Metodologia Do Ensino de Hist No Ensino Fund 2019
Metodologia Do Ensino de Hist No Ensino Fund 2019
Metodologia Do Ensino de Hist No Ensino Fund 2019
Metodologia do Ensino
O estudo das metodologias de ensino é fundamental para os cursos de licenciatura porque é
por meio dele que se verticalizam assuntos próprios do ensinar. Nesta obra, longe de conceber
de História no
de maneira dicotômica a teoria e a prática, a metodologia do ensino de História para o ensino
fundamental articula as duas esferas do saber, papel que, inclusive, deveria ser atribuído a todas Ensino Fundamental
as disciplinas curriculares em cursos de licenciatura.
O estudante, no decorrer de sua formação, depara-se com indagações inerentes à sua atuação
profissional e apenas com o estudo das metodologias de ensino se sentirá preparado para refletir
sobre elas. Portanto, esta obra pretende suscitar a reflexão e o caráter investigativo em relação
ao ensino, organizando-se em capítulos que favorecem a construção dessas reflexões.
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Nadia Guariza
Guariza
Nadia Guariza
Nadia Guariza
Apresentação 7
Gabarito 165
Apresentação
Bons estudos!
1
Ensino de História no Brasil
Considerações finais
A história de uma disciplina escolar não coincide com a
produção acadêmica da sua ciência de referência. Isso porque,
muitas vezes, o que mais importa para compreender a perspectiva e
a seleção dos conteúdos de determinada disciplina escolar é analisar
o contexto de sua proposição, tentando compreender os sentidos de
sua organização e de sua prática nas escolas do período.
Atividades
1. Explique o processo de formação da disciplina escolar de
História no século XIX, na Europa e no Brasil.
Referências
ABUD, K. Currículos de História e políticas públicas: os programas de
História do Brasil na escola secundária. In: BITTENCOURT, C. O saber
histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.
6º ano
• História: tempo, espaço e formas de registros.
• A invenção do mundo clássico e o contraponto com outras sociedades.
• Lógicas de organização política.
• Trabalho e formas de organização social e cultural.
7º ano
• O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e
europeias.
• Humanismo, renascimentos e o Novo Mundo.
• A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
• Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.
8º ano
• O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise.
• Os processos de independência nas Américas.
• O Brasil no século XIX.
• Configurações do mundo no século XIX.
9º ano
• O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do
século XX.
• Totalitarismo e conflitos mundiais.
• Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
• A História recente.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Brasil, 2017.
Considerações finais
Para o professor de História, é importante ter o conhecimento
sobre os documentos que orientam a sua disciplina na escola,
compreendendo também os contextos das políticas públicas que
Ensino de História na contemporaneidade 45
Atividades
1. Articule o contexto de flexibilização do capitalismo e do
neoliberalismo com as políticas educacionais das décadas
de 1990.
Referências
ARELARO, L. R. G. Resistência e submissão: a reforma educacional na
década de 1990. In: KRAWCZYK, N.; CAMPOS, M.; HADDAD, S. (org).
O cenário educacional latino-americano no limiar do século XXI: reformas
em debate. Campinas, SP: Autores Associados, 2000. p. 95-116.
Considerações finais
As pesquisas sobre o ensino de História têm indicado que
os cursos de licenciatura dessa área devem rever sua estrutura
curricular e a forma como compreendem as disciplinas associadas
ao ensino. Nos novos estudos, é defendido que o ensino e a pesquisa
não devem caminhar separadamente, entendendo que a escola
pode se transformar em um espaço para a pesquisa. Além disso,
essa perspectiva sobre o espaço escolar pode estimular a formação
de um professor pesquisador, que não é um mero reprodutor do
conhecimento acadêmico.
Atividades
1. Escreva, em linhas gerais, como Chevallard compreende a
transposição didática.
Referências
BEZERRA, R. J. L. Interpretando a contribuição de Maurice Tardif:
reflexões sobre a prática educativa a partir dos saberes curriculares e saberes
experienciais docentes. Revista Diálogos. n. 19, mar./abr. 2018. p. 292-325.
Disponível em: http://www.revistadialogos.com.br/Dialogos_19/Dial_19_
Ricardo.pdf. Acesso em: 15 maio 2019.
Considerações finais
Neste capítulo, você teve a oportunidade de estudar sobre as
metodologias de ensino desenvolvidas nas aulas de História, desde
a memorização, os métodos ativos, as transformações nos usos das
fontes históricas e, por fim, a proposta da Educação Histórica como
linha de pesquisa e de metodologia de ensino.
Atividades
1. Escreva um texto sobre o método de memorização que
foi e ainda é muito usado nas aulas de História do ensino
fundamental.
Referências
ASHBY, R.; LEE, P. Children’s concepts of empathy and understanding in
history. In: PORTAL, C. (Ed.). The History curriculum for Teacher. Londres:
The Falmer Press, 1987.
Considerações finais
Como foi possível observar, o livro didático é muito criticado
pelos especialistas em educação, por se configurar como única
fonte de informação utilizada pelos professores. Entretanto, neste
capítulo, você estudou que os livros didáticos apresentam um
campo interessante e frutífero de pesquisa e também que podem ser
empregados de maneiras diversas nas aulas de História.
Atividades
1. Comente sobre as pesquisas desenvolvidas no Brasil, nas
décadas de 1990 e 2000, a respeito do livro didático.
Referências
ABUD, K. M. O livro didático e a popularização do saber histórico. In:
SILVA, M. A. (org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero,
1984. p. 81-87.
Considerações finais
O trabalho com fontes históricas em sala de aula exige pesquisa
e conhecimento. Além da formação inicial, o professor deve estar
constantemente estudando e precisa compreender que não é mero
reprodutor de conteúdos, mas um pesquisador – que, em sala de
aula, atua também como tal.
https://seer.utp.br/index.php/a/article/download/377/355/.
Acesso em: 19 maio 2019.
Nesta obra, Ana Claudia Urban discute, com base em uma
experiência realizada no ensino fundamental da cidade de
Ponta Grossa (PR), como os alunos se relacionam com as
ideias históricas – entre elas a problematização das fontes
históricas.
Atividades
1. Você viu, neste capítulo, que, muitas vezes, os professores
usam as fontes históricas em sala de aula como comprovação.
Explique o que significa usar as fontes para comprovação
e por que isso está associado a uma visão tradicional
da História?
Referências
ALVES, D. B. Cartas de imigrantes como fonte para o historiador: Rio de
Janeiro – Turíngia (1852-1853). Revista Brasileira de História, São Paulo,
v. 23, n. 45, p. 155-184, jul. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rbh/v23n45/16524.pdf. Acesso em: 19 maio 2019.
LUCA, T. R. História dos, nos e por meio dos periódicos: fontes impressas.
In: PINSKY, C. B. (org.). Fontes históricas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
p. 111-154.
acesso aos bens culturais para uma maior parte da sociedade, a qual,
até então, estava excluída do consumo da arte.
Dessa forma, ainda que a indústria cultural tenha modificado
o campo artístico, tornando a arte uma mercadoria, ela também
permitiu maior acesso aos bens culturais. Benjamin, em seu texto
A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica (1955), enfoca
especialmente o cinema, comparando-o inicialmente ao teatro
– até porque o próprio cinema, em sua história, desde o início,
aproxima-se da linguagem teatral para realizar filmes encenados.
O autor comenta que os atores que migraram do teatro para o
cinema viviam uma experiência fantasmagórica ao encenar para a
câmera, sem público e sem interlocutor, e, posteriormente, ao ver
sua própria imagem fora de si, no filme projetado.
O cinema como linguagem apresenta características próprias,
como a possibilidade de ver situações que os olhos naturalmente
não enxergam, como imagens mais amplas e de lugares improváveis.
Além disso, a produção dos filmes é industrial, ou seja, é dividida
em etapas, provocando a alienação dos envolvidos na concepção
final – os quais, muitas vezes, acabam conhecendo o produto final
apenas na exibição de estreia.
Os teóricos da recepção, como Certeau (2014), defendem que
os consumidores dos produtos culturais não são passivos como
imaginavam Adorno e Horkheimer, tampouco um espectador
distraído. Para Certeau (2014), os consumidores se apropriam dos
produtos de formas variadas, inclusive criando interpretações e
consumos diferentes do esperado pela indústria cultural.
Napolitano (2008) indica que, durante algum tempo, as análises
sobre o cinema criaram uma diferenciação entre os documentários
e os filmes encenados, como se os primeiros fossem mais confiáveis
do que os segundos. No entanto, a nova historiografia compreende
que todo o gênero fílmico é uma representação e não a realidade –
inclusive os documentários.
Imagens, cinema e música no ensino de História 123
Considerações finais
As aulas de História podem adquirir um colorido diferente ao
usar as fontes não escritas. Contudo, estas não devem ser encaradas
apenas como uma forma lúdica de ensinar História, mas como uma
oportunidade de problematizar a cultura visual em que vivemos.
Imagens, cinema e música no ensino de História 127
Atividades
1. Quais as possibilidades de análise de fotografias em sala
de aula?
Referências
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. A indústria cultural: o esclarecimento
como mistificação das massas. In: ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M.
Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. [S. l.: s. n.], 1947. p. 57-
79. Disponível em: https://nupese.fe.ufg.br/up/208/o/fil_dialetica_esclarec.
pdf. Acesso em: 19 maio 2019.
escrita até então era universal? Esse debate levou à reflexão de que o
simples registro escrito desse outro lado já demonstra que a história
universal era a história de apenas uma parte, a do homem branco
e heterossexual.
Nesse sentido, a escrita da História das mulheres e os estudos
pós-coloniais contribuíram para a emergência de uma nova História.
Concomitantemente a isso, a própria História das mulheres passou
a ser questionada na década de 1980: usar a categoria “mulheres”
poderia restringir o conteúdo às mulheres brancas e de classe média,
além de colaborar para uma interpretação essencialista da natureza
feminina (SCOTT, 1992).
Como escrever, então, uma história que evidenciasse as
diferenças entre as mulheres, cruzando com conceitos de classe
social e etnia? Como superar a visão essencialista em relação à
mulher, na qual ela é compreendida a partir de uma forma natural
que a distingue do homem? Tentando responder a essas questões,
Joan Scott (1995) propôs, em meados da década de 1980, o emprego
de uma categoria analítica chamada gênero.
Ao invés de estudar as mulheres, as historiadoras deveriam
analisar os papéis sociais de gênero, compreendendo que esses
papéis se modificam porque são construídos historicamente.
Portanto, os papéis atribuídos aos homens a às mulheres e por
eles assumidos nas sociedades são construções sociais, e não
características inerentes à natureza de cada um. Esses papéis
parecem naturais porque estão associados às diferenças biológicas e
fisiológicas entre mulheres e homens; ainda assim, não são naturais.
A autora também ressalta o caráter relacional da categoria
gênero, ou seja, estudar as mulheres em relação aos homens e não
isoladamente, entendendo que essa relação cria hierarquias entre
os gêneros. Essa relação seria a primeira instância do exercício de
poder na sociedade (SCOTT, 1995).
Ensino de História e diversidade 139
Considerações finais
Neste capítulo você teve a oportunidade de refletir sobre a
importância da inserção de temas e de conteúdos relacionados à
diversidade étnica e de gênero e sobre como esses temas tornaram-
-se uma preocupação na educação brasileira nas últimas décadas.
Atividades
1. Quais as repercussões da Lei n. 10.639/2003 no combate ao
racismo institucional?
Referências
BARBOSA, I. M. F. Socialização e identidade racial. Cadernos de pesquisa,
São Paulo, n. 63, p. 54-55, nov. 1987. Disponível em: http://publicacoes.fcc.
org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1272/1273. Acesso em: 20 maio 2019.
Considerações finais
A proposta da pedagogia de projetos e da interdisciplinaridade
exige que o professor de História se perceba também como
pesquisador, não apenas como professor nos moldes tradicionais,
nos quais ele deve transpor didaticamente o conteúdo pesquisado
pela sua ciência de referência. Novamente, como em outros
capítulos, é perceptível que uma das tendências atuais na formação
do professor de História é compreender que teoria e prática
caminham juntas.
162 Metodologia do ensino de História no ensino fundamental
Atividades
1. Com as informações deste capítulo, como você descreveria
os passos para realizar um projeto na escola?
Referências
BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. 5. ed.
São Paulo: Cortez, 2018.
9 Pedagogia de projetos,
interdisciplinaridade e ensino de História
1. Primeiro, deve-se escolher um tema em conjunto com os
alunos; segundo, investigar os saberes prévios dos alunos
sobre o tema; terceiro, construir o problema, as hipóteses e
Gabarito 173
O estudante, no decorrer de sua formação, depara-se com indagações inerentes à sua atuação
profissional e apenas com o estudo das metodologias de ensino se sentirá preparado para refletir
sobre elas. Portanto, esta obra pretende suscitar a reflexão e o caráter investigativo em relação
ao ensino, organizando-se em capítulos que favorecem a construção dessas reflexões.
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