Idade Antiga

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Simulado 15 questões
Assunto: idade antiga
Questão 1 FGV-SP Questão 3 FUVEST
O Eufrates não é um rio manso e amistoso como o Nilo, Examine estas imagens produzidas no antigo Egito:
com uma inundação de fim de verão, regular como um
relógio, que prepara a terra para o plantio do trigo no
inverno. [...] Ele transborda de suas margens, de forma
errática e imprevisível, durante a primavera, quando a
semente já no chão tem de ser protegida, primeiro para
não se afogar sob as águas da enchente; segundo, para
não secar sob o sol escaldante, que faz evaporar mais da
metade do fluxo do rio antes que ele chegue ao mar.
(Paul Kriwaczek. Babilônia: a Mesopotâmia e o nascimento
da civilização, 2018.)

O excerto faz uma comparação entre a sociedade da


Suméria e a do Egito da Antiguidade, acentuando, entre
elas,
a os aspectos divergentes do ponto de vista da natureza
das atividades econômicas.
b a ausência de organização militar para a defesa dos
terrenos férteis.
c os esforços para o aproveitamento de condições
naturais de sobrevivência social.
d os padrões distintos de submissão da mão de obra
capturada nas guerras.
e a existência de sociedades sustentadas pela As imagens revelam
propriedade coletiva das terras.
a o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente
Questão 2 ENEM Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no
antigo Egito, do trabalho compulsório.
Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIll e
XVIl a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia b a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico
em babilônio) foi fundador do Império Babilônico que permitisse o aprimoramento da produção de
(correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios c o prevalecimento da agricultura como única atividade
e levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome de econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas
Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código regiões ocupadas pelo antigo Egito.
jurídico tido como o mais remoto já descoberto: O Código d dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que
de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou a tradição limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação
jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o direito e a de gado de maior porte.
lei a todos os súditos. e importância das atividades agrícolas no antigo Egito,
Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br Acesso em: que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente
12 fev 2013 (adaptado) metade do ano.

Nesse contexto de organização da vida social, as leis


contidas no Código citado tinham o sentido de
a assegurar garantias individuais aos cidadãos livres.
b tipificar regras referentes aos atos dignos de punição.
c conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de
guerra.
d promover distribuição de terras aos desempregados
urbanos.
e conferir prerrogativas políticas aos descendentes de
estrangeiros.
Questão 4 UNESP Questão 6 FUVEST
129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante Ao primeiro brilho da alvorada chegou do horizonte uma
com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados nuvem negra, que era conduzida [pelo] senhor da
dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, tempestade (...). Surgiram então os deuses do abismo;
assim como o rei perdoa a seus escravos. [...] Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do
133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques
e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua (...). Por seis dias e seis noites os ventos sopraram;
esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a
judicialmente condenada e atirada na água. [...] tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois
135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal
houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra (...) amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a humanidade
casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e havia virado argila (...). Na montanha de Nisir o barco ficou
voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, preso (...). Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba
assim como as crianças devem seguir seu pai. [...] e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não
138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que encontrando um lugar para pousar, retornou. Então soltei
lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela
pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e comeu, (...) grasnou e não mais voltou para o barco. Eu
deixá-la partir. então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos
(www.direitoshumanos.usp.br) quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho
sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses (...).
Esses quatro preceitos, selecionados do Código de A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade
caracterizada Comba-se no texto, registrado aproximadamente no
a pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre séculoVII a.C. e que se refere a um antigo mito da
os povos. Mesopotâmia, bem como em seus conhecimentos, é
b pela defesa da honra e da família numa perspectiva possível dizer que a sociedade descrita era
patriarcal. a mercantil, pacífica, politeísta e centralizada.
c pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz. b agrária, militarizada, monoteísta e democrática.
d pela liberdade de natureza numa perspectiva c manufatureira, naval, monoteísta e federalizada.
iluminista. d mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada.
e pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade e agrária, guerreira, politeísta e centralizada.
feminina.
Questão 7 ENEM LIBRAS
Questão 5 ENEM PPL O sistema de irrigação egípcio era muito diferente do
Na Mesopotâmia, os frutos da civilização foram complexo sistema mesopotâmico, porque as condições
partilhados entre diversas cidades-estados e, no interior naturais eram muito diversas nos dois casos. A cheia do
delas, entre vários grupos sociais, se bem que Nilo também fertiliza as terras com aluviões, mas é muito
desigualmente. No Egito dos faraós, os frutos em questão mais regular e favorável em seu processo e em suas datas
concentraram-se quase somente na Corte real e, do que a do Tigre e Eufrates, além de ser menos
secundariamente, nos centros regionais de poder. Se na destruidora.
Mesopotâmia o comércio cedo começou a servir também à CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São
acumulação de riquezas privadas, no Egito as trocas Paulo: Ática, 1986.
importantes permaneceram por mais tempo sob controle
do Estado. A comparação entre as disposições do recurso natural em
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São questão revela sua importância para a
Paulo: Ática, 1986 (adaptado). a desagregação das redes comerciais.
b supressão da mão de obra escrava.
Um fator sociopolítico que caracterizava a organização
estatal egípcia no contexto mencionado está indicado c expansão da atividade agrícola.
no(a) d multiplicação de religiões monoteístas.
a atrofiamento da casta militar. e fragmentação do poder político.
b instituição de assembleias locais.
c eleição dos conselhos provinciais.
d fortalecimento do aparato burocrático.
e esgotamento do fundamento teocrático.
Questão 8 FGV-SP Questão 9 ENEM
Após um longo período de dominação egípcia, os kushitas O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de
reorganizaram seus domínios a partir do século IX e todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os
estabeleceram Napata como a capital do seu império. próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em
Analise o mapa abaixo com atenção e assinale a pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do
alternativa correta: Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao
longo do Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística era, no


passado, interpretado de forma muito diferente, pois
a significava, entre outros aspectos, o poder que os
faraós tinham para escravizar grandes contingentes
populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
b representava para as populações do alto Egito a
possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos
canteiros faraônicos.
c significava a solução para os problemas econômicos,
uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas
riquezas, construindo templos.
d representava a possibilidade de o faraó ordenar a
sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em
obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
e significava um peso para a população egípcia, que
condenava o luxo faraônico e a religião baseada em
crenças e superstições.

Questão 10 FUVEST
“Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade
de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito
para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade
de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o
plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa
egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.”
Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.).
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é
possível depreender
a o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da
cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.
b a incorporação do processo de urbanização
egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região.
c a implantação dos princípios fundamentais
da democracia ateniense e do helenismo no Egito.
a O império de Kush estabeleceu-se ao sul do Egito e d a permanência da racionalidade urbana egípcia
caracterizou-se pela economia de subsistência. na organização de cidades no Império helênico.
b O Império de Kush estendeu seus domínios em direção e o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios,
ao deserto do Saara e controlou diversas rotas saarianas. na Grécia, após as conquistas de Alexandre.
c Apesar da expansão kushita, o império não
desenvolveu núcleos urbanos ou uma base administrativa.
d Os persas conquistaram todos os domínios kushitas no
século VII a.C.
e O império de Kush conseguiu estender seus domínios
até o norte do Egito nos séculos VIII e VII a.C.
Questão 11 ENEM PPL Questão 13 ENEM
196º — Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe Ao visitar o Egito do seu tempo, o historiador grego
deverá arrancar o olho. Heródoto (484 – 420/30 a.C.) interessou-se por fenômenos
197º — Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá que lhe pareceram incomuns, como as cheias regulares do
quebrar o osso. rio Nilo. A propósito do assunto, escreveu o seguinte:
198º — Se ele arranca o olho de um liberto, deverá “Eu queria saber por que o Nilo sobe no começo do verão
pagar uma mina. e subindo continua durante cem dias; por que ele se retrai
199º — Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou e a sua corrente baixa, assim que termina esse número de
quebra um osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade dias, sendo que permanece baixo o inverno inteiro, até um
de seu preço. novo verão.
Código de Hamurabi. Disponível em: www.dhnet.org.br. Alguns gregos apresentam explicações para os
Acesso em: 6 dez. 2017 fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que os ventos do
noroeste provocam a subida do rio, ao impedir que suas
Esse trecho apresenta uma característica de um código águas corram para o mar. Não obstante, com certa
legal elaborado no contexto da Antiguidade Oriental freqüência, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio
explicitada no(a) pare de subir da forma habitual. Além disso, se os ventos
a recusa do direito natural para expressão da vontade do noroeste produzissem esse efeito, os outros rios que
divina. correm na direção contrária aos ventos deveriam
b caracterização do objeto do delito para a definição da apresentar os mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque
pena. eles todos são pequenos, de menor corrente.”
Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. Chicago:
c engajamento da coletividade para a institucionalização Encyclopaedia Britannica Inc. 2.ª ed. 1990, p. 52-3 (com
da justiça. adaptações).
d flexibilização das normas para garantia do arbítrio dos Nessa passagem, Heródoto critica a explicação de alguns
magistrados. gregos para os fenômenos do rio Nilo. De acordo com o
e cerceamento da possibilidade de defesa para texto, julgue as afirmativas abaixo.
preservação da autoridade.
I - Para alguns gregos, as cheias do Nilo devem-se ao fato
Questão 12 FGV-SP de que suas águas são impedidas de correr para o mar
A notícia a seguir foi publicada em 26/02/2015: pela força dos ventos do noroeste.
II - O argumento embasado na influência dos ventos do
O Estado Islâmico destruiu uma coleção de estátuas e noroeste nas cheias do Nilo sustenta-se no fato de que,
esculturas inestimáveis no norte do Iraque que remontam quando os ventos param, o rio Nilo não sobe.
à antiga era assíria, de acordo com um vídeo publicado na III - A explicação de alguns gregos para as cheias do Nilo
Internet. baseava-se no fato de que fenômeno igual ocorria com rios
O vídeo dos militantes islâmicos radicais mostrou homens de menor porte que seguiam na mesma direção dos
atacando os artefatos, alguns deles identificados como ventos.
antiguidades do século 7 a.C., com marretas ou furadeiras,
dizendo se tratar de símbolos de idolatria. É correto apenas o que se afirma em
[...] a I.
Os artigos destruídos parecem ser de um museu de b II.
antiguidades na cidade de Mosul, no norte iraquiano,
c I e II.
tomada pelo Estado Islâmico em junho passado, afirmou
um ex-funcionário do museu à Reuters. d I e III.
Os militantes derrubaram as estátuas de suas colunas, e II e III.
despedaçando-as no chão, e um homem usou uma
furadeira elétrica em um touro alado. Questão 14 UNESP
Fonte: Isabel Coles e Saif Eldin Hamdan. Combatentes do [Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos
Estado Islâmico destroem antiguidades no norte do Iraque. próprios palácios e templos não eram suficientes para seu
Reuters Brasil. 26/02/2015. Disponível em: sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na
http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/id exploração da população das aldeias e das cidades. As
BRKBN0LU1PO20150226 . Acesso em 31/3/2015 formas de exploração eram principalmente duas: os
impostos e os trabalhos forçados.
Sobre as antigas civilizações que se desenvolveram na (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)
região do atual Iraque, é correto afirmar: Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere,
a As primeiras sociedades da Mesopotâmia podemos
desenvolveram-se a partir da expansão islâmica, cujos mencionar a
integrantes combateram intensamente as crenças a internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde
politeístas. deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e
b Em torno do século VII a.C., o Império Assírio, sésamo.
conhecido pela utilização de carros de guerra, incluiu em b utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou
seus domínios a Palestina e o norte do Egito. pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.
c As principais atividades econômicas desenvolvidas na c escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias
Mesopotâmia entre os séculos IX e VII a.C. eram a pecuária de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico
e a comercialização de tecidos e pedras preciosas. mesopotâmico como escravista.
d Do ponto de vista político, o Império Assírio estava d servidão por dívidas, que provocava a submissão total,
organizado em Cidades-Estado que implementaram a pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
participação democrática de seus cidadãos. e obrigação de prestar serviços, devida por toda a
e O surgimento do monoteísmo judaico na Mesopotâmia população livre, nas obras realizadas pelo rei, como
deixou marcas culturais profundas que contribuíram para a templos ou muralhas.
difusão da religião muçulmana com o Império Assírio.
Questão 15 FGV-SP
[...] os mestres gregos foram à escola com os egípcios, e
todos nós somos discípulos dos gregos. [...] Embora alguns
[dos] templos [gregos] sejam vastos e imponentes, não
atingem as colossais dimensões das construções egípcias.
Sente-se que foram edificadas por seres humanos, para
seres humanos. De fato, não existia um governante divino
imperando sobre os gregos que pudesse forçar – ou tivesse
forçado – todo um povo a trabalhar como escravos para
ele. As tribos gregas tinham-se instalado em várias
cidades pequenas e em portos de abrigo ao longo da
costa. Havia muita rivalidade e atritos entre essas
comunidades, mas nenhuma delas conseguiu dominar
todas as outras.
(Ernst H. Gombrich. A história da arte, 1993.)

O diálogo intercivilizacional entre o Egito e as cidades-


Estado gregas na Antiguidade foi
a impossibilitado pelas diferenças profundas de suas
atividades econômicas.
b estimulado por suas alianças militares contra o Império
Persa.
c interrompido pela oposição da filosofia grega às
explicações religiosas do mundo.
d condicionado por suas específicas organizações
políticas.
e favorecido pela presença de colônias egípcias nos
territórios gregos.
GABARITO

1. c
2. b
3. e
4. b
5. d
6. e
7. c
8. e
9. a
10. a
11. b
12. b
13. a
14. e
15. d

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