um novo texto. Pode-se com esse processo há uma indagação sobre os dogmas
definir, então, a intertextualidade como sendo a criação de estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida
um texto a partir de outro texto já existente. Dependendo da através do raciocínio e da crítica. Os programas
situação, a intertextualidade tem funções diferentes que humorísticos fazem uso contínuo dessa arte,
dependem muito dos textos/contextos em frequentemente os discursos de políticos são abordados
que ela é inserida. de maneira cômica e contestadora, provocando risos e
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do também reflexão a respeito da demagogia praticada pela
conhecimento, classe dominante. A Epígrafe é um recurso bastante
não se restringindo única e exclusivamente a textos literários. utilizado em obras, textos científicos, desde artigos,
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade resenhas, monografias, uma vez que consiste no
assume acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma
a função de não só persuadir o leitor como também de relação com o que será discutido no texto. Do grego, o
difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi”
a arte (pintura, escultura, literatura etc). Intertextualidade é (posição superior) e “graphé” (escrita). Como exemplo
a relação entre dois textos caracterizada por um citar o podemos citar um artigo sobre Patrimônio Cultural e a
outro. epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando a.C.): “A cultura é o melhor conforto para a velhice”.
um texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa
maneira, se utiliza de outro na elaboração de sua produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente
mensagem. Os dois textos – a fonte e o que dialoga com ela vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da
– podem ser do mesmo gênero ou de gêneros distintos, enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja
terem a mesma finalidade ou propósitos diferentes. Assim, vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é
como você constatou, uma história em quadrinhos pode considerado “plágio”. Do Latim, o
utilizar algo de um texto científico, assim como um poema termo “citação” (citare) significa convocar.
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de A Alusão faz referência aos elementos presentes em
opinião pode mencionar um provérbio conhecido. outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade formado por dois
com outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi- termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
lo com outras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao Pastiche é uma recorrência a um gênero.
ampliá-lo, ao tomá-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, A Tradução está no campo da intertextualidade porque
ao criticá-lo, ao implica
ironizá-lo ou ao compará-lo com outros. a recriação de um texto.
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre
algum Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, “conhecimento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou
desenhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos seja,
expressamos, estamos nos valendo de ideias e conceitos comum ao produtor e ao receptor de textos.
que já foram formulados por outros para reafirmá-los, ampliá- A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito
los ou mesmo contradizê-los. Em outras palavras, não há amplo e complexo, pois implica a identificação / o
textos absolutamente originais, pois eles sempre – de reconhecimento de remissões a obras ou a textos / trechos
maneira explícita ou implícita – mantêm alguma relação com12 mais, ou menos conhecidos, além de exigir do interlocutor a
algo que foi visto, ouvido ou lido. capacidade de interpretar a função
daquela citação ou alusão em questão.
Introdução
É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto.
LÍNGUA PORTUGUESA
Arcaísmo
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo
do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante
sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far-
as principais relações e suas características:mácia / franquia <—> sinceridade.
Sinonímia e antonímia
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente
<—> espertoAs figuras de linguagem são recursos especiais usados por
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi-quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade
cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: e beleza.
forte <—> fracoSão três tipos:
Figuras de Palavras (tropos);
Parônimos e homônimosFiguras de Construção (de sintaxe);
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-Figuras de Pensamento.
núncia semelhantes, porém com significados distintos.
Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-Figuras de Palavra
go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego
As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui-
grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida-
“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).de. São as seguintes as figuras de palavras:
As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu-em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude
meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical).da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende
As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo:
porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver-“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa)
bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo).Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta
estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu
Polissemia e monossemiapensamento.
As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar
mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns;
frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati-
Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas va: como, tal qual, assim como.
um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).“Sejamos simples e calmos
Como os regatos e as árvores”
Denotação e conotação Fernando Pessoa
Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam
um sentido objetivo e literal. Ex:Está fazendo frio. / Pé da mulher.Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou-
Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé Observe os exemplos abaixo:
da cadeira.-autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de
Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
Hiperonímia e hiponímia
Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi--efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho.
ficado entre as palavras. (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado).
Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que
tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.- continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de
Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por-bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que
tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex: contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons).
Limão é hipônimo de fruta.
-abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve
Formas variantesser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou
São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem seja, mulheres grávidas).
que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in-
farto / gatinhar – engatinhar.- instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfo-
nes foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jo-
gadores.)
- lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana.
(Fumei um saboroso charuto.).
14
LÍNGUA PORTUGUESA
- símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o
afas- “e”.
tes da cruz. (Não te afastes da religião.). Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e
dançavam.
- a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os
desabrigados. Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos
(a parte teto está no lugar do todo, “o lar”). ou
orações com o fim de lhes dar destaque:
- indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos
Lua. Drummond
(Alguns astronautas foram à Lua.). de Andrade)
“Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho
- singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir não
às sei.” (Graciliano Ramos)
ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma) Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral,
no
- gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais início da frase.
so-
frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.) Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo
mais comum é aquele em que um termo parece que vai ser o
- matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a sujeito da oração, mas a construção se modifica e ele acaba
ma- sem função sintá- tica. Essa figura é usada geralmente para
téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é pôr em relevo a ideia que
“moeda”). consideramos mais importante, destacando-a do resto.
Exemplo:
Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
nome de Sinédoque. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo
Castelo Branco)
Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para
facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita
Rio de com ideias ou termos subentendidos na frase e não
Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. claramente ex- pressos. A silepse pode ser:
- de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado.
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome (o adjetivo desanimado concorda não com o pronome de
de tratamento Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a
antonomásia. pessoa a quem
Exemplos: esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino).
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando - de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram
o cor- rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que
bem. a palavra
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. pessoal sugere).
- de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o
Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, sujeito
as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a
Exemplo: No silêncio negro do seu quarto, aguardava os concor- dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando
acontecimentos. (si- que a pessoa que fala está incluída em os brasileiros).
lêncio = auditivo; negro = visual)
Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma
Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de de palavras os sons da realidade.
um termo específico para designar um conceito, toma-se Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
outro “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras Miau, miau. (Som emitido pelo gato)
fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.
“maçã do rosto”, “braço da cadeira” .
As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar
Figuras de Construção da Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma
Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade frase ou de
ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela um verso).
maior expres- sividade que se dá ao sentido. São as mais “Vozes veladas, veludosas vozes,
importantes figuras de volúpias dos violões, vozes veladas,
construção: vagam nos velhos vórtices velozes
Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
no entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No
fim da co- memoração, sobre as mesas, copos e garrafas (Cruz e Sousa)
vazias. (Omissão do verbo haver: No fim da festa Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a
comemoração, sobre as mesas, copos 15 afirma-
e garrafas vazias). ção ou sugerir insistência, progressão:
“E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da
Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes ca-
para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz. sona.” (Bernardo Élis)
LÍNGUA PORTUGUESA
Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas.
Exemplo: Vim, vi,
venci.
Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de
construção muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus
nos inspira, e que um
dia nos há de salvar
Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de significados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho.
Exemplo: Come-
mos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.
Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho
temporário).
Figuras de Pensamento
Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, as figuras de pensamento trabalham com a combinação de
ideias,
pensamentos.
Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam
de mãos
dadas.
Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a
apóstrofe corres-
ponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres.
Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as expressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste
caso, a expressão
“para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à
festa, sen-
taram, comeram e dançaram.
Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada.
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou
mais).
Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido
sarcástico.
Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado?
Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente
absurdas.
Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o PONTUAÇÃO mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.)
Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres
irracionais
Os sinais coisas
ou outras de pontuação são recursos
inanimadas. Exemplo:gráficos
O ventoque se encontram
suspirou na linguagem
essa manhã. escrita,
(Nesta frase e suas que
sabemos funções são édemarcar
o vento unidades e sinaliza
algo inanimado
limites
que não desuspira,
estruturas sintáticas.
sendo esta uma É também usado
“qualidade como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos textos.
humana”.)
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as
reticências
Reticência:(...), as aspas
suspender (“”), os parênteses
o pensamento, ( ( ) ), meio
deixando-o o travessão
velado.(—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o colchet
Exemplo:
([]) e a barra (/).
“De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis)
Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia
qual seria o
procedimento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.
Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.
No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:
• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, ARTIGO, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREP
E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECE
Classes de Palavras
Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção,
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.
PREPOSIÇÃORelaciona dois termos de uma mesma oraçãoEspero por você essa noite.
Não sofre variaçãoLucas gosta de tocar violão.
SUBSTANTIVONomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.A menina jogou sua boneca no rio.
Flexionam em gênero, número e grau.A matilha tinha muita coragem.
Indica ação, estado ou fenômenos da naturezaAna se exercita pela manhã.
VERBOSofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, Todos parecem meio bobos.
número, pessoa e voz. Chove muito em Manaus.
Verbos não significativos são chamados verbos de ligaçãoA cidade é muito bonita quando vista do
alto.
Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...
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LÍNGUA PORTUGUESA
Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é,
geralmente o final
da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia /
acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados
quanto ao gêne-
ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em
epiceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do
artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no
feminino, trazen-
do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz
respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de
fruto.
Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar
(Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este
último representado, geral-
mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do
contexto,
pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).
Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em
aumentativo
e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande /
menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).
Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles
podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua
nacionali-
dade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o
substantivo. São
formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar
Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e
superlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente 19que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
LÍNGUA PORTUGUESA
Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:
CLASSIFICAÇÃOADVÉRBIOSLOCUÇÕES ADVERBIAIS
DE MODObem; mal; assim; melhor; depressaao contrário; em detalhes
DE TEMPOontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
ramente noite
DE LUGARaqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; aliAo redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADEmuito; tão; demasiado; imenso; tanto; nadaem excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃOsim, indubitavelmente; certo; decerto; deverascom certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃOnão; nunca; jamais; tampouco; nemnunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDAPossivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe
Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê
Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo
Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis);
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).
Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado,
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)
Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la,
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.
DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.
Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.
Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou
advérbio (gerúndio).
Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen-
tear-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)
Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)
Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.
Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:
Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor
Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposiçã
em determinadas sentenças).
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele-• Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de
outra
cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:palavra. Ex: flor; pedra
• Causa: Morreu de câncer.• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala-
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.vras. Ex: floricultura; pedrada
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.• Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi-
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo;
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.azeite
• Lugar: O vírus veio de Portugal.• Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais
• Companhia: Ela saiu com a amiga.radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor
• Posse: O carro de Maria é novo.Entenda como ocorrem os principais processos de formação de
• Meio: Viajou de trem. palavras:
Combinações e contraçõesDerivação
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa-A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de
uma
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e palavra simples ou de um único radical, juntando-se
afixos.
havendo perda fonética (contração).• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa- • Combinação: ao, aos,
aondelavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou
radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
Conjunção• Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe-depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) /
desgoverna-
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante do (des + governar + ado)
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois • Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se
a pala- reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque
(verbo “atacar”) interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo-• Derivação imprópria (conversão):
ocorre mudança na classe mento de redigir um texto.gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para
substantivo
conjunções subordinativas.próprio – sobrenomes).
Conjunções coordenativasComposição
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti-A formação por composição ocorre quando uma nova palavra
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou
radicais. função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras
simples, de cinco grupos:modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
• Aditivas: e, nem, bem como.tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex:
• Adversativas: mas, porém, contudo.aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer.• Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
• Conclusivas: logo, portanto, assim.tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
• Explicativas: que, porque, porquanto.dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
-flor / passatempo.
Conjunções subordinativas
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação Abreviação
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de
sua Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) totalidade, passando a existir como uma palavra
autônoma. Ex: foto se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade
Católica).
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes:
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas Hibridismo
substantivas, definidas pelas palavras que e se.Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de • Causais:
porque, que, como.línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó-
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que.culo (bi – grego + oculus – latim).
• Condicionais: e, caso, desde que.
• Conformativas: conforme, segundo, consoante.Combinação
• Comparativas: como, tal como, assim como.Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente
(abor-
• Finais: a fim de que, para que. recer + adolescente).
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
• Temporais: quando, enquanto, agora.Intensificação
24Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga-
Formação de Palavrasmento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita
A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi-adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) /
proto-
cos, de modo que as palavras se dividem entre:colizar (em vez de protocolar).
LÍNGUA PORTUGUESA
Neologismo
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falante em contextos específicos, podendo ser temporárias ou permanentes.
Existem três tipos principais de neologismos:
• Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma palavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha)
• Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao
compromisso) / dar a volta por cima (superar).
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar)
Onomatopeia
Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproximada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque.
Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode
ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e
gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso
estar atento, também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo
entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.
Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o
adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.
Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os
substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.
Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.
CASOS o
Quando ESPECÍFICOS REGRA
adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, eleEXEMPLO
deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou
É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença objeto
seja ocupado por dois substantivos ouSemais: É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. não houver essa determinação, deve
• OÉoperário e sua família estavam
NECESSÁRIO preocupados
permanecer com easno
no singular consequências É proibido entrada.
masculino. do acidente.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / Deve concordar com a pessoa que fala.
OBRIGADA “obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a volta
Quando tem função de adjetivo para um substantivo, às aulas.
concorda em número com o substantivo. Bastante criança ficou doente com a volta às aulas.
BASTANTE
Quando tem função de advérbio, permanece
O prefeito considerou bastante a respeito da
invariável.
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS existe na língua portuguesa. para a festa.
Devem concordar em gênero e número com a pessoa
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESM
a que fazem referência. da aula.
O
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
PRÓPR
IO
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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.
Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.
Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.
Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.
Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.
Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje
Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.
Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.
26
LÍNGUA PORTUGUESA
A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.
Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:
PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
Acontrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DEdotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBREopinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
COMacostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
EMabundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador;
negligente; perito; prático; residente; versado...
CONTRAatentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
representação...
PARAbom; mau; odioso; próprio; útil...
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.
Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.
Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.
27
LÍNGUA PORTUGUESA
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da Tu me farias um favor?
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Colocação do pronome átono nas locuções verbais
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
após o verbo – ênclise.não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini-rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua-Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Devo-lhe dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.Devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju-do auxiliar ou depois do principal.
dique a eufonia da frase.Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
PrócliseNão devo dizer-lhe a verdade.
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.auxiliar.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-do infinitivo.
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!Exemplos:
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!Hei de dizer-lhe a verdade.
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-Tenho de dizer-lhe a verdade.
jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, Observação
tudo dá.Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-Devo-lhe dizer tudo.
tentos são para nos prejudicarem.Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do CRASE
indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de-
posição em: Saí, deixando-a aflita.marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão.
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los.Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em-
prego da crase:
Mesóclise• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu-
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.na.
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica-
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas.
futuro do pretérito que iniciam a oração.• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito
Dir-lhe-ei toda a verdade.estresse.
Far-me-ias um favor?• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei-
xando de lado a capacidade de imaginar.
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima
à esquerda.
28
LÍNGUA PORTUGUESA
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de
se:reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter-tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas
mos uma reunião frente a frente.indesejadas.
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar.[…]
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te
atender daqui a pouco.Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibi-
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça lidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29.
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras.
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema
fica a 50 metros da esquina.identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativosemântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni-
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. mo, em relação à “diversidade”.
/ Dei um picolé à minha filha.II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi-
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura
minha avó até à feira.no paradigma argumentativo do enunciado.
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co-
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi-
Ana da faculdade.dade e identidade”.
DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi-
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos ção(ões) verdadeira(s).
à escola / Amanhã iremos ao colégio.(A) I, apenas
(B) II e III
(C) III, apenas
QUESTÕES
(D) II, apenas
(E) I e II
1.
3. (FMPA
(UNIFOR – MG)
CE – 2006)
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen-
Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi-
te aplicada:
sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per-
(E) A cessão de terras compete ao Estado.
guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra,
indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
2. (UEPB – 2010)
de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos
ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada
maiores nomes da educação mundial na atualidade. de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida-
de.
Carlos Alberto Torres
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por-diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe indiferença.
muito no Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
3 mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diversida-
sa “quentes”
de não só em ideias contrapostas, mas também em 5identidades que (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processopassamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
igualdade,
tância são
de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diversidade fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
está
estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade
fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fos-
se uma boa articulação 10dessa descrição demográfica em termos de
(Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.
constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a pre-
p.68)
sença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade
porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder,
de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe.
[…]
Rosa Maria Torres
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po-
lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e
29
LÍNGUA PORTUGUESA
Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-Assinale a alternativa correta.
cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se (A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável
mons- o contexto, étro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si.
(A) ceticismo.(B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a
(B) desdém.norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substitu-
(C) apatia.ída por “nós”.
(D) desinteresse.(C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito
(E) negligência.correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de
acordo com a norma culta da língua portuguesa.
4. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.(D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema.
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.(E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido.
para os carros e os pedestres.
6. (FMU) Leia as expressões destacadas na seguinte passagem:
Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho-“E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do
tempero
mônimos e parônimos.na salada – o meu jeito de querer bem.”
(A) I e III.Tais expressões exercem, respectivamente, a função sintática
(B) II e III.de:
(C) II apenas.(A) objeto indireto e aposto
(D) Todas incorretas.(B) objeto indireto e predicativo do sujeito
(C) complemento nominal e adjunto adverbial de modo
5. (UFMS – 2009)(D) complemento nominal e aposto
Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de (E) adjunto adnominal e adjunto adverbial de modo
Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em
30/09/08. Em seguida, responda.7. (PUC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “De-
“Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con-pressa esqueci o Quincas Borba”.
tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu (A) objeto direto
cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em (B) sujeito
vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-(C) agente da passiva
mente do jeito correto.(D) adjunto adverbial
Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, (E) aposto
a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim,
esse animal
função sintá-existiu de fato. A professora de Português nos disse que 8. (MACK-SP) Aponte a alternativa que expressa a
devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é tica do termo destacado: “Parece enfermo, seu irmão”.
pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enig-(A) Sujeito
mática na cabeça.(B) Objeto direto
Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-(C) Predicativo do sujeito
-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me (D) Adjunto adverbial
libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa (E) Adjunto adnominal
prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu-
la, lá vinham as palavras mágicas.9. (OSEC-SP) “Ninguém parecia disposto ao trabalho naquela
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha manhã de segunda-feira”.
evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.(A) Predicativo
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.(B) Complemento nominal
– Ainda não fomos apresentados – ela disse.(C) Objeto indireto
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de (D) Adjunto adverbial
terror.(E) Adjunto adnominal
– E ele faz o quê?
– Atrapalha a gente na hora de escrever.10. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamen-
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia te”. O termo destacado funciona como:
usar trema nem se lembrava da regrinha.(A) Objeto indireto
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no (B) Objeto direto
lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se con-(C) Adjunto adnominal
seguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. (D) Vocativo
Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servi-(E) Sujeito
rão ao menos para determinar minha idade.
– Esse aí é do tempo do trema.”
30
LÍNGUA PORTUGUESA
11. (UFRJ) Esparadrapo15. (UEMG) “De repente chegou o dia dos meus setenta anos.
Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Es-Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo parece
paradrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte anos
cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sentido, (trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta. Pior: du-
que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, “incuná-vidando disso, pois ainda escutava em mim as risadas da menina
bulo*”.que queria correr nas lajes do pátio quando chovia, que pescava
lambaris com o pai no laguinho, que chorava em filme do Gordo e
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Magro, quando a mãe a levava à matinê. (Eu chorava alto com pena
Janeiro, Globo. 1987. p. 83.dos dois, a mãe ficava furiosa.)
A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora,
*Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em lugar de
impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem.prestar atenção, porque devagarinho empurrava o estojo de lápis
até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo sabendo que os
A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura do meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando lá-
texto. Sua função resume-se em:pis, canetas, borracha – as tediosas regras de ordem e quietude se-
(A) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma riam rompidas mais uma vez.
coisa.Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os profes-
(B) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamen-sores e divertia a turma: apenas porque não queria ser diferente,
te.queria ser amada, queria ser natural, não queria que soubessem
(C) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assun-que ela, doze anos, além de histórias em quadrinhos e novelinhas
to.açucaradas, lia teatro grego – sem entender – e achava emocionan-
(D) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa.te.
(E) introduzir uma conclusão após os argumentos apresenta-(E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
dos.O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebração,
eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pequenos.
12. (IBFC – 2013) Leia as sentenças:Mas pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo! Logo
me dei conta de que hoje setenta é quase banal, muita gente com
É preciso que ela se encante por mim!oitenta ainda está ativo e presente.
Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo.Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa difí-
cil, escolher), e deixar aquela festona para outra década.”
Assinale abaixo a alternativa que classifica, correta e respecti-LUFT, 2014, p.104-105
vamente, as orações subordinadas substantivas (O.S.S.) destacadas:
(A) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. objetiva indireta.Leia atentamente a oração destacada no período a seguir:
(B) O.S.S. subjetiva e O.S.S. completiva nominal“(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que
(C) O.S.S. subjetiva e O.S.S. objetiva indireta.queria correr nas lajes do pátio (...)”
(D) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. completiva nominal.
Assinale a alternativa em que a oração em negrito e sublinhada
13. (ADVISE-2013) Todos os enunciados abaixo correspondem apresenta a mesma classificação sintática da destacada acima.
a orações subordinadas substantivas, exceto:(A) “A menina que levava castigo na escola porque ria fora de
(A) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.hora (...)”
(B) Desejo que ela volte.(B) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos,
(C) Gostaria de que todos me apoiassem.mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, ca-
(D) Tenho medo de que esses assessores me traiam.netas, borracha (...)”
(E) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se on-(C) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
tem.(D) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
14. (PUC-SP) “Pode-se dizer que a tarefa é puramente formal.”16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
No texto acima temos uma oração destacada que é ________e ____________________.”
um “se” que é . ________.
(A) substantiva objetiva direta, partícula apassivadoraApenas uma das alternativas completa coerente e adequada-
(B) substantiva predicativa, índice de indeterminação do sujeitomente a frase acima. Assinale-a.
(C) relativa, pronome reflexivo(A) desfilando pelas passarelas internacionais.
(D) substantiva subjetiva, partícula apassivadora(B) desista da ação contra aquele salafrário.
(E) adverbial consecutiva, índice de indeterminação do sujeito(C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
(D) recuperássemos a vaga de motorista da firma.
(E) tentamos aquele emprego novamente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente as 22. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamente
lacunas do texto a seguir:as lacunas correspondentes.
“Todas as amigas estavam _______________ ansiosas A arma ___ se feriu desapareceu.
_______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as Estas são as pessoas ___ lhe falei.
críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-Aqui está a foto ___ me referi.
paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________ Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a(A) que, de que, à que, cujo, que.
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em(B) com que, que, a que, cujo qual, onde.
(C) bastante - por - meias - ao - a - à(C) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
(D) meias - para - muito - pelo - em - por(D) com a qual, de que, que, do qual, onde.
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na(E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja.
18. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo 23. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa:
com a gramática:(A) Avisaram-no que chegaríamos logo.
I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.(B) Informei-lhe a nota obtida.
II - Muito obrigadas! – disseram as moças.(C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.sinais de trânsito.
IV - A pobre senhora ficou meio confusa.(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo.
V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.(E) Muita gordura não implica saúde.
32
LÍNGUA PORTUGUESA
27. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE 32. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acen-
BANDEI- RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no tuadas devido à mesma regra:
nosso cotidiano de forma incorreta, ou seja, estão em (A) saí – dói
desacordo com a norma culta padrão. Todas as alternativas (B) relógio – própria
abaixo apresentam palavras escritas (C) só – sóis
erroneamente, exceto em: (D) dá – custará
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. (E) até – pé
(B) É um privilégio estar aqui hoje.
33. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráfica das palavras
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade. agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto.
(D) A criança estava com desinteria. (A) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a toni-
(E) O bebedoro da escola estava estragado. cidade para a última sílaba, é necessário que se marque grafi-
camente a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se
28. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases isso não fosse feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas.
abaixo (B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em
com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, L.
assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, de (C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
cima para baixo, de classificação. (D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético –
“____________ o céu é azul?” eu.
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram (E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.
trân-
sito pelo caminho.” 34. (IFAL – 2016 ADAPTADA) Quanto à acentuação das palavras,
assinale a afirmação verdadeira.
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter
(A) A palavra “tendem” deveria ser acentuada graficamente,
faltado como “também” e “porém”.
ao nosso encontro.” (B) As palavras “saíra”, “destruída” e “aí” acentuam-se pela
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mesma razão.
mun- (C) O nome “Luiz” deveria ser acentuado graficamente, pela
diais. ____________?” mesma razão que a palavra “país”.
(A) Porque – porquê – por que – Por quê (D) Os vocábulos “é”, “já” e “só” recebem acento por constituí-
(B) Porque – porquê – por que – Por quê rem monossílabos tônicos fechados.
(C) Por que – porque – porquê – Por quê (E) Acentuam-se “simpática”, “centímetros”, “simbólica” por-
(D) Porquê – porque – por quê – Por que que todas as paroxítonas são acentuadas.
(E) Por que – porque – por quê – Porquê
35. (MACKENZIE) Indique a alternativa em que nenhuma pala-
29. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são vra é acentuada graficamente:
parô- nimos: empregar um pelo outro acarreta grave (A) lapis, canoa, abacaxi, jovens
(B) ruim, sozinho, aquele, traiu
confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo,
(C) saudade, onix, grau, orquídea
só uma apresenta uma frase em que se respeita o devido (D) voo, legua, assim, tênis
sentido dos vocábulos, selecio- nando convenientemente o (E) flores, açucar, album, virus
parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a. 36. (IFAL - 2011)
(A) A descoberta do plano de conquista era eminente.
(B) O infrator foi preso em flagrante. Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”.
(C) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas. “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor-
(D) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura. tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos
(E) Os culpados espiam suas culpas na prisão. na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da
infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices
30. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e
estão tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi-
grafadas corretamente. nião, 12.10.2010)
O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontua-
(A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
do na alternativa:
(B) alteza, empreza, francesa, miudeza (A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
(C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos,
(D) incenso, abcesso, obsessão, luxação sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de so-
(E) chineza, marquês, garrucha, meretriz frimento da infância mais pobre.”
(B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão
31. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternativa em que importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos
todas sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de
as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se sofrimento da infância mais pobre.”
as regras de acentuação da língua padrão.
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D.
Firmi-
na, que aceitou o matrimônio de sua filha.
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria
desposa-la
apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença. 33
(C) Com a saúde de Fadinha comprometida, Remígio não
con-
seguia se recompôr e viver tranquilo.
(D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos,
sentimos
na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”
(D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos
sentimos,
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento, da infância mais pobre.”
(E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos,
sentimos,
na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”
34
LÍNGUA PORTUGUESA
Sobre fonética e fonologia e conceitos relacionados a essas 44. (FUVEST-SP) Foram formadas pelo mesmo processo as
áreas, considere as seguintes afirmações, segundo Bechara: se-
I. A fonologia estuda o número de oposições utilizadas e guintes palavras:
suas relações mútuas, enquanto a fonética experimental (A) vendavais, naufrágios, polêmicas
determina a (B) descompõem, desempregados, desejava
natureza física e fisiológica das distinções observadas. (C) estendendo, escritório, espírito
II. Fonema é uma realidade acústica, opositiva, que nosso (D) quietação, sabonete, nadador
ouvi- (E) religião, irmão, solidão
do registra; já letra, também chamada de grafema, é o sinal
empre- gado para representar na escrita o sistema sonoro de 45. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das
uma língua. palavras
III. Denominam-se fonema os sons elementares e não é formada por prefixação:
produtores (A) readquirir, predestinado, propor
da significação de cada um dos vocábulos produzidos pelos (B) irregular, amoral, demover
falantes da língua portuguesa. (C) remeter, conter, antegozar
(D) irrestrito, antípoda, prever
Quais estão INCORRETAS? (E) dever, deter, antever
(A) Apenas I.
(B) Apenas II. 46. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto:
(C) Apenas III. Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
(D) Apenas I e II Uma organização não governamental holandesa está
(E) Apenas II e III. propondo
um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar
41. (CEPERJ) Na palavra “fazer”, notam-se 5 fonemas. O 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O
mesmo objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da
número de fonemas ocorre na palavra da seguinte rede social.
alternativa: O projeto também é uma resposta aos experimentos
a) tatuar psicológi-
b) quando cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso
c) doutor é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para
d) ainda poder par- ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no
e) além Facebook e postar um contador na rede social.
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e
42. (OSEC) Em que conjunto de signos só há consoantes felicidade
sono- dos participantes(http://codigofonte.uol.com.br.
no 33º dia, no 66º e no último dia da
Adaptado.)
ras? abstinência. Os responsáveis apontam que os usuários do
(A) rosa, deve, navegador; Após ler o texto acima, examine as passagens Facebook gastam
do primeiro pa-
(B) barcos, grande, colado; em
rágrafo: “Uma organização não governamental holandesasem
média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias está pro-
(C) luta, após, triste; acesso,
pondo um a soma média
desafio” seria equivalente
“O objetivo a mais
é medir o grau dede 28 horas,
felicidade dos
(D) ringue, tão, pinga; 2que poderiam ser utilizadas
usuários longe da rede social.” em “atividades emocionalmente
(E) que, ser, tão. mais realizadoras”.
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão:
(A) da retomada de informações que podem ser facilmente de-
43. (UFRGS – 2010) No terceiro e no quarto parágrafos do preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman-
tex- ticamente.
to, o autor faz referência a uma oposição entre dois níveis de (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo
análi- se de uma língua: o fonético e o gramatical. possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte-
Verifique a que nível se referem as características do raria o sentido do texto.
português falado em Portugal a seguir descritas, (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
identificando-as com o núme- informação conhecida, e da especificação, no segundo, com
ro 1 (fonético) ou com o número 2 (gramatical). informação nova.
( ) Construções com infinitivo, como estou a fazer, em lugar (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso,
de e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo.
formas com gerúndio, como estou fazendo. (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo
( ) Emprego frequente da vogal tônica com timbre aberto em qual são introduzidas de forma mais generalizada
palavras como académico e antónimo,
( ) Uso frequente de consoante com som de k final da sílaba,
como em contacto e facto.
( ) Certos empregos do pretérito imperfeito para designar fu-
turo do pretérito, como em Eu gostava de ir até lá por Eu
gostaria de ir até lá.
N C Z (N está contido em Z)
Subconjuntos:
37
MATEMÁTICA
OperaçõesNa multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor-
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos tante a REGRA DE SINAIS:
a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.
Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dis-
pensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre
ser dispensado.negativo.
• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quan-Exemplo:
tidade
obten- de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos (PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros,
saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quan-do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8
desses livros
tidades
possuem e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes
outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
será do maior número.(A) 10
(B) 15
ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., (C) 18
entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal inverti-(D) 20
do, ou seja, é dado o seu oposto.(E) 22
Exemplo:
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para Resolução:
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade-São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida-Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3
cm, des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma temos:
dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no 52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
(+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Resposta: D
Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes
anotadas, o total de pontos atribuídos foi• Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida (A) 50.como um
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
(B) 45.base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi-
(C) 42.plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
(D) 36.– Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
(E) 32.– Toda potência de base negativa e expoente par é um número
inteiro positivo.
Resolução:– Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú-
50-20=30 atitudes negativasmero inteiro negativo.
20.4=80
30.(-1)=-30Propriedades da Potenciação
80-30=501) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
Resposta: Ae somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-
a)2
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e
multiplicam-se por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e
• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú-(+a)1 = +a
mero
igual inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É
pelo módulo do divisor.a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1
ATENÇÃO:
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.
38
MATEMÁTICA
Conjunto dos números racionais – Qm
Um número racional é o que pode ser escrito na forma n, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero.
Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Subconjuntos:
Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
= 0,4
5
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:
1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000
2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente. Exemplos:
Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.
39
MATEMÁTICA
– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se
repete. a)
Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.
b)
Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.
Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo
Obtém-se :
(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3
Resolução:
Resposta: B
40
MATEMÁTICA
Caraterísticas dos números racionais Resolução:
O módulo e o número oposto são as mesmas dos números in- Somando português e matemática:
teiros.
Resposta: B
Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: abordadas, 1/8 foram detidas.
p – q = p + (–q) Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120
Resolução:
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for
igual, conserva-se os denominadores e efetua-se a
operação apresen-
tada.
Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS
OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a
língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a
matemática como favorita e os demais têm ciências como
favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos
que têm ciências como disciplina favo- rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2
Resposta: A
41
MATEMÁTICA
• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos Exemplo:
núme- (MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
aplicam aos nú- meros racionais. A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
A) Toda potência com expoente negativo de um número
racio- O valor, aproximado, da soma entre A e B é
nal diferente de zero é igual a outra potência que tem a base (A) 2
igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao (B) 3
oposto do expo- ente anterior. (C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5
Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:
B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da
base.
42
MATEMÁTICA
Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um
número
é ou não divisível por outro, sem que seja necessário
efetuarmos a divisão.
No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
Divisores
Os divisores de um número n, é o conjunto formado por
todos
os números que o dividem exatamente. Tomemos como
exemplo o número 12.
(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de- Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos
divisi- bilidade/ - reeditado) cada
fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que
Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta
por na decom- posição do número natural.
7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, 12 = 22 . 31 =
subtra- ído do número sem o algarismo, resulta em um 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
número múltiplo de 7. Neste, o processo será repetido a fim 20 . 30=1
de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados 20 . 31=3
quanto à divisibilidade por 7. 21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
Outros critérios 22 . 31=4.3=12
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando 22 . 30=4
é
divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo. O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
é
divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo. Máximo divisor comum (MDC)
É o maior número que é divisor comum de todos os
Fatoração numérica números dados. Para o cálculo do MDC usamos a
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para decomposição em fatores
de- compormos este número natural em fatores primos, primos. Procedemos da seguinte maneira:
dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, após Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos
pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor divisor, FA- TORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao
e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O seu MENOR
produto de todos os fatores primos re- EXPOENTE.
presenta o número fatorado. Exemplo:
43
MATEMÁTICA
Exemplo:
MDC (18,24,42) =
Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor Co-
mum entre 18,24 e 42 é 6.
Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC (A,B). MMC (A,B)= A.B
Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e subtrações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro-
blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com utilização da álgebra.
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar:
Exemplos:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo
é 5 centímetros
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que
Doralice e que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros, então é verdade que Mônica tem, de
altura:
(A) 1,52 metros.
(B) 1,58 metros.
(C) 1,54 metros.
(D) 1,56 metros.
Resolução:
Escrevendo em forma de equações, temos:
C = M + 0,05 ( I )
C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III )
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então:
44
MATEMÁTICA
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
( I ) 1,63 = M + 0,05ção é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B
45
MATEMÁTICA
• Multiplicação e Divisão RAZÃO E PROPORÇÃO
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores
dados. Ex.:
Razão
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:
Exemplo:
– Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da (SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em
segunda fração. Ex.: uma ação policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg
de um produto parecido com maconha. Na análise
laboratorial, o perito constatou que o produto apreendido não
era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis
sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi- cante revelou
que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2
kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para
Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado fabricar todo
da o produto apreendido, o traficante usou
fração resultante de forma a torna-la irredutível. (A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
Exemplo: (C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA (D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
– IA- (E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.
DES) O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente
entre 5 pessoas. Cada uma recebeu Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que
(A) 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos
(B) escrever em forma de razão, logo :
(C)
(D)
Resposta: C
Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu deDensidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-
suco é de 3/5 de suco da garrafa. me ocupado por esse corpo.
Resposta: B
46
MATEMÁTICA
Proporção Resolução:
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
4L = 28 . 3
L = 84 / 4
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 =
588 Resposta: A
PORCENTAGEM
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA-
LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O
departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio-
nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de
Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fra-
– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife- ção de estagiários é igual a
(A) 1/5.
rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente. (B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.
Resolução:
Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni- Resposta: B
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a Lucro e Prejuízo em porcentagem
(A) 588. É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
(B) 350. Se
(C) 454. a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja
(D) 476. NEGATIVA, temos PREJUÍZO (P).
(E) 382.
Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
47
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um
imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor.
Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.
Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C
Logo:
Logo:
48
MATEMÁTICA
Fator de multiplicação
É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.
Exemplos:
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.
49
MATEMÁTICA
De acordo com essas informações, o número de casos regis-Exemplos:
trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
aproximadamente, deum dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
(A) 70%.Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
(B) 65%.m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
(C) 60%.(A) 8 horas e 15 minutos.
(D) 55%.(B) 9 horas.
(E) 50%.(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
Resolução:(E) 5 horas e 30 minutos.
Utilizaremos uma regra de três simples:
Resolução:
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x.
ano%
11442 100
M² ↑varredores ↓horas ↑
17136 x
6000 18 5
11442.x = 17136 . 100 7500 15 x
x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)
149,8% – 100% = 49,8% Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
Aproximando o valor, teremos 50%
Resposta: E Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro-
porcionais)
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa
transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
balho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min
Resolução: Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
ras e 30 minutos.
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quantoResposta: D
menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar
a carga: (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons-
tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60
dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
caminhões horas equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas
154 por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
(15 – 3)x (B) 5000 m²
12.x = 4 . 15 (C) 5200 m²
(D) 6000 m²
x = 60 / 12 (E) 6200 m²
x=5h
Resposta: B Resolução:
Regra de três composta
Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente Operários
proporcionais. ↑horas ↑dias ↑área ↑
20 8604800
15 10 80 x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
50
MATEMÁTICA
Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma
forma ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos
constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de
dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir
Resposta: D de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais
precisa e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados,
o gráfico é mais indicado para situações que visem
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES.RELAÇÃO ENTRE GRAN- proporcionar uma impressão mais rápida e maior facilidade
DEZAS: TABELAS E GRÁFICOS de compreensão do comportamento do fenômeno em
estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos
Tabelas distin-
A tabela é a forma não discursiva de apresentar tos, de modo que a utilização de uma forma de
informações, apresentação não exclui a outra.
das quais o dado numérico se destaca como informação Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais
central. Sua finalidade é apresentar os dados de modo devem
ordenado, simples e de fácil interpretação, fornecendo o ser observadas:
máximo de informação num mínimo de espaço. Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de
eixos chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável
Elementos da tabela independente é localizada no eixo horizontal (abscissas),
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais enquanto a variável de- pendente é colocada no eixo vertical
e (ordenadas). No eixo vertical, o início da escala deverá ser
elementos complementares. Os elementos essenciais são: sempre zero, ponto de encontro dos
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a eixos.
desig- − Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder
nação do fato observado, o local e a época em que foi a iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao
estudado. intervalo 10-15 kg corresponde 2 cm na escala, ao
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão intervalo 40-45 kg também deverá corresponder 2 cm,
inseridos enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
os dados. 4 cm.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda,
conteú- ou
do das colunas. seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o auxílio do texto.
conteúdo − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente
das linhas. quadra-
do para evitar que problemas de escala interfiram na sua
Os elementos complementares são: correta interpretação.
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a Tipos de Gráficos
esclare-
cer o conteúdo das tabelas. • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são
− Chamadas: informações específicas destinadas a repre- sentadas por volumes. Geralmente são construídos
esclarecer num sistema de eixos bidimensional, mas podem ser
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar construídos num sistema
indica- das no corpo da tabela, em números arábicos entre tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
parênteses, à esquerda nas casas e à direita na coluna
indicadora. Os elementos complementares devem situar-se
no rodapé da tabela, na mesma ordem em que foram
descritos.
51
MATEMÁTICA
• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
pas). radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
largura da base dos mesmos.
52
MATEMÁTICA
c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.
Exemplo:
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF.
FORTALEZA) “Es-
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e
interpretar dados apresentados de maneira organizada e
construir represen- tações, para formular e resolver
problemas que impliquem o reco- lhimento de dados e a Exemplo:
análise de informações. Essa característica da vida (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP –
contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de- ANALIS-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO –
e da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997). VUNESP) Na festa de seu aniversário em 2014, todos os
Observe os gráficos e analise as informações. sete filhos de João estavam presentes. A idade de João
nessa ocasião representava 2 vezes a média aritmética da
idade de seus filhos, e a razão entre a soma das idades
deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.
Resolução:
Foi dado que: J = 2.M
(I)
53
MATEMÁTICA
• Aplicações
Foi pedido: Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere
inter- pretações geométricas. Podemos calcular, por
exemplo, o lado de um quadrado que possui a mesma área
Na equação ( I ), temos que: de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.
Exemplo:
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345,
é
dada por:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013
Média harmônica
Corresponde a quantidade de números de um conjunto
dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça
Resposta: E compli- cado, sua formulação mostra que também é muito
simples de ser calculada:
• Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
Para o cálculo
Exemplo:
Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritméticasegmentos
ou AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:
ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4 (A) a média aritmética entre AB e CD.
(E) 7,2 (B) a média geométrica entre AB e CD.
(C) a média harmônica entre AB e CD.
Resolução: (D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua (E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:
Resolução:
Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a
AB, esta será perpendicular a CD também.
Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e
outra perpendicular a AB passando por D:
Resposta: B
Média geométrica
É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
duto de n elementos de um conjunto de dados.
ou
x2 – 49 = 0
x2 = 49
x2 = 49
x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–7, 7}.
Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilidades quanto á natureza da equação dada.
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.
Exemplo:
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0
Resolução:
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes multi-
plicadas resultam no valor de c.
56
MATEMÁTICA
Exemplo:
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
MATEMÁ-
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os
valores de que satisfazem a seguinte inequação:
(A) x > 2
(B) x - 5
(C) x > - 5
(D) x < 2
(E) x 2
Resposta: D
Resoluçã
Inequação do 1º grau o:
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer
expressão
do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax + b > 0
ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0
57
MATEMÁTICA
Exemplo:
(VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no universo dos
números reais é: (A)∅
(B) R
(C)
(D)
(E)
Resolução:
Resolvendo por Bháskara:
Resposta: C
O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.
Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.
MÚLTIPLOSUNIDADE
FUNDAMENTAL SUBMÚLTIPLOS
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro
Milímetro
km hm Dam m dm cm
mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m
0,001m
Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):
58
MATEMÁTICA
Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros
Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g
Em resumo temos:
Relações importantes
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
59
MATEMÁTICA
1 m3 = 1000 l
Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccion
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas
Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas
Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C
Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como perímetro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geometria
plana é o estudo em duas dimensões.
Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que
aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:
60
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária.
Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será
o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.
Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56.
Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56 4x = 200+56 4x = 256 x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D
• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um
quadrado
de 1 m de lado.
Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura cabem
12 quadrados iguais ao que está acima.
61
MATEMÁTICA
Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:
(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)
Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as
figuras planas,
pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:
Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um
diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.
Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices.
Chamamos
de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois
somente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos:
Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não possuí
“reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes relações
de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1
62
MATEMÁTICA
Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face n e
dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta somar os resultados.
A = n.F/2
Poliedros de Platão
Eles satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).
Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.
Exemplo:
(PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices deste
poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9
Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo, tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e o
pentágono 5 lados. Temos:
Resposta: E
Não Poliedros
63
MATEMÁTICA
Os sólidos acima são. São considerados não planos pois possuem suas superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por curvas fechadas em superfície
lateral curva. Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e uma superfície
lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AAAAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s160
revis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.jpg
Sólidos geométricos
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura:
64
MATEMÁTICA
Área e Volume dos sólidos geométricos
Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a
8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é
igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90
Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a
Exemplo: fórmula
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – da área do triângulo equilátero é . A aresta da base éa=8
INSTITUTO cm e h = 15 cm.
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a Cálculo da área da base:
base é um polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.
Resolução:
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma Cálculo do volume:
face. Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a
base su-
perior.
Portanto, n + 2
Resposta: B
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
paralelas e circulares.
65
MATEMÁTICA
ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.
Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E) 8
Exemplo:
Resolução: (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS –
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio COMBATENTE/LOGÍSTI-
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm. CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O
g2 = h2 + r2 volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas
162 = h2 + 82 áreas das bases são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
256 = h2 + 64 (A) 330 cm³
256 – 64 = h2 (B) 720 dm³
h2 = 192 (C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³
Resolução:
A
B=144 dm²
Resposta: D A
b=36 dm²
66
MATEMÁTICA
Resposta: E
Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.
Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas que serão uteis ao cálculo.
67
MATEMÁTICA
Distância entre dois pontos de um plano Condição de alinhamento de três pontos
Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos lo- Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
calizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com A(x
1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).
isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado
é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.
Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.
68
MATEMÁTICA
Cálculo do coeficiente angular Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um
Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o co- dos
eficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos dadois pontos para determinamos a equação da reta. Temos
reta, como podemos verificar na imagem. A(1, 4), m = -3 e Q(x, y)
⇒⇒ ⇒ ⇒
y-y
1 = m.(x - x1) y - 4 = -3. (x - 1) y - 4 = -3x + 3 3x +
y-4-3=0 3x + y - 7 = 0
Equação reduzida da reta
A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação
da
reta y - b = mx
Reta
Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:
– Equação segmentária da reta
1) Um ponto e o coeficiente angular
É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in-
terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).
Exemplo:
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.
Dados P(x
∈
1, y1) e Q(x, y), com P
reta r, a equação da reta r será:
∈
r, Q r e m a declividade da
69
MATEMÁTICA
Posições relativas de duas retas C) Retas coincidentes:1Se r são coincidentes, as retas cor-
e r2
Em relação a sua posição elas podem ser: tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus
A) Retas concorrentes: Se r coe- ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares
também serão iguais.
1 e r2 são concorrentes, então seus
ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como
consequên- cia, seus coeficientes angulares são diferentes.
Intersecção de retas
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de
intersecção
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as
B) Retas paralelas:1Se r são paralelas, seus ângulos com o equações de ambas as retas. Para determinarmos as
e r2 coordenadas de P, basta resolvermos o sistema constituído
eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes
angulares são iguais (m pelas equações dessas retas.
1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces-
sário que seus coeficientes lineares n Condição de perpendicularismo
1 e n2 sejam diferentes
Se duas retas,
1 er r2, são perpendiculares entre si, a seguinte
relação deverá ser verdadeira.
onde
1 emm2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,
respectivamente.
70
MATEMÁTICA
Distância entre um ponto e uma reta Equação reduzida da circunferência
A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r.
para obtermos esta distância.
onde
P, yP)d(P,
e a r) é ar distância
reta . entre o ponto P(x
Exemplo: Equação Geral da circunferência
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
senvolvimento da equação reduzida.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14 Exemplo:
(C) y = x + 2 (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
(D) y = - x + 8 C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(E) y = 3x – 4 (A) x2 + (y – 3)2 = 0
Resolução: (B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação (D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
reduzida, então: (E) x2 + (y – 3)2 = 8
y–y
o = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3) Resolução:
y–5=x–3 Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
y=x–3+5 enunciado.
y=x+2 (x – a)2 + (y – b)2 = r2
Resposta: C (x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
Circunferência (0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto (- 2)2 + 22 = r2
fixo O, denominado centro da circunferência. 4 + 4 = r2
A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao r2 = 8
centro O é sempre constante e é denominada raio. (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C
71
MATEMÁTICA
Elipse TEOREMA DE PITÁGORAS
É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira-
1 e F2 são focos: mos a seguinte relação:
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida.
e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.
Resolução:
Equações da elipse
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.
x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical. x2 = 25
Resposta: E
O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários
RACIOCÍNIO VERBAL
ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
73
MATEMÁTICA
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
74
MATEMÁTICA
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
R Q P [ v ( ↔ R)
V V V P V Q V ]V
V V F V V V V V
V F V F V V F V
V F F V F F F V
F V V F V F F F
F V F V F V F F
F F V F V V V F
F F F V V F V F
F F
Resposta: Certo
75
MATEMÁTICA
Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.
Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNC
existindo um terceiro caso.
“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas
• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.
Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
76
MATEMÁTICA
Resposta: B.
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
77
MATEMÁTICA
Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
∧
(A) ¬ p, p v q, p q
(B) p∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:
∧
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo . A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.
Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.
• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”
Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.
Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.
Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência
• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P
0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P
0, Q0, R0, ...
• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P
0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P
0, Q0, R0, ...
• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qua
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
78
MATEMÁTICA
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.
Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo por
“e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:
Resposta: B.
79
MATEMÁTICA
Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos
uma é falsa – Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas
são falsas.
ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO transforma:
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.
OPERAÇÃOCONECTIVOESTRUTURA LÓGICAEXEMPLOS
Negação~Não pA cadeira não é azul.
Conjunção^p e qFernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusivavp ou qFernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção ExclusivavOu p ou qOu Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional→Se p então qSe Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional↔p se e somente se qFernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.
Conectivo “não” (~)
Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
80
MATEMÁTICA
Conectivo “ou” (v)
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).
Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)
Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro
81
MATEMÁTICA
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.
Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.
Em resumo:
Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (d
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
∧
(A) ¬ p, p v q, p q
(B) p∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:
∧
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo . A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B
82
MATEMÁTICA
CONTRADIÇÕES Observe:
São proposições compostas formadas por duas ou mais propo- - Toda proposição implica uma Tautologia:
sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ̂^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua
tabela-verdade:
Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨
p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.
Propriedades
Resolução: • Reflexiva:
Montando a tabela teremos que: ⇒
– P(p,q,r,...) P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
P~p~p ^p • Transitiva:
V F F – Se P(p,q,r,...)⇒ Q(p,q,r,...) e
⇒
Q(p,q,r,...) R(p,q,r,...), então
V F F
⇒
P(p,q,r,...) R(p,q,r,...)
F V F – Se P ⇒ QeQ ⇒ R, então P ⇒R
F V F
Regras de Inferência
Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante • Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões
lógicas
de uma CONTRADIÇÃO.
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras.
Resposta: C
Em ou- tras palavras: é a obtenção de novas proposições a
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,- partir de propo- sições verdadeiras já existentes.
q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
⇒
Representamos a implicação com o símbolo “ ”, simbolicamente
Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
temos:
⇒
P(p,q,r,...) Q(p,q,r,...).
⇒
ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “ ” são completamente distin-
tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
⇒
tivo. O segundo (“ ”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições.
• Silogismo Disjuntivo
Exemplo:
83
MATEMÁTICA
• Modus Ponens A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.
Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético
Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no
conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
“Todo B é A”.
84
MATEMÁTICA
Em síntese:
Exemplos:
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos
não
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da
afir-
mação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são
par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto (C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são
“A” pardos
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. não miam alto.
Con- tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos (D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
que nem todo A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que (E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele
“Algum B é A”. é
pardo.
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B”
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as Resolução:
três Temos um quantificador particular (alguns) e uma
representações possíveis: proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado,
seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou
nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma
disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”.
Descarta- mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo
de
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence aopor: Todo A é não B.
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que
que Algum B não é A. não
são pardos NÃO miam alto.
• Negação das Proposições Categóricas Resposta: C
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as
seguintes convenções de equivalência: (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos que a afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa,
uma proposição categórica particular. do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição afirmação é verdadeira
categórica particular geramos uma proposição categórica universal.
(A) Todos os não psicólogos são professores.
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, (B) Nenhum professor é psicólogo.
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
(C) Nenhum psicólogo é professor.
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
uma proposição de natureza afirmativa. (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
Resolução:
85 Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a
nega-
ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz
atra- vés de um quantificador existencial negativo. Logo
teremos: Pelo menos um professor não é psicólogo.
MATEMÁTICA
• Equivalência entre as proposições Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
resolução de questões.
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS
TOD
A
OAé
B
Se um elemento pertence ao conjunto A,
então pertence também a B.
Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação NENHUM
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igualE AéB
a cinco”?
(A) Todo número natural é menor do que cinco.
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco. Existe pelo menos um elemento que
(C) Todo número natural é diferente de cinco. pertence a A, então não pertence a B, e
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco. vice-versa.
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais. Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
tes formas:
ALGUM
I
AéB
Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que
envolvam argumentos dedutivos, as quais as premissas
deste argumento po- dem ser formadas por proposições
categóricas.
ALGUM
O - Algum teatro é casa de cultura
A NÃO é B
Resposta: E
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.
Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.
Argumentos Válidos
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
“Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
comum.
ria do seu conjunto de premissas.
Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
Exemplo:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.
88
MATEMÁTICA
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:
NENHUM homem é animal – com o desenho das
premissas
será que podemos dizer que esta conclusão é uma
consequência necessária das premissas? Claro que sim!
Observemos que o con- junto dos homens está totalmente
separado (total dissociação!) do conjunto dos animais.
Resultado: este é um argumento válido!
Argumentos Inválidos
Dizemos que um argumento é inválido – também
denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma –
quando a verdade das premissas não é suficiente para
garantir a verdade da conclu-
são.
Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não
Exemplo: gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se
P1: Todas as crianças gostam de chocolate. este ar- gumento é válido ou não, é justamente confirmar se
P2: Patrícia não é criança. esse resultado
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate. (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de
Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois cho- colate? Olhando para o desenho acima, respondemos
as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da que não! Pode ser que ela não goste de chocolate (caso
conclusão. Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que esteja fora do círcu- lo), mas também pode ser que goste
não seja criança, pois a primeira premissa não afirmou que (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o argumento é
somente as crianças gostam de chocolate. inválido, pois as premissas não garantiram a
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a veracidade da conclusão!
validade
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo Métodos para validação de um argumento
arti- fício, que o argumento em análise é inválido. Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos
Comecemos pela pri- meira premissa: “Todas as crianças possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
gostam de chocolate”. 1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é
indicada quando nas premissas do argumento aparecem as
palavras TODO,
ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um
etc.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que
ocor- re quando nas premissas não aparecem as palavras
todo, algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “”
e “↔”. Baseia-se na construção da tabela-verdade,
destacando-se uma coluna para cada premissa e outra para
a conclusão. Este método tem a des- vantagem de ser mais
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é trabalhoso, principalmente quando envolve
criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acimavárias
(da proposições simples.
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa- 3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e
trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos consi-
derando
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das as premissas verdadeiras.
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do vali-
diagrama: dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na
1º) Fora do conjunto maior; impossibi- lidade do primeiro método.
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos: Iniciaremos aqui considerando as premissas como
verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos,
descobri- remos o valor lógico da conclusão, que deverá
resultar também em verdade, para que o argumento seja
considerado válido.
4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos,
conside-
rando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação
do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor
lógico da conclusão de maneira direta, mas somente por
meio de análises
mais complicadas.
89
MATEMÁTICA
Em síntese:
Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:
(p∧ q) → r
_____~r_______
∨
~p ~q
Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.
90
MATEMÁTICA
Resolução pelo 3º Método
Considerando as premissas verdadeiras e testando a
conclusão
verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
∧
- 1ª Premissa) (p q)r é verdade. Sabendo que r é
falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa.
E quando uma conjunção (e) é falsa? Quando uma das
premissas for falsa ou am- bas forem falsas. Logo, não é
possível determinamos os valores lógicos de p e q.
Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar adequado, A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª
por meio do mesmo, não poderemos determinar se o falsa,
argumento é ou NÃO VÁLIDO. utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Resolução pelo 4º Método Fernando
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. estava estudando. // B → ~E
Tere- Iniciando temos:
mos: 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é ~B
verda- = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
deiro! chove tem que ser F.
Agora, passamos a testar as premissas, que são 3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
consideradas (V).
verdadeiras! Teremos:
∧ // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que
- 1ª Premissa) (p q)r é verdade. Sabendo que p e q são Maria vai ao cinema tem que ser V.
ver- dadeiros, então a primeira parte da condicional acima 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C →
também é verdadeira. Daí resta que a segunda parte não ~D
pode ser falsa. Logo: = V - para que o argumento seja válido temos que Quando
r é verdadeiro. Cláudio sai de casa tem que ser F.
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
é (V).
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está
estudando pode ser V ou F.
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
no
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi
existência si- multânea da conclusão falsa e premissas ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou
verdadeiras, teremos que o argumento é válido! Conclusão: o F); pois temos
argumento é válido! dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado
Exemplos:
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE
que as PETRÓLEO JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se
seguintes proposições sejam verdadeiras. Esmeralda é uma fada, então Bongrado é um elfo. Se
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Monarca é um centauro, então Tristeza é uma
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. bruxa.
• Quando Fernando está estudando, não chove. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
• Durante a noite, faz frio. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue centauro.
o (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
item subsecutivo. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
( ) Certo
( ) Errado Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza
Resolução: não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as como conclusão
pre- o valor lógico (V), então:
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo
premissas: (F)
A = Chove →V
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
D = Faz frio (F) → V
E = Fernando está estudando (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
F = É noite bruxa(F)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) 91→ V
Lembramos a tabela verdade da condicional: (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
MATEMÁTICA
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B
LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA
Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:
01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.
Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.
92
MATEMÁTICA
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.
93
MATEMÁTICA
Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é − Luiz não viajou para Fortaleza.
Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
resolvido: Luiz N N N
Arnaldo N N
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS Mariana N N S N
Carlos Engenheiro Patrícia Paulo N N
Luís Médico Maria Agora, completando o restante:
Paulo Advogado Lúcia Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En-
Exemplo: tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
TRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro,
todos para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curi-
LuizNSNN
tiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram,
sabe-se que: Arnaldo S N N N
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; Mariana N N S N
− Mariana viajou para Curitiba; Paulo N N N S
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza. Resposta: B
É correto concluir que, em janeiro,
Quantificador
(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia. É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
(C) Arnaldo viajou para Goiânia. tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
(D) Mariana viajou para Salvador. proposição aberta em uma proposição lógica.
(E) Luiz viajou para Curitiba.
Resolução: QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; Tipos de quantificadores
• Quantificador universal ( )∀
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo
Exemplo:
− Mariana viajou para Curitiba; Todo homem é mortal.
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
mortal.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Na representação do diagrama lógico, seria:
Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N
− Paulo não viajou para Goiânia;
94
MATEMÁTICA
Observe que a palavra todo representa uma relação de Resolução:
inclusão A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes
de conjuntos, por isso está associada ao operador da conclu-
condicional. sões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
Aplicando temos: – Se é cavalo, então é um animal.
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é
for- cabeça
ma ∀ ∈ (x) N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda
temos x + 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença forma de conclusão).
será verdadeira? A resposta é NÃO, pois depois de Resposta: B
colocarmos o quantificador,
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e (CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a
podemos jul- gar, logo, é uma proposição lógica. proposi-
∀
ção ( x) (x ∈ ∃ R) ( y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como
• Quantificador existencial ( )∃ V.
O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:
Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números
reais
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos
Exemplo: reais (R) tal que x + y = x.
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase – 1º passo: observar os quantificadores.
é: X está relacionado com o quantificador universal, logo,
todos
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é
ne-
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a
propriedade.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos
elementos
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
termos co- muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte – 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
∃
forma simbólica: ( (x)) (A (x) ∧ B). A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
Aplicando temos: X + 0 = X.
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma ( x) ∃ Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor
∈ x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o
de
item
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N
tal que x + 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar está cor- reto.
de x, a sentença será verdadeira? Resposta: CERTO
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o
quantificador,
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e
podemos julgar, logo, é uma proposição lógica.
ATENÇÃO:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é
B”
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A
é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.
Exemplos:
Todo cavalo é um animal. Logo,
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
(C) Todo animal é cavalo.
(D) Nenhum animal é cavalo. 95
MATEMÁTICA
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ANOTAÇÕES
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______ ______
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HISTÓRIA GERAL
Participação do Brasil: na Primeira Guerra Mundial, o Brasil Principais resultados pós Segunda Guerra Mundial
esteve neutro, porém, em 1942, as circunstâncias se modificaram Surgimento de superpotências: Estados Unidos,
capitalista, e quando o então presidente norte americano, Franklin Roosevelt, União Soviética, comunista.
visitou o país. Na ocasião, o acordo estabelecido foi de que o Brasil Enfraquecimento da Europa: as potências europeias,
mesmo as concederia a base aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, e, em que saíram vitoriosas no conflito, não tinham
mais capacidade de contrapartida, os Estados Unidos ofereceriam empréstimos para preservar suas colônias nos
continentes asiático e africano, dando que Getúlio Vargas pudesse dar continuidade à sua política de in-margem ao processo
de descolonização e independência
vestimento na indústria de base. Dessa forma, o Brasil, apesar de Desnazificação da Alemanha: o território alemão, incluindo
sua simpatizante do nazifascismo, declarou guerra ao Eixo, pondo fim capital, Berlim, sofreu divisão nas regiões de domínio
das nações às suas relações diplomáticas com os alemães. Além disso, o Brasil triunfantes, e houve a destruição de
símbolos relacionados a Hitler enviou guerrilhas para o conflito na Europa, criando, inclusive, em e ao nazismo. Os adeptos à
doutrina foram julgados e condenados 1944, a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que foi mandada para à pena capital,
no Tribunal de Nuremberg.
combate contra as guarnições italianas nazistas.Criação da Organização das Nações Unidas: a despeito do in- sucesso da
Liga das Nações (instituição mundial constituída assim
Primeira fase da Segunda Guerra Mundial (de 1939 a 1942): que a Primeira Guerra Mundial se encerrou) em assegurar a
paz
- no primeiro ano da guerra, as tropas nazistas embrenharam-mundial e prevenir um novo conflito de iguais proporções,
conser-
-se pelo território europeu, sendo que no ano seguinte, as guarni-vou-se a esperança de um órgão internacional que tivesse
o mes- ções nazistas já tinham invadido a maior parte da França. mo propósito. Assim, em 1945 foi criada a Organização
das Nações - a rendição francesa fazia parte do revanchismo alemão, sendo Unidas, cujos objetivos eram prevenir a
ocorrência de uma nova
que Hitler exigiu que fosse assinada no mesmo local (um vagão de guerra mundial e garantir o cumprimento e a defesa dos
Direitos trem) que tinha acontecido a rendição dos alemães, no fim da Pri-Humanos.
meira Guerra Mundial. Início da Guerra Fria: antes 98
mesmo do fim da Segunda Guerra - aviões alemães atacaram a
Inglaterra.Mundial, União Soviética e Estados Unidos já delineavam suas di-
- a reação inglesa teve início somente em 1940, quando Wins-vergências a respeito do cenário global a se formar no pós-
guerra.
ton Churchill foi nomeado primeiro-ministro. Assim, americanos e soviéticos entraram em um conflito ideológico,
HISTÓRIA GERAL
ou seja, iniciava-se, em 1947, a Guerra Fria. Os armamentos nucle-Checoslováquia, Albânia, Bulgária, Romênia, Polônia e
Hungria. A ares passaram a ser disputados diplomaticamente e em forma de Iugoslávia, embora de regime socialista, era
independente da União intimidação. Soviética.
Deposição do governo brasileiro: em terras brasileiras, o re-Parte Ocidental: dominada especialmente pelos norte-ameri-
torno dos militares da Força Expedicionária Brasileira revelou uma canos e ingleses, essa região permaneceu sob
dominação dos Esta- grande contradição. Da mesma forma que soldados brasileiros ha-dos Unidos. Nessa área,
estabeleceram-se as chamas “democracias
viam combatido contra a ditadura nazifascista, o país era conduzido liberais”, sendo Portugal e Espanha as únicas exceções.
por um governo autoritário. Ao retornarem do continente europeu,
os oficiais gozavam de alta popularidade e entusiasmados por parti-Formação de Alianças político-militares: a Guerra Fria
levou cipação na vida política. Assim, em novembro de 1945, os militares à elaboração da OTAN e do Pacto de Varsóvia,
cuja finalidade era encerraram a ditadura do Estado Novo, destituindo o presidente proteção bilateral entre os membros.
Getúlio Vargas. - Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN: foi ins- tituída em 1949 e, na ocasião, era integrada por
Bélgica, Canadá,
A GUERRA FRIADinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Itália, Luxemburgo,
Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido. Posteriormente,
ingressaram Alemanha Ocidental Grécia e Turquia, completando a
A GUERRA FRIAoposição da Europa Ocidental ao regime soviético.
O conflito geopolítico travado por Estados Unidos e União So-- Pacto de Varsóvia: criado pela União Soviética como retalia-
viética foi motivado
capitalismo na pela disputa pela supremacia internacional en-ção à OTAN, tinha o objetivo de obstruir o avanço do
tre essas duas superpotências que emergiram no final da Segunda área que estava sob seus domínios. No ano de sua
fundação, 1955,
Guerra
Oriental,Mundial.
Bul- De 1947 a 1991, essas duas nações e seus aliados tinha como afiliadas as nações da Albânia, Alemanha
(Bloco Ocidental e Bloco Oriental, respectivamente) enfrentaram gária, Hungria, Polônia, Romênia e Tchecoslováquia
um período de tensão político-militar, que, por pouco, não resultou
em combate direto. Disputas na Guerra Fria
• Levantamento do muro de Berlim (1961): o muro dividiu a
Início da Guerra Fria capital alemã em duas áreas, sendo Berlim Oriental e Berlim Oci-
- Discurso do presidente americano: o primeiro fato que levou dental. O propósito dessa construção eracidadãos
impedir que
da
ao conflito ocorreu dois anos após o fim da Segunda guerra Mun-parte socialista migrassem para a Alemanha Ocidental, à
procura de
dial, quando Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, procla-melhores condições de vida.
mou um discurso contra a influência soviética e o comunismo, e • Crise dos Mísseis (1962): a iniciativa soviética de instalar
declarou
uma sériaintervenção americana nos países não democráticos e em bases e lançar mísseis em território cubano consistiu
defesa dos países livres que se posicionassem com resistência às e constante ameaça para o governo norte-americano.
Porém, tal
investidas de domínio externo, pretensão não se concretizou, pois os Estados Unidos responderam
- Plano Marshall: ainda em 1947, George Marshall, secretário imediatamente, bloqueando as operações navais sobre o alvo,
que,
de Estado
havia ado- norte americano, lançou um plano de proposta de auxílio a propósito, era a única nação localizada na América que
econômico às nações do ocidente europeu, tendo em vista que o tado o socialismo. Tal ocasião significou uma real
oportunidade de
crescimento
das tensas dos partidos políticos esquerdistas era intensamente ocorrer uma terceira guerra mundial. No entanto, apesar
impulsionado pela crise disseminada e pelo alto índice de desem-negociações, a União Soviética renunciou em seu
propósito, e, em
prego,
mesmaeforma,
os Estados Unidos receavam a perda de seus aliados (Boco contrapartida, o governo norte-americano agiu da
Ocidental) para a União Soviética. desistindo de suas bases no país da Turquia.
- Kominform: organismo criado pela União Soviética em respos-• Corrida Espacial (1957-1969): iniciada no final dos1950,
anos
ta ao plano norte americano, cujo objetivo era obter a associação a corrida espacial demandou muito estudo, tempo e
capital por
dos
cadamais
umaimportantes partidos comunistas da Europa e, ademais, parte das duas superpotências conflitantes. O objetivo de
manter os países que estavam sob seu domínio longe da superiori-era dominar o espaço e a órbita terrestre. O
desenvolvimento de
dade estadunidense, originando o Bloco Cortina de Ferro. armas de longo alcance, como escudos espaciais e mísseis
intercon-
- Criação do Comecon: surgido em 1949, era um tipo de Plano tinentais também faziam parte do propósito. A União Soviética
99
saiu
Marshall, só que socialista. na frente com o lançamento dos satélites Sputnik, em 1957; porém,
os americanos venceram essa “corrida” em 1969, conseguindo fa-
A expressão Guerra Fria: o período ficou conhecido por esses zer o homem pisar na lua pela primeira vez.
HISTÓRIA GERAL
4. (UPENET/IAUPE - 2017 - Prefeitura de Pombos - PE -
GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS Profes-
sor História) O Renascimento, movimento cultural, que se
desen- volveu no século XIV, se expandiu da Itália para
GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
várias partes do continente Europeu. Nesse ambiente de
Relação entre Globalização e políticas neoliberais: o
efervescência de ideais, desenvolveu-se o humanismo, e
termo globalização imediatamente remete à ideia de um
sua divulgação foi permitida, em grande parte, pelo
sistema capita- lista, profundamente baseado no
aperfeiçoamento da imprensa, que teve Johan- nes
comunismo e na exploração do proletariado. Recorrendo
Gutenberg (1400-1468) como um dos maiores
às teorias de marxista, é possível com- preender a origem
responsáveis. São características do Renascimento:
da globalização e como as políticas neoliberais
(A) Valorização do passado feudal, teocentrismo,
concorreram para que, atualmente, seja possível a livre
individualis-
iniciativa de comércio. Os discursos neoliberalistas
mo.
estabeleceram as estru- turas políticas para alcance do
(B) Nova visão de tempo, racionalismo, valorização da
nível de globalização que se exerce atualmente. Os
cultura
propósitos desse neoliberalismo eram a redução do
mesopotâmica.
protecionismo e a abertura dos mercados. Assim, sendo a
(C) Antropocentrismo, valorização do passado greco-
globa- lização compreendida como uma expansão
romano,
mercadológica, as po- líticas neoliberalistas combatem o
individualismo.
protecionismo, favorecendo o livre mercado, a diminuição
(D) Racionalismo, marxismo, positivismo.
de obstáculos e de tarifas, contribuindo intensamente para
(E) Positivismo, teocentrismo, valorização do passado greco-
uma significativa expansão no processo de glo- balização.
ro-
Resumindo, a globalização que experimentamos hoje é o
mano.
fruto do discurso político econômico pautado no
neoliberalismo. Neoliberalismo: modelo político-
5. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova
econômico surgido na Segun-
2) A Revolução Industrial teve início no século XVIII e
da Guerra Mundial busca o resgate das perspectivas de
transformou eco- nômica e socialmente boa parte do
sociedade livre e de mercado aberto, bem como recuperar
Ocidente ao longo de suas fa- ses. Tendo essa informação
os propósitos e estimativas do Liberalismo econômico,
como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, que
preconizado nos séculos XVI e XVII, por John Locke e
dizem respeito ao referido período e aos seus
Adam Smith.
desdobramentos.
Ao mesmo tempo em que serviu como fator de
Ausência total do Estado: a principal característica do
QUESTÕES aproximação entre países distintos, a Revolução Industrial
neolibe- ralismo está fundamentada na defesa de que a
ampliou as desigual-
intervenção estatal rompe com a liberdade das transações
dades econômicas, sociais e políticas.
1. (AGIRH - 2019 - Prefeitura deeconômicas,
Lavrinhas - especialmente
SP - Professor ( ) CERTO
na livre iniciativa privada. PEB ( ) ERRADO
II - História) Ocorrida de 1914 a 1918, a primeira guerra
mundial teve como fatores: 6. (CESPE - 2010 - Instituto Rio Branco - Diplomata - 2ª
(A) Conflitos imperialistas devido ao desejo de exploração Etapa
do C) A Revolução Industrial começou na Inglaterra na
continente americano; segunda metade do século XVIII. A respeito desse
(B) Aplicação de ideias neoliberalistas na Europa através da assunto, assinale a
im- opção correta.
posição militar; (A) Como a Inglaterra foi pouco beneficiada pela Revolução
(C) Conflitos pela expansão territorial e pelo monopólio Co- mercial, a Revolução Industrial veio a oferecer-lhe
capi- oportunida-
talista; de para recuperar seu relativo atraso econômico.
(D) Disputas imperialistas que levaram a exploração de (B) À época, a população inglesa era equivalente, em
rique- número,
zas e opressão dos povos dos continentes africano e à da França, embora a Inglaterra tivesse dimensões bem
asiático; me-
nores.
2. (CESPE / CEBRASPE - 2006 - Instituto Rio Branco - (C) O carvão, o ferro - as duas grandes riquezas da Inglaterra
Diplomata - já
- 2ª Etapa DELTA) Na Segunda Guerra Mundial, o Japão eram fartamente exploradas no início da Revolução.
aliou-se à Alemanha, tal como já fizera na Primeira Guerra. (D) O fato de ter um sistema financeiro ainda precário não
( ) CERTO im- pediu que a Inglaterra levasse adiante seu processo de
( ) ERRADO indus-
trialização.
3. (CESPE - 2018 - SEDUC-AL - Professor - História) A (E) A Inglaterra não dispunha de recursos agrícolas e
respeito florestais
das transformações da sociedade europeia entre os suficientes para as suas necessidades.
séculos XV e XVIII, julgue o próximo item.
O fenômeno cultural do Renascimento ocorreu100 7. (IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - História) Segundo
predominante- Um- berto Eco (1989): É verdade, a Revolução Francesa foi
mente no leste europeu. antecipada por outros fenômenos como o habeas corpus
( ) CERTO inglês. Mas os ingle- ses, isso é sabido, permanecem em sua
( ) ERRADO própria casa e, se conquista- ram o habeas corpus, ficaram
HISTÓRIA GERAL
Considerado a citação exposta acima, indique qual Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
influência con- siderando aspectos históricos marcantes do sécu l o
que a Revolução Francesa teve em outros contextos: XX, contingen- ciadores da política internacional praticada
I. A revolução Inglesa foi urbana e industrial, a Revolução no período, julgue os
Fran- itens seguintes.
cesa realizou-se no campo, por isso não atentou às questões No pós-Segunda Guer ra e ao longo dos anos 50 do século
relati- vas ao habeas corpus. XX, coincidindo com a “ era de ouro” mencionada no texto, o
II. A Revolução Francesa entusiasmou o continente sistema de Bretton Woods funcionou sem mai o res
Europeu, influenciou movimentos emancipacionistas como atropelos. Contudo, na d écada de 60, ele começou a ser
a Revolução Hai- fortemente pressionado em fun- ção, sobretudo, do déficit
tiana e a Conjuração Baiana; em conta-corrente que o s E UA passaram a registrar,
III. A Revolução Inglesa do século XVII não influenciou processo acelerado em larga medida pelas d espesas
imedia- tamente nenhuma mudança no mundo Ocidental, com a guerra no Vietnã.
diferentemente ( ) CERTO
do contexto francês; ( ) ERRADO
IV. Os efeitos da Revolução Francesa, iniciada em 1789,
encon- 10. (AMEOSC - 2021 - Prefeitura de Bandeirante - SC -
traram um mundo mais receptivo às mudanças sociais. Professor
de História) Um dos grandes autores do iluminismo foi o
Estão corretos os itens: autor da obra O espírito das leis, publicada em 1748. Sua
(A) I e II discussão central é que há necessidade de separar os
(B) I, III, IV poderes políticos para que não haja abuso de poder. Além
(C) I, II e III disso, as leis não podem ser justas ou injustas, apenas
(D) II, III e IV inadequadas a um povo, tempo ou lugar. O autor da
conhecida obra, referencia do iluminismo europeu é:
8. (Cepros - 2016 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicio- (A) François Bouchot.
nal-2017.1- AGRESTE) A Revolução Francesa contribuiu (B) Voltaire.
para o for- talecimento da burguesia e a construção de uma (C) Jean-Jacques Rousseau. GABARITO
sociedade com (D) Barão de Montesquieu.
mais liberdade. A Revolução Francesa trouxe:
(A) a diminuição dos poderes da nobreza e a afirmação da 1 D
de- 2 ERRADO
mocracia.
3 ERRADO
(B) o debate mais profundo e prático sobre as ideias
iluminis- 4 C
tas. 5 CERTO
(C) o estabelecimento de uma república popular governada
6 E
por
Danton. 7 D
(D) o fortalecimento do nacionalismo com a manutenção 8 B
da
9 CERTO
monarquia.
(E) o fim do sistema feudal e a decretação de direitos 1 D
iguais 0
para homens e mulheres.
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HISTÓRIA DO BRASIL
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GABARITO
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1 C
______
2 C
3 CERTO ________________________________________________
4 E ______
5 B
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6 A
7 C ______
8 CERTO ________________________________________________
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ANOTAÇÕES ________________________________________________
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______ ______
GEOGRAFIA GERAL
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
111
GEOGRAFIA GERAL
6. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - 8. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-
PROFES- SOR - GEOGRAFIA)
SOR - GEOGRAFIA) Observe as figuras a seguir, que representam as transforma-
Leia o fragmento a seguir. ções no uso do solo no oeste da Bahia entre 1985 e 2000.
“Segundo as Nações Unidas, em 2017, pelo menos 1,8
milhão
de sírios foram forçados a fugir de onde viviam, muitas
vezes por causa de conflitos.
Esse processo de deslocamento pode ser explicado a partir
do conceito de __________, ou seja, um desenraizamento
no sentido de uma destruição tanto no sentido físico e
político quanto em um
sentido econômico e __________.
Um dos exemplos mais contundentes é o dos __________,
es-
ses “novos nômades” cada vez mais numerosos, onde
efetivamente só resta como alento, em meio à total
insegurança e fragilidade, a luta pela sobrevivência física
cotidiana.”
________________________________________________
(A) I, apenas.
(B) II, apenas. ______
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas. ________________________________________________
(E) I, II e III.
______
10. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA -
________________________________________________
PROFES-
SOR - GEOGRAFIA) ______
Em seus estudos populacionais, a Organização das Nações
Uni- ________________________________________________
das (ONU) emprega uma divisão do mundo em grandes
regiões, a saber, Ásia, África, Europa, América Latina e ______
Caribe, América do Norte e Oceania. ________________________________________________
Sobre as migrações internacionais na atualidade, segundo as ______
grandes regiões da ONU, assinale a afirmativa correta.
(A) A Ásia é a região de nascimento do maior número de ________________________________________________
mi-
grantes internacionais. ______
(B) A África é a região de nascimento do maior número de ________________________________________________
mi-
grantes internacionais. ______
(C) A América do Norte é a principal região de destino dos
GABARITO
mi- ________________________________________________
grantes internacionais.
1 migrantes internacionais
D ______
(D) A maioria dos nascidos na
2 A Europa ________________________________________________
vive em países situados fora dessa região.
3 E
(E) A maioria dos migrantes internacionais nascidos na ______
4 D América
Latina e Caribe vive em5 países situados ________________________________________________
C nessa região.
6 D ______
7 C ________________________________________________
8 A
______
9 C
1 A ________________________________________________
0 ______
________________________________________________
______
________________________________________________
______
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GEOGRAFIA GERAL
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GEOGRAFIA DO BRASIL
Relevo
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos se-
guintes professores:
Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para
determinar o que é um planalto ou uma planície.
Aziz Nacib Ab’Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou
seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgast
enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.
Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e
1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os
processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões
Sendo que:
- Planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão.
- Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos.
- Depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por pro-
cesso de erosão.
O território brasileiro é constituído, basicamente, por grandes maciços cristalinos (36%) e grandes bacias sedimentares (64%). Apro-
ximadamente 93% do território brasileiro apresenta altitudes inferiores a 900 m. Em grande parte as estruturas geológicas são muito
antigas, datando da Era Paleozóica à Mesozóica, no caso das bacias sedimentares, e da Era Pré-Cambriana, caso dos maciços cristalino
As bacias sedimentares formam-se pelo acúmulo de sedimentos em depressão. É um terreno rico em combustíveis fósseis, como car-
vão, petróleo, gás natural e xisto betuminoso. Os maciços são mais antigos e rígidos e se caracterizam pela presença de rochas cristalina
como granitos e gnaisses, e são ricos em riquezas minerais metálicas, como ferro e manganês.
O relevo brasileiro não sofre mais a ação de vulcões e terremotos, agentes internos, porém, os agentes externos, como chuvas, ventos,
rios, marés, calor e frio, continuam sua obra de esculpir as formas do relevo. Eventualmente, em determinados pontos do território brasi-
leiro podem-se sentir os reflexos dos tremores de terra ocorridos em alguns pontos distantes, como no Chile e Peru.
115
GEOGRAFIA DO BRASIL
Planalto Brasileiro
Uma das mais vastas regiões planálticas do mundo, estendendo- se do sul da Amazônia ao Rio Grande do Sul e de
Roraima ao litoral Atlântico. É dominado por terrenos cristalinos amplamente recobertos por sedimentos. Por motivos
didáticos e pelas diferenças morfoló-
gicas que apresenta, pode-se dividi-lo em três subunidades:
- Planalto Central: Abrange uma extensa região do Brasil Central, englobando partes do Norte, Nordeste, Sudeste e
principalmente
do Centro-Oeste. Apresenta terrenos cristalinos antigos fortemente erodidos e amplamente recobertos por sedimentos
paleozóicos e mesozóicos. Além de planaltos cristalinos, destacam-se as chapadas recobertas por sedimentos, como dos
Parecis, entre Roraima e Mato Grosso.
- Planalto Atlântico ou Planalto Oriental: Estende-se do Nordeste, onde é bastante largo, ao nordeste do Rio Grande do Sul.
Pode-se
também o dividir em duas subunidades distintas:
i) Região das Chapadas no Nordeste
ii) Região Serrana
- Planalto Meridional ou Arenito Basáltico: Abrange grande parte das terras da região Sul, o centro-oeste de São Paulo, o sul
de Minas Gerais e o Triângulo Mineiro, o sul de Goiás e parte leste do Mato Grosso do Sul, correspondendo às terras
drenadas pela bacia do rio Paraná. Predominam terrenos sedimentares, assentados sobre o embasamento cristalino, sendo
os terrenos mesozóicos associados a rochas vulcânicas, provenientes do derrame de lavas ocorrido nessa era. Essas rochas
vulcânicas, em especial o basalto e o diabásio, com o passar do tempo sofreram desagregação pela ação dos agentes
erosivos, dando origem a um dos solos mais férteis do Brasil, a chamada “terra roxa”. As áreas onde predominam
sedimentos paleozoicos e mesozóicos (arenitos), associados às rochas vulcânicas, constituem uma subunidade do planalto
Meridional. Outra subunidade é a Depressão Periférica, uma estreita faixa de terrenos relativamente baixos que predominam
arenitos, que se estende de São Paulo a Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. É no planalto Meridional que aparece
com destaque o relevo de “Cuestas”, costas (escarpas) sucessivas de leste para oeste.
Planície do Pantanal
Ocupando quase toda metade oeste do Mato Grosso do Sul e o sudeste do Mato Grosso, a planície do Pantanal se estende
para além
do território brasileiro, em áreas do Paraguai, Bolívia e extremo norte da Argentina, recebendo nesses países a denominação
de “Chaco”. Com terras muito planas e baixas (altitude média de 100 m), o Pantanal se constitui numa grande depressão
interior do continente que se inunda largamente no verão. Os pontos mais elevados da planície, que ficam a salvo das
cheias, levam o nome de “cordilheiras”, e as partes mais baixas, “baías” ou “lagos”.
116
GEOGRAFIA DO BRASIL
Planície Costeira
Estendendo-se por quase todo o litoral brasileiro, do Pará ao Rio Grande do Sul, é uma área de sedimentos recentes: terciários e qua-
ternários. Em alguns trechos, principalmente no Sul e Sudeste, a planície é interrompida pela proximidade do planalto Atlântico, dando
origem às falésias; em alguns pontos surgem as baixadas litorâneas, destacando-se a baixada Capixaba no Espírito Santo, a baixada Flu
minense no Rio de Janeiro, as baixadas Santista e de Iguape em São Paulo, a de Paranaguá no Paraná e a de Laguna em Santa Catarin
Fonte: www.sogeografia.com.br
Hidrografia
O Brasil é um país rico em rios e pobre em formações lacustres. Os rios brasileiros são predominantemente de planaltos, o
que deter-
mina um grande potencial hidrelétrico.
Nossas bacias apresentam como principais dispersores de água: Cordilheira dos Andes, Planalto Guiano e Planalto
Brasileiro. Os rios brasileiros são, direta ou indiretamente, afluentes do Atlântico, em consequência da presença da Cadeia
Andina, que impossibilita a pas-
sagem dos rios em direção ao Pacífico.
Quanto à foz, há uma predominância de estuários, exceto no caso do rio Parnaíba (foz em delta) e do Amazonas (mista =
delta + estu-
ário). Predomina o regime pluvial tropical (cheias de verão e vazantes de inverno).
O Brasil apresenta fundamentalmente nove bacias hidrográficas: Amazônia, Paraná, Tocantins, São Francisco, Paraguai,
Uruguai, Nor-
deste, Leste e Sudeste.
Em termos de tamanho e volume de água, as principais bacias hidrográficas brasileiras são:
- Bacia Amazônica: é a maior bacia fluvial do mundo. Cobre 46,93% do território brasileiro e ainda penetra na Bolívia, Peru,
Colômbia
e Venezuela. É formada pelo rio principal, o Amazonas, e por seus vários afluentes.
- Bacia do Paraná: cobre 10% do país e faz parte da Bacia Platina. É formada pelo rio principal, o Paraná, e destaca-se pelo
seu potencial
hidrelétrico, em virtude da sua localização favorável: na região Sudeste do país (maior mercado consumidor de energia do
país).
- Bacia do Tocantins-Araguaia: com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia
hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná
(GO), enquanto o Araguaia
nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e
alumínio.
- Bacia do São Francisco: abrange cerca de 7,5% do território brasileiro. Nasce ao sul de Minas Gerais (Serra da Canastra) e
é formada pelo rio principal, o São Francisco, e seus inúmeros afluentes. É a maior bacia hidrográfica genuinamente
117 brasileira. Seu principal trecho
navegável está entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). E entre esses pontos, acham-se as eclusas da usina de Sobradinho.
- Bacia do Paraguai: destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga. Assim, torna-se
importan-
te para a integração dos países do Mercosul. Suas águas banham terras brasileiras, paraguaias e argentinas.
- Bacia do Uruguai: é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do
GEOGRAFIA DO BRASIL
- Bacia do Nordeste: abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capi-
baribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Mara
nhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transport
dos produtos agrícolas da região.
- Bacia do Leste: assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande porte e importância regional. Entre eles,
temos os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O rio Paraíba do Sul, p
exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos aproveit
mentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional.
- Bacia do Sudeste-Sul: é composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem
importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d’água e geração de energia elétrica.
Clima
Uma das primeiras realidades que se evidenciam, quando se examina a colocação no Brasil no planisfério terrestre, é sua localização
na faixa intertropical.
Cortado ao norte pela linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil é um país quase inteiramente tropical.
Cerca de
92% do seu território se localiza na zona intertropical. Sua localização na área de maior aquecimento solar da superfície
terrestre é respon- sável, juntamente com outros fatores, pela predominância dos climas quentes, mas que apresenta
variações e dá origem a vários subtipos climáticos, em função da altitude, da continentalidade (maior ou menor distância em
relação à costa) e da maritimidade que favorece a visita constante das massas de ar, de origem tanto tropical como polar.
Do ponto de vista físico, dois fatores são responsáveis por ser o clima brasileiro predominantemente tropical:
- Sua posição geográfica na faixa intertropical.
- A modéstia de seu relevo, na sua quase totalidade, com altitudes inferiores a 1.300 m, com muita pouca influência na
caracterização
climática geral do país.
118
GEOGRAFIA DO BRASIL
Apenas a região Sul foge à regra, não chegando, porém, nem a se caracterizar seu clima como tipicamente temperado,
sendo muito mais de transição (subtropical), nem a influir decisivamente no quadro geral dos climas brasileiros, já que essa
região abrange pouco mais
de 10% do nosso território.
Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros: Subtropical, Semiárido, Equatorial úmido, Equatorial semiúmido,
Tropical e
Tropical de altitude.
- Clima subtropical: As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação de temperatura entre verão e
inverno, não possuem uma estação seca e as chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das
áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, com temperaturas médias anuais nunca
superiores a 20ºC. A temperatura mínima do mês
mais frio nunca é menor que 0ºC.
- Clima semiárido: O clima semiárido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta longos períodos secos e chuvas
ocasionais concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A
vegetação típica desse tipo
de clima é a caatinga.
- Clima equatorial úmido: Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias pluviométricas são altas,
sendo as chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da
evapotranspiração, garante-se a
umidade constante na região. É o clima predominante no complexo regional amazônico.
- Clima equatorial semiúmido: Uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial semiúmido, que também é
quente,
mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar que
levam as mas- sas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a novembro. Este tipo de clima diferencia-se do
equatorial úmido por essa média pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a chuvosa, com
maior duração, e a seca.
- Clima tropical: Presente na maior parte do território brasileiro, este tipo de clima caracteriza-se pelas temperaturas altas. As
tempe- raturas médias de 18 °C ou superiores são registradas em todos os meses do ano. O clima tropical apresenta uma
clara distinção entre a
temporada seca (inverno) e a chuvosa (verão). O índice pluviométrico é mais elevado nas áreas litorâneas.
- Clima tropical de altitude: Apresenta médias de temperaturas mais baixas que o clima tropical, ficando entre 15º e 22º C.
Este clima
é predominante nas partes altas do Planalto Atlântico do Sudeste, estendendo-se pelo centro de São Paulo, centro-sul de
Minas Gerais e pelas regiões serranas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As chuvas se concentram no verão, sendo o
índice de pluviosidade influenciado pela proximidade do oceano.
Vegetação
O Brasil apresenta uma grande variedade de paisagens vegetais, por sua grande extensão territorial e pela influência de
vários fatores:
clima, solo, relevo, fauna e ação humana.
Fonte: www.sogeografia.com.br
O fator mais importante é o clima, que exerce grande influência na distribuição dos vegetais, através da temperatura, umidade, pressão
atmosférica e insolação.
Higrófitos: vegetais adaptados aos ambientes de elevada quantidade de água (comuns nas regiões de clima tropical super úmido ou
equatorial).
Xerófitos: vegetais adaptados aos ambientes com pouca água (comuns nas áreas do semiárido nordestino).
Normalmente, as formações vegetais são divididas de acordo com o porte dos vegetais que as compõem. Assim, podemos ter:
- Formações arbóreas ou florestais (grande porte);
- Formações arbustivas (médio porte);
- Formações herbáceas (pequeno porte).
119
GEOGRAFIA DO BRASIL
Formações florestais- Acesso a tratamento médico;
Originalmente eram as predominantes em nosso território, ten-- Saneamento básico.
do sofrido ao longo dos tempos intensa devastação, o que levou
largas áreas, principalmente próximas ao litoral, a perder quase to-Para conhecer a população de um país, devemos,
primeiramen- talmente sua cobertura original. É o caso do estado de São Paulo, te, definir dois conceitos demográficos
básicos:
que hoje não chega a ter 3% do seu território ocupado por vegeta-- População absoluta: corresponde ao número total de
pessoas ção florestal nativa. As principais formações vegetais do território de uma área. No Brasil, por exemplo, a população
absoluta era de brasileiro são: 190.755.799 pessoas, pelo censo de 2010.
- Floresta Latifoliada Equatorial (pluvial): Trata-se da Floresta - População relativa: é também chamada de densidade demo-
Amazônica, batizada de Hiléia por Humboldt. É a maior floresta gráfica e é dada pelo número de habitantes por quilômetro
quadra-
úmida do mundo em variedade e quantidade de espécies vegetais. do de uma determinada região.
Cobre uma área superior a 6 milhões de km2, dos quais cerca de 4 O declínio da mortalidade deve-se, em grande parte, à
dimi- milhões em território brasileiro. Sua vegetação predominante é do nuição da mortalidade infantil, isto é, dos óbitos de
crianças com tipo higrófila, heterogênea, densa e latifoliada (vegetais com folhas menos de um ano de idade. Em 1970, a
taxa era de cem mortes em largas).cada mil nascimentos vivos; em 1980, caiu para setenta por mil; em
- Floresta Latifoliada Tropical: Originalmente ocupava toda área 1991, para 45 por mil; e no ano de 2000, para 35 por mil.
do litoral brasileiro. Era estreita no Nordeste, alargava-se no Sudes-Em relação aos países desenvolvidos, este índice ainda
é ele- te, e no Sul voltava a se estreitar. Composta por inúmeras espécies, vado. Por isso, programas de combate à
mortalidade vêm sendo de vegetação bastante densa (menos que a Floresta Latifoliada implementados tanto pelo governo
quanto por entidades privadas Equatorial), foi intensamente devastada pela lógica de ocupação do A taxa de mortalidade
infantil no Brasil está baixando, confor- espaço adotada ao longo da história econômica do país.me indicadores. A queda da
mortalidade infantil indica aumento no - Floresta Subtropical (araucária): Também conhecida como percentual de adultos e
melhorias na expectativa de vida, que em Mata dos Pinhais, é mais aberta e homogênea que as duas forma-1950 era de
mais ou menos 46 anos e, em 2018, chegou a 76 anos
ções mencionadas anteriormente. É formada principalmente pela (IBGE).
Araucária Angustifolia, espécie de pinheiro, e por algumas espécies
associadas, incluindo as do tipo latifoliada, como a Imbuia, Canela, Migrações populacionais
Cedro etc. Originalmente ocupava os planaltos de clima tropical de As migrações populacionais remontam aos tempos pré-
histó- altitude em São Paulo e Paraná, até as áreas de clima subtropical do ricos. O homem parece estar constantemente à
procura de novos Rio Grande do Sul. Sua intensa exploração levou a ser considerada horizontes. As razões que justificam as
migrações são inúmeras extinta pelo IBDF (Instituto Brasileiro de Defesa Florestal) em 1985.(político-ideológicas, étnico-
raciais, profissionais, econômicas, ca- tástrofes naturais, entre outras), ainda que as razões econômicas
Formações herbáceassejam predominantes.
Como principais exemplos deste tipo de formação vegetal te-A grande maioria das pessoas migra em busca de melhores
con- mos:dições de vida. Todo ato migratório apresenta causas repulsivas (o - Campos ou Pradarias: Predominam espécies
rasteiras do tipo indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas (o indivíduo é atraído
gramínea, caracterizada por pequenos arbustos espalhados pelo por determinado lugar ou país).
terreno. Quando grandes áreas do terreno são cobertas pelo tipo Considera-se emigração como a saída de uma área para
ou- de vegetação predominantemente de espécies gramíneas, tem-se tra; imigração é a entrada de pessoas em uma
área. As migrações a formação de campos limpos; quando aparecem arbustos, trata-se podem ser internas, quando
ocorrem dentro do país, e externas, de campos sujos. quando ocorrem de um país para outro. Ainda podem ser perma-
- Cerrado: Trata-se de vegetação predominantemente arbusti-nentes ou temporárias.
va, encontrada em quase todo Brasil Central, cobrindo particular-
mente o Planalto Central. Seus arbustos de galhos retorcidos po-Movimentos migratórios no Brasil
dem aparecer espalhados ou em formações compactas.Externos
- Caatinga: Vegetação típica do semiárido nordestino, formada Até 1934, foi liberada a entrada de estrangeiros no Brasil. A
por espécies xerófitas, representada pelas espécies de cactáceas e partir dessa data, ficou estabelecido que só poderiam
imigrar 2% bromeliáceas.de cada nacionalidade dos estrangeiros que haviam migrado entre
- Formação Litorânea: formada pelo mangue, é uma paisagem 1884 e 1934.
vegetal típica de litorais tropicais como o nosso. Ocorre em terrenos Os fatores que mais favoreceram a entrada de
imigrantes no baixos que sofrem a ação das marés ou da água salobra. Suas espé-Brasil foram:
cies vegetais são geralmente arbustivas, adaptadas a ambientes de - A dificuldade de encontrar escravos após a extinção do
tráfico, grande umidade (higrófilos) e grande acidez (halófilo).depois de 1850;
- O ciclo do café, que exigia mão de obra numerosa;
A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ES-- Abundância de terras.
TRUTURA E MOVIMENTOS
Para a maior parte dos imigrantes, a adaptação foi muito difí-
cil, pois além das diferenças climáticas, da língua e dos costumes,
O crescimento da população brasileira, nas últimas décadas, não havia no país uma política firme que assegurasse garantias
as
está ligado principalmente ao crescimento vegetativo (ou natural). pessoas que aqui chegavam. As regiões sul e sudeste
foram as que A queda nesse crescimento apresenta outras justificativas que me-receberam maior contingente de imigrantes,
principalmente por recem atenção.causa do ciclo do café e povoamento da região sul.
- Maior custo para criar filhos;
- Acesso a métodos anticoncepcionais;Internos
- Trabalho feminino extradomiciliar;Em nossa história, os principais movimentos migratórios foram:
120
GEOGRAFIA DO BRASIL
- Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e
XVII (gado); - Migração de nordestinos e paulistas para Minas Gerais,
século XVII (ouro);
- Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café);
- Migração de nordestinos para a Amazônia, devido ao ciclo da borracha;
- Migração de nordestinos para Goiás, na década de 1950 (construção de
Brasília);
- Migrações de paulistas para Rondônia e Mato Grosso, na década de
1970.
Fonte: www.sogeografia.com.br
Os movimentos migratórios mais intensos nas décadas de 1980 e 1990 foram nas regiões:
- Centro-oeste: Brasília e arredores; áreas do interior do MT, MS e GO, onde ocorre a expansão da pecuária e da agricultura comercial.
- Norte: zonas de extrativismo mineral em RO, AP e PA; zonas madeireiras no PA e AM; áreas agrícolas em RO e AC.
- Sudeste: migrações das capitais para o interior dos estados de SP, RJ e MG.
- Sul: até o final da década de 1980, os movimentos emigratórios para o centro-Oeste e norte foram muito significativos. Na década de
1990, houve forte migração intraestadual, principalmente das metrópoles para o interior.
- Nordeste: tradicionalmente, o Nordeste era uma área de evasão populacional, principalmente do sertão para a Zona da Mata ou
outras regiões do país, como sudeste e centro-oeste. Atualmente, há uma atração devido os incentivos fiscais dos estados às empresa
de fora, mão de obra barata e turismo.
Essa organização é apresentada em gráficos cartesianos, em que na abscissa (horizontal) são colocadas as populações por milhões,
divididas em homens e mulheres, cada qual ficando de um lado da ordenada (vertical), onde é colocada uma tabela de idades, dividida e
faixas de 5 em 5 ou de 10 em 10 anos. Esses gráficos cartesianos são chamados de pirâmides etárias. Normalmente, as faixas resultante
são divididas em três partes ou faixas etárias:
- População jovem: 0 a 19 anos.
- População adulta: de 20 a 59 anos.
- População idosa: acima de 60 anos.
A pirâmide etária do Brasil tem sua base larga e vai estreitando-se até atingir o topo. Isso significa que o número de idosos é relativa-
mente pequeno. O gráfico do Brasil demonstra que, mesmo com todo o crescimento, continuamos a ser um país jovem, pois no caso dos
países mais desenvolvidos, a base da pirâmide costuma ser menos larga e o topo mais amplo.
121
GEOGRAFIA DO BRASIL
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
PEA (População Economicamente Ativa)
É a população que exerce atividade remunerada nas formas da lei. Nos países desenvolvidos, os ativos são predominantemente a po-
pulação adulta, enquanto nos subdesenvolvidos tanto os jovens quanto os idosos trabalham juntamente com os adultos.
O processo industrial brasileiro, sobretudo após a II Grande Guerra, beneficiou consideravelmente o Sudeste, cujas
condições naturais
e históricas impulsionaram seu desenvolvimento. Destacam-se a existência de uma maior concentração populacional e, por
conseguinte, de uma maior oferta de mão-de-obra, principalmente no eixo Rio-São Paulo, e também a melhoria nas
condições infraestruturas (estradas de ferro, rodovias, portos, rede bancária). Essa concentração vai acentuar-se ainda mais,
fazendo convergir para a região Sudeste a pola- rização da economia nacional. Como indústria atrai indústria e como era a
indústria que passava a comandar a vida econômica brasileira, depois de 1940 o Sudeste ampliou ainda mais a sua
influência a partir de dois núcleos: São Paulo, mais importante centro econômico do país, e Rio de Janeiro, capital federal.
Essa área, a mais dinâmica do país pela diversificação das atividades industriais, constitui-se num autêntico polo de
desenvolvimento.
122
GEOGRAFIA DO BRASIL
Como decorrência do processo, ampliaram-se as diferenças processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento
urba- regionais, cujos problemas procurou-se diminuir por meio de ór-no, o planejamento da paisagem, o desenho urbano, a
geografia,
gãos governamentais, com destaque para a criação da Sudene (Su-entre outras.
perintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), da Sudam A urbanização no Brasil teve seu início na década de
1950, a (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) e da Zona partir do processo de industrialização, que
funcionou como um dos Franca de Manaus.fatores fundamentais para o deslocamento da população da área Outra
característica importante da industrialização brasileira é rural (êxodo rural) em direção à área urbana. Este processo
aconte-
sua distribuição. As indústrias concentram-se principalmente na re-ceu de maneira rápida e desordenada ao longo do século
XX, com gião Sudeste. Contudo, dentro dessa região, destaca-se o estado de a grande migração da população, em busca
das oportunidades ofe- São Paulo, pois concentra quase a metade da população operária recidas pelas cidades.
do país e produz mais de 55% do valor da produção total. Na região O crescimento e o desenvolvimento do Brasil
impulsionaram o Sudeste, destacam-se como áreas industriais:surgimento de diversas cidades, sobretudo com a
implementação - a Grande São Paulo (a cidade de São Paulo e mais 36 municí-de várias indústrias, que permitiram novos
empregos, atraindo a pios);população que vivia no campo para as cidades. No entanto, esse - a Baixada Santista,
principalmente o município de Cubatão;processo não aconteceu da mesma forma em todo o país. Algumas
- a região de Campinas e Jundiaí;regiões brasileiras urbanizaram-se mais do que outras em razão das
- Sorocaba (denominada a Manchester Paulista), com a indús-políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e
outras
tria têxtil;não). As regiões sul e sudeste destacam-se porque possuem uma
- Americana;concentração maior de áreas urbanas.
- Mogi das Cruzes, centro poli industrial, destacando-se a indús-A região sudeste, por exemplo, por concentrar a maior parte
tria metalúrgica;das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios - a cidade do Rio de Janeiro, que tem,
nas regiões próximas a vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Na região
ela, áreas poli industriais; Petrópolis e Nova Friburgo (cidade mo-centro-oeste, o processo de urbanização teve como
principal fator a noindustrial têxtil); Volta Redonda, a cidade do aço, situada a meio construção de Brasília, em 1960, que
atraiu milhares de trabalhado- caminho entre os grandes centros consumidores (São Paulo e Rio res, a maior parte deles
vindos das regiões norte e nordeste. Desde de Janeiro);o final da década de 1960 e início da década de 1970, o centro-oes-
- no estado de Minas Gerais, a “Zona Metalúrgica”. Trata-se de te tornou-se a segunda região mais urbanizada do país.
uma área que se desenvolveu basicamente em função de seus re-A urbanização na região sul foi lenta até a década de
1970, em cursos naturais (ferro e manganês). Compreende os municípios de razão de suas características econômicas de
predomínio da proprie- Sabará, Monlevade, Ipatinga, Itabira, Coronel Fabriciano, entre ou-dade familiar e da policultura,
pois um número reduzido de traba- tros.lhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
- A cidade de Belo Horizonte, que possui características de uma A região nordeste é a que apresenta a menor taxa de
urbaniza- capital industrializada. No seu subúrbio, instalou-se o Distrito In-ção no Brasil. Essa fraca urbanização está
sustentada no fato de que dustrial de Contagem. A situação da indústria em outras regiões Na dessa região partiram várias
correntes migratórias para o restante região Sul do país destaca-se como áreas industriais: Rio Grande do país e, além
disso, o pequeno desenvolvimento econômico das do Sulcidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria
população
- Porto Alegre se destaca na poli indústria, tendo Canoas e Es-rural.
teio como centros periféricos; Até a década de 60, a região norte era a segunda mais urbaniza-
- Caxias do Sul, São Leopoldo, Garibaldi, Bento Gonçalves desta-da do país. Porém, a concentração da economia do país
no Sudeste cam-se com indústrias vinícolas;e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o
- Novo Hamburgo concentra indústrias de vestuário e couro;crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
- Pelotas destaca-se com a monoindústria alimentar. Santa Ca-O êxodo rural foi muito intenso nas décadas passadas e a
mi- tarinagração dessas pessoas gerou um inchaço urbano em determinadas
- Joinville e as cidades do vale do Itajaí, onde se destaca Blume-regiões.
nau, são áreas poli industriais, mas nota-se a predominância de in-A falta de planejamento urbano, junto com o crescimento
de- dústrias de vestuário, alimentos, maquinário, porcelanas e cristais. sordenado, acarretaram em algumas consequências
para esses - Curitiba destaca-se com diversificação industrial, Guarapuava centros urbanos, tais como: problemas de
saneamento básico com a indústria de madeira e São José dos Pinhais, com a indústria (como tratamento de distribuição de
água e esgoto), congestiona- automobilística.mentos no trânsito (em razão da falta de espaço nas ruas), falta de moradias,
poluição ambiental, falta de áreas verdes (como praças
Urbanização1e bosques), indústrias e residências na mesma área (ocasionando
A urbanização é um processo de transformação das característi-problemas ambientais e de saúde), barulho, violência e
diversos
cas rurais de uma localidade ou região para características urbanas. outros transtornos que resultam em má qualidade de
vida para a Normalmente, a urbanização está relacionada ao desenvolvimento sociedade.
da civilização e da tecnologia. Nesse processo, o espaço rural trans-Também ocorreu no Brasil o planejamento urbano para
a cria- forma-se em espaço urbano e ocorre a migração populacional do ção de algumas cidades, entre elas a capital federal,
Brasília. O tipo campo-cidade.planejamento urbano tem como objetivo evitar os problemas que A urbanização é estudada por
ciências diversas, como a socio-ocorrem com as cidades que se desenvolvem velozmente e não têm
logia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abor-um acompanhamento adequado.
dagens diferentes
1 “Regiões sobre em
metropolitanas” o problema do crescimento
Só Geografia. das cidades.
Virtuous Tecnologia As
da Informa-
disciplinas que procuramem
ção, 2007-2020.Disponivel entender, regular, desenhar e planejar os
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/
GeografiaHumana/Urbanizacao/urbanizacao3.php
123
GEOGRAFIA DO BRASIL
Fontes de energia
Em nosso planeta, encontramos vários tipos de fontes de energia. Essas fontes podem ser renováveis ou esgotáveis. A energia solar e
a eólica (obtida através dos ventos), por exemplo, fazem parte das fontes de energia inesgotáveis.
Em contrapartida, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso
planeta, podendo acabar caso não exista um consumo racional. As fontes tradicionais de energia são esgotáveis (a maior parte delas).
Disso, resulta a necessidade de se encontrar modelos alternativos que contribuam com a produção mundial.
- Energia hidrelétrica: no Brasil, a grande disponibilidade de rios de planaltos e a carência de petróleo, carvão mineral e gás natural
levaram o poder público a optar pela hidreletricidade como principal matriz energética.
- Petróleo: Desde a perfuração do primeiro poço de petróleo na cidade de Lobato no estado da Bahia, a produção de petróleo no Brasil
vem crescendo continuamente. Possuindo em seu território treze refinarias, onze delas pertencentes à União, o Brasil é praticamente au-
tossuficiente no setor, necessitando importar menos de 20% do produto para atender às suas necessidades de consumo.
- Carvão: O carvão encontrado no território brasileiro não é coqueificável. Isso significa que ele se encontra numa fase geológica pre-
matura, não atingiu o estado de hulha, em que pode ser transformado em coque, uma massa porosa rica em carbono, resultante da dest
lação do carvão para produção de derivados plásticos, inseticidas, e ser utilizado como combustível nos altos-fornos das usinas siderúrgi
para a produção de ferro e aço. Portanto, o país tem de importar a maior parte do carvão mineral utilizado no país.
- Energia eólica: Gerada a partir do vento, grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que os movimentos delas geram
energia elétrica. É uma fonte limpa e inesgotável, e em expansão no Brasil. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiõe
nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. O desenvolvim
to da energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir
emissões de gases de efeito estufa e criar empregos.
Fonte: www.sogeografia.com.br
O setor terciário é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é
a presen-
ça de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o setor terciário foi o setor da
economia que mais se desenvolveu no mundo.
O Brasil é um país que apresenta uma economia sólida, é exportador de uma grande variedade de produtos, fato que
fortalece a econo-
mia. As atividades de agropecuária, indústria e serviços são bem atuantes e contribuem para o crescimento do PIB (Produto
Interno Bruto).
Contribuem para o crescimento econômico do país
- Principais produtos agrícolas produzidos no Brasil: café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja,
tabaco, milho,
mate.
- Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína.
124
- Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.
GEOGRAFIA DO BRASIL
- Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte - Queimadas: É uma das mais antigas técnicas para limpeza e
rodoviário, técnico-profissionais prestados as empresas, transporte preparo do solo para plantio e pastagem. A queimada é ainda lar-
de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aé-gamente praticada em nosso país, apesar das tentativas legais par
reos e alimentação.proibi-la e o trabalho de conscientização. É uma forma muito barata
- Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos de “limpar uma área”, mas certamente a mais nociva, pois ela em-
químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, pobrece o solo e consome seus nutrientes. A fumaça liberada causa
máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrô-danos à saúde, polui o meio ambiente e contribui para o aqueci-
nicos e produtos de papel e celulose.mento do planeta.
- Desertificação: A ação humana, por meio do desmatamento e
A atividade agrícola no Brasilde atividades agropecuárias e mineradoras predatórias, tem provo-
Desempenhou sempre papel de suma importância na economia cado o surgimento do fenômeno de desertificação de grandes áreas
brasileira e, ainda hoje, destaca-se a participação desse setor de em algumas regiões brasileiras. A desertificação provoca a perda
atividade na produção econômica nacional. Pode-se dizer que, em gradual de fertilidade biológica do solo e é resultado sobretudo do
termos reais, a agricultura é uma das bases mais importantes da cultivo inadequado da terra, associado a variações climáticas locais
economia brasileira, pois oferece trabalho para aproximadamente e a características do solo (pedregoso ou impermeável, com evapo-
1/3 dos trabalhadores brasileiros, produz 10% do PIB, matérias-pri-ração elevada por causa das altas temperaturas do clima semiárido,
mas para a crescente indústria nacional, alimentos; e, ainda, seus típico do interior nordestino).
produtos representam parcela significativa das exportações.- Poluição: Rios e lagos formam os ecossistemas de água doce
Observado as últimas décadas, ficou notório a acelerada mo-e são considerados o meio de vida natural mais ameaçado do pla-
dernização da agricultura, representada, essencialmente, pelo neta. Cerca de 80% dos esgotos do país não recebem nenhum tipo
emprego maciço de maquinaria no processo produtivo e pela uti-de tratamento e são despejados diretamente em rios, mares, lagos
lização, cada vez mais difundida, de insumos químicos. A articula-e mananciais.
ção crescente da agricultura com o setor industrial dominante da - Poluição do ar: A quantidade de resíduos tóxicos lançados pelo
economia, evidenciada nas características do processo produtivo tráfego excessivo de veículos e, em menor escala, pela atividade
ou na subordinação frequente às indústrias de processamento da industrial afeta cada vez mais a qualidade do ar, prejudicando as
produção, configurando a existência de um Complexo Agroindus-condições de saúde da população, especialmente a dos centros ur-
trial (CAI), redefiniu o contexto produtivo na agricultura e acentuou banos. Se inalados diariamente e com frequência, os gases poluen-
as diferenciações existentes entre áreas do país, produtores e seg-tes afetam diretamente o sistema respiratório, causando doenças
mentos produtivos da economia agrária.como rinite, bronquite, pneumonia e asma. Quando inalado em
A agricultura brasileira não tem representado um papel mais níveis muito altos, o CO provoca náuseas e dor de cabeça, além de
relevante devido aos inúmeros problemas que a afetam, tais como:agravar problemas cardíacos.
- Utilização de técnicas de cultivo ultrapassadas e danosas ao - Poluição do solo: As principais causas da poluição do solo são
solo (queimadas desenfreadas, plantações em declives – que acen-o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e me
tua a erosão – etc.).tal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbici-
- Baixo poder aquisitivo do agricultor.das. A melhor forma de amenizar o problema é investir nos proces-
- Criação de imensas pastagens – que concentram a proprieda-sos de reciclagem e também no uso de materiais biodegradáveis ou
de de terra e, também, aceleram o processo de erosão do solo.não descartáveis.
- Subaproveitamento do espaço agrícola – dos 8,5 milhões de
quilômetros do país, apenas 3 milhões são utilizados por estabele-
cimentos rurais.
- Conflitos sociais: o processo de formação da propriedade de Referências Bibliográficas:
terra no Brasil foi marcado pela violência, pela imprecisão dos li- Geografia Geral prática / Carlos Alberto Schneeberger, Luiz Antonio
mites dos lotes e, consequentemente, pela falta de garantias legais Farago. — 1. ed. — São Paulo: Rideel
para o direito de propriedade, dando margens à utilização da força Minimanual compacto de geografia do Brasil: teoria e prática / Carlos
como solução. Alberto Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo:
Rideel, 2003.
OS IMPACTOS AMBIENTAIS https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/nova-ordem-mun-
dial-o-fim-da-geopolitica-bipolar.htm
https://www.sogeografia.com.br
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-neolibera-
lismo.htm
https://www.proenem.com.br/enem
Os impactos ambientais
Meio ambiente é o conjunto dos elementos físicos, químicos e
biológicos necessários à sobrevivência de cada espécie, vegetal e QUESTÕES
mineral. O Brasil não é exceção nesse quadro trágico. A ação huma-
na tem provocado sérios danos à diversidade biológica em nosso
país. Atualmente, os principais problemas têm origem nas ativida-
1. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
des agropecuárias predatórias e na extração madeireira. No período 1970/2020, a economia brasileira alternou perío-
- Desmatamento: O modelo de exploração econômica implan- dos de crescimento econômico com fortes desacelerações,
tado no Brasil desde a época colonial tem interferido de maneira
muitas vezes abruptas, comportamento sintetizado na
direta na relação entre a população e o meio ambiente, com graves
expressão stopand- go. A performance da economia
reflexos na atualidade. A expansão das fronteiras agrícolas, a pecu-
brasileira, nesse período, refletiu tanto os problemas da
ária não sustentável, a atividade mineradora e a ação das madeirei-
coordenação da política econômica quanto os problemas
ras continuam a causar grandes impactos ambientais. relacionados a choques exógenos.
PAULA, Luiz F. de e PIRES, M. Crise e perspectivas para a economia
brasileira. USP. Estudos Avançados. V. 31. São Paulo, 2017. On-line
version. Adaptado.
125
GEOGRAFIA DO BRASIL
Sobre a performance da economia brasileira no período 3. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
1970/2020, assinale a afirmativa incorreta.
(A) Anos 1970: ao crescimento acelerado do chamado
“milagre brasileiro” seguiu-se um período de desajuste,
devido ao im- pacto do aumento dos preços internacionais do
petróleo pro-
movido pela OPEP.
(B) Anos 1980: o não pagamento da dívida externa e a
fuga
de capitais, tanto nacionais quanto estrangeiros,
provocaram grave estagnação econômica em meio a um
incontrolável pro-
cesso inflacionário.
(C) Anos 1990: a derrubada da inflação, graças ao plano
real, e Marginal Tietê, 19/08/2019, às 16 horas.
a adoção de medidas liberalizantes, como a abertura
comercial Um fenômeno inusitado surpreendeu os paulistanos, na tarde
e a privatização de empresas estatais, criaram um ambiente de 19 de agosto de 2019. Mesmo com os relógios marcando 16 ho-
fa- ras, o céu da capital paulista estava encoberto por nuvens e o “dia
vorável aos investimentos externos diretos. virou noite”.
(D) Anos 2000: o boom das commodities no mercado Folha de São Paulo. 20/08/2019.
inter- nacional, puxado pelo crescimento econômico da Assinale a afirmativa que identifica corretamente as causas
China, esti- mulou os investimentos na infraestrutura desse fenômeno.
viária, eliminando o (A) A combinação atípica de fumaça proveniente das queima-
chamado “custo Brasil”. das na Amazônia e o aumento da umidade trazida por uma
(E) Anos 2010: o aumento dos gastos públicos e o acirrado frente fria.
am- biente político contaminaram as expectativas dos (B) A presença ocasional do ar frio e seco da massa polar e o
investidores, aumento das micropartículas lançadas na atmosfera pelo setor
o que provocou uma grave recessão econômica, com industrial.
acentua- (C) A articulação frequente entre os “rios voadores” provenien-
da queda do PIB. tes da Amazônia e o ar tropical quente e seco proveniente do
Atlântico.
2. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021) (D) A passagem do ar tropical frio e seco, que se origina no
A agricultura brasileira, a partir de meados do século XX,
interior do continente, e a umidade trazida pelos ventos de su-
pas-
deste.
sou por um acelerado processo de modernização. As
alterações nos mecanismos produtivos, que levaram à (E) O efeito sazonal da corrente El Niño e a formação de uma
formação dos complexos agroindustriais (CAI), acarretaram densa camada de nuvens que impede a passagem da luz solar.
não só mudanças na organização da agricultura nacional,
4. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
mas também na distribuição territorial da produção e na
inserção do país no comércio internacional. Analise o mapa e leia o texto a seguir.
Sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos provo-
cados pelos complexos agroindustriais (CAI), assinale a
afirmativa
incorreta.
(A) O desenvolvimento tecnológico e o investimento de
capital permitiram a inserção da agricultura em uma cadeia
produtiva
que engloba indústrias e serviços à montante e à jusante
da
produção agrícola.
(B) O uso de insumos e fertilizantes pelos complexos
agroin- dustriais possibilitou a superação das condições
pedológicas, como a baixa produtividade dos latossolos, o
que viabilizou sua
expansão territorial.
(C) A pesquisa agrícola criou novas tecnologias para o
processo produtivo, o que aumentou o rendimento por
hectare e a pro- dutividade homem/dia, e desenvolveu
cultivares mais toleran-
tes às pragas do mundo tropical.
(D) A expansão territorial dos complexos agroindustriais Os conceitos de intensidade e extensividade, quantidade e
impli- qualidade, espaço, tempo e território devem ser articulados para
cou o manejo eficiente dos recursos disponíveis e o a correta interpretação da localização dos estabelecimentos indus-
atendimen- triais no Estado de São Paulo.
to da crescente demanda do mercado interno por produtos SPOSITO, E. S. Rede urbana e eixos de desenvolvimento. São Paulo: Ed.
certificados por seu baixo impacto ambiental. UNESP, 2015.
(E) O uso de máquinas e equipamentos reduziu o emprego
de126
mão de obra nas atividades agrícolas, que passaram a
depen-
der de trabalhadores mais qualificados, capazes de realizar
os
procedimentos rurais tecnificados.
GEOGRAFIA DO BRASIL
Sobre a localização dos estabelecimentos industriais no Estado 7. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
de São Paulo, analise as afirmativas a seguir.A Hidrelétrica de Balbina foi construída no rio Uatumã, no esta- I. A
infraestrutura física, principalmente rodovias, mas também do do Amazonas, para fornecer energia para a cidade de Manaus,
e
infovias e outras formas de transporte, como hidrovias e ferrovias, foi inaugurada no final da década de 1980.
estabeleceu os eixos de desenvolvimento, ao longo dos quais se Sobre a produção energética e os impactos ambientais
associa- concentraram os estabelecimentos industriais.dos à Hidrelétrica Balbina, assinale V para a afirmativa verdadeira e
II. A distribuição espacial das indústrias deu origem a uma con-F para a falsa.
formação ramificada a partir da capital do estado, graças à cons-( ) A capacidade instalada de geração de energia de Balbina
é a tituição, ao longo dos eixos viários, de áreas preferenciais para a maior entre as hidrelétricas da região amazônica.
instalação de estabelecimentos industriais.( ) O enchimento do reservatório afogou florestas e formou
III. A separação entre o centro de decisão (a cidade de São Pau-uma paisagem fragmentada de ilhas isoladas.
lo) e os locais da produção (as cidades do interior paulista) decorre ( ) O aumento na acidez da água da represa, causado
pela de- das mudanças no modo de produção fordista e das facilidades de composição da vegetação, pode causar a
corrosão das turbinas. fluidez do território.
As afirmativas são, respectivamente,
Está correto o que se afirma em(A) F – V – F.
(A) I, apenas.(B) F – V – V.
(B) I e II, apenas.(C) V – F – F.
(C) I e III, apenas.(D) V – V – F
(D) II e III, apenas.(E) F – F – V.
(E) I, II e III.
8. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
5. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)Entre as zonas de garimpo de ouro que se encontram em terri-
De acordo com o boletim “Amazônia em Chamas”, publicado tório amazônico, aquela que está situada na divisa entre os
estados
pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), entre de Rondônia e Amazonas, na qual o ouro se encontra
depositado 2019 e 2021, a perda de floresta na região ultrapassou os 10 mil em forma de sedimentos no canal fluvial, nos
bancos de areia ou km² ao ano.nas margens dos rios e onde a extração se desenvolve sobretudo Com relação ao
desmatamento na Amazônia entre 2019 e por meio de balsas e dragas é conhecida como região aurífera
2021, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.(A) do Rio Madeira.
( ) As terras públicas apresentaram um aumento da área des-(B) de Serra Pelada.
matada em relação ao triênio anterior.(C) de Alta Floresta.
( ) No conjunto da região observou-se uma queda do desmata-(D) do Alto Rio Negro.
mento em relação ao triênio anterior.(E) de Porto e Lacerda.
( ) Entre as terras públicas, as Terras Indígenas apresentaram os
maiores percentuais de desmatamento no triênio.9. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
A exploração de produtos florestais não madeireiros é realizada
As afirmativas são, respectivamente,na Amazônia desde os primórdios da ocupação humana e caracteri-
(A) F – V – F.zou os ciclos econômicos na região até a década de 1970.
(B) F – V – V.Na atualidade, o principal produto extrativo do estado do Ama-
(C) V – F – F.zonas, em termos de valor da produção, é
(D) V – V – F. (A) a Carnaúba.
(E) F – F – V.(B) a Erva-Mate.
(C) o Açaí (fruto).
6. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)(D) a Borracha natural.
Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), na Amazônia Legal (E) a Castanha-do-Pará.
vivem 173 povos em 405 Terras Indígenas, que somam 1.085.890
quilômetros quadrados, ou 21,7% da região. Ainda de acordo com o 10. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE
OPERACIONAL)
ISA, as Terras Indígenas amazônicas sofrem pressões socioambien-Sobre a relação entre o boom da borracha (1850-1912)
e o po- tais resultantes de diversas atividades econômicas.voamento da Amazônia, analise as afirmativas a seguir.
Ao longo do ano de 2020, aproximadamente 500 hectares de I. Durante o período houve um aumento da população total da
floresta foram devastados na Terra Indígena Yanomami, segundo região amazônica.
o relatório produzido pela Hutukara Associação Yanomami e pela II. As frentes de exploração da borracha foram se
deslocando Associação Wanasseduume Ye’kwana. Esta supressão florestal se para os altos vales dos afluentes do
Amazonas.
deve, majoritariamente,III. No período do boom da borracha houve um importante flu- (A) ao garimpo ilegal.xo migratório de
trabalhadores da Região Sul do país em direção à
(B) à pecuária extensiva.Amazônia.
(C) à exploração de petróleo.
(D) aos projetos hidrelétricos.Está correto o que se afirma em
(E) ao manejo florestal comunitário. (A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
127
GEOGRAFIA DO BRASIL
________________________________________________
GABARITO
______
1 D ________________________________________________
2 D ______
3 A ________________________________________________
4 E ______
5 C
________________________________________________
6 A
______
7 B
8 A ________________________________________________
9 C ______
1 D ________________________________________________
0
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ANOTAÇÕES ________________________________________________
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ATUALIDADES (DIGITAL)
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_______ 130______
_______________________________________________ ________________________________________________
_______ ______
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
WINDOWS 10
131
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o
pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos
simplesmente confirmar sua exclusão.
132
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-
portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes- MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS
DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS,
mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
pia de segurança. CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS,
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS,
IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO
DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE
OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE
TEXTO. MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS
PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO
DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS,
FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE
OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE
QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO
DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS.
Inicialização e finalização MS-POWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS
APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, ANOTAÇÕES,
RÉGUA, GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES
DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES,
INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE
SLIDES
Microsoft Office
Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com
ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas,
etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.
133
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
• Área de trabalho do Word
Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo
com a necessidade.
Tipo de letra
Tamanho
• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma:
Alinhamento à esquerda + E
Verificação e
Ctrl + Revisão correção ortográ-
• Formatação de letras (Tipos e Tamanho) fica
Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
trabalho, é neste menu que podemos formatar osQaspectos básicos
de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto- Arquivo Salvar
máticos.
134
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Excel • Formatação células
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
a dia do uso pessoal e empresarial.
São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
– Planilha de custos.
• Fórmulas básicas
ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
• Fórmulas de comum interesse
135
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para
escre-
ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas
ou até mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que
já movemos as caixas, colocando um título na superior e um
texto na caixa inferior, também alinhamos cada caixa para
ajustá-las melhor.
• Atualizações no PowerPoint
– O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do
Offi- ce2013 tem um grande número de templates para uso
de criação
de apresentações profissionais;
– O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
– Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o
destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo
slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição
colaborativa – Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”.
de apresentações. Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.
Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar
junta- mente com o Windows 10. A grande novidade foi o
recurso que permite que várias pessoas trabalhem
simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso,
tivemos a integração com outras fer- ramentas, tais como
Skype. O pacote Office 2016 também roda em
smartfones de forma geral.
• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao
mesmo tempo, a edição colaborativa já está presente em
outros produtos, mas no Word agora é real, de modo que é
possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar
os
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo
de pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para
utilizar a pes-
quisa inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de
to-
que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando
assim a digitação de equações.
• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta de zoom facilitando assim o desenvolvimento de
apresentações; – Inclusão de imagens 3D na apresentação.
138
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário sua
instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o Word, Excel e PowerPoint.
Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as melhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é responsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atualizados.
OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook
também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas,
tarefas, contatos e anotações.
139
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso
este é nome do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é,
na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo
real: joao- dasilva@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as
mensagens
recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens
ain-
da não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam
os A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail,
e-mails que foram enviados; referida no item “Endereços de e-mail”.
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não
terminadas; Criar nova mensagem de e-mail
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;
Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do
destina-
tário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma
men- sagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão
para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo
anterior,
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos
Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para
donos;
digita-
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem
também os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia
(imagens,
oculta), porém esta outra pessoa não estará visível aos
programas, música, textos e outros.)
outros destinatários.
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a
mensagem.
Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que
está
apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-
las con- forme a necessidade.
140
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Enviar Adicionar assinatura de e-mail à mensagem
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi- Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos
dência para o envio de e-mails. assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a
nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada
mensagem.
141
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Imprimir uma mensagem de e-mail • WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior
Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos- que
sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada aaoMAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para
computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo entender- mos o conceito.
pacote Office e seus aplicativos.
• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é
chamada web site. Através de navegadores, conseguimos
acessar
web sites para operações diversas.
• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento,
onde
o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente
aponta para uma determinada página, pode apontar para um
documento qualquer para se fazer o download ou
simplesmente abrir.
• Identificar o ambiente
O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifica-
do com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre outras.
Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.
À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.
143
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na
1. Voltar/Avançar página internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos pági- como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc.,
na visitada anteriormente; sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado
com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa-
2. Barra de Endereços dor público sempre desative a sincronização para manter seus da-
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página dos seguros após o uso.
procurada;
Google Chrome
3. Ícones para manipulação do endereço da URL
Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da
situação pode aparecer fechar ou atualizar.
4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.
• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas
tam-
Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta,
de nosso estudo: se qui- sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site,
temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da
página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca,
sendo que ao digitar palavras-chave na barra, o mecanismo
de busca do Google é
acionado e exibe os resultados.
4 Voltar para a página inicial do Firefox Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:
5 Barra de Endereços
1 Botão Voltar uma página
6 Ver históricos e favoritos
2 Botão avançar uma página
Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,
7 Menu e outros)
3 Botão atualizar a página
Sincronização com a conta FireFox (Vamos
8 detalhar adiante) 4 Barra de Endereço.
Mostra menu de contexto com várias opções
9 5 Adicionar Favoritos
144
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
• Pesquisar palavras
6Usuário Atual Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso,
7Exibe um menu de contexto que iremos relatar utilizamos o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa
seguir. de texto na qual
O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma- podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe- • Salvando Textos e Imagens da Internet
mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o
em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum botão
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio- direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
nalidades.
• Favoritos • Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi-
algum
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita
site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido,etc.). e Nes- te caso, o Chrome possui um item no menu, onde
pronto. podemos ver o progresso e os downloads concluídos.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir.
• Sincronização
• Histórico Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im-
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma,
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, parase aces-
por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho dodisponíveis na sua conta Google.
rão
teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma novaPor exemplo:
aba,
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo – Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão
dia a dia se preferir. disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.
145
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Safari
• Guias
4 Barra de Endereço.
5 Adicionar Favoritos
6 Ajustes Gerais
146
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas • Pesquisar palavras
bas- Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos
tante comuns. em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso
Vejamos algumas de suas funcionalidades: utilizamos o atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma
caixa de texto na qual po-
• Lista de Leitura e Favoritos demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para
pos- terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar • Salvando Textos e Imagens da Internet
seus endere- ços. Para adicionar uma página, clique no “+” Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o
a que fica à esquerda da barra de endereços, digite um botão
nome ou mantenha o sugerido e direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas • Downloads
você Fazer um download é quando se copia um arquivo de um
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para al-
remo- vê-lo, basta clicar em excluir. gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes
etc.). Neste caso, o Safari possui um item no menu onde
podemos ver o progresso e os downloads concluídos.
Correio Eletrônico
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um
serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens
• Histórico e Favoritos de texto
e outras funções adicionais como anexos junto com a
mensagem.
148
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
A internet é a base da computação em nuvem, os servidores
remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usu- QUESTÕES
ários e às empresas.
A computação em nuvem permite que os consumidores alu-
guem uma infraestrutura física de um data center (provedor de ser- 1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem
viços em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas como principal função a digitalização de imagens e textos,
usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus convertendo as
arquivos, aplicações, etc., a partir de qualquer computador conec-
versões em papel para o formato digital, é denominado
tado no mundo. (A) joystick.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em (B) plotter.
um local chamado Data Center dentro do provedor. (C) scanner.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses pro- (D) webcam.
dutos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
(E) pendrive.
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas
áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou
de TI, Telecomunicações. um novo jogo para seu computador e o instalou sem que
ocorressem erros. No entanto, o jogo executou de forma
• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage) lenta e apresentou baixa resolução. Considerando esse
contexto, selecione a alterna- tiva que contém a placa de
expansão que poderá ser trocada ou
adicionada para resolver o problema constatado por João.
(A) Placa de som
(B) Placa de fax modem
(C) Placa usb
(D) Placa de captura
(E) Placa de vídeo
149
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e
modos 8,
de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e assinale a alternativa INCORRETA:
procedimen- tos associados à Internet, julgue o próximo item. (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na desenvolvidos
Inter- pela Microsoft.
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na
apenas o áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, interfa-
por exemplo, no Youtube (http://www.youtube.com). ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está
( ) Certo sem-
( ) Errado pre visível ao usuário.
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para
browser, a execução de JavaScripts ou de programas Java Windows
hostis pode provocar 7 dentro do Windows 8.
danos ao computador do usuário. (D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
( ) Certo Kapersky.
( ) Errado (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para
computado-
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e- res x86 e 64 bits.
mail
com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa 14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema
existên- cia de vírus. multi- tarefa e multiusuário, é disponível em várias
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a distribuições, entre as
ser quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
adotado no exemplo acima. ( ) Certo
(A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá- ( ) Errado
lo
ao administrador de rede. 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o de
tipo um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
de vírus. (A) init 0.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. (B) init 6.
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de (C) exit
moni- (D) ls.
toramento. (E) cd.
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando
a 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas
analisá-lo posteriormente. ou
minúsculas
9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais ( ) Certo
Windows ( ) Errado
7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não
possui ver- são para processadores de 64 bits. 17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo
( ) Certo (A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas
( ) Errado eletrô-
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a
10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas produção
versões do Microsoft Windows disponíveis para os usuários. de textos organizados por linhas e colunas identificadas por
No entanto, não é nú-
uma versão oficial do Microsoft Windows meros e letras.
(A) Windows 7 (B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como
(B) Windows 10 elaboração
(C) Windows 8.1 e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(D) Windows 9 (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto,
(E) Windows Server 2012 é
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais
11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente recursos
do que o Excel.
Windows: (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de
(A) Windows Gold. mensa-
(B) Windows 8. gens de correio eletrônico.
(C) Windows 7. (E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o
(D) Windows XP. envio
e recebimento de páginas web.
12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7
e Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura 18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que
não exe- apresen-
cuta? ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho. 150aba “Pági- na Inicial” do Word 2010.
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(C) Capturar uma janela inteira (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
(D) Capturar uma seção retangular da tela. do documento.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse (C) Definir o alinhamento do texto.
ou (D) Inserir uma tabela no texto
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do
PowerPoint
ANOTAÇÕES
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a
esse apli- cativo. ________________________________________________
A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
______
________________________________________________
______
________________________________________________
______
( ) Certo
( ) Errado ________________________________________________
______
20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
noros à apresentação em elaboração.
( ) Certo ________________________________________________
( ) Errado ______
________________________________________________
GABARITO ______
________________________________________________
1 C
______
2 E
3 E ________________________________________________
4 D ______
5 B
________________________________________________
6 ERRAD
7 O ______
8 CERTO ________________________________________________
9 C
______
1 CERT
0 OD ________________________________________________
1 A ______
1 B ________________________________________________
1 D
______
2 CERT
1 OD ________________________________________________
3 CERT ______
1 OA
________________________________________________
4 D
1 CERT ______
5 O ________________________________________________
1 CERT
______
6 O
1 ________________________________________________
7 ______
1 ________________________________________________
8
______
1
9 ________________________________________________
2 151______
0
________________________________________________
______
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
________________________________________________ ________________________________________________
______ ______
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________________________________________________ ________________________________________________
______ ______
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
162
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Princípio da PublicidadeII - a investidura em cargo ou emprego público depende de apro-
O princípio da publicidade determina que a Administração Pú-vação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos,
blica tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, salvo a hipótese de sigilo necessário.na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
A publicidade é a condição de eficácia do ato administrativo e comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
tem por finalidade propiciar seu conhecimento pelo cidadão e pos-III - o prazo de validade do concurso público será de até
dois sibilitar o controle por todos os interessados.anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convo-
• Princípio da Eficiênciacação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro- Segundo o princípio da
eficiência, a atividade administrativa vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursa-
deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;
evitando atuações amadorísticas.V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servi- Este princípio impõe à
Administração Pública o dever de agir dores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
com eficiência real e concreta, aplicando, em cada caso concreto, a preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e per- medida, dentre as previstas e autorizadas em lei, que mais satisfaça centuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribui- o interesse público com o menor ônus possível (dever jurídico de ções de direção, chefia e
assessoramento;
boa administração).VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre asso-
Em decorrência disso, a administração pública está obrigada a ciação sindical;
desenvolver mecanismos capazes de propiciar os melhores resul-VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites tados possíveis para os administrados. Portanto, a Administração definidos em lei específica;
Pública será considerada eficiente sempre que o melhor resultado VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos for atingido.para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão;
Disposições Gerais na Administração PúblicaIX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
O esquema abaixo sintetiza a definição de Administração Pú-terminado para atender a necessidade temporária de
excepcional
blica:interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
Administração Públicatrata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-
DiretaIndiretagurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
Autarquias (podem ser de índices;
qualificadas como agências XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-
Federalreguladoras)ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
EstadualFundações (autarquias fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
e fundações podem ser Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
Distrital
Municipalqualificadas como agências mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pen-
executivas)sões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
Sociedades de economia mistaou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra na-
Empresas públicastureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Entes Cooperados Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal,
Não integram a Administração Pública, mas prestam serviços de o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder
Executivo, o
interesse público. Exemplos: SESI, SENAC, SENAI, ONG’ssubsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Le-
gislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, li-
As disposições gerais sobre a Administração Pública estão elen-mitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do sub- cadas nos Artigos 37 e 38 da CF. Vejamos:sídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal,
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
CAPÍTULO VIIMinistério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAXII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Execu-
SEÇÃO Itivo;
DISPOSIÇÕES GERAISXIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-
pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer serviço público;
dos Poderes
servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
público
pios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:acréscimos ulteriores;
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
163
em-
brasileiros que
nos incisos XI preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim pregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
como aos estrangeiros, na forma da lei;e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
científico; ocupante
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de cargo ou emprego da administração direta e indireta que
de possibilite o acesso a informações privilegiadas.
saúde, com profissões regulamentadas; § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
funções ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, administradores e o poder público, que tenha por objeto a
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder cabendo à lei
público; dispor sobre:
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais I - o prazo de duração do contrato;
te- II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, direi-
precedência sobre os demais setores administrativos, na tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
forma da lei; III - a remuneração do pessoal.”
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
de econo- mia mista e de fundação, cabendo à lei receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
complementar, neste último Federal ou dos Municípios
caso, definir as áreas de sua atuação; para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a geral.
cria- § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
anterior, assim como a participação de qualquer delas em com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
na legislação, as obras, serviços, compras e alienações Constituição, os cargos eleti- vos e os cargos em comissão
serão contratados mediante pro- cesso de licitação pública declarados em lei de livre nomeação
que assegure igualdade de condições a todos os e exoneração.
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo,
nos ter- mos da lei, o qual somente permitirá as exigências as
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
garantia do cumprimento das § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
obrigações. artigo,
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
ao funciona- mento do Estado, exercidas por servidores de Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
inclusive com o compartilhamento de subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
convênio. dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
informativo ou de orientação social, dela não podendo responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
promoção pessoal permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação
de autoridades ou servidores públicos. e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
responsável, nos termos § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de
da lei. tempo
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função
na pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
administração pública direta e indireta, regulando acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido
especialmente: tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços Constitucional nº 103, de 2019)
públicos § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de servidores públicos e de pensões por morte a seus
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14
interna, da qualidade dos serviços; a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a regime próprio de previdência
infor- mações sobre atos de governo, observado o disposto social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
no art. 5º, X § 16. Os órgãos e entidades da administração pública,
e XXXIII; individual
III - a disciplina da representação contra o exercício ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas
negligente públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração164dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela
pública. § 4º - Os atos de improbidade administrativa Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
importarão Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
a suspensão dos direitos políticos, a perda da função autárquica
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem as se- guintes disposições:
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela Municípios disciplinará a aplicação de recursos
sua remunera- orçamentários provenientes da economia com despesas
ção; correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili- aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, produtividade, treinamento e desenvolvimento,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o produtividade.
afastamento para o exercício § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados
de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para em
todos os efeitos legais, exceto para promoção por carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
merecimento; § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de temporário ou vinculadas ao exercício de função de
previ- dência social, permanecerá filiado a esse regime, confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo
no ente federativo de origem. (Redação dada pela efetivo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
2019) Art. 40. O regime próprio de previdência social dos
servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
Servidores Públicos contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
Os servidores públicos são pessoas físicas que prestam ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
serviços pensionistas, observados critérios que preservem o
à administração pública direta, às autarquias ou fundações equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela
públi- cas, gerando entre as partes um vínculo empregatício Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
ou estatutá- rio. Esses serviços são prestados à União, aos § 1º O servidor abrangido por regime próprio de
Estados-membros, ao Distrito Federal ou aos Municípios. previdência social será aposentado: (Redação dada pela
As disposições sobre os Servidores Públicos estão Emenda Constitucional
elencadas nº 103, de 2019)
dos Artigos 39 a 41 da CF. Vejamos: I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo
em
SEÇÃO II que estiver investido, quando insuscetível de readaptação,
DOS SERVIDORES PÚBLICOS hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os que ensejaram a conces- são da aposentadoria, na forma de
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela
jurídico único e planos de carreira para os servidores da Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
administração pública dire- II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
ta, das autarquias e das fundações públicas. tempo
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75
Municípios instituirão conselho de política de administração (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
e remuneração de pessoal, integrado por servidores complementar;
designados pelos respectivos Po- III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de
deres. idade,
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
componentes do sistema remuneratório observará: homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante
dos emenda às respectivas Cons- tituições e Leis Orgânicas,
cargos componentes de cada carreira; observados o tempo de contribuição e os demais
II - os requisitos para a investidura; requisitos estabelecidos em lei complementar do
III - as peculiaridades dos cargos. respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão Constitucional nº 103, de 2019)
escolas § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser
de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos inferiores
servidores públicos, constituindo-se a participação nos ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime
facultada, para isso, a celebração de convênios ou Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§
contratos entre os entes federados. 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público 103, de 2019)
o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, § 3º As regras para cálculo de proventos de
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo
estabelecer requisitos diferenciados de ente federativo. (Redação
admissão quando a natureza do cargo o exigir. dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios
os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e diferenciados
Municipais serão remunerados exclusivamente por para concessão de benefícios em regime próprio de
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional
representação ou outra espécie remuneratória, nº 103, de 2019)
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 165 § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a diferenciados para aposentadoria de servidores com
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em deficiência, previamente submetidos a avaliação
qualquer biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
caso, o disposto no art. 37, XI. interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do e das pensões em regime próprio de previdência social,
caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. ressalvado o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar § 15. O regime de previdência complementar de que trata o §
do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou complementar ou de entidade aberta de previdência
associação desses agentes, vedada a caracterização por complementar. (Redação dada
categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade disposto
mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver
decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, ingressado no serviço público até a data da publicação do
desde que comprovem tempo de efetivo exercício das ato de instituição do correspondente regime de previdência
funções de magistério na educação infantil e no ensino complementar.
fundamental e médio fixado em lei complementar do § 17. Todos os valores de remuneração considerados para
respectivo ente federativo. (Redação dada pela o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) atualizados,
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos na forma da lei.
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à aposentadorias
conta de regime próprio de previdência social, aplicando- e pensões concedidas pelo regime de que trata este
se outras vedações, regras e condições para a artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas benefícios do regime geral de previdência social de que
no Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
pela Emenda para os servidores titulares de cargos efetivos. § 19.
Constitucional nº 103, de 2019) Observados critérios a serem estabelecidos em lei do
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo
se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo efetivo que tenha completado as exigências para a
dependente, o benefício de pensão por morte será aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em
concedido nos termos de lei do respectivo ente atividade poderá fazer jus a um abono de permanência
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição
hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B previdenciária, até completar a idade para aposentadoria
decorrente de agressão sofrida no exercício ou em compulsória. (Redação dada pela Emenda
razão da função. (Redação Constitucional nº 103, de 2019)
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para de previdência social e de mais de um órgão ou entidade
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos
conforme todos os poderes, ór- gãos e entidades autárquicas e
critérios estabelecidos em lei. fundacionais, que serão responsá- veis pelo seu
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a
municipal será contado para fins de aposentadoria, natureza jurídica definidos na lei complementar de que
observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o trata o
tempo de serviço correspondente será contado para fins § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
de disponibilidade. (Redação 2019)
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de Constitucional
contagem nº 103, de 2019)
de tempo de contribuição fictício. § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma previdência social, lei complementar federal estabelecerá,
total para os que já existam, normas gerais de organização, de
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes funcionamento e de responsabilidade em sua gestão,
da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela
de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime Emenda Constitucional nº 103, de
geral de previdência social, e ao montante resultante da 2019)
adição de proventos de inatividade com remuneração de I - requisitos para sua extinção e consequente migração para
cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, Emenda Consti-
e de cargo eletivo. tucional nº 103, de 2019)
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos
regime próprio de previdência social, no que couber, os re-
requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de cursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
Previdência Social. 2019)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) III - fiscalização pela União e controle externo e social;
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, (Incluído
exclusivamente, pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído
exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato166 pela
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda V - condições para instituição do fundo com finalidade
Constitucional nº 103, de 2019) previ- denciária de que trata o art. 249 e para vinculação a
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os ele dos recur- sos provenientes de contribuições e dos
Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles Hipóteses em que o servidor Em virtude de sentença judicial
que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamen-
estável pode perder o cargotransitada em julgado
te, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional
Mediante processo
nº 103, de 2019)
administrativo em que lhe seja
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela
assegurada ampla defesa
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Mediante procedimento
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição
de avaliação periódica de
de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído
desempenho, na forma de lei
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
complementar, assegurada
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os ser-
ampla defesa
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
Em razão de excesso de
concurso público.
despesa
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
rada ampla defesa;A CF/88 impôs aos Militares, regime especial e diferenciado do
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desem-servidor civil. Os direitos e deveres dos militares e dos civis não se
penho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.misturam a não ser por expressa determinação constitucional.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor Não pode o legislador infraconstitucional cercear direitos ou
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se impor deveres que a Constituição Federal não trouxe de forma taxa-
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, tiva, tampouco não se pode inserir deveres dos servidores civis aos
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com militares de forma reflexa.
remuneração proporcional ao tempo de serviço.A Emenda Constitucional nº 101/19, promulgada pelo Congres-
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o so Nacional, permite acúmulo de cargos públicos nas áreas de saú-
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração de e educação por militares. Através da referida Emenda, os Milita-
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento res poderão exercer funções de professor ou profissional da saúde
em outro cargo.desde que haja compatibilidade de horário. Ou seja, aplicou-se a
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é tais profissionais o disposto no art. 37, inciso XVI, da CF/88.
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão Desde a promulgação da CF/88, o exercício simultâneo de
instituída para essa finalidade.cargos era permitido apenas para servidores públicos civis e para
militares das Forças Armadas que atuam na área de saúde. A acu-
• Estabilidademulação passou a ser possível, desde que haja compatibilidade de
A estabilidade é a garantia que o servidor público possui de horários.
permanecer no cargo ou emprego público depois de ter sido apro-Vejamos as disposições do Art. 42 da CF/88:
vado em estágio probatório.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, a estabilidade SEÇÃO III
poder ser definida como a garantia constitucional de permanência DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS
no serviço público, do servidor público civil nomeado, em razão de TERRITÓRIOS
concurso público, para titularizar cargo de provimento efetivo, após
o transcurso de estágio probatório.Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bom-
A estabilidade é assegurada ao servidor após três anos de efe-beiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e
tivo exercício, em virtude de nomeação em concurso público. Esse disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Ter-
é o estágio probatório citado pela lei.ritórios.
Passada a fase do estágio, sendo o servidor público efetivado, § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e
ele perderá o cargo somente nas hipóteses elencadas no Artigo 41, dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições
§ 1º da CF.do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo
Haja vista o tema ser muito cobrado nas provas dos mais varia-a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º,
dos concursos públicos, segue a tabela explicativa:inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito
Estabilidade do ServidorFederal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica
Requisitos para aquisição de Cargo de provimento efetivo/do respectivo ente estatal.
Estabilidadeocupado em razão de concurso § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e
públicodos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência
3 anos de efetivo exercícioda atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101,
Avaliação de desempenho por de 2019)
comissão instituída para esta
finalidadeDas Regiões
De acordo com a CF/88 as políticas da União podem se dar de
forma regionalizada e a disposição legal do Art. 43 visa reduzir as
desigualdades regionais. Este tema será regulado por Lei Comple-
mentar.
Diz o Art. 43 da CF/88:
167
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO IV a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
DAS REGIÕES institu- cional ou atingidas por calamidades de grandes
proporções da na- tureza.
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular Vejamos o dispositivo constitucional que o representa:
sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social,
visando a seu desenvolvimento e à redução das TÍTULO V
desigualdades regionais. DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
§ 1º - Lei complementar disporá sobre: DEMOCRÁTICAS
I - as condições para integração de regiões em
desenvolvimen- CAPÍTULO I
to; DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
II - a composição dos organismos regionais que executarão,
na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos SEÇÃO I
nacionais de desenvolvimento econômico e social, DO ESTADO DE DEFESA
aprovados juntamente com
estes. Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de Conselho
outros, da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar
na forma da lei: estado de defesa para preservar ou prontamente
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de restabelecer, em locais res- tritos e determinados, a ordem
custos pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
e preços de responsabilidade do Poder Público; instabilidade institucional ou atingidas por ca- lamidades de
II - juros favorecidos para financiamento de atividades grandes proporções na natureza.
priori- § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará
tárias; o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
tributos medidas coercitivas a
federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; vigorarem, dentre as seguintes:
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social I - restrições aos direitos de:
dos a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
rios e das massas de água represadas ou represáveis
Referências Bibliográficas: nas b) sigilo de correspondência;
regiões
BORTOLETO, de baixa renda,esujeitas
Leandro; LÉPORE, a secas
Paulo.periódicas. c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
Noções de Direito Constitu-
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União
cional e de Direito Administrativo. Coleção Tribunais e MPU. Salvador: II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos,
incentivará
Editora JusPODIVM. na hipótese de calamidade pública, respondendo a União
a recuperação de terras áridas e cooperará com
NADAL, Fábio; e SANTOS, Vauledir Ribeiro. Administrativo – Série Resu- os pelos danos
pequenos e médios proprietários rurais para
mo. 3ª edição. São Paulo: Editora Método. o e custos decorrentes.
estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será
pequena irrigação. superior
O Título V da Carta Constitucional consagra as normas per- a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual
tinentes à defesa do Estado e das instituições democráticas, período, se persistirem as razões que justificaram a sua
pre- vendo medidas excepcionais para manter ou decretação.
restabelecer a ordem constitucional em momentos de § 3º Na vigência do estado de defesa:
anormalidade da vida política do Estado, é o chamado I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo
sistema constitucional das crises, composto pelo estado exe-
de defesa (Artigo 136, da CF) e pelo estado de sítio (Ar- cutor da medida, será por este comunicada imediatamente
tigos 137 a 139, da CF). ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal,
Ademais, prevê o Texto Maior o perfil constitucional das facultado ao preso re- querer exame de corpo de delito à
insti- tuições responsáveis pela defesa do Estado, quais autoridade policial;
sejam, as Forças Armadas (Artigos 142 e 143, da CF) e os II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela
órgãos de segurança públi- au- toridade, do estado físico e mental do detido no
ca (Artigo 144, da CF). momento de sua
Com efeito, os estados de defesa e de sítio são momentos autuação;
de III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá
crise constitucional de legalidade extraordinária, em que ser
são per- mitidas a suspensão ou a diminuição do alcance de superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder
certos direitos fundamentais, mitigando a proteção dos Judiciário;
cidadãos emSistema face da ação opressora das
Constitucional do Estado.
Crises IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
Estado de DefesaEstado de Sítio § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
Estado de Defesa submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso
Nacional, que
Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária, por decidirá por maioria absoluta.
tempo certo, em locais restritos e determinados, mediante decreto § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
do Presidente da República, ouvidos o Conselho da Repúblicaconvocado, eo extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
Conselho de Defesa Nacional, para preservar a ordem pública ou§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de
dez
dias contados de seu recebimento, devendo continuar
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
168 § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado
de
defesa.
Estado de Sítio
Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária,
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
É mais grave que o estado de defesa, no sentido em que Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o
as medidas tomadas contra os direitos individuais serão mais estado
restritivas, conforme faz ver o Artigo 139, da CF. de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão
Vejamos os dispositivos constitucionais correspondentes: relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao
Congresso Nacional, com especificação e justificação das
SEÇÃO II providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e
DO ESTADO DE SÍTIO indicação das restrições aplicadas.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Forças Armadas e Segurança Pública
Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao • Forças Armadas
Congres- so Nacional autorização para decretar o estado de Constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
sítio nos casos de: Aeronáutica,
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência são instituições nacionais permanentes e regulares,
de organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-
o es- tado de defesa; se à defesa da pátria, à ga- rantia dos poderes
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão constitucionais e, por iniciativa de qualquer des- tes, da lei e
ar- da ordem.
mada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar • Segurança Pública
autori- zação para decretar o estado de sítio ou sua Dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, exer-
devendo o Congresso Nacio- cida para a preservação da ordem pública e da
nal decidir por maioria absoluta incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua Os órgãos de segurança pública são: polícia federal, polícia
duração, ro- doviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis,
as normas necessárias a sua execução e as garantias polícias militares e corpos de bombeiros militares e polícias
constitucio- nais que ficarão suspensas, e, depois de penais federal,
publicado, o Presidente da República designará o executor estaduais e distrital.
das medidas específicas e as áreas abrangidas. Segue abaixo os Artigos da CF, correspondentes aos
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá referidos
ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de temas:
cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser
decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a CAPÍTULO II
agressão armada estrangeira. § 2º - Solicitada autorização DAS FORÇAS ARMADAS
para decretar o estado de sítio durante o recesso
parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
convocará extraordinariamente o Congresso Nacional Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. permanentes e regulares, organizadas com base na
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à
funcionamento
até o término das medidas coercitivas. garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com
funda- mento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra § 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a
as pessoas asserem adotadas na organização, no preparo e no emprego
seguintes medidas: das Forças
I - obrigação de permanência em localidade determinada; Armadas.
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições
disciplinares militares.
condena-
dos por crimes comuns; § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, militares, aplicando-se lhes, além das que vierem a ser
ao fixadas em
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à lei, as seguintes disposições:
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas
lei; ine- rentes, são conferidas pelo Presidente da República e
IV - suspensão da liberdade de reunião; asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva
V - busca e apreensão em domicílio; ou reformados, sen- do-lhes privativos os títulos e postos
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; militares e, juntamente com os
VII - requisição de bens. demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou
em- prego público civil permanente, ressalvada a hipótese
difu-
são de pronunciamentos de parlamentares efetuados em prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será transferido
suas Ca- sas Legislativas, desde que liberada pela para a reserva, nos
respectiva Mesa. termos da lei;
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse
SEÇÃO III em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não
DISPOSIÇÕES GERAIS eletiva, ain- da que da administração indireta, ressalvada a
169 hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto
par- tidários, designará Comissão composta de cinco de seus permanecer nessa situação, ser pro- movido por antiguidade,
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das contando-se-lhe o tempo de serviço ape- nas para aquela
medidas referentes ao promoção e transferência para a reserva, sendo depois de
estado de defesa e ao estado de sítio. dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
organizado
a partidos políticos;e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na VI - o oficial só perderá o posto e a
patente se for julgado in-forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
digno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
de militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal es-carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções pecial, em tempo de guerra;de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena pri-militares.
vativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de
XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem atividades de defesa civil.
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão
administrador 37, inciso XVI, alínea “c”;do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe IX - (Revogado)a
segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do mi-§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares, litar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente prerrogativas e outras situações especiais dos militares, considera-com as polícias civis e as
polícias penais estaduais e distrital, aos das as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpri-Governadores
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. das por força de compromissos internacionais e de guerra.(Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
garantir
serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, a eficiência de suas atividades.
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.dispuser a lei.
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes
dos militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros órgãos relacionados neste artigo será fixada na
forma do § 4º do
encargos que a lei lhes atribuir.art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
CAPÍTULO IIIpública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
DA SEGURANÇA PÚBLICApúblicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trân-
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e res-sito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal
e dos seguintes órgãos:Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus I - polícia federal;agentes de
trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;Referências Bibliográficas:
IV - polícias civis;DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con-
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
TÍTULO
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, II – DA ORGANIZAÇÃO E PODERES: CAPÍTULO III –
DO destina-se a:PODER EXECUTIVO; CAPÍTULO IV – DO PODER JUDICI-
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou ÁRIO: SEÇÃO V – DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
MILITAR E
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA MILITAR.
TÍTULO III – DA entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras in-ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
CAPÍTULO I – DA ADMI- frações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacio-NISTRAÇÃO
PÚBLICA: SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GE-
nal e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;RAIS; CAPÍTULO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas ESTADO: SEÇÃO I – DOS SERVIDORES PÚBLICOS
CIVIS;
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazen-SEÇÃO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MILITARES;
dária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de compe-CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA:
SEÇÃO I – tência;DISPOSIÇÕES GERAIS; SEÇÃO III – DA POLÍCIA MILITAR
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
170
fronteiras;CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 05 DE OUTUBRO DE 1989
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária
da União.PREÂMBULO
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado
e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na nos princípios constitucionais da República e no ideal de
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TÍTULO II SEÇÃO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR
176
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servidores
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que por alcance e outros danos causados à administração, ou por
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais,
para os benefícios do regime geral de previdência social de sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens, nos
que trata o artigo 201 da Constituição Federal, com termos da lei.
percentual igual ao estabelecido para os Artigo 132 - Os servidores titulares de cargos efetivos do
servidores titulares de cargos efetivos. (NR) Estado, incluídas suas autarquias e fundações, desde que
- § 18 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de tenham completado cinco anos de efetivo exercício, terão
14/02/2006. computado, para efeito de aposentadoria, nos termos da lei,
§ 19 - Observados os critérios a serem estabelecidos em lei, o tempo de contribuição ao regime geral de previdência
o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as social decorrente de atividade de natureza privada, rural ou
exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previdência
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de social se compensarão financeiramente,
permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua segundo os critérios estabelecidos em lei. (NR)
contribuição previdenciária, até - Artigo 132 com redação dada pela Emenda Constitucional
completar a idade para aposentadoria compulsória. (NR) nº
- § 19 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, 21, de 14/02/2006.
de Artigo 133 - Revogado.
06/03/2020. - Artigo 133 revogado pela Emenda Constitucional nº 49,
§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um Regime de 06/03/2020, assegurada a concessão das
Próprio incorporações que, na data da promulgação da Emenda
de Previdência Social para os servidores titulares de cargos Constitucional nº 103, de 12/11/2019, tenham cumprido os
efetivos e de mais de um órgão ou entidade gestora desse requisitos temporais e normativos previstos
regime, abrangidos todos os Poderes, os órgãos e as na legislação então vigente.
entidades autárquicas e fundacionais, que serão Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do mandato de
responsáveis pelo seu financiamento, observados os vereador, será inamovível.
critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos em lei Artigo 135 - Ao servidor público titular de cargo efetivo do
complementar federal. (NR) Estado
- § 20 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, será contado, como efetivo exercício, para efeito de
de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição
06/03/2020. decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado,
§ 21 - O rol de benefícios do Regime Próprio de mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral da
Previdência Justiça. (NR)
Social fica limitado às aposentadorias e à pensão por morte. - Artigo 135 com redação dada pela Emenda Constitucional
(NR) nº
- § 21 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, 21, de 14/02/2006.
de Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato
06/03/2020. administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente
§ 22 - O servidor, após noventa dias decorridos da ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao
apresentação serviço público, com
do pedido de aposentadoria voluntária, instruído com prova todos os direitos adquiridos.
de ter cumprido os requisitos necessários à obtenção do Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mudança
direito, poderá cessar o exercício da função pública, de função, nos casos em que for recomendado, sem
independentemente de qualquer formalidade. (NR) prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais
- § 22 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de vantagens do cargo ou função-
14/02/2006. atividade.
191
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SUBSEÇÃO III - realização de vistorias periódicas, com a finalidade de
DA MARCAÇÃOassegurar uma perfeita execução das operações criptográficas;
II - elaboração de inventários completos e atualizados do
Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas as páginas material de criptografia existente;
do documento, nas capas e nas cópias, se houver, pelo produtor III - escolha de sistemas criptográficos adequados a cada
do documento, dado ou informação, após classificação, ou pelo destinatário, quando necessário;
agente classificador que juntar a ele documento ou informação com IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à
autoridade alguma restrição de acesso.competente, de qualquer anormalidade relativa ao sigilo, à § 1º - Os documentos,
dados ou informações cujas partes inviolabilidade, à integridade, à autenticidade, à legitimidade e à contenham diferentes
níveis de restrição de acesso devem receber disponibilidade de documentos, dados e informações sigilosos
diferentes marcações, mas no seu todo, será tratado nos termos de criptografados;
seu grau de sigilo mais elevado.V - identificação e registro de indícios de violação ou § 2º - A marcação será feita em local
que não comprometa a interceptação ou de irregularidades na transmissão ou recebimento
leitura e compreensão do conteúdo do documento e em local que de documentos, dados e informações criptografados.
possibilite sua reprodução em eventuais cópias.§ 1º - A autoridade máxima do órgão ou entidade da § 3º - As páginas serão
numeradas seguidamente, devendo Administração Pública Estadual responsável pela custódia de
a juntada ser precedida de termo próprio consignando o número documentos, dados e informações sigilosos e detentor de
material total de folhas acrescidas ao documento.criptográfico designará um agente público responsável pela § 4º - A
marcação deverá ser necessariamente datada.segurança criptográfica, devidamente credenciado, que deverá
Artigo 49 - A marcação em extratos de documentos, esboços, observar os procedimentos previstos no “caput” deste artigo.
desenhos, fotografias, imagens digitais, multimídia, negativos, § 2º - O agente público referido no § 1º deste artigo deverá
diapositivos, mapas, cartas e fotocartas obedecerá ao prescrito no providenciar as condições de segurança necessárias ao
resguardo do artigo 48 deste decreto.sigilo de documentos, dados e informações durante sua produção, § 1º - Em fotografias
e reproduções de negativos sem legenda, tramitação e guarda, em suporte magnético ou óptico, bem como a
a indicação do grau de sigilo será no verso e nas respectivas segurança dos equipamentos e sistemas utilizados.
embalagens.§ 3º - As cópias de segurança de documentos, dados e § 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em rolos
contínuos informações sigilosos deverão ser criptografados, observadas as
e microfilmes, a categoria e o grau de sigilo serão indicados disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.
nas imagens de abertura e de encerramento de cada rolo, cuja Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados para a
embalagem será tecnicamente segura e exibirá a classificação do produção e guarda de documentos, dados e informações
sigilosos conteúdo.poderão estar ligados a redes de comunicação de dados desde que § 3º - Os esboços, desenhos,
fotografias, imagens digitais, possuam sistemas de proteção e segurança adequados, nos termos multimídia, negativos,
diapositivos, mapas, cartas e fotocartas das normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão
de que trata esta seção, que não apresentem condições para a Pública - CQGP.
indicação do grau de sigilo, serão guardados em embalagens que Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia de
exibam a classificação correspondente à classificação do conteúdo.documentos, dados e informações sigilosos providenciar
a sua
Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da desclassificação descriptação após a sua desclassificação.
de documentos, dados ou informações sigilosos obedecerá às
mesmas regras da marcação da classificação.SUBSEÇÃO IV
Parágrafo único - Havendo mais de uma marcação, prevalecerá DA PRESERVAÇÃO E ELIMINAÇÃO
a mais recente.
Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e informações
SUBSEÇÃO IIIsigilosos os prazos de guarda estabelecidos na Tabela de
DA CRIPTOGRAFIATemporalidade de Documentos das Atividades-Meio, oficializada
pelo Decreto nº 48.898, de 27 de agosto de 2004, e nas Tabelas
Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou sistema de Temporalidade de Documentos das Atividades-Fim,
oficializadas
de criptografia no âmbito da Administração Pública Estadual pelos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, e
das instituições de caráter público para assegurar o sigilo de ressalvado o disposto no artigo 59 deste decreto.
documentos, dados e informações.Artigo 58 - Os documentos, dados e informações sigilosos Artigo 52 - Para circularem fora
de área ou instalação sigilosa, considerados de guarda permanente, nos termos dos Decretos
os documentos, dados e informações sigilosos, produzidos em nº 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 de agosto de 2004,
somente suporte magnético ou óptico, deverão necessariamente estar poderão ser recolhidos à Unidade do Arquivo Público
do Estado criptografados.após a sua desclassificação.
Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de criptografia no Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput” âmbito
da Administração Pública Estadual sujeitar-se-ão às normas deste artigo, os documentos de guarda permanente de órgãos
gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.ou entidades extintos ou que cessaram suas
atividades, em Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sistemas e conformidade com o artigo 7, § 2º, da Lei federal nº
8.159, de 8 de equipamentos de criptografia são considerados sigilosos e deverão, janeiro de 1991, e com o artigo 1º, § 2º,
do Decreto nº 48.897, de
antecipadamente, ser submetidos à certificação de conformidade.27 de agosto de 2004.
Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, sistemas Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas
e equipamentos de criptografia todas as medidas de segurança de temporalidade de documentos, os documentos, dados e
previstas neste decreto para os documentos, dados e informações informações sigilosos de guarda temporária somente
poderão ser sigilosos e também os seguintes procedimentos:eliminados após 1 (um) ano, a contar da data de sua
desclassificação,
a fim de garantir o pleno acesso às informações neles contidas.
192
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou § 1º - A reprodução do todo ou de parte de documentos,
informações sigilosos em suporte magnético ou ótico que dados e informações sigilosos terá o mesmo grau de sigilo
não possuam valor permanente deve ser feita, por método dos
que sobrescreva as documentos, dados e informações originais.
informações armazenadas, após sua desclassificação. § 2º - A reprodução e autenticação de cópias de
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do órgão a documentos, dados e informações sigilosos serão realizadas
eliminação por agentes públicos
que se refere o “caput” deste artigo, deverá ser credenciados.
providenciada a destruição física dos dispositivos de § 3º - Serão fornecidas certidões de documentos sigilosos
armazenamento. que não puderem ser reproduzidos integralmente, em
razão das restrições legais ou do seu estado de
SUBSEÇÃO V conservação.
DA PUBLICIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS § 4º - A reprodução de documentos, dados e informações
pessoais que possam comprometer a intimidade, a vida
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos referentes a privada, a honra ou a imagem de terceiros poderá ocorrer
documentos, dados e informações sigilosos poderá ser desde que haja
efetuada mediante extratos, com autorização da autoridade autorização nos termos item 2 do § 1º do artigo 35 deste
classificadora decreto.
ou hierarquicamente superior. Artigo 67 - O responsável pela preparação ou reprodução
§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste artigo limitar-se- de documentos sigilosos deverá providenciar a eliminação
ão ao seu respectivo número, ao ano de edição e à sua de provas ou qualquer outro recurso, que possam dar
ementa, redigidos por agente público credenciado, de origem à cópia não
modo a não comprometer o sigilo. autorizada do todo ou parte.
§ 2º - A publicação de atos administrativos que trate de Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou, se for
documentos, dados e informações sigilosos para sua o caso, reprodução de documentos, dados e informações
divulgação ou execução dependerá de autorização da sigilosos forem efetuadas em tipografias, impressoras,
autoridade classificadora ou oficinas gráficas, ou similares, essa operação deverá ser
autoridade competente hierarquicamente superior. acompanhada por agente público credenciado, que será
responsável pela garantia do sigilo
SUBSEÇÃO VI durante a confecção do documento.
DA CREDENCIAL DE SEGURANÇA
SUBSEÇÃO VIII
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de conhecer DA GESTÃO DE CONTRATOS
são condições indispensáveis para que o agente público
estadual no efetivo exercício de cargo, função, emprego ou Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acesso por
atividade tenha acesso a documentos, dados e informações parte da contratada a documentos, dados ou informações
sigilosos equivalentes ou inferiores ao de sua credencial de sigilosos,
segurança. obedecerá aos seguintes requisitos:
Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos graus I - assinatura de termo de compromisso de manutenção
de sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, serão de
classificadas nos sigilo;
graus de sigilo ultrassecreta, secreta ou reservada. II - o contrato conterá cláusulas prevendo:
Artigo 64 - A credencial de segurança referente à a) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao
informação pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto, objeto
será identificada como contratado, bem como à sua execução;
personalíssima. b) obrigação de o contratado adotar as medidas de
Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança compete segurança adequadas, no âmbito de suas atividades, para a
às autoridades máximas de órgãos e entidades da manutenção do
Administração Pública Estadual, podendo ser objeto de sigilo de documentos, dados e informações aos quais teve
delegação. acesso;
§ 1º - A credencial de segurança será concedida mediante c) identificação, para fins de concessão de credencial de
termo de compromisso de preservação de sigilo, pelo qual os segurança, das pessoas que, em nome da contratada, terão
agentes públicos responsabilizam-se por não revelarem ou acesso
divulgarem documentos, dados ou informações sigilosos dos a documentos, dados e informações sigilosos.
quais tiverem conhecimento direta ou indiretamente no Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração
exercício de Pública Estadual fiscalizarão o cumprimento das medidas
cargo, função ou emprego público. necessárias à proteção dos documentos, dados e
§ 2º - Para a concessão de credencial de segurança serão informações de natureza sigilosa transferidos aos
avaliados, por meio de investigação, os requisitos contratados ou decorrentes da execução
profissionais, do contrato.
funcionais e pessoais dos propostos.
§ 3º - A validade da credencial de segurança poderá ser CAPÍTULO V
limitada DAS RESPONSABILIDADES
no tempo e no espaço.
§ 4º - O compromisso referido no “caput” deste artigo Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam
persistirá responsabilidade do agente público:
enquanto durar o sigilo dos documentos a que tiveram I - recusar-se a fornecer documentos, dados e informações
acesso. requeridas nos termos deste decreto, retardar
193 deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la
SUBSEÇÃO VII intencionalmente de forma
DA REPRODUÇÃO E AUTENTICAÇÃO incorreta, incompleta ou imprecisa;
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir,
Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC dos inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente,
órgãos e entidades da Administração Pública Estadual documento, dado ou informação que se encontre sob sua
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à
pessoa acesso indevido ao documento, dado e informação sigilosos ou física ou entidade privada que, em virtude de
vínculo de qualquer pessoal;natureza com órgãos ou entidades estaduais, tenha acesso a V - impor sigilo a documento,
dado e informação para obter documento, dado ou informação sigilosos ou pessoal e a submeta a
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato tratamento indevido.
ilegal cometido por si ou por outrem;
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente CAPÍTULO VI
documento, dado ou informação sigilosos para beneficiar a si ou a DISPOSIÇÕES FINAIS
outrem, ou em prejuízo de terceiros;
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou informação
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte sigilosos resultante de tratados, acordos ou atos
internacionais de agentes do Estado.atenderá às normas e recomendações constantes desses
§ 1º - Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa instrumentos.
e do devido processo legal, as condutas descritas no “caput” deste Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº
9.507, de artigo serão apuradas e punidas na forma da legislação em vigor.12 de novembro de 1997, em relação à
informação de pessoa, física § 2º - Pelas condutas descritas no “caput” deste artigo, ou jurídica, constante de registro ou
banco de dados de entidades
poderá o agente público responder, também, por improbidade governamentais ou de caráter público.
administrativa, conforme o disposto na Lei federal nº 8.429, de 2 Artigo 78 - Cabe à Secretaria de Gestão Pública:
de junho de 1992.I - realizar campanha de abrangência estadual de fomento Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a
documentos, à cultura da transparência na Administração Pública Estadual e
dados ou informações sigilosos, nos termos deste decreto, é conscientização do direito fundamental de acesso à informação;
responsável pela preservação de seu sigilo, ficando sujeito às II - promover treinamento de agentes públicos no que se refere
sanções administrativas, civis e penais previstas na legislação, em ao desenvolvimento de práticas relacionadas à
transparência na caso de eventual divulgação não autorizada.Administração Pública Estadual;
Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia de documentos III - formular e implementar política de segurança da
e informações sigilosos sujeitam-se às normas referentes ao sigilo informação, em consonância com as diretrizes da política
estadual profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética específico, de arquivos e gestão de documentos;
sem prejuízo das sanções legais.IV - propor e promover a regulamentação do credenciamento Artigo 74 - A pessoa física ou
entidade privada que detiver de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades da documentos, dados e
informações em virtude de vínculo de Administração Pública Estadual para tratamento de informações
qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o sigilosas e pessoais.
disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e Artigo 79 - A Corregedoria Geral da Administração será
neste decreto estará sujeita às seguintes sanções:responsável pela fiscalização da aplicação da Lei federal nº I -
advertência;12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste decreto no âmbito
II - multa;da Administração Pública Estadual, sem prejuízo da atuação dos
III - rescisão do vínculo com o poder público;órgãos de controle interno.
IV - suspensão temporária de participar em licitação e Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias entram
impedimento de contratar com a Administração Pública Estadual em vigor na data de sua publicação.
por prazo não superior a 2 (dois) anos;
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
com a Administração Pública Estadual, até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Comitê
de § 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando a promover
os estudos poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o necessários à criação, composição,
organização e funcionamento
direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo da Comissão Estadual de Acesso à Informação.
de 10 (dez) dias.Parágrafo único - O Presidente do Comitê de Qualidade da § 2º - A reabilitação referida no inciso V deste
artigo será Gestão Pública designará, no prazo de 30 (trinta) dias, os membros
autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento integrantes do Grupo Técnico.
ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e decorrido o prazo Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração
Pública da sanção aplicada com base no inciso IV.Estadual deverão proceder à reavaliação dos documentos, dados e § 3º -
A aplicação da sanção prevista no inciso V deste artigo informações classificados como ultrassecretos e secretos no prazo
é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência
da Lei entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista.§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados e informações,
Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respondem em razão da reavaliação prevista no “caput” deste artigo, deverá
diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação observar os prazos e condições previstos na Lei federal nº
12.527,
não autorizada ou utilização indevida de documentos, dados de 18 de novembro de 2011.
e informações sigilosos ou pessoais, cabendo a apuração de § 2º - No âmbito da administração pública estadual, a
responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado reavaliação prevista no “caput” deste artigo poderá ser
revista, a o respectivo direito de regresso.qualquer tempo, pela Comissão Estadual de Acesso à Informação, observados os
termos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011, e deste decreto.
194
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação (C) Será reservado por lei percentual de cargos públicos
previsto no “caput” deste artigo, será mantida a classificação para pessoas portadoras de deficiência, mas essa regra
dos documentos, dados e informações nos termos da não se aplica
legislação a empregos públicos.
precedente. (D) É permitida a vinculação ou a equiparação de
§ 4º - Os documentos, dados e informações classificados quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
como secretos e ultrassecretos não reavaliados no prazo remuneração de pes-
previsto no “caput” deste artigo serão considerados, soal do serviço público.
automaticamente, de (E) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
acesso público. públi-
Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da co serão computados e acumulados para fins de concessão
vigência deste decreto, a autoridade máxima de cada de
órgão ou entidade da Administração Pública Estadual acréscimos ulteriores.
designará subordinado para, no âmbito do respectivo
órgão ou entidade, exercer as seguintes 3. (UEPA – AGENTE ADMINISTRATIVO – FADESP/2019)
atribuições: Ao tratar
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, os dos direitos e garantias fundamentais, a Constituição Federal
recursos organizacionais, materiais e humanos, bem como Brasi- leira de 1988 estabelece que
as demais providências necessárias à instalação e (A) todos são iguais perante a lei, sem distinção de
funcionamento dos Serviços de Informações ao Cidadão - qualquer
SIC, a que se refere o artigo 7º deste natureza.
decreto; (B) é livre a manifestação do pensamento, sendo violável o
II - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso ano-
a documentos, dados ou informações, de forma eficiente e nimato.
adequada aos objetivos da Lei federal nº 12.527, de 18 de (C) são violáveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
novembro de 2011, ima-
e deste decreto; gem das pessoas.
III - orientar e monitorar a implementação do disposto na (D) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste alguma
decreto, e coisa senão por vontade própria.
apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
4. (TRE/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO – IBFC/2020) A
IV - recomendar as medidas indispensáveis à implementação Constituição Federal (CF/88) traz algumas condições de
e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos elegibilidade. Assinale a alternativa que não apresenta uma
necessários ao correto cumprimento do disposto neste das condições de elegibilidade
decreto; estabelecidas pela CF:
V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a (A) Nacionalidade brasileira
atualização (B) Alistamento eleitoral
de pessoal que desempenhe atividades inerentes à (C) Pleno exercício dos direitos políticos
salvaguarda de documentos, dados e informações sigilosos (D) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual
e pessoais.
Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documentos e 5. (PREFEITURA DE MAURITI/CE – ADVOGADO – CEV-
QUESTÕES Acesso UR-
- CADA deverão apresentar à autoridade máxima do órgão CA/2019) Em relação aos direitos políticos, o analfabeto:
1. (CÂMARA
ou entidade, DE ITAMBÉde
plano e cronograma DO MATO DENTRO/MG
trabalho, no prazo de 30– (A) Vota facultativamente, mas é inelegível.
ASSISTENTE
(trinta) dias, LEGISLATIVO
para o cumprimento – FUNDEP/2019)
das atribuições previstasSão
no (B) Vota obrigatoriamente e é elegível para cargos
princípios
artigo 6º, incisos I e II, e artigo constitucionais
32, inciso da Ad-
I, deste decreto. municipais.
ministração
Palácio dos Pública:
Bandeirantes, 16 de maio de 2012 (C) Vota facultativamente e é elegível para cargos
(A) Eficiência, Impessoalidade, Moralidade, Legalidade e municipais.
Publi- (D) Vota obrigatoriamente, mas é inelegível.
cidade. (E) Vota facultativamente e é elegível para quaisquer cargos.
(B) Anterioridade, Não confisco, Legalidade, Isonomia e
Capa- 6. A segurança pública, dever do Estado, direito e
cidade Contributiva. responsabili-
(C) Legalidade, Autonomia Privada, Publicidade, Eficiência e dade de todos, é exercida para a preservação da ordem
Devido Processo Legal. pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por
(D) Responsabilidade, Equidade, Normatização, Moralidade meio dos seguintes órgãos:
e (A) Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e
Pessoalidade. Po-
lícia Técnica.
2. (CRF/PR – ANALISTA DE RH – QUADRIX/2019) Com (B) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia
relação Ferroviá-
às disposições gerais da Administração Pública conforme ria Federal e Polícia Civil.
previsão constante do texto da Constituição Federal de (C) Polícia Técnica Científica, Polícia Civil e Polícia Federal
1988, assinale a al- ternativa correta. (D) Polícia Técnico-Científica.
(A) A lei reservará percentual dos cargos e empregos (E) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia
públicos Ferroviá-
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os ria Federal, Polícias Civis e Polícias Militares e Corpo de
critérios195 Bom-
de sua admissão. beiros Militares.
(B) Não é admitida contratação por tempo determinado para
atender necessidade temporária de excepcional interesse 7. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 144, caput,
pú- diz expressamente que a segurança pública é direito e
blico. responsabilida-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(D) O policiamento comunitário visa a participação social. (D) quando não for autorizado o acesso por se tratar de
(E) Toda a sociedade deve estar envolvida no projeto de infor- mação total ou parcialmente sigilosa, o requerente
segu- deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso,
rança pública. prazos e condições para sua interposição, devendo,
ainda, ser-lhe indicada a auto- ridade competente para
8. A Lei no 12.527 de 2011, que regula o direito à informação sua apreciação.
produzida em órgãos públicos integrantes da administração (E) o serviço de busca e fornecimento da informação é
direta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, afirma gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de
que o cida- dão tem o direito fundamental de acesso à documentos pelo órgão ou entidade pública consultada,
informação, definida como dados, processados ou não, que situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o
podem ser utilizados para produção e transmissão de valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços
conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou e materiais utilizados.
formato. O sigilo, ou seja, a restrição temporária de acesso
público, é garantido à informação cuja preservação do GABARITO
conhecimento geral é imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado. Fora nessa exceção, as demais
informações de interesse pú- blico e sem classificação 1 A
sigilosa têm a publicidade como preceito
geral. Elas, portanto, devem ser divulgadas 2 A
(A) pelos departamentos de comunicação dos órgãos 3 A
públicos. 4 D
(B) mediante solicitação de pessoa física ou jurídica
interessa- 5 A
da. 6 E
(C) por iniciativa do órgão público e independentemente de
solicitações. 7 C
(D) quando há disponibilidade de tecnologias da informação. 8 C
(E) nos órgãos em que já existe controle social da
administra- 9 B
ção. 1 C
0
9. O acesso à informação de que trata a Lei n. 12.527, de 18
de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação no
Brasil), com- preende, entre outros, os direitos abaixo,
exceto:
(A) informação pertinente à administração do patrimônio pú-
blico, utilização de recursos públicos, licitação, contratos
admi-
nistrativos.
(B) informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e
enti- dades, inclusive as relativas à sua política, organização
e servi-
ços, mesmo que sigilosa ou parcialmente sigilosa.
(C) informação primária, íntegra, autêntica e atualizada.
(D) orientação sobre os procedimentos para a consecução
de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser
encontrada
ou obtida a informação almejada.
(E) informação produzida ou custodiada por pessoa física
ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com
seus ór-
gãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha
cessado.