Furb - Fundação Universidade Regional de Blumenau Disciplina: Fisiopatologia Iv-Nutrição 4° Período

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FURB - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA IV- NUTRIÇÃO 4° PERÍODO


Principais agentes
causadores de câncer
Fatores internos: hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas
Fatores externos: meio ambiente, hábitos e costumes socioculturais

Multiplicação Ácumulo de Tumor


descontrolada de células cancerosas
células alteradas

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


Estatísticas do câncer no
mens brasil
Ho

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


Estatísticas do câncer no
lheres brasil
Mu

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


Desenvolvimento do Câncer
Para uma célula ser chamada
de cancerígena é preciso que
aconteçam mutações no DNA
de uma ou mais células e estas
adquiram a capacidade não só
de se dividir, mas também de
evitar a morte celular. Este
seria o ciclo normal de vida de
qualquer célula do organismo,
porém quando elas invadem
os tecidos adjacentes, a
doença se instala.
(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)
Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o segundo mais


comum entre os homens, no Brasil.
Principais fatores de risco: presença de
testosterona, idade, dieta rica em gorduras
e herança genética.
A maioria se desenvolve tão devagar (leva
cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não
chega a dar sinais durante a vida e causar
riscos à saúde do homem.

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


Câncer de Mama
Tumor malígno que se desenvolve na maioria
dos casos nos seios de mulheres, porém
existem casos de homens com câncer de
mama também.

Os sinais e sintomas do Câncer de Mama:


alterações do tamanho do seio; vermelhidão,
inchaço, calor ou dor na pele da mama;
nódulo ou caroço (não desaparece nem
diminui de tamanho); endurecimento da pele
da mama; coceira frequente; formação feridas;
liberação de líquido pelo mamilo
(especialmente sangue); veia facilmente
observada e crescente.

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


-Câncer Colón e reto
A ingestão de frutas, vegetais e fibras insolúveis com mutações celulares identificou uma tendência
de diminuição ao risco de tumores gerados pela mutação por BRAF (v-Raf murine sarcoma viral
oncogene homolog B1). Esse consumo foi associado a menor risco de CCR relacionado a
microssatélites estável / MSI- baixo, e KRAST que é frequente na via do câncer de colón adenoma.
identificou que o papel protetor das fibras ocorre por meio da modulação na microbiota intestinal
pela fermentação das fibras e formação de AGCCs

O alto teor de fibras e a baixa quantidade de gorduras no trato gastrointestinal pode proporcionar
melhora da mobilidade peristáltica, da barreira de proteção da mucosa intestinal contra patógenos e
fortalecimento do sistema imunológico
Os mecanismos potenciais para um efeito protetor das fibras acontecem por efeitos fisiológicos e
físico-químicos. Esse efeito protetor ocorre pela capacidade da formação de gel, solubilidade que
auxilia na diluição de carcinógenos fecais, redução do tempo de trânsito das fezes no intestino,
produção de AGCCs e alteração do eixo intestino-figado.
(MELO; PINHO, 2017)
Câncer de pulmão, traqueia e
brônquios
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil
Alguns sintomas: tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar,
perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco...
O câncer de traqueia surge quando suas células se multiplicam descontroladamente e desenvolvem
um tumor. Os tumores primários de traqueia, que se originam no órgão, são incomuns. Quando
ocorrem, geralmente são malignos em adultos e benignos em crianças.

Existe um número diverso de tumores originados de glândulas mucosas e dutos dos brônquios. São
tumores com potencial maligno (canceroso) amplamente variável, embora a maioria deles sejam
malignidades de baixo grau, crescendo e se espalhando muito mais lentamente do que o câncer de
pulmão convencional.

(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)


Câncer e a Relação com
a Alimentação

Associados ao aumento do risco do câncer de próstata: gordura


animal, carne vermelha, embutidos e cálcio.

Associados na prevenção do câncer de próstata: vegetais, vitaminas


D e E, licopeno e ômega-3.

A obesidade também está relacionada com o aumento do risco de


desenvolver essa doença.
Alimentos Vegetais
Frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras
leguminosas, sementes e nozes têm função protetora contra
o câncer, aumentando as defesas do corpo e colaborando
para o funcionamento do intestino.

Esses alimentos podem inibir a chegada de compostos


cancerígenos até as células e consertar o DNA danificado
quando a agressão já se iniciou. Se a célula foi alterada e não
for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a
sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.

Pode-se supor que o aumento no consumo de frutas e


hortaliças promove uma redução na incidência global de
câncer.
(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010)
Frutos
Amazônicos
Açaí, Guaraná, Cacau e Graviola e sua relação com o
combate ao câncer de colo de útero, câncer de próstata e
câncer de mama
.

Possuem propriedades diversas, dentre elas alto poder


antioxidante e anti-inflamatório, que retardam o
crescimento tumoral e possibilitam maior qualidade de
vida para as pessoas que utilizam os frutos que compõe a
Dieta Amazônica.
.

(OLIVEIRA; RIBEIRO; BARBISAN, 2020)


- Paullinia Cupana
(guaraná) e câncer de
mama.
O guaraná pode ser um agente importante nas terapias.
farmacológicas antitumorais, inibindo as vias mTOR e
MAPKs. Houve diminuição na formação de colônias e o
crescimento celular nas células MCF-7 e HT-29.
.

O extrato de PC-18 pode ser eficaz no tratamento da


fadiga (IRC) em pacientes com uma variedade de
tumores sólidos. .

(Del Giglio AB et al., 2013) (Cadoná FC et al., 2017 )


Euterpe olereacea (açaí)
e câncer de mama e
câncer de próstata
O açaí possui potencial antitumorigênico na linhagem celular
MCF-7. Propriedades anti-câncer..
.

O Elevado potencial antiangiogênico e anti-inflamatório do açaí,


devido à diminuição do número de macrófagos ativados, tem
resultando na inibição da carcinogenicidade do DMBA no câncer de
mama.

(Alessandra Perini et al., 2018 ) (Silva DF. et al., 2014)


Theobroma cacao (cacau) e câncer
de mama e câncer de próstata e
câncer de colo de útero.
A coesão entre as concentrações de PCE e tamoxifeno não
citotóxico abre a chance de uma terapia à base de polifenóis do.
cacau, que eleva a eficácia do tamoxifeno.
.

Resultados mostram que os extratos de polifenóis de cacau têm um


efeito antiproliferativo no crescimento de células de câncer de
próstata.

(Jourdain C et al., 2006 ) (Oleaga. C et al., 2012)


Annona muricata
(graviola) e câncer de
mama e câncer de próstata
e câncer de colo de útero
A. muricata e seus constituintes têm efeitos hepatoprotetores, neurotóxicos,
antinociceptivos, antiulcerativos e quimiopreventivos .
.

Extrato líquido iônico de frutas de graviola afeta o comportamento


citocinético das células MCF-7, reduzindo a viabilidade celular,
induzindo apoptose e parada do ciclo celular na fase G0 / G1.

.
(Daddiouaissa D et al., 2019) (Chan WJ et al., 2020 )
Especiarias
A curcumina exerce sua capacidade imunomoduladora interagindo com vários mediadores
imunológicos, daí sua propriedade anticancerígena.

A curcumina exerce propriedades anticancerígenas em diferentes modelos in vitro através


da inibição dos fatores AP-1 e NF-ÿB [9].

A propriedade imunomoduladora da curcumina é exercida não apenas em alvos


moleculares, mas também em componentes celulares, como macrófagos, células
dendríticas e linfócitos T e B.

A curcumina, um polifenol extraído dos rizomas da Curcuma longa, pertence ao grupo mais
promissor de compostos naturais bioativos, principalmente no tratamento de diversos tipos
de câncer.

( GIORDANO; TOMMONARO, 2019)


Fibras
A fibra dietética é composta por polissacarídeos, incluindo, as pectinas, lignina, celulose
betaglucanos, frutanos, dentre outros componentes.

As enzimas digestivas não conseguem digerir completamente o amido resistente


encontrado nas fibras, que será utilizado pelas bactérias intestinais no cólon. Dessa forma,
por meio da fermentação do amido, formam-se os AGCCs, sendo o acetato, propionato e o
butirato os principais AGCCs produzidos. Estes, são absorvidos pelos colonócitos do
intestino grosso e afetam positivamente a saúde intestinal, função imunológica, estímulo do
sistema nervoso e metabolismo energético.

(AMARAL; RODRIGUES, 2020)


Fibras

Os AGCC modulam os leucócitos que são responsáveis pela destruição e remoção de


patógenos, e agem no processo inflamatório e a resposta imune, aumentando a produção e
liberação de citocina anti-inflamatória (IL-10) por macrófagos, redução da liberação de
EROs, ERN e de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-12). Em conjunto, os efeitos
relacionados ao consumo das fibras podem por vários mecanismos reduzir o
desenvolvimento do CCR.

Os hábitos alimentares podem contribuir substancialmente para o aumento ou diminuição


da susceptibilidade de se desenvolver CCR, sobretudo em populações de risco e com o
baixo consumo de fibras.

(AMARAL; RODRIGUES, 2020)


Fitoquímicos
Ação Quimiopreventiva dos Fitoquímicos por meio da Regulação do Fator de Transcrição
Nrf2
Os compostos bioativos (fitoquímicos) são substâncias presentes nas frutas, verduras e
grãos que além das funções básicas são capazes de reduzir o risco várias doenças.
fitoquímicos, tais como resveratrol, curcumina, isotiocianato, luteolina, entre outros, atuam
na ativação da via Nrf2, utilizando diferentes mecanismos, sendo eles dependentes ou
independentes da proteína repressora Kelch-Like Epichlorohydrin-Associated Protein 1.

A modulação do fator de transcrição Nrf2 é um mecanismo que se configura como um


importante mediador no que concerne compostos nocivos ao organismo humano, e que a
atuação dos fitoquímicos nessa via contribui para a redução do risco de câncer.

(MELO; PINHO, 2017


Gordura
Vasta evidência científica, corroborada pela Agência Internacional para Pesquisa em
Câncer, da OMS, comprova que o excesso de gordura corporal representa risco para
o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer, como esôfago
(adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon
e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma,
tireoide e mieloma múltiplo.

O excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos


nos níveis de determinados hormônios, que promovem o crescimento de células
cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença, segundo os
pesquisadores.

(MELO; PINHO, 2017)


REFERÊNCIAS
ALESSANDRA-PERINI, J. et al. Euterpe oleracea extract inhibits tumorigenesis effect of the chemical
carcinogen DMBA in breast experimental cancer. BMC complementary and alternative medicine, v. 18, n. 1, p.
1-11, 2018.

CADONÁ, F. C. et al. Guaraná, a highly caffeinated food, presents in vitro antitumor activity in colorectal
and breast cancer cell lines by inhibiting AKT/mTOR/S6K and MAPKs pathways. Nutrition and cancer, v. 69,
n. 5, p. 800-810, 2017.

CHAN, W.J.J. et al. The safety and tolerability of Annona muricata leaf extract: a systematic review. Journal of
Pharmacy and Pharmacology, v.72, n.1, p.1-16, 2020

DADDIOUAISSA, D. et al. Antiproliferative activity of ionic liquid-graviola fruit extract against human breast
cancer (MCF-7) cell lines using flow cytometry techniques. Journal of Ethnopharmacology, v. 236, p. 466-473,
2019.

DEL GIGLIO, A.B. et al. Purified dry extract of Paullinia cupana (guaraná) (PC-18) for chemotherapy-related
fatigue in patients with solid tumors: an early discontinuation study. Journal of dietary supplements, v. 10,
n. 4, p. 325-334, 2013.

JOURDAIN, C. et al. In-vitro effects of polyphenols from cocoa and β-sitosterol on the growth of human
prostate cancer and normal cells. European journal of cancer prevention, v. 15, n. 4, p. 353-361, 2006.
REFERÊNCIAS
OLEAGA, C. et al. CYP1A1 is overexpressed upon incubation of breast cancer cells with a polyphenolic cocoa
extract. European Journal of Nutrition, v. 51, n. 4, p. 465-476, 2012.

OLIVEIRA, Lílian Márcia Daniel; RIBEIRO, Euler Esteves; BARBISAN, Fernanda. Frutos Amazônicos e Câncer: Uma
Revisão. REVISTA AMAZONENSE DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, [s. l.], p. 133-150, 15 dez. 2020. Disponível em:
https://raggfunati.com.br/docs/RAGG-dezembro-2020.pdf#page=133. Acesso em: 25 jul. 2022.

SILVA, D.F. et al. Cytotoxic effects of Euterpe oleracea Mart. in malignant cell lines. BMC complementary and
alternative medicine, v. 14, n. 1, p. 1-9, 2014.

BRUM, SPRITZER & BRENTAN. Biologia Molecular das Neoplasias de Próstata. São Paulo: Arq Bras Endocrinol
Metab, 2005. 797-804p. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/pfqbqJJVGFRzCP3vxzcVj7b/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 26 jul. 2022.

BRASIL. Câncer de próstata. Brasil: INCA, Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-
de-cancer/cancer-de-prostata. Acesso em: 26 jul. 2022.

SANTOS, Taiane A. dos; GONZAGA, Márcia Féldreman Nunes. Fisiopatologia do câncer de mama e os fatores relacionados.
Revista Saúde em Foco, São Paulo, p. 359-366, 2018. Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/cientifico/article/download/8174/5110/ Acesso em: 26 jul. 2022.
REFERÊNCIAS
GIORDANO, Antonio; TOMMONARO, Giuseppina. Curcumin and Cancer. Nutrients , [s. l.], p. 1-20, 5 out. 2019.
Disponível em: https://www.mdpi.com/2072-6643/11/10/2376. Acesso em: 26 jul. 2022.

AMARAL, Amanda Cristine dos Santos; RODRIGUES, Hellen Christina Neves. EFEITO DAS FIBRAS NA PREVENÇÃO DO
CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO NARRATIVA. PUC GOIÁS, [s. l.], p. 1-18, 2020. Disponível em:
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/730/1/TCC2-%20MANUSCRITO-
%20AMANDA%20AMARAL.pdf. Acesso em: 26 jul. 2022.

MELO, MARIA EDUARDA; PINHO, ANA CRISTINA. Câncer e obesidade: um alerta do INCA. REDE CÂNCER , [s. l.], p. 1-2,
2017. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/rrc-38-artigo-cancer-e-
obesidade-um-alerta-do-inca.pdf. Acesso em: 26 jul. 2022.

RASIL. Alimentos de origem vegetal. Brasil: INCA, Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/causas-e-prevencao-do-cancer/alimentacao/alimentos-de-origem-vegetal.
Acesso em: 26 jul. 2022

Edenharder, R. Ernährung und Colonkrebsätiologie: Von der deskriptiven Epidemiologie zur diätetischen Prävention.
Z Ernährungswiss 26, 143–157 (1987).

In: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (Brasil). Tipos de câncer. [Brasília, DF]: Instituto Nacional do Câncer, 2010.

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