0834227-93.2024.8.19.0209

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro
PJe - Processo Judicial Eletrônico
05/11/2024
Número: 0834227-93.2024.8.19.0209
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Órgão julgador: 2º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca
Última distribuição : 18/09/2024
Valor da causa: R$ 11.200,00
Assuntos: Jogo e Aposta, Indenização Por Dano Material - Outros, Fornecimento
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
WASHINGTON MEDEIROS DA CUNHA (REQUERENTE) MARCELO BRUNER (ADVOGADO)
PRONTOS COMERCIO, PROMOCAO E SERVICOS EIRELI -
ME (REQUERIDO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
15145 22/10/2024 11:23 AVISO DE RECEBIMENTO AVISO DE RECEBIMENTO
7812
15145 22/10/2024 11:23 0834227-93 prontos comercio AVISO DE RECEBIMENTO
7815
14456 18/09/2024 13:29 Citação Citação
3638
14456 18/09/2024 13:29 Petição Inicial Petição Inicial
3611
14456 18/09/2024 13:29 procuração (3) Procuração
3617
14456 18/09/2024 13:29 hipossuficiência Washington Comprovante de Rendimento (Outros)
3618
14456 18/09/2024 13:29 identidade Washington Documento de Identificação
3620
14456 18/09/2024 13:29 comprovante de residência (2) Comprovante de Residência
3621
14456 18/09/2024 13:29 reclamação na plataforma 2 Outros documentos
3622
14456 18/09/2024 13:29 reclamação na plataforma Outros documentos
3624
14456 18/09/2024 13:29 depósitos Outros Anexos
3625
14456 18/09/2024 13:29 saques Outros Anexos
3626
14456 18/09/2024 13:29 reclame aqui Outros documentos
3630
14456 18/09/2024 13:29 atividades Outros Anexos
3631
JUNTADA DE AR
Assinado eletronicamente por: MILENA FERREIRA SERRA CARNEIRO - 22/10/2024 11:23:56 Num. 151457812 - Pág. 1
https://tjrj.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24102211235613300000143912543
Número do documento: 24102211235613300000143912543
PRONTOS COMERCIO, PROMOCAO E SERVICOS EIRELI - ME - CNPJ:
23.677.389/0001-00 (REQUERIDO)
Avenida 136, 761, Edifício Nasa Business qd 44, lt 2 E, Setor Sul, GOIÂNIA - GO -
CEP: 74093-250
Poder Judiciário
Comarca da Capital - Regional da Barra da Tijuca
2º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca
Avenida Luís Carlos Prestes, S/N, Barra da Tijuca, RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 22775-055
RIO DE JANEIRO, 18 de setembro de 2024.
No. do Processo: 0834227-93.2024.8.19.0209 - Processo Eletrônico
Pela presente, fica Vossa Senhoria citado(a) para os termos do pedido formulado por WASHINGTON MEDEIROS DA
CUNHA em face de PRONTOS COMERCIO, PROMOCAO E SERVICOS EIRELI - ME, conforme os fatos e
fundamentos constantes da petição inicial que acompanha o presente.
Ciente que deverá comparecer à audiência de conciliação que se realizará em 06/11/2024 11:00 podendo ser convertida
em instrução e julgamento presidida por Juiz Leigo ou Togado que colherá as provas em audiência una, proferindo
sentença.
Tratando-se de pessoa jurídica, deverá estar representada pelo sócio que deverá trazer o contrato social ou preposto
devidamente credenciado pela respectiva carta (Art. 9 parágrafo 4º da Lei 9.099/95).
Advertências:
1º Não comparecendo o demandado, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais e será proferido o julgamento
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 18/09/2024 13:29:41, Usuário do sistema - 18/09/2024 13:29:41 Num. 144563638 - Pág. 1
de Plano (Art. 20 da Lei 9.099/95).
2º Fica o réu ciente de que poderá trazer à audiência, em sua defesa, todas as provas disponíveis para demonstração
de suas alegações, tais como documental, fotográfica, testemunhal (no máximo de três testemunhas, indicadas até 05
dias antes da audiência, se necessária a intimação, Art. 34 paragrafo 1o. e 2o. da Lei no. 9.099/95). Se necessária
prova técnica, deverá apresentar laudo particular ou orçamento, por descaber perícia em sede deste Juizado Cível.
3º O comparecimento das partes é indispensável e nas causas de valor até 20 salários mínimos, a assistência de
advogado não é necessária. Nas reclamações de valor entre 20 e 40 salários mínimos, a assistência de advogado é
obrigatória - Art. 9o. da Lei 9.099/95.
4º Por se tratar de Processo Eletrônico - PJe e não tendo a parte ré realizado o cadastro, a
parte e/ou o advogado deverá efetivar o referido cadastramento no Sistema junto ao site do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
5º Fica a parte ré ciente de que deverá peticionar através do sistema de petição eletrônica disponível no sítio do TJ/RJ.
Assim, deverão ser juntados eletronicamente, os atos constitutivos, carta de preposto e instrumentos procuratórios até o
início da audiência de conciliação; e a contestação, bem como qualquer prova documental, até o início da Audiência de
Instrução e Julgamento, sob pena de revelia – artigo 20 da Lei 9.099/95 c/c artigo 18 da Lei 11419/2006 c/c artigo 15,
§§ 1º e 4º da Resolução nº 16/2009 c/c artigo 6º Ato Executivo TJ nº 5877/2010.
Obs.: A petição inicial do processo pode ser acessada por meio do link:
6900000137389594
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 18/09/2024 13:29:41, Usuário do sistema - 18/09/2024 13:29:41 Num. 144563638 - Pág. 2
AO DOUTO JUIZO DO _ JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA REGIONAL DA BARRA
DA TIJUCA-RJ
WASHINGTON MEDEIROS DA CUNHA, brasileiro, casado, professor, portador do

documento de identidade n°21.302.197-5 DETRAN/RJ, inscrito no CPF
nº128.226.497-40, residente na Rua Maria Alice, n°2D,Itanhangá, Rio de
Janeiro, CEP:22.370-641, vem através de seu advogado devidamente constituído
propor:
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C DANOS MORAIS
Em face da BET365 LOTERIAS DO BRASIL LTDA – ME., devidamente inscrita no

CNPJ sob o n° 23.677.389/0001-00,com sede profissional no Setor Comercial Sul,
Quadra, 07, bloco A, sala 612, Asa Sul, Brasília – DF, CEP: 70.307-902, pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos:
1- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente é autônomo, a única renda que possui é ganha através de

trabalhos esporádicos, e dessa renda é retirado seu sustento, Portanto, faz jus à
concessão do benefício da gratuidade da justiça, pois não detêm recursos
suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem
prejudicar a sua subsistência.
Avenida João Cabral de Mello Neto, 850 sala 902 e 903, bloco 3 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – Cep: 22775-057.
Avenida Maria Teresa, 75 sala 509/510 - Campo Grande – Rio de Janeiro – RJ- Cep: 23050-160.
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
Assinado eletronicamente por: MARCELO BRUNER - 18/09/2024 13:28:59, MARCELO BRUNER - 18/09/2024 13:29:25 Num. 144563611 - Pág. 1
Com fulcro no art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, e no art. 98, do Código de
Processo Civil:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que

comprovarem insuficiência de recursos;
Art.98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência

de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
Sendo assim, de acordo com a declaração de hipossuficiência e declaração

de imposto de renda em anexo, requer o deferimento da gratuidade de justiça.
2- DOS FATOS
O requerente fez cadastro no site de apostas em março do corrente ano, e

desde então vem realizando apostas.
Ocorre que em abril o mesmo verificou que as apostas que lhe dariam
retorno considerável foram anuladas pela plataforma.
Além das apostas terem sido anuladas o requerente notou que os valores das
apostas que deveriam ser estornadas para sua conta não ocorreram.
Tal fato fora repetido por diversas vezes oque gerou um prejuízo ao
requerente no valor de R$600,00(seiscentos reais), sem contar o retorno que teria
obtido caso o site não tivesse anulado suas apostas.
Cumpre informar, que o requerente tentou solucionar a questão de forma

extrajudicial entrando em contato com a empresa através do chat, porem a única
resposta obtida é que o ocorrido teria acontecido por culpa do requerente, que deve
ter compartilhado suas informações com terceiros.
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
Porem caso o alegado fosse verdade constaria informações relativos a
saques, e as transações com estorno da casa de apostas apareceriam na conta do
requerente.
Como ultima tentativa o requerente abriu uma reclamação junto ao site

reclame aqui, porem não obteve retorno, não restando outra alternativa senão
ingressar com a presente ação.
3- DOS FUNDAMENTOS
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes,

apresentando-se a empresa ré como prestadora de serviços e, portanto,
fornecedora nos termos do art. 3º do CDC, e o autor como consumidor, de acordo
com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma. Assim descrevem os artigos
acima mencionados:
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que

adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
Assim, uma vez reconhecida o requerente como destinatário final dos

serviços contratados, e demonstrada sua hipossuficiência técnica, tem-se
configurada uma relação de consumo, conforme entendimento doutrinário sobre o
tema:
"Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor deve ser

interpretado a partir de dois elementos: a) a aplicação do
princípio da vulnerabilidade e b) a destinação econômica não
profissional do produto ou do serviço. Ou seja, em linha de
princípio e tendo em vista a teleologia da legislação protetiva
deve-se identificar o consumidor como o destinatário final fático
e econômico do produto ou serviço.” (MIRAGEM, Bruno. Curso
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
de Direito do Consumidor. 6 ed. Editora RT, 2016. Versão
ebook. pg. 16).
Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar

todos os fornecedores de produtos ou serviços - sejam eles pessoas físicas ou
jurídicas - ficando evidente que devem responder por quaisquer espécies de danos
porventura causados aos seus tomadores.
Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização do Requerido

sob a égide da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de serviços
que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus
consumidores.
3.1- DA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Dessa sorte não restam dúvidas que a situação em tela gera transtornos o
autor que ultrapassam o mero aborrecimento, quando não há boa fé por parte da
Ré (art. 4º da lei 8.078/90) devendo ser aplicado o disposto no art. 6º, VI, do CDC.,
que prevê como direito básico do consumidor, a prevenção e a efetiva reparação
pelos danos morais sofridos, sendo a responsabilidade civil nas relações de
consumo OBJETIVA, desse modo, basta apenas a existência do dano e do nexo
causal.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e

morais, individuais, coletivos e difusos;
Neste sentido, estabelece o art. 14 do Código de Defesa do

Consumidor que:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente

da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
Assim, fica claro que houve falha na prestação de serviços, visto que a
requerida agiu com descaso, e negligência ao deixar de oferecer uma resposta
satisfatória ao requerente.
Pode ser verificada falha também em decorrência das apostas que foram
anuladas pela própria casa de aposta sem o consentimento do requerente, e na
inobservância da plataforma ao deixar de estornar o valor dessas apostas anuladas
a conta do requerente.
Deste modo, deverá o requerente ser ressarcido pelos danos que lhe foram
causados.
3.2- DOS DANOS MORAIS
O dano moral configura-se não somente pelo desgosto e apreensão sofrido

pelo Requerente o "desaparecimento" de seu dinheiro, mas também pela forma
negligente como o Requerente foi tratado, sendo certo que este empreendeu várias
tentativas para resolução do problema de forma amigável, mas, infelizmente não
obteve resposta satisfatória por parte do Requerido.
Nesse viés, o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 6° prevê o dever

de reparação, posto que ao enunciar os direitos do consumidor, traz, dentre
outros, o direito de "a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos".
Oque também corrobora os artigos 927 e 186 ambos do código civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Ver-se desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de

danos morais decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação
vexatória e do desconforto em que se encontra o Requerente.
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
3.3- DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Ao tratar do quantum indenizatório há entendimento jurisprudencial a

respeito do dano moral, no sentindo de que a indenização pecuniária não tem
apenas cunho de reparação de prejuízo, mas também caráter punitivo, preventivo
e repressor.
O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte

que o postula a recomposição do dano em face da lesão experimentada, mas
igualmente deve servir de reprimenda àquele que efetuou a conduta ilícita, como
assevera a doutrina:
“Com efeito, a reparação de danos morais exerce função diversa

daquela dos danos materiais. Enquanto estes se voltam para a
recomposição do patrimônio ofendido, por meio da aplicação da
fórmula “danos emergentes e lucros cessantes” (CC, art. 402),
aqueles procuram oferecer compensação ao lesado, para
atenuação do sofrimento havido. De outra parte, quanto ao
lesante, objetiva a reparação impingir-lhe sanção, a fim de que
não volte a praticar atos lesivos à personalidade de outrem.”
(BITTAR, Carlos Alberto. Reparação Civil por Danos Morais. 4ª
ed. Editora Saraiva, 2015. Versão Kindle, p. 5423)
Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e

Silva, ao disciplinar o tema:
"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve

arbitrar uma quantia que, de acordo com o seu prudente
arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta
ilícita, a intensidade e duração do sofrimento
experimentado pela vítima, a capacidade econômica do
causador do dano, as condições sociais do ofendido, e
outras circunstâncias mais que se fizerem presentes"
(Programa de responsabilidade civil. 6. ed., São Paulo:
Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo sentido aponta a lição de
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
Humberto Theodoro Júnior: [...] "os parâmetros para a
estimativa da indenização devem levar em conta os recursos do
ofensor e a situação econômico-social do ofendido, de modo a
não minimizar a sanção a tal ponto que nada represente para o
agente, e não exagerá-la, para que não se transforme em
especulação e enriquecimento injustificável para a vítima. O
bom senso é a regra máxima a observar por parte dos juízes"
(Dano moral. 6. ed., São Paulo: Editora Juarez de Oliveira,
2009. p. 61). “Complementando tal entendimento, Carlos
Alberto Bittar, elucida que” a indenização por danos morais
deve traduzir-se em montante que represente advertência ao
lesante e à sociedade de que se não se aceita o comportamento
assumido, ou o evento lesivo advindo Consubstancia-se,
portanto, em importância compatível com o vulto dos interesses
em conflito, refletindo-se, de modo expresso, no patrimônio do
lesante, a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem
jurídica aos efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois,
ser quantia economicamente significativa, em razão das
potencialidades do patrimônio do lesante"(Reparação Civil por
Danos Morais, RT, 1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito
violado. (TJSC, Recurso Inominado n. 0302581-
94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des. Cláudio
Eduardo Regis de Figueiredo e Silva). (grifo nosso).
Ou seja, enquanto o papel jurisdicional não fixar condenações que sirvam

igualmente ao desestímulo e inibição de novas práticas lesivas, situações como
estas seguirão se repetindo e tumultuando o judiciário.
Portanto, cabível a indenização por danos morais. E nesse sentido, a

indenização por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz
de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir ao causador sanção e
alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que fica evidenciado completo
descaso aos transtornos causados.
Assim requer a fixação de indenização por danos morais no valor de

R$10.000,00(dez mil reais).
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
3.4- DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO
O requerente vem sendo descontado de forma indevida em sua conta junto a

plataforma, portanto faz jus a devolução do valor descontado em dobro, conforme
narra o artigo 42 do código de defesa do consumidor:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente

não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer
tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida

tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do
que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano justificável.
De rigor, portanto, a concessão da repetição do indébito, obrigando- se o

requerente a devolver ao requerente o dobro do valor descontado, acrescido de
correção monetária e juros legais, que por ora perfaz a quantia simples de R$
1.200,00(um mil e duzentos reais).
Caso não seja este o entendimento por Vossa Excelência, requer-se a

repetição do indébito, de forma simples, acrescida de correção monetária e juros
legais, que ora equivale ao montante de R$ 600,00(seiscentos reais).
4- DOS PEDIDOS
Diante do exposto vem requerer:
a) O recebimento da inicial;
b) A concessão do pedido de gratuidade de justiça;
c) A devolução da quantia de R$600.00(seiscentos reais);
d) A concessão de R$10.000,00(dez mil reais) a titulo de danos morais;
e) A condenação do requerido a arcar com custas processuais e honorários
advocatícios no percentual de 20%.
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118
Protesta provar o alegado através de todos os meios de provas admitidos no direito
em especial documental.
Dá se a causa o valor de R$11.200,00(onze mil e duzentos reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2024.
Marcelo Bruner
OAB/ RJ n°131.992
Telefone: (21) 2274-0642 / (21) 2415-5118

0834227-93.2024.8.19.0209

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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro

PJe - Processo Judicial Eletrônico

Comarca da Capital - Regional da Barra da Tijuca

2º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca

RIO DE JANEIRO, 18 de setembro de 2024.

No. do Processo: 0834227-93.2024.8.19.0209 - Processo Eletrônico

WASHINGTON MEDEIROS DA CUNHA, brasileiro, casado, professor, portador do

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C DANOS MORAIS

Em face da BET365 LOTERIAS DO BRASIL LTDA – ME., devidamente inscrita no

O requerente é autônomo, a única renda que possui é ganha através de

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que

Art.98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência

§ 1º A gratuidade da justiça compreende:

I - as taxas ou as custas judiciais;

Sendo assim, de acordo com a declaração de hipossuficiência e declaração

O requerente fez cadastro no site de apostas em março do corrente ano, e

Cumpre informar, que o requerente tentou solucionar a questão de forma

Como ultima tentativa o requerente abriu uma reclamação junto ao site

É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes,

Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que

Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

Assim, uma vez reconhecida o requerente como destinatário final dos

"Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor deve ser

Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar

Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização do Requerido

3.1- DA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e

Neste sentido, estabelece o art. 14 do Código de Defesa do

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente

3.2- DOS DANOS MORAIS

O dano moral configura-se não somente pelo desgosto e apreensão sofrido

Nesse viés, o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 6° prevê o dever

Oque também corrobora os artigos 927 e 186 ambos do código civil:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

Ver-se desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de

Ao tratar do quantum indenizatório há entendimento jurisprudencial a

O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte

“Com efeito, a reparação de danos morais exerce função diversa

Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e

"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve

Ou seja, enquanto o papel jurisdicional não fixar condenações que sirvam

Portanto, cabível a indenização por danos morais. E nesse sentido, a

Assim requer a fixação de indenização por danos morais no valor de

O requerente vem sendo descontado de forma indevida em sua conta junto a

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida

De rigor, portanto, a concessão da repetição do indébito, obrigando- se o

Caso não seja este o entendimento por Vossa Excelência, requer-se a

Diante do exposto vem requerer:

Dá se a causa o valor de R$11.200,00(onze mil e duzentos reais).

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2024.

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