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RESUMO
A consciência financeira precisa estar presente nas escolas como proposta transdisciplinar.
Principalmente aos alunos adolescentes que vivem em um consumo desenfreado e influenciado
pela mídia. Em escolas particulares esses alunos gastam e não compreendem o valor das coisas,
nem do trabalho. Em escolas públicas é preciso demonstrar que poupar pode trazer benefícios.
O objetivo da pesquisa é levar para as escolas públicas da cidade de Resende-RJ uma proposta
de projeto de extensão com a participação dos cursos de pedagogia e administração através de
palestras, ações e projetos em parceria com o Serviço de Orientação Educacional (SOE) da
escola e também com o professor de matemática e demais áreas. Atendendo à Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) que pontua a educação financeira como área transdisciplinar.
Abordando o tema e levando os alunos a assumirem a prática de cidadania tendo a educação
financeira como instrumento consciência social. A pesquisa será bibliográfica para fundamentar
teoricamente a ideia futura do projeto de extensão. A ideia central do artigo é trazer a luz a
educação financeira como necessária nas escolas, principalmente entre o público adolescente,
referente ao Ensino Fundamental 2, uma vez que carecem de limites e podem atuar de forma
reversa, ou seja, de forma consciente em seus projetos de vida, suas famílias e em sociedade.
Demonstrando que pequenas ações planejadas de economia possibilitam poupar, investir e
gastar de forma assertiva. E o principal a prática da cidadania que é a autonomia de tomar
decisões coerentes em colaboração para mudanças de hábitos familiares.
INTRODUÇÃO
1
Coordenadora e Professora do Curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá - RJ – UNESA,
carollini.graciani@hotmail.com;
² Coordenador dos Curso de Administração, Logística e Recursos Humanos da Universidade Estácio de
Sá-RJ – UNESA, dias.leonardo@estacio.br;
A escola é sede de várias temáticas transversais. A educação financeira não pode
ser posta de lado. À medida que o foco educativo é transformar o aluno para a prática da
cidadania, receber uma formação consciente relacionado às finanças colabora para uma
mais uma intervenção social.
A educação financeira não é apenas para classes favorecidas financeiramente
sobre perspectiva de investimentos e poupança. Ao oposto, uma necessidade para
aqueles que precisam ter ciência de seus gastos e como bem distribuir.
A escola, por vezes, não enfatiza o ensino financeiro, perdendo a oportunidade
de contextualizar o próprio ensino da matemática e usar desse assunto como elemento
transdisciplinar. O recorte da presente pesquisa refere-se ao público adolescente (Ensino
Fundamental 2) devido o lugar de diálogo mais maduro e atuante.
Uma vez que o aluno se apropria do funcionamento das finanças, cria-se o
hábito de ator social, seja consumindo, investindo ou poupando. A fase da adolescência
é marcada pelo ter através do apelo das mídias e pressão dos grupos. Apresentar ao
adolescente a concepção de que para ter é preciso planejamento, demonstra valorização
das coisas e desvia da futilidade.
Mais do que levar a educação financeira para sala de aula, provocar uma
consciência financeira nos adolescentes para que possam agir com autonomia em suas
vidas, famílias e socialmente. A proposta é atuar diretamente com o Serviço de
Orientação Educacional e com o professor responsável pela disciplina de matemática
para criar palestras, bate-papos, ações e estabelecer um vínculo com a Universidade
diante de sua prática de extensão em contribuição dos Cursos de Pedagogia e
Administração.
Levar educação financeira ao ambiente escolar através do público adolescente e
criar laços com a universidade entre cursos especialistas na área permite que alcançar os
propósitos acadêmicos de transdisciplinaridade e a prática de extensão universitária.
Favorecendo um processo de ensino-aprendizagem significativo, conscientizador e de
prática social.
A presente pesquisa é bibliográfica, a fim de levantar contribuições teóricas que
fundamentem o desejo de transformar em um projeto de extensão universitária
posteriormente.
A abordagem parte da conceituação do que é educação financeira; sua
aplicabilidade em ambiente escolar; as características de Ensino Fundamental 2; as
possíveis contribuições para uso de instrumento de conscientização social.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Nos dias atuais, não existe perspectiva sobre um mundo que todos têm
consciência de quanto ganha, quanto pode gastar e a projeção para a realização de um
sonho com o início de uma economia daquilo que se ganha. Para os brasileiros isto não
acontece.
Não existe ainda uma cultura de estudar a vida financeira e qual melhor atitude
tomar diante desta realidade. Isso reflete na vida de grande parte dos brasileiros, pois o
descontrole financeiro gera o endividamento crescente, mesmo com aqueles que têm
uma boa renda, pois não adianta ganhar muito se não souber aplicar as premissas
básicas de poupar.
A educação financeira é chave para o sucesso, independente da classe social,
pois com ela, delimitamos e ajustamos a nossa realidade ao poder de compra e assim
encaixando com o perfil de cada poder aquisitivo.
O consumo excessivo por crédito faz com que gerem lucros exorbitantes para o
oligopólio de grandes instituições financeiras no país. Hoje, esse nicho de mercado tem
se expandido cada vez mais com os bancos digitais, porém a população carece de
entender o básico do sistema financeiro e como utilizar seus recursos da melhor
maneira.
Dentro dos lares brasileiros, todo contexto de dinheiro somente é abordado num
momento em que família passa por dificuldades financeiras e há necessidade de corte
orçamentário, que muitas vezes atingem itens básicos da necessidade humana, porém
sendo medida inevitável para prosseguir com a mantença familiar. Observa-se desta
forma que falta estudo e planejamento para entender o que pode ser feito para não
chegar neste momento crítico, e com isso criamos uma ideia equivocada sobre o tema
educação financeira, até porque o intuito é trazer um conforto e segurança com o que se
ganha.
É preciso entender que não seremos milionários ganhando 3 (três) salários
mínimos, numa família de 4 (quatro) pessoas, porém administrando a renda,
conseguimos uma segurança e proteção em momentos de dificuldades para aí sim
buscar novas alternativas de aumentar a renda familiar.
Com o conhecimento sobre educação financeira, corre-se menos riscos de passar
apuros em momento críticos, como no momento em que vivemos com a Pandemia da
Covid-19 que assola nosso planeta.
Outra situação muito rotineira de quem arrisca falar de educação financeira é o
termo “poupar por poupar”, porém este pensamento está equivocado. Quando se traça
metas financeiras, pensam logo em quanto irá poupar e qual o destino dará para esta
economia.
A educação financeira está relacionada à forma que entendemos sobre dinheiro e
todas as formas de utilização deste recurso para que tenhamos uma vida mais
equilibrada, pois ao contrário disso pode afetar diretamente o convívio social, familiar e
até o psicológico do indivíduo.
O tema sobre educação financeira já é tratado há mais de 15 anos como
prioridade pelos órgãos internacionais. A OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), no qual define sobre o tema:
DOMINGOS, R. Ter dinheiro não tem segredo. São Paulo: DSOP Educação Financeira,
2012.