12. Microbiologia Basica
12. Microbiologia Basica
12. Microbiologia Basica
MICROBIOLOGIA
• Biogênese. - outros cientistas acreditavam, inclusive Leuwenhoek, que as “sementes” destas criaturas microscópicas
estão sempre presentes no ar, de onde ganham acesso aos materiais e ali crescem desde que as condições sejam
adequadas ao seu desenvolvimento..
Experimento de Heedham
Os organismos que possuem o núcleo celular circundado por uma membrana nuclear ou carioteca
são chamados de Eucarióticos.
Robert H. Whittaker classificou os organismos vivos, baseado na maneira pela qual os organismos obtêm alimentos, em 5
reinos:
• Reino Monera
• Reino Protista
• Reino Plantae
• Reino Animalia
• Reino Fungi.
2.3. Reinos aos quais pertencem os microrganismos
Os fungos apresentam grande variedade em relação ao modo de vida, mas sempre obtêm alimento
por absorção de nutrientes do meio.
Parasitas – os fungos que se alimentam de substâncias retiradas do corpo de organismos vivos, nos
quais se instalam, prejudicando-os. Esses fungos provocam doenças em plantas e em animais,
inclusive no ser humano.
Mutualísticos – estabelecem relações mutualísticas com outros organismos, nos quais ambos se
beneficiam.
Predadores – entre os fungos mais especializados estão os predadores, que desenvolvem vários
mecanismos para capturar pequenos organismos, especialmente nematódeos, utilizando-os como
alimento.
Bactérias - Classificação
➢ Quanto ao tamanho
são normalmente medidas em micrômetros (μm), que são
equivalentes a 1/1000mm (10-3mm). As células bacterianas variam
de tamanho dependendo da espécie, mas a maioria tem
aproximadamente de 0,5 a 1μm de diâmetro ou largura.
➢ Quanto a morfologia
Há uma grande variedade de tipos de bactérias e suas formas
variam, dependendo do gênero da bactéria e das condições
em que elas se encontram.
Apresentam uma das três formas básicas: Cocos, Bacilos e
Espirilos.
Bactérias - Classificação
COCOS
São células geralmente arredondadas, mas podem ser ovoides ou
achatadas em um dos lados quando estão aderidas a outras células.
Os cocos quando se dividem para se reproduzir, podem permanecer
unidos uns aos outros, o que os classificam em:
BACILOS
ESPIRILOS
Obs.: As infecções bacterianas são classificadas de acordo com a classificação das bactérias. Por exemplo, as infecções podem
ser causadas por bactérias Gram-negativas ou Gram-positivas. Tal distinção é importante, pois o tratamento dos dois tipos
pode exigir tipos diferentes de antibióticos.
Classificação das bactérias – Quanto a respiração – Quanto a nutrição
➢ Quanto a respiração as bactérias classificam-se em:
Entre os seres vivos, existem intrínsecas relações, algumas responsáveis por profundas alterações nas
condições de vida de cada um dos seres envolvidos.
Simbiose – uma ou ambas as espécies se beneficiam, não ocorrendo prejuízos.
Parasitismo – Prolongada relação de um parasita e um hospedeiro, que resulta em benefícios ao parasita e em
prejuízo ao hospedeiro. O parasitismo é responsável pelo grande numero de doenças infecto-parasitárias
existentes.
Bactérias – Classificação – Quanto a reprodução
➢ Quanto a reprodução:
Bipartição, Cissiparidade ou Divisão Binária: - ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior
divisão em duas células
Divisão de uma célula em duas por mitose, cada uma com o
mesmo genoma da “célula-mãe”
Sexuada:
Sexuada: quando ocorre transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de
transferido, o fragmento de DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo
cromossomos com novas misturas de genes.
Esses cromossomos recombinados serão transmitidos para células-filhas quando a bactéria se dividir.
Bactérias - Estrutua celular
Parede celular
A parede celular é uma estrutura rígida que mantém a forma
característica de cada célula bacteriana. A estrutura é tão rígida que
mesmo altas pressões ou condições físicas adversas raramente mudam
a forma das células bacterianas. É essencial para o crescimento e
divisão.
Membrana citoplasmática
Localiza-se imediatamente abaixo da parede celular. A membrana
citoplasmática é o local onde ocorre a atividade enzimática e do
transporte de moléculas para dentro e para fora da célula. É muito mais
seletiva à passagem de substâncias externas que a parede celular
Bactérias - Estrutua Celular
Estrutura externa da parede celular
Flagelos e cílios
Flagelo significa longo apêndice filamentoso que serve para locomoção. Se as
projeções são poucas e longas em relação ao tamanho da célula, são
denominados flagelos. Se as projeções são numerosas e curtas lembrando
pelos, são denominados cílios.
Glicocálice:
Significa revestimento de açúcar – é um envoltório externo à membrana plasmática que ajuda a proteger a superfície
celular contra lesões mecânicas e químicas. É composto de moléculas de açúcar associadas aos fosfolipídios e às
proteínas dessa membrana. O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e gelatinoso que está situado externamente
à parede celular. Na maioria dos casos, ele é produzido dentro da célula e excretado para a superfície celular. O
glicocálice é descrito como uma cápsula.
Filamentos axiais
São feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células e fazem uma espiral em torno destas. A rotação dos
filamentos produz um movimento que propele as espiroquetas (bactérias que possuem estrutura e motilidade exclusiva)
como a Treponema pallidum, o agente causador da sífi lis, em um movimento espiral. Este movimento é semelhante ao
modo como o saca-rolha se move, permitindo que as bactérias se movam efetivamente através dos tecidos corporais.
Bactérias - Estrutura Celular
Fimbrias
São apêndices semelhantes a pelos mais curtos, mais retos e mais finos que os flagelos, são usados para fixação em vez de
motilidade. As fimbrias permitem as células aderir às superfícies, incluindo as de outras células.
Ribossomos
Servem como locais de síntese proteica. São compostos de duas subunidades, cada qual consistindo de proteínas e de um
tipo de RNA denominado ribossômico (RNAr ). Os ribossomos procarióticos diferem dos eucarióticos no número de
proteínas e de moléculas de RNA. Devido a essa diferença, a célula microbiana pode ser morta pelo antibiótico, enquanto a
célula do hospedeiro eucariótico permanece intacta.
Bactérias – Forma de vida - Esporos
Esporos
Se formam dentro da célula bacteriana, são exclusivos de bactérias. São
células desidratadas altamente duráveis, com paredes espessas e camadas
adicionais.
Dependendo da espécie bacteriana, o esporo pode manter viável em seu
centro os principais compostos das bactérias no ambiente por anos, séculos,
milênios ou milhões de anos. Assim que estes esporos encontrarem
condições favoráveis para crescer, mesmo depois de muito tempo
esporuladas, os esporos germinam e as bactérias voltam a se multiplicar
como antes. Portanto, este potencial de resistência e de germinação varia
entre as bactérias capazes de produzir esporos.
Os vírus não são considerados organismos vivos porque são inertes fora das
células hospedeiras. Diferem dos demais seres vivos pela ausência de
organização celular, por não possuírem metabolismo próprio e por
necessitarem de uma célula hospedeira. No entanto, quando penetram em
uma célula hospedeira, o ácido nucleico viral torna-se ativo ocorrendo a
multiplicação.
Entre os seres vivos, existem intrínsecas relações, algumas responsáveis por profundas alterações nas condições de
vida de cada um dos seres envolvidos. Essas relações podem ser divididas em:
Simbiose – uma ou ambas as espécies se beneficiam, não ocorrendo prejuízos.
Parasitismo – Prolongada relação de um parasita e um hospedeiro, que resulta em benefícios aoparasita e em
prejuízo ao hospedeiro. O parasitismo é responsável pelo grande numero dedoenças infecto-parasitária existentes.
Relações entre os seres vivos
Muitas bactérias vivem sobre e dentro do corpo humano e dos animais (sobre a pele, nas vias respiratórias, na
boca e nos tratos digestivo, reprodutivo e urinário) sem causar nenhum dano.
Essas bactérias são denominadas flora habitual, flora residente ou o MICROBIOTA NORMAL.
São micro-organismos que colonizam harmonicamente um determinado hospedeiro.
Existem locais específicos no hospedeiro para a presença da microbiota normal: Cavidade oral, Intestino, Pele,
mucosas, fossas nasais, uretra. Porém, existem locais onde não há a mínima presença de micro-organismos, locais
considerados estéreis.
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Relações entre os seres vivos
Infecções oportunistas
São patologias ocasionadas por micro organismos da microbiota normal devido a condições favoráveis propiciadas pelo
próprio hospedeiro.
Embora a Microbiota normal estabeleça diversas funções produtivas para o hospedeiro, em algumas ocasiões estes micro-
organismos podem causar doenças ao indivíduo.
Existe um grupo específico de indivíduos que são mais vulneráveis ao desenvolvimento de infecções oportunistas,
são chamados imunossuprimidos (indivíduos com baixa imunidade). Dentre o grupo de imunossuprimidos destacam-
se os: portadores de doenças crônicas, doença auto-imune e câncer; indivíduos transplantados, usuários de
corticoides, portadores de HIV, idosos e crianças.
Fatores desencadeadores de infecções
Para que o indivíduo contraia uma doença infecciosa é necessário considerar um conjunto de fatores que podem
influenciar nesse processo. Estes fatores são determinados por:
EXPOSIÇÃO, IMUNIDADE e PATOGENICIDADE.
EXPOSIÇÃO
A exposição é processo de contato do hospedeiro com o microrganismo. Para que um hospedeiro se contamine
obrigatoriamente ele necessita ter tido contato com o agente.
Vias de transmissão: As vias de transmissão dos micro-organismos podem impactar em maior capacidade da
patogenicidade dos mesmos. As principais vias de transmissão: Via aérea, Via oral, Vias invasivas, Via cutânea/mucosas.
Fatores desencadeadores de infecções
IMUNIDADE
A imunidade é crucial para a resistência ou suscetibilidade do hospedeiro à contaminação. Embora os
imunossuprimidos esteja mais vulneráveis à possíveis infecções, existem variabilidade entre os indivíduos (hábitos,
etnia, sexo, estado de saúde) e o próprio indivíduo em determinado momento pode estar mais resistente ou
vulnerável às doenças. A imunidade do hospedeiro atua através de 2 respostas distintas:
A imunidade inata é aquela que o indivíduo nasce com ela, chamada imunidade natural e inespecífica;
A imunidade adquirida é a resposta desenvolvida pelo hospedeiro a partir de um primeiro contato, portanto o
hospedeiro adquire a resposta através de estímulos como: o contágio inicial da doença ou processos de imunização
(vacinas)
PATOGENICIDADE
A patogenicidade é a capacidade do micro-organismo de causar doenças. Existem micro-organismos mais
patogênicos que os outros, EX: influenza (gripe comum), influenza H1N1 (gripe A). Quanto mais fatores de virulência
o micro-organismos possui maior sua patogenicidade.
Meios de cultura
O crescimento dos microrganismos descreve uma curva caracterizada por quatro fases:
• Latência (lag),
• Exponencial (log),
• Estacionária
• Morte ou destruição
Caracterizada pela adaptação da célula do microrganismo ao novo meio, quer seja através da inoculação ou
contaminação. Esta fase é influenciada pela idade da cultura, quantidade de inóculo bacteriano, tipo de microrganismo,
características do alimento e meio ambiente (pH, oxigênio, composição do meio, substâncias inibidoras, etc.
Na contaminação os microrganismos chegam ao meio espontaneamente.
Na inoculação os microrganismos são adicionados ao meio intencionalmente.
Curva de crescimento dos microrganismos
Quando os microrganismos encontram as condições ideais para a sua multiplicação, dá-se o fim da fase de latência e inicia-
se a fase logarítmica (log), também conhecida como fase exponencial, por se tratar de um crescimento em progressão
geométrica. Uma célula bacteriana se divide e dá origem a duas outras e assim sucessivamente
Curva de crescimento dos microrganismos
Caracterizada pelo crescimento acelerado e a predominância de células jovens que apresentam seu máximo potencial
metabólico. Com o aumento populacional poderá haver esgotamento de nutrientes e/ou alta concentração de
metabólitos tóxicos que limitará a multiplicação, pondo fim a fase de crescimento exponencial, ou seja, a fase
logarítmica.
Fase estacionária
É caracterizada por células velhas, mais resistentes a condições adversas, podendo em alguns casos se esporular
.
Características da fase Estacionária:
Fase de destruição
Com o aumento da adversidade do meio, essas células morrem em ritmo acelerado (fase de declínio, destruição ou
morte), dando fim ao ciclo microbiano.
A evolução do conhecimento científico, identificou formação de biofilmes e os potenciais danos que estes
podem causar à saúde, em diversos segmentos de atividades humanas.
Biofilmes
são comunidades de células aderidas a uma superfície e entre si e embebidas por uma matriz de substâncias
extracelulares poliméricas. Estas substâncias poliméricas são produzidas pelos próprios microrganismos, com
a finalidade de aumentar a sua chance de sobrevivência em um determinado meio. Estas substâncias de
produção microbiana são também denominadas slime.
Biofilmes
A matriz de polissacarídeo age como uma barreira de filtragem, gerando uma penetração lentificada ou
reduzida de agentes antimicrobianos em geral, quer sejam antibióticos ou germicidas químicos.
Para o Processamento de Produtos para a Saúde as principais implicações são quanto a dificuldade de
remoção do biofilme e sua consequente interferência nos processos de desinfecção e esterilização.
Microbiologia simplificada Jjose Caitano Tvares
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia
https://brasilescola.uol.com.br/biologia
http://nascecme.com.br/