Apostila de violão - Jeziel

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 33

Apostila de

Violão
(Nível Básico)
Jeziel Ribeiro Lago
Índice
Pág.

1. História do Violão........................................................................ 03
2. Partes do Violão........................................................................... 04
3. Teoria Musical............................................................................. 05
4. Nome das notas............................................................................ 06
5. Acidentes Musicais...................................................................... 09
6. Formação de Acordes..................................................................13
7. Acordes Dissonantes................................................................... 19
8. Montando uma Sequência.......................................................... 31
9. Aprendendo um Dedilhado simples........................................... 32

2
História do Instrumento

Antes de começarmos a abordar nossos assuntos referentes ao violão,


vamos dar um pequeno espaço para falarmos sobre a história dele. O violão
é um instrumento musical de cordas, que são tangidas com os dedos ou
com palhetas. Tem um corpo plano e entalhado com uma abertura no meio
e um braço com trastes transversais. As cordas são presas, de um lado a
um cravelhal, e de outro, a um cavalete. Abrange uma extensão de três
oitavas e uma quinta.
O instrumento existe desde tempos antigos, mas a primeira referência
escrita data do século VII na Espanha e em meados do século XVIII
assumiu sua forma moderna e até hoje os melhores instrumentos são
fabricados na Espanha. O grande responsável pelo desenvolvimento do
violão foi um carpinteiro chamado San Sebastian de Almeida (1817-
1892).
Conhecido como Torres, ele foi sem dúvida a figura mais importante
da história do violão, e muitos instrumentos da atualidade são fabricados
com base nos instrumentos de Torres.
Ao contrário do que muitos pensam, o acústico é muito mais difícil
de ser tocado do que o elétrico (guitarra, teclado, etc..), pois não conta com
a ajuda e efeitos que só a eletrônica possui. A maior parte do "show" que
você vê em um concerto de rock é pura eletrônica e é claro com algumas
técnicas. Já o acústico, todos os arranjos e efeitos são executados pelo
talento do músico, mas você poderá usar um pouquinho da eletrônica para
dar um brilho na música, usando um pedal ou um efeito, nada de exagero,
só para dar um brilho especial na música!

Classificação quanto ao instrumento

O violão pode ser:


Violão nylon: são aqueles que usam cordas de nylon, possuem um número
reduzido de modelos e são usados em estilos leves como MPB e músicas
Clássicas.
Violão aço: são aqueles que usam cordas de aço, possuem um universo de
modelos, o mais versátil é o folk, pois ele aceita ser tocado em vários
estilos principalmente o POP e ROCK, além de podermos executar vários
arranjos de baixo e guitarra, como já foi dito antes, e ainda podemos usar

3
palheta de guitarra para tocá-lo, que particularmente não sobrevivo sem as
palhetas pois elas dão um som mais brilhante que ser tocado pelos dedos,
alem de proporcionarem uma grande velocidade nos solos, como se
fosse uma guitarra.

Classificação quanto ao estilo

Violão harmonia: faz apenas o fundo da música para dar um brilho, nelas
são valorizadas as 3ª e 5ª arpejando as cordas e acordes.
Violão Melodia: é o método em que seguimos a música, tocamos todos os
acordes valorizando as notas reais da música.
Violão Solo: é o estilo onde tocamos apenas as notas principais da
melodia.
Violão Base: é o estilo que dá mais peso à música, ele é tocado com
palhetas e batidas.

- Partes do violão

4
- Teoria Musical

Nota- uma corda tocada por vez no braço do violão.

Acorde- conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo no braço do violão.

Música- é formada por 3 partes básicas:

 Harmonia- conjunto de acordes da música.

 Melodia- é a parte notória da música, ou seja, a letra cantada ou


tocada por algum instrumento (solo).

 Ritmo- determina o estilo musical a ser tocado, rock, funk, samba,


forró.

- As cordas do violão

O violão possui seis cordas e essas possuem as seguintes notas como


afinação:
Sempre de baixo para cima:

1- E
2- B
3- G
4- D
5- A
6- E

Possuem também as seguintes tensões:

1-E .011
2-B .014
3-G .018
4-D .026
5-A .036
6-E .042

5
- Uso das Mãos

Dedos da mão esquerda

1 - Indicador
2 - Médio
3 - Anular
4 – Mínimo

Dedos da mão direita

P - Polegar
I - Indicador
M - Médio
A – Anular

- Os nomes das notas

Os nomes das sete notas musicais que usamos são:


DÓ - RÉ - MI - FA - SOL - LA – SI
As notas DÓ - RÉ - MI - FA - SOL - LA - SI, formam a escala de tom
maior.
As notas da escala também podem ser chamadas de graus.
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
I II III IV V VI VII

No Brasil, usamos algumas letras do alfabeto e alguns símbolos para


representar as notas, acidentes e acordes.
C D E F G A B
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI

#: Sustenido
b: Bemol
/: com
º: Diminuto

6
Abaixo, encontram-se os primeiros acordes que iremos aprender.

X: corda que não pode ser tocada.


P:”Ponto de partida” onde deve começar
a executar o acorde.
- Praticando
Agora vamos praticar algumas sequências com os acordes acima.

1. C, G, Am, F 5. D, Bm, G, Gm
2. D, A, Bm, G 6. E, B, A, B
3. G, D, Em, C 7. F, C, Dm, G
4. C, Dm, F, Fm 8. B, A, E, A.

7
- Praticando com uma batida na mão direita

As figuras abaixo representam as sequências em que devemos


tocar as cordas enquanto colocamos os acordes na mão esquerda.
As setas maiores indicam que devemos tocar e dar uma pausa
maior para a próxima batida e as setas menores indica que
devemos dar uma pausa menor para executar a próxima batida.

Batida 1

Batida 2
- Tom e Semitom

O semitom é a menor distância entre um e outro som ou entre dois sons.


Ex.: A distância de C até C# é um semitom, e do C para o D, dois
semitons.

O tom é a distância entre dois sons ou dois semitons, pois cada som tem a
contagem de um semitom e dois semitons são iguais a um tom.
Ex.: A distância entre C e D é um tom, de D para E um tom, de F para A
dois tons.

- ACIDENTES MUSICAIS

Entende-se por acidentes musicais os demais sons além das 7 notas naturais
(dó, ré, mi, fá, sol, lá e si)
Existem dois acidentes: O BEMOL (b) e o SUSTENIDO (#).
SUSTENIDO: Eleva a altura da nota em 1/2 tom
BEMOL: Abaixa a altura da nota em 1/2 tom
Atentem para a regrinha:

Baixando 1/2 tom - BEMOL (b)


Subindo 1/2 tom - SUSTENIDOS (#)

Exemplo:
LÁ subindo 1/2 tom = LÁ#
LÁ baixando 1/2 tom = LÁ b

Obs.: “As notas MI e SI não admitem SUSTENIDOS.


As notas FÁ e DÓ não admitem BEMOL”.

9
- Escala cromática completa

A escala cromática é composta das 7 notas com seus respectivos acidentes


(cinco); sendo a distância de um semitom de um som para outro, vejamos:

Sustenido:

C – C# - D – D# - E – F – F# - G – G# - A – A# - B - C

Bemol:

C – Db – D – Eb – E – F – Gb – G – Ab – A – Bb – B - C

Enarmonia:

São notas com mesmo som e nomes diferentes


Vejamos:

C# = Db D# = Eb F# = Gb G# = Ab A# = Bb

10
Escala cromática no braço do violão:

Números na horizontal= casas


Números na vertical = cordas
Casa 0 = corda solta

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 E F F# G G# A A# B C C# D D# E
2 B C C# D D# E F F# G G# A A# B
3 G G# A A# B C C# D D# E F F# G
4 D D# E F F# G G# A A# B C C# D
5 A A# B C C# D D# E F F# G G# A
6 E F F# G G# A A# B C C# D D# E

Repare que a nota da corda solta é a mesma da 12ª casa. Isso ocorre porque
a escala cromática se repete ao longo das casas no instrumento.

Agora vamos conhecer os acordes maiores sustenidos e/ou bemóis.

11
Abaixo os acordes sustenidos e/ou bemóis menores.

- Praticando

Agora vamos praticar algumas sequências com os acordes já trabalhados.

1. C#, G#, Bbm, F# 5. Ab, Eb, Fm, C#


2. D#, Bb, Cm, G# 6. Bb, F, Gm, D#
3. E, B, C#m, A 7. B, F#, G#m, E
4. F, C, Dm, Bb 8. Bb, Gm, Eb, F

12
- Formação de acordes

Para entender como os acordes são formados, temos que conhecer as


escalas que dão origem a eles.
Temos como base para a formação dos acordes maiores a escala diatônica.
É uma escala composta por 8 notas sendo que, na oitava há a repetição da
primeira .Observe:

C D E F G A B C
1 8

Essa escala segue obedecendo a uma sequência de tons e semitons de


acordo com a fórmula abaixo:

+ + + + + +

- T: 1 tom = 2 semitons
- ST: 1 semitom = ½ tom

- ENTENDENDO A APLICAÇÃO DA FÓRMULA:

Na figura acima, podemos observar a aplicação da fórmula na escala


partindo de C.
Entre C e D - um tom, ente D e E - um tom, entre E e F - um semitom,
entre F e G – um tom, entre G e A – um tom, entre A e B – um tom e entre
B e C – um semitom.

13
- GRAUS E INTERVALOS:

Grau é a classificação das notas em relação à ordem que elas ocupam na


escala. Ex.: Em uma escala com oito notas teremos oito graus.

GRAU I II III IV V VI VII VIII


NOTA C D E F G A B C

Chamamos de intervalo a classificação da nota em relação ao primeiro


grau (que é a tônica). Ex.:

INTERVALO 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
NOTA C D E F G A B C

Nos intervalos a 1ª é a tônica a 2ª, 3ª e 6ª e 7ª podem ser maiores ou


menores, e a 4ª e 5ª podem ser justas ou aumentadas. A 8ª é apenas a
repetição da tônica (T).

- Formando ACORDES MAIORES

Para formarmos um acorde maior, usaremos a fórmula da escala diatônica


citada anteriormente, selecionando os seguintes graus: I, III e V. Falando
de intervalos precisaremos da 1ª, 3ª maior e 5ª justa.
Aplicando em C, teremos: C (Tônica), E (3ª maior), G (5ª justa).
Executando essas três notas ao mesmo tempo, estamos tocando o acorde de
C (dó maior).
No exemplo abaixo, podemos ver o tradicional acorde de C e as notas
tocadas para executar esse acorde; C, E e G.

14
Na tabela abaixo, encontram-se as escalas de cada uma das notas no
modelo da escala diatônica, seguindo sempre a fórmula estudada
(T+T+ST+T+T+T+ST).

GRAUS I II III IV V VI VII VIII ACIDENTES


C D E F G A B C 0
D E F# G A B C# D 2
E F# G# A B C# D# E 4
NOTAS F G A A# C D E F 1
G A B C D E F# G 1
A B C# D E F# G# A 3
B C# D# E F# G# A# B 5

De acordo com o que foi estudado anteriormente, forme os seguintes


acordes conforme o exemplo.

1. Acorde de C: I- C, III- E, V- G
2. Acorde de D:____________________
3. Acorde de E:____________________
4. Acorde de F:____________________
5. Acorde de G:____________________
6. Acorde de A:____________________
7. Acorde de B:____________________

15
- Formando ACORDES MENORES

Para formar um acorde menor, basta diminuir um semitom no III grau


da escala, ou seja, transformar a 3ª maior em uma 3ª menor. Para isso,
devemos observar a escala cromática para poder fazer a alteração.
Observe:

No acorde de C (dó maior) precisamos de C, E e G.

C – C# - D – D# - E – F – F# - G – G# - A – A# - B – C

Se quisermos transformar o acorde MAIOR em MENOR, usaremos a


seguinte regra: Volta-se meio tom (um semitom) no III grau da escala.

C – C# - D – D# - E – F – F# - G – G# - A – A# - B – C
I II 3ªm III IV V VI VII VIII

Agora para o acorde de Cm, vamos precisar dos seguintes intervalos:


T (tônica) + 3ª menor + 5ª justa (I, III menor e V, em graus).

 Cm = C + D# + G
Repare que a nota usada agora é o D# em vez do E.
(E meio tom atrás é D#).

Faça agora a formação dos acordes abaixo de acordo com o que foi
estudado, seguindo o modelo.

1. Acorde de Cm: ____C, D#, G________


2. Acorde de Dm:____________________
3. Acorde de Em:____________________
4. Acorde de Fm:____________________
5. Acorde de Gm:____________________
6. Acorde de Am:____________________
7. Acorde de Bm:____________________

16
- Formando SUSTENIDOS/BEMÓIS MAIORES

Dando continuidade a formação de acordes, escreva abaixo as escalas


dos sustenidos de acordo a escala diatônica. (T+T+ST+T+T+T+ST)

C#: D# - F - F# - G# - A# - C - C#
D#:_________________________
F#:_________________________
G#:_________________________
A#:_________________________

Agora com as escalas prontas, vamos organizá-las selecionando apenas


T, III e V para formarmos os acordes maiores sustenidos.

C# - D# - F - F# - G# - A# - C - C#
T______III_____V

 C#, F, G# são as notas necessárias para formar um acorde de C#.

Faça de acordo o exemplo:


C#: C#, F, G#
D#:______________ T III V
F#:______________
G#:______________
A#:______________

17
- Formando SUSTENIDOS/BEMÓIS MENORES

Para formar um acorde sustenido/bemol menor, segue-se a mesma regra


da alteração na III da escala. III maior para III menor, voltando um
ST na III. Exemplo:

Em um acorde de C#, precisamos de C#, F e G#. Para transformar esse


acorde em MENOR, pegamos a sua III (o F) e voltamos um ST.
Nesse caso teremos: C# - E - G#.

Forme agora os acordes menores abaixo:

D#m:________________
F#m: ________________
G#m: ________________
A#m: ________________

18
- ACORDES DISSONANTES

São acordes comuns acrescidos de uma ou mais notas que as notas básicas
(1a, 3a e 5a) para alterar sutilmente sua tonalidade. Isto ocorre para dar um
efeito de embelezamento e melhor acompanhar a melodia.
Quando acrescentamos qualquer outra nota a um acorde que não seja suas
notas básicas, estamos transformando-o em um acorde dissonante.

Formando acordes com sétima menor (7)

Este será o primeiro acorde dissonante que trataremos, por ser um dos mais
freqüentes. A primeira coisa que devemos levar em conta é que a nota
dissonante 7 é a mesma nota tanto para um acorde maior com 7 como para
uma acorde menor com 7. Ex. A nota dissonante 7 é a mesma em C7 e
Cm7.

Escala de C:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
C D E F G A B C

Analisando a escala acima, podemos ver que a nota B é a 7ª nota em


relação ao C, que é a tônica. Em um acorde com sétima menor diminuímos
meio tom na 7ª nota da escala. Exemplo:

Acorde de C  C, E, G
Acorde de C7  C, E, G, Bb
Acorde de Cm7  C, D#, G, Bb

Observe que o Bb é a 7ª nota da escala de C (dó) meio tom atrás.


(B, 7ª da escala Bb ou A#, 7ª menor da escala).

Vale lembrar que quando falamos em um acorde com sétima (7) estamos
nos referindo a 7ª menor.

19
Alguns acordes com sétima (7)

Alguns acordes menores com sétima

20
Formando Acordes com sétima maior (7M)

Escala de C:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
C D E F G A B C

Analisando a escala acima, podemos ver que a nota B é a 7ª nota em


relação ao C, que é a tônica. Em um acorde com sétima maior basta
acrescentar essa 7ª ao acorde. Exemplo:

Acorde de C  C, E, G
Acorde de C7M  C, E, G, B
Acorde de Cm7M  C, D#, G, B

A nota B é a 7ª da escala, logo ela é a 7ª maior (7M) que usaremos no


acorde dissonante.

Alguns acordes com sétima maior (7M)

21
Formando Acordes com nona (9)

Escala de C no modelo da diatônica (T+T+ST+T+T+T+ST):


1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª
C D E F G A B C D

Nas escalas, depois da 7ª nota, ocorre a repetição das notas anteriores.


Repare que a 8ª é a mesma nota que a 1ª, a 9ª nota também é a mesma da
2ª, consequentemente a 10ª será a repetição da 3ª e assim por diante.

Para formar um acorde com nona (9) acrescentamos a ele a sua 9ª nota em
relação à tônica (ou primeira nota da escala). Precisaremos da sua formação
básica (T, III e V) e acrescentamos a 9ª. Exemplo:

Acorde de C  C, E, G
Acorde de C9  C, E, G, D
Acorde de Cm9  C, D#, G, D

Tanto faz o acorde ser maior ou menor, a nona que acrescenta é a mesma
para ambos.

Alguns acordes maiores com nona (9)

22
Alguns acordes menores com nona

23
Formando acordes com quarta (4)

Obtemos um acorde com quarta (4) adicionando a 4ª nota da sua escala, a


sua formação básica (T, III e V).

Escala de C no modelo da diatônica (T+T+ST+T+T+T+ST).


1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
C D E F G A B C

Nesse exemplo a nota a ser acrescentada é o F (fá), pois é a 4ª nota dessa


escala de C (dó).

Acorde de C  C, E, G
Acorde de C4  C, E, G, F
Acorde de Cm4  C, D#, G, F

Alguns acordes maiores com quarta (4)

24
Alguns acordes menores com quarta

25
Formando acordes com sexta (6)

Para formar um acorde com sexta (6), basta acrescentarmos a 6ª nota da


escala ao mesmo.

Escala de C no modelo da diatônica (T+T+ST+T+T+T+ST).


1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
C D E F G A B C

No exemplo acima temos como 6ª nota o A (lá). Como se trata de uma


escala de C, então podemos acrescentar a nota A (lá) no acorde de C (dó)
transformando em C6 (dó com sexta).

Acorde de C  C, E, G
Acorde de C6  C, E, G, A
Acorde de Cm6  C, D#, G, A

Alguns acordes maiores com sexta (6)

26
Alguns acordes menores com sexta

Exercícios:

1. Baseado no que já foi estudado encontre a 7ª maior e menor, 9ª, 4ª e


6ª de cada nota abaixo conforme o exemplo:

a) C  7ª menor= Bb ou A#; 7ª maior= B; 9ª= D; 4ª= F; 6ª= A


b) D _____________________________________________
c) E _____________________________________________
d) F _____________________________________________
e) G _____________________________________________
f) A _____________________________________________
g) B _____________________________________________

27
Aplicação dos acordes dissonantes

 Acordes com 7ª menor (7)

Na maioria dos casos, usam-se acordes maiores com 7a menor para


representar uma passagem para uma tonalidade mais alta, o que chamamos
de preparação. A nota 7ª realmente dá uma distorção ao acorde natural
com tendência de subir o tom. Quanto aos acordes menores com 7m, sua
mais comum aplicação é dar uma dissonância sutil para se aproximar ao
seu acorde primo (o acorde menor comum). Um acorde menor com 7m tem
a mesma base que seu acorde primo natural. Essa semelhança provoca um
efeito dentro de uma música quando usamos esses acordes.

Pratique as sequências de acordes abaixo no intuito de melhorar a mudança


rápida de um acorde para outro. Procure compreender também a tonalidade
de cada acorde com relação ao outro:

1. D, A7, D7, G, A7, D.


2. C, Am, G7, C.
3. E7, A7, E7, B7, E7.
4. Bb, C7, F7, Bb.
5. Em, F#7, B7, Em

Agora pratique as seguintes sequências envolvendo acordes maiores e


menores com 7ª. Toque em ritmo qualquer e repita varias vezes,
comparando a tonalidade de cada acorde.

1. Am7, Bm7, Am7, Bm7, Am7, D7, G


2. F, Gm7, Am7, Bb, C7, F
3. D, F#m7, B7, Em7, Gm, A7, D
4. A, C#m7, Cm7, Bm7, E7, A
5. Dm, F, G, A7, Dm
6. C, Em7, Dm7, G7, C
7. G, Bm7, Dm7, G7, C, Cm, Bm7, E7, Am7, D7.

28
 Acordes com sétima maior (7M)

Aplicam-se acordes maiores e menores com 7M justamente para dar uma


suavidade ao acorde. Outras aplicações desses acordes são em efeitos com
outros dissonantes como acordes com 7.
Para diferenciar acordes naturais com acordes dissonantes 7M devemos
exercitar o ouvido. Toque um acorde natural e depois o transforme em
dissonante 7M reconhecendo a diferença que é evidente.

Ex.: C, C7M, C, C7M...


Cm, Cm7M, Cm, Cm7M...

Exercite bastante até que tenha assimilado a tonalidade de cada um.

Segue abaixo algumas sequências de acordes para a prática dos


dissonantes:

1. D, D7M, D7, G, Gm, A7, D


2. B7M, E7M, B7M, F#7, B7M
3. G7M, Bb, Cm, D7, G7M
4. F, Am7, D7, Gm, Gm7M, Gm7, C7, F
5. C7M, F, Em7, Dm7, G7, C, Fm, C
6. Am, Am7M, Am7, B7, Em, Em7M, Em7, A7, Dm, E7, A, A7M

 Acordes com sexta (6)

O uso mais comum dos acordes com sexta é numa passagem rápida
para enfeitar o 1o acorde maior e retornando para ele. Exemplo: F, F6, F...
Também, numa seqüência com outros dissonantes como; G, G7M, G6
G7M... e Gm, Gm7M, Gm6... dando um efeito ao acompanhamento.
Possivelmente, usam-se acordes maiores com sexta como rápido
efeito sobre o seu natural. Ex. G, G6, G...

29
 Acordes com quarta (4)

O uso dos acordes com quarta segue uma função parecida com a dos
acordes com sexta (6), dando um efeito rápido ao acompanhamento.
Exemplo: D, D4, D, Bm, G, A4, A, D.

 Acordes com nona (9)

É uma das dissonâncias mais comuns nos acordes. Utilizamos para dar
„certo‟ embelezamento na sonoridade, principalmente nos acordes maiores;
podendo usar o acorde com nona no lugar do acorde maior natural.
Exemplo: C, G, Am, F  C9, G, Am, F9
Na primeira sequência não tem nenhum acorde dissonante. Já na segunda,
acrescentamos a dissonância no C (dó) e no F (fá) dando um tom mais
suave a melodia.

30
- Montando uma sequência

Para dar inicio as sequências, iremos falar um pouco de campo harmônico;


se resume em grupos de acordes que “trabalham” em harmonia.

Observe:

GRAU I II III IV V VI VII VIII


NOTA C D E F G A B C
Lembrando que a escala acima é diatônica (T+T+ST+T+T+T+ST)

As notas da escala acima vão dar origem aos acordes da sequência.

Regra: Os graus II, III e VI dão origem a acordes menores e o VII grau a
um acorde diminuto (º).

Sequência formada:  C, Dm, Em, F, G, Am, Bº, C.

Em D (Ré):  D, Em, F#m, G, A, Bm, C#º, D.

Forme e pratique também sequências em outras tonalidades.

31
- Aprendendo um Dedilhado simples

Para fazer um dedilhado simples, iremos precisar do uso dos


dedos indicador, médio, anular e polegar da mão direita. No
dedilhado as cordas usadas são tocadas uma após a outra.

Dedos da mão direita

P - Polegar
I - Indicador
M - Médio
A – Anular

Vamos praticar o dedilhado da seguinte forma: P será usado


somente nas cordas graves (4ª, 5ª e 6ª cordas); I ficará
posicionado na 3ª corda, M na 2ª corda e A na 1ª corda.
A corda em que o polegar deverá tocar vai depender do acorde
que a mão esquerda colocar. Exemplos:

- O P na figura abaixo indica a corda que será tocada pelo


polegar;
- I, M e A tocará as cordas marcadas com os
pontos pretos.

A sequência será:
P (polegar) primeiro;
I (indicador) tocando a 3ª corda;
M (médio) tocando a 2ª corda;
A (anular) tocando a 1ª corda;
M (médio) tocando a 2ª corda e por fim
I (indicador) tocando a 3ª corda;

 P, I, M, A, M, I.

32
Podemos montar outras sequências no dedilhado:

 P, I, M, I, A, M, I, M.
 P, I, M, A, M, I, M, A.
 P, A, M, I, M, A, M, I.

Jeziel Ribeiro Lago


Jequié/Bahia – Março de 2012

33

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy