Mecanismos de Evolução

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MECANISMOS DE EVOLUÇÃO

EVOLUCIONISMO VS. FIXISMO


% Princípio fixista ou fixismo
% Considera que as espécies são permanentes, perfeitas e que não sofrem evolução
% Exemplo: princípio criacionista ou criacionismo,

% Princípio criacionista ou criacionismo


% Segundo o criacionismo, os seres vivos foram originados por criação divina. Como
obra divina, a criação implica perfeição e estabilidade. Depois de criadas as primeiras
espécies, perfeitas, estas mantêm-se fixas ao longo dos tempos. As imperfeições que
ocorrem, por vezes, devem-se à imperfeição e corrupção do mundo
% Baseia-se na fé

% Catastrofismo
% Defendia que uma sucessão de catástrofes tinha ocorrido no decurso da história
da Terra. Fenómenos com dilúvios ou glaciações, teriam ocorrido em determinados
locais da Terra conduzindo à destruição dos seres vivos aí existentes. Essas áreas
seriam repovoadas por seres vivos que migravam de outros locais
% Explicava o surgimento de determinadas formas fósseis em alguns estratos, sem
que houvesse continuidade dessas formas de vida nos estratos mais recentes

% Conceção transformista
% As espécies derivavam umas das outras por degeneração e que esta transformação
era lenta e progressiva, existindo espécies intermédias até às formas atuais
% É uma perspetiva evolucionista

% Teorias evolucionistas
% Correspondem ao Lamarckismo e ao Darwinismo
% Admitem que os seres vivos sofrem modificações lentas e graduais que conduzem
à sua transformação
% Lamarckismo
% A teoria da evolução defendida por Lamarck redica em dois princípios:
% A lei do uso e do desuso
% A lei da transmissão dos carateres adquiridos
% Lamarck considerava que o ambiente e as necessidades dos indivíduos são as
causas responsáveis pela evolução dos seres vivos
% Lamarck defendia que os seres vivos têm um impulso interior que lhes permite
adaptarem-se ao meio, quando pressionados por alguma necessidade imposta pelo
ambiente
% Esquema de conceções de Lamarck:
% Modificações ambientais (originam)  novas necessidades (implicam)  novos
comportamentos (acionam)  modificações no organismo (graças a lei do uso e
desuso) (transmitem)  novas caraterísticas aos descendentes (provocam) 
adaptação da espécie ao longo de gerações

% Darwinismo
% O mecanismo evolutivo proposto por Darwin assenta nos seguintes princípios
fundamentais:
% Os indivíduos de uma determinada espécie apresentam variabilidade das suas
caraterísticas (cor, forma, tamanho, etc.)
% As populações têm tendência a crescer segundo uma progressão geométrica,
produzindo mais descendentes do que aqueles que acabam por sobreviver
% Entre os indivíduos de uma determinada população estabelece-se uma luta pela
sobrevivência, devido à competição pelo alimento, pelo espaço e outros fatores
ambientais. Assim, em cada geração, um número significativo de indivíduos é
eliminado
% Alguns indivíduos apresentam caraterísticas que são favoráveis à sua
sobrevivência no meio em que se encontram. Os indivíduos que não apresentarem
caraterísticas vantajosas, resultantes da variação natural, vão sendo
progressivamente eliminados. Assim, ao longo de gerações, a Natureza seleciona os
indivíduos mais bem adaptados às condições ambientais, vivem durante mais tempo,
reproduzem-se mais e, assim, as suas caraterísticas são transmitidas à geração
seguinte
% A reprodução diferencial permite, assim, uma lenta acumulação de determinadas
caraterísticas que, ao fim de várias gerações, conduz ao aparecimento de novas
espécies
% Teoria da evolução
% Baseou-se em dados fornecidos por uma série de áreas: Anatomia Comparada,
Paleontologia, Biogeografia, Embriologia, Biologia Molecular, Citologia e Genética

% Anatomia Comparada
% Tem fornecido dados que apoiam o evolucionismo, revelando a existência de
órgãos homólogos, análogos e vestigiais

% Órgãos ou estruturas homólogas


% São ógãos que, apesar de desempenharem uma função diferente, apresentam um
plano estrutural semelhante, a mesma posição relativa e origem embriológica
idêntica
% Revelam uma evolução divergente, divergência de organismos a partir de um
grupo ancestral comum que colonizou diferentes habitats e, por isso, sofreu pressões
seletivas distintas
% Permitem construir séries filogenéticas, que traduzem a evolução dessas
estruturas em diferentes organismos. As séries filogenéticas podem ser progressivas
ou regressivas

% Séries filogenéticas progressivas (“evoluções progressivas”)


% Os órgãos homólogos apresentam uma complexidade crescente. A partir de um
órgão ancestral simples, foram surgindo órgãos cada vez mais complexos

% Séries filogenéticas regressivas (“evoluções regressivas”)


% Os órgãos homólogos tornam-se, progressivamente, mais simples. Admite-se que
a partir de um órgão ancestral mais complexo foram surgindo órgãos mais
rudimentares

% Órgãos ou estruturas análogas


% São órgãos que têm uma estrutura e origem em briológica diferentes, mas que
desempenham a mesma função
% Resultaram de pressões eletivas idênticas sobre indivíduos de diferentes grupos,
que conquistaram meios semelhantes
% Revelam uma evolução convergente

% Órgãos ou estruturas vestigiais


% São órgãos atrofiados, que não apresentam uma função evidente nem importância
fisiológica num determinado grupo de seres vivos
% Considera-se que estes órgãos terão sido úteis no passado a um ancestral comum

% Paleontologia
% A Paleontologia revela a evolução das espécies através de fósseis e de árvores
filogenéticas

% Fósseis de formas intermédias ou sintéticas


% Apresentam caraterísticas que existem, na atualidade, em pelo menos dois grupos
de seres

% Formas fósseis de transição


% Fósseis de forma intermédia que correspondem a pontos de ramificação, que
conduziram à formação de novos grupos taxonómicos

% Embriologia
% Sugere a existência de uma relação de parentesco entre os diferentes grupos de
seres vivos. A partir de um padrão muito semelhante nos estados iniciais, vão se
formando estruturas caraterísticas dos adultos de cada espécie

% Biogeografia
% A Biogeografia conclui que as espécies tendem a ser tanto mais semelhantes
quanto maior a sua proximidade física e, por outro lado, quanto mais isoladas,
maiores são as diferenças entre si, mesmo que as condições ambientais sejam
semelhantes

% Biologia Molecular
% Dois dados da Biologia Molecular apoiam o evolucionismo:
% O facto de todos os organismos serem construídos pelos mesmos compostos
orgânicos (glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos)
% A universalidade do código genético com a intervenção do DNA e do RNA no
mecanismo de síntese proteica

% Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução


% Consiste na colmatação das lacunas da Teoria de Darwin com a Genética
% Assenta em três pilares:
% A existência de variabilidade genética nas populações, consideradas como
unidades evolutivas
% A seleção natural como mecanismo principal da evolução
% A conceção gradualista que permite explicar que as grandes alterações resultam
da acumulação de pequenas modificações, que vão ocorrendo ao longo do tempo

SELEÇÃO NATURAL, SELEÇÃO ARTIFICIAL E VARIABILIDADE


% Mutações
% Alterações bruscas do património genético, podendo ocorrer, a nível dos genes –
mutações génicas – ou envolver porções significativas de cromossomas – mutações
cromossómicas
% É uma fonte de variabilidade genética

% Recombinação génica
% É também uma fonte de variabilidade genética
% Deve-se a três fenómenos:
% Crossing-over da meiose: onde há recombinação entre os cromossomas
homólogos
% Separação independente dos cromossomas homólogos: gera infinitas combinações
possíveis de cromossomas da linhagem paterna e da linhagem materna
% Fecundação: a variedade de zigotos que se pode originar é colossal porque (1)
existem vários gâmetas e (2) cada um deles apresenta um material genético difente
graças à meiose

% Variabilidade genética
% É o substrato sobre o qual atua a seleção natural

% População
% Do ponto de vista genético, é um conjunto de indivíduos que se reproduz
sexuadamente e partilha um determinado conjunto de genes. Quando estas
condições se verificam, a população é designada população mendeliana. O conjunto
de genes de uma população mendeliana constitui o fundo genético (gene pool)
% Diversos fatores podem atuar sobre o fundo genético de uma população,
modificando-o: mutações, migrações, deriva genética, cruzamentos ao acaso, seleção
natural e seleção artificial

% Mutações
% Um determinado grupo de indivíduos pode reproduzir-se mais por ter
desenvolvido uma caraterística (graças a uma mutação), fazendo com que a
frequência desse gene na população aumente

% Migrações
% Os movimentos migratórios conduzem a alterações do fundo genético porque são
responsáveis por um fluxo de genes entre as populações

% Deriva genética
% É um fenómeno que ocorre em populações de pequeno tamanho e corresponde à
variação do fundo genético, devido, exclusivamente, ao acaso
% Em duas situações ocorre o fenómeno da deriva genética: efeito fundador e efeito
gargalo

% Efeito fundador
% Ocorre quando um número restrito de indivíduos, de uma determinada população,
se desloca para uma nova área, transportando uma parte restrita do fundo genético
da população original

% Efeito de gargalo (ou bottleneck)


% Ocorre quando uma determinada população sofre uma diminuição brusca do seu
efetivo devido à ação de fatores ambientais, como, por exemplo, alterações
climáticas, falta de alimento, epidemias, incêndios, inundações e terramotos. Assim,
um determinado conjunto de genes (que os sobreviventes possuem) será fixado na
população, enquanto que outros genes foram eliminados, não devido à seleção
natural, mas por deriva genética

% Cruzamentos ao acaso
% Quando os cruzamentos ocorrem ao acaso (panmixia), há uma manutenção do
fundo genético
% Se os cruzamentos não se fizerem de uma forma aleatória, ou seja, se na escolha
do parceiro sexual houver tendência para privilegiar determinadas caraterísticas, a
frequência do conjunto de genes que os indivíduos escolhidos possuem tenderá a
aumentar. Assim, o fundo genético da população irá sofrer uma alteração

% Seleção natural
% Atua sobre os fenótipos, isto é, são selecionados os indivíduos que possuem
fenótipos que os tornaram mais aptos para o ambiente em que vivem, permitindo-
lhes deixar mais descendentes do que os indivíduos com outros fenótipos

% Seleção artificial
% Ao encorajar a reprodução de uns e impedir a reprodução de outros de forma
sistemática, o homem realiza um processo de seleção idêntico ao realizado pela
Natureza, mas mais rápido

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