Lista 07 - Direito Penal

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Fala galerinha do Brasil!

Hoje iremos resolver questões sobre os seguintes tópicos do seu edital da disciplina
de Direito Penal: Aplicação da lei penal; princípios da legalidade e da anterioridade;
lei penal no tempo e no espaço; tempo e lugar do crime; lei penal excepcional,
especial e temporária; territorialidade e extraterritorialidade da lei penal; contagem
de prazo; Interpretação da lei penal; analogia; Irretroatividade da lei penal. Temas
que são de grande relevância para a sua prova. Então se acomode na cadeira,
pegue o seu café e vamos dar mais um passo rumo a sua aprovação.

#DesistirJamais

DIREITO PENAL

1 Aplicação da lei penal.


1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade.
1.2 Lei penal no tempo e no espaço.
1.3 Tempo e lugar do crime.
1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária.
1.5 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal.
1.6 Contagem de prazo.
1.7 Interpretação da lei penal.
1.8 Analogia.
1.9 Irretroatividade da lei penal.

01. Sobre os princípios da legalidade e da anterioridade (artigo 1º do Código Penal) é correto


afirmar:
A) pelo princípio da legalidade compreende-se que ninguém responderá por um fato que a lei penal
preveja como crime e, pelo princípio da anterioridade compreende-se que alguém somente
responderá por crime devidamente previsto em lei que tenha entrado em vigor um ano
anteriormente à prática da conduta;
B) os princípios da legalidade e da anterioridade pressupõem a existência de lei anterior à prática
de uma determinada conduta para que esta possa ser considerada como crime;
C) tais princípios são sinônimos e significam a necessidade da existência de lei para que uma
conduta seja considerada crime;
D) são incompatíveis um com o outro, já que pressupõem circunstâncias diversas;
E) pelo princípio da anterioridade compreende-se a previsão anterior de determinada conduta como
criminosa independentemente de definição por lei em sentido estrito.

02. Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que:


A) em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4º, adotou a teoria da ubiquidade.
B) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois é considerado
tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade criminosa.
C) em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6º, adotou a teoria da atividade.
D) a nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do agente, todos
os efeitos penais e civis.
E) o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é absoluto, previsto constitucionalmente,
sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias.

03. Considere que tenha sido cometido um homicídio a bordo de um navio petroleiro de uma
empresa privada hondurenha ancorado no porto de Recife – PE. Nessa situação hipotética,
A) o comandante do navio deverá ser compelido a tirar, imediatamente, o navio da área territorial
brasileira e o crime será julgado em Honduras.
B) o crime será apurado diretamente pelo Ministério Público brasileiro, dispensando-se o inquérito
policial, em função da eventual repercussão nas relações diplomáticas entre os países envolvidos.
C) a investigação e a punição do fato dependerão de representação do comandante do navio.
D) nada poderá fazer a autoridade policial brasileira: navios e aeronaves são extensões do território
do país de origem, não estando sujeitos às leis brasileiras.
E) caberá à autoridade policial brasileira instaurar, de ofício, o inquérito policial para investigar a
materialidade e a autoria do delito, que será punido conforme as leis brasileiras.

04. Com relação à aplicação da lei penal, é INCORRETO afirmar:


A) Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
B) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
C) Pode-se ser punido por fato que lei posterior deixe de considerar crime, se já houver sentença
penal definitiva.
D) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
E) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento de seu resultado.

05. No tocante à aplicação da lei penal, assinale a afirmativa incorreta.


A) Lei penal extrativa é aquela que produz efeitos fora de seu período de vigência, podendo ser
ultrativa ou retroativa.
B) A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade.
C) A novativo legis in mellius é retroativa, salvo quando já houve o trânsito em julgado da decisão
condenatória respectiva.
D) Em se tratado de crime permanente, aplica-se a lei vigente no momento em que cessou a
permanência, ainda que se trate de lei penal mais gravosa.
E) No caso de abolitio criminis, cessam os efeitos penais do fato praticado, persistindo os civis.

06. Acerca da aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.


A) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, ainda que
decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram.
B) A lei posterior, que de alguma forma favorecer o agente, será aplicada aos fatos anteriores,
desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
C) Considera-se praticado o crime no momento do resultado.

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D) Um crime praticado contra a vida ou a liberdade do Presidente da República, se cometido no
estrangeiro, ficará sujeito à legislação do país em que tenha ocorrido.
E) Ao crime cometido no território nacional aplica-se a lei brasileira, sem possibilidade de aplicação
de qualquer tratado ou regra de direito internacional.

07. A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa correta.


A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente não se aplica aos fatos praticados
durante a vigência de uma lei temporária.
B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores,
com exceção daqueles que já tiverem sido objeto de sentença condenatória transitada em julgado.
C) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos praticados anteriormente à sua
vigência, desde que trate de crimes hediondos, tortura ou tráfico de drogas, como expressamente
ressalvado na Constituição.
D) Quando um fato é praticado na vigência de uma determinada lei e ocorre uma mudança que
gera uma situação mais gravosa para o agente, ocorrerá a ultratividade da lei penal mais favorável,
salvo se houver a edição de uma outra lei ainda mais gravosa, situação em que prevalecerá a lei
intermediária.
E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente não se aplica aos fatos praticados
anteriormente, salvo se houver previsão expressa na própria lei nova.

08. De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta acerca do tempo e lugar do crime:
A) Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou omissão, bem como
quando se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, ainda que outro
seja o local do resultado.
C) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
D) Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou, em caso de omissão, apenas no local do
resultado.
E) Para fins penais, o tempo e o lugar do crime são idênticos.

09. Quanto à aplicação da lei penal no tempo e no espaço, é INCORRETO afirmar:


A) Com relação ao lugar do crime, para efeito de aplicação da lei brasileira e sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, o Código Penal adotou a teoria da
ubiquidade, nos termos do seu art. 6º, considerando praticado o delito no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
B) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados contra o
patrimônio da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, ainda que o
agente tenha sido absolvido no estrangeiro.
C) Com relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou, nos termos de seu art. 4º, a teoria da
atividade, considerando praticado o delito no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
D) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, salvo se já transitada em julgado.

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10. A impossibilidade da lei penal nova mais gravosa ser aplicada em caso ocorrido anteriormente
à sua vigência é chamada de:
A) princípio da ultra-atividade da lei nova.
B) princípio da legalidade.
C) princípio da irretroatividade.
D) princípio da normalidade.
E) princípio da adequação.

11. Acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa correta.
A) Se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar, naquele país, crime de corrupção
passiva (art. 317 do Código Penal), ficará sujeito à lei penal brasileira em face do princípio da
extraterritorialidade.
B) O ordenamento jurídico-penal brasileiro prevê a combinação de leis sucessivas sempre que a
fusão puder beneficiar o réu.
C) Na ocorrência de sucessão de leis penais no tempo, não será possível a aplicação da lei penal
intermediária mesmo se ela configurar a lei mais favorável.
D) As leis penais temporárias e excepcionais são dotadas de ultra atividade. Por tal motivo, são
aplicáveis a qualquer delito, desde que seus resultados tenham ocorrido durante sua vigência.

12. Considere hipoteticamente que uma nova lei reduza a pena mínima de determinada infração
penal. Mesmo havendo o trânsito em julgado, se o agente já não tiver cumprido a pena que lhe fora
imposta, a lex mitior será aplicada. Nessa hipótese, trata-se de caso de:
A) abolitio criminis.
B) princípio da continuidade normativo-típica.
C) novatio legis in pejus.
D) abolitio criminis temporalis.
E) novatio legis in mellius.

13. Em relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou:


A) a teoria da atividade, pela qual considera-se praticado o delito no momento da conduta, ainda
que distinto o momento do resultado, jurídico ou naturalístico;
B) a teoria do resultado, pela qual considera-se praticado o delito no momento da ocorrência do
resultado, jurídico ou normativo;
C) a teoria da ubiquidade, pela qual considera-se cometido o delito tanto no momento da conduta
como no do resultado, dependendo do que for mais benéfico ao autor do fato;
D) a teoria do resultado normativo, pela qual considera-se cometido o crime no momento da
ocorrência do resultado naturalístico;
E) duas teorias, a da atividade e a da territorialidade condicionada, dependendo da natureza do
crime cometido.

14. A respeito da analogia, considere:


I. A analogia é uma forma de auto-integração da lei.
II. Pela analogia, aplica-se a um fato não regulado expressamente pela norma jurídica um
dispositivo que disciplina hipótese semelhante.
III. O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no Direito Penal.
IV. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei.

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Está correto o que se afirma APENAS em
A) II, III e IV.
B) I, II e IV.
C) I e II.
D) III e IV.
E) I e III.

15. A respeito do lugar do crime, o Código Penal brasileiro estabelece, em seu art. 6.º: “Considera-
se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”. Pelo exposto, e a respeito das teorias que
buscam estabelecer o lugar do crime, assinale a alternativa correta.
A) Pela teoria do resultado ou do evento, o lugar do crime é aquele em que o crime se consumou,
pouco importando o local da prática da conduta.
B) Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será, tão somente, aquele em que foi praticada a
conduta comissiva ou omissiva.
C) Segundo a doutrina nacional, o Código Penal adotou, em seu artigo 6.º, a chamada teoria do
resultado.
D) Pela teoria da atividade ou do resultado, o lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta
comissiva ou omissiva.
E) Pela teoria do resultado, o lugar do crime é aquele em que se produziu ou se deveria produzir o
resultado, bem como o local em que fora perpetrada a conduta comissiva ou omissiva do agente.

16. Considere que um indivíduo, de nacionalidade chilena, em território argentino, contamine a


água potável que será utilizada para distribuição no Brasil e Paraguai. Considere, ainda, que neste
último país, em razão da contaminação, ocorre a morte de um cidadão paraguaio, sendo que no
Brasil é vitimado, apenas, um equatoriano. De acordo com a regra do art. 6.º, do nosso Código
Penal ("lugar do crime"), considera-se o crime praticado:
A) na Argentina, apenas.
B) no Brasil e no Paraguai, apenas.
C) no Chile e na Argentina, apenas.
D) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas.
E) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador.

17. De acordo com a teoria da aplicação da lei penal, pode-se afirmar:


A) A lei penal, em razão das suas consequências, não retroage.
B) A analogia, uma das fontes do direito, é vetada, no direito penal, em razão do princípio da
legalidade.
C) Considera-se o crime praticado no momento do resultado, e não da ação ou omissão (artigo 4º,
CP).
D) Considera-se o crime praticado no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, bem como onde
se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
E) No Brasil, os efeitos da lei penal não podem ultrapassar seus limites territoriais para regular fatos
ocorridos além da sua soberania.

18. Sobre a Lei Penal Temporária ou Excepcional, é CORRETO afirmar:

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A) Aplicar-se-á aos crimes praticados no período em que esteve em vigor, embora decorrido o
prazo de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, mesmo que ainda não
tenha sido instaurada a ação penal.
B) Se a sua vigência cessar no curso da execução penal, considera-se o sentenciado beneficiário
de anistia, ficando excluídos todos os efeitos da decisão condenatória, inclusive o de servir de
pressuposto para a reincidência.
C) Aplica-se aos fatos ocorridos em data anterior à sua entrada em vigor, pois sendo lei excepcional
é dotada de ultra-atividade, devendo retroagir para atender à proteção do bem jurídico almejada
com a sua edição.
D) Se cessar sua duração no curso da ação penal, o réu deverá ser absolvido porquanto o fato
será atípico, visto que a lei penal incriminadora foi banida pela abolitio criminis.
E) Considerando-se que o direito penal adota a teoria da ubiquidade, cessada a vigência da lei
excepcional, o agente somente será responsabilizado se a infração penal inserir-se no conceito
dos crimes habituais, pois a conduta teve início quando ela era vigente e perdurou após sua
revogação.

19. Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira, de forma incondicionada, e foi
condenado a 1 ano de reclusão no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no
exterior e voltou ao Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão expedido pela justiça
brasileira. Nesse caso, a pena cumprida no exterior
A) implicará na transformação automática da pena imposta no Brasil em sanção pecuniária.
B) será considerada circunstância atenuante e a pena fixada no Brasil será objeto de nova
dosimetria.
C) implicou exaurimento da sanção penal cabível e Rodrigo não estará sujeito ao cumprimento da
pena imposta no Brasil.
D) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais 1 ano de
reclusão.
E) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá cumprir integralmente os 2 anos de reclusão
impostos pela justiça brasileira.

20. A respeito de contagem de prazo no Direito Penal, assinale a alternativa correta.


A) O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
B) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos.
C) Contam-se os meses e os anos pelo calendário gregoriano, cujos meses são de trinta dias e os
anos são de trezentos e sessenta dias.
D) O cômputo do prazo é suspenso em feriados nacionais e religiosos.
E) O dia do término inclui-se no cômputo do prazo, sendo prorrogável até à meia-noite do dia útil
subsequente.

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GABARITO COMENTADO

01. Resposta - Letra B

O princípio da legalidade é a mais importante garantia dos cidadãos contra o arbítrio do


Estado. Tal princípio possui dois desdobramentos: princípio da anterioridade da lei penal
e princípio da reserva legal.
Por anterioridade da lei penal, entende-se que não se pode impor uma pena a um fato
praticado antes da edição desta lei, EXCETO se for em benefício do réu. Já a reserva
legal, estabelece que o Estado não pode punir uma pessoa por uma conduta não
prevista (descrita) em lei (ordinária Federal).

02. Resposta – Letra B

A) ERRADA: Em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4°, adotou a


teoria da atividade.
B) CERTA: Súmula 711 do STF.
C) ERRADA: Em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6°, adotou a teoria
da ubiquidade.
D) ERRADA: A nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em
favor do agente, todos os efeitos penais. Os efeitos civis permanecem.
E) ERRADA: O princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica não é absoluto,
não se sobrepõe as leis excepcionais ou temporárias.
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.
Características da lei excepcional ou temporária:
a) autorrevogabilidade - Essas leis revogam-se automaticamente ao término do período
(se for temporária) ou da Circunstância (se for excepcional).
b) ultratividade - alcançam os fatos praticados durante a sua vigência, AINDA QUE
REVOGADAS!
Trata-se de hipótese excepcional de ultratividade maléfica.

03. Resposta - Letra E

A questão trata do princípio da Territorialidade.


§ 2º do Art. 5º do CP - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.

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04. Resposta – Letra C

A) CERTA: Princípio da Anterioridade e Princípio da Legalidade: (Não há crime sem lei


anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal).
B) CERTA: ULTRA-ATIVIDADE das leis excepcionais ou temporárias: aplicam seus
efeitos aos fatos ocorridos durante sua vigência embora cessado o prazo da lei (lei
temporária) ou os motivos que a determinaram (lei excepcional).
C) ERRADA: ABOLITIO CRIMINIS: É quando o fato deixa de ser considerado crime por
lei posterior, nesse caso terá efeitos retroativos afetando inclusive sentença penal
condenatória transitado em julgado. **Obs.: Continuam os efeitos extrapenais, como por
exemplo: a obrigação de reparar o dano.
D) CERTA: EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA: Se a pena cumprida for diversa
da imposta no Brasil pelo mesmo crime = ATENUA, Se a pena cumprida for idêntica a
imposta no Brasil pelo mesmo crime = NELA É COMPUTADA.
E) CERTA: TEORIA DA ATIVIDADE: Considera-se praticado o crime no momento da
ação/omissão, ainda que seja outro o momento do resultado.

05. Resposta – Letra C

Atenção com esse hábito dos examinadores em tentar te enganar solicitando que você
marque a assertiva incorreta. E nesse sentido, a novatio legis in mellius retroage sim,
inclusive atingindo casos em que já houve o trânsito em julgado da decisão condenatória.

06. Resposta – Letra A

A) CERTA: Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
durante sua vigência.
B) ERRADA: Art. 2 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.
C) ERRADA: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado.
D) ERRADA: Trata-se de uma hipótese de extraterritorialidade incondicionada, Art. 7º -
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
E) ERRADA: Princípio da territorialidade mitigada.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

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07. Resposta – Letra A

A lei temporária representa uma exceção à regra geral da retroatividade da lei penal
mais benéfica. Ficará encarregada de reger os fatos praticados durante o período, senão
restaria esvaziada de conteúdo. Assim, sendo necessária a repressão penal por
circunstâncias determinadas, a lei temporária será aplicada ao período, mesmo após a
cessação da sua vigência.

Lei penal no tempo


Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou


cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.

08. Resposta – Letra C

Tempo do Crime: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou


omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Lugar do crime: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
LUTA - Lugar Ubiquidade; Tempo Atividade

09. Resposta – Letra D

Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.

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10. Resposta – Letra C

Art. 5° XL da CF: A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

11. Resposta - Letra A

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

Já sobre as leis penais temporárias e excepcionais, elas são dotadas de ultra-atividade,


sendo aplicáveis a qualquer delito, desde que a ação ou a omissão (e, não, os seus
resultados) tenham ocorrido durante sua vigência. Pura aplicação da teoria da atividade.

12. Resposta – Letra E

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: É a lei posterior mais benéfica. Poderá retroagir em


benefício do réu em qualquer fase, mesmo após o trânsito em julgado.
NOVATIO LEGIS IN PEJUS: É a lei posterior que, embora mantenha incriminação, é
prejudicial ao réu. Por isso é irretroativa, aplicando-se a lei anterior mais benéfica, que
terá a característica da ultratividade.

13. Resposta – Letra A

Código Penal: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,


ainda que outro seja o momento do resultado.

14. Resposta – Letra B

I – CERTA: Item correto, pois a analogia é uma forma de integração da lei penal, e é
considerada “auto-integração” porque se trata de integração da lei por meio de outra lei
(e não por algo externo, como os costumes).
II – CERTA: Item correto, pois na analogia, por não haver norma que regulamente o
caso, o aplicador do Direito se vale de uma outra norma, semelhante, de forma a aplicá-
la ao caso concreto, a fim de que este não fique sem solução.
III – ERRADA: Item errado, pois isso seria o que se chama de analogia in malam partem,
que é vedada em Direito Penal.
3
IV – CERTA: A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei, pois só tem
cabimento na hipótese de AUSÊNCIA de lei regulamentando a situação.

15. Resposta – Letra A

A aplicação do princípio da territorialidade da lei penal no espaço depende da


identificação do lugar do crime.

Várias são as teorias que buscam estabelecer o lugar do crime. Destacam-se três:

1ª Teoria da atividade, ou da ação: Lugar do crime é aquele em que foi praticada a


conduta (ação ou omissão);
2ª Teoria do resultado, ou do evento: Lugar do crime é aquele em que se produziu ou
deveria produzir-se o resultado, pouco importando o local da prática da conduta; e
3ª Teoria mista ou da ubiquidade: Lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada
a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se
o resultado. No art. 6º, o CP adotou a teoria mista ou da ubiquidade.

16. Resposta – Letra D

O crime é considerado praticado no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo


ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Daí extrai-
se a teoria da ubiquidade. Ora, se devemos atentar apenas para o lugar da ação ou
resultado do crime, desconsideremos o tempo e as qualidades pessoais de quem o
praticou. Assim, considera-se o crime praticado na Argentina, no Brasil e no Paraguai,
apenas.

17. Resposta – Letra D

A) ERRADA: A lei penal, em regra, não retroage, salvo quando for para beneficiar o réu.
Art. 5º, XL, da CF, Art. 2º, § único do CP. Dá-se o nome de retroatividade benéfica.
B) ERRADA: No direito penal a analogia "in bonam partem" é permitida, o que se veda
é a analogia "in malam partem".
C) ERRADA: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda
que outro seja o momento do resultado. Art. 4º do CP.
D) CERTA: De acordo com o art. 6º do CP. Lugar do crime - teoria da ubiquidade.
E) ERRADA: Art. 7º do CP, extraterritorialidade condicionada. Este dispositivo descreve
situações em que a lei brasileira se aplica a fatos que não foram praticados dentro do
território nacional, mas que ainda assim o Brasil se reserva ao direito de julgá-los.

18. Resposta – Letra A


3
O art. 3º do CP afirma: Lei excepcional ou temporária - A lei excepcional ou temporária,
embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

19. Resposta – Letra D

Estamos diante de um crime submetido à extraterritorialidade incondicionada (art. 7º, I


do CP), a alternativa correta será a letra D, eis que será aplicável o art. 8º do CP:
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Isto ocorre porque, em se tratando de hipótese de extraterritorialidade incondicionada,
será aplicável a lei brasileira ainda que o agente tenha sido absolvido ou condenado no
estrangeiro (aplicando-se a detração do art. 8º, caso lá tenha cumprido pena).

20. Resposta – Letra B

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses


e os anos pelo calendário comum.

Tal regra é aplicável aos prazos de natureza penal, isto é, aqueles que possuem
ligação com a liberdade do acusado ou com o exercício da punibilidade estatal, como,
por exemplo, os prazos de decadência, prescrição ou contagem da pena. Quanto aos
prazos de natureza processual penal, isto é, aqueles que se referem ao exercício de
alguma faculdade processual, aplica-se as regras do artigo 798, § 1º do Código de
Processo Penal.

A) ERRADA: Nos prazos de natureza penal, o dia do começo está incluído no cômputo
do prazo, conforme consta no já citado artigo 10 do Código Penal.
B) CERTA: Frações não computáveis da pena: Art. 11 - Desprezam-se, nas penas
privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de
multa, as frações de cruzeiro.
C) ERRADA: Os prazos são contabilizados pelo calendário comum (que, realmente, é o
gregoriano), porém, os anos possuem 365 dias e os meses possuem de 28 a 31 dias.
D) ERRADA: Não há qualquer previsão legal para suspensão de prazos em feriados.
E) ERRADA: Os prazos de natureza penal não são prorrogados quando se esgotam em
dias não úteis.

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