MODALIDADES DE ENSINO PARA CONCURSOS

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2023

2023

MODALIDADES DE
ENSINO
PARA CONCURSOS
 Resumo Modalidades de Ensino
 Educação Escolar Quilombola
 Educação Escolar Indígena
 Educação para o Campo
 Educação Especial
 50 Questões de Concurso

EQUAÇÃO CONCURSOS
ORGANIZAÇÃ PROF LEONARDO
ARAUJO
MODALIDADES DE ENSINO

1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


É uma modalidade de ensino, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na
escola convencional na idade apropriada. Permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo e,
dessa forma, possibilitando sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho.
EJA Ensino Fundamental:
Destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e o 9° ano. Tem duração média
de 2 anos para a conclusão.
EJA Ensino Médio:
Destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que completa a Educação Básica
no Brasil. O tempo médio de conclusão é de 18 meses.

2. EDUCAÇÃO ESPECIAL
Modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular,
devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar. Oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino.

3. EDUCAÇÃO PROFISSIOANAL E TECNÓLOGICA


A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, a ciência e à
tecnologia, objetiva garantir aos cidadãos o direito à aquisição de competências profissionais que os tornem aptos
para a inserção em setores profissionais nos quais haja utilização de tecnologias. Integra-se aos diferentes níveis
e modalidades de educação e articula-se com o ensino regular e com outras modalidades educacionais.
Ocorre na oferta de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional e nos de Educação
Profissional Técnica de nível médio.

4. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
É a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se
necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.
Caracteriza-se pela mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem que ocorre com a
utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

5. EDUCAÇÃO INDÍGENA
Voltada para os povos indígenas, respeitando suas especificidades culturais e procurando preservar suas culturas
tradicionais. Ocorre em unidades educacionais inscritas em terras indígenas e suas culturas, as quais têm uma
realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou
comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional
comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas
indígenas, é reconhecida a sua condição de possuidores de normas e ordenamento jurídico próprios, com ensino
intercultural e bilíngue, visando à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de
sua diversidade étnica.

6. EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
Desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em
respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente,
observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica
brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, bem com nas demais, deve ser reconhecida
e valorizada a diversidade cultural.

7. EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação para a população rural está prevista com adequações necessárias às peculiaridades da vida no campo e
de cada região, definindo-se orientações para três aspectos essenciais à organização da ação pedagógica: conteúdos
curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos estudantes da zona rural,
organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
climáticas e, ainda, adequação à natureza do trabalho na zona rural. A identidade da escola do campo é definida pela
vinculação com as questões inerentes à sua realidade, com propostas pedagógicas que contemplam sua diversidade
em todos os aspectos, tais como sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia. Formas de
organização e metodologias pertinentes à realidade do campo devem ter acolhidas, como a pedagogia da terra, pela
qual se busca um trabalho pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para assegurar a
preservação da vida das futuras gerações, e a pedagogia da alternância, na qual o estudante participa, concomitante
e alternadamente, de dois ambientes/situações de aprendizagem: o escolar e o laboral, supondo parceria educativa,
em que ambas as partes são corresponsáveis pelo aprendizado e pela formação do estudante.

8. EDUCAÇÃO BILINGUE DE SURDOS


Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português escrito, como
segunda língua, em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de
educação bilíngue de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com
altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas, optantes pela modalidade de educação
bilíngue de surdos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


A Educação de Jovens e Adultos - EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que perpassa
todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à
educação na escola convencional na idade apropriada. Permite que o aluno retome os estudos e os conclua em
menos tempo e, dessa forma, possibilitando sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de
trabalho.
 A EJA é ofertada tanto no ensino presencial, como à distância (EAD), com o objetivo principal de
democratizar o ensino da rede pública no Brasil. Anteriormente, a EJA era conhecida como supletivo. Hoje, é
o programa é dividido em etapas, com abrangência do ensino fundamental ao médio. Confira:
 EJA Ensino Fundamental: destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e
o 9° ano. Nessa etapa, os alunos imagem em novas formas de aprender e pensar. Tem duração média de 2
anos para a conclusão.
 EJA Ensino Médio: destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que
completa a Educação Básica no Brasil. Ao concluir essa etapa, o aluno está preparado para realizar provas de
vestibular e Enem, para ingressar em universidades. O tempo médio de conclusão é de 18 meses

Quais são as matérias lecionadas na EJA?


As disciplinas da Educação Jovens e Adultos estão de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, que define
aprendizagens necessárias para o desenvolvimento do aluno na Educação Básica do país, sendo elas:

Ensino Fundamental • História


• Língua Portuguesa • Sociologia
• Ciências • Filosofia
• Matemática • Língua Portuguesa
• Inglês • Inglês
• Artes • Artes
• Educação Física • Educação Física
• História • Ciências
• Geografia • Matemática
• Química
• Física

Ensino Médio
Certificado EJA
A certificação da EJA era chamada, até alguns anos atrás, de Exame Supletivo. A prova avalia as
competências dos estudantes para a obtenção do certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou do Ensino
Médio. Quem estudou por contra própria ou por outros programas, que não tenham ligação com a EJA, também
pode inscrever-se nesses exames para conquistar o certificado.
A prova EJA Ensino Fundamental é realizada pelas secretarias municipais ou estaduais de educação. O
aluno deve informar-se em seu município sobre as datas e documentos necessários para a inscrição, assim como
sobre o dia e o local da prova. A inscrição é gratuita e o aluno precisa ter pelo menos 15 anos para realizar o exame e
pleitear o certificado da EJA.
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA
EDUCAÇÃO E RESISTENCIA

A legislação educacional brasileira propõe que educadoras e educadores atuem para o enfrentamento das
desigualdades étnico-raciais nos espaços educacionais. Inicialmente com Temas Transversais que dialogavam com
pressupostos sobre “pluralidade cultural”, posteriormente com a institucionalização da Lei Federal 10.639/2003,
que altera a LDB estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na
Educação Básica, permitindo assim a construção de ações e projetos mais contundentes para valorização da cultura
negra brasileira e africana, bem como da educação quilombola. Além da transversalidade – a modalidade.
Nesse campo político é importante lembrar outra conquista histórica para as populações negras no Brasil, as
políticas de ações afirmativas, em especial, as cotas nas universidades. Nesta perspectiva, é preciso entender
também que muitas são as resistências às políticas públicas educacionais dirigidas para a população afro-brasileira.
Assim, o processo de formação continuada de gestores/as e docentes é importante para a promoção da igualdade
étnico-racial, bem como, no trato dos problemas sociais brasileiros e, em especial, aqueles relacionados com os
chamados excluídos sociais – populações negras, quilombolas, mulheres, indígenas, deficientes físicos, pessoas com
orientações sexuais diferenciadas e outros – para que uma efetiva equidade racial e de gênero estejam de fato
corporificadas e interseccionadas em nossa sociedade.
Por isso, a necessidade da construção de uma educação escolar quilombola. Essa, baseada em valores
civilizatórios afro-brasileiros e na política de pertencimento étnico, político e cultural. De acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, a educação escolar quilombola se constitui das seguintes
perspectivas:
A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura,
requerendo pedagogia própria em respeito à espeficidade étnico-cultural de cada comunidade e formação especifica
de eu quadro docente, observado os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam
a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e
valorizada sua diversidade cultura. (p. 42).
O reconhecimento público de uma orientação educacional especifica dirigido às comunidades quilombolas é
fruto da luta política travada pelos movimentos sociais negros, bem como, da própria constituição de um
movimento de povos quilombolas no país. Nesse direcionamento, é significativo observamos que a Educação Escolar
Quilombola atualmente se constitui como modalidade de ensino da educação básica. Especificação esta, oriunda das
deliberações retiradas da Conferência Nacional de Educação (CONAE) realizada em Brasília, em 2010. Diante de tais
conquistas, é importante atentarmos para algumas especificações significativas no trato com tais questões.

 Levantamento das condições reais de funcionamento da escola buscando qualitativamente: transporte e


alimentação escolar, infra-estrutura, recursos pedagógicos e quadro de pessoal;
 Garantia de transporte escolar de qualidade para estudantes quilombolas atendidos pela rede de ensino
municipal e estadual (escolas que recebem estudantes quilombolas);
 Possibilitar a criação de 21 projetos de construção de escolas de ensino fundamental e 07 de ensino médio em
comunidades quilombolas (solicitação entregue ao MEC/FNDE em 27 de outubro de 2009 e ainda estão em
andamento);
 Melhoria das escolas quilombolas: rede física (ampliação de cozinhas, banheiros, quadra de esporte, etc.),
laboratório de informática; criação e ampliação de bibliotecas, aquisição de material de apoio pedagógico (livros,
vídeos e jogos);
 Criar a oferta de curso de educação profissional e EJA - para jovens e adultos - nas comunidades quilombolas;
 Inserção na matriz escolar temas que sejam comuns à cultura, educação, valores e saberes quilombolas, tais
como: terra, territorialidade, identidade, religiosidades, organização comunitária dentre outros;
 Mapear as condições e práticas pedagógicas das escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos
envolvendo: educação infantil, jovens e adultos;
 Contemplar no Projeto Político Pedagógico temas/abordagens/metodologias sobre a história e cultura
quilombola e sobre a história e cultura africana e afrobrasileira;
 Desenvolver atividades pedagógicas com professores que atuam em comunidades quilombolas e que trabalham
em escolas que atendem estudantes quilombolas;
 A partir das práticas vividas, elaborar e registrar experiências de educação já existentes nas comunidades, de
modo que esta possa compor o currículo e materiais pedagógicos das unidades escolares;
 Acompanhamento da prática docente com o intuito de contribuir para uma maior interação entre unidade
escolar e comunidade.
EDUCAÇÃO PARA O CAMPO
A Educação do Campo, construída num espaço de lutas dos movimentos sociais e sindicais do campo, é
traduzida como uma “concepção político pedagógica, voltada para dinamizar a ligação dos seres humanos com a
produção das condições de existência social, na relação com a terra e o meio ambiente, incorporando os povos e o
espaço da floresta, da pecuária, das minas, da agricultura, os pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos, quilombolas,
indígenas e extrativistas” (CNE/MEC, 2002).
Ao investir na Educação do Campo, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia assume o compromisso com
uma política especifica que possibilite a universalização do acesso dos povos que vivem e trabalham no/ do campo a
uma educação que conduza a emancipação deste segmento da população, num diálogo permanente com os
movimentos sociais. O foco das ações está no enfrentamento de dificuldades educacionais históricas, no processo de
reconhecimento da identidade das escolas e na construção de um currículo que atenda as especificidades dos povos.
A finalidade da Educação do Campo, portanto, é oferecer uma educação escolar especifica associada à
produção da vida, do conhecimento e da cultura do campo e desenvolver ações coletivas com a comunidade escolar
numa perspectiva de qualificar o processo de ensino e aprendizagem.

Diagnóstico da Educação do Campo


O Diagnóstico das Escolas do Campo do Estado da Bahia é um documento que trata do mapeamento dos
aspectos pedagógicos, das condições físicas e de funcionamento das escolas do campo, identificando seus limites
enquanto instituições de ensino e de aprendizagem, desafios apresentados para o cumprimento da sua missão e as
potencialidades a elas vinculadas.
Este diagnóstico foi realizado utilizando o sistema de informações georeferenciadas o que possibilitou
acessar os dados sobre as estruturas das escolas, favorecendo a ação dos gestores na definição e planejamento de
medidas necessárias à superação das severas dificuldades e problemas identificados nas escolas do campo, seja no
que diz respeito aos territórios de identidade, seja em relação aos Núcleos Territoriais de Educação, seja em relação
aos municípios.
A presente pesquisa aponta para os sistemas públicos uma reorientação na Educação do Campo, em especial
nos aspectos relacionados à especificidade da formação dos professores, a gestão participativa, à rede de
comunicação e atuação integradas dos setores das redes de ensino estadual e municipais. Reafirma-se neste
instrumento a necessidade de conhecimento por parte dos sistemas públicos dos fundamentos, conceitos, princípios
que regem a Educação do Campo e, portanto sua implementação nas redes públicas de ensino.

EDUCAÇÃO ESPECIAL X EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), “entende-se por educação especial, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”.
Dessa forma, todos os alunos com qualquer tipo de deficiência ou outra condição citada na LDB, devem ter
acesso à educação desde a Educação Infantil. Para isso, a legislação prevê que as escolas devam contar
com recursos que favoreçam o ensino-aprendizagem desses alunos.
Vale ressaltar que a educação especial não é oferecida apenas nas escolas regulares, pois instituições de
ensino especializadas (escolas para pessoas cegas ou surdas) também devem contar com essa abordagem
educacional. Ademais, o ensino é o mesmo que o visto no regular, mas sofre adaptações para atender às
necessidades desses alunos.
Para atender os alunos, é fundamental que a instituição de ensino tenha recursos de acessibilidade nas
dependências físicas, bem como professores capacitados. Outro ponto de atenção é que a educação especial
também deve incluir alunos que necessitam de atendimento médico 24h, e por isso não podem frequentar a
escola.

O que é educação inclusiva?


O debate sobre a educação inclusiva tem crescido nos últimos anos. Trata-se de um modelo educacional
que visa garantir o acesso à escola, independentemente de o aluno ter ou não algum tipo de deficiência. Dessa forma,
desde a Educação Infantil até a Superior, todos participam do processo de ensino-aprendizagem em um mesmo
ambiente.
Ademais, a classe social, cor, raça, cultura (povos indígenas, quilombolas e ribeirinhas) também são levadas
em consideração. Ou seja, o principal objetivo da educação inclusiva é valorizar a heterogeneidade dos alunos e
promover a igualdade de oportunidades, apesar de o processo de aprendizagem ser único de cada pessoa.

Quais as diferenças entre educação especial e inclusiva?


A principal diferença entre educação especial e inclusiva é que enquanto o público-alvo da primeira é
limitado, voltado para pessoas com deficiência, a segunda abordagem reconhece que todos são diferentes dentro
do ambiente escolar. Dessa forma, pessoas com ou sem deficiência aprendem juntos.
A escola especial segue a linha de que os alunos com deficiência devem participar do processo de ensino-
aprendizagem separado dos demais estudantes, seja em instituições diferentes ou em turmas distintas. Entretanto, a
educação inclusiva visa estimular e desenvolver a autonomia desses alunos em meio às turmas com alunos
diversos.
Além de ser benéfico para os alunos com deficiência, a educação inclusiva favorece o respeito às diferenças e
a empatia na sala de aula. Mais do que o currículo pedagógico e educacional, esse modelo de ensino leva em conta
o desenvolvimento social dos educandos.
Apesar disso, os alunos com deficiência ainda precisam ter aulas em escolas especiais, devido a falta de
estrutura física e pedagógica adequadas nas instituições de ensino regular no país. Entretanto, a ideia é que as
escolas especiais passem gradualmente a servir como suporte para a educação inclusiva.
A educação tem trabalhado na junção das duas abordagens nos últimos anos, sobretudo com a Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Assim, as técnicas e abordagens educacionais
que levam em conta as individualidades de cada aluno (com ou sem deficiência) devem ser respeitadas, e ocorrem
no mesmo espaço, sem segregação e preconceito.

Como tornar a educação inclusiva?


A escola que recusar a matrícula de um aluno com deficiência, seja ela pública ou privada, comete crime
previsto em legislação. Assim, é fundamental que toda instituição de ensino esteja preparada para proporcionar
um ensino inclusivo e de qualidade para esses alunos. Veja algumas orientações a seguir.

Acessibilidade
O primeiro passo para tornar uma escola inclusiva é garantir acessibilidade nos mais variados contextos da
instituição de ensino, seja ele físico, social e/ou pedagógico. Dessa forma, é fundamental eliminar qualquer tipo de
barreira que possa impedir o ensino-aprendizagem de um aluno com deficiência.
Isso significa que a escola precisa estar preparada para receber alunos com deficiências físicas ou
mobilidade reduzida temporária (aluno que precisou enfaixar a perna, por exemplo). Além disso, é necessário
realizar um trabalho de eliminação de preconceitos, estigmas e estereótipos com toda a comunidade escolar.

Tecnologias Assistivas (TAs)


As Tecnologias Assistivas (TAs) são recursos, equipamentos e estratégias que visam contribuir para a
autonomia e independência das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Dessa forma, eles podem ser
usados na sala de aula para um ensino-aprendizagem mais inclusivo.
Alguns exemplos de TAs são:
 tradutor de língua brasileira de sinais (libras);
 softwares de leitura de textos para pessoas com deficiência visual;
 rampas e corrimões;
 banheiro adaptado para pessoas com deficiência;
 sites e páginas na web com acessibilidade;
 material impresso em braille.

Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA)


Independente das particularidades, cada aluno tem o próprio ritmo educacional. Nessa perspectiva surge
o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) que, segundo o instituto DIVERSA, trata-se da necessidade de
criar objetivos educacionais, métodos, materiais e avaliações que funcionem com todos.
Dessa forma, é possível criar estratégias pedagógicas mais flexíveis, que podem ser personalizadas e
ajustadas para as necessidades individuais. Inclusive, a personalização do ensino é tema constante de debate na
educação.
Toda escola precisa estar preparada para oferecer uma educação que atenda todas às necessidades
dos alunos. Por isso, não deixe de se informar sobre o tema e tornar sua instituição de ensino mais inclusiva.

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA


A Educação Escolar Indígena, embora prevista na legislação, ainda enfrenta desafios para sua concretização,
pois precisa do compromisso com a efetivação das políticas públicas específicas para essa demanda.
Historicamente, a Educação Indígena era realizada pelas próprias comunidades, onde eram
transmitidos conhecimentos da sua cultura com base no contexto local e seus costumes — os alunos não
frequentavam as escolas regulares.
Isso porque as escolas regulares não ofereciam os conhecimentos da cultura indígena e tentavam integrá-los
a sociedade, desconsiderando totalmente suas crenças e costumes.
Mesmo com o direito previsto em lei, a inclusão dos povos indígenas e sua cultura nas escolas não era realizado até
recentemente, dificultando uma educação comum para todos, enquanto dever do Estado.
Desse modo, surgiram discussões sobre as diferenças entre Educação Indígena e Educação Escolar Indígena
para buscar formas de incluir essa população no sistema educacional sem abdicar da própria cultura e aprender
sobre ela na escola.
A ideia de extinção da cultura indígena foi superada para garantir o respeito aos povos e reconhecê-los como
cidadãos, conforme declarado no artigo 231 da Constituição Federal:
“São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários
sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens”. (Constituição Federal, 1988, Art. 231).
Portanto, incluir as comunidades indígenas e sua cultura no sistema educacional é assegurar o direito à
educação a todos os povos e dever do Estado, conforme a Constituição Federal.
Embora os povos indígenas tenham o direito de definir seu próprio sistema de ensino, conforme assegurado
pela Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, eles também têm direito a receber uma educação de
qualidade enquanto cidadãos.
“Os povos indígenas têm o direito a todas as formas de educação, incluindo o acesso à educação em
suas próprias línguas, e o direito de estabelecer e controlar seus próprios sistemas educacionais e
institucionais. Os recursos serão proporcionados pelo Estado para estes propósitos” (ONU, 2007, parte II
artigo 10).

O que é Educação Escolar Indígena?


Educação Escolar Indígena consiste na modalidade da Educação Básica ofertada pelos sistemas de ensino às
comunidades indígenas, que contempla os conhecimentos da cultura e identidade indígena e os conteúdos não
indígenas.
Desse modo, os alunos aprendem na escola sobre sua cultura e sobre conhecimentos gerais, ampliando sua
formação escolar e assegurando o direito à educação.
A Educação Escolar Indígena surgiu para atender as necessidades educacionais desses povos e respeitar sua
identidade, ou seja, não precisam deixar de lado sua cultura para receber uma formação escolar.
O artigo 210 da Constituição Federal define conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental para assegurar
formação básica comum com respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais, inclusive indígenas:
“O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas
também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem” (Constituição Federal, 1988,
Art. 210 § 2º).
Em outras palavras, a Educação Escolar Indígena refere-se à criação de escolas específicas para esses povos,
respeitando sua cultura, suas línguas, seus costumes e particularidades em geral.
O Ministério da Educação (MEC) criou a Portaria Interministerial n.º 559, de 1991, para assegurar aos povos
indígenas o direito a uma educação de qualidade, laica, diferenciada, bilíngue, com escolas no interior das áreas
indígenas, com conteúdos curriculares e materiais didáticos adequados. Foi reafirmada em 1996 pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB):
“O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas
a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem” (LDB, 1996, Art. 32, IV, § 3.º).
Surgiu então, em 1998, o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas para atender “a diferenciação da
escola indígena das demais escolas do sistema, pelo respeito à diversidade cultural e à língua materna, e pela
interculturalidade, o MEC, objetiva, com este material, auxiliá-lo no seu trabalho educativo diário junto às
comunidades indígenas”. Em 2006, também foi lançado o Caderno Temático de Educação Escolar Indígena para
apoiar os professores a atender a essa população.
Depois, em 1999, a Resolução nº 3 do MEC fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas
indígenas e resolve:
“Estabelecer, no âmbito da educação básica, a estrutura e o funcionamento das Escolas Indígenas,
reconhecendo-lhes a condição de escolas com normas e ordenamento jurídico próprios, e fixando as diretrizes
curriculares do ensino intercultural e bilíngue, visando à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à
afirmação e manutenção de sua diversidade étnica” (MEC, 1999, Art. 1).
Desse modo, a Educação Escolar Indígena ocorre em escolas inscritas em seu território, de acordo com sua
realidade, com formação específica do corpo docente e respeitando os princípios constitucionais que orientam a
Educação Básica brasileira.
O Parecer n.º 14 do MEC, de 1999, torna “assegurado o direito a uma educação de qualidade aos povos
indígenas, que respeite e valorize seus conhecimentos e saberes tradicionais e permita que tenham acesso a
conhecimentos universais, de forma a participarem ativamente como cidadãos plenos do país”.
Só em 2008, a alteração da LDB na Lei n.º 11.645 incluiu no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018, foi definida a equidade como um
dos princípios, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes, em especial dos povos
indígenas:
“De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compromisso de
reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos — como os povos indígenas originários” […]
(BNCC, 2018, p. 15).
Para tanto, a base orienta a elaboração dos currículos para se adequar as diferentes modalidades de ensino,
no caso da Educação Escolar Indígena, devem ser asseguradas competências específicas a serem desenvolvidas a
partir de suas culturas tradicionais.

Qual é o objetivo da Educação Escolar Indígena?


O principal objetivo da Educação Escolar Indígena é garantir uma educação de qualidade a essa população,
que soma cerca de 250 comunidades no Brasil, de modo a respeitar suas origens e cultura.
Para tanto, pretende-se organizar um currículo escolar que atenda todas as aprendizagens necessárias a essa
população, com materiais adequados e professores capacitados.
Para atingir esse objetivo, O MEC e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
(Secad) propõem as seguintes ações:
 Formação inicial e continuada de professores indígenas em nível médio (Magistério Indígena). Esses cursos
têm em média duração de cinco anos e são compostos, em sua maioria, por etapas intensivas de ensino
presencial (quando os professores indígenas deixam suas aldeias e, durante um mês, participam de
atividades conjuntas em um centro de formação) e etapas de estudos autônomos, pesquisas e reflexão sobre
a prática pedagógica nas aldeias. O MEC oferece apoio técnico e financeiro à realização dos cursos.
 Formação de Professores Indígenas em Nível Superior (licenciaturas interculturais). O objetivo principal é
garantir educação escolar de qualidade e ampliar a oferta das quatro séries finais do ensino fundamental,
além de implantar o ensino médio em terras indígenas.
 Produção de material didático específico em línguas indígenas, bilíngues ou em português. Livros, cartazes,
vídeos, CDs, DVDs e outros materiais produzidos pelos professores indígenas são editados com o apoio
financeiro do MEC e distribuídos às escolas indígenas.
 Apoio político-pedagógico aos sistemas de ensino para a ampliação da oferta de educação escolar em terras
indígenas.
 Promoção do Controle Social Indígena. O MEC desenvolve, em articulação com a Funai, cursos de formação
para que professores e lideranças indígenas conheçam seus direitos e exerçam o controle social sobre os
mecanismos de financiamento da educação pública bem como sobre a execução das ações e programas em
apoio à educação escolar indígena.
 Apoio financeiro à construção, reforma ou ampliação de escolas indígenas.
 Como deve ser a Educação Escolar Indígena?
 Para realizar a Educação Escolar Indígena, a BNCC orienta utilizar princípios pedagógicos próprios, com
referências específicas, como:
 Currículos interculturais, diferenciados e bilíngues;
 Sistemas próprios de ensino e aprendizagem;
 Incluir conhecimentos indígenas e conteúdos universais;
 Ensino da língua indígena como primeira língua.

O Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas estabelece os princípios para elaborar os currículos
com as seguintes características das escolas indígenas:
 Comunitária: a própria comunidade indígena conduz as ações escolares, conforme seus projetos, suas
concepções e seus princípios, com liberdade de decisão sobre o calendário escolar, a pedagogia, os objetivos,
os conteúdos, os espaços entre outros.
 Intercultural: pretende reconhecer e manter a diversidade cultural e linguística, promover discussões e
experiências socioculturais de diferentes origens para estimular o entendimento e o respeito entre seres
humanos de identidades étnicas diferentes.
 Bilíngue/Multilíngue: a cultura e as características indígenas se expressam em diferentes línguas, que
devem ser contempladas nos currículos.
 Específica e diferenciada: considerar as particularidades dos povos indígenas e respeitar sua autonomia,
“todo projeto escolar só será escola indígena se for pensado, planejado, construído e mantido pela vontade
livre e consciente da comunidade. O papel do Estado e outras instituições de apoio deve ser de
reconhecimento, incentivo e reforço para este projeto comunitário” (Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas, 1998, p.25).

Qual é a sua importância?


A aprendizagem só é eficaz quando está contextualizada à realidade dos estudantes, pois eles
precisam se identificar com o que estão aprendendo em sala de aula.
Sendo assim, a Educação Escolar Indígena permite oferecer uma formação de qualidade que preserve a sua cultura e
respeite suas particularidades, considerando a diversidade cultural do país como direito de todos os povos.
Essa modalidade de educação atende as necessidades educacionais da população indígena, que representa mais de
800 mil pessoas no país, número bastante significativo, apurado pelo Censo 2010, última pesquisa sobre o tema.
A Educação Escolar Indígena permite afirmar suas identidades étnicas, recuperar sua história, valorizar suas
línguas e seus costumes bem como tornar acessível conhecimentos universais e tecnologias para benefício das
comunidades, além de possibilitar a interação e participação cidadã na sociedade nacional.
Contribui também para garantir a autonomia dos povos indígenas, que podem proteger seus projetos
históricos, desenvolver novas estratégias de sobrevivência física, linguística e cultural no contato com a sociedade.

LDB e modalidades de ensino

LDBE - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
(Revogado)
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte
forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
(Revogado)
II - universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente
na rede regular de ensino;
(Revogado)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;
(Revogado)
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade
própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência
na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
(Revogado)
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
(Revogado)
IX – padrões mínimos de qualidade do ensino, definidos como a variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem adequados à idade e às
necessidades específicas de cada estudante, inclusive mediante a provisão de mobiliário, equipamentos e materiais
pedagógicos apropriados; (Redação dada pela Lei nº 14.333, de 2022)
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda
criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
XI – alfabetização plena e capacitação gradual para a leitura ao longo da educação básica como requisitos
indispensáveis para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento dos indivíduos.
(Incluído pela Lei nº 14.407, de 2022)
XII - educação digital, com a garantia de conectividade de todas as instituições públicas de educação básica e
superior à internet em alta velocidade, adequada para o uso pedagógico, com o desenvolvimento de competências
voltadas ao letramento digital de jovens e adultos, criação de conteúdos digitais, comunicação e colaboração,
segurança e resolução de problemas. (Incluído pela Lei nº 14.533, de 2023)
Parágrafo único. Para efeitos do disposto no inciso XII do caput deste artigo, as relações entre o ensino e a
aprendizagem digital deverão prever técnicas, ferramentas e recursos digitais que fortaleçam os papéis de docência
e aprendizagem do professor e do aluno e que criem espaços coletivos de mútuo desenvolvimento. (Incluído pela Lei
nº 14.533, de 2023)
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação básica
internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser
o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018).
QUESTÕES DE CONCURSO

1-Sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, analisar a sentença abaixo:
As diretrizes são dimensões normativas, reguladoras de caminhos, embora não fechadas a que historicamente
possam, a partir das determinações iniciais, tomar novos rumos (1ª parte). Diretrizes visam desencadear ações
uniformes (2ª parte). Na medida em que procedem de ditames constitucionais e de marcos legais nacionais, na
medida em que se referem ao resgate de uma comunidade que povoou e construiu a nação brasileira, as diretrizes
atingem o âmago do pacto federativo (3ª parte).
A sentença está:
A-Totalmente correta.
B-Correta somente em sua 1ª parte.
C-Correta somente em suas 1ª e 3ª partes.
D-Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
E-Totalmente incorreta.

2-A legislação brasileira garante autonomia para as escolas indígenas, comunitárias e quilombolas manterem suas
tradições e identidades. Nesse sentido, é correto a afirmar sobre o papel destas instituições:
A-Introdução de novos saberes no cotidiano destas populações para ampliar seu conhecimento sobre o mundo, seu
ambiente natural e cultural, assim como novas práticas ambientalmente sustentáveis.
B-Flexibilizar o calendário escolar, das rotinas e atividades, tendo em conta as diferenças relativas às atividades
econômicas e culturais, mantido o total de horas anuais obrigatórias no currículo.
C-Reafirmação do pertencimento étnico, no caso das comunidades quilombolas e dos povos indígenas, mas
adaptando paulatinamente sua língua materna às diretrizes nacionais, como elementos importantes de construção
da identidade.
D-Trabalhar o reconhecimento dos limites de seus modos próprios de vida, suas culturas, tradições e memórias
coletivas, frente às necessidades de adaptarem ao mundo em transformação.

3-Considerando-se o processo histórico de configuração dos quilombos no Brasil e a realidade vivida, hoje, pelas
comunidades quilombolas, é possível afirmar que a história dessa parcela da população tem sido construída por
meio de várias e distintas estratégias de luta, dentre elas,
A-pelo direito ao ensino de libras na educação infantil, ensino fundamental e médio às crianças surdas.
B-pela garantia de escolas especiais a menores infratores em território quilombola.
C-pelo desenvolvimento de políticas compensatórias voltadas à obtenção de melhor nível cultural.
D-pela recuperação da escolaridade defasada das crianças e adolescentes quilombolas.
E-pela terra e território, pelo respeito à diversidade sociocultural e contra o racismo.

4-Os princípios, conceituações e normatizações das diretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena
devem ser igualmente respeitados em sua integração com a Educação Profissional, devendo se destacar, por
exemplo:
A-Retirada das comunidades na definição do modelo de organização e gestão da escola indígena, bem como a não
consideração de suas estruturas sociais, suas práticas socioculturais e religiosas.
B-Projetos político-pedagógicos com base nas diretrizes curriculares nacionais referentes a cada etapa da educação
básica e as características própr-Formação facultativa dos professores indígenas, em serviço e, quando for o caso,
sem à sua escolarização.
D-Exclusão de representantes dos professores e lideranças indígenas, de organizações indígenas e de apoio aos
índios, universidades e demais órgãos governamentais envolvidos com a educação escolar indígena.

5-A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-Brasileira, bem como de História e
Cultura Africana, têm por objetivos a divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial e o reconhecimento e valorização da identidade, história e
cultura dos afro-brasileiros. Assim, a Lei n° 10.639/2003, ao instituir a obrigatoriedade do ensino sobre História e
Cultura Afro-Brasileira, determina que seu conteúdo programático seja
A-incluído como uma disciplina regular na educação básica.
B-assumido na escola por um professor regularmente habilitado.
C-ministrado no âmbito de todo o currículo escolar.
D-desenvolvido por meio de atividades específicas programadas pela escola.
E-ministrado por meio de palestras obrigatórias a todos os alunos da escola.

6-Analise as afirmativas a seguir em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Quilombola.
I. A Educação Escolar Quilombola não deverá fugir do debate da diversidade religiosa e da forma tensa como as
escolas lidam com o tema. O currículo não deve privilegiar um credo em detrimento de outro.
II. A Educação Escolar Quilombola requer pedagogia própria e formação específica de seu quadro docente,
observados os princípios constitucionais, a Base Nacional Comum Curricular e os princípios que orientam a
Educação Básica brasileira.
III. A avaliação na Educação Escolar Quilombola deve estar associada aos processos de ensino e aprendizagem
próprios, reportando-se às dimensões de participação e de protagonismo quilombola.

Estão corretas as afirmativas


A-I e II, apenas.
B-I e III, apenas.
C-II e III, apenas.
D-I, II e III.

7-Educação Escolar Quilombola é a modalidade de educação que compreende:


A-as escolas estabelecidas em territórios quilombolas certificados pelo INCRA.
B-o atendimento a estudantes negros descendentes de escravos oriundos de qualquer território.
C-uma rede escolar própria com autonomia curricular e de gestão financeira.
D-as escolas quilombolas e as escolas que atendem estudantes oriundos de territórios quilombolas.
E-um sistema de ensino peculiar e paralelo ao sistema nacional de educação.

8-A Educação Quilombola é abrangente e focaliza a realidade das escolas localizadas em territórios quilombolas e no
seu entorno. Insere os conhecimentos, a realidade e a história dos quilombos. Portanto, deverá
A-respeitar a tradição quilombola, mas incorporar práticas de outras comunidades visando o bem comum da
população brasileira.
B-considerar as práticas e as tradições das comunidades não quilombolas como parte fundamental para a educação.
C-atender às realidades socioculturais e aos interesses das comunidades distantes dos quilombos para seus projetos
de vida.
D-estudar os conhecimentos produzidos pela comunidade científica como forma de enriquecimento das tradições
quilombolas.
E-articular os conhecimentos científicos e tradicionais e as práticas socioculturais próprias das comunidades
quilombolas, num processo dialógico e emancipatório.

9-A oferta da educação escolar para as comunidades quilombolas na legislação brasileira é considerada como
A-vantagem da comunidade.
B-privilégio à Educação.
C-dever das famílias.
D-socialização dos negros.
E-direito à Educação.

10-Leia as assertivas e, à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, assinale a
alternativa que faz a afirmação verdadeira.
I – As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, de caráter mandatório, com base na
legislação geral e em especial na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada no Brasil por
meio do Decreto Legislativo nº 143/2003 e do Decreto nº 6.040/2007, que institui a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, têm como um dos objetivos: assegurar que o
modelo de organização e gestão das escolas quilombolas e das escolas que atendem estudantes oriundos desses
territórios considere o direito de consulta e a participação da comunidade e suas lideranças, conforme o disposto na
Convenção 169 da OIT.
II – A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura,
requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação
específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios
que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser
reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.
III – A Educação Escolar Quilombola não pode ser pensada somente levando-se em conta os aspectos normativos,
burocráticos e institucionais que acompanham a configuração das políticas educacionais. A sua implementação
deverá ser sempre acompanhada de consulta prévia e informada realizada pelo poder público junto às comunidades
quilombolas e suas organizações.
IV – A oferta da educação escolar para as comunidades quilombolas faz parte do direito à educação; porém, o
histórico de desigualdades, violência e discriminações que recai sobre esses coletivos afeta a garantia do seu direito
à educação, à saúde, ao trabalho e à terra. Nesse sentido, atendendo aos mesmos preceitos constitucionais, pode-se
afirmar que é direito da população quilombola ter a garantia de uma escola que lhe assegure a formação básica
comum, bem como o respeito aos seus valores culturais. Para tal, faz-se necessário normatização e orientações
específicas no âmbito das políticas educacional e curricular.
V – A Educação Escolar Quilombola organiza precipuamente o ensino ministrado nas instituições educacionais,
fundamentando-se, informando-se e alimentando-se de memória coletiva, línguas reminiscentes, marcos
civilizatórios, práticas culturais, acervos e repertórios orais, festejos, usos, tradições e demais elementos que
conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de todo o país.
A-São corretos os itens I, II, III, IV e V.
B-São corretos apenas os itens I, II, III e V.
C-São corretos apenas os itens I, II, III e IV.
D-São corretos apenas os itens II, III, IV e V.

11-O currículo da Educação Escolar Quilombola diz respeito aos modos de organização dos tempos e espaços
escolares de suas atividades pedagógicas, das interações do ambiente educacional com a sociedade, das relações de
poder presentes no fazer educativo e nas formas de conceber e construir conhecimentos escolares, constituindo
parte importante dos processos sociopolíticos e culturais de construção de identidades (Art. 34, Resolução CNE/CEB
nº 8, de 20 de novembro de 2012). A organização curricular da Educação Escolar Quilombola, desta maneira, precisa
ser promovida considerando as especificidades da região em que se insere. Os currículos da Educação Básica na
Educação Escolar Quilombola, de acordo com a Resolução nº 8/2012, devem ser:
A-Construídos pela gestão escolar, considerando as informações apresentadas nos livros didáticos.
B-Construídos exclusivamente pela equipe pedagógica da instituição, e definidos no Plano de Ensino.
C-Construídos a partir dos valores e interesses das comunidades quilombolas em relação aos seus projetos de
sociedade e de escola, definidos nos projetos político-pedagógicos.
D-Organizados exclusivamente em conteúdos programáticos de maneira modular, inserido nos 200 dias letivos da
Educação Básica.
E-Organizados de maneira transdisciplinar, interpassando pela ementa das diversas unidades curriculares do curso
ofertado, devidamente registrados nos Planos de Ensino e Diários de Classe da instituição.

12-“Eles dizem que às vezes são discriminados por ser quilombola, que as escolas estão encharcadas, salas
superlotadas e que a merenda é de péssima qualidade. Diz que menino fica até sem comer lá, o dia todo, porque sai
daqui cinco e meia, quando chega na Umburana já é seis e meia da manhã, então tem um ônibus pra pegar
Umburana, Remanso, Caatinguinha e Mata, e outro ônibus para levar Vitorino.”
O trecho acima narra um cenário de atendimento escolar no ensino médio a comunidades quilombolas e expressa
A-o atendimento de políticas públicas em qualidade e quantidade suficientes para garantir os direitos ao transporte
e alimentação escolar de estudantes do campo que frequentam escolas em áreas urbanas.
B-a inadequação da oferta de escolarização de comunidades quilombolas fora dos espaços territoriais de seus
grupos de origem, em razão das dificuldades de adaptação cultural dos mesmos para as relações intergrupais.
C-os desafios e lacunas das políticas públicas para dar cumprimento às ações necessárias para garantir a efetivação
dos princípios da educação escolar quilombola previstos nas diretrizes curriculares.
D-o não cumprimento das diretrizes curriculares para a educação escolar quilombola, que delimita o atendimento a
ser feito exclusivamente por escolas quilombolas.
E-a necessidade de ampliar a oferta de educação escolar média à distância para ampliar o acesso escolar a jovens e
adultos quilombolas, garantindo-lhes inclusive percursos formativos adequados às suas realidades.

13-Na Educação Escolar Quilombola, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve


A-incentivar o estudo das tecnologias modernas aos alunos trabalhadores acima de 30 anos de idade.
B-priorizar a aprendizagem de conhecimentos práticos das populações quilombolas urbanas.
C-atender às realidades socioculturais e aos interesses das comunidades quilombolas, vinculando-se a seus projetos
de vida.
D-desenvolver um ensino voltado à formação técnica e tecnológica, vinculando-o ao mercado de trabalho.
E-facilitar os estudos da educação formal do ensino médio, visando compensar os alunos de sua defasagem cultural.

14-Crianças, adolescentes, jovens e adultos dos quilombos reclamam que, muitas vezes, a escola onde estudam não
consegue dialogar com suas vivências, experiências. Reclamam também que muitos de seus professores não
conhecem a história e realidade dos quilombos, das lutas enfrentadas pelas suas famílias e descendentes. Quanto à
educação nos quilombos, é correto afirmar que
A-a atuação de profissionais deve buscar a valorização cultural dessas comunidades étnicas, adotando
obrigatoriamente um conteúdo comum a todas as escolas como direito à igualdade.
B-as aulas e atividades na escola devem dialogar com as necessidades, desejos e realidade dos estudantes e os
professores devem conhecer a história das comunidades quilombolas.
C-para garantir o direito de todos a uma educação de qualidade social, os conteúdos abordados nas aulas não
precisam considerar a identidade étnico racial do grupo.
D-a organização das escolas pode ser de uma forma diferente, com um estudo contextualizado da comunidade
quilombola, mas que não prejudique a transmissão dos conteúdos da Base Nacional Comum Curricular.
E-os valores, tradições e cultura da comunidade quilombola são importantes, mas não podem comprometer a
formação básica que toda escola precisa garantir.

15-O racismo e os mesmos preconceitos que estão na sociedade permeiam o cotidiano das relações sociais de alunos
entre si e de alunos com professores no espaço escolar. O desafio desse convívio e a dificuldade de lidar com esses
casos leva alguns educadores a praticarem a política do avestruz ou a sentirem pena dos agredidos. As Diretrizes
Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africanas, estabelecem como responsabilidade dos órgãos colegiados das escolas,
A-o exame e encaminhamento de solução para situações de discriminação, buscando criar situações educativas para
o reconhecimento, valorização e respeito da diversidade.
B-o estabelecimento de punição progressiva a qualquer membro da comunidade que pratique, por atos ou omissões,
a discriminação ou preconceito.
C-a promoção do aprofundamento de estudos na temática para auxiliar os professores a conceberem e
desenvolverem estudos, programas e projetos contra o racismo.
D-a garantia do direito de alunos afrodescendentes de frequentarem estabelecimentos com professores
competentes e comprometidos com a educação de negros e não negros.
E-a definição de conteúdos curriculares que enfatizem aspectos da cultura e da história afro-brasileira e africanas,
minimizando as questões raciais.

16-As primeiras professoras chegadas ao Quilombo do Cria-ú em 1945, julgaram errada a grafia e a pronúncia do
nome Cria-ú* e mudaram-no para Curiaú”.

*Lugar onde se criava gado. O (ú) do Cria-ú faz referência ao mugido do animal.
(Primeiro grupo social quilombola reconhecido no Estado do Amapá pelo governo federal em 13 de agosto de 1988)
O relato acima poderia ser hoje um exemplo de prática educacional que desconsidera a cultura local. A educação
escolar quilombola prevista nas diretrizes curriculares é uma modalidade desenvolvida em unidades educacionais
inscritas em suas terras e cultura, requerendo

A-desenvolvimento de métodos de ensino que garantam igualdade de tratamento curricular entre as escolas para a
universalização do ensino, prevista como direito de todos.
B-pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural e currículo restrito aos saberes tradicionais das
comunidades contidos na base curricular quilombola nacional.
C-pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira.
D-o uso da mesma pedagogia e dos mesmos materiais didáticos das demais escolas do país uma vez que para
garantir o direito humano à educação o ensino deve ser o mesmo para todos.
E-que haja cursos específicos de formação de professores, uma vez que só quilombolas podem ser responsáveis por
turmas de alunos até o 9° ano de ensino fundamental.

17-A educação quilombola é uma demanda social e cultural que se insere nas políticas públicas brasileiras pelo
direito à diferença, seguida do movimento de reconhecimento de grupos que foram excluídos ao longo da história e
de suas lutas por igualdade na diferença, como no caso das populações negras brasileiras e das comunidades
indígenas. Há séculos que os atores diretos de tais mobilizações, os quilombolas, lutam contra a negação de suas
tradições, seus discursos e seus saberes presentes em seus territórios.
Assim, sobre as etapas e modalidades da Educação Básica, conforme a Resolução da Secretaria de Estado de
Educação de Minas Gerais – (SEE/MG) nº 3.658, de 24 de novembro de 2017 que institui as “Diretrizes para a
Organização da Educação Escolar Quilombola no Estado de Minas Gerais”, analise as afirmativas a seguir:

I. A Educação Infantil se constitui como a primeira etapa da Educação Básica, na qual se privilegiam práticas de
cuidar e educar, é um direito das crianças dos povos quilombolas, de oferta obrigatória pelo poder público
municipal para crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos de idade.
II. A decisão pela matrícula e frequência das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade é uma opção dos
familiares quilombolas, a partir de suas referências culturais e de suas demandas.
III. A Educação Escolar Quilombola no âmbito da Educação Básica deve compreender todas as etapas e modalidades
de ensino de oferta, segundo as competências definidas nos termos da legislação vigente.
IV. A oferta da Educação Infantil Quilombola deverá garantir à criança o direito de permanecer, prioritariamente, na
escola mais próxima do seu espaço comunitário de referência, evitando o seu deslocamento para outras localidades.
V. O Ensino Fundamental, direito humano, social, público, objetivo, aliado à ação educativa da família e da
comunidade, deve articular-se, no contexto da Educação Escolar Quilombola, com os conhecimentos institucionais,
com o direito à identidade étnico-racial, e com a dinâmica própria de organização de cada comunidade quilombola,
tendo o respeito à diversidade como valor fundamental.

Explicam o que compete às etapas e modalidade da Educação Quilombola no contexto da Educação Básica, apenas as
afirmativas:
A-I e III.
B-I e IV.
C-I e V.
D-I, II e IV.
E-II e V.

18-A luta das comunidades quilombolas pelo direito à terra, pela afirmação de suas identidades culturais e por uma
educação diferenciada extrapola os limites do tempo e da História e envolve a elaboração de documentos às
instâncias federais, municipais e estaduais brasileiras. O reconhecimento dessas comunidades e de suas demandas é
concomitante ao reconhecimento dos territórios e das ações pela melhoria da qualidade de vida de suas populações.
Por isso, para materializar a educação quilombola, é urgente buscar uma escola para a diversidade, ou seja, a favor
da diversidade. Uma vez que educar para a diversidade possibilita reconhecer as diferenças, respeitando-as,
aceitando-as e inserindo-as na agenda do processo educacional.
Sendo assim, analise a organização curricular da educação quilombola, a partir das “Diretrizes para a Organização
da Educação Escolar Quilombola no Estado de Minas Gerais” (2017).
O currículo da educação escolar quilombola deve

I. observar e respeitar as disposições e orientações da Base Nacional Comum Curricular, do Currículo Básico Comum
(CBC) e articulá-las com a parte diversificada, a fim de garantir a dissociabilidade entre conhecimento escolar e os
conhecimentos tradicionais produzidos pelas comunidades quilombolas.
II. garantir ao estudante o direito de conhecer o conceito, a história dos quilombos no Brasil e em Minas Gerais, o
protagonismo do movimento quilombola e do movimento negro, assim como o seu histórico de lutas.
III. implementar a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, nos termos da legislação em vigor.
IV. reconhecer a história e cultura afrobrasileiras como elementos estruturantes do processo de formação nacional e
regional, considerando as mudanças, as recriações e as ressignificações históricas e socioculturais que fundamentam
as concepções de vida dos afro-brasileiros na diáspora africana.
V. dizer respeito aos modos de organização dos tempos e espaços escolares de suas atividades pedagógicas, das
interações do ambiente educacional, essencialmente das relações de igualdade presentes no fazer educativo, na
sociedade e nas formas de conceber e construir conhecimentos escolares, constituindo parte importante dos
processos sociopolíticos e culturais de construções identitárias.

NÃO representam as diretrizes da organização curricular da educação quilombola as afirmativas:


A-I e V.
B-I e IV.
C-I, II e V.
D-II e IV.
E-III e IV.

19-“A Educação do Campo, tratada como educação rural na legislação brasileira, incorpora os espaços da floresta, da
pecuária, das minas e da agricultura, e se estende, também, aos espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos,
quilombolas e extrativistas, entre outros.”
(Fonte: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Resolução 2197 de 26 de outubro de 2012. Dispõe sobre a
organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras
providências. Belo Horizonte: SEE, 2012).

A partir do texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I. As Escolas Estaduais do campo podem adotar a metodologia da Pedagogia da Alternância, nos anos finais do
Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Modalidade de Jovens e Adultos.
PORQUE
II. A Educação do Campo, tratada como educação rural na legislação brasileira, incorpora os espaços da floresta, da
pecuária, das minas e da agricultura, e se estende, também, aos espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos,
quilombolas e extrativistas, entre outros.

A respeito dessas asserções, é CORRETO afirmar:


A-I e II são proposições falsas.
B-I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta de I.
C-I e II são proposições verdadeiras, mas II não é uma justificativa correta de I.
D-I é uma proposição falsa, e II é uma proposição verdadeira.
E-I é uma proposição verdadeira, e II é uma proposição falsa.

20-Ao longo da história, as comunidades quilombolas tiveram seus direitos negados. O direito dessas comunidades à
educação e à escola apenas recentemente tem sido reconhecido. E, ainda assim, muito timidamente. Segundo o
documento que estabelece as Diretrizes para a Organização da Educação Escolar Quilombola (2017), ela será
ofertada preferencialmente por estabelecimentos de ensino localizados em comunidades quilombolas, rurais e
urbanas, reconhecidas pelos órgãos públicos. São princípios que fundamentam a Educação Escolar Quilombola:

I.A legalidade, as línguas reminiscentes, a moralidade, os marcos civilizatórios e a impessoalidade.


II.A superação do racismo, o incentivo ao planejamento do trabalho, a impessoalidade e os marcos civilizatórios.
III.A memória coletiva, o direito ao etnodesenvolvimento, a superação do racismo, a territorialidade e o respeito ao
processo histórico.
IV.A articulação entre os conhecimentos científicos, tradicionais e práticas socioculturais, as tecnologias e as formas
de produção do trabalho.
V.A defesa do meio ambiente, a redução das desigualdades, a livre concorrência e o incentivo ao planejamento do
trabalho e da vida social.

Está CORRETO apenas o que se afirma em:


A-I e II.
B-II e III.
C-II, III e V.
D-III e IV.
E-IV e V.

21-As escolas das populações do campo, dos povos indígenas e dos quilombolas, ao contar com a participação ativa
das comunidades locais nas decisões referentes ao currículo, estarão ampliando as oportunidades de
reconhecimento de seus modos próprios de vida, suas culturas, tradições e memórias coletivas, como fundamentais
para a constituição da identidade das crianças, adolescentes e adultos. Parecer Nº11/2010//CNE/CEB Analise, com
base no exposto pelo Parecer Nº 11/2010/CNE/CEB, as seguintes oportunidades a serem ampliadas: I. valorização
dos saberes e do papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o mundo, seu ambiente natural e
cultural, assim como as práticas ambientalmente sustentáveis que utilizam. II. integração das comunidades
quilombolas e dos povos indígenas mediante o acesso ao ensino da Língua Portuguesa padrão como elemento
importante da reafirmação do pertencimento social. III. flexibilização, se necessário, do calendário escolar, das
rotinas e atividades, tendo em conta as diferenças relativas às atividades econômicas e culturais, mantido o total de
horas anuais obrigatórias no currículo. Portanto, segundo o Parecer Nº11/2010/CNE/CEB , as oportunidades de
ampliação estão, plena e corretamente, contempladas na alternativa
A-I e II.
B-II e III.
C-I e III.
D-II.

22-Os quilombolas têm especificidades relacionadas à região, à cultura, à religião que os diferenciam entre si e que
precisam ser consideradas na formulação das propostas educacionais. Na construção do projeto de escola
quilombola, é preciso
A-compreender as diferenças de sua capacidade intelectual para a aprendizagem de determinados conhecimentos
escolares.
B-desenvolver práticas de fortalecimento de identidade étnica e da referência de acesso a direitos.
C-reconhecer os diferentes modos de vida na expressão de uma cultura limitada e ainda inferior à dos brancos.
D-avaliar os conhecimentos prévios das crianças para poder elaborar um projeto pedagógico que recupere a falta
dos conhecimentos escolares esperados.
E-redefinir os valores da cultura quilombola para que estes possam se adaptar aos conhecimentos da escola formal.

23-A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura,
requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação
específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional e os princípios que
orientam a Educação Básica brasileira. Amparada na Lei de Diretrizes e Bases − LDB, Lei nº 9.394/1996,
A-cabe a cada instituição da rede pública de ensino incluir ou não o ensino da História do Povo Afro-Brasileiro.
B-as ações afirmativas do movimento negro torna-se a base para a organização curricular das escolas quilombolas.
C-a grade curricular das escolas quilombolas deve abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e o
estudo da língua materna dos quilombolas.
D-nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e particulares, é obrigatório o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira.
E-é facultativo, no ensino da educação física, a inclusão do estudo da cultura dos quilombolas, em especial a
capoeira.

24-As Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e
cultura afro-brasileira e africana, instituídas pela Resolução CNE/CP nº 1/2004, publicada no Diário Oficial da União
(DOU) em 22.06.2004, veio oferecer uma resposta à necessidade de aprimoramento das políticas universais
comprometidas com a garantia do direito à educação de qualidade para todos e todas. Em 2008, a Lei nº
11.645/2008 altera o artigo 26-A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino da história e da cultura dos povos indígenas brasileiros na educação básica de todo o
país.
Dessa forma, o Estado deu uma resposta à demanda da população afro-descendente e aos indígenas, assumindo a
Política denominada de
A-Democracia Racial.
B-Atendimento às Minorias.
C-Direito à Escola de Qualidade.
D-Atendimento Étnico-Racial.
E-Ações Afirmativas.

25-Considerando a diversidade sociocultural do país e com o objetivo de promover a igualdade de acesso e


permanência dos indivíduos no sistema regular de ensino e, simultaneamente, combater desigualdades sociais e
regionais, assim como preconceitos de qualquer ordem, relacionam-se às politicas educacionais de ação afirmativa e
inclusiva:
A-Educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais, educação
escolar quilombola, educação escolar indígena, educação do campo e dos povos das águas e das florestas.
B-Educação mista, integral e participativa.
C-Educação para a cidadania e ensino profissionalizante.
D-Educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
E-Educação ambiental e educação laica.

26- “Em nossas sociedades cada vez mais diversificadas, torna-se indispensável garantir uma interação harmoniosa
entre pessoas e grupos com identidades culturais a um só tempo plurais, variadas e dinâmicas, assim como sua
vontade de conviver. As políticas que favoreçam a inclusão e a participação de todos os cidadãos garantem a coesão
social, a vitalidade da sociedade civil e a paz. Definido desta maneira, o pluralismo cultural constitui a resposta
política à realidade da diversidade cultural. Inseparável de um contexto democrático, o pluralismo cultural é
propício aos intercâmbios culturais e ao desenvolvimento das capacidades criadoras que alimentam a vida pública"

In: UNESCO. (2001) Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural.


Com relação ao papel da escola no que concerne a diversidade cultural, assinale a alternativa que aponta as
afirmações corretas:

I - Diante da diversidade cultural é papel da escola promover as mesmas oportunidades para todos os estudantes,
mas com estratégias diferentes;
II - Para promover a diversidade é preciso formar grupos homogêneos;
III - As diferenças não devem ser abordadas no espaço escolar para evitar conflitos culturais,
IV - A formação de grupos heterogêneos favorece a troca de experiências entre os alunos.
A-I e IV
B-apenas I
C-apenas II
D-I e III
E-I, II, III e IV

27-No que se refere às etapas e modalidades da educação básica que constam nas definições das Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, julgue os próximos itens.

A educação escolar indígena, a educação básica do campo e a educação quilombola são modalidades de ensino que
compartilham a condição de possuírem normas e ordenamento jurídico próprios, visando à valorização plena das
culturas de seus povos.

Certo
Errado

28-As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Culturas Afro-Brasileira e Africana constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento,
execução e avaliação da Educação e

A-têm por meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e
pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de uma nação democrática.
B-devem ser observadas pelas instituições de ensino que atuam na educação básica, ficando a critério das
instituições de Ensino Superior incluí-las, ou não, nos conteúdos das disciplinas dos cursos que ministram.
C-prevêem o ensino sistemático de História e Culturas Afro-Brasileira e Africana na educação básica,
especificamente como conteúdo do componente curricular de História do Brasil.
D-definem que os estabelecimentos de ensino estabeleçam canais de comunicação com grupos do Movimento Negro,
para que estes forneçam as bases do projeto pedagógico da escola.
E-alertam os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino para evitar o exame dos casos de discriminação, pois
caracterizados como racismo, devem ser tratados como crimes, conforme prevê a Constituição Federal em vigor.

29- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional instituiu a educação de jovens e adultos (EJA) como modalidade
de ensino. A diversidade de sujeitos frequentadores dessa modalidade (povos da floresta, ribeirinhos, pessoas
privadas de liberdade, pessoas com deficiência, entre tantos outros) exige respeito e adequações ao seu direito de
aprender.
Internet:<http://www.educacao.pe.gov.br/> (com adaptações).
Com referência às informações apresentadas no texto e tendo em vista a relação entre a modalidade de ensino EJA e
o ensino da arte, julgue o item a seguir.

Na EJA, o ensino da arte pode ser adequado à recuperação da autoestima de grupos minoritários.
Certo
Errado

30-A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/1996 aborda, também, a Educação de Jovens e
Adultos – EJA. Sobre a EJA, é correto afirmar que:
A-é voltada para pessoas que não tiveram acesso ou continuidade dos estudos nos níveis fundamental e médio na
idade própria.
B-é voltada para pessoas que não querem estudar de manhã ou de tarde.
C-é exclusiva para alunos que tenham entre 10 e 65 anos.
D-é voltada para pessoas que tiveram acesso aos estudos nos níveis fundamental e médio, com idade até 25 anos,
porém não se adaptaram ao ensino diurno.
E-é voltada para pessoas que não tiveram acesso à educação infantil na idade própria.
31-A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino cujo objetivo é permitir às pessoas que não
tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade convencional, possam retomar seus estudos numa
perspectiva igualitária. Diante disso, é correto afirmar que a idade mínima para matrícula na EJA é:

A-15 anos para frequentar o ensino fundamental e 18 anos o ensino médio.


B-14 anos para frequentar o ensino fundamental e 18 anos o ensino médio.
C-16 anos para frequentar o ensino fundamentai e 21 anos o ensino médio.
D-18 anos para frequentar o ensino fundamental e 21 anos o ensino médio.
E-14 anos para frequentar o ensino fundamental e 21 anos o ensino médio.

32-A respeito da educação de jovens e adultos (EJA), julgue o item a seguir.

Na EJA, a idade mínima para os estudantes cursarem o ensino médio é de dezoito anos.

Certo
Errado

33-Nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394I1996, é explicitado sobre a Educação de Jovens e
Adultos (EJA).
Conforme essa Lei, sobre a EJA é incorreto afirmar:
A-A EJA é oferecida àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos Ensinos Fundamental e Médio
na idade própria.
B-É considerada como instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
C-O acesso e a permanência do trabalhador na escola deverão ser viabilizados e estimulados pelo Poder Público, por
meio de ações integradas e complementares entre si.
D-Os exames supletivos a serem realizados, no nível de conclusão do Ensino Fundamental, será para os maiores de
17 anos de idade.
E-Cabe aos sistemas de ensino assegurarem gratuitamente aos jovens e aos adultos que não realizaram os estudos
na idade regular oportunidades educacionais apropriadas.

34-Será considerada idade mínima para os cursos de EJA e para a realização de exames de conclusão de EJA do
Ensino Fundamental, segundo a Resolução n°3/CNE 15/06/2010:
A-21 (vinte e um) anos incompletos.
B-14 (quatorze ) anos completos
C-15 (quinze) anos completos.
D-18 (dezoito) anos completos.
E-14 (quatorze) anos incompletos

35-Considerando que ao longo do percurso histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tanto já se construiu e,
sinalizando as contribuições de Paulo Freire – herança, princípios políticos e pedagógicos que podem guiar as
práticas curriculares para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), analise as afirmativas a seguir.
I. Não se faz EJA pensando na formação e ampliação cultural dos sujeitos.
II. Não se faz EJA próxima da realidade de vida e de mundo dos educandos (ser no mundo e do mundo).
III. Não se pensa EJA apenas ou centrado no “b a ba”; se pensa EJA da alfabetização à conscientização; se pensa EJA
como formação humana.
IV. Não se pode pensar EJA sem oportunizar o protagonismo dos sujeitos, sem pensar a modalidade como
particularidade específica, com suas cores e notas para ser uma educação autêntica.
Está correto o que se afirma apenas em
A-I e II.
B-I e III.
C-II e IV.
D-III e IV.
E-II, III e IV.
36-Com base na LDB nº 9394/1996, a EJA é considerada:
A-forma eficaz de erradicação do analfabetismo que acontece prioritariamente por meio de cursos
profissionalizantes e técnicos.
B-programa educacional assistencialista para aqueles que foram reprovados na idade certa.
C-correção de fluxo da distorção série e idade com formação centrada no trabalho para atender às demandas do
capital.
D-programa educacional compensatório e supletivo.
E-modalidade da educação básica.

37-Sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), é correto afirmar:


A-O EJA para o Ensino Fundamental é destinado para adolescentes entre 12 e 15 anos que não completaram a etapa
entre o 1º e o 9º ano, com duração de 3 anos para a conclusão.
B-O EJA destinado ao Ensino Médio é um ensino voltado para alunos até 18 anos que não completaram o Ensino
Médio, num período de 2 anos para a conclusão.
C-O EJA é uma modalidade de ensino criada para todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens,
adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada.
D-A prova EJA Ensino Fundamental deve ser realizada somete elas Escolas Estaduais, e o aluno deve se informar
sobre o dia e o local onde as provas serão realizadas.
E-O EJA é ofertado apenas no ensino presencial com o propósito de democratizar o ensino da rede pública no Brasil,
sendo dividido em etapas, com abrangência do ensino fundamental ao médio.

38-Entre os diferentes equipamentos e serviços educacionais que podem contar com o fonoaudiólogo para
contribuir no processo de aprendizagem, temos a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os alunos da EJA, muitas
vezes, passaram por processos de exclusão da vida escolar e tomam a decisão de voltar à escola já mais velhos, por
vezes marcados pelo estigma do não aprender mas também com muitas experiências que ampliam sua visão de
mundo. Nesse sentido e considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a atuação do
fonoaudiólogo que melhor se enquadra na perspectiva da EJA é:
A-Contribuir para a compreensão das experiências, interesses e conhecimentos de mundo que os alunos possuem,
ampliando a visão sobre a comunicação oral e escrita e apoiando as adaptações e flexibilizações tanto de currículo
quanto de espaço e tempo que ajudem no processo de aprendizagem.
B-Contribuir para o diagnóstico de transtornos de aprendizagem não realizados anteriormente e que motivaram o
histórico de repetência e evasão escolar, apoiando as estratégias educacionais.
C-Ampliar a visão dos professores da EJA acerca dos aspectos da comunicação oral e escrita dos alunos que possam
estar relacionados com transtornos que dificultam a aprendizagem.
D-Estabelecer um plano pedagógico que conduza o processo de aprendizagem, tendo em vista os determinantes
sociais, os estigmas causados pelas dificuldades anteriores.
E-Apoiar as adaptações curriculares, realizar triagens para identificar possíveis alterações na comunicação oral e
escrita e encaminhar para serviços da rede de apoio do território, contribuindo para sanar as dificuldades
acumuladas e permitir que esses alunos tenham um nível adequado para a aprendizagem na EJA.

39-Leitura base para responder à questão.

“Constituição Brasileira
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não
tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de
1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.”
O atendimento educacional especializado pode ser realizado dentro ou fora da escola, sendo a frequência registrada
aravés de relatório elaborado pelo professor que atendo aquele aluno. O serviço destinado a prover, mediante
atendimento especializado, a educação escolar a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de
tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou atendimento ambulatorial é denominado:
A-classe domiciliar
B-classe hospitalar.
C-ambiente profilático.
D-ambiente domiciliar.
E-classe especial.

40-As especializações nas áreas de Pediatria, Psicologia e Pedagogia têm apresentado um novo olhar para o adoecer
das crianças, destacando aspectos psicopedagógicos, visando a inclusão de programas e projetos de humanização
hospitalar, incentivados pelo Ministério da Saúde e Educação (ROCHA; PASSEGGI, 2010). Neste sentido, constata-se
uma necessidade do olhar pedagógico para crianças e jovens em período de escolarização que se encontram
afastados da escola por motivo de internação hospitalar e tratamento de saúde (SILVA; SCHWAMBACH, 2019). Com
crianças e jovens hospitalizados o acompanhamento escolar, ocorre por meio das chamadas “classes hospitalares”.
Sobre estas “classes hospitalares”, analise as afirmativas a seguir.
I. Estas classes, têm por objetivo propiciar o acompanhamento curricular do aluno quando este estiver
hospitalizado, garantindo a manutenção do vínculo com as escolas, por meio de um currículo flexibilizado. II.
Caracterizadas pelo atendimento pedagógico-educacional, atendem os estudantes considerados com necessidades
educativas especiais, por apresentarem dificuldades no acompanhamento das atividades curriculares pelas
limitações específicas de saúde. III. O alunado das classes hospitalares é aquele composto por educandos cuja
condição clínicaou cujas exigências de cuidado em saúde interferem na permanência escolar ou nas condições de
construção do conhecimento ou, ainda, que impedem a frequência escolar, temporária ou permanente.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
A-I e II apenas
B-I e III apenas
C-I apenas
D- I, II e III

41-Teixeira, Teixeira e Souza (2017) apresentam que o atendimento pedagógico nos hospitais, em geral, ocorre em
uma sala de aula adaptada, porém, em função das condições do educando, pode ocorrer em diversos espaços como
enfermaria, centro de hemodiálise, dentre outros. Fonseca (1999) alerta que o ato pedagógico para esses educandos
não pode ser caracterizado como uma simples transferência do modelo pedagógico da escola regular para a classe
hospitalar. Com base na Resolução CNE/CEB n. 02/2001, o documento do MEC “Classe hospitalar e atendimento
pedagógico domiciliar: estratégias e orientações” (2002) apresenta a necessidade de formação de professores para
atuarem nas classes hospitalares e nos atendimentos pedagógicos domiciliares e atribui tal responsabilidade
A-ao Ministério da Educação.
B-aos sistemas de ensino.
C-às universidades públicas ou privadas.
D-ao Sistema Único de Saúde (SUS).

42-Aluna com deficiência sofre acidente na escola, sendo prontamente atendida pelo socorro especializado. Após os
primeiros socorros, a criança é transferida para um hospital público, devendo permanecer internada em observação
por quarenta e oito horas. Ocorre que a mãe da infante é impedida pela direção do hospital de permanecer com a
filha durante o período da internação, pois esta não permanecerá em quarto individual. Inconformada, a mãe
procura orientação do Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial – AADEE, que sempre acompanhou a
criança em questão na escola. Assinale a opção que indica a informação a ser dada pelo Agente à mãe da criança.

A-A conduta do hospital está errada, porque a criança tem o direito de permanecer com um dos pais ou o
responsável durante o período diurno, enquanto internada.
B-A conduta do hospital está certa, pois a criança somente teria o direito de permanecer com um dos pais ou o
responsável se o quarto fosse individual.
C-A conduta do hospital está errada, já que a criança tem o direito de permanecer com um dos pais ou o responsável
durante o período noturno, enquanto internada.
D-A conduta do hospital está certa, uma vez que a criança não possui o direito de permanecer com um dos pais ou o
responsável em hospital público.
E-A conduta do hospital está errada, haja vista ter a criança o direito de permanecer com um dos pais ou o
responsável durante todo o período de internação.

43-Com relação ao atendimento de Educação Especial, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A inserção, no sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas.
( ) A oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino.
( ) O oferecimento obrigatório de programas a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres, por prazo
igual ou superior a um ano, para os educandos portadores de deficiência.
As afirmativas são, respectivamente,
A-F, V e F.
B-V, V e V.
C-F, V e V.
D-V, V e F.
E-F, F e F.

44-Observe as despesas a seguir:


I. aquisição de equipamentos de informática para as escolas públicas;
II. salário de profissionais da área de saúde;
III. aluguéis de imóveis para atender pessoas desabrigadas em virtude de calamidade pública;
IV. aquisição de equipamentos hospitalares;
V. aposentadorias; VI. aquisição de veículos para a polícia.
É correto afirmar que apenas as alternativas
Alternativas
A-I, II e IV compõem o orçamento fiscal.
BII, IV e VI compõem o orçamento fiscal.
C-III, IV e V compõem o orçamento fiscal.
D-I, III e IV compõem o orçamento da seguridade social.
E-II, III e V compõem o orçamento da seguridade social.

45-Com relação à história da Educação Especial brasileira, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) Pela Lei nº 839, de 26 de setembro de 1857, D. Pedro II fundou o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos no Rio de
Janeiro.
( ) No ano de 1874, o Hospital Estadual de Salvador (atual Hospital Juliano Moreira) iniciou a assistência aos
deficientes mentais.
( ) Até 1950, havia quarenta estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder público que prestavam algum
tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais.

As afirmativas são, respectivamente,


A-F, F e F.
B-F, F e V.
C-F, V e V.
D-V, F e V.
E--V, V e V.

46-Aos alunos enfermos e/ou hospitalizados, impossibilitados de frequentar o ambiente escolar, temporária ou
permanentemente, deve ser oferecido um sistema de atendimento educacional em ambientes hospitalares e/ou
domiciliares. Em relação ao atendimento pedagógico nesses ambientes, de forma integrada com os serviços de
saúde, “[a] oferta curricular ou didático-pedagógica deverá ser flexibilizada, de forma que contribua com a
promoção de saúde e ao melhor retorno e/ou continuidade dos estudos pelos educandos envolvidos.” (BRASIL,
2002, p.17). Diante dessas circunstâncias, a etapa da avaliação:
A-deve seguir o modelo ofertado às classes regulares no ambiente escolar
B-assa a ter uma perspectiva parcial do aprimoramento da qualidade do processo pedagógico
C-é dispensável e, portanto, está isenta de acontecer em circunstâncias alheias ao espaço escolar
D-pode ser desenvolvida a partir de recursos e instrumentos didático-pedagógicos apropriados às circunstâncias

47-O acesso à educação básica, de modo a promover o desenvolvimento e construção do conhecimento está
presente na Lei nº 9.394/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assim como a Lei nº
10.685, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre o acompanhamento educacional da criança e do adolescente
internados para tratamento de saúde, elaborada pelo deputado Milton Flávio, que colaboraram para que o
Ministério Público, por meio de sua Secretaria de Educação Especial elaborasse um documento que estruturasse
ações para o atendimento educacional em ambientes que não fossem somente a escola, como instituições que
viessem ofertar atendimento pedagógico em ambientes hospitalares e domicílio, estratégias e orientações para o
pleno desenvolvimento da pessoa. Com relação a atuação em classe hospitalar, assinale a alternativa incorreta.

A-O Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para saúde, acompanhamento do
currículo escolar, durante a permanência hospitalar, é garantido nos Direitos da Criança e Adolescente
Hospitalizados
B-A sala da classe hospitalar segue necessariamente uma regra, precisando ser estruturada de forma rígida, não
podendo ser adaptada de acordo com a disponibilidade da instituição
C-O profissional do atendimento domiciliar e da classe hospitalar faz uso de recursos que são instrumentos de apoio
didático-pedagógico e adaptações do currículo, e deve possibilitar a igualdade de condições para o acesso ao
conhecimento e a permanência na escola. Deverá ter formação pedagógica em Educação Especial ou em cursos de
Pedagogia ou licenciaturas
D-O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura em seu art. 3º "a criança e o adolescente todas as oportunidades
e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social de liberdade e de
dignidade"

48-Como resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada em 1994, na
cidade espanhola de Salamanca, a Declaração de Salamanca trata de princípios, políticas e práticas na área das
necessidades educativas especiais. A Declaração de Salamanca foi um documento assinado por vários países e se
constituiu como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas
as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência. A principal premissa a ser defendida por essa
Declaração, com relação ao sistema de ensino, foi que a educação deve se organizar:
A-para oferecer vagas nos Anos Iniciais da Educação Fundamental.
B-depois que absorver profissionais especializados.
C-criando turmas específicas para o atendimento especial.
D-com a realização efetiva de parcerias com a Saúde.
E-de forma a atender a todos os alunos na rede regular.

49-Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares, valores e níveis
de conhecimentos de cada criança (e do professor) imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de
repertórios, de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades individuais.
Considerando as ideias acima e as Diretrizes Operacionais voltadas à Educação Especial, é correto afirmar que o
atendimento educacional especializado tem como função
A-despertar o interesse e boa vontade dos agentes educacionais para que, de fato, possam desenvolver uma
aprendizagem significativa e de qualidade às crianças com deficiência.
B-homogeneizar os processos de construção do conhecimento necessários para se dar a convivência social exigida
pela escola, já que a exclusão ameaça a acomodação social e a cidadania.
C-complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de
acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento
de sua aprendizagem.
D-viabilizar, em primeiro lugar, o atendimento da demanda da população de baixa renda e, em segundo lugar, o das
crianças com deficiência cultural.
E-atender crianças com problemas socioemocionais causados por incapacidade de adquirir os conhecimentos
científicos exigidos pelas escolas.

50-A Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). No Art. 28 da referida lei há o detalhamento das responsabilidades do poder
público no que tange ao direito à educação e inclusão da pessoa com deficiência. Com relação àquilo exposto neste
artigo, assinale a alternativa INCORRETA, quanto a incumbências do poder público.
A-Prioridade de atendimento em escolas especializadas, pois estas dispõem de mecanismos pedagógicos, recursos
materiais e profissionais especializados, que poderão, de maneira mais eficiente, garantir o desenvolvimento de
aprendizagem pelos alunos, oportunizando sua real situação de inclusão.
B-Projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços
e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso
ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia.
C-Adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e
oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado.
D-Oferta de educação bilíngue: em Libras, como primeira língua, e na modalidade escrita da língua portuguesa como
segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C B E B C D D E E A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C C B A C A A B D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C B D E A A E A C A
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A C D C D E C A B B
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B E B E E D B E C A

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