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Resumo de Imunologia

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Após a identificação, os leucócitos pedem reforço!


Imunidade Inata Recrutamento de Fagócitos
Características:
Ataca de forma mais rápida, mas sem distinção Esse recrutamento ocorre através de leucócitos
Não possui especificidade especialistas em fagocitose: neutrófilos e macrófagos
(monócitos)
Atua de duas formas:
Barreira física & Barreira química Em uma linguagem mais clara, o macrófago é o
monócito mais velho, porém presente no tecido e não
A barreira física impede que os agentes invasores entrem em no corpo
mais na circulação sanguínea
Mas e se eles entrarem , o que acontece?
Os macrófagos são atraídos por QUIMIOTAXINAS, que
Identificação (Reconhecimento)
são nada mais nada menos que sinais químicos que
Antes de atacar o invasor, o sistema imune precisa direcionam as células ao local alvo.
identificá-lo. Quem faz isso? OS LEUCÓCITOS. As quimiotaxinas podem ser toxinas bacterianas e
Como fazem isso? A partir dos PAMPs (Padrões virais, ou ainda, produtos da degradação tecidual,
Moleculares Associados a Patógenos) que estão como a fibrina e o colágeno.
presentes na membrana do antígeno. Quando os fagócitos chegam no local da lesão, eles
Os leucócitos possuem em sua membrana os PRRs liberam mais quimiotaxinas e recrutam mais fagócitos.
(Receptores de Reconhecimento de Padrões), através Caso seja no tecido, os fagócitos saem da circulação e
destes receptores os leucócitos conseguem identificar caminham até o tecido. Essas células conseguem
os invasores que possuem PAMPs. entrar no espaço tecidual por DIAPEDESE, que é um
processo de passagem dos leucócitos, onde eles se
Se apresenta PAMP, o sistema imunológico já entende deslocam por movimentos ameboides (é como se os
que se trata de um agente invasor (antígeno) leucócitos se espremessem para conseguir passar).

Outro padrão molecular foi descoberto, mas desta vez Quando há um aglomerado de fagócitos devido uma
associado aos danos celulares, chamado de DAMP infecção, o pus é formado
(Padrões Moleculares Associados ao Dano).

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hora de fagocitar!!! O que as opsoninas fazem?


Fagocitose e Destruição do Invasor Identificam as bactérias e se ligam aos seus
receptores
A partir disso, os fagócitos conseguem identificá-las
através dos anticorpos
Os fagócitos se ligam aos anticorpos (e os
anticorpos ligados a bactéria)
As PRR's se ligam as PAMP's Em seguida, elas são ingeridas
Os fagócitos envolvem o patógeno
O objetivo das opsoninas é facilitar a fagocitose
O fagossomo se liga ao lisossomo

E finalmente ocorre a destruição do invasor


CÉLULAS NATURAL KILLER:
Fagossomo é a molécula ingerida pelo fagócito
São um tipo de linfócitos
Reconhecem células infectadas por vírus
Mas nem tudo é perfeito...
Algumas bactérias possuem uma cápsula na sua Participam da imunidade inata combatendo
membrana, o que dificulta que o invasor seja infecções virais
reconhecido pelo sistema imune. Induzem as células infectadas a cometerem suicídio
Essas bactérias se tornam mais agressivas, pois por APOPTOSE
ficam por mais tempo no organismo de forma Também destroem células tumorais
desapercebida
O sistema demora a perceber que elas estão
presentes no corpo APOPTOSE: Morte celular programa ou
Quando o sistema se dá conta, ele produz suicídio celular
anticorpos chamados de OPSONINAS, esses
anticorpos são úteis para os fagócitos servindo
como uma ponte até o patógeno.

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SISTEMA COMPLEMENTO
CÉLULAS DENDRÍTICAS
Conjunto de proteínas plasmáticas que atuam na
Produzem citocinas em grande número devido a defesa contra microrganismos
receptores que reconhecem moléculas produzidas A maioria dessas proteínas são proteases (enzimas
pelos microrganismos proteolíticas)
Em reposta aos microrganismos, ela caminha em Conseguem quebrar ligações peptídicas
direção aos gânglios linfáticos e apresentam os
A ativação desse sistema envolve uma reação em
antígenos aos linfócitos T
cascata, onde ocorre a ativação dessas enzimas de
Funcionam como uma ponte entre a imunidade forma sequencial
inata e a imunidade adaptativa
São representados pela letra "C". Quando ativadas
são clivadas em fragmentos "a" e "b"
MASTÓCITOS Possue três vias principais: Via Clássica, Alternativa
e Via da Lectina, por último, temos a Via Comum,
São células que possuem granulações abundantes que se trata da via final.
no seu citoplasma, presentes tanto na pele como no Vejamos a seguir as vias principais:
epitélio da mucosa
Os grânulos presentes nesta célula contém aminas Componente da imunidade adaptativa e
VIA CLÁSSICA -
vasoativas, como a histamina, que ocasionam a desencadeada por C1 e anticorpos que se
vasodilatação e o aumento da permeabilidade ligam no microrganismo
capilar Componente da imunidade inata. Inicia a
VIA alternativa -
Sintetizam e secretam mediadores de lipídeos, partir da quebra da C3, devido a
como as prostaglandinas e citocinas que estimulam substâncias presentes na superfície
celular dos microrganismos
a inflamação
VIA DA LECTINA - Componente da imunidade inata. É
Atuantes na defesa de infecções parasitárias por
iniciada quando a Lectina Ligadora de
helmintos ou ainda, reações alérgicas Manose (MBL/inglês) se liga a resíduos de
manose e outros carboidratos presentes
na superfície dos patógenos

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Dentre as funções do sistema complemento, temos: INFLAMAÇÃO


Opsonização e Fagocitose É uma reação natural do organismo em resposta
Inflamação a infecção ou lesão
Lise Celular (morte)
O PROCESSO INFLAMATÓRIO É UMA
Acompanhe o esquema resumido do Sistema Complemento: CARACTERÍSTICA DA IMUNIDADE INATA
VIA CLÁSSICA VIA DA LECTINA Sinais cardinais da inflamação:

VIA ALTERNATIVA
Imunoglobulina se liga Macrófagos digerem o
ao microrganismo e microrganismo e
se fixam liberam substâncias Calor Rubor Tumor Dor
que estimulam o fígado Perda de função
a liberar a lectina
Interação com o
Ativação C1 microrganismo
Lectina se liga ao O que ACONTECE NO PROCESSO INFLAMATÓRIO?
microrganismo
Ativa protease
ReS
Ativação dos fatores Dilatação vascular:
B e D da membrana
plasmática Aumento do fluxo sanguíneo
Cliva C2 e C4 Consequentemente ocorre os fenômenos de rubor,
calor e tumor (edema)
Ativa C3 Leucocitose e Marginação Leucocitária:
O momento favorece o aumento de leucócitos,
principalmente de neutrófilos e posteriormente,
C3b C3a
monócitos
Fixação do
microrganismo
Ativa mastócitos Os leucócitos caminham até o endotélio através da
Liberação de Histamina diapedese
Opsonização
C5a
Atrai fagócitos para o
local da inflamação
Exsudação:
Promove Cliva C5
Passagem de substâncias plasmáticas e leucócitos
fagocitose
C5b Se liga a C6 e C7 + C8 e C9
que saem dos vasos, com o objetivo de eliminar o
Provoca Citólise Forma o Complexo de agente invasor e remover o tecido necrosado
Ataque a Membrana (MAC)

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TODA INFLAMAÇÃO COMEÇA COM UMA IRRITAÇÃO


Imunidade Adaptativa
Características:
Que pode ser de caráter biológico, corpos Adquirida durante a vida
estranhos ou lesão direta Atua de maneira específica contra cada antígeno
Memória imunológica
A lesão libera as alarminas, moléculas que indicam
a presença de agressão CLASSIFICADA EM:
Tanto as alarminas como as PAMPs induzem a
Resposta Imune Resposta Imune
liberação de mediadores inflamatórios Humoral Celular
Podendo ser Pró-inflamatório ou
Anti-inflamatório

Se houver algum desequilíbrio na liberação dos Mediado pelos Mediado pelos


linfócitos B linfócitos T
mediadores da inflamação, é possível que ocorra a
inibição ou a exacerbação da reação inflamatória Tanto o linfócito B como o T são originados na medula
óssea, porém eles não são maturados no mesmo lugar.
O tipo B amadurece na medula óssea, mas a
Outros fenômenos da inflamação: maturação do tipo T ocorre no timo.

- Fenômenos alterativos: Durante a maturação, o linfócito recebe seu receptor, e


é esse receptor que vai fazer com que o linfócito
Degeneração e Necrose responda ao ataque do patógeno.
Toxinas do agente lesivo Várias proteínas são criadas e combinadas, formando
Ação inflamatória os receptores. A cada ataque um tipo de receptor é
utilizado, afinal... se fosse apenas um tipo, ele não
conseguiria ser específico e atacaria os invasores
- Fenômenos resolutivos: sempre da mesma forma, concorda comigo?
Regeneração Quando o receptor tá pronto, os linfócitos são
Cicatrização encaminhados para os órgãos linfoides e lá ficam
aguardando a hora da sua ativação. Mas essa ativação
depende do tipo de patógeno, lembra que os
receptores são específicos?

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Quando chega o grande dia em que surge um antígeno IMUNIDADE HUMORAL


capaz de ativar o linfócito, a primeira coisa que
acontece em seguida é uma multiplicação de linfócitos. Células atuantes: Linfócitos B
É isso mesmo! O linfócito começa a fazer clones de si Mediada por Anticorpos (Imunoglobulinas)
mesmo (com aquele mesmo receptor, direcionado
para aquele tipo de patógeno). Defesa contra microrganismos extracelulares
Lembra dos dois grupos formados durante a
multiplicação dos clones? Então, as células efetoras
Afinal, quando há ameaça de guerra... o exército dos linfócitos B são chamadas de plasmócitos.
é convocado, não é mesmo?
Os plasmócitos são os responsáveis pela produção e
secreção das nossas imunoglobulinas, mas
popularmente chamadas de anticorpos.

Variável
Os anticorpos possuem dois sítios de ligação ao antígeno,

b
chamado Fab e a porção efetora que é chamada de Fc.

Fa
São compostos por duas cadeias leves idênticas e duas
Cadeia cadeias pesadas, também idênticas, que se ligam através

Constante
Após a produção de clones, os mesmos são divididos
Leve
das pontes dissulfeto.
As cadeias possuem duas regiões: variável e constante. A
em dois grupos (independente de qual linfócito seja): variável como um próprio nome diz, nem sempre é a
Células efetoras Fc mesma para todos
Células de memória
Cadeia
Pesada

Principais funções:
Células efetoras - Neutralização
São aquelas que vão de fato para a guerra - Opsonização
imunológica naquele momento - Ativação do Sistema Complemento

Células DE MEMÓRIA Os receptores presentes na membrana dos linfócitos


permitem que haja um reconhecimento direto com o
São aquelas que vão ser atuantes somente quando
houver (se houver) um segundo contato com aquele patógeno, ou seja, não há necessidade de outra célula
antígeno ou substância apresentar o antígeno para o anticorpo,
se o receptor dele "der um match" com o tipo de
patógeno presente, já era!
É muito provável que as células efetoras morram O anticorpo vai se ligar ao antígeno, impedindo sua
durante o combate, então... é sempre bom ter um ação. O antígeno será revestido por anticorpos, ou
time preparado no banco reserva né, galera? pelas proteínas do complemento, facilitando a
fagocitose. IgM ou IgG ativa a via clássica, se liga ao C1
e a cascata do sistema complemento começa a rolar.

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Imunoglobulinas IMUNIDADE CELULAR


Existem 5 classes, ou isotipos de anticorpos, que Células atuantes: Linfócitos T
possuem funções e características distinstas, vamos Mediada por Células
conhecê-los a seguir:
Defesa contra microrganismos intracelulares

Lembra da imunidade inata? Que há atuação dos


fagócitos e eles ingerem o microrganismo? Pois bem,
nem sempre o sistema consegue de fato destruir esse
invasor. Como acontece o combate nesses casos,
então? Através da imunidade mediada pelas células T!
Os linfócitos T possibilitam a destruição de
microrganismos que estão presentes nos fagócitos,
IgA - Pode ser encontrada na forma monomérica na afinal... eles atuam na defesa contra microrganismos
circulação, ou na forma dimérica em secreções, ou INTRAcelulares, como mencionei mais acima.
mucosas, como: saliva, lágrima e leite materno.
Responsável por proteger a mucosas através da
Os linfócitos T NÃO produzem anticorpos, porém
neutralização. podem estimular os linfócitos B na produção de
IgD - Presente no plasma em baixa concentração e na anticorpos, quando se trata de um combate relacionado
superfície no linfócito B maduro, atuando como a um invasor extracelular.
receptor de antígenos.
IgE - Atua nas reações alérgicas e infecções
parasitárias por helmintos. Encontrada na superfície de Mais um detalhe aqui...
células que possuem alta afinidade para IgE. Existem vários tipos de linfócitos T (vários mesmo!).
IgM - É observada em pessoas que apresentam
Mas bora focar apenas nos dois principais:
infecção recente ou ativa. Encontrada na forma
pentamérica. Atua como receptor de linfócitos B naïve Linfócito T Auxiliar (CD4+)
e ativando o sistema complemento. Linfócito T Citotóxico (CD8+) Ativam os macrófagos
IgG - Principal anticorpo encontrado no plasma e o para que os microganismos
único capaz de atravessar a placenta, auxiliando na fagocitados sejam
Atacam as células
defesa do neonato. Está presente na fase crônica da eliminados
infectadas de forma
infecção e é encontrada na forma monomérica.
direta

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CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS Th2 - Atua promovendo a produção de anticorpos IgE,


através dos eosinófilos e mastócitos. Sendo IL-4, IL-5,
Uma pausa rápida para te avisar que as famosas APC's IL-10 e IL-13 as citocinas secretadas.
não tem esse nome por acaso, pois são especializadas
Vamos relembrar o que são citocinas?
em mostrar para as células T que tem alguém estranho
Essas substâncias são proteínas que transmitem sinais,
na área, as principais são: Macrófagos, Células regulando não somente a resposta imune, como também a
Dendríticas e os Linfócitos B. inflamação e a hematopoiese

LINFÓCITO T AUXILIAR
LINFÓCITO T CITOTÓXICO
Reconhece o complexo MHC Classe II presentes nas
Reconhecem o complexo MHC Classe I
células apresentadoras de antígeno (APC) e que
As células citotóxicas matam as células com
vieram do meio extracelular
microrganismos infecciosos
Secretam a interleucina 2 (IL-2) promovendo
Liberam grânulos tóxicos: perforina e granzima
expansão clonal
Atuam principalmente nas infecções virais, células
Estimulam a produção de IgE (e outras
tumorais e células de transplante
imunoglobulinas) a partir de citocinas
Ativam leucócitos, principalmente eosinófilos Ou seja, eles chegam matando

Assimilou aqui o IgE e os eosinófilos?


Quando eles estão presentes mesmo? Nas reações alérgicas e AAH, e sobre o MHC... Vou te explicar!
parasitárias (por helmintos)!
De forma resumida, o Complexo Principal de
Outro detalhe importante é que as células auxiliares Histocompatibilidade se trata de um conjunto de genes
(também chamadas de T helper) podem induzir capazes de apresentar o antígeno para os linfócitos T.
diferentes respostas dependendo da citocina O primeiro estudo foi feito em camundongos, para os
estimulada, temos como respostas principais: humanos o HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) é
equivalente ao MHC.
Th1 - Atua contra microrganismos intracelulares por MACETE PARA NÃO
CONFUNDIR:
meio de fagocitose, através de citocinas como: MHC I é restrito ao CD8+
Se multiplicar um pelo outro
MHC II é restrito ao CD4+
Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose o resultado sempre será 8.
Ex: 8x1=8 e 4x2=8
Tumoral alfa (TNF-α).

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IMUNIZAÇÃO IMUNIZAÇÃO PASSIVA


Apresenta uma resposta rápida
É o processo o qual passamos para adquirir Não possui memória
imunidade contra determinado Curto prazo
antígeno/patógeno, e que pode ser obtida tanto Pode ser natural ou artificial:
de forma natural, como artificial - Natural (Ex: Leite materno/placenta)
- Artificial (Ex: Soro antiofídico)
NATURAL X ARTIFICIAL
A imunização natural acontece quando entramos em
IMUNIZAÇÃO ATIVA
contato com o antígeno, desenvolvemos a doença e o
sistema imunológico prepara uma resposta. Lembra do Induzida pela exposição a um microrganismo
que vimos nas páginas anteriores, que quando o Possui memória
invasor é detectado um dos processos que ocorrem é Longo prazo
que as células começam a se multiplicar e se dividem Pode ser natural ou artificial:
em dois grupos? As células efetoras, que irão trabalhar - Natural (Ex: Infecção/doença)
na invasão que está acontecendo naquele momento e - Artificial (Ex: Vacina)
as células de memória, que ficarão no banco de
reserva esperando um novo contato daquele mesmo SORO X VACINA
antígeno. Qual a diferença?

Imunização passiva Imunização ativa


Já a imunização artificial, como o próprio nome já diz
Constituído por anticorpos Constituída por antígenos
é algo que não é produzido pelo nosso próprio
Possui resposta imediata inativados
organismo, porém é uma maneira de induzir o corpo a
Imunidade temporária Possui resposta tardia
uma resposta imunológica.
De caráter emergencial Imunidade duradoura
Combate veneno e toxinas, De caráter preventivo
Porém, além dessa divisão de natural e artificial, ainda
como picada de cobra Combate vírus e bactérias
é possível classificar a imunização em: passiva ou ativa.
E é o que veremos logo a seguir:

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DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS B E/OU T


Imunodeficiências Nas páginas anteriores aprendemos que a imunidade
Existem algumas situações onde ocorre uma disfunção adaptativa possui duas ramificações: a resposta
no sistema, fazendo com que ele possua falhas e mediada por anticorpos e a resposta mediada por
consequentemente acarreta no mal funcionamento do células, uma depende do linfócito B e a outra do T.
sistema de defesa, para essa disfunção denominamos: A única capaz de produzir anticorpos é a célula B,
imunodeficiência, onde o sistema imunológico se porém em determinados momentos a célula T vai
apresenta deficiente. induzir a célula B a produzir as imunoglobulinas, se em
algum momento durante a maturação dessas células
São classificadas em: houver falha, a utilidade dela será afetada! E se eu não
Primárias (congênitas) tenho células para me defender, estarei mais sensível a
Secundárias (adquiridas) infecções.

Podem afetar tanto a imunidade inata, prejudicando as Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) - Pode
proteínas do sistema complemento e demais células, ser de caráter recessivo autossômico, por carência
como também a imunidade adaptativa, onde as falhas da enzima adenosina desaminase (ADA), ou
são observadas nos linfócitos T, B ou ainda na deficiência ligada ao cromossomo X. Influenciando
produção de anticorpos. na diminuição em números das células T e das
imunoglobulinas.
IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA Agamaglobulinemia ligada ao X ou
Agamaglobulinemia de Bruton - Mutação no gene
É causada por defeitos genéticos, tem
que codifica uma quinase denominada de tirosina
como característica a suscetibilidade à
quinase de Bruton (BTK, Bruton Tyrosine kinase),
infecções. Podem ser manifestadas
localizado no cromossomo X. Afetando os isótipos
ainda na infância, logo após o
dos anticorpos.
nascimento ou apenas na fase adulta.
Síndrome de DiGeorge (SDG) - Anomalia rara,
A seguir veremos alguns tipos de
decorrente de uma perda do material genético no
imunodeficiência congênita.
braço longo do cromossomo 22. Acarretando na
diminuição ou ausência dos linfócitos T.

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FALHAS NA ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS


Você percebeu que nos processos de defesa ninguém Mas Karla, tu falou que essas falhas também poderiam
trabalha sozinho? Todos os componentes precisam de acontecer com os componentes da imunidade inata, e
uma ajudinha aqui, uma sinalização ou um estímulo ali até agora tu só falou das deficiências que envolvem a
para o sistema poder montar uma resposta eficaz. imunidade adaptativa. É VERDADE!
Mas, como nem tudo são flores, pode acabar rolando Então, pra fechar as imunodeficiências primárias
falhas na ativação dos linfócitos, e claro... ele não vai vamos falar sobre as falhas que afetam os fagócitos e
conseguir realizar seu papel na terra. Como nos casos o sistema complemento, beleza?
abaixo:
Síndrome da Hiper-IgM ligada ao X - Deficiência DEFICIÊNCIA DA IMUNIDADE INATA
rara, consequente da deficiência da expressão da
CD40L. Caracterizada pela troca de isótipos da Doença Granulomatosa Crônica (DGC) - Condição
cadeia pesada do linfócito B, onde há dificuldade rara, causada por mutações nos genes que
na produção de IgG e IgA, e uma produção codificam a enzima fagócito oxidase, importante no
aumentada (ou normal) de IgM. Essa síndrome é processo de eliminação de micorganismos
geralmente observada em crianças, que são mais fagocitados.
suscetíveis a microrganismos oportunistas. Síndrome de Chédiak-Higashi - Imunodeficiência
Imunodeficiência Variável Comum - Ocorre devido a rara, apresenta grânulos grandes nos citoplasmas
falha na ativação dos linfócitos B, acarretando na de leucócitos que possuem sua atividade
baixa produção de anticorpos, geralmente de IgA. comprometida, ou seja, eles não funcionam
Deficiência de MHC II ou Síndrome do Leucócito Nu - corretamente. Os indivíduos com esta síndrome
Possui como característica a deficiência na apresentam infecções bacterianas com frequência.
expressão de moléculas do MHC classe II e como Deficiência de adesão de leucócitos - Afeta os
consequência apresenta a redução das células T leucócitos que possuem atividade fagocitária.
CD4+. O indivíduo cursa com infecções recorrentes Causada pela deficiência de glicoproteínas de
e com grandes possibilidades de avançar para o adesão presentes na superfície das células de
óbito, pois ainda não há medidas terapêuticas defesa que prejudicam a passagem dos leucócitos
eficazes, mesmo realizando transplante alogênico. até o local da lesão.

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IMUNODEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA
É causada por anormalidades que não
Hipersensibilidade
são de caráter genético e sim por No geral, o dever do sistema imune é de nos defender,
algum fator externo, como neoplasias porém as respostas imunológicas também são capazes
da medula óssea e infecção por outros de causar lesão tecidual e doenças, podendo ser
agentes, porém a imunodeficiência prejudiciais ou não, para essas reações desagradáveis
adquirida mais conhecida é a AIDS e é chamamos de hipersensibilidade, ou seja, se trata de
sobre ela que vamos falar a seguir: respostas imunes exageradas ou anormais.

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida -


Causada pela infecção por human
immunodeficiency virus (HIV), é um retrovírus que
infecta principalmente os linfócitos T CD4+, e
ainda células dendríticas e macrófagos. Durante o TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE:
processo de replicação do vírus dentro das células
T as mesmas acabam sendo mortas. Como esse Hipersensibilidade Imediata (Tipo I): Popularmente
vírus é adquirido? Através de relações sexuais conhecida como alergia, dentre as mais conhecidas
desprotegidas com indivíduos infectados, agulhas temos a rinite alérgica, anafilaxia, asma brônquica,
contaminadas, transferência placentária e dentre outros tipos de alergia. Seu início é a partir
transfusão de sangue. da ativação do Th2, estimulando a produção de IgE,
Características clínicas - Síndrome HIV aguda: que se liga aos receptores dos mastócitos. Os
apresenta febre e mal estar (viremia inicial); mastócitos liberam os seus grânulos que são as
Latência: perda gradual das células T CD4+, mais aminas vasoativas (ex: histamina) provocando a
suscetibilidade a infecções e confirmação do reação de sensibilidade, e também teremos a
diagnóstico para AIDS; AIDS Clínica: apresentação liberação de citocinas que irão induzir a inflamação
de todas as manifestações clínicas da doença. local e recrutar leucócitos, como os eosinófilos,
ativados pela IL-5.
HIV é o vírus
AIDS é o nome da doença

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Doenças Autoimunes
Mediada por anticorpos (Tipo II): Geralmente são Nós vimos que o que deve acontecer normalmente é o
autoanticorpos, ou seja, reações autoimunes que sistema imune reconhecer substâncias estranhas (não-
possuem mecanismo de citotoxicidade. As doenças próprias) e lutar contra elas, para que as mesmas não
mais comuns deste tipo são: Anemia hemolítica venham nos causar nenhuma infecção.
autoimune, Púrpura trombocitopênica autoimune,
Anemia perniciosa e Febre reumática. Existe também um mecanismo onde o sistema
Mediada por Imunocomplexos (Tipo III): O nosso imunológico consegue distinguir substâncias próprias
organismo forma imunocomplexos sem problema das não próprias, a essa capacidade do organismo
algum, o b.o acontece quando eles são formados chamamos de tolerância imunológica. Se esse
além da conta (ou são formados, porém não são mecanismo falha é possível que as células próprias
removidos) e ficam depositados em um local sejam atacadas, que é o que acontece nos casos das
inespecífico levando a uma reação inflamatória e o doenças autoimunes.
recrutamento de neutrófilos, macrófagos (ou Não consigo saber
quem é quem,
monócitos), ativação do complemento, que acaba então vou atacar
todo mundo!
resultando em uma lesão tecidual. Ex: Lúpus
eritematoso sistêmico.
Mediada por Linfócitos T (Tipo IV): Neste caso, a
inflamação é induzida por citocinas produzidas por A autoimunidade é uma resposta imune contra um
células T CD4+ Th1 e Th17, ou ainda indução de antígeno próprio, que também é chamado de
morte celular pelas células T citotóxicas, conhecidas autoantígeno. Mas porque isso ocorre? Ainda não tem
por CD8+. Esclerose múltipla, Doença de Crohn e um motivo exato, mas a literatura nos fala que os
Artrite reumatóide são algumas das doenças principais fatores para o desenvolvimento desse
causadas pelos linfócitos T. distúrbio são: fatores genéticos e ambientais. E dentre
os casos de doenças autoimune, percebe-se as
mulheres são as mais acometidas com este problema

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TIREOIDITE DE HASHIMOTO - Causado por


Em seguida, iremos conhecer as principais doenças
predisposição genética. O paciente apresenta
autoimunes e suas características:
hipotireoidismo, e ainda outros sintomas como
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO - Pode ser
cansaço, sonolência, dificuldade de concentração e
desencadeando tanto por fatores genéticos, como
outros. Nos exames laboratoriais, observa-se
hormonais e ainda por fatores ambientes (luz
presença de anticorpos anti-TPO, TSH aumentado e
solar). Dentre as apresentações clínicas:
T4 livre normal ou diminuído.
comprometimento hematológico, cutâneo e renal,
DOENÇA DE GRAVES - Exposição a fatores
manchas avermelhadas no rosto e
ambientais, como tabagismo e viroses,
fotossensibilidade. O diagnóstico pode ser
predisposição genética são alguns dos fatores que
confirmado a partir do fator antinúcleo (FAN).
podem desencadear este distúrbio. O indivíduo tem
DIABETES TIPO I AUTOIMUNE - Fatores genéticos e
como manifestação clínica o hipertireoidismo,
ambientais, como infecções podem contribuir,
oftalmopatia, taquicardia e perda de peso. No
apesar de ainda não ser 100% confirmado.
diagnóstico laboratorial geralmente apresenta TSH
Hipoglicemia e sinais comuns da diabetes são umas
diminuído, T3 e T4 livres aumentado.
das manifestações clínicas. É mais comum em
homens. No diagnóstico é possível observar a
presença de anticorpos anti IA-2, antiácido
glutâmico descarboxilase (GAD) ou anti-insulina.
Imunodiagnóstico
ARTRITE REUMATÓIDE - De causa desconhecida, Primeiramente, quero ressaltar que os exames
porém é sugestivo de também ser por condições imunológicos sofrem influências de: concentração de
genéticas, hormonais e ainda sexuais. Uma das anticorpos e antígenos, metodologia utilizada, reação
apresentações clínicas é a inflamação da cruzada, janela imunológica e outros.
membrana sinovial, podendo o indivíduo apresentar Segundamente, antes de prosseguir no assunto
também nódulos subcutâneos. Quando ao principal iremos relembrar alguns termos essenciais
diagnóstico, observa-se a presença de positividade que distinguem os verdadeiros resultados positivos dos
do fator reumatóide, a confirmação se dá não verdadeiros resultados negativos, afinal... como falar
apenas por exames laboratoriais, mas também a de imunologia sem falar de sensibilidade e
partir dos sinais e sintomas apresentados. especificidade, não é mesmo?

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DOENTES NÃO DOENTES


SENSIBILIDADE
RESULTADOS + a b

VERDADEIROS POSITIVOS RESULTADOS - c d

É a capacidade de o teste confirmar a ONDE:


positividade da doença em um indivíduo que de VPP = a
a = verdadeiros + a+b
fato está doente, o que evita os casos que b = falsos +
apresentam resultados como falso-negativos c = falsos - VPN = d
d = verdadeiros - c+d

ESPECIFICIDADE
a + b = total de resultados positivos
VERDADEIROS NEGATIVOS c + d = total de resultados negativos
a + c = total de doentes
É a capacidade de o teste confirmar a b + d = total de não doentes
negatividade da doença em um indivíduo que de a + b + c + d = total da amostra (n)
fato não está doente, o que evita os casos que
apresentam resultados como falso-positivos EXEMPLO:
E ADIVINHA... EXISTE UM CÁLCULO PRA ESSE DOENTES NÃO DOENTES
BABADO (e cai em prova) RESULTADOS + 50 20
RESULTADOS - 30 40
Valor Preditivo Positivo (VPP): São todos os
verdadeiros positivos entre todos os testes com
VPP = 50 = 50 VPP = 71,5%
resultado positivo 70
50 + 20
Valor Preditivo Negativo (VPN): São todos os VPN = 40 = 40 VPN = 57,1%
verdadeiros negativos entre todos os testes com 30 + 40 70
resultado negativo

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A SEGUIR VEREMOS OS PRINCIPAIS MÉTODOS Metodologia:


UTILIZADOS NO SETOR DE IMUNOLOGIA: - Preparar a suspensão de hemácias:
Em um tubo de hemólise adicionar 950ul de soro
AGLUTINAÇÃO fisiológico (salina) + 50ul do concentrado de
hemácias
A partir das reações de aglutinação é possível
visualizar macroscopicamente (a olho nu) a formação Tubo de hemólise são aqueles tubinhos de ensaio
de vários agregados devido as reações entre antígenos secos sem tampa bastante utilizados no laboratório

e anticorpos. Podendo ainda ser classificada em


aglutinação direta ou indireta. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

AGLUTINAÇÃO DIRETA: Obtido a partir da centrifugação


do sangue total
Utiliza-se antígenos naturais, como as hemácias,
bactérias, protozoários ou fungos. Um exemplo clássico
da aglutinação direta é a tipagem sanguínea, onde
- Técnica em tubo:
pesquisamos os antígenos eritrocitários presentes na
Identificar três tubos de hemólise com as letras A, B
membrana da hemácia. Bora relembrar como é feito?
eD
Adicionar 50ul da suspensão
Materiais utilizados:
de hemácias em todos os
Soro fisiológico
Tubos de hemólise
tubos A B D
Adicionar os reagentes nos
Centrífuga
tubos correspondentes, Anti-A
Kit de reagentes: Anti-A, Anti-B, Anti-D
no tubo A, Anti-B no tubo B e
Amostra de sangue em EDTA
Anti-D no tubo D
Após a centrifugação, dar leves batidas no tubo e
realizar a interpretação
- Reação positiva: Presença de aglutinação
- Reação negativa: Ausência de aglutinação

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EXEMPLO: AGLUTINAÇÃO INDIRETA:


= B- Neste caso, os antígenos não são naturais, utiliza-se
a B D partículas inertes revestidas de anticorpos ou
antígenos, um exemplo bastante comum é o
= O+ poliestireno (látex).
a B D ASLO e PCR (Proteína C Reativa) são alguns dos
exames que utilizam a aglutinação indireta.
Se aglutinar no "A" e no "B", o resultado é "AB"
Se não aglutinar em nenhum deles o tipo sanguíneo é o "O" ASLO
Látex revestido com estreptolisina O
O "D" simboliza o fator Rh, que é o que nos diz se Pesquisa de anticorpos no soro do paciente
o tipo sanguíneo é positivo ou negativo
Materiais utilizados:
Quando negativo, é importante confirmar a ausência do
fator Rh a partir da pesquisa do D fraco Cartão-teste
Reagente Imuno-Látex ASLO
Em alguns casos, como em sangue de recém-nascido,
Pipeta
é importante realizar a lavagem de hemácias.
Vareta de plástico
Como assim? Lembra da suspensão que é preparada
Amostra do paciente
antes de começar o processo de tipagem sanguínea?
Então... você centrifuga essa suspensão por 1 min e
Metodologia:
despreza o sobrenadante, adiciona mais salina,
Pipetar 25ul da amostra no cartão-teste
centrifuga novamente e repete esse processo três
Homogeneizar o reagente e pipetar 25ul na mesma
vezes, isso faz com que as hemácias do bebê estejam
área que foi pipetada a amostra
livres dos anticorpos da mãe, que podem interferir no
Misturar o reagente com a amostra o auxílio da
resultado do tipo sanguíneo da criança, já que em
vareta de plástico
muitas vezes o sangue utilizado é o do cordão
Realizar movimentos de rotação por 2 minutos
umbilical, logo em seguida ao parto (Lavar oito vezes
Fazer a interpretação a partir da formação ou
quando o sangue for do cordão).
ausência de aglutinação

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EXEMPLO: Interpretação:
Presença de aglutinação: reagente (positivo)
Ausência de aglutinação: não reagente (negativo)
Sendo a concentração
NEGATIVO POSITIVO = ou > 200UI/ml
Cada área do cartão aglutinada a concentração
equivale a 200UI/ml, para saber o resultado do
teste basta multiplicar 200 pelo último fator de
Obs: Nem sempre é possível observar uma granulação diluição que apresentou aglutinação.
grosseira, as vezes a aglutinação é bem fina nas bordas,
o que já indica uma amostra reagente, ou seja, positiva.
Supondo que a amostra aglutinou até no 1/16
O cálculo será:
200 x 16 = 3200UI/ml
O metodologia utilizada acima é a qualitativa, a seguir
veremos o método semi-quantitativo, a partir de *Lembrando que como se trata de um teste SEMI-quantitativo, ele apenas nos dá
diluição seriada da amostra em salina (soro fisiológico). um resultado aproximado e não exato!

Após a reação positiva no campo "puro", onde


adicionamos apenas a amostra e o reagente do kit PROTEÍNA C REATINA (PCR)
iniciamos a diluição com salina. Látex revestido com anti-PCR
Em cada área do cartão adicionar 25ul de soro Pesquisa de proteínas de fase aguda
fisiológico (exceto no puro)
Pipetar 25ul da amostra, adicionar no campo 1/2 e Materiais utilizados:
homogeneizar com a pipeta Cartão-teste, Pipeta
Transferir 25ul da diluição 1/2 para a diluição 1/4, Reagente PCR Látex
repetir o processo até a diluição 1/32 Amostra do paciente (soro)
Desprezar ou preservar os últimos 25ul diluídos
Metodologia:
25ul 25ul

PURO 1/2 1/4


pra 1/8 Pipetar 50ul da amostra e 50ul do reagente no
cartão-teste
25ul 25ul Homogeneizar e agitar no agitador mecânico por 2
Desprezar ou preservar os
1/8 1/16 1/32 últimos 25ul para continuar
a diluição em outro cartão
minutos
Observar a presença ou não de aglutinação
Se aglutinar no 1/32 continuar a diluição em outro cartão

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EXEMPLO: HEMAGLUTINAÇÃO INDIRETA:

As hemácias são ótimas aliadas nesse tipo de


NEGATIVO POSITIVO Sendo a concentração aglutinação, pois elas permitem a ligação de variados
= ou > 6,5mg/L
antígenos, como por exemplo os antígenos do
O metodologia do PCR látex é basicamente a mesma Trypanosoma cruzi (agente etiológico da doença de
que o ASLO, alterando apenas o reagente (é claro) e as Chagas). Para essa metodologia é necessário uma
quantidades utilizadas, porque também varia conforme placa com fundo em "U" ou "V" e claro, aqui também é
o Kit utilizado, algumas marcas utilizam apenas 20ul, feita a diluição seriada, para a nossa alegria.
por exemplo. Esses detalhes são variáveis, mas a
proposta é a mesma! É só ler a bula do kit e lá você Metodologia:
verá o passo a passo, é como uma receita de bolo. Ver bula e seguir as instruções do fabricante

Inclusive, também é realizado o método semi- Interpretação:


quantitativo (com a diluição seriada) basta alterar as Positivo: Quando as hemácias se aglutinam e
proporções utilizadas, invés de 25ul, utiliza-se 50ul. revestem todo o fundo da placa
Negativo: Observa-se um sedimento no fundo do
Interpretação: poço, caracterizado pela formação de um "botão"
Presença de aglutinação: reagente (positivo)
Ausência de aglutinação: não reagente (negativo)
Cada área do cartão aglutinada a concentração
equivale a 6,5mg/L, para saber o resultado do teste
basta multiplicar 6,5 pelo último fator de diluição
que apresentou aglutinação.

Supondo que a amostra aglutinou até no 1/8

O cálculo será:
6,5 x 8 = 52mg/L

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COOMBS INDIRETO:
Outro teste que utiliza a hemaglutinação indireta é o
teste de Coombs, que pesquisa anticorpos contra Indicado principalmente antes da realização de
antígenos eritrocitários (ou seja, presentes na transfusão de sangue, para averiguar se de fato o
hemácia). Útil nos testes de compatibilidade pré- doador é compatível com o receptor, neste caso é
transfusional, incompatibilidade sanguínea mãe-filho e utilizado o soro do paciente, a partir da pesquisa de
nas anemias hemolíticas autoimunes. Sendo anticorpos presentes na hemácia do indivíduo.
classificado ainda em Coombs Direto e Indireto. Vamos
ver a diferença? Metodologia (Técnica em tubo):
Preparar um pool de hemácias do tipo O, Rh
COOMBS DIRETO: positivo (hemácias de triagem)
Realizar a lavagem do pool com salina
Teste da Antiglobulina Direto (TAD), avalia se as (desprezando o sobrenadante)
hemácias estão ligadas em anticorpos capazes de Em um tubo de hemólise adicionar duas gotas do
causar a quebra dos eritrócitos (in vivo), como nos soro a ser testado e uma gota da suspensão de
casos da Anemia Hemolítica Autoimune e Doença hemácias de triagem
Hemolítica do Recém-Nascido. Homogeneizar e incubar em banho maria a 37ºC,
(entre 30 a 45min)
Metodologia (Técnica em tubo): Lavar três vezes em solução salina, desprezar o
Preparar a suspensão de hemácias sobrenadante da última lavagem
Realizar a lavagem da suspensão três vezes: Adicionar duas gotas do soro de Coombs
centrifugando a 3000 rpm por 1 min (desprezando o Agitar e centrifugar por 15 segundos a 1000 rpm
sobrenadante) Observar a formação ou ausência de aglutinação
Adicionar 100ul do reagente de antiglobulina
humana e homogeneizar; Interpretação:
Centrifugar por 15 segundos a 1000 rpm Negativo: Ausência de aglutinação indica que não
Realizar a leitura: agitando levemente o tubo e há anticorpos sensibilizando as hemácias
observando a presença ou ausência de aglutinação Positivo: Presença de aglutinação indica
sensibilidade aos anticorpos

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FLOCULAÇÃO IMUNOCROMATOGRAFIA
É considerada uma remodelação da aglutinação Essa com certeza é a técnica mais conhecida e
indireta, porém, diferente da aglutinação que é utilizada, até mesmo por quem nem curte a área da
observada a olho nu, na floculação só é possível saúde, pois é uma técnica rápida e de fácil manuseio, e
identificar os grumos formados a partir do auxílio de que pode ou não ter um reagente adicional (o reagente
um microscópio. Um dos testes mais conhecidos que já vem acoplado na membrana da placa).
utiliza essa técnica é o VDRL, que é um teste utilizado Popularmente conhecido como teste rápido, afinal ele
como teste de triagem para diagnóstico de sífilis. é de fato rápido!
A sua metodologia é bem semelhante aos demais Um exemplo clássico de teste rápido é o exame de
testes de aglutinação, o que diferencia é a forma como gravidez (beta HCG) vendido na farmácia, mas
veremos os grumos. também existem outros testes como: HIV, Hepatite,
Dengue e Malária.
VDRL:
Emprega-se uma suspensão de cardiolipina, Quando a amostra é adicionada no local indicado pelo
colesterol e lecitina. fabricante ocorre uma migração por cromatografia,
Quando ocorre a produção de anticorpos por conta observada a olho nu sobre a membrana do teste. Caso
da infecção pelo Treponema pallidum um a amostra do paciente contenha o anticorpo ou o
imunocomplexo é formado ao entrar em contato antígeno que está sendo pesquisado ocorrerá uma
com a suspensão interação com o conjugado presente na membrana,
fazendo com que surja uma linha de revelação,
Procedimento: indicando uma amostra reagente (T), porém também
Na placa de Kline pipetar 50ul da amostra e 20ul do existe a linha controle (C), que independente de o teste
reagente ser positivo ou negativo ela deve aparecer. Se a linha
Agitar no agitador mecânico por 4 minutos controle não aparecer, o teste se torna inválido e
Realizar a leitura no microscópio então, será necessário repetir o teste em outra placa.

*É INDICADO REALIZAR A DILUIÇÃO EM CASOS DE REAÇÃO POSITIVA


O resultado é observado em até 5 minutos.
OU PARA DESCARTAR A PRESENÇA DO FENÔMENO PROZONA

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Interpretação: ELISA é usado para diversos testes laboratoriais, como


para doenças virais, doenças que desencadeiam a
produção de anticorpos, dosagem de hormônios e
outros. Dependendo do aparelho utilizado, ele já pode
soltar o resultado direto, só para o responsável técnico
C C C C liberar, ou ele mostrará apenas o valor da absorbância
T T T T para ser realizado o cálculo. A seguir, veremos os
principais tipos variados deste imunoensaio:

- ELISA Direto: O antígeno (alvo) é ligado na placa, e


Negativo Positivo Inválido Inválido um anticorpo primário conjugado a um substrato de
cor ou fluorescente é colocado diretamente sobre o
alvo. Este tipo possui a desvantagem de ter a
ELISA sensibilidade mais baixa, não sendo muito usado.
Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay é um teste
sorológico imunoenzimático, sua técnica é baseada em - ELISA Indireto: Parecido com o ELISA direto, é mais
utilizado e possui maior especificidade no teste. Além
reações antígeno-anticorpo detectáveis através de
do anticorpo primário, também é utilizado um
reações enzimáticas. Possui alta sensibilidade e
anticorpo secundário.
especificadade.
Nessa metodologia ocorre a imobilização de um dos
- ELISA Sanduíche: É o mais comum e mais utilizado.
componentes (podendo ser anticorpos ou antígenos) Um anticorpo de captura específico é adsorvido na
na fase sólida. A enzima reconhecendo o alvo placa, outro anticorpo é adicionado e posteriormente
pesquisado, ela irá reagir com o substrato cromogênio um terceiro anticorpo é adicionado ligado a enzima.
levando a uma alteração na coloração dependendo da Essa enzima irá reagir com o substrato, e então a cor
concentração do antígeno ou do anticorpo. será produzida
As enzimas normalmente utilizadas como marcadores
nesses imunoensaios são peroxidase e fosfatase - ELISA de Competição: O antígeno marcado compete
alcalina. A medição é feita por um espectrofotômetro, com o antígeno alvo. Normalmente é usado quando o
a partir da densidade ótica da solução. alvo possui poucos epítopos de ligação ou possui baixo
peso molecular.

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Imunofluorescência direta:
Atua na pesquisa de antígeno diretamente no tecido ou
célula a ser investigada, a partir de anticorpos
conjugados com fluorocromos.
Indicada na investigação de doenças imunológicas
que afetam os rins, de origem dermatológica ou do
tecido conjuntivo.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Imunofluorescência indireta:
Baseada na habilidade de anticorpos se ligarem a É mais utilizada na pesquisa de anticorpos, mas pode
fluorocromos, corantes que conseguem absorver a luz ser usada tanto na pesquisa de anticorpo, como de
ultravioleta (UV), emitindo-a num dado comprimento antígeno. Detecta anticorpos através de antígenos
de onda, e permitindo sua visualização ao microscópio fixados em uma lâmina de imunofluorescência. O
de fluorescência (com luz UV), serve tanto para primeiro anticorpo adicionado não é fluorescente, já o
pesquisa de anticorpos como de antígenos. segundo sim.
Os fluorocromos comumente utilizados são: Aplicado na investigação de doenças infecciosas,
Fluoresceína (FITC fluoresceína isocianetada) e como doença de Chagas, sífilis (FTA-ABS) e na
Rodamina (TRICT). pesquisa de autoanticorpos (FAN).
Porém, tem sido substituído pela citometria de fluxo e
ensaios imunoenzimáticos, devido a necessidade de
um microscópio específico e equipe treinada para esta
metodologia.

Sendo classificada em direta e indireta.

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WESTERN BLOTTING CITOMETRIA DE FLUXO


Também chamado de immunoblotting, é uma técnica Com a citometria de fluxo é possível detectar a célula
de biologia molecular, útil na pesquisa de proteínas. ou outros componentes em meio líquido, marcadas
Pesquisa anticorpos e antígenos. Usado como método como anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos.
confirmatório de doenças infecciosas, como a infecção Possui a capacidade de analisar simultaneamente:
pelo HIV. tamanho, complexidade e outros componentes.
Baseada na utilização de eletroforese em gel que O equipamento utilizado é o citômetro, as células
promove a separação de proteínas por peso molecular, passam (uma por vez) na frente de um laser em um
através do comprimento da cadeia polipeptídica. certo comprimento de onda, emitindo sinais luminosos
As proteínas são transferidas para uma membrana de captados e transformados em sinais elétricos, e
celulose, depois disso ocorre a revelação com a posteriormente convertidos em dados eletrônicos e
utilização de anticorpos ligados a enzimas. Na visualizado em forma de gráfico.
eletroforese em gel, as proteínas mais pesadas não
conseguem percorrer distâncias longas como as mais
leves. No gel utilizado (Poliacrilamida) contém um
detergente que proporciona carga negativa as
proteínas, contribuindo para que elas se desloquem do
polo negativo para o polo positivo.

Vale ressaltar que junto com o teste (amostra do paciente)


deve ser introduzido uma amostra padrão, com peso
molecular já conhecido.

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Antes de finalizar este e-book, vou trazer a definição


O citômetro realiza uma separação por tamanho (FSC) de alguns fatores que podem influenciar nos resultados
e granulosidade (SSC). Exemplificando (na imunológicos e a tabela de marcadores para
hematologia), os linfócitos são menores e menos diagnóstico de hepatite B que confunde muita gente.
complexos, já os neutrófilos são maiores e mais
complexos devido a presença dos seus grânulos. - Janela Imunológica: Período entre o momento da infecção
até a produção de anticorpos detectáveis, este fator favorece
resultados falso-negativo.

- Reação Cruzada: É a ligação de epítopos semelhantes, que


faz com que o anticorpo se ligue a um antígeno o qual não foi
produzido para ele, contribuindo para um resultado falso-
positivo.
COMPLEXIDADE

- Efeito Prozona: Quantidade exacerbada de anticorpos que


atrapalham a formação do complexo antígeno-anticorpo,
impedindo a floculação e favorecendo um resultado falso-
negativo.

MARCADORES HEPATITE B

TAMANHO

Essa técnica é aplicada principalmente dentro da


hematologia, na imunofenotipagem para investigação
de doenças onco-hematológicas, na imunologia,
genética, microbiologia e farmacologia.

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