APOSTILA-Contabilidade Gerencial e de Custos
APOSTILA-Contabilidade Gerencial e de Custos
APOSTILA-Contabilidade Gerencial e de Custos
de Custos
APRESENTAÇᾹO
Já na unidade ll, você saberá mais sobre os conceitos que estão relacionados ao
método do custeio por absorção e de todas as suas operações e especificidades.
Também ao longo desta unidade, vamos falar ou tratar da distinção existente entre
custos e despesas, bem como os materiais direto de fabricação .
Aproveito para reforçar o convite a você para, junto conosco, percorrer esta
jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre outros assuntos
abordados no nosso material. Esperamos contribuir para o seu crescimento pessoal e
profissional.
Muito obrigado e bom estudo!
UNIDADE I
Plano de estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Como você já deve ter estudado ao longo curso, a contabilidade já vem sendo
praticada ao longo de muitos anos até vir a ser considerada como disciplina tal como a
conhecemos hoje.
Então, convido você a navegar comigo nesta viagem na busca de conhecimentos que
contribuam para sua vida acadêmica e profissional.
Estoques Iniciais
(+) Compras
1. 2 Contabilidade Gerencial
No que tange à Decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na
alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de
curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de
a) Avaliação de estoques;
b) Atendimento das exigências fiscais;
c) Determinação do resultado;
d) Planejamento;
f) Controle gerencial;
g) Avaliação de desempenho;
h) Controle operacional;
i) Análise de alternativas;
j) Estabelecimento de parâmetros;
l) Tomada de decisão.
Fonte: ID 1436785802
O objetivo deste tópico é fazer com que você, querido(a) aluno(a) esteja familiarizado
com as terminologias e classificações contábeis que serão usadas ao longo da disciplina.
De acordo com Martins (2003), devido à confusão causada por conta da sua
similaridade como, por exemplo, gastos, despesas e custos, são três palavras sinônimas ou
dizem respeito a conceitos diferentes? Confundem-se com o Desembolso? E o investimento
tem alguma similaridade com elas? Perda se confunde com algum desses grupos?
EXEMPLOS DE GASTOS
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Insumos: são bens adquiridos para o consumo no processo de produção de novos bens
ou de prestação de serviços.
Exemplos:
✔ material secundário;
✔ matéria-prima;
✔ embalagens;
✔ mão-de-obra direta ou indireta;
✔ combustíveis e outros utilizados para o funcionamento dos equipamentos
na produção.
Exemplos:
Os custos podem ser classificados em relação aos produtos fabricados e aos níveis de
produção.
2. 3. 1 Custos diretos
São aqueles alocados diretamente ao processo produtivo, por ter uma medida objetiva
do seu consumo.
Exemplos:
1. Matéria-prima;
2. Mão de obra direta;
3. Material de embalagem;
4. Depreciação de equipamento;
5. Energia elétrica das máquinas.
2. 3. 2 Custos indiretos
São aqueles alocados indiretamente aos produtos por intermédio de rateio ou outro
tipo de medida.
Exemplos:
Custos fixos são aqueles cujos valores são os mesmos, qualquer que seja o volume de
produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado pelo
mesmo valor, qualquer que seja o nível da produção, inclusive no caso de a fábrica nada
produzir. Observe que os custos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem
variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em
determinado mês, não deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo
valor, qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos: Imposto Predial, depreciação
dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de
seguros.
Custos semivariáveis são custos que variam com o nível de produção que, entretanto,
têm uma parcela fixa, mesmo que nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de
energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima, mesmo que nada
seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de quilowatts
consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de
uma copiadora, na qual se cobra uma parcela fixa, mesmo que nenhuma cópia seja tirada;
gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, que varia de acordo com o nível de
atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada se produza, já
que a caldeira não pode esfriar.
3 ELEMENTOS DE CUSTOS
Fonte: ID 1170329776
❖ Mão-de-obra;
Mão-de-obra indireta é aquela que não é facilmente identificada com o produto a ser
alocado, são custos que fazem parte da estrutura da empresa. Os custos indiretos são
classificados como custos fixos ou variáveis.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Custo e Despesa não são sinônimos; têm sentido próprio, assim como Investimento,
Gasto e Perda. A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a
comunicação. Neste livro, Custo só se refere à sacrifício na produção, salvo quando
expressamente alertada a modificação da terminologia utilizada. Logo, temos Custos de
Produção e Despesas de Administração, de Vendas e Financeiras.
Fonte: (MARTINS, 2003, p. 19).
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) Aluno(a),
• Editora: ATLAS.
• Título: O Contador
• Ano: 2016.
• Sinopse: Desde criança, Christian Wolff (Bem Affleck) sofre com sintomas do autismo, seu
pai rejeita ajuda e não aceita levá-lo a uma clínica de pessoas especiais, pois acha que é
melhor ele ficar em casa para se adaptar ao mundo ao seu redor. Christian cresce e se torna
um excelente contador, porém anti-social. Tem um pequeno escritório de contabilidade de
fachada.
REFERÊNCIAS
BERBEL, J. D. S. Introdução à contabilidade e análise de custos: (simples & prático) São Paulo:
STS, 2003.
UNIDADE II
Plano de estudo:
INTRODUÇÃO
Quanto à distinção entre custos e despesas são conceitos distintos que, muitas vezes,
na sua separação, acabam sendo difíceis para os profissionais que atuam na área há tempos,
imagine quem é principiante? Assim acabam exigindo um pouco mais de esforço, então, neste
tópico, nós o ajudaremos a compreender a diferença existente entre esses dois conceitos.
Por fim, falaremos sobre os materiais que são usados no processo de fabricação de
uma organização.
Custeio significa apropriação dos custos. Assim, existem custeio por absorção, custeio
variável, ABC e RKVV.
Para Martins (2003), custeio por absorção é um método que vem da aplicação dos
princípios de contabilidade, geralmente aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de
produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de
produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
Viceconti e Neves (2010, p. 37) definem Custeio por Absorção como um processo de
apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em
cada fase da produção. Logo, um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou
unidade de produção, assim, cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o
valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques
Finais.
O Custeio por Absorção foi adotado pela legislação brasileira com o advento da Lei n.
6.404 (BRASIL, 1976). O nome do método, provavelmente, decorre do fato de que, no Brasil,
na década de 1970, somente existia esse método que é o do Custeio Variável (NASCIMENTO,
2001). Logo, como não havia outro método que utilizasse técnicas de absorção de custos, este
acabou tornando-se conhecido como tal.
No Brasil, somente pode ser utilizado o Custeio por Absorção para fins de apuração do
custo de Fabricação, conforme determina a legislação do Imposto de Renda em vigor.
1.1 Apuração
O Método de Custeio por Absorção baseia-se no rateio de custos fixos e/ou indiretos
aos produtos. Custeio por Absorção é a separação entre custos e despesas. Essa característica,
geralmente, decorre mais do fato deste método ser adaptado às normas fiscais, financeiras ou
contábeis do que pelo método em si. (MARTINS, 2003; SCHULTZ, DA SILVA; BORGERT, s/d).
5. Apuração do resultado.
Figura 1 - Custeio por Absorção de empresa de manufatura
A maioria dos autores apresenta como as principais vantagens do uso do custeio por
absorção, as seguintes afirmações: consegue atender à legislação fiscal e deve ser usado
quando as empresas buscam o uso do sistema de custos integrado à contabilidade; permite a
apuração do custo por centro de custos e ao absorver todos os custos de produção, permite a
apuração do custo total de cada produto (FILHO e MELO, 2006).
Barbosa et al. (2011) apud Abbas, Gonçalves e Leoncine (2012) citam as seguintes
vantagens e desvantagens da utilização desse método:
c) pode ser menos custoso de implementar, desde que não requeira a separação dos
custos em fixos e variáveis.
a) os custos, por não se relacionarem com este ou aquele bem ou serviço, são quase
sempre distribuídos com base em critérios de rateio com grande grau de arbitrariedade;
• Principais vantagens:
a) Atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do
sistema de custos integrado à Contabilidade;
d) Permite a apuração dos custos por centros de custos, quando os custos forem
alocados aos departamentos de forma adequada, possibilitam o acompanhamento do
desempenho de cada área.
• Principais desvantagens:
Exemplo:
Neste tópico, falaremos sobre as distensão entre os custos e as despesas, mas, antes
de darmos continuidade, importa resgatarmos os conceitos de cada um para melhor situar-
nos.
Assim, o conceito de custo é definido como gasto relativo ao bem ou serviço, utilizado
na produção de outros bens e serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção.
Por outro lado, Berbel (2003) traz o conceito de despesas como sendo os gastos
relativos às áreas não produtivas da empresa (despesa de correio, impostos, comissões sobre
vendas, juros, salários etc.).
Os termos podem parecer fácil de distinguir teoricamente, porém na prática não é tão
fácil assim. Martins (2003, p. 26) explica que, na prática, uma série de problemas aparece pelo
fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Por exemplo, é comum
encontrarmos uma única administração, sem a separação da que realmente pertence à
fábrica; surge daí a prática de se ratear o gasto geral da administração, parte para despesa e
parte para custo, cujo rateio é sempre arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão
científica. Normalmente, a divisão é feita em função da proporcionalidade entre número de
pessoas na fábrica e fora dela, ou com base nos demais gastos ou, simplesmente, em
porcentagens fixadas pela Diretoria.
O autor segue argumentando que os mesmos problemas existem para outros setores,
tais como departamento de compras, que efetua aquisições tanto para a área de produção
quanto para a administração, vendas etc.; ou Almoxarifado, que presta serviços à produção e
também ao resto da empresa como por exemplo a manutenção.
a) Valores irrelevantes dentro dos gastos totais da empresa não devem ser rateados.
Se, exemplificativamente, o gasto com o Departamento de Pessoal for de 0,3% dos gastos
totais, dever-se-á tratá-lo como despesa integralmente, sem rateio para a fábrica
(Conservadorismo e Materialidade).
b) Valores relevantes, porém repetitivos a cada período, que numa eventual divisão
teriam sua parte maior considerada como despesa, não devem também ser rateados,
tomando-se despesa por seu montante integral (Conservadorismo também). Por exemplo, a
administração é centralizada, incluindo a produção, que representa 67% dos gastos totais da
empresa; numa eventual distribuição, 2/3 desses gastos ficariam como despesas. Logo, o
melhor critério é tratá-los totalmente como despesa.
c) Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para apropriação
aos custos (idem). Por exemplo, a apropriação dos honorários da diretoria só seria
relativamente adequada se houvesse um apontamento do tempo e esforço que cada diretor
devota- se ao processo de administração e vendas e ao de produção. Como isso é
praticamente impossível e já que é extremamente arbitrário, qualquer critério de rateio
(porcentagem pré-fixada, proporcionalidade com a folha de pagamento etc.), o mais indicado
é seu tratamento como despesa no período em que foram incorridos.
A separação de gastos em custos e despesas forma uma subdivisão quanto ao
comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de vendas, que podem
ser classificados da seguinte forma: fixos ou variáveis. Mas ainda temos uma nova classificação
desses mesmos gastos em relação à forma de distribuição e apropriação aos produtos,
bastante empregados e definidos, segundo a necessidade que devem atender, classificando-
os em diretos ou indiretos (VIEIRA, 2008 p.19).
● Berbel (2003) expõe que quanto à apropriação aos produtos, os custos podem ser
classificados em: custos diretos e custos fixos.
Custos diretos: gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação
aplicados diretamente no produto. São assim chamados porque são facilmente identificados
em relação aos produtos fabricados (exemplos: matéria-prima e mão-de-obra).
Exemplo:
Custos variáveis: são aqueles que variam em virtude das quantidades produzidas
(exemplos: matéria-prima, material secundário, material de embalagem, mão-de-obra direta
etc.).
3 MATERIAIS DIRETOS
Depois de termos abordado no tópico anterior sobre a separação entre custos e
despesas, neste tópico, nos debruçarmos sobre os materiais diretos de fabricação.
Assim, podemos destacar que materiais são todos os insumos que são usados na
produção de um bem ou serviço, dependendo do ramo de atividade de cada organização.
De acordo com Berbel (2003, p. 17), os materiais podem ser classificados em:
Materiais diretos e Materiais indiretos.
3. 1 Materiais Diretos
O principal material utilizado na fabricação é a matéria-prima, porque entra em maior
quantidade na produção, seguido dos materiais secundários e do material de embalagem; são
considerados diretos, pois são de fácil identificação em relação ao produto.
3. 2 Materiais Indiretos
Os materiais que são utilizados durante o processo de fabricação, tais como: materiais
de expediente, de limpeza, óleos lubrificantes para as máquinas etc; são considerados
indiretos, pois não são de fácil identificação em relação ao produto.
Nosso foco será sobre os materiais de produção direto, que, de acordo com Martins
(2003) apresentam três grandes problemas nas empresas quanto ao seu armazenamento que
são:
a) avaliação (qual o montante a atribuir quando vários lotes são comprados por preços
diferentes, o que fazer com os custos do Departamento de Compras, como tratar o ICMS,
como contabilizar as sucatas etc.);
A figura acima mostra como os materiais são estocados de acordo com o seu grupo e,
posteriormente, retirados por intermédio de uma requisição.
Resumindo, podemos afirmar que os materiais devem incorporar por um valor para
que possam ser medidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao terminarmos esta unidade, espero ter ajudado você a compreender sobre conceitos
relacionado com o custeio por absorção, em que buscamos explicar que o método consiste na
apropriação de todos os custos de produção aos bens em produção e todos outros gastos
relativos ao esforço de produção são também distribuídos para todos os produtos ou serviços
feitos.
Também explicamos que o custeio por absorção é o método aceito no Brasil o qual é
utilizado para fins de apuração do custo de fabricação, conforme determina a legislação do
Imposto de Renda em vigor. Quanto aos outros métodos são utilizados somente para o
gerenciamento da organização.
Por fim, falamos também dos materiais diretos que são os principais materiais
utilizados na fabricação de um bem ou serviço. Exemplo: a matéria-prima entra em maior
quantidade na produção, seguido dos materiais secundários e do material de embalagem; são
considerados diretos, pois são de fácil identificação em relação ao produto. São alocados
diretamente ao produto.
SAIBA MAIS
A contabilidade gerencial está voltada à administração de empresas, não se condiciona
às imposições legais, tem o objetivo de gerar informações úteis para a tomada de decisão.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Custo e Despesa não são sinônimos; têm sentido próprio, assim como Investimento,
Gasto e Perda. A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a
comunicação. Neste livro, Custo só se refere a sacrifício na produção, salvo quando
expressamente alertada a modificação da terminologia utilizada. Logo, temos Custos de
Produção e Despesas de Administração, de Vendas e Financeiras.
#REFLITA#
LIVRO
FILME/VÍDEO
• Título: Enron
• Ano: 2005.
• Sinopse: Uma fraude contábil mascarou um esquema que estava por trás da sétima maior
empresa dos Estados Unidos. Quando a verdade veio à tona, tudo de pior aconteceu: a
companhia fechou e os funcionários e investidores ficaram sem um centavo sequer. O
documentário Enron - Os Mais Espertos da Sala revela as artimanhas feitas por contadores e
pelos chefes-executivos para fazer parecer um fenômeno de crescimento uma organização
que só rendeu frutos para quem esteve envolvido no esquema.
REFERÊNCIAS
BERBEL, J. D. S. Introdução à contabilidade e análise de custos: (simples & prático) São Paulo:
STS, 2003.
BRASIL. Decreto-lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial [da] União, 17 de dez
1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404compilada.htm. Acesso em: 28 maio 2021.
UNIDADE III
Plano de estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Depois do capítulo II, finalmente chegamos ao capítulo III, pelo qual continuaremos
mergulhando no mundo do conhecimento, assim, falaremos sobre outros tópicos da
contabilidade gerencial e de custos conforme a nossas disciplinas tais como: Mão-de-obra
Direta e Indireta, Custos Indiretos de Fabricação e a departamentalização.
Fonte: ID 1414297010.
A mão-de-obra é considerada o elemento humano que é usado para fazer a
transformação dos materiais diretos em produtos ou serviços. Assim, a mão-de-obra é
determinada pela força de trabalho utilizada no processo de fabricação de um bem ou serviço.
A mão-de-obra pode variar dependendo do ambiente a que se utiliza, portanto, a mão-de-obra
pode ser classificada em mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta.
1. 1 Mão-de-obra direta
Por diversas razões, como, por exemplo, as econômicas, que, muitas vezes, as
empresas não conseguem medir efetivamente ou então essa medida é difícil de se fazer e se
desiste dela, daí não se tem como aferir a mão-de-obra direta. Quando isso acontece, a
contabilidade de custos tratará como custos indiretos de fabricação, porque não teve uma
medida exata, ou seja, a adoção de alocação por estimativas. Essas razões de desistência de
medição podem surgir diversas formas tais como: pequeno valor da mão-de-obra, inexistindo
interesse por uma medida mais apurada; custo elevado para se fazer à medição; dificuldade de
se processar a mensuração (como no caso de um homem operando diversas máquinas) etc.
(MARTINS, 2003).
Martins (2003, p. 95) segue argumentando que devido à evolução das tecnologias de
produção, há uma tendência cada vez mais forte à redução da proporção de Mão-de-obra
Direta no custo dos produtos; a mecanização e a robotização reduzem o número global de
pessoas, especialmente, daquelas que operam diretamente sobre os produtos.
Outro exemplo prático que pode nos levar a melhor entendimento é uma padaria
industrial, por exemplo, a mão-de-obra direta corresponde aos serviços do padeiro, da
confeiteira, ou seja, do pessoal que está ligado à produção do produto. É literalmente quem
põe a mão na massa! É quem faz parte dos setores de produção, quem vai amassar, sovar,
modelar, assar, embalar.
Berbel (2010) expõem que para além dos encargos que a empresa paga diretamente
ao trabalhador, existe outros encargos calculados na folha de pagamento que são obrigados
por lei de exclusiva responsabilidade da empresa, são elas:
( – ) Férias
( – ) Feriados
1. 1. 3 Ociosidade
Ociosidade é considerada o tempo em que o trabalhador deixa por alguma razão de
trabalhar diretamente ao produto. Se, por exemplo, houver uma ociosidade por razões tais
como falta de material, de energia, quebra de máquinas etc., dentro de limites normais, esse
tempo não utilizado, será transformado em custo indireto para rateio à produção (MARTINS,
2003).
Viceconti e Neves (2010, p.74) fazem uma observação importante, é que mesmo que
os gastos relativos ao pessoal que trabalha diretamente na produção podem conter uma
parcela classificada como MOI. Se, por hipótese, o operário fica determinado tempo ocioso, o
custo relativo a esse tempo é classificado como MOI, por não estar ligado diretamente a
nenhum produto. Assim, a MOD quase sempre pode ser classificada como custo variável,
esteja, ou não, o operário trabalhando na produção, já que o tempo ocioso não será
considerado no cálculo da MOD.
1. 2 Mão-de-obra indireta
Fonte: ID 552445588.
Para Vieira (2008), os indiretos são os custos que não se identificam facilmente em
relação ao produto a ser elaborado, são custos que fazem parte da estrutura da empresa, que
ocorrem independentemente da produção de A ou B. Mostram um grau maior de identificação
com o produto final, fazendo-se necessário outras formas de alocações, rateios, distribuição
entre os produtos. O autor segue argumentando que esses critérios usados para identificar os
custos indiretos estão sujeitos à discussão.
No caso de energia usada numa máquina de uma empresa que possui um medidor, a
alocação é feita diretamente ao produto, porém, na maioria dos casos os custos não são
diretamente atribuíveis aos produtos e precisam de critérios de rateio para sua alocação a
cada um deles. Nesse nosso texto, usaremos a expressão CIF (Custos Indiretos de Fabricação),
pelo fato de estar consagrada na prática.
• Material Indireto;
• Mão-de-obra Indireta;
• Seguro da Fábrica;
• Energia Elétrica;
• Aluguel da Fábrica.
2. 1 Formas de rateio
Assim, por exemplo, suponhamos que temos que ratear gastos com material indireto
que totalizaram R$ 20.000,00 entre três produtos A B e C e que a base de rateio seja o gasto
de matéria prima incorrido em cada um e discriminados a seguir.
PRODUTO MATÉRIA-PRIMA
A R$ 50.000,00
B R$ 125.000,00
C R$ 75.000,00
TOTAL R$ 250.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
50.000,00 x 20.000,00
250.000,00
X --------- 125.000,00
X = 20.000,00 x 125.000,00
250.000,00
X = 10.000,00
C. 20.000,00 _ 250.000,00
X ------ 75.000,00
X = 20.000,00x75.000,00
250.000,00
X = 6.000,00
3 DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Fonte: ID 1175980726
3. 1 Departamento de produção
• Engarrafamento • Malharia
• Corte • Acabamento
• Moagem • Mistura
• Aplainamento • Usinagem
• Perfuração • Refinaria
• Montagem • Pintura
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
3. 1. 2 – Departamento de serviços
• Manutenção;
• Almoxarifado;
• Limpeza;
• Expedição;
• Controle de Qualidade.
3. 1. 3 Objetivo
Para isso, vamos trazer um exemplo preciso para demonstrar como ocorre
a departamentalização.
A Cia. Simba uniformes fabrica dois produtos X e Y. Os custos indiretos de fabricação,
num determinado mês, foram os seguintes (em R$):
• Total .............................................................250.000,00
Tendo em vista que os gastos com MOI representam 40% do CIF, a empresa decide
ratear os CIF entre os produtos de acordo com o volume de horas trabalhadas pela Mão-de-
obra Direta, que foram os seguintes:
X 400
Y 600
TOTAL 1.000
#SAIBA MAIS#
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao terminarmos essa unidade, espero ter ajudado você a compreender sobre a mão-
de-obra direta e indireta, pela qual podemos fazer a distinção entre as duas mão-de-obra, em
que a primeira é alocada diretamente aos produtos, enquanto que a segunda alocação é feita
por intermédio de rateio. Muitas vezes, as empresas não conseguem medir efetivamente ou
então essa medição é difícil de se fazer e se desiste dela, daí não se tem como aferir a mão-de-
obra direta. Quando isso acontece, a contabilidade de custos tratará como custos indiretos de
fabricação, porque não teve uma medida exata, ou seja, a adoção de alocação é feita por
estimativas.
Em relação aos custos indiretos de fabricação, referem-se aos custos que não se
identificam facilmente em relação ao produto a ser elaborado, são custos que fazem parte da
estrutura da empresa, que ocorrem independentemente da produção de A ou B. Mostram um
grau maior de identificação com o produto final, fazendo-se necessário outras formas de
alocações, rateios, distribuição entre os produtos.
LIVRO
• Título: Contabilidade de custos
• Editora: SARAIVA.
• Ano: 2016.
• Sinopse: O filme mostra o poder da contabilidade e do contador tanto para coisas boas
quanto ruins. Um detento (contador) consegue conquistar a confiança das autoridades do
presídio fazendo declaração de IR e controlando as contas pessoais deles.
REFERÊNCIAS
BERBEL, J. D. S. Introdução à contabilidade e análise de custos: (simples & prático) São Paulo:
Editora STS, 2003.
SCHULTZ, C. A.; DA SILVA, M. Z.; BORGERT, A. É o Custeio por Absorção o único método aceito
pela Contabilidade?. Congresso contabilidade de custos. Disponível em:
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/1370/1370. Acesso em: 28 maio
2021.
UNIDADE IV
Plano de estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Então, convido você a navegar comigo nesta viagem pela busca de conhecimentos que
contribuam para sua vida acadêmica e profissional.
1 PRODUÇÃO POR ORDEM
Fonte: ID 1169453227.
Existem basicamente dois tipos de produção. O que vai determinar qual é, realmente,
o sistema de apuração de custos a ser usado é o processo produtivo da empresa. Ou seja,
depende de como a organização pretende atuar no mercado, assim os dois tipos de produção
são: a produção por ordem e a produção contínua. Nesse item, o foco vai recair na produção
por ordem em que as empresas concentram o seu foco em produzir unidades por encomenda.
Berbel (2003), Viceconti e Neves, (2010) explicam que a produção por ordem,
conhecida também como “produção por encomenda” é um tipo de produção que acontece
quando a indústria atende pedidos de produtos de grande porte. Cada pedido tem
características especiais de tamanho, de capacidade e de outros atributos que o torna
praticamente único (diferente dos demais). Exemplos: navio, avião, turbina para usinas
hidroelétricas.
Na Produção por Ordem, os custos são acumulados numa conta específica para cada
ordem ou encomenda. Essa conta só para de receber custos quando a ordem estiver
encerrada. Se terminar um período contábil e o produto estiver ainda em processamento, não
há encerramento, permanecendo os custos, até então, incorridos na forma de bens em
elaboração, no ativo; quando a ordem for encerrada, será transferida para estoque de
produtos acabados ou para Custo dos Produtos Vendidos, conforme a situação (MARTINS,
2003, p. 104).
Viceconti e Neves (2010, p. 113) acrescentam que nesse tipo de atividade, os custos
são acumulados numa conta específica para cada ordem de produção (ou encomenda). Tal
conta só para de receber custos quando a ordem estiver encerrada. Se um exercício terminar e
o produto estiver ainda sendo fabricado, o saldo da conta será totalmente classificado como
Produtos em Elaboração. Uma vez pronto, o saldo da conta relativa à ordem de produção será
transferido para Produtos Acabados ou Custo dos Produtos Vendidos, conforme já tenha sido
realizada ou não a venda.
Exemplo:
A indústria de máquinas e equipamentos Neuta recebeu, em 05-12-X0, uma
encomenda de duas máquinas de corte por parte da Metalúrgica Sóchapas, para entrega no
prazo de três meses. A encomenda é registrada na Ordem de Produção n° 101 e, no decorrer
de dezembro, são requisitados Materiais Diretos no valor R$ 120.000,00 e houve um
apontamento da Mão-de-obra Direta de R$ 80.000,00. No final de dezembro, são rateados os
CIF e a OP n° 101 recebe o equivalente a R$ 50.000,00.0 saldo da conta ficará assim:
MD 120.000,00
MOD 80.000,00
CIF 50.000,00
250.000,00
A alocação direta à ordem é uma forma bastante útil para se conhecer o efetivo
resultado de cada uma delas, desde que seja viável a apropriação direta; isso ocorre
provavelmente na maioria dos casos. Mas se as danificações nas matérias-primas ocorrem, por
exemplo, dentro de seus próprios armazéns de estocagem ou almoxarifados, antes de sua
utilização na produção desta ou daquela ordem, torna-se necessária a atribuição a todos os
produtos do período.
Fonte: ID 1874749972.
Produção por processo também conhecida por produção contínua ocorre quando a
empresa faz produção em série (ou em massa) de um produto ou linha de produtos. A
empresa produz para estoque e não para atender encomendas específicas para clientes.
Para Berbel (2003) a produção por processo, conhecida também como “produção em
série”, tal tipo de produção ocorre quando a indústria dedica-se à fabricação de produtos
iguais e de pequeno porte. Por ser de muita procura, esses produtos são fabricados em
grandes quantidades e permanecem no estoque da indústria, aguardando os pedidos dos
revendedores. Exemplos: sabão em pó, leite pasteurizado, bebidas, peças de reposição,
eletrodomésticos.
Viceconti e Neves, (2010, p. 144) expõem que no custeamento por processo, que é
aplicado a empresas de produção contínua, os custos são acumulados em contas
representativas dos produtos ou linha de produtos. Como a produção é contínua, essas contas
nunca são encerradas, como acontece com as contas relativas às ordens de produção, quando
o produto está pronto. Há um fluxo contínuo de Produtos em Elaboração, Produtos Acabados
e Produtos Vendidos.
Exemplo:
3 CUSTEIO VARIÁVEL
Fonte: ID 561512068.
1. VENDAS BRUTAS
Exemplo:
Conforme Viceconti e Neves, (2010), Martins (2003) e Vieira (2008), destacamos, em seguida,
as principais aplicações, vantagens e desvantagens deste método.
a) Uma vez que os custos variáveis são inevitavelmente necessários, sua dedução da
receita identifica a Margem de Contribuição do produto, sem nenhuma interferência de
manipulação devido aos critérios de rateio dos custos fixos;
c) Evita manipulações;
e) Enfoque gerencial;
3) Principais desvantagens
a) No caso dos custos mistos (custos que têm uma parcela fixa e outra variável); nem
sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da parcela variável);
b) Não é aceito pela auditoria externa das entidades que têm capital aberto e nem
pela legislação do imposto de renda, bem como por uma parcela significativa de Contadores,
pois fere os princípios fundamentais de contabilidade, em especial, aos princípios de realização
de receitas, de confrontação e da competência;
#SAIBA MAIS#
REFLITA
O Custeio Variável não é aceito pela Auditoria Externa das empresas que têm capital
aberto e nem pela Legislação do Imposto de Renda, bem como por uma parcela significativa de
contadores. A razão disso é que o Custeio Variável fere os princípios contábeis, geralmente,
aceitos, em especial, os Princípios de Realização de Receitas, de Confrontação e da
Competência.
Esses princípios estabelecem que os custos associados aos produtos só podem ser
reconhecidos à medida em que estes são vendidos, já que, somente quando reconhecida a
receita (por ocasião da venda), é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários à
sua obtenção (Custos e Despesas). Como o Custeio Variável admite que todos os Custos Fixos
sejam deduzidos do Resultado, mesmo que nem todos os produtos sejam vendidos, ele
violaria tais princípios.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao terminarmos essa unidade, espero ter ajudado você a compreender sobre os
assuntos abordados, tais como: a produção por ordem, a produção por processo e o custeio
por absorção.
Em relação à produção por ordem e produção por processo, podemos destacar que
existem basicamente dois tipos de produção. O que vai determinar qual realmente é o sistema
de apuração de custos a ser usado, é o processo produtivo da empresa, ou seja, depende de
como a organização pretende atuar no mercado, assim, os dois tipos de produção são: a
produção por ordem e a produção contínua.
Por último, falamos também do custeio variável (também conhecido como Custeio
Direto) que é um tipo de custeamento, o qual consiste em considerar como Custo de
produção do período, apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de
existirem, mesmo que não haja produção, não são considerados como Custos de Produção e,
sim, como despesas, sendo encerrados diretamente no resultado do período.
LIVRO
• Ano: 1987.
• Sinopse: O filme fala do impacto das escolhas escuras, mostrando a vida de um jovem
ambicioso e talentoso que deseja conhecer o seu ídolo, um grande empresário e referência
nos negócios. No entanto, ele não mede esforços e se arrisca para chegar ao mesmo patamar
do seu ídolo, trocando informações privilegiadas, inclusive.
REFERÊNCIAS
BERBEL, J. D. S. Introdução à contabilidade e análise de custos: (simples & prático) São Paulo:
Editora STS, 2003.
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades no gerenciamento dos custos, criar e
desenvolver produtos com custos que atendam ao mercado e realizar bons negócios.