Gestão Dos Recursos Humanos: Sistemas de Informação
Gestão Dos Recursos Humanos: Sistemas de Informação
Gestão Dos Recursos Humanos: Sistemas de Informação
Sistemas de Informação
Competências
Fatores motivacionais dos profissionais, analisar e identi-
ficar os perfis dos profissionais de TI e dos gestores.
Habilidades
Formar equipes com profissionais e gestores adequa-
dos, bem como métodos para melhoria dos gestores.
Apresentação
Nesta unidade, você verá como são formadas as equi-
pes, os fatores motivacionais, as fases de estruturação
das equipes e os perfis dos papéis desempenhados pe-
las equipes e pelos seus gestores, com foco em tecnolo-
gia da informação.
Para Começar
Olá!
Na aula anterior, vimos como implementamos e ge-
renciamos projetos voltados para tecnologia da informa-
ção (TI), estudamos a EAP (Estrutura Analítica do Projeto)
e como identificamos e mitigamos os riscos de projetos,
sempre que possível, é lógico! Nesta aula, estudaremos
como gerenciar os recursos humanos nos departamen-
tos de sistemas de informação de uma empresa. Tratar
(ou falar) de pessoas é algo muito complexo, pois temos
de trabalhar com as diferenças. Cada pessoa é um ser
diferente, e temos de entender e saber como gerenciar
e aproveitar o melhor de cada um.
Você já se perguntou como são realizadas as contra-
tações de profissionais de áreas técnicas de uma orga-
nização?
Como conseguimos contratar o melhor colaborador
tanto no quesito técnico, como o de relacionamento
empresarial?
Veja esta tirinha: http://www.blogcmmi.com.br/
lideranca/pessoas-nao-sao-recursos.
No decorrer desta aula, poderemos observar que
existem testes e passos que são muito diferentes ou
complementares aos métodos e processos de contrata-
ções de profissionais que não são da área de sistemas de
informações. Essas diferenças não vêm do fato de que
os profissionais de sistemas de informações são consi-
derados pessoas de difícil relacionamento e de difícil tra-
to. Por se tratarem de profissionais que trabalham com
o principal ativo da organização, a informação, esses profissionais muitas
vezes aproveitam esse fato para fazerem reivindicações que julgam me-
recer por serem o(a) “senhor (a) da informação”.
Aqui, romperemos a barreira desse mito, e conheceremos como é exe-
cutado o procedimento de contratação desses prestimosos profissionais.
Boa aula e sucesso!!!
Fundamentos
Em todas as áreas empresariais, temos a necessidade da utilização dos re-
cursos humanos, ou seja, as pessoas envolvidas e responsáveis pelos pro-
cessos empresariais. Quando levamos em consideração o gerenciamento
de pessoas, temos de ficar atentos às diversas formas de relacionamento
presentes em uma organização. Há aproximadamente duas décadas, as
empresas não tinham o comprometimento de formarem alianças efetivas
e parcerias com os colaboradores, pois nessa época os gestores conside-
ravam que era fácil e rápido substituir um colaborador. Isso porque não
eram considerados alguns fatores, como por exemplo, o conhecimento
agregado que um colaborador “carrega” do negócio, ou seja, os gestores
normalmente consideravam a força de trabalho e não o conhecimento
do colaborador.
Este cenário mudou com os avanços tecnológicos. Evoluímos na utili-
zação das ferramentas e necessitamos de todo conhecimento agregado
de nossos colaboradores para podermos potencializar o desempenho de
nossa organização e sermos consequentemente mais competitivos.
Segundo Turban (2007), para estarem aptas às constantes mudanças
decorrentes da sociedade da informação, as organizações devem ter um
planejamento eficiente dos recursos, sejam eles materiais, financeiros e,
em especial os humanos, que realmente são os principais atores para a
gestão eficiente da informação nas organizações modernas.
O’Brien (2007) lembra que para o planejamento de oportunidades em
sistemas de informações ser efetivo e aderente ao plano de negócios da
organização, deve-se fazer uso dos recursos tecnológicos disponíveis e de
recursos humanos qualificados para potencializar a obtenção dos resul-
tados esperados.
Segundo Bach (2001), os departamentos de SI possuem um ciclo de vida
mais curto que os de outros departamentos de uma organização, principal-
mente porque esse departamento está sempre em mudança, principalmen-
te tecnológica. Além disso, as pessoas que trabalham nesse departamento
Seleção
Segundo CHIAVENATO (2009), o processo de seleção desses profissionais
inicia-se analisando os currículos, em muitos casos podemos ter uma en-
trevista, dinâmicas de grupo (para analisar o perfil do profissional), prova
Retenção
Com o aumento da competitividade e em consequência, clientes cada vez
mais exigentes em relação aos produtos e serviços, as empresas necessi-
tam investir em processos internos, principalmente nos processos de re-
tenção de talentos, pois quando perdemos um desses talentos, perdemos
duas vezes, primeiramente que o profissional já conhecia os processos e
já estava em plena produção (trabalhando e a empresa tendo o retorno
do investimento aplicado no recurso, como por exemplo, treinamento,
desenvolvimento, etc.), e a perda de tempo e recursos financeiros para a
seleção de um novo recurso humano para repor o que saiu (e nem sem-
pre conseguimos repor o recurso humano com a mesma qualidade).
Segundo DESSLER (2003) o processo de retenção de talentos é utiliza-
do para criar condições ambientais e psicológicas para que o profissional
fique satisfeito em trabalhar em nossa empresa, e sinta um certo “descon-
forto”, ou incerteza em trocar de empresa, mas para que esse processo
seja considerado bem-sucedido devemos ter uma administração da cultu-
ra organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança, qualidade de vida
e uma boa comunicação organizacional, fornecendo para os colaborado-
res um panorama claro dos desejos e anseios da organização, ou seja,
uma comunicação de mão dupla, onde os colaboradores e os gestores se
Trabalho em Equipe
Segundo PMI (2009), a formação de grupos ou equipes de trabalho é uma
característica de empresas de todos os setores e de todos os portes, ca-
racterizamos uma equipe de trabalho (utilizado em algumas empresas ou
bibliografia a palavra em inglês team) como um conjunto de pessoas que
possuem um objetivo comum, que executam de maneira coordenada e
eficiente as tarefas para alcançar esse objetivo.
Segundo PMI (2009), quando formamos uma equipe, devemos ter a
interação, troca de informações, experiências e expectativas para tomada
de decisões que ajudem atingir o objetivo, as pessoas da equipe devem
ter habilidades complementares e estarem comprometidas umas com as
outras para atingirem a meta.
Segundo BOBINSKI (2008), as equipes ou grupos são classificados em
três categorias:
Papo Técnico
Na formação de uma equipe devemos ter dois conceitos im-
portantes que são: objetivo comum e cooperação.
Trabalho em equipe é algo que está cada vez mais em utilização nas
empresas, mas devemos ter muito cuidado, pois devemos ter um per-
feito gerenciamento das necessidades e anseios dos membros da equi-
pe e não nos esquecer que todos são diferentes, mesmo tendo algumas
Atenção
Não podemos confundir pessoas com os “papéis” e seus
comportamentos nos “papéis”.
Para dar um exemplo de papéis na prática, que posso citar de minha ex-
periência profissional e que é utilizado por muitas empresas, é muito si-
milar aos filmes policiais: temos um policial que é o bonzinho e o outro
que é o mau. Quando vamos em reuniões com clientes, é normalmente
combinado que “papel” teremos na reunião. Isso mesmo, quando eu não
sou o “principal executivo” que está desenvolvendo o trabalho, combino
com o outro membro da equipe que eu serei o bonzinho (meu papel, pois
nem sempre sou bonzinho) e o outro membro, que tem uma posição de
destaque neste momento, será o mau (nem sempre ele é mau, mas é o
papel que estamos desempenhando). No decorrer da reunião, a pauta
vai sendo realizada e problemas e cobranças vão ocorrendo. Sempre que
necessário, o “papel de mau” pode criticar ou até mesmo indicar sua insa-
tisfação com o membro que está no “papel de bonzinho”. Dependendo o
caso, esse “jogo” de papéis pode ser muito proveitoso para a organização,
mas devemos ter muito cuidado com essa técnica para não potencializar-
mos os problemas. Essa “técnica” deve ser utilizada somente por profis-
sionais com grande experiência e que sabem exatamente o resultado que
pretendem alcançar.
O que é Este profissional, conhece um “quase tudo” sobre um “quase nada” que Impacto em todo projeto,
especialista, interessa ao projeto (ou trabalho a ser desempenhado), o problema é pois possui dificuldade
mas não se que, por esse motivo, este profissional acredita que “vale mais” do que de comunicação com
entende com os outros e tem enorme dificuldade de relacionamento e em especial os outros membros da
os outros não colabora quase nada, pois não se comunica adequadamente. equipe de trabalho.
Atenção
Você pode observar alguns perfis problemáticos que temos
na formação de nossa equipe, devemos analisar quais desses
perfis podem ser prejudiciais aos trabalhos e não alocarmos
esses profissionais para nossa equipe. Cuidado, alguns desses
profissionais podem ser prejudiciais a saúde de nossa equipe.
Comunicação Persuasiva
Para OLIVEIRA (2009), a persuasão nada mais é do que a forma pela qual
conseguimos que outras pessoas adotem determinadas crenças, pensa-
mentos ou comportamentos, sem a necessidade de obrigarmos que fa-
çam isso, então ao contrário do que muitas pessoas pensam, persuasão
não é impor, e sim aconselhar.
Existem duas formas de persuasão, que são convencer (forma lógica) e
comover (forma afetiva), quando falamos em convencer, é que o interlo-
cutor nos levou a aceitar algo pelos seus argumentos, sendo estritamente
racional e intelectual, não fizemos nenhum tipo de apelo emocional para
que nossa ideia fosse aceita, já quando tentamos comover ou despertar
algum sentimento (amor, ira, alegria, tristeza, medo, ódio, etc), fazemos
ou tentamos sensibilizar afetivamente ou seja, conquista-lo “pelo coração”
ou pela paixão.
Dependendo o que queremos comunicar, ou qual resultado que de-
sejamos, podemos utilizar qualquer uma das formas de persuasão a de
convencimento e de comoção, nossa escolha deve ser feita levando em
consideração alguns fatores, mas os predominantes são: o objetivo que
queremos alcançar e o público alvo.
O Intraempreendedor
Segundo OLIVEIRA (2009), o intraempreendedor ou empreendedor inter-
no é o empreendedor que se restringe aos limites da organização na qual
trabalha, ele é inteiramente ligado a uma empresa que lhe paga um salá-
rio para pensar em inovações.
E agora, José?
Agora que você já conhece os principais perfis dos pro-
fissionais de tecnologia da informação e dos gestores, as
fases de como estruturar uma equipe eficiente e como é
importante a colaboração na equipe. Na próxima unida-
de de aprendermos os conceitos e as funcionalidades da
internet, intranet e extranet, assim conseguiremos tam-
bém utilizar essas ferramentas para conseguirmos captar
e manter nossos recursos humanos e também como au-
xiliar em outras tarefas em nosso dia a dia empresarial.
Até a próxima aula e bons estudos!
Referências
CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de Pessoas. OLIVEIRA, A, MARCO. Comportamento Orga-
São Paulo:Campus, 2009. nizacional para Gestão de Pessoas. São
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