Aula 7 - Acionamentos Elétricos2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO

DISCIPLINA: ACIONAMENTOS ELÉTRICOS UNEC / EAD

AULA 7
9. SOFT-STARTERS
A eletrônica de potência tornou viável a implementação de chaves de partida
eletrônicas, como por exemplo, as soft-starters e os inversores de frequência.

A soft-starter controla a tensão eficaz aplicada sobre o motor através da va-


riação do ângulo de disparo dos tiristores (SCRs) em um circuito de eletrônica
de potência.

Figura 70: Exemplos de soft-starters.


As chaves de partida soft-
starters são destinas ao comando
de motores de corrente contínua e
alternada, assegurando a acelera-
ção e desaceleração progressi-
vas e permitindo uma adaptação
da velocidade às condições de
operação. A figura ao lado mostra
exemplos de soft-starters.
Com a utilização a utilização
da chave de partida soft-starter,
pode-se controlar a corrente de
Fonte: SOUZA, NEEMIAS S.. Apostila de Acionamentos Elé-
partida de um motor, proporcio- tricos, 1. Ed. Natal: Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2009. Pág. 36.
nando uma “partida suave” (soft
Figura 71: Comparativo entre métodos de partida.
start em inglês), reduzindo as que-
das de tensão bruscas na rede elé-
trica, como ocorre no caso das par-
tidas diretas, por exemplo. A figura
ao lado mostra a comparação en-
tre o método de partida por soft-
starter, partida direta e partida es-
trela-triângulo.
Fonte: SOUZA, NEEMIAS S.. Apostila de Acionamentos Elé-
tricos, 1. Ed. Natal: Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2009. Pág. 36.

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As soft-starters são amplamente utilizadas em: Bombas centrífugas; ventila-
dores; exaustores; sopradores; compressores; misturadores; aeradores; centrífugas;
britaores; moedores; serras e plainas; transportadores de carga etc.

Observação:

Ao contrário de uma chave de partida convencional, que utiliza conta-


tos eletromecânicos para controlar a energia elétrica fornecida ao motor, a
soft starter usa componentes eletrônicos de estado sólido e por isso as
soft-starter são “chaves estáticas”.

9.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO


Através da soft-starter, a alimentação do motor, quando é dada a partida, é
feita por um aumento progressivo da tensão, o que permite uma partida sem golpes
e reduz o pico de corrente.
A subida progressiva da tensão pode ser controlada pela rampa de acelera-
ção configurada ou pode depender do valor ajustado para limitação de corrente.
Assim as soft-starters asseguram:
 O controle das características de funcionamento, principalmente durante os
períodos de partida e de parada;
 A proteção térmica do motor e do controlador;
 A proteção mecânica da máquina movimentada através da supressão dos
golpes;
 Redução da corrente de partida.

O controle da tensão aplicada ao motor, proporcionado pela soft-starter, é


obtido através de um conversor constituído de tiristores em antiparalelo, mon-
tados de dois a dois em cada fase da rede.

Na soft-starter uma ponte tiristorizada na configuração antiparalelo é coman-


dada por uma placa eletrônica de controle, a fim de ajustar a tensão de saída conforme
a programação efetuada pelo usuário.

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A figura a seguir mostra o diagrama básico de uma soft-starter, onde o con-
trole da tensão de saída ocorre pelo circuito de potência, constituído de seis SCRs. A
variação do ângulo de disparo destes tiristores modifica a tensão eficaz aplicada ao
motor.
Figura 72: Diagrama de blocos simplificado de uma soft-starter.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 182.

A seguir, analisaremos separadamente o circuito de potência e o circuito de


controle de uma soft-starter.

9.1.1. CIRCUITO DE POTÊNCIA


O circuito de potência é o circuito pelo qual circula a corrente que é fornecida
para o motor. Dessa forma, é constituído basicamente por:
 Tiristores (SCRs) ligados dois a dois em antiparalelo em cada fase, cuja
função é realizar o “chaveamento” da tensão aplicada de acordo com o ân-
gulo de disparo;
 Circuito RC conhecido como “snubber”, que possui a função de proteger
os tiristores contra os picos indutivos de tensão causados pelas variações
bruscas da corrente (𝐿. 𝑑𝑖 ⁄𝑑𝑡) que ocorre durante os chaveamentos produ-
zidos pelos tiristores. O circuito snubber porporciona um caminho alternativo

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de corrente de curto prazo em torno do dispositivo de comutação de corrente,
de modo que o elemento indutivo possa ser descarregado de forma segura;
 Os transformadores de corrente (TCs) fazem a monitoração da corrente
de saída, permitindo que o controle eletrônico efetue a proteção e a manu-
tenção do valor da corrente em níveis predefinidos (quando a função de li-
mitação de corrente estiver ativada).

9.1.2. CIRCUITO DE CONTROLE


O circuito de controle é constituído basicamente pelos circuitos responsáveis
por:
 Comando;
 Monitoração e proteção dos componentes do circuito de potência;
 Sinalização e interface homem / máquina (IHM).

Observação:

Atualmente, a maioria das chaves soft-starters disponíveis no mercado


são microprocessadas e totalmente digitais.

9.2. PRINCIPAIS FUNÇÕES DA SOFT-STARTER


As soft-starter possuem funções programáveis que permitem configurar o sis-
tema de acionamento de acordo com as necessidades do usuário. O circuito de con-
trole, geralmente microprocessado, fornece as seguintes funções:
 Controle das rampas de aceleração e desaceleração;
 Limitação de corrente ajustável;
 Controle do conjugado na partida;
 Frenagem por injeção de corrente contínua;
 Proteção por sobrecarga;
 Proteção do motor contra aquecimentos devido à sobrecargas ou a partidas
muito frequentes;
 Detecção de desequilíbrio ou falta de fases;
 Detecção de defeitos nos tiristores.

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9.2.1. RAMPA DE ACELERAÇÃO
Figura 73: Rampa de tensão na aceleração.
As soft-starters permitem o
ajuste da tensão de partida em
um valor Vp e o ajuste de um
tempo de partida em um valor
Tp, onde a tensão irá crescer
do valor Vp até atingir a tensão
nominal de linha do sistema, no
intervalo de tempo Tp.

A figura ao lado mostra o


exemplo de uma rampa de tensão Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5.
Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 184.
na aceleração.
No circuito de potência a rampa de subida de tensão é conseguida através
da variação do ângulo de disparo da ponte de tiristores. Dessa forma, é possível obter
na saída uma tensão eficaz gradual e continuamente crescente até que seja atin-
gida a tensão nominal da rede. A figura a seguir mostra um exemplo de forma de onda
de tensão aplicada ao motor capaz de produzir uma rampa de tensão na aceleração:
Figura 74: Forma de onda aplicada para produzir uma rampa de tensão na aceleração.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 184.

A figura a seguir mostra as curvas de corrente x velocidade angular e cor-


rente x tempo que surgem como resultado da aplicação de uma rampa de tensão:
Figura 75: Curva de corrente x velocidade e corrente x tempo para uma rampa de tensão na aceleração.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 185.

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Como o conjugado do motor varia de maneira proporcional ao quadrado da
tensão, é possível controlar também o conjugado de partida do motor, assim como a
sua corrente de partida, por meio do controle da tensão eficaz aplicada aos terminais
do motor.
Não existe regra que possa ser aplicada para definir o valor de tempo a ser
ajustado para a partida (Tp). A melhor aproximação pode ser alcançada pelo tempo
de aceleração do motor.
A tensão inicial de partida deve ser escolhida adequadamente, uma vez que
essa tensão será a responsável pelo torque inicial que aciona a carga. Por isso, a
tensão de partida (Vp) deve ser ajustada de acordo com o tipo de carga a ser acio-
nada.

9.2.2. RAMPA DE DESACELERAÇÃO


Figura 76: Rampa de tensão na desaceleração.
As soft-starters permitem
executar uma parada suave,
onde a tensão de saída é redu-
zida gradativamente até um va-
lor mínimo, em um tempo pre-
definido.

A figura ao lado mostra o


exemplo de uma rampa de tensão
na desaceleração.
Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5.
Na rampa de desaceleração, Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 187.

o valor da tensão de Vd reduz o seu valor na forma de uma rampa descrescente até
o valor de desligamento final, em que o motor para de girar, retirando por completo a
tensão dos seus terminais.
No circuito de potência a rampa de descida de tensão é conseguida através
da variação do ângulo de disparo da ponte de tiristores, conforme figura a seguir:
Figura 77: Forma de onda aplicada para produzir uma rampa de tensão na desaceleração.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 187.

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Quando se reduz a tensão aplicada ao motor, ele perde conjugado e,
consequentemente, perde velocidade, juntamente com a carga acionada. Essa rampa
de desaceleração é um recurso muito útil em aplicações que necessitam de uma
parada suave do ponto de vista mecânico, como, por exemplo: bombas centrífugas
(para reduir o golpe de aríete); transportadores etc.
Uma outra forma de parada do motor consiste em levar sua tensão instantane-
amente a zero. Dessa forma, o motor devido à inércia, vai perdendo velocidade gra-
dativamente de acordo com a energia cinética da carga.

9.2.3. PULSO DE TENSÃO DE PARTIDA (KICK START)


Figura 78: Rampa de tensão na desaceleração com kick start.
As soft-starters permitem
aplicar um pulso de tensão (kick
start) com valor ajustável, para
que o motor possa ter conju-
gado suficiente para vencer o
conjugado resistente de cargas
de elevada inércia durante a
partida.

A figura ao lado mostra o Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5.


Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 188.
exemplo da aplicação do kick start.
Essa função faz com que seja aplicado ao motor uma tensão maior do que
aquela ajustada na rampa de tensão de aceleração, na forma de pulso, com ampli-
tude e duração programáveis, de forma que o motor possa desenvolver um conjugado
de partida suficiente para vencer o atrito e acelerar a carga.
Na prática, o pulso de tensão de partida geralmente é ajustado entre 75% e
90% da tensão nominal do sistema e o tempo de pulso é ajustado entre 100 a 300
milissegundos, dependendo do tipo de carga a ser acionada.

Observação:

Deve-se usar essa função somente nos casos em que ela seja estrita-
mente necessária, pois o sistema poderá apresentar quedas acentuadas de
tensão durante o pulso de tensão.

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9.2.4. LIMITAÇÃO DE CORRENTE

As soft-starters possuem uma função capaz de limitar a corrente, fornecendo


ao motor somente a corrente necessária para que ocorra a aceleração da carga.

Este recurso garante um acionamento realmente suave. A limitação de cor-


rente também é muito utilizada na partida de motores cuja carga apresenta um valor
mais elevado de momento de inércia.

Observação:

A utilização da função
função de
de kick
kick start
startdesabilita
desabilitaa afunção
função
dede
limitação
limitação
de
corrente.
de corrente.

9.2.5. PROTEÇÕES

As soft-starters podem garantir ao motor toda a proteção necessária.

Dentre as funções de proteção existentes nas soft-starters, temos:


 Proteção de sobrecorrente imediata na saída: ajusta o máximo valor de
corrente que a soft-starter permite conduzir para o motor por período de
tempo pré-ajustado;
 Proteção de subcorrente imediata: ajusta o mínimo valor de corrente que
a soft-starter permite conduzir para o motor por período de tempo pré-ajus-
tado. Essa função é útil nas situações em que as cargas não possam operar
em vazio, como, por exemplo, sistemas de bombeamento;
 Proteção de sobretemperatura nos tiristores;
 Proteção de sequência de fase invertida;
 Proteção de falta de fase na rede;
 Proteção de falta de fase no motor;

9.2.6. ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA


Quando o motor opera com baixo carregamento, consequentemente irá ope-
rar com baixo fator de potência.

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As soft-starters possuem uma função capaz de otimizar o ponto operacional
do motor, mediante a redução da tensão fornecida aos terminais do motor, o
que permite reduzir a corrente a vazio, reduzir as perdas do núcleo (que são
proporcionais ao quadrado da tensão) e, consequentemente, melhorar o fator
de potência e o rendimento.

Dessa forma, a soft-starter fornecerá apenas a energia ativa requerida pela


carga, além disso, as perdas do núcleo são reduzidas o que caracteriza um procedi-
mento de economia de energia elétrica.

Observação:

Na prática, a função de otimização de energia só faz sentido ser ati-


vada quando a carga for menor que 50% da carga nominal durante um período
de operação superior a 50% do tempo de funcionamento do motor.

Essa função é útil em cargas como: motores de serraria; esmeril; esteiras trans-
portadoras e cargas similares.

9.3. DESCRIÇÃO DOS PARÂMETROS

Os parâmetros em uma soft-starter são as configurações ajustáveis que per-


mitem ao usuário adaptar o dispositivo para atender às necessidades específi-
cas do motor e do sistema elétrico em que ele está instalado.

Os parâmetros são agrupados de acordo com as suas características e par-


ticularidades:
 Parâmetros de leitura: variáveis que podem ser visualizados no display,
mas não podem ser alteradas pelo usuário, como, por exemplo, tensão, cor-
rente, potência ativa etc.
 Parâmetros de regulação: são os valores ajustáveis a serem utilizados pe-
las funções da soft-starter, como, por exemplo, tensão inicial, tempo de
rampa de aceleração, tempo de rampa de desaceleração etc.
 Parâmetros de configuração: definem as características da soft-starter, as
funções a serem executadas, assim como as entradas e saídas, como, por
exemplo, parâmetros dos relés de saída e das entradas da soft-starter.

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 Parâmetros do motor: definem as características nominais do motor, como,
por exemplo, ajuste da corrente do motor, fator de serviço etc.
Os parâmetros de uma soft-starter são geralmente ajustados através de um
painel de controle ou uma interface homem / máquina (IHM), permitindo que o usu-
ário adapte o dispositivo às necessidades do sistema elétrico em que ele está sendo
utilizado.
A figura a seguir mostra um exemplo de interface homem / máquina de uma
soft-starter:
Figura 79: Exemplo de interface homem / máquina de uma soft-starter.

Fonte: SOUZA, NEEMIAS S.. Apostila de Acionamentos Elétricos, 1. Ed. Natal: Instituto Federal de Educação, Ci-
ência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2009. Pág. 37.

9.4. FORMAS DE LIGAÇÃO


A seguir, serão elencadas as principais formas de se utilizar a soft-starter no
acionamento de motores elétricos:

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 Ligação direta: nesse tipo de liga- Figura 80: Ligação direta da soft-starter.

ção a soft-starter aciona direta-


mente o motor. Nesse esquema de
ligação, a soft-starter pode ser li-
gada diretamente à rede ou através
de contatores, fusíveis e relés de so-
brecorrente. A figura a seguir mostra
o diagrama multifilar desse tipo de
acionamento:

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos


Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 192.

Figura 81: Ligação com contator de by pass.


 Ligação com contator em para-
lelo (contator de by pass): Esse
tipo de ligação é frequentemente uti-
lizado, pois permite partir o motor
com o auxílio da soft-starter e, após
a partida, através do contator de by
pass, o motor recebe a tensão nomi-
nal da rede. Dessa forma, em re-
gime normal de trabalho, a alimen-
tação do motor será feita pelo con-
tator ao invés da soft-starter, evi-
tando perdas e o sobreaquecimento
da ponte tiristorizada. A figura ao
lado mostra o diagrama multifilar
desse tipo de acionamento.
Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos
Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 193.

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 Ligação em partida sequencial de diversos motores: Esse tipo de ligação
permite que uma mesma soft-starter possa ser utilizada para partir diversos
motores, reduzindo o custo com os dispositivos de acionamento. Para que
essa partida seja possível, é dada a partida em um motor de cada vez, ou
seja, partida sequencial, implementada através de um circuito lógico consti-
tuído de contatores. Dessa forma, após a partida, o respectivo motor é ligado
diretamente à rede e a soft-starter é conectada ao circuito de outro motor,
para que seja realizada a sua partida e assim sucessivamente. A figura a
seguir mostra o diagrama multifilar desse tipo de acionamento:
Figura 82: Ligação sequencial de motores com soft-starter.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 194.

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 Ligação simultânea de diversos motores: Esse tipo de ligação consiste
em utilizar a soft-starter para partir simultaneamente um conjunto de motores
e, após a partida, um contator de by pass é acionado, ligando diretamente
os motores à rede elétrica. Para que esse tipo de ligação seja possível, a
soft-starter deve possuir capacidade maior ou igual à soma das potências do
conjunto de motores. A figura a seguir mostra o diagrama multifilar desse
tipo de acionamento:
Figura 83: Ligação simultânea de diversos motores com soft-starter.

Fonte: FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica, 2014. Pág. 194.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANCHI, CLAITON MORO. Acionamentos Elétricos, 5. Ed. São Paulo: Érica,


2014.

CHAPMAN, STEPHEN J. Fundamentos de Máquinas Elétricas, 5. Ed. Porto Alegre:


Bookman, 2013.

FITZGERALD, A.E.; KINGSLEY, CHARLES JR; UMANS STEPHEN D. Máquinas


Elétricas, 6. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

KOSOW, IRVING LIONEL. Máquinas Elétricas e Transformadores, 4. Ed. Rio de


Janeiro: Editora Globo, 1982.
BIM, EDSON. Máquinas Elétricas e Acionamento, 1. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.

PETRUZELLA, FRANK D. Motores Elétricos e Acionamentos, 1. Porto Alegre: Bo-


okman, 2013.

CREDER, HÉLIO. Instalações Elétricas, 16. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

MAMEDE FILHO, JOÃO. Instalações Elétricas Industriais, 9. Ed. Rio de Janeiro:


LTC, 2007.

SOUZA, NEEMIAS S.. Apostila de Acionamentos Elétricos, 1. Ed. Natal: Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2009.

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