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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CURSO DE PSICOLOGIA

JOSÉ HILSON SANTOS DA SILVA - 01386334


TURMA 10°

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

MARABÁ-PA
2024
RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Relatório de Atividades apresentado como


parte dos requisitos da disciplina “Estágio
Supervisionado III”, ministrada pelo professor
Vinícius Rodrigues de Assis, no Curso de
Psicologia da Universidade da Amazônia –
UNAMA Marabá.

Marabá-PA

2024
1. INTRODUÇÃO

O objetivo do estágio supervisionado foi aplicar na prática os conceitos da


Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC), uma abordagem que integra
elementos cognitivos, emotivos e comportamentais para o tratamento de transtornos
emocionais. O estágio supervisionado III ocorreu no Instituto de Comunicação Popular
nos do Brejo, uma entidade civil de direito privado sem fins lucrativo, com sede no
distrito de Brejo do Meio, Zona rural, distante 20 KM da sede do Município de Marabá-
Pá. Com sede em Marabá na Rua Pedro Fontenelle, 101, Bairro Cidade Nova.
Atualmente o Instituto nós do Brejo, reúne uma equipe multidisciplinar composta por
Psicólogos, Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo, Neuropsicopedaga,
Neuropsicóloga, Assistente Social, Musicoterapeuta, permitindo assim o atendimento
a diversos tipos de demandas, principalmente com Transtorno de Ansiedade
Generalizada (TAG), depressão, Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC), criada pelo Psicólogo


Albert Ellis na década de 1955, sem dúvidas umas das figuras mais importante da
área da psicologia e possui grande influência, é uma abordagem psicoterápica que se
fundamenta na ideia de que os pensamentos irracionais são os principais causadores
das emoções disfuncionais e dos comportamentos prejudiciais. A TREC se diferencia
por seu foco ativo e diretivo, que visa identificar e modificar os pensamentos para
promover um equilíbrio emocional e comportamental mais saudável. Segundo Ellis em
(1962), não são as os eventos que perturbam as pessoas, mas sim a forma como elas
interpreta esses eventos’’. Em termos práticos, a TREC é utilizada para ajudar os
pacientes a reconhecerem os padrões de pensamentos distorcidos ou ilógicos e a
substitui-los por pensamentos mais racionais e funcionais. De acordo com Dryden e
Ellis (2001), a ‘TREC oferece ferramentas práticas que permitem aos pacientes a
desafiar suas crenças irracionais e desenvolver uma perspectiva mais adaptativa’’.
Isso ilustra a abordagem prática da TREC, que busca não apenas identificar os
problemas, mas tambem oferecer métodos concretos para que os indivíduos possam
lidar com suas emoções e comportamentos. Dessa forma a TREC é amplamente
aplicada em contextos clínicos para tratar diversos transtornos, como ansiedade,
depressão e distúrbios de personalidades, mostrando sua eficácia ao longo das
décadas como uma abordagem prática que busca não apenas identificar os
problemas, mas tambem oferecer métodos concretos para que os indivíduos possam
lidar melhor com suas emoções e comportamentos.

Ao longo do livro terapia racional emotiva comportamental na teoria e na


prática, os autores descrevem detalhadamente os principais conceitos da TREC,
como o modelo ABC, ativador de crença, consequência, disputa e efeito, que é
amplamente usado para ajudar os pacientes na reestruturação de seus pensamentos.
Eles exploram tambem diferentes técnicas e estratégias de intervenção como a
disputa das crenças irracionais, que envolve desafiar ativamente os pensamentos
distorcidos para promover uma perspectiva mais racional e equilibrada. ‘’A TREC
propõe que os indivíduos não são perturbados pelos eventos em si, mas pelas
interpretações irracionais que fazem desses eventos’’ (Ellis,2019, p.34). esse conceito
central reflete a influência de filosofias antigas, como estoicismo na abordagem
terapêutica. Os autores ainda explicam que que a TREC é uma terapia prática e
estruturada, que visa modificar padrões de pensamentos e comportamentos
disfuncionais para promover bem-estar e resiliência emocional, utilizando técnicas
como a reestruturação cognitiva, exercícios de relaxamento e exposição gradual a
situações que causam desconforto.

2. REGISTRO DE ATIVIDADES

O estágio foi realizado no Instituto de Comunicação Popular nos do Brejo, o


Instituto oferece serviços de psicoterapia para crianças e adultos e, adolescentes com
foco em transtornos de ansiedade, depressão e questões de relacionamento,
Transtorno do Espectro Autista.

O estágio supervisionado III em psicologia clínica, é composto por dois


supervisores um de campo e outro acadêmico, as supervisão de campo acontecem
as sextas -feiras das 8 horas as 13 horas tanto de forma presencial e on-line pela
perceptora Samira Mahmud, e as quintas feiras pelo supervisor acadêmico Vinicius
das 18:30 as 20:30, as supervisão acontecem de forma grupal de 10 alunos, onde os
acadêmicos são orientados a respeito do preenchimento das fichas e o diário de
campo, após esse o momento cada aluno tem a liberdade para tirar suas dúvidas
sobre os atendimentos, a confecção dos relatórios, revisão de literatura para o
embasamento teórico.
O supervisor acadêmico orientou cada aluno na condução dos atendimentos,
fazendo role-play, levantamento de hipóteses de diagnósticos, intervenções
terapêuticos, e sempre valorizado a empatia, mantendo o sigilo profissional, e
descrevendo sempre o cuidado com a ética. O público atendido foram diversas
pacientes com muitas demandas diferentes, abrangendo faixas etárias entre 5 e 60
anos de idade as sessões são realizadas semanalmente, com duração de 45 a 50
minutos.

Dryden descreve que aplicação prática da TREC envolve ajudar o paciente a


reconhecer os padrões de pensamento que resultam em sofrimento emocional. “O
foco é desafiar e reestruturar essas crenças irracionais de forma ativa’’ (Dryden, 2023).
A terapia guia o paciente a substituir esses pensamentos por crenças mais racionais
e funcionais, promovendo mudanças comportamentais e emocionais saudáveis.
Segundo Dryden, o terapeuta utiliza métodos como debates e questionamento
socráticos para facilitar a conscientização do paciente como seus pensamentos
influenciam suas emoções’’. Essa abordagem permite que o paciente participe
ativamente de seu processo terapêutico, ajustando gradualmente seu comportamento
e percepção emocional. Na prática clínica, os princípios da Terapia Racional-Emotiva
Comportamental são aplicados para ajudar os pacientes a lidar com suas derivadas
crenças irracionais, reconhecer e modificar as crenças irracionais que causam
sofrimento emocional nos pacientes. Entre as principais conceitos trabalhados estão
as crenças irracionais como pensamentos inflexíveis, exagerados e dogmáticos, como
"devo ser amado por todos" ou "não posso suportar falhar". crenças racionais:
Pensamentos mais flexíveis e realistas, que ajudam o indivíduo a enfrentar situações
de forma mais saudável, como "gostaria de ser amado, mas sei que nem todos me
amarão".

O estágio em psicologia clínica dá oportunidade para o acadêmico


correlacionar a teoria e prática, dessa forma dando a possiblidade para ao estagiário
a vivenciar o primeiro contanto com os pacientes, trainando a sua escuta terapêutica
e ser lapidados como psicoterapeuta e como futuro profissional da psicologia.

Durante o estágio em Psicologia clínica atendi vários pacientes com inúmeras


demandas diferentes, dentre os pacientes atendidos escolher dois casos para
comentar, um paciente de 42 anos de idade, e uma paciente com 29 anos de idade
ambos estavam em sofrimento psíquico, um com hipótese diagnostico de transtorno
de ansiedade generalizada (TAG), e outra com hipótese diagnostica com depressão
leve. Esses dois pacientes foram fundamentais para a prática como psicoterapeuta na
clínica e possibilitando um maior aprimoramento da prática clínica.

O paciente com 42 anos de idade procurou o atendimento psicológico no


Instituto de Comunicação Popular nos do Brejo, relatando que vem sofrendo excesso
de ansiedade, onde os seus músculos começam a se contrair, falta de concentração,
insônia, coração palpitando, inquietação, que está interferindo na sua vida
profissional, familiar e social, e financeira, porque não consegue alcançar as metas
sugerida pela empresa. Foram realizados cinco encontro semanais com esse
paciente, o primeiro momento foi feito uma esculta do paciente, e em seguida foi
elaborado um plano de tratamento incluindo uma reestruturação das crenças
irracionais e o uso de exercícios comportamentais para expor o paciente a situações
sociais temidas, sempre refletindo sobre os resultados após as experiências. Foi
utilizado o questionamento de estilo socrático para ajudar o paciente a perceber que
ele possui uma visão rígida de si mesmo e expectativas do desempenho como
profissional, também foi utilizado estigo metafórico, análise de vantagens e
desvantagens, técnicas das crenças racionais, e tambem escala de catástrofes.

O segundo foi uma paciente com 29 anos de idade, trabalha como assistente
administrativo, solteira e mora com os pais, veio para o atendimento psicoterápico,
devido um forte sentimento de tristeza e baixa e autoestima e desmotivada, ela relatou
que vem se sentido sem energia, e desanimada pelas atividades que antes era
apaixonada, como passear com os amigos, praticar atividades físicas. A paciente
relatou que se sente decepcionada consigo mesma e com sua carreira profissional, e
que nunca terá sucesso na sua vida profissional. Durante atendimento psicológico foi
realizado o acolhimento, escuta ativa, estabelecimento do vínculo, e identificar as
crenças irracionais que estavam causando o estado depressivo da paciente, foi
utilizado o estilo socrático, escala de catástrofes, imaginação racional – emotiva, role
– play, role-play inverso, tarefas de felicidade, ver filmes e ou programas com conteúdo
racional. Também trabalhou a técnica da disputa cognitiva para desafiar suas
crenças.

Estudo de Caso 1

Identificação do paciente
Nome da paciente: (João)

Idade:42 Anos

Escolaridade: Superior completo

Profissão: Gerente de loja

Estado Civil: Casado

João, 42 anos de idade, casado e pai de dois filhos, gerente de uma empresa
de tecnologia, procurou o atendimento psicoterápico devido uma forte ansiedade que
está interferindo no seu desempenho profissional, pessoal e social. Durante o
acolhimento psicológico, João relatou que tem passado por uma preocupação
excessiva em várias áreas da sua vida, como péssimo rendimento no trabalho, e não
conseguir se estabilizar financeiramente, ele descreveu que mesmos que os
problemas sejam resolvidos, sempre aparecem outros motivos para se preocupar. Ele
mencionou tambem que as vezes fica inquieto e que não consegue se concentrar nas
tarefa, não consegue dormir pensando se vai alcançar as metas, e as vezes seus
músculos ficam tenso. João relata que esses sentimentos de preocupação levam a se
sentir incapaz e teme que possa ser demitido a qualquer momento do emprego.

PROBLEMAS DO PACIENTE

Preocupação excessiva desproporcional, inquietação e tensão muscular,


cansaço constante, dificuldade em dormir, irritabilidade, dificuldade em se concentrar.

OBJETIVOS TERAPÊUTICOS

Desenvolver ferramentais e habilidades para lidar com esses pensamentos,


negativos, lidar com a ansiedade, e voltar a ser um excelente profissional como era
antes, proporcionar uma vida digna para a sua família, melhorar como profissional e
no relacionamento familiar.

HIPOTESES CLÍNICAS

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

INTERVENÇÃO TERAPEUTICAS

Elaboração de plano de tratamento incluiu a reestruturação das crenças


irracionais e o uso de exercícios comportamentais para expor a paciente a situações
sociais temidas, sempre refletindo sobre os resultados após as experiências.
Questionamento socrático no qual ajudou o paciente a perceber que ele possui uma
visão rígida de si mesmo e expectativas do desempenho como profissional. Foi
utilizado a técnica pragmática ou funcional

Durante o processo terapêutico foi notável algumas crenças irracionais


desenvolvidas pelo paciente, como se eu falhar em qualquer meta, é uma prova que
sou um fracassado. A segunda crença que foi observada, eu devo ser assertivo em
tudo caso contrário serei visto como um péssimo gerente.

Foram 5 sessões realizadas com o paciente de 50 minutos de atendimentos,


no terceiro encontro o paciente relatou uma certa diminuição da sua ansiedade e
desenvolveu uma maior confiança em si mesmo. Ele comentou durante os
atendimentos que não precisa ser assertivo em tudo, afinal de contas todo mundo erra
e ninguém é perfeito.

Estudo de Caso 2

Identificação do paciente

Nome do Paciente: (Ana Carolina)

Idade: 29 anos de idade

Escolaridade: Ensino Superior

Profissão: Assistente Administrativa

Estado Civil: Solteira

Ana Carolina, 29 anos de idade, ensino superior completo, mora com os pais e
trabalha atualmente como assistente administrativo em uma empresa particular, Ana
procurou atendimento psicológico devido um forte sentimento de tristeza persistente,
baixa autoestima e desmotivação. Ela relatou que vem se sentindo sem energia, e
perda pelas atividades que antes era apaixonada, como passear com os amigos,
praticar esportes, fazer exercícios físicos, ir ao cinema. Ana tambem descreveu que
nunca procurou ajuda psicológica, porque na mente dela existia paradigmas de que
só vai ao psicólogo quem é doido, e que agora se sente decepcionada com sua
carreira profissional, acredita que nunca terá sucesso na vida, e que embora tenha
cumprido suas obrigações como funcionaria sente-se que está apenas batendo ponto,
e que as vezes se sente sem entusiasmo de que as coisas não melhoram.

PROBLEMAS DO PACIENTE

Sentimentos de tristeza e desanimo, falta de interesse pelas atividades


prazerosas, baixa autoestima, pensamentos de fracassada, desesperança em relação
ao futuro, e leve cansaço.

OBJETIVOS TERAPÊUTICOS

Desenvolver ferramentas e habilidades para lidar com esses pensamentos de


desesperanças, melhorar o bem esta- está emocional, desenvolvimento de
habilidades de enfrentamento, melhorar a regulação emocional, e ter sucesso no
trabalho novamente.

HIPOTESES CLÍNICAS

Depressão leve

INTERVENÇÃO TERAPÊUTICAS

Acolhimento, escuta ativa, estabelecimento do vínculo com a paciente, depois


foi identificar as crenças irracionais que estavam causando o estado depressivo da
paciente, foi utilizado o estilo socrático, role -play inverso, imaginação racional
emotiva, biblioterapia, tarefas de felicidade, ver filmes e ou programas com conteúdo
racional também foi utilizado a técnica da disputa cognitiva para desafiar suas
crenças. Trabalhou-se tambem a identificação de crenças alternativas e mais
racionais e adaptativas.

A partir do terceiro encontro a paciente relatou um maior envolvimento nas


atividades sociais voltou a sair com os amigos e praticar atividades físicas. E começou
relatar uma diminuição certa sentimentos de culpabilidade e desesperança e
desmotivação, e passou a encarrar seus desafios no trabalho e na vida pessoal com
mais flexível. Foi realizada 4 sessões e o atendimento em segue em andamento.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado III, foi fundamental para o meu crescimento como


acadêmico de psicologia do décimo período, dessa forma proporcionando a
oportunidade de aplicar, na prática, as técnicas da Terapia Racional-Emotiva
Comportamental. O processo terapêutico revelou-se eficaz na modificação de crenças
irracionais e na promoção de mudanças emocionais e comportamentais positivas nos
pacientes.

As orientações dadas tanto pelo supervisor de campo como acadêmicas foram


fundamentais para a condução dos atendimentos, uma forma de unificar a teoria com
a prática, dessa forma contribuindo grandemente para meu o desenvolvimento como
futuro profissional da psicologia, fornecendo suporte orientação tanto na condução
das técnicas da TREC quanto no manejo de situações complexas.

A TREC por ser uma pioneira dentro das terapias comportamentais, e por uma
forte ênfase filosófica, construtivista e cientifica e humanista se mostrou baste eficaz
no tratamento dos pacientes, a reconhecerem e modificarem suas crenças irracionais
que afetavam suas vidas de forma negativa. A abordagem contribuiu para a melhoria
da saúde mental dos pacientes, promovendo maior bem-estar e saúde emocional
mesmo em situações diversas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lipp, M.E.N., Lopes, T.M.& Spadari, G. F. (Eds.) Terapia Racional – Emotiva


Comportamental na teoria e na prática clínica. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys
Editora, 2019

Windy Dryden Terapia Racional -Emotiva comportamental. 2°ed. São Paulo


Sinopsys Editora (18 setembro 2023)

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