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Assepsia

Resumo de medicina sobre assepsia

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Sandy Vanessa
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Sandy Vanessa – Med 20 FPS sandyvanessacesar@hotmail.

com 1

Lavagem de Mãos e Escovação Cirúrgica


• História da Antissepsia • Antissepsia
✓ Ignaz Semmelweis Termo referente ao conjunto de medidas que inibem o
Médico pioneiro nos procedimentos antissépticos. crescimento de microrganismos ou que os removem de
Observou a diferença de número de casos de infecções determinado ambiente, podendo ou não os destruir. Para tal
puerperais em 2 clínicas do hospital de Viena. Também fim utiliza-se antissépticos ou desinfetantes.
tornou obrigatório para todos os médicos, estudantes de
medicina e equipe de enfermagem a lavagem de mãos com a) Degermação
uma solução de hipoclorito de cálcio, reduzindo Remoção de detritos e impurezas depositadas sobre
consideravelmente a mortalidade pela infecção. a pele. Sabões e detergentes conseguem remover,
mecanicamente, a maior parte da flora microbiana existente
✓ Louis Pasteur nas camadas superficiais da pele, não conseguindo remover
Desenvolveu a teoria da putrefação e fermentação dos de camadas mais profundas.
germes. Estudou e identificou inúmeros micróbios Exemplos de degermantes: sabões e detergentes
responsáveis por várias doenças infecciosas e chegou a aniônicos.
desenvolver vários métodos e técnicas para combater os
agentes infecciosos. b) Antissepsia
Por meio de seus trabalhos sobre fermentação, foi Destruição de microrganismos existentes nas
capaz de estabelecer as noções básicas de esterilização e camadas superficiais ou profundas da pele, ante a aplicação
assepsia, com consequências na prevenção de de um germicida de baixa causticidade, hipoalergênico e
contaminações e infecções na cirurgia e obstetrícia. passível de ser aplicado em tecido vivo.

✓ Joseph Lister • Degermação


Relatou alta incidência de mortes causdas por algum Refere-se à diminuição do número de microrganismos,
elemento estranho presente no sangue, constituindo uma patogênicos ou não, após a escovação da pele com sabão e
forma de putrefação das incisões cirúrgicas. Ademais, notou água.
que infecções eram mais prevalentes em hospitais.
Desenvolveu a técnica de antissepsia com agentes • Fumigação
químicos (fenol) – redução dos óbitos pós-operatórios. Dispersão, sob a forma de partículas, de agentes
Lister reconheceu a validade do trabalho de Pasteur e desinfectantes - gases, líquidos ou sólidos.
realizou seus próprios experimentos fervendo a urina em
frascos com gargalos de formatos variados. Suas • Desinfecção
observações sugeriam que algo no ar causava infecção e isso Processo pelo qual germes patogênicos são destruídos
validava as descobertas de Pasteur. ou têm suas toxinas inativadas, inibindo, assim o
Lister procurou por uma substância que matasse a desenvolvimento. Os esporos não são, necessariamente,
infecção e evitasse que ela penetrasse nas feridas. A destruídos.
exposição ao calor e a filtração não eram adequadas para
tecidos humanos e, assim, fez experiências com produtos • Esterilização
químicos. Seus experimentos iniciais tiveram pouco sucesso, Processo de destruição de todas as formas de vida
mas ele aprendeu que o ácido carbólico tinha sido usado microbiana ante a aplicação de agentes físicos e/ou
para tratar esgoto e poderia ser usado com segurança. químicos. Toda esterilização deve ser precedida da lavagem.
Ao longo de 1865, Lister usou ácido carbólico em toda Obs: O conceito de esterilização é absoluto, ou o
a sua concentração para lavar feridas de fraturas expostas, material é esterilizado ou contaminado.
mãos e instrumentos.
• Germicidas
Conceitos em assepsia Meios químicos utilizados para destruir todas as formas
microscopias de vida.

• Assepsia
• Antisséptico é usado em tecidos vivos, desinfetante
Termo referente ao conjunto de medidas que são
em objetos inanimados.
utilizadas para impedir a penetração de microrganismos
num ambiente que não os tem. Um ambiente asséptico é
• Sanitização
aquele livre de infecção.
Emprega tipo particular de desinfetante que reduz o
número de bactérias contaminantes a níveis julgados
seguros para as exigências de saúde pública.
Sandy Vanessa – Med 20 FPS sandyvanessacesar@hotmail.com 2

metabolismo e mantem ação germicida residual. A liberação


• Microbiota do iodo ocorre lentamente. Não é uma solução irritante, é
Flora transitória: coloniza a camada mais superficial da facilmente removida por água e reage com metais. Para as
pele e pode ser removida pela higienização com maior feridas abertas ou mucosas, utiliza-se o complexo dissolvido
facilidade, utilizando antisséptico. Exemplos são bactérias em solução aquosa. Para antissepsia de pele integra antes
gram-negativas, como Enterobactérias (Escherichia coli), do ato cirúrgico, utiliza-se o complexo dissolvido em solução
bactérias não fermentadoras, fungos e vírus. aquosa. Seu emprego deve ser limitado à resolução de
Flora residente: microrganismos de baixa virulência e fenômenos infecciosos; é citotóxico para os fibroblastos;
pouco associados a infecções veiculadas pelas mãos. É difícil retarda o processo de cura; seu uso deve ser restrito no caso
de ser removida com a higienização e multiplicam-se na de insuficiência renal, é contraindicado em mulheres que
pele. São exemplos os estafilococos, corinebactérias e amamentam ; não previne infecção; podem ocorrer
micrococos. fenômenos alergicos
Ação residual – 2 a 4h; latência – 2 minutos.
• Antissépticos PVPI e cloro-hexidina são de base aquosa, por isso
Devem exercer atividade germicida sobre a flora podem ser usados na antissepsia vaginal, pois evita o
cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, ressecamento da mucosa.
sem irritar a pele ou mucosas.
Tempo de latência: diferença de tempo entre o inicio
de um evento e o momento em que os seus efeitos se
Lavagem de mãos e escovação cirúrgica
tornam perceptíveis. “Tempo que demora a agir”
Tempo de ação residual: tempo em que um produto • A lavagem de mãos e do antebraço tem como objetivo
químico ou biológico mantém seu princípio ativo como a remoção mecânica e química da flora, gorduras e
protetor ou defensor. ”Quanto tempo age” outros elementos existentes na pele e sua antissepsia.
Base alcoólica e aquosa: Objetiva, também, uma ação residual que previna o
Para desinfecção de mãos: solução de detergente de crescimento bacteriano durante o ato operatório,
PVPI a 10%, solução de clorhexidina a 4%, solução de álcool formando uma luva química.
iodado a 0,5 ou 1%, álcool etílico a 70%.  Pode ser feita com cloro-hexidina, que é
Compostos de iodo: o iodo é um agente bactericida atóxica e não alergênica, PVPI, hexaclorofeno
com certa atividade esporicida, fungicida e ativo contra ou sabão comum ou glicerinado, seguida de
vírus. O composto mais utilizado é o álcool iodado a 0,5% ou imersão em álcool 70% ou solução alcoólica
1%. iodada por no mínimo 2 minutos, mas sem
Cloro-hexedina: germicida que tem mais efetiva em pH efeito residual
de 5 a 8, agindo melhor contra bactérias gram-poitivas do  O uso da escova é imprescindível para
que contra gram-negativas e fungos. Tem ação imediata e remover parte da flora residente e restos de
efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade e queratina depositada em sulcos naturais da
fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvido pela pele e para destruir a camada gordurosa, o
pele. Maior ação residual – 6 a 8h; latência – menos de 2 que permite a atuação dos antissépticos sobre
minutos. o restante dos microrganismos.
Álcool: exerce ação germicida quase imediata ( baixa  Duração: 20 a 40 segundos.
latência), sem nenhuma ação residual. Resseca a pele em  Quando se deve lavar as mãos?
repetidas aplicações, o que pode ser evitado adicionando-se ✓ Antes do contato com o paciente.
glicerina a 2%. O álcool etílico é bactericida, age coagulando ✓ Antes da realização de procedimento
a proteína das bactérias, fungicida e virucida para alguns asséptico.
vírus. ✓ Após risco de exposição e fluidos corporais.
PVPI: iodoforo mais utilizado para antissepsia das mãos ✓ Após o contato com o paciente.
é a solução degermante a 10%. É bactericida, fungicida, ✓ Após contato com as áreas próximas ao
virucida e tricomonicida. Conserva as propriedades paciente.
germicidas do iodo, não queima, não mancha tecidos,
raramente provoca reações alérgicas, não interfere no • A escovação deve durar de 3 a 5 minutos antes da 1ª
cirurgia e de 2 a 3 antes da 2ª.
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1 Retirar adornos das mãos e punhos.


2 Abrir a torneira e molhar as mãos.
3 Aplicar sabão e seguir as 7 etapas, fazendo 5 vezes cada movimento:
4 1. Esfregar as regiões palmares.
5 2. Esfregar as regiões dorsais das mãos.
6 3. Esfregar os espaços interdigitais entrelaçando os dedos.
7 4. Esfregar as regiões de dobras articulares.
8 5. Esfregar os polegares.
9 6. Friccionar as polpas digitais e unhas na palma da mão oposta.
10 7. Esfregar os punhos.
11 Enxaguar as mãos.
12 Manter as mãos acima dos cotovelos e não as sacudir.
13 Secar as mãos com toalhas de papel.
14 Fechar torneira com cotovelo ou com o papel utilizado.
15 Descartar o papel na lixeira sem tocar na tampa (somente pedal).

Escovação Cirúrgica das Mãos

1 Abrir o pacote da escova.


2 Abrir a torneira e molhar as mãos e os antebraços.
3 Aplicar o antisséptico degermante nas mãos e nos antebraços.
4 Escovar as unhas.
5 Escovar as regiões palmares das mãos.
6 Escovar os espaços interdigitais.
7 Escovar as bordas medial e lateral das mãos.
8 Escovar ou esfregar as regiões dorsais das mãos.
Escovar ou esfregar as 2 faces e as 2 bordas dos antebraços – 1/2 distal.
9 Escovar ou esfregar as 2 faces e as 2 bordas dos antebraços – 1/2 proximal.
10 Escovar ou esfregar os cotovelos.
11 Descartar a escova.
12 Enxaguar mantendo as mãos para cima.
13 Fechar torneira com o cotovelo.
14 Secar as mãos com compressa estéril.
15 Compressa dobrada entre as palmas e, também, em cada dorso.
16 Compressa ainda dobrada → secar um punho → um antebraço.
17 Dobra a compressa ao contrário → o outro punho → outro antebraço
18 Compressa ainda dobrada ao contrário → cotovelos
Obs 5 vezes cada etapa Escovar → cerdas Esfregar → esponja

Referências:
Jessney B. Joseph Lister (1827-1912): a pioneer of
antiseptic surgery remembered a century after his
death. J Med Biogr. 2012 Aug;20(3):107-10. doi:
10.1258/jmb.2011.011074.

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