1 XX COC Estrutura de Capital
1 XX COC Estrutura de Capital
1 XX COC Estrutura de Capital
1 ESTRUTURA DE CAPITAL
Apresentação
Caro aluno,
Convido-o a partir desse momento a compreender o conceito e processo de formação
da Estrutura de Capital das empresas. Apresentaremos também componentes da
estrutura de capital presente nas organizações. Na sequência, você conhecerá os
componentes capital próprio e capital de terceiros presentes na estrutura de capital
das empresas. Por fim, será apresentado o conceito e critérios de decisão sobre o
custo de capital na formação da estrutura de capital. Ao final desta apostila, desejamos
que você tenha compreensão sobre o conceito, os diferentes componentes e os
critérios de decisão que envolvem a formação da estrutura de capital das
organizações. E aí, vamos lá?
Sendo assim, antes de optar por uma das fontes de recursos e em qual quantidade, é
necessário a análise de viabilidade e projeções, mas também a busca por tentar
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Já, oportunamente, sendo tomada boas decisões sobre a estrutura de capital poderá
incorrer na redução do custo de capital, resultando em VPL´s maiores, aumentando o
valor da empresa aos acionistas.
O passivo circulante fica de fora desta análise, pois na estrutura de capital entram
apenas as dívidas de longo prazo, sendo essa uma dívida de curto prazo. O passivo não
circulante, antigo passivo exigível a longo prazo, representa o capital de terceiros. Por
fim, o patrimônio líquido representa o capital próprio.
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BALANÇO PATRIMONIAL
Estrutura de
ATIVO PASSIVO Capital total
Credores
ATIVO PASSIVO Operacionais +
CIRCULANTE CIRCULANTE Financeiros de
Curto Prazo
Capital de
Terceiros
PASSIVO Credores (Curto e Longo
ATIVO NÃO
NÃO Financeiros de Prazo)
CIRCULANTE
CIRCULANTE Longo Prazo +
Capital Próprio
Ações preferenciais
PATRIMÔNIO
PERMANENTE Ações ordinárias
LÍQUIDO
Lucros retidos
Fonte: adaptado de Gitman (2007).
A constituição de uma dívida, é considerada uma fonte externa de recursos que pode
alimentar o caixa da empresa, onde as dívidas que são constituídas no curto prazo,
estão atreladas ao capital de giro da empresa e também devem fazer parte da
estrutura de capital da empresa (REIS, 2018).
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Volatilidade: empresas com baixa volatilidade nos seus resultados terão sempre uma
maior segurança em tomar dívidas do que aquelas que não possuem essa
característica.
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Para finalizar esta etapa, ressaltamos duas estratégias que têm sido utilizadas por
empresas brasileiras ao definirem sua estrutura de capital. São elas a permanência
dentro da média de endividamento do seu setor na constituição de endividamento e
em cenários de incerteza elevada; a procura por manterem maiores participações de
recursos próprios financiando suas atividades, tornando mais segura a saúde
financeira da empresa (REIS, 2018).
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Ações preferenciais
PATRIMÔNIO
PERMANENTE Ações ordinárias Capital Próprio
LÍQUIDO
Lucros retidos
Fonte: adaptado de Gitman (2007).
Cálculo do Custo do Capital de Terceiros:
Ka = Custo do empréstimo antes do I. R.
Vnt = Valor Nominal do Título
RL = Recebimento Líquido
N = Prazo do Título
J = Juros
Como exemplo, a empresa hoteleira GREEN THREE TOWERS planeja emitir títulos de
dívida (Debêntures) na seguinte condição: valor do título $3.000,00, prazo de 25 anos,
pagar uma taxa de juros de 9% a.a., e custo de colocação de 2,0% (custo de
corretagem e deságio de atratividade do título). Qual o custo do capital de terceiros
antes do imposto de renda?
Ka = 9,17%
J = Valor do título x taxa de juros = (3000 x 0,09) = 270
RL = Valor do título – custo da corretagem = 3000 - (3000 x 0,02) = 2940
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Capital de
Terceiros
PASSIVO Credores
ATIVO NÃO
NÃO Financeiros de
CIRCULANTE
CIRCULANTE Longo Prazo
Ações preferenciais
PATRIMÔNIO
PERMANENTE Ações ordinárias Capital Próprio
LÍQUIDO
Lucros retidos
Ks = Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais
Como exemplo, a empresa hoteleira GREEN THREE TOWERS planeja emitir ações
PREFERENCIAIS de 8% a título de dividendos anuais que devem ser vendidas pelo valor
nominal de $85,00 por ação a um custo de colocação de 6,00 por ação. Qual será o
custo da ação preferencial?
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Ações Ordinárias
Ks = Custo do capital próprio (ações ordinárias)
Df = Dividendos Esperados para Final do Ano
Pc = preço corrente da Ação Ordinária
g = Taxa Anual de Constante Crescimento Ks
Como exemplo, as ações ordinárias da GREEN THREE TOWERS foram cotadas a $72,00
na data de fechamento para determinação dos dividendos que serão da ordem de
$3,62. Essa mesma organização empresarial tem apresentado taxa de crescimento
anual constante de 5,85% nos últimos 5 anos. Qual é o custo das ações ORDINÁRIAS?
Agora, considerando os dados do cálculo do custo da ação ordinária, qual será o custo
para emissão de novas ações com um custo de deságio e colocação, por ação de
$6,40?
Lucros Retidos
Os lucros retidos representam a parcela do lucro que não foi distribuída em forma de
dividendos aos acionistas e que permaneceu na organização empresarial para
realização de investimentos em infraestrutura, tecnologia, entre outros, para obtenção
de maiores lucros futuros. O custo de capital referente aos lucros retidos é o mesmo
que o custo obtido nas ações ordinárias.
KR = Lucros Retidos
KS = Custo da Ação Ordinária
KR = KS, sendo assim: KR = 11,37%
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Supondo que a estrutura de capital da empresa seja formada por 60% de capital de
terceiros e 40% por capital próprio, sendo 30% de ações preferenciais, 30% de ações
ordinárias e 40% de lucros retidos, e mantendo os valores obtidos para formação do
custo de capital das ações preferenciais e ordinárias, temos:
Capital Próprio Peso Custo % Custo Médio Ponderado de Capital
Ações Preferenciais (Ki) 30% 7,11 2,13
Ações Ordinárias (kr) 30% 11,37 3,41
Lucros Retidos (Ks) 40% 11,37 4,55
10,09%
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caixa atual. Nesse sentido, é preciso sempre refletir sobre a necessidade de constituir
uma reserva financeira para o pagamento constante de parcelas e juros (BIVA, 2015).
Conclusão do Bloco 1
Referências do bloco 1
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SILVA, J. P. da. Análise financeira das empresas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
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