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E. E. Prof.

Wolny Carvalho Ramos

HISTÓRIA
Prof. Vinícius

Alunos:
Arthur Alves nº5
Leonardo Silveira nº32
Manoella Dias nº36

2024
São Paulo/Brasil
SUMÁRIO

- Quem foi Getúlio Vargas?


- Governo Provisório e Governo Constitucional
- O Estado Novo
- As políticas de Getúlio Vargas
- O segundo governo de Getúlio e suicídio

INTRODUÇÃO

Getúlio Vargas foi uma figura marcante na história do Brasil no século


XX. Ele surgiu em um momento agitado, deixando uma marca
profunda na política brasileira como presidente e líder político. Sua
vida é repleta de eventos que moldaram o país de maneiras diversas.
Em nossa jornada para entender Getúlio, vamos mergulhar nos
acontecimentos importantes e nas características que o tornam uma
figura complexa e controversa na história do Brasil.
-Quem foi Getúlio Vargas?

Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de abril de 1882, na cidade de São


Borja, localizada no estado do Rio Grande do Sul. A família de Vargas, formada
por proprietários de fazendas, era rica e influente e chegou a ter influência
política tanto em São Borja como no Rio Grande do Sul. Seu pai chamava-se
Manoel do Nascimento Vargas, e sua mãe, Cândida Dornelles Vargas. Getúlio
era o terceiro filho e tinha quatro irmãos: Viriato, Protásio, Spartacus e
Benjamin. Ingressou na carreira militar com 16 anos e atuou em um batalhão
de São Borja, mas acabou sendo expulso da corporação com 18 anos de
idade. Por causa da possibilidade de um conflito com a Bolívia, em 1903,
Vargas ingressou novamente no Exército, mas acabou pedindo baixa no fim
daquele ano. Em 1911, quando tinha 28 anos, casou-se com Darcy Lima
Sarmanho, pertencente de uma família tradicional de São Borja.
O começo da política de Vargas começou a nascer quando ele decidiu
ingressar na Faculdade de Direito de Porto Alegre, em 1904. Durante a sua
graduação, Vargas fez parte do Bloco Acadêmico Castilhista, o que lhe
aproximou do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). O candidato apoiado
por Vargas – Carlos Barbosa Gonçalves – acabou elegendo-se presidente
(governador) do Rio Grande do Sul.
A aproximação de Vargas com o PRR e com o grande nome desse partido no
Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, foi extremamente importante porque
garantiu a entrada de Vargas na política gaúcha. Em 1908, elegeu-se deputado
estadual do Rio Grande do Sul e abandonou sua função de segundo promotor
público no Tribunal de Porto Alegre.
Como deputado estadual do PRR, Vargas cumpriu o mandato e foi eleito para
um segundo mandato em 1913. Um desentendimento com Borges de Medeiros
fez com que Vargas renunciasse ao seu
cargo de deputado estadual, só retornando para a função em 1917, depois de
ser novamente eleito.
Ao longo das décadas de 1910 e 1920, Getúlio Vargas construiu sua carreira
política no estado do Rio Grande do Sul. Só no final da década de 1920,
conseguiu projetar-se na política nacional. A Revolução de 1930 levou a
carreira política de Vargas a um novo patamar.
Tudo começou quando o presidente Washington Luís resolveu romper o acordo
de sucessão presidencial e, em vez de indicar um sucessor mineiro, acabou
indicando um sucessor paulista – Júlio Prestes.
Isso, naturalmente, enfureceu a oligarquia mineira, que se aliou com a
oligarquia gaúcha, decidindo, juntas, lançar Vargas como concorrente de Júlio
Prestes.
Getúlio Vargas concorreu pela chapa que ficou conhecida como Aliança Liberal
e acabou sendo derrotado por Júlio Prestes. A Aliança Liberal, insatisfeita com
a derrota, passou a conspirar contra o governo e iniciou uma revolta quando o
vice da chapa de Vargas, João Pessoa, foi assassinado em uma confeitaria em
Recife.
Governo Provisório

Vargas chegou ao poder através de um golpe de Estado, que depôs o


presidente Washington Luís e impediu a posse do presidente eleito Júlio
Prestes. Ele se tornou chefe do governo provisório e, em seguida, presidente
constitucional em 1934. Durante o seu governo, Vargas implementou uma série
de medidas que visavam modernizar o país e fortalecer o Estado centralizado.
Entre essas medidas, destacam-se a criação do Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio, em 1930, e do Ministério da Educação e Saúde, em
1931. Além disso, Vargas nomeou interventores federais para governar os
estados, que passaram a perder grande parte da sua autonomia política em
relação ao governo federal. No entanto, a caracterização de Vargas como um
ditador com poderes quase ilimitados é simplificada e não leva em conta a
complexidade da política brasileira na época. Vargas teve que lidar com
oposições internas e externas, com movimentos sociais e com crises
econômicas e políticas ao longo do seu governo, que durou até 1945.
Em 1930 no meio de uma crise econômica e política que afetou principalmente
as regiões produtoras de café. Para tentar estabilizar o preço do café, que
havia caído drasticamente no mercado internacional, Vargas manteve a Política
de Valorização do Café (PVC), que havia sido implementada pelo governo
anterior. Além disso, Vargas criou o Conselho Nacional do Café em 1931, com
o objetivo de planejar a produção, controlar a qualidade e incentivar o consumo
do café. Em 1938, foi criado o Instituto do Cacau, com funções semelhantes
em relação ao cacau. Embora essas medidas tenham sido importantes para o
setor cafeeiro e para a economia do país como um todo, elas não foram
adotadas apenas para atender às demandas das oligarquias cafeeiras. Vargas
tinha uma visão nacionalista e desenvolvimentista para o país, que incluía a
modernização da agricultura e a diversificação da economia.
Durante o período em que esteve no poder, Vargas buscou estabelecer uma relação direta
com a população, através de uma política populista que valorizava a figura do líder
carismático e buscava atender às demandas dos trabalhadores e das camadas mais
pobres da sociedade. Nesse contexto, foram criadas diversas leis e instituições voltadas
para a proteção dos direitos trabalhistas, como o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho e a Justiça do Trabalho. A CLT, porém, foi
a principal realização de Vargas nesse campo. Aprovada em 1943, ela unificou a
legislação trabalhista existente e estabeleceu novas normas e direitos para os
trabalhadores, como a jornada de trabalho de 8 horas diárias, o descanso semanal
remunerado, o salário mínimo, o direito à sindicalização e à greve, entre outros. Em
resumo, a política populista de Vargas e as mudanças na legislação trabalhista durante o
período tiveram um impacto significativo na história social e política do Brasil, e suas
consequências ainda são sentidas até hoje.
Governo Constitucional

O Governo de Getúlio Vargas, especialmente durante a sua primeira passagem


pela presidência do Brasil, de 1930 a 1945, e depois durante o Estado Novo,
de 1937 a 1945, é um período crucial na história política brasileira e também
em relação ao conceito de Governo Constitucional.

Vargas ascendeu ao poder em 1930 por meio de um golpe de estado,


encerrando a chamada República Velha, marcada pela hegemonia das
oligarquias regionais. Durante seu governo, Vargas implementou uma série de
reformas e políticas que alteraram significativamente a estrutura do Estado
brasileiro. Entre elas, destacam-se a promulgação de uma nova Constituição
em 1934, que inaugurou um período de maior democratização política e social,
embora ainda mantendo ressalvas autoritárias.

No entanto, o período de maior impacto no conceito de Governo Constitucional


sob Vargas foi durante o Estado Novo, que teve início em 1937. Nesse período,
Vargas dissolveu o Congresso Nacional, suprimiu partidos políticos e governou
de maneira autoritária, sob um regime de inspiração fascista. A Constituição de
1937, conhecida como a "Polaca", foi imposta durante esse período e
concedeu amplos poderes ao presidente, suspendendo muitas das garantias
democráticas. Após o fim do Estado Novo e durante seu segundo período
presidencial, de 1951 a 1954, Vargas retornou a uma governança mais
alinhada com os princípios do Governo Constitucional, apesar das tensões
políticas e sociais que o cercavam. Em 18 de novembro de 1933 foi agraciado
com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito de Portugal. Ainda no mesmo ano, ele fez a auditoria da dívida externa
brasileira, que foi mais tarde acordada em 1943 com os credores uma redução
dela em 60%.
Getúlio Vargas convoca a Assembleia em 1933, que, em 16 de julho de 1934,
promulga a nova Constituição, trazendo novidades como o voto secreto, o
ensino primário obrigatório, o voto feminino e diversas leis trabalhistas. O voto
secreto significou o fim do voto aberto preponderante na República Velha,
quando os coronéis tinham a oportunidade de controlar os votos. A nova
Constituição estabeleceu também que, após sua promulgação, o primeiro
presidente seria eleito de forma indireta pelos membros da Assembleia
Constituinte. No dia seguinte à promulgação, foi realizada a eleição
presidencial, na qual Vargas saiu vitorioso.
Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram a influenciar a
sociedade brasileira. De um lado, a direita fundava a Ação Integralista
Brasileira (AIB), defensores de um Estado corporativista, inspirado no fascismo.
Do outro, crescia a força de esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL),
patrocinada pelo regime comunista da União Soviética.
Estes movimentos políticos possuíam caráter nacional, diferentemente dos
partidos dominantes durante a República Velha, que geralmente
representavam o seu estado (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro…).
Essa tendência persiste até hoje. Em 27 de novembro de 1937 foi realizada a
queima das bandeiras estaduais por Getúlio Vargas como um símbolo contra o
sentimento regionalista do país.
O Estado Novo

A constituição de 1937, que criou o "Estado Novo" getulista, tinha caráter


centralizador e autoritário. Ela suprimiu a liberdade partidária, a independência
entre os três poderes e o próprio federalismo existente no país. Vargas fechou
o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional. Os prefeitos
passaram a ser nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo
presidente. Foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), com o
intuito de projetar Getúlio Vargas como o "Pai dos Pobres" e o "Salvador da
Pátria". O governo iniciou uma expansão econômica para os territórios
indígenas guarani-Kaiowás, os confinando em reservas indígenas.

A 6 de agosto de 1941 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis


de Portugal.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ao longo do ano de 1942, as marinhas da


Alemanha Nazista e Itália Fascista estenderam a guerra submarina às águas
do Atlântico Sul, atacando os navios de bandeiras de todos os países que
haviam ratificado o compromisso da Carta do Atlântico, compromisso esse que
era de se alinhar automaticamente com qualquer país do continente americano
que viesse a ser atacado por um país de fora do continente. Isto implicou o
alinhamento com os Estados Unidos, desde que estes foram atacados pelos
japoneses em Pearl Harbor. Dias depois tiveram declarações de guerra
enviada a eles pela Alemanha e Itália. A espionagem nazista no Brasil, baseada
em São Paulo, foi intensa durante o conflito.

Vários navios mercantes brasileiros foram afundados no Atlântico em 1942, por


submarinos alemães, não apenas no Atlântico Sul. Devido ao alarde dos casos
pela imprensa, a população brasileira saiu às ruas para exigir que o governo,
frente à agressão, reagisse com a declaração de guerra.

Os Estados Unidos tinham planos para invadir o nordeste (o Plan Rubber),


caso o governo Vargas insistisse em manter o Brasil neutro. Mesmo com a
atitude passiva do ponto de vista diplomático, com o governo brasileiro ainda
se mantendo oficialmente na neutralidade, o estado de guerra se mostrou
irreversível quando, a partir de maio daquele ano, aviões da FAB passaram a
atacar qualquer submarino alemão e italiano que fosse avistado.
Apenas entre os dias 15 e 21 de agosto de 1942, cinco navios brasileiros —
Baependi, Aníbal Benévolo, Araraquara, Itagipe e Arará foram torpedeados na
costa nordestina (Sergipe e Bahia). No final daquele mês, o Brasil se uniu
formalmente aos aliados, declarando guerra à Alemanha e Itália.
As políticas de Getúlio Vargas
1. Era Vargas (1930-1945):

Vargas ascendeu ao poder em 1930 por meio de um golpe de estado,


marcando o fim da República Velha. Ele governou inicialmente como chefe do
Governo Provisório e, em seguida, como presidente eleito em 1934.

Durante este período, Vargas implementou políticas conhecidas como "Estado


Novo", caracterizadas por um forte intervencionismo estatal na economia e
uma centralização do poder político. Ele criou o Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP), que controlava a mídia e promovia sua imagem.

2. Políticas Econômicas:

Vargas adotou políticas nacionalistas e intervencionistas na economia,


promovendo a industrialização e a proteção das indústrias nacionais.

Uma de suas medidas mais emblemáticas foi a criação da CLT (Consolidação


das Leis do Trabalho) em 1943, que estabeleceu os direitos trabalhistas no
Brasil, como jornada de trabalho, férias remuneradas e direito à sindicalização.

3. Políticas Sociais:

Além da CLT, Vargas promoveu políticas sociais como a criação da


Previdência Social em 1933, estabelecendo aposentadorias e pensões para os
trabalhadores.

Ele também instituiu o salário mínimo em 1940, visando melhorar as condições


de vida dos trabalhadores.

4. Políticas Autoritárias:

Apesar das conquistas sociais, o regime de Vargas foi marcado por um


autoritarismo crescente, especialmente durante o Estado Novo (1937-1945),
período em que ele governou com poderes ditatoriais.

Houve repressão política, censura à imprensa e restrições às liberdades civis


durante esse período.

5. Relações Internacionais:

Vargas adotou uma política externa pragmática, buscando manter relações


com diversas potências mundiais durante a Segunda Guerra Mundial,
inicialmente mantendo uma postura de neutralidade e posteriormente
alinhando-se aos Aliados.
Ele participou da Conferência de Bretton Woods em 1944, onde o Brasil teve
papel importante na criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do
Banco Mundial.
O segundo Governo de Getúlio e Suicídio

No segundo mandato de Getúlio Vargas, após sua eleição democrática em


1951, o Brasil testemunhou um período marcado por uma mistura de
esperança e desafios. Vargas voltou ao poder com uma promessa de continuar
suas políticas de desenvolvimento econômico e social, embora o cenário
político estivesse longe de ser tranquilo.

Vargas encontrou-se novamente no centro de uma arena política tumultuada,


com facções rivais e pressões de todos os lados. Apesar de suas intenções de
promover o desenvolvimento industrial e manter os benefícios sociais
estabelecidos anteriormente, ele enfrentou dificuldades econômicas
crescentes, incluindo a persistente inflação e as pressões externas.

Em meio a isso, uma crise política se desenrolou em 1954, desencadeada pelo


atentado contra Carlos Lacerda, um proeminente político da oposição. Esse
evento lançou o país em um turbilhão de tensões políticas, com acusações e
suspeitas pairando sobre o governo de Vargas.

O segundo governo de Vargas, portanto, não é apenas uma história de


políticas e eventos, mas uma narrativa humana de um líder enfrentando
desafios, lidando com pressões e, em última análise, sucumbindo a elas. Sua
vida e morte continuam a ser objeto de estudo, debate e reflexão sobre a
história e a política do Brasil.
A morte de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954, é um dos eventos mais
marcantes da história política do Brasil. Seu suicídio deixou o país em choque
e teve repercussões profundas.

Vargas, enfrentando uma crise política intensa, especialmente após o atentado


contra Carlos Lacerda, um líder da oposição, na Rua Tonelero, no Rio de
Janeiro, estava sob enorme pressão. Acusado de envolvimento no atentado e
enfrentando uma crise de legitimidade, Vargas encontrou-se em uma situação
política precária.

Na manhã daquele dia fatídico, Vargas redigiu uma carta aberta ao povo
brasileiro, na qual declarava sua inocência em relação ao atentado e
denunciava as pressões políticas e o que ele via como uma conspiração contra
si. Em um ato dramático, preferiu a morte à rendição política.

O suicídio de Vargas mergulhou o Brasil em luto e caos político. Ruas foram


tomadas por multidões em pranto, enquanto o país enfrentava uma crise de
liderança sem precedentes. A comoção foi generalizada, refletindo a profunda
conexão emocional que muitos brasileiros tinham com Vargas, um líder que
havia dominado a cena política do país por décadas.

A morte de Vargas teve um impacto duradouro na política brasileira.


Desencadeou uma reação em cadeia de eventos que levaram a uma
instabilidade política significativa e, eventualmente, ao surgimento de um novo
líder, Juscelino Kubitschek, que seria eleito presidente no ano seguinte.
BIBLIOGRAFIA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Getúlio_Vargas#Estado_Novo_(1937–
1945)

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/getulio-vargas.htm

https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/discursos/
escrevendohistoria/getulio-vargas/carta-testamento-de-getulio-
vargas

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