TROMBOCITOPENIAS
TROMBOCITOPENIAS
TROMBOCITOPENIAS
DEFINIÇÕES
TROMBOCITOPENIAS
Supondo-se que a função plaquetária está normal, os sinais e sintomas esperados nas várias contagens
de plaquetas:
• Plaquetas maiores de 50.000/ᶬL → sinais e sintomas ausentes, embora pacientes possam sangrar
por um tempo mais prolongado quando há um trauma grande.
• Plaquetas 25.000 a 50.000 /ᶬL → petéquias e hematomas com trauma leve
• Plaquetas 10.000 a 25.000 /ᶬL → petéquias espontâneas e hematomas, principalmente em
extremidades e menorragia
• Plaquetas menores que 10.000 /ᶬL → hematomas proeminentes, sangramentos de mucosas, risco
de sangramento no SNC
FISIOPATOLOGIA
Quando as desordens respondáveis pela formação desses auto anticorpos é conhecida, chamamos a PTI
de secundária (lúpus eritematoso sistêmico, nas reações cruzadas com anticorpos contra o HIV ou o
HCV, na LLC e nos linfomas não Hodgkin indolentes). Na Idiopática, nenhuma doença subjacente é
identificada.
Os “alvos” dos autoanticorpos encontrados na PTI idiopática parecem ser as glicoproteínas da membrana
plaquetária (ex.: GP Ia, GP IIb/IIIa). Na presença desses autoanticorpos a vida média das plaquetas
passa de 7-10 dias para somente algumas horas, como consequência ocorre uma expansão
megacariócitica na medula óssea, na tentativa de compensar essa perda acelerada, levando à formação
de macroplaquetas (aspecto imaturo)
Ocorre uma produção alterada de citocinas compatível com a ativação de células T-helper (Th0/ Th1),
auemnto de IL-2 e Interferon-ᵞ com redução de IL-10, e uma redução da resposta Th2.
As plaquetas recobertas com os anticorpos podem ser destruídas tanto por fagocitose quanto por lise
induzida pelo complemento
ASPECTOS PSICOGÊNICOS
A ansiedade reflete as falhas no funcionamento dos circuitos neurais (cortisol + catecolaminas), estes
responsáveis por detectar, organizar e expressar nossas reações de defesa.
Diversos estudos feitos recentemente demonstram que fatores estressores físicos e psicossociais
estão possivelmente relacionados à alteração da resposta imune do organismo, por meio das conexões
acima citadas, a base destes estudos nos mostra que fatores estressores psicossociais desregulam o
sistema imunológico, fazendo com que ele atua descontroladamente, acarretando, assim, o aumento do
risco de doenças
As purpuras aparecem também por uma elevação momentânea da pressão arterial do indivíduo. Ao
passar por uma forte emoção, esforço físico excessivo ou estresse, provoca o aumento da pressão nas
paredes dos vasos sanguíneos. É o que podemos chamar de hipertensão circunstancial.
FORMAS
• FORMA INFANTIL (AGUDA): dura < 6 meses; em crianças, tendo resolução espontânea em 70-
80% dos casos. Seu pico de incidência é de 1- 4 anos de idade e afeta ambos os sexos. 20%
apresentam a forma crônica (duração > 12 meses). Tal desfecho tende a ser mais frequente
quanto maior for a idade do paciente (ex.: em adolescentes a forma crônica sobrevém em até
50% das vezes).
o Em até 65% dos casos de PTI infantil a trombocitopenia ocorre 1-4 semanas após uma
infecção viral respiratória ou exantemática e, menos comumente, após vacinação.
o Embora plaquetometrias inferiores a 20.000/mm3 sejam encontradas com frequência,
manifestações hemorrágicas graves NÃO SÃO comuns na PTI infantil.
o Diagnóstico diferencial: púrpura de Henoch-Schönlein (vasculite com plaquetometria
normal) e as leucemias agudas (que cursa com anemia, leucocitose ou leucopenia, dor óssea
e hepatoesplenomegalia).
• FORMA DO ADULTO (CRÔNICA): doença que afeta mais o sexo feminino (3:1), na faixa etária
dos 20-40 anos. Início insidioso, história de sintomas hemorrágicos de gravidade variável,
geralmente há antecendentes de infecção e não costuma haver esplenomegalia. Possui curso
flutuante, episódios de sangramento podem durar dias ou semanas, com caráter intermitente ou
cíclico, com remissão espontânea rara.
• Hemorragias: a gravidade se relaciona com a gravidade das plaquetas (Pacientes com níveis entre
10.000- 30.000/mm3 apresentam manifestações hemorrágicas de gravidade variável, enquanto
indivíduos com plaquetometria inferior a 10.000/mm3 podem apresentar sangramentos que põem
em risco a sua vida (hemorragia cerebral).
o Sangramento gengival,
o Epistaxe,
o Sangramento menstrual excessivo (menometrorragia),
o Sangramento do trato gstrointestinal (melena e hematêmese),
o Sangramentos no TGU (hematíria macro ou micro),
o Sangramento SNC ocorre apenas em 1% dos casos (bolhas hemorrágicas na mucosa oral
(“púrpura úmida”) e/ou hemorragia retiniana é considerada prenúncio de que uma hemorragia
intracerebral está por acontecer)
• Petéquias: surgem devido a estase vascular em áreas dependentes (membros inferiores,
principalmente no tornozelo) ou regiões da pele submetidas à constricção (cintos apertados e
meias).
• Equimoses
• Hematomas não ocorrem pois são típicos de distúrbios da coagulação
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito por exclusão, deve ser considerado com em pacientes com trombocitopenia,
geralmente inferior a 50.000/mm3, e:
1. Pacientes com > 60 anos de idade, para descartar a possibilidade de mielodisplasia (que pode
cursar apenas com plaquetopenia, sem outras alterações);
2. Quando existem sinais e sintomas sugestivos de outros diagnósticos, como leucemia ou linfoma;
3. Quando a PTI é refratária ao tratamento.
Nos pacientes submetidos ao aspirado de medula espera-se um resultado normal ou então a existência
de hiperplasia megacariocítica leve a moderada com megacariócitos imaturos
Pesquisa de autoanrticorpos antiplaqueta não deve ser realizada como critério diagnóstico, pois
possuem baixa acurácia, plaquetas de indivíduos saudáveis possuem imunoglobulinas no interior de seus
grânulos alfa, que podem, no momento da extrusão do grânulo, se fixar à superfície da célula dando
resultado falso-positivo
TRATAMENTO
• NA CRIANÇA
o Não existe um padrão, a conduta dependerá da avaliação clínica individual, não havendo
consenso quanto à “melhor opção” terapêutica;
o O tratamento acelera a recuperação da plaquetometria
o CONCEITOS GERAIS
▪ Nº1: pacientes assintomáticos ou que apresentam sangramento apenas cutâneo e pouco
expressivos sem fatores de risco podem ser manejados com uma conduta conservadora.
Evitar a prática de esportes e uso de medicamentos com ação antiplaquetária ou
anticoagulante. Na presença de 1 ou mais fatores de risco, o tratamento deve ser instituído
▪ Nº 2: classes farmacológicas de primeira linha que podem ser prescritas de
intercambiável ou em associação
◊ Glicocorticoides em dose imunossupressora (ex.: prednisona 1-2 mg/kg/dia) por 2-4
semanas, seguido de desmame ao longo de mais algumas semanas → diminuição na
síntese de autoanticorpos antiplaqueta.
◊ Imunoglobulina humana intravenosa (IVIG) → 0,8-1 g/kg/dia, por 1-2 dias → Seu
suposto efeito benéfico é a saturação dos receptores Fc (receptores de
imunoglobulina) presentes nos macrófagos esplênicos, que desse modo ficam
“indisponíveis” para mediar a fagocitose plaquetária
◊ Imunoglobilina anti-D → dose única de 50-75 mcg/kg, exercendo efeito semelhante
ao da IVIG, porém, com uma particularidade: ela só funciona em portadores do
antígeno D do fator Rh. Antes de prescrever Ig anti-D temos que nos certificar de
que o paciente não é portador de autoanticorpos anti-hemácia
▪ Nº 03: A transfusão de plaquetas é contraindicada, exceto se houver hemorragia grave,
uma vez que os anticorpos também “atacam” as plaquetas transfundidas levando à rápida
destruição, tornando a transfusão incapaz de elevar a plaquetometria
▪ Nº 04: Se houver sangramento agudo grave, com ameaça à vida, uma conduta multimodal
de urgência deve ser tomada.
◊ Hemorragia SNC → (1) pulsoterapia com metilprednisolona (30 mg/kg/dia IV, por 3-
5 dias); (2) IVIG com ou sem Ig anti-D; (3) transfusão de plaquetas. Nos casos
refratários pode-se acrescentar a esplenectomia de urgência.
▪ Nº 05: mesmos nas formas crônicas os mesmos conceitos continuam sendo válidos.
Pacientes refratários podem ser abordados com rituximab e/ou agonistas do receptor de
trombopoietina que estimulam a produção de plaquetas pela medula óssea. A esplenectomia
é considerada como último recurso nos pacientes refratários ou para pacientes que não
podem ou não querem receber os medicamentos descritos...
• NO ADULTO
o O risco de sangramento graves é maior e na maioria das vezes a doença tem curso crônico
o Indivíduos assintomáticos, com plaquetometria > 30.000/ml, podem ser apenas monitorados
sem necessidade de tratamento.
o Diante de plaquetometria < 30.000/ml o tratamento deve ser instituído mesmo na ausência
de sintomas, pelo risco de sangramentos.
o Na presença de sintomas hemorrágicos e plaquetometria > 30.000/ml o tratamento
costuma ser instituído.
o A primeira linha terapêutica são os glicocorticoides em monoterapia. Os dois esquemas
o mais usados são:
▪ (1) prednisona 1 mg/kg/dia (principal);
▪ (2) dexametasona 40 mg/dia por quatro dias, repetindo a cada 14-28 dias de acordo com
a necessidade.
o Se uma plaquetometria < 30.000/ml persistir após o início da corticoterapia, ou se houver
o melhora inicial com recidiva após desmame, recomenda-se lançar mão de uma estratégia de
segunda linha, cujas opções são:
▪ Esplenectomia
▪ Rituximab
▪ IVIG ± Ig anti-D (elevações rápidas e transitórias da plaquetometria)
▪ Agonistas do receptor de trombopoietina (romiplostin, eltrombopag)
É resultado de uma reação idiossincrática e estão relacionadas à ingestão de quinidina, heparina, sais
de ouro, sulfonamidas, derivados de sulfonamidas, clorotiazida, cloroquina e rifampicina.
Os medicamentos devido ao peso molecular se ligam a proteína carreadora e funcionam como um hapteno.
Induz a produção de anticorpos contra um neoantígeno gerado pela alteração estrutural da proteína ou
contra um antígeno consistindo da droga e de uma porção da proteína carreadora.
Os antígenos que tem sido definidos, envolvem as maiores glicoproteínas de superfície e de plaquetas
GPIB-IX oi GPIIb-IIIa.
QUADRO CLÍNICO
Manifestações hemorrágicas graves com sangramentos e bolhas hemorrágicas em membranas mucosas,
petéquias e equimoses. Possui início repentino
DIAGNÓSTICO
Achados laboratoriais mostra trombocitopenia grave isolada com numero de megacariócitos adequado
ou aumentado
Após a suspensão da droga, observa-se normalização da contagem de plaqueta (7-10 dias), podendo
persistir por até 4 semanas.
Uma nova exposição à droga é o caminho mais certo para conformar o diagnóstico, mas os riscos para o
paciente raramente permitem tal teste
• Plaquetometria menor que 150.000, ou redução maior que 50% do número de plaquetas com o
tratamento adequado
• Ausência de outras causas
• Paciente que apresentem esses sinais e não apresentem trombose evidente, devem ser
submetidos à US de membros, pois a TVP é silenciosa.
• A agregação plaquetária induzida por heparina na presença do plasma do paciente é um teste
altamente específico se for positivo, porém é pouco sensível. Os ensaios mais comumente usados
são ELISA para anticorpos contra o complexo heparina-PF4
TRATAMENTO
Suspensão da droga, voltando ao normal em torno de uma semana. Em sangramentos graves que põem
em risco a vida, utilizamos a imunoglobulina venosa.
A contagem de plaquetas em pacientes em pós-operatório e em pacientes de alto risco deve ser obtida
em dias alternados entre os dias 4 e 10. Pacientes clínicos ou obstétricos, ou aqueles que recebem
heparina de baixo pelo molecular a plaquetometria não é necessária.
Heparina de baixo peso molecular deve ser usada preferencialmente e está contraindicada para
pacientes com TIH, pois a maioria dos anticorpos antiheparina também reagem com esses agentes. →
Anticoagulantes alternativos devem ser usados (lepirudina, argatroban e fonparinux)
Lepirudina: é uma forma recombinante do inibidor direto de trombina, chamado Hirudina, e age
interferindo no sítio ativo da trombina. Dose inicial é 0,4mg/kg em bolus IV, seguida por uma infusão
contínua de 0,15mg/kg/hora que é ajustada para chegar a uma dose que resulte em um tempo de
tromboplastina parcial ativada 1,5 a 2,5 vezes maior que o tempo basal do paciente. É excretada pelo
rim e requer ajuste em paciente renal crônico. Efeitos colaterais: sangramentos, desenvolvimento de
anticorpos não neutralizantes anti-hirudina, que pode afetar a liberação do medicamento. Não há
antídoto.
Argatroban: é um inibidor sintético direto de trombina. Dose é 2,30mcg/kg/min IV ajustada pata TTPa
de 1,5 a 3,0 vezes o valor basal. É metabolizado no fígado, agente preferido para renais crônicos. O
maior efeito colateral é o sangramento e também não há antídoto.
É uma condição rara que acomete mulheres, surge no 7º-10º dia após a transfusão. Há comummente
tanto um histórico prévio de transfusão como de gravidez. Geralmente ocorre em mulheres multíparas
após a primeira infusão de sangue.
FISIOPATOLOGIA
Mecanismos:
TRATAMENTO
Se não tratados há regressão espontânea dentro de 2-6 semanas. Devido à hemorragia intracraniana
que ocorrem em 10% a terapia a ser administrada é a Imunoglobulina humana intravenosa (IVIG)
1,0g/kg/dia por 2-3 dias.
TROMBOCITOPENIA GESTACIONAL
Cerca de 5-15% dos pacientes com diagnóstico de PTI preenchem critérios diagnósticos para lúpus
eritematoso sistêmico. A PTI relacionada ao LES possui um curso comparado à PTI crônica. As medidas
terapêuticas são as mesmas.
Podemos encontrar PTI relacionada a doenças linfoproliferativas, como a LLC, outras doenças
autoimunes (tireoidites, miastenia gravis) e infecções diversas
Infecções virais (dengue, CMV, Epstein-Barr, parvovírus B19 e os vírus da caxumba e rubéola)
• Formação de anticorpos contra o vírus que reagem com elementos da membrana da plaqueta;
• Deposição na superfície de membrana da plaqueta do complexo anticorpo-antígeno viral;
• Invasão viral dos megacariócitos na medula óssea;
• Partículas virais inibindo a trombopoiese;
• Hemofagocitose induzida por vírus.
Infecções por protozoários → destaca-se a malária; os anticorpos da classe IgG são direcionados para
antígenos do plasmodium presentes na membrana da plaqueta.
Esta condição representa o grupo das microangiopatias trombóticas difusas, do qual também participa
a CIVD
FISIOPATOLOGIA
A depolimerase plasmática foi clonada e identificada como membro da família ADAMST das
metaloproteinase e designada como ADAMST-13. A PTT hereditária ocorre devido a mutações
genéticas que resultam em grave deficiência de ADAMST-13.
Outro mecanismo está relacionado à deficiência de ADAMST-13, que é uma metaloproteinase endógena
responsável pela clivagem dos multímeros de alto peso molecular do fvW. Alguns pacientes, por razões
desconhecidas, desenvolvem anticorpos da classe IgG contra a ADAMST-13, o que resulta em sua
inativação e consequente acúmulo dos multímeros de maior tamanho do fvW
Os microtrombos formam-se nas arteríolas terminais e na rede capilar, sendo constituídos na sua maior
parte por plaquetas e fvW, com pequena quantidade de fibrina. Os clássicos Depósitos Hialinos
Subendoteliais resultam da incorporação do trombo plaquetário à parede vascular. Os microtrombos
são responsáveis por:
No restante dos casos a doença se manifesta com anemia hemolítica, plaquetopenia e distúrbio
neurológico, aumento do nível sérico de dedidrogenase lática
Sintomas gerais: mal-estar e fraqueza, seguidos por um quadro neurológico variável: cefaleia, paralisia
de pares cranianos, afasia, hemiparesia, confusão mental, torpor, coma e crise convulsiva. A febre se
manifesta em 50%
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
Anemia, leucocitose neutrofílica moderada, com algum desvio para esquerda, trombocitopenia (quase
sempre < 50.000/mm3).
Provas de coagulação: (TP e PTTa) são carecteristicamente normais, a não ser por um leve aumento dos
produtos de degração da fibrina
Bioquímica sérica: discreta azotemia e alterações das enzimas hepáticas podem ser encontradas
DIAGNÓSTICO
Bases clínicas, mas pode ser confirmado por biópsia (pele, gengiva, medula óssea) em 50% dos casos.
O achado característico é representado pelos depósitos hialinos subendoteliais
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Antes da plasmaferese 80% dos pacientes com PTT morriam nos primeiros 3 meses e 90% no primeiro
ano. Com a plasmaferese (troca de plasma) o prognóstico passou de 20% para 80%.
A transfusão diária de plasma fresco congelado (mais de dez unidades) tem efeito terapêutico razoável,
estabilizando o paciente enquanto se providencia a plasmaferese. O plasma exógeno tem efeito
dilucional sobre os fatores patogênicos do plasma do paciente e fornece moléculas de ADAMST-13.
Plasmaferese deve ser realizada retirando-se diariamente todo o plasma do paciente (40 ml/kg),
trocando-o por unidades de plasma fresco congelado → continuar até a estabilização e exames
laboratoriais (tempo médio de 10 dias)
Os pacientes que apresentam recidiva (30% dos casos) podem ser tratados com novo curso de
plasmaferese, porém, casos refratários ou recidivantes exigem terapia alternativa → Evidências
recentes sugerem um possível papel para o rituximab
PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN
também conhecida como púrpura anafilactóide ou púrpura reumática, é a vasculite (pele, intestino,
articulações e rins) que ocorre frequentemente em crianças na faixa etária escolar (média de 6 anos) e
adolescentes (até os 19 anos)
ETIOLOGIA
• As infecções de vias aéreas superiores (como resfriados, gripes e amigdalite purulenta) podem
preceder as manifestações da PHS em até 50%
• Vacinas
• Medicamentos
• Alimentos
• Picadas de inseto
• Exposição ao frio.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Nefrite - ocorre em 10 a 50% dos pacientes, geralmente nos primeiros três meses da doença. Doença
renal grave ocorre em 1 a 4,5%. As alterações renais mais frequentes são leves e geralmente
evidenciadas nos exames de urina, tais como: hematúria (sangue na urina) e proteinúria (proteina na
urina), com durações habitualmente entre um e três meses.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na presença de dois ou mais dos critérios propostos
pelo Colégio Americano de Reumatologia, em crianças com manchas elevadas na pele que não
desaparecem com a pressão digital (púrpura palpável)
CRITÉRIOS DEFINIÇÕES
Púrpura palpável Purpuras elevadas, não relacionadas a
plaquetopenia
Idade de início inferior a 20 anos Idade de início dos sintomas antes dos 20 anos
Dor abdominal Dor de barriga, geralmente difusa que piora às
refeições ou presença de sangramento nas fezes
Alterações na biópsia de pele O exame histológico evidencia granulócitos em
paredes de arteríolas ou vênulas.
A presença de dois ou mais dos quatro critérios, em crianças e adolescentes com púrpura palpável,
define o diagnóstico
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Deve individualizado para cada paciente e conduzido, preferencialmente, pelo reumatologista ou
nefrologista pediátrico.
Geralmente melhoram sem necessidade de tratamento, não respondem aos AINES e Antialérgicos,
Tratamento sintomático:
• artralgia → Analgésicos
• Controle das artrites → AINES (naproxeno)
• Para as dores abdominais importantes, nefrites graves, orquite, alterações do SNC e
pulmonar, → corticoesteróides (predinisolona e/ou oulsoterapia com metilpredinisolona).
• Dor abdominal → ranitidina + corticoesteróides
• Nefrites ou outras manifestações graves e que não melhoraram aos corticosteroides →
imunossupressores (tais como: ciclofosfamida, ciclosporina A, azatioprina, entre outros),
gamaglobulina endovenosa ou plasmaferese
REFERÊNCIAS
SILVA, T.F. Terapia cognitivo-comportamental em pacientes com púrpura idiopática - Revista Brasileira