Linhas, Legiões & Falanges

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LINHAS, LEGIÕES E FALANGES

Cada linha compõe-se de sete legiões, tendo cada legião o seu chefe. Cada legião
divide-se em sete grandes falanges, que por sua vez também tem um chefe e cada falange
divide-se em sete sub-falanges e assim por diante, obedecendo a um critério lógico.
Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conhecer as linhas ou vibrações.
Uma linha ou vibração, equivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um
"Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no espaço.
Vejamos quais são as Sete Linhas da Umbanda:
1. Linha De Oxalá
2. Linha De Iemanjá
3. Linha De Ogum
4. Linha De Oxóssi
5. Linha De Xangô
6. Linha De Oxum / Yori
7. Linha De Abaluaê / Yorimá
Estes nomes são sagrados e ancestrais e nomeiam os sete Orixás Maiores da Umbanda.
Estes Orixás Planetários são os sete espíritos mais elevados do planeta, e muitas vezes
encarnaram aqui. Os Orixás Maiores não incorporam, eles têm funções de governo planetário.
Cada um deles estende suas vibrações e ordenações a mais sete entidades denominadas Orixás
Menores e estas, cada uma para mais sete inferiores e assim por diante.

Veja como se organiza uma linha:

Categoria – Quantidade - Grau - Denominação

Orixá Maior 1
Orixá Menor 7 - (1º Grau) - Chefe de Legião
Orixá Menor 49 - (2º Grau) - Chefe de Falange
Orixá Menor 343 - (3º Grau) - Chefe de Sub-Falange
Guia 2401 - (4º Grau) - Chefe de Grupamento
Protetor 16807 - (5º Grau) - Chefe Integrante de Grupamento
Protetor 117649 - (6º Grau) - Sub Chefe de Grupamento
Protetor 823543 - (7º Grau) - Integrante de Grupamento

A cada grau que a hierarquia vai descendo a quantidade de entidades vai se


multiplicando por sete, pois cada entidade, dentro de sua hierarquia delega ordenações para
mais sete.
1 - Linha de OXALÁ = A Luz do Senhor DEUS

Essa linha representa o princípio, o não-criado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz
refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmos, compassado
e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de
grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de
Cabeça". É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são responsáveis pela integração das
demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da
paz e do amor. Suas falanges são:

Caboclo Urubatã da Guia representante da Vibração Espiritual


Caboclo Ubirajara intermediário para Iemanjá
Caboclo Guaracy intermediário para Ogum
Caboclo Guarani intermediário para Oxóssi
Caboclo Aymoré intermediário para Xangô
Caboclo Ubiratan intermediário para Oxum
Caboclo Tupy intermediário para Abaluaê

2 - Linha de IEMANJÁ = A Senhora da VIDA

Essa linha é também conhecida como Povo d'Água. Iemanjá significa a energia
geradora, a divina mãe do universo, o eterno feminino, a divina mãe na Umbanda. As entidades
dessa linha gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações, de maneira
serena. Seus pontos cantados têm um ritmo muito bonito, falando sempre no mar e em Orixás
da dita linha. Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios),
agrupadas com os nomes de Janaínas, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente
com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor.

São as seguintes as falanges de Yemanjá:

a. Falange da Sereia do Mar (encantadas);

Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água.


Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais oferendas a
Iemanjá, entregues para serem levadas ao fundo dos mares, lagos ou rios.

b. Falange da Cabocla Yara (rio);

Dominam a força nascida do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao
Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas como Caboclas do
Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde, vermelha e branca, para Ogum.

c. Falange da Cabocla Nanã (fontes);

A Cabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na
beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares.
Protegem as actividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela será clara e lilás, ao
Orixá Nana.
d. Falange da Cabocla Iansã (chuva);

A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob
os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas
dificuldades da vida. Aceitam velas azuis-claras, vermelhas e brancas, podendo ser entregues
junto às oferendas de Xangô nos bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.

e. Falange da Cabocla Oxum (cachoeira);

As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima
para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os fluidos benfeitores são
trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou fluido cósmico universal. Sua vela
será azul-clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum.

f. Falange da Cabocla Indayá (lagos);

Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Yori, ou seja, a Falange de Cosme e
Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das
crianças. Suas velas serão azuis-claras e rosas.

g. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína (mar).

Estão sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação. Ligam-se muito ao
Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.

3 - Linha de OGUM = Guerreiro PACIFICADOR

A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques


conseqüentes do karma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida.
É a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Os Caboclos de Ogum gostam de
andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram
vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas, batalhas,
etc. Ogum domina a Linha de Umbanda que controla todos os fatos de execução e cobrança do
carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados.

a. Falange de Ogum Beira-Mar

Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto


Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas. Aceitam oferendas com velas nas cores branca,
verde, vermelha e azul-clara.

b. Falange de Ogum Rompe-Mato

Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi (Ode) e Ossãe, nas matas. Ogum das
Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que
trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas oferendas na
entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela vermelha. Ogum das
Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas cores verde e vermelha (misturadas
geram o marrom), com velas nas mesmas cores.
c. Falange de Ogum Megê

É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios,


rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será
em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena).

d. Falange de Ogum Naruê

Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”. Trabalhando diretamente
na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras. Aceita suas
oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas cores branca e
vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.

e. Falange de Ogum Matinata

Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá, os
locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha diretamente para esse Orixá. Aceita suas
oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.

f. Falange de Ogum Iara

Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser
entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou
verde e branca.

g. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)

“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha
pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança, rondando o
mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar
livre.

4 - Linha de OXÓSSI = O Catequizador de ALMAS

A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou


seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de
maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. Seus pontos
cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da
espiritualidade e da natureza, principalmente as matas. Toda a parte doutrinária e evangélica,
com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos,
pertencem a essa falange. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de
caçador de almas. Rege também a disciplina e obediência.

a. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas

Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações


indígenas (maias, astecas, incas, etc). Falam estranhos “dialetos” quando “descem”. Nessa
falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso queimado, folhas de
alecrim e alfazema frescas.
b. Falange do Caboclo Araribóia

Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o
objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados
no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas.
Gostam de flores variadas.

c. Falange da Cabocla Jurema

Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os


transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e
na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas,
fitas coloridas, menos o preto.

d. Falange dos Caboclos Guaranis

São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis


estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. Nunca recebem mel em suas
oferendas.

e. Falange dos Caboclos Tamoios

Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na


calunga”, vencendo a feitiçaria. Trazem as almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na
atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam
folhas de arruda em suas oferendas, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.

f. Falange dos Caboclos Tupis

São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores, muito
brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.

g. Falange do Caboclo Urubatã

São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os


incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas
oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange
que recebe outra cor, além do verde.

5 - Linha de XANGÔ = O Dirigente de ALMAS

Xangô é o Orixá que coordena toda lei Kármica, é o dirigente das almas, o Senhor da
balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da Justiça.
Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus
sítios vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras.
a. Falange de Xangô Caô

Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é
o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.

2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)

Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral,
atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.

c. Falange de Xangô Alufã

O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras


dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o
marrom e o branco.

d. Falange de Xangô Agodô

Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a
espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.

e. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)

“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é
sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas
cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no
casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor, oferece-se junto uma vela para Iemanjá.

f. Falange de Xangô Aganjú

É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da
cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom.

g. Falange de Xangô Djacutá

Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios,
sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses
abusos. Suas cores são o branco e o marrom.

6 - Linha de OXUM / Yori = A Pureza do AMOR

Essas entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus cavalos, maneiras e vozes
infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Quando no plano de protetores, gostam de
sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Seus pontos cantados são melodias
alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos sagrados.

Yori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção,
quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação próxima. Onde
for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha de
Yori que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual.
Uma criança brincando, em um trabalho, não é uma atividade infrutífera, como pensam
alguns. É uma entidade que sabe perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de
descarrego de tudo o que está em volta.

a. Falange de Tupanzinho (Idolu ou Idossu)

São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais.


Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa.

b. Falange de Doum

São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe
indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde
e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruzam-se com a Linha de Yorimá
(dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em jardins e praças.

c. Falange de Alabá

Cruzam-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem
condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Suas
oferendas são próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa falange.

d. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias,
trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados em suas
bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.

e. Falange de Sansu

Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura, vinda


de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas: conchinhas e estrelas-
do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens da oferenda.

f. Falange de Damião

Cruzam-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das
entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram, de preferência,
nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.

g. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças recém-desencarnadas na Linha de
Oxalá. Com o qual cruzam.
7 - Linha de ABALUAÊ / Yorimá = O Senhor dos CAMINHOS

Também chamada de Linha das Almas, essa linha é composta dos primeiros espíritos
que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Pretos-Velhos
ensinando e praticando as verdadeiras "mirongas". Eles são a doutrina, a filosofia, o mestrado
da magia, em fundamentos e ensinamentos. Geralmente gostam de trabalhar e consultar
sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação através de sua fumaça.
Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho e o cansam muito,
principalmente pela parte dos membros inferiores, conservando-o sempre curvo. Falam
compassado e pensam bem no que dizem. Raríssimos os que assumem a Chefia de Cabeça, mas
são os auxiliares dos outros "Guias"- o seu braço direito. Os pontos cantados nos revelam uma
melodia tristonha e um ritmo mais compassado, dolente, melancólico, traduzindo verdadeiras
preces de humildade.

Yorimá significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do aprendizado


a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. É a prática da
caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam
que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos-Velhos.

a. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)

Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o
resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas
oferendas são entregues nas praias.

b. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)

Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a
dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.

c. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)


Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida,
por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por
excelência.

d. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)


Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos
conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas
no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

e. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)


Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do
indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares
abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

f. Falange do Povo de Luanda (Pai José)


Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade,
sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.
g. Falange de Bengala (Pai Tomé)
Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da
paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.

AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA

Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são
entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda.

Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração.


São elas: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos, orientais e
mestres que trabalham na cura.

Os Exús nas sete linhas de Umbanda:

1. Linha de Ogum: Exu Tranca Ruas das Almas, Exu tranca Ruas de Embaré, Exu
Tranca Ruas das Sete Encruzilhadas, Exu Veludo, Exu Sete Encruzilhadas, Exu sete Facas, Exu
da Mangueira e outros.

2. Linha de Oxossi: Exu Marabô, Exu Tronqueira, Exu Mangueira e outros.

3. Linha de Xangô : Exu Marabô Toquinho, Exu Labareda, Exu do Lodo, Exu Pedra
Negra e outros.

4. Linha de Yorimá : Exu Caveira, Exu Tata Caveira, Exu 7 covas, Exu Bananeira, Exu
Mulambo, Exu 7 porteira e outros.

5. Linha de Oxalá : Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu Gira Mundo, Exu Sete
Encruzilhadas e outros.

6. Linha de Yemanja : Todas as Pombagiras.

7. Linha de Yori : Todos os Exus mirins.

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