infecção hospitalar - bom

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA


GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM E LICENCIATURA

CLARIANA ROSA DE OLIVEIRA

ANÁLISE DA ASSERTIVIDADE NA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO


DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA PEDIATRIA DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO - HUAP

NITERÓI - RJ
2016
CLARIANA ROSA DE OLIVEIRA

ANÁLISE DA ASSERTIVIDADE NA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA
PEDIATRIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO - HUAP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem
e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense,
como requisito parcial para obtenção do Título de
Enfermeiro Licenciado e Bacharelado em
Enfermagem.

Orientadora:
PROF ª DR ª MARILDA ANDRADE

Co-orientador:
PROF. ME. PEDRO PAULO CORRÊA SANTANA

Niterói - RJ

2016
CLARIANA ROSA DE OLIVEIRA

ANÁLISE DA ASSERTIVIDADE NA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO


DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA PEDIATRIA DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO - HUAP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Graduação em
Enfermagem e Licenciatura da Universidade
Federal Fluminense, como requisito parcial para
obtenção do Título de Enfermeiro Licenciado e
Bacharelado em Enfermagem.

Aprovado em 24 de Fevereiro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Profª. Drª Marilda Andrade / UFF

Prof. Me. Pedro Paulo Corrêa Santana / UFF

Prof. Me. Phelipe Austríaco Teixeira / FIOCRUZ

Niterói
2016
O 48 Oliveira, Clariana Rosa de.
Análise da assertividade na aplicação da técnica de
higienização das mãos pelos profissionais de enfermagem
da pediatria do Hospital Universitário Antônio Pedro
(HUAP). / Clariana Rosa de Oliveira. – Niterói: [s.n.], 2016.
54 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em


Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016.
Orientador: Profª. Marilda Andrade.
1. Equipe de Enfermagem. 2. Desinfecção das Mãos. 3.
Pediatria. 4. Infecção Hospitalar. I. Título.

CDD 614
"O mundo é um lugar perigoso de se viver,
não por causa do mal, mas sim por causa
daqueles que observam e deixam o mal acontecer"
Albert Einstein
A todos os profissionais da saúde que exercem sua
profissão de maneira exemplar e, acima de tudo,
com dedicação e respeito ao próximo.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por ser meu maior porto seguro, onde encontro forças para
sempre seguir em frente e nunca desistir. Apesar de todas as dificuldades encontradas pelo
caminho, foi com minha fé que decidi superá-los e vencê-los.

À minha orientadora Marilda Andrade e meu co-orientador Pedro Paulo Santana que
acreditaram em meu potencial e me deram a oportunidade de realizar esse trabalho. Além de
companheiros na minha formação acadêmica, os levo comigo como amigos para a vida.

Aos meus avós, Luiz (in memoriam) e Paulina, que sempre torceram por mim e por me darem
todo o carinho que precisava.

À minha mãe, Ana, e meu pai, Jaime, por me fornecerem todo o apoio emocional para
começar e continuar nessa longa caminhada. Além de serem os responsáveis por eu ser quem
sou hoje. Obrigada por me ensinarem os verdadeiros valores da vida, e por me tornarem uma
pessoa melhor a cada dia.

Aos meus irmãos, Caio e Carolina (in memoriam), pelo amor incondicional e por serem meus
companheiros de toda vida. Obrigada por aguentarem meus momentos de estresse e por
compartilharem comigo os momentos de alegria.

À minha fiel companheira, minha cadela Mel, por compreender minhas idas e vindas e por
sempre me receber com muito carinho a cada vez que eu chegava.

À minha prima, Marcela, que compartilhou de todos os momentos desde o início da


faculdade, por me incentivar a continuar estudar e também por me fazer aproveitar os
momentos de lazer.

À minha cunhada, Maria Clara Salomão, por ser minha amiga e confidente; e por fazer os
momentos de aflição ficarem mais leves. Obrigada por me ajudar nessa jornada e me
acompanhar nas horas difíceis e nos momentos de alegria.

As amigas de infância, Maria Clara e Roberta, que apesar de não estarmos juntas todo o
tempo, estão sempre presentes no meu coração. Obrigada por fazer da minha infância um
momento especial, e por dividir comigo as novas experiências da vida.

A todos os meus amigos da faculdade que se tornaram minha nova família ao longo desses
anos, em especial Daniela, por ser minha irmã do coração. Obrigada por me aturarem,
principalmente naqueles dias em que pensava em desistir, obrigada por me fazerem continuar.
Vocês são um motivo importante por eu ter seguido em frente e chegado até aqui.
RESUMO
As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um grande
desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. A
Higienização das Mãos tem sido demonstrada em diversos manuais e artigos como uma
medida simples, barata e individual que traz grandes benefícios acerca do controle de
transmissão de infecção. No entanto, em diversos estudos já publicados, nota-se que essa
prática ainda é pouco aderida pelos profissionais de enfermagem, que são os que se encontram
em maior contato com os pacientes. Portanto, este trabalho trata-se de uma observação não
participante na Enfermaria de Pediatria de um Hospital Universitário no município de Niterói
– RJ. O objetivo geral é descrever como se dá o processo de higienização das mãos pela
equipe de enfermagem da Pediatria do HUAP. E os objetivos específicos são: observar a
execução da higienização das mãos pelos profissionais de enfermagem da Pediatria do
HUAP; discutir os passos de higienização das mãos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro sob nº 47695515.4.0000.5243. A coleta de
dados foi realizada em três momentos, respeitando os critérios de inclusão e exclusão dos
participantes. No primeiro momento houve o diagnóstico do setor, seguido do contato com os
participantes e entrega do TCLE. Com a anuência do Termo de Consentimento, iniciou-se a
observação não participante, através da aplicação do check-list. Após a coleta, os dados foram
agrupados, contabilizados e para uma melhor visualização, expostos em gráficos e tabelas. Os
resultados foram divididos em quatro categorias para uma melhor distribuição. Através dos
resultados, pode-se observar que a equipe de enfermagem deixa de realizar a lavagem das
mãos em momentos importantes para prevenir a transmissão de microrganismos,
principalmente antes de entrar em contato com o paciente. Além disso, não realizam a técnica
de forma assertiva para garantir uma adequada higienização das mãos. No setor não havia
escassez de material que justificasse as ausências. Com isso, este trabalho espera contribuir
para uma maior conscientização à aderência à técnica de lavagem das mãos, para que assim
haja um maior índice de controle e prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde.

Palavras chave: Equipe de Enfermagem; Desinfecção das Mãos; Pediatria; Infecção


Hospitalar.
ABSTRACT

Health care associated infections are a major problem and a huge challenge, requiring
effective prevention and control from health services. Hand hygiene has been demonstrated in
several books and articles as a simple, inexpensive and individual measure which brings great
benefits related to the transmission of infection control. However, in many published studies ,
it is noted that this practice is still not adhered to by nursing professionals, who are the ones
who are most in contact with patients. Therefore this work it is a non- participant observation
in the pediatric ward of a university hospital in the city of Niterói - RJ. The overall objective
is to describe the process of hand hygiene by the nursing staff of the Pediatrics of HUAP. The
specific objectives are the observation of the implementation of hand hygiene by HUAP
Pediatric nursing professionals; discuss the steps of handwashing. The study was approved by
the University Hospital Antonio Pedro’s Ethics Committee under No. 47695515.4.0000.5243.
Data collection was carried out in three stages , respecting the criteria for inclusion and
exclusion of participants. At first there was the diagnosis of the sector, followed by contact
with the participants and delivery of consent terms. The acceptance of the consent terms was
followed by starting the non-participant observation by applying the check-list. After
collection, the data were grouped , and accounted for a better view , displayed in graphs and
tables. The results were divided into four categories for better distribution. From the results ,
it can be observed that the nursing team fails to perform handwashing at key times to prevent
transmission of microorganisms , especially before contact with the patient. Besides, nursing
professionals do not carry out assertively technique to ensure proper hand hygiene. In the
unity there was no shortage of material that could justify absences. Finally, this work hopes to
contribute to a greater awareness of adherence to the washing technique of hands, in order to
achieve greater control of content and prevention of infection related to health care

Keywords: Nursing Staff; Disinfection of hands; Pediatrics; Hospital infection.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO, p. 13
1.1 OBJETIVOS, p. 14
1.1.1 OBJETIVO GERAL, p. 14
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO, p. 15
1.2 JUSTIFICATIVA, p. 15
1.3 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO, p. 16

2. REVISÃO DE LITERATURA, p. 18
2.1 INFECÇÕES HOSPITALARES, p. 18
2.2 INFECÇÕES HOSPITALARES EM CRIANÇAS, p. 20
2.3 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, p.22
2.4 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, p. 22
2.5 EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PEDIATRIA E CONTROLE DE
INFECÇÕES, p. 25

3. METODOLOGIA, p. 28
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA, p. 28
3.2 CENÁRIO DA PESQUISA, p. 28
3.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA, p. 29
3.4 ASPECTOS ÉTICOS, p. 29
3.5 INSTRUMENTO DE PESQUISA, p. 30
3.6 COLETA DE DADOS, p. 31
3.7 ANÁLISE DE DADOS, p. 31
3.8 LIMITAÇÃO DO ESTUDO, p. 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES, p. 33
4.1 PRIMEIRA CATEGORIA: DIAGNÓSTICO DO SETOR – SUJEITOS DA
PESQUISA, p. 34
4.2 SEGUNDA CATEGORIA: DIAGNÓSTICO DO SETOR – MATERIAIS E
INSUMOS, p. 35
4.4 TERCEIRA CATEGORIA: ASSERTIVIDADE DA TÉCNICA DE LAVAGEM
DAS MÃOS, p. 36
4.5 QUARTA CATEGORIA: MOMENTOS DA LAVAGEM DAS MÃOS, p. 39

5. CONCLUSÃO, p. 41

6. OBRAS CITADAS, p. 43

7. OBRAS CONSULTADAS, p. 47

8. APÊNDICES, p. 48
8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, p. 48
8.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA - CHECK-LIST, p. 49

9. ANEXOS, p. 51
9.1 PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA, p. 51
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

I. Tabela nº 01: Quantitativo total da equipe de enfermagem e participantes da pesquisa,


p. 35

II. Tabela nº 02: Quantidade de materiais disponíveis em cada ala do setor de Pediatria, p.
36

III. Gráfico nº 01: Enumeração dos passos de higienização das mãos e frequência dos
enfermeiros que os executaram, p. 38

IV. Gráfico nº 02: Enumeração dos passos de higienização das mãos e frequência dos
técnicos de enfermagem que os executaram, p. 38

V. Tabela nº 03: Momentos de lavagem das mãos realizados pelos enfermeiros e técnicos
de enfermagem, p. 39
LISTA DE SIGLAS

HUAP – Hospital Universitário Antônio Pedro

HM – Higienização das mãos

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

IRAS – Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde

OMS – Organização Mundial da Saúde

IH – Infecção Hospitalar

CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem

CNS – Conselho Nacional de Saúde

FA – Frequência Absoluta

FR – Frequência Relativa

UTI – Unidade de Terapia Intensiva


13

1 INTRODUÇÃO

O tema infecção hospitalar começou a me chamar atenção a partir do momento em que


fui pela primeira vez para o campo prático na clínica médica e clínica cirúrgica no Hospital
Universitário Antônio Pedro – HUAP, durante a graduação em Enfermagem na Escola de
Enfermagem Aurora de Afonso Costa – EEAAC / UFF. Além disso, também tive a
oportunidade de ser aluna bolsista do Projeto de Iniciação Científica, acerca do tema de
higienização das mãos pela equipe de enfermagem no Centro de Terapia Intensiva do HUAP.
Durante o estágio de Saúde da Criança 2 em que exerci o papel de monitora da
disciplina, onde tive contato direto com crianças hospitalizadas, pude notar o quanto as
crianças são vulneráveis. O que me fez perceber que devemos ser ainda mais cuidadosos com
esses pacientes, principalmente no que diz respeito à prevenção de infecções hospitalares.
Durante as aulas teóricas, aprende-se a técnica correta que se deve utilizar durante a
higienização das mãos, incluindo os momentos que a mesma deve ser realizada, sendo antes e
após ter qualquer contato com o paciente. No entanto, ao ir para o campo hospitalar, foi
notado o quanto essa prática é desvalorizada, o que pode colocar em risco a saúde dos
pacientes.
É notório que a prática de higienização das mãos é o meio mais prático e barato para
se prevenir infecções hospitalares. Isso se dá pelo motivo de que as mãos constituem a
principal maneira de transmissão e disseminação de microrganismos para os pacientes, e a
principal fonte desses microrganismos são as mãos dos próprios profissionais de saúde, sendo
os profissionais de enfermagem os que merecem maior destaque por ter contato mais direto
com o paciente (OPAS; ANVISA, 2008, p.10).
De acordo com a Lei do Exercício da Enfermagem - Lei 7.498 de 25 de Junho de 1986
- o enfermeiro tem privativamente, dentre outras, as funções de “cuidados diretos de
enfermagem a pacientes graves com risco de vida; e cuidados de enfermagem de maior
complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas”.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (2013), “receber uma
assistência à saúde de qualidade é um direito do indivíduo e os serviços de saúde devem
oferecer uma atenção que seja efetiva, eficiente, segura, com a satisfação do paciente em todo
o processo”. Assim, é imprescindível que os profissionais da saúde preconizem a utilização de
métodos de prevenção de infecção para garantir a devida assistência ao paciente.
14

Na análise feita sobre estudos anteriormente publicados, percebe-se que grande parte
dos profissionais de enfermagem deixa de realizar a lavagem das mãos em momentos
imprescindíveis, assim como não a realizam dentro da técnica preconizada segundo o manual
da ANVISA, como, por exemplo, o Manual de Segurança do Paciente: Higienização das
Mãos. Tal medida que é individual e essencial, tanto para a segurança do paciente quanto para
a segurança do próprio profissional, é deixada de lado por diversos fatores (SANTOS et al.,
2014).
Alguns dificultadores da adesão à higienização das mãos, foram apontados: a pressa e
a falta de tempo desses profissionais (SANTOS et al., 2014). Desse modo, é essencial que
haja profissionais suficientes para manter uma assistência de qualidade, para que não haja
sobrecarga e falta de tempo para medidas tão importantes (PEREIRA et al., 2013); além de
manter uma boa qualidade dos materiais que se fazem necessários para tal prática.
Sabe-se que as infecções são importantes causas de mortalidade, assim como de maior
tempo de internação e elevação de custos relacionados à saúde (SANTOS et al., 2014). Para
tanto, faz-se necessário a implementação de medidas que visem aumentar os meios de
controle e prevenção de infecção.
Foi instituída, em 2012, a Comissão Nacional de Prevenção e Controle de Infecções
Relacionadas à Assistência a Saúde (CNCIRAS) por meio da Portaria 158, com a finalidade
de assessorar a Diretoria Colegiada da ANVISA na elaboração de diretrizes, normas e
medidas para prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS)
(BRASIL, 2013).
Como objeto de estudo tem-se a assertividade da higienização das mãos pelos
profissionais de enfermagem da Pediatria do HUAP. Para tanto, a questão norteadora dessa
pesquisa é: a equipe de enfermagem da Pediatria do Hospital Universitário Antônio Pedro –
HUAP executa corretamente a técnica de lavagem das mãos?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral


Descrever como se dá o processo de higienização das mãos pela equipe de
enfermagem da Pediatria do HUAP.
15

1.1.2 Objetivos específicos


Observar a execução da higienização das mãos pelos profissionais de enfermagem da
Pediatria do HUAP;
Discutir os passos de higienização das mãos.

1.2 JUSTIFICATIVA

A higienização das mãos (HM) é uma importante profilaxia contra as infecções


hospitalares, já que as mãos são o meio mais comum de disseminação de microrganismos, e
ainda, “o risco de transmissão refere-se a qualquer momento durante a prestação de
assistência à saúde, especialmente em pacientes imunocomprometidos e/ou na presença de
dispositivos invasivos” (OPAS; ANVISA, 2008, p.11).
Este trabalho justifica-se pelo fato de que a técnica correta de lavagem das mãos vem
sendo descrita em diversos manuais publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– ANVISA e Ministério da Saúde – MS. O último manual publicado foi “Assistência Segura:
Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde”, de 2013, onde é apresentado o desafio global previsto na Aliança
Mundial para a Segurança do Paciente, que foca na prevenção das Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (IRAS), a qual envolve ações de melhoria da higienização das mãos em
serviços de saúde.
No entanto, na análise de estudos já publicados, nota-se que essa prática ainda não é
aderida de forma satisfatória nos ambientes hospitalares, sendo executada com pouca
frequência e de maneira que a técnica não é a ideal (GREGORIUS, 2012).
Segundo Santos (2014), “destaca-se que somente a frequência de Higienização das
Mãos (HM) não é o suficiente para a redução da disseminação de patógenos, necessitando
também de adequada execução da técnica de HM para que se possa garantir uma adesão
adequada à HM”.
Assim, é necessário um estudo para a observação dessa técnica pelos profissionais de
enfermagem, pois são os que prestam assistência mais direta aos pacientes. A importância do
estudo está na implementação de medidas que visem à melhora do conhecimento da técnica e
conscientização dos benefícios da mesma pelos profissionais de enfermagem, visando à
redução de transmissão de microrganismos, e a consequente diminuição de infecções nos
ambientes hospitalares.
16

Além disso, o fato do estudo estar sendo realizado no setor de Pediatria torna-se
essencial, uma vez que as crianças são uma classe de pacientes que são mais suscetíveis a
adquirir infecções. Isso se dá por causa da falta de maturidade do sistema imunológico, o que
torna as crianças mais vulneráveis (RIZZON, 2011, p.13).

1.3 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

Como contribuição deste estudo, têm-se a assistência, ensino e pesquisa. Para uma
melhor assistência prestada aos pacientes, visando também uma maior segurança durante a
prestação de serviços pela equipe de enfermagem, sendo necessário um conhecimento
aprimorado sobre a questão abordada; para assim assegurar a minimização de riscos de
infecção cruzada.
Em relação ao ensino, é importante lembrar que o cenário de pesquisa trata-se de um
Hospital Universitário, onde o contato da equipe de enfermagem com os alunos da graduação
é constante. Portanto, a equipe precisa servir de exemplo na assistência segura ao paciente, no
disseminar e implementar medidas de controle e prevenção de infecção no âmbito hospitalar.
Ainda, com este estudo, pretende-se contribuir também na conscientização da
importância de se aderir às medidas de controle e prevenção de infecções relacionadas à
assistência à saúde, ampliando assim o conhecimento sobre o assunto em questão. E em como
uma medida barata e individual, como a devida higienização das mãos, é essencial no
combate dessas infecções.
Para a instituição onde serão coletados os dados, espera-se contribuir para a
elaboração e realização de atividades educativas que conscientizem e aumentem à adesão à
técnica de lavagem das mãos. Mostrando a importância da mesma tanto para a segurança do
paciente quanto para a segurança do próprio profissional de saúde. Além de abranger
orientações também para os acompanhantes. Como produto deste estudo, tem-se a construção
de um indicador de lavagem das mãos para equipe de enfermagem da Pediatria do HUAP.
Como contribuição à avaliação de serviço, tem-se que com as devidas precauções,
sejam elas simples e baratas, como a higienização das mãos, pode-se evitar grande parte das
infecções hospitalares, evitando assim um maior tempo de internação do paciente; o que
evitaria um maior gasto para a instituição.
Para o setor em que o estudo foi realizado, espera-se contribuir para uma maior adesão
à higienização das mãos pelos profissionais de enfermagem, uma vez que são eles que estão
em contato direto com os pacientes. Assim, por meio da conscientização desses profissionais
17

acerca das infecções hospitalares, da vulnerabilidade das crianças que se encontram


hospitalizadas e os riscos que uma má higienização das mãos traz para todos, tanto pacientes
quanto profissionais, pretende-se fazer com que se tenha maior comprometimento acerca da
prevenção das infecções relacionadas à assistência a saúde.
A pediatria é um setor que conta com a presença constante dos acompanhantes das
crianças. Sendo assim, o enfermeiro também é visto como um exemplo a ser seguido pelos
responsáveis que lá se encontram, devendo efetuar a lavagem das mãos de forma correta e nos
momentos corretos, para que essa prática seja também efetuada pelos acompanhantes, a fim
de prevenir a disseminação de microrganismos dentro da enfermaria.
18

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 INFECÇÕES HOSPITALARES

As infecções hospitalares (IH) são aquelas adquiridas no hospital, e que podem se


manifestar durante o período de internação ou mesmo após a alta hospitalar, desde que
possam ser relacionadas à internação ou aos procedimentos hospitalares. Sendo assim,
representam um importante problema de saúde pública no mundo devido à morbidade,
mortalidade, aumento do tempo de internação e custos associados ao seu tratamento
(BATISTA, 2012).
As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um
grande desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. As
infecções nesses serviços ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais e podem
acarretar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. Ainda, podem resultar em
processos e indenizações judiciais, nos casos comprovados de negligência durante a
assistência prestada (ANVISA, 2010).
Menegueti et al. (2015) afirmam que as infecções não se limitam somente ao ambiente
hospitalar, sendo então Infecção Relacionada à Assistência em Saúde a terminologia mais
apropriada. Os mesmos autores ainda trazem que em alguns países desenvolvidos as
estimativas indicam que, dos pacientes admitidos em hospitais, ao menos 5% adquirem uma
infecção. Ainda, no Brasil, uma pesquisa realizada em um hospital universitário verificou a
“taxa de prevalência de IH anual média de 8,2%, sendo149 (29,1%) pneumonias, 136 (26,6%)
infecções de corrente sanguínea, 87 (17%) infecções do trato urinário, 57 (11,1%) infecções
de cateter central e 47 (9,2%) infecções de sítio cirúrgico” (MENEGUETI et al., 2015).
Em uma pesquisa realizada por Pérez et al. (2015), traz que a prevalência de infecções
relacionadas à assistência a saúde (IRAS) nos países desenvolvidos é de 7,6 infecções a cada
100 pacientes. Já nos países em desenvolvimento, essa prevalência é de 15,5 a cada 100
pacientes.
A ocorrência de infecção hospitalar depende da existência de uma fonte de infecção,
da transmissão do agente etiológico, da susceptibilidade do paciente à infecção, das
características do hospital, dos serviços oferecidos, do tipo de clientela atendida, ou seja, a
gravidade e complexidade dos pacientes, e o sistema de vigilância epidemiológica e programa
19

de controle de infecções hospitalares adotados pela instituição de saúde (BRETAS et al.,


2013).
Segundo Grillo et al. (2013), “as infecções de maiores preocupações dos profissionais
da área de saúde são as encontradas em unidades que atendem pacientes mais suscetíveis à
infecção, como a Pediatria, Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Unidades Oncológicas,
Unidades de Transplantes e Neonatologia”.
A principal fonte de ocorrência dessas infecções é relacionada à prestação da
assistência à saúde. Desta maneira, pode ocorrer, embora nem sempre, como consequência da
falha do sistema e dos processos de prestação de cuidados, assim como do comportamento
humano. Portanto, isso representa um grande problema de segurança do paciente (OPAS;
ANVISA, 2008, p.9).
Tais infecções podem ser causadas por diversos microrganismos, como: bactérias,
fungos, e vírus. Os patógenos que são a principal causa destas infecções são as bactérias que
constituem a flora humana, que possuem uma baixa virulência, não trazendo riscos a
indivíduos saudáveis. No entanto, em indivíduos com estado clínico prejudicado, elas podem
causar infecções, chamadas de infecções oportunistas (ABEGG, 2011).
Estudos nos quais a idade é incluída, demonstram que até 9% dos pacientes menores
de 1 ano contraem infecção hospitalar, comparados a 1 a 4% dos pacientes maiores de 10
anos. As infecções hospitalares podem ser causadas por qualquer microrganismo patogênico,
sendo mais frequentes as infecções bacterianas. Nos últimos anos, com aumento do número
de pacientes imunocomprometidos e dos procedimentos invasivos, a incidência de infecções
fúngicas tem aumentado. Menor importância tem as infecções causadas por vírus e
protozoários (ANVISA, 2006).
Existem diversas razões para a ocorrência das infecções hospitalares e, ainda, diversos
mecanismos que potencializam seu aparecimento. A transmissão de microrganismos pelos
profissionais de saúde é um desses mecanismos, já que os mesmos atuam como vetores, direta
ou indiretamente, na transmissão de microrganismos patogênicos a pacientes vulneráveis. Em
estudos já publicados, se mostra que a adequada higiene das mãos pode ser uma das
importantes medidas de prevenção e controle de infecção (FELIX, 2009).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o Desafio Global para a Segurança
do Paciente, o qual o primeiro é “Uma assistência limpa é uma assistência mais segura”, que
trouxe atenção e compromisso político sobre a importância da higiene das mãos visando o
cuidado da saúde, em relação às infecções (WHO, 2008-2009; p.6). Esses desafios globais
20

demonstram o quanto é imprescindível que as medidas de prevenção e controle de infecções


sejam efetivadas, principalmente para a proteção e segurança do paciente.
Mesmo com tantos manuais lançados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA e também com o auxílio da OMS, a adesão à prática de higienização das mãos ainda
é um obstáculo a ser superado no ambiente hospitalar.

2.2 INFECÇÕES HOSPITALARES EM CRIANÇAS

A hospitalização, apesar de ser muitas vezes um meio inevitável de se cuidar da saúde,


torna-se um ambiente perigoso por causa da alta exposição a patógenos, o que faz com que o
indivíduo seja mais suscetível a adquirir infecção hospitalar. Assim, é necessário que sejam
tomadas algumas medidas que previnam e controlem as infecções, a fim de que o ambiente se
torne menos prejudicial (DUTRA et al., 2015).
O índice de morbidade e mortalidade é maior nas crianças, que apresentam uma
grande suscetibilidade às infecções relacionadas a vários patógenos. Isso ocorre devido a
imaturidade do sistema imunológico, o que resulta em limitações nos mecanismos
imunológicos inatos e adaptativos (RIZZON, 2011, p.13).
Farias (2012), em seu estudo, menciona que a presença de fatores intrínsecos e
extrínsecos faz com que os pacientes pediátricos sejam mais suscetíveis às IRAS. Dentre os
fatores intrínsecos, encontram-se: sexo, idade, peso e altura para a idade, indicação de
internação em unidade intensiva clínica ou pós-operatória, ter sido submetido à cirurgia
cardíaca, estado infeccioso na admissão, pontuação em escores de gravidade clínica e tempo
de hospitalização prévio à admissão.
Os fatores extrínsecos podem ser exemplificados como os relacionados à terapêutica
utilizada pela criança, tais como: medicamentos (aminas vasoativas, corticoides e/ou
bloqueadores H2, etc...), hemoderivados e nutrição parenteral. Além disso, os procedimentos
invasivos como acesso venoso profundo e periférico, ventilação mecânica e cateter vesical de
demora, também podem ser considerados um desses fatores extrínsecos (FARIAS, 2012).
Além disso, em se tratando de um paciente pediátrico, acaba por contribuir para um
maior sofrimento para a família e para a criança principalmente, pois a mesma encontra-se
“impossibilitada de realizar suas atividades cotidianas, alterando a sua rotina diária, como
brincar e ir à escola” (OLIVEIRA, 2009).
As altas taxas de infecções e mortalidade estão ligadas direta e indiretamente a
diversos fatores; entre eles, pode-se citar: o ambiente hospitalar, principalmente aqueles
21

hospitais ligados ao ensino, como os hospitais universitários; a gravidade da doença, que é


diretamente proporcional ao risco de infecção devido à necessidade de tratamentos mais
complexos; além dos procedimentos demorados e invasivos e dos longos períodos de
internação (GRILLO et al., 2013).
No ambiente hospitalar é imprescindível que o controle de infecção seja uma questão
primordial para os profissionais da saúde, envolvendo todas as ações e procedimentos os
quais os pacientes são envolvidos (DUTRA et al., 2015).
Por diversos fatores como a maior exploração pelas diversas áreas do ambiente físico
pela criança, pela sua menor autonomia para o autocuidado, exigindo a presença de um
acompanhante, e também um suporte mais adequado da equipe profissional; na unidade de
internação pediátrica há a necessidade de intensificar ainda mais as medidas de prevenção e
controle de infecção hospitalar. Além disso, deve-se levar em consideração que o paciente
pediátrico mantem um maior contato com as superfícies e objetos, incluindo os brinquedos
que são compartilhados por diversas crianças nesse ambiente, podendo estar contaminados
por bactérias (RIBEIRO et al., 2008).
De acordo com um estudo realizado por Silva et al. (2013), pacientes mais vulneráveis
tem maior predisposição à contraírem as infecções relacionadas à assistência a saúde. A
mesma pesquisa traz que em países em desenvolvimento 4384 crianças morrem todos os dias
em decorrência dessas infecções. As crianças são consideradas pacientes mais vulneráveis por
serem mais suscetíveis às infecções, por apresentarem o sistema imunológico ainda em
desenvolvimento.
Fontana e Lautert (2006, p. 257) afirmam que,
Com a evolução da tecnologia, antimicrobianos foram sendo aperfeiçoados, técnicas
modernas de assistência foram sendo desenvolvidas e o tratamento das doenças
assumiu alta complexidade. Por outro lado, a invasão das bactérias multirresistentes,
a inserção de novas formas vivas de microrganismos e a luta contra a resistência
bacteriana surgiram nesse contexto, fragilizando o ambiente do cuidado humano e
desafiando as ações do cotidiano dos trabalhadores em saúde, no que se refere à
prevenção das infecções hospitalares.

Segundo o Manual de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar em Pediatria da


ANVISA (2006), os Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativa; as bactérias
da família Enterobacteriaceae como Klebsiella spp., Escherichia coli, Enterobacter spp. e os
microrganismos não fermentadores, estão entre as bactérias de maior relevância clínica e
epidemiológica.
22

2.3 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

No Brasil, houve a necessidade da interferência do Ministro da Saúde no que diz


respeito ao índice de infecções hospitalares. Estas representam um importante problema de
saúde pública, evidenciado pelo aumento no custo dos tratamentos, interdição nas unidades de
serviço de internação e pelo número elevado de mortes que pode ser causado; o que acarretou
na criação de medidas específicas para prevenção e controle de tais infecções. Assim, foi
criada a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (DUTRA et al., 2015).
Segundo Ferreira et al (2010, p.9), “a CCIH tem o objetivo não somente de prevenir e
combater à infecção hospitalar, beneficiando dessa maneira toda a comunidade assistida,
como também de proteger o hospital e o corpo clínico”.
A Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde traz a seguinte
informação: “Lei nº 9431 de 6 de janeiro de 1997: dispõe sobre a obrigatoriedade da
manutenção pelos hospitais do país, de Programa de Controle de Infecções Hospitalares”.
Faz parte do trabalho da CCIH elaborar, programar, manter e avaliar o Programa de
Controle de Infecções; esse trabalho deverá ser feito de forma a adaptar de acordo com as
características e necessidades da instituição. Além disso, inclui a elaboração de vigilância
epidemiológica de infecções nosocomiais, educação e treinamento de equipes e controle do
uso ponderado de antibióticos e antimicrobianos e suporte médico e hospitalar (DUTRA et al.,
2015).
Para tanto, torna-se essencial que o enfermeiro seja membro da equipe de CCIH, pois,
por atuar continuamente na assistência direta com o paciente e realizar procedimentos
invasivos potencialmente contaminados, é visto como responsável pela profilaxia e controle
das infecções nosocomiais (DUTRA et al., 2015).
Segundo Batista et al. (2012), o enfermeiro possui uma maior aproximação com as
demais categorias, além de sua habilidade educativa, com respaldo do Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN), por meio da Lei do exercício profissional de no 7.498, de 25 de junho
de 1986. Para tanto, o enfermeiro é reconhecido como um membro importante na Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

2.4 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

As mãos têm a capacidade de abrigar microrganismos e transferi-los, por contato


direto ou indireto, de uma superfície a outra; baseando então a importância da higienização
23

das mãos. Assim, a higienização de forma cuidadosa e frequente das mãos, promove o
controle das infecções hospitalares, proporcionando uma maior segurança e qualidade da
atenção prestada ao paciente (PRIMO et al., 2010).
Para tanto, a prática em questão tem a finalidade de remoção de sujidades, suor,
oleosidade, pelos e células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo então a
transmissão de infecções que são efetivadas por meio do contato; além de auxiliar na
prevenção e redução de infecções por transmissões cruzadas (ANVISA, 2007).
O termo “Higiene das mãos”, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – ANVISA, engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica
das mãos com preparação alcoólica e a antissepsia cirúrgica das mãos (ANVISA, 2007). O
mesmo manual traz as seguintes técnicas:
- Higiene simples das mãos: possui a finalidade de remover os microrganismos que
colonizam as camadas superficiais da pele, retirando a sujidade; é o ato de higienizar as mãos
com água e sabonete comum, sob a forma líquida. Duração do procedimento: 40 a 60
segundos.
- Higiene antisséptica das mãos: possui a finalidade de promover a remoção de
sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos; é o ato de higienizar
as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. Duração do procedimento: 40 a
60 segundos.
- Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: tem a finalidade de reduzir
a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades); é feita a aplicação de preparação
alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em
água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. Duração do procedimento: 20 a
30 segundos.
- Antissepsia cirúrgica das mãos: tem finalidade de eliminar a microbiota transitória da
pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do
profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias
e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico. Duração do Procedimento: de 3 a 5
minutos.
Algumas recomendações como, manter as unhas naturais, limpas e curtas; não usar
unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; evitar o uso de esmaltes nas
unhas; evitar a utilização de anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente;
aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento da
24

pele; fazem com que o processo de higiene das mãos seja efetuado de uma melhor maneira
(BRASIL, 2009).
Essa prática, além de ser um importante indicador de qualidade dos serviços de saúde
para a segurança do paciente, é considerada a medida individual mais simples e eficaz na
prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde e a disseminação de
microrganismos multirresistentes (PRADO et al., 2013).
De acordo com Garcia et al. (2013, p.46),
(...) a prevenção e controle das IH envolve toda a equipe de saúde, inclusive quanto
ao cumprimento das normas de proteção ao paciente, ressaltando a lavagem das
mãos pelos profissionais como medida mais importante de evitar a transmissão de
microrganismos de um paciente para outro; o uso de luvas para proteção individual e
para redução da possibilidade de microrganismos das mãos dos profissionais
contaminarem o campo operatório, (...). A IH representa uma preocupação não
apenas dos órgãos da saúde competentes, mas também de ordem social, ética e
jurídica frente as implicações na vida dos pacientes e o risco a que estão submetidos.

Apesar da prática de higiene das mãos pelos profissionais de saúde no momento certo
e da maneira correta ser um importante auxiliador para a redução da disseminação da infecção
no ambiente de saúde e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e
suas consequências, esta medida ainda possui um baixo índice de adesão da equipe de saúde
(ANVISA, 2013).
Diversos estudos vêm demonstrando até agora a importância da medida de
conhecimentos, riscos, atitudes e percepções dos profissionais acerca da higienização das
mãos como medida preventiva de infecções relacionadas à saúde em qualquer nível
assistencial (PÉREZ et al., 2015).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma proposta para a
higienização das mãos que se baseia em cinco momentos durante a prestação de cuidados, que
são: 1. Antes de contato com o paciente; 2. Antes da realização de procedimentos (limpos e
assépticos); 3. Após risco de exposição a fluídos corporais; 4. Após contato com o paciente; 5.
Após contato com as áreas próximas ao paciente (ANVISA, 2013).
O descumprimento da prática de higienização das mãos é apontado por algumas razões
como a falta ou localização não acessível de equipamentos necessários para a prática ou a não
disponibilização de suprimentos e produtos imprescindíveis para a higienização das mãos,
além da falta de cultura institucional para a prática e ausência de liderança administrativa para
estimular a adesão ou punir aqueles que a negligenciam (PRADO et al., 2013).
De acordo com o manual da ANVISA “Segurança do Paciente: Higienização das
Mãos” (2009, p.62-63), a técnica correta de lavagem das mãos é a seguinte:
25

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia; 2. Aplicar na palma


da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das
mãos; 3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si; 4. Esfregar a palma
da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos, e vice-versa;
5. Entrelaças os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 6. Esfregar o dorso dos
dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai-e-vem e vice-versa; 7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio
da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; 8.
Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; 9. Esfregar o punho
esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e
vice-versa; 10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato
direto das mãos ensaboadas com a torneira; 11. Secar as mãos com papel toalha
descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras
com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha.

O Manual da ANVISA (2009, p.33) traz a seguinte informação:


Segundo Larson (1988), o principal problema da higienização das mãos não é a falta
de bons produtos, mas sim, a negligência dessa prática. A autora sugere a aplicação
da seguinte fórmula: Impacto da Higienização das Mãos = Eficácia x Adesão.
Exemplificando, se um produto é 100% eficaz, mas, somente 20% das pessoas
aderem, o impacto é de 20%. Por outro lado, se o produto tem eficácia de 50%, mas
possui melhor aceitação, 50% de adesão, o impacto será um pouco melhor, isto é,
25%. Portanto, caso o profissional de saúde não realize a higienização das mãos por
qualquer razão (falta de tempo, indisponibilidade de pia ou produto), o resultado
deixa a desejar, não importando quão eficaz seja o produto na redução microbiana
das mãos contaminadas.

Visando melhorar a adesão à higienização das mãos, a OMS, desde 2008, estimula a
implantação da estratégia multimodal, a qual é constituída por: adequação da estrutura da
instituição com a disponibilização de pias, sabonete, papel toalha e solução alcoólica;
treinamento e educação regular das equipes; avaliação periódica da higienização das mãos
com feedback para os profissionais; utilização de cartazes atuando como lembretes para os
profissionais e informativos para pacientes e visitantes (SANTOS et al., 2014).

2.5 EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PEDIATRIA E O CONTROLE DE


INFECÇÕES

Um dos princípios fundamentais da Enfermagem, segundo o COFEN é: “Art. 3º – O


profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana, em
todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza”; além de ser de sua
responsabilidade: “Art. 16 – Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de
danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência” (COFEN, 2004).
A Lei 7.498 de 25 de Junho de 1986 - Lei do Exercício da Enfermagem – diz que o
enfermeiro tem privativamente, dentre outras, as funções de “cuidados diretos de enfermagem
26

a pacientes graves com risco de vida; e cuidados de enfermagem de maior complexidade


técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões
imediatas”.
Desse modo, nota-se que a presença do enfermeiro torna-se indispensável para a
segurança e assistência do paciente. É importante que haja um trabalho em equipe para a
prevenção e controle das infecções hospitalares. De forma a favorecer esse trabalho, existe a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Assim, a participação do enfermeiro
como membro da CCIH é de extrema importância, uma vez que o ele possui contato mais
direto com o paciente (CARDOSO, 2004).
Para o controle de infecções hospitalares é necessário que haja mudança de
comportamento dos profissionais de saúde, os quais devem estar convencidos da importância
dessa transformação. A prática de ações educativas é um meio de se implantar tais alterações
que se fazem necessárias e depende não só daqueles envolvidos nos cuidados ao paciente, mas
também da organização (TURRINI, 2004).
De acordo com o artigo 12 do Estatuto da Criança e Adolescente (Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990), “Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar
condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente”. Sendo assim, o paciente pediátrico tem direito a ter um
acompanhante em tempo integral.
Como parte do trabalho da equipe de enfermagem, temos então que a educação em
saúde, com a orientação aos acompanhantes em relação ao controle de infecção também
torna-se imprescindível para que mantenham-se as devidas condições de higiene e assim, de
menores riscos de transmissão de microrganismos entre os pacientes (BRETAS et al., 2013).
A unidade pediátrica é um setor destinado à internação de crianças e adolescentes que
necessitam de cuidados contínuos de serviços de saúde. Como particularidade deste setor,
tem-se a brinquedoteca, onde são encontrados brinquedos diversos como forma de interação
para as crianças hospitalizadas, a fim de diminuir os impactos que a hospitalização poderá
causar. A “Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005 apresenta a obrigatoriedade de instalação
de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de
internação” (OLIVEIRA, 2009).
No setor indicado, a associação de doenças, juntamente com a condição clínica do
paciente, a realização de procedimentos invasivos, seja para diagnóstico ou tratamento, e
também as falhas nas medidas de controle e prevenção de infecções colaboram para as causas
mais frequentes de infecções nesses pacientes (PEREIRA et al, 2005).
27

Os profissionais de enfermagem são os que prestam uma assistência mais diretamente


aos pacientes e a realização de procedimentos invasivos, compondo assim importante base
para a prevenção de infecções relacionadas à saúde, por terem mais chance de disseminar
microrganismos através de suas mãos, quando não são higienizadas de maneira correta
(OPAS; ANVISA, 2008, p.9).
28

3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, de natureza


aplicada, do tipo observação sistemática não participante, cujo objetivo é observar a execução
da técnica de lavagem das mãos pela equipe de enfermagem, descrevendo como ocorre a
realização desta técnica.
Segundo Gil (2002), as pesquisas descritivas possuem como finalidade a descrição das
características de determinada população, fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Tem como característica mais significativa a utilização de técnicas padronizadas de
coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistêmica.
A abordagem quantitativa traduz em números as opiniões e informações para serem
classificadas e analisadas. Esse tipo de pesquisa tem a finalidade de medir relações entre
variáveis por associação e obter informações sobre determinada população. “As análises
quantitativas são muito divulgadas e, nesse sentido, sua planificação geralmente necessita de
menos explicações que as análises qualitativas” (CONTANDRIOPOULOS, 1994, p.90).
A observação é uma técnica de coleta de dados que consiste em ver, ouvir e também
permite examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar. Esta técnica obriga o
observador a ter um contato mais direto com o objeto de estudo. Na observação não
participante, o pesquisador não se integra ao grupo, presenciando o fato sem participar. O
pesquisador faz papel de espectador, já que não se deixa envolver pelas situações
(GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

3.2 CENÁRIO DA PESQUISA

O cenário da pesquisa foi o Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP, localizado


no centro da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o HUAP é a maior e
mais complexa unidade de saúde da Grande Niterói e, portanto, considerado na hierarquia do
SUS como hospital de nível terciário e quaternário, isto é, unidade de saúde de alta
complexidade de atendimento.
O HUAP atende a população da Região Metropolitana II que engloba, além de Niterói,
as cidades de Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. Sua área de
29

abrangência atinge uma população estimada em mais de dois milhões de habitantes e, pela
proximidade com a cidade do Rio de Janeiro, atende também parte da população desse
município.
O Hospital é separado por andares, contendo oito andares ao todo, que contém os
seguintes setores: ambulatório, banco de sangue, emergência, lavanderia, almoxarifado,
Serviço de Infectologia, central de exames radiológicos, setor de diálise, centro cirúrgico,
Centro de Terapia Intensiva, Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, laboratório de
patologia clínica, enfermaria de hematologia, enfermaria de ortopedia, enfermaria de
pediatria, enfermaria clínica e enfermaria cirúrgica masculina, enfermaria clínica e a
enfermaria cirúrgica feminina e maternidade contendo Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal, alojamento conjunto, sala de parto, enfermaria pré-natal. O setor escolhido foi a
Enfermaria de Pediatria.

3.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo serão os profissionais de enfermagem do Hospital


Universitário Antônio Pedro que atuam na Pediatria, com regime de trabalho por plantão
diurno ou diarista e que autorizem a realização da observação ao assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.
Os critérios de exclusão são: profissionais que não pertençam à equipe de
enfermagem; profissionais de enfermagem que possuem um regime de plantão noturno;
profissionais de enfermagem que atuam na parte administrativa do hospital; e profissionais
que não aceitem participar da observação e/ou não assinem o termo de consentimento livre e
esclarecido.
O quantitativo de sujeitos utilizados nesta pesquisa foi de 10 profissionais de
enfermagem. Os participantes foram observados em dias variados, nunca possuindo duas
observações do mesmo funcionário. O n=10 foi escolhido por uma amostra de conveniência,
pois são os profissionais que mantem maior contato com os pacientes.

3.4 ASPECTOS ÉTICOS

Antes de ser iniciada a coleta de dados, esta pesquisa foi submetida à apreciação do
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina/ Hospital Universitário Antônio
Pedro no dia 19/10/2015, tendo como CAAE o nº 47695515.4.0000.5243.
30

Será de responsabilidade do pesquisador o sigilo das informações e o anonimato dos


sujeitos envolvidos, desenvolvendo a pesquisa segundo os preceitos da Resolução Nº 466, de
12 de Dezembro de 2012.
O pesquisador se responsabilizará pela preservação dos dados da pesquisa, cabendo-
lhe divulgar os resultados em eventos científicos, sem denegrir a imagem da instituição
envolvida na pesquisa. O pesquisador tem a obrigação de conduzir a pesquisa de acordo com
a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
O parecer do Comitê de Ética e Pesquisa segue nos Anexos.

3.5 INSTRUMENTO DE PESQUISA

O instrumento de pesquisa escolhido para ser utilizado na pesquisa foi um check-list


(ou Lista de Verificações) elaborado de acordo com o manual da ANVISA (BRASIL, 2013).
A Lista de Verificação tem a intenção de ser uma ferramenta prática e de fácil utilização por
profissionais de saúde interessados na melhoria da segurança do paciente e na redução de
complicações (BRASIL, 2013).
Para o desenvolvimento desse check-list, foi levado em consideração dois princípios.
Como primeiro princípio tem-se a simplicidade. Uma lista que seja exaustiva de padrões e
orientações, apesar de ser de grande importância para melhoria da segurança do paciente,
poderia se tornar um empecilho na hora de sua utilização (BRASIL, 2013).
O segundo princípio constitui-se pela possibilidade de mensuração. A mensuração do
impacto é uma parte imprescindível do estudo, para assim avaliar a qualidade da assistência à
saúde (BRASIL, 2013).
O check-list contém os devidos momentos em que deve ser realizada a higienização
das mãos, assim como a descrição de como deve ser feita a técnica de lavagem das mãos.
Inclui os 11 (onze) passos a serem realizados durante a técnica, contendo espaço para
marcação de sim ou não e observações que possam ser pertinentes. Além disso, também
constam os 5 (cinco) momentos em que o procedimento deve ser efetuado.
Além dos passos e momentos para uma higienização correta das mãos, há também
espaço destinado para a identificação do indivíduo que estará em observação, determinando
sua categoria, como auxiliar de enfermagem, técnico em enfermagem ou enfermeiro. Assim
como o turno em que haverá a coleta.
O instrumento de pesquisa encontra-se em Apêndices.
31

3.6 COLETA DE DADOS

Após a aprovação do Comitê de Ética, a coleta de dados foi realizada em três etapas. A
primeira etapa ocorreu no mês de Novembro, onde foi realizado um diagnóstico in loco do
setor, atribuindo os critérios de inclusão e exclusão dos participantes. Após esta avaliação foi
escolhido o quantitativo de 10 sujeitos participantes, sendo aqueles que possuem maior
contato com os pacientes.
A segunda etapa da coleta de dados foi realizada através do contato com os
participantes, apresentando o tema da pesquisa aos funcionários da Enfermaria de Pediatria,
com a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.
Após a concordância dos participantes com a assinatura do TCLE, a terceira etapa
ocorreu com a aplicação de um check-list previamente elaborado para observação não
participante, nos meses de Dezembro e Janeiro.

3.7 ANÁLISE DE DADOS

A análise dos dados foi feita através de estatística descritiva, que é a etapa inicial
utilizada para descrever e resumir os dados. É o conjunto de métodos para organização,
apresentação e descrição de dados representativos do comportamento. Através desse meio de
análise, a estatística descritiva permite organizar e descrever os dados de por meio de tabelas
e gráficos. Tem como objetivo básico sintetizar uma série de valores de mesma natureza,
permitindo que se tenha uma visão global da variação desses valores (BARBETA, 1999).
Os dados foram agrupados e organizados. Optou-se pelo uso de gráficos e tabelas, que
proporcionam uma melhor visualização das informações coletadas através da observação não
participante. Na construção das tabelas utilizou-se frequência absoluta e frequência relativa
para indicar o quantitativo de sujeitos.
A frequência absoluta corresponde ao número de elementos pertencentes a uma classe.
Enquanto que a frequência relativa é determinada em porcentagem, dada pela relação entre a
frequência absoluta e o somatório dos valores. Assim, os sujeitos que realizaram as etapas
presentes no instrumento de pesquisa correspondem a frequência absoluta, e a frequência
relativa é o número de sujeitos da frequência absoluta representado por porcentagem sobre o
número de sujeitos totais.
Para uma melhor visualização e entendimento, os dados foram agrupados em quatro
categorias. A primeira categoria corresponde ao diagnóstico do setor, identificando o
32

quantitativo de sujeitos do setor, atribuindo-se os critérios de inclusão e exclusão para


determinar o número de sujeitos participantes.
A segunda categoria refere-se ao diagnóstico do setor em relação aos materiais e
insumos necessários à prática de lavagem das mãos. A terceira categoria inclui o primeiro
grupo de itens do instrumento de pesquisa, que leva em consideração a assertividade da
técnica de lavagem das mãos pela equipe de enfermagem. E a quarta categoria é constituída
do segundo grupo de itens do instrumento de pesquisa, o qual observa os momentos em que
ocorre a lavagem das mãos pela equipe de enfermagem.

3.8 LIMITAÇÃO DO ESTUDO

Ao saberem que estão sendo observados, os profissionais poderão alterar seus hábitos
no setor, procurando manter a adequada técnica de higienização das mãos. Para eliminar tal
viés de pesquisa que poderá ter, optou-se por fazer a observação durante a disciplina de
Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente II, na qual exerço papel de monitora.
Assim, os profissionais não souberam em que momento estavam sendo observados,
fazendo com que a pesquisa fosse efetivada.
33

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção serão apresentados os resultados referentes à coleta de dados realizada


durante os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016. As informações coletadas serão
apresentadas em cinco categorias temáticas com o objetivo de favorecer e facilitar a
visualização e entendimento dos resultados.
Tais categorias respondem aos objetivos, geral e específico, propostos na pesquisa.
Assim trazendo considerações e importantes dados a serem discutidos. A partir do tema
proposto e da análise do material, optou-se por agrupar os dados em cinco categorias
temáticas.
A primeira categoria a ser descrita será referente ao Diagnóstico do setor e dos
participantes. A segunda categoria traz o diagnóstico relacionado aos materiais e insumos
imprescindíveis para a aplicação da técnica de lavagem das mãos. A terceira categoria expõe
o viés de pesquisa. A quarta categoria trabalha a questão da assertividade da técnica do
procedimento em questão. A quinta categoria compreende a questão dos momentos em que
ocorre a lavagem das mãos.
A categoria referente ao diagnóstico do setor e participantes corresponde à etapa
inicial da coleta de dados. Nessa etapa realizou-se um diagnóstico na enfermaria de Pediatria,
a fim de identificar o quantitativo de sujeitos que iria participar da pesquisa, aplicando-se os
critérios de inclusão e exclusão.
Na segunda categoria, o diagnóstico incluiu a observação em relação aos materiais e
insumos necessários a uma correta e adequada técnica de lavagem das mãos, presentes ou não
na enfermaria.
Já na terceira categoria, procurou-se mostrar o viés da pesquisa encontrado no início
da coleta, e a estratégia utilizada para eliminar o risco de se continuar a pesquisa.
Na quarta categoria será exposto o primeiro grupo de itens presentes no instrumento
de pesquisa, que se refere à assertividade da técnica de lavagem das mãos pelos profissionais
de enfermagem participantes da pesquisa, descrevendo como se dá essa técnica na rotina de
trabalho.
A quinta e última categoria trabalha com a questão dos momentos em que foi realizada
a lavagem das mãos, onde será mostrado se a equipe de enfermagem realiza tal procedimento
nos devidos momentos preconizados pela ANVISA.
34

4.1 PRIMEIRA CATEGORIA: DIAGNÓSTICO DO SETOR – SUJEITOS DA


PESQUISA

O setor de Enfermaria de Pediatria fica situado no quinto andar do prédio principal do


Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), localizado no município de Niterói – RJ. Sua
estrutura física conta com duas alas de enfermaria, que são divididas entre pré-escolares e
escolares; a enfermaria de pré-escolar é constituída de 05 (cinco) leitos, enquanto que 06
(seis) leitos fazem parte da enfermaria de escolar. Possui um posto de enfermagem central que
possibilita a visualização dos leitos das duas alas.
Além disso, possui uma brinquedoteca, onde as crianças podem desenhar e realizar
diversas atividades recreativas. Conta ainda com uma sala para procedimentos, banheiro,
expurgo, sala de estar médico e de enfermagem, copa, sala da pedagogia, sala da nutrição e
também uma área reservada onde ficam os prontuários. Atualmente, a Unidade Intensiva
Neonatal também fica dentro da Pediatria, em uma área reservada e isolada.
De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN (2004) “para berçário e
unidade de internação em pediatria, caso não tenha acompanhante, a criança menor de seis
anos e o recém-nascido devem ser classificados com necessidades de cuidados
intermediários”. Assim, levando em consideração o sistema de classificação de pacientes, o
percentual do total de profissionais de Enfermagem necessário para assistência mínima e
intermediária é de 33 a 37% de enfermeiros (mínimo de seis) e os demais auxiliares e/ou
técnicos de enfermagem.
A Enfermaria de Pediatria do Hospital Universitário Antônio Pedro é composta, em
sua equipe de Enfermagem, por um total de 07 enfermeiros e 15 técnicos de enfermagem.
Dentre os enfermeiros, 03 (três) são plantonistas noturnos e 04 (quatro) fazem plantão diurno;
sendo que 01 (um) plantonista diurno é responsável pela parte administrativa do setor, o
enfermeiro diarista.
Os técnicos de enfermagem também são divididos por plantão durante a semana. O
plantão de dia é constituído de 03 (três) técnicos de enfermagem, enquanto que o plantão feito
durante a noite é composto de 02 (dois) técnicos.
Durante os meses de Dezembro/2015 e Janeiro/2016 em que foram coletados os
dados, tiveram algumas pessoas integrantes desta equipe que estavam em seu período de
férias. No mês de Dezembro/2015 05 (cinco) integrantes estavam ausentes do serviço pelo
motivo de férias; e em Janeiro/2016 obteve-se 06 pessoas não estavam presentes pelo mesmo
motivo.
35

A Tabela 1 mostra o quantitativo total da equipe de enfermagem e o quantitativo dos


participantes da pesquisa.

Tabela 1 – Quantitativo total da equipe de enfermagem e participantes da pesquisa

Enfermeiros Técnicos de enfermagem


Total 7 15
Participantes da 3 7
pesquisa (43%) (47%)

Aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão para a participação na pesquisa, temos


que: o enfermeiro diarista foi excluído por fazer parte da administração e não da assistência
direta ao paciente; os enfermeiros e técnicos de enfermagem pertencentes ao plantão noturno
também foram excluídos por não fazerem parte dos critérios de inclusão, além daqueles que
não aceitaram fazer parte da pesquisa.
Sendo assim, temos um quantitativo de 10 (dez) sujeitos participantes da pesquisa, que
são compostos de 3 (três) enfermeiros e 7 (sete) técnicos de enfermagem.

4.2 SEGUNDA CATEGORIA: DIAGNÓSTICO DO SETOR – MATERIAIS E


INSUMOS

Considerando-se a parte de recursos e infraestrutura necessária à aplicação da técnica


de higienização das mãos, o setor deve ser contemplado com pias, dispensadores de sabonete
líquido e dispensadores de papel toalha; além de dispensadores com álcool em gel
distribuídos pelo setor.
Dentre esses materiais encontrados, notou-se que durante a realização da coleta de
dados estavam em boas condições de uso, estando aptos para a realização do procedimento
em questão, pois não houve falta dos mesmos nesse período.
A Tabela 2 mostra o quantitativo de materiais encontrados em cada ala do setor de
Pediatria.
36

Tabela 2 – Quantidade de materiais disponíveis em cada ala do setor de Pediatria

Dispensadores de Dispensadores de papel


Setor Pias
sabonete toalha
Posto de
01 01 01
Enfermagem
Enfermaria
01 01 01
pré-escolar
Enfermaria
01 01 01
escolar

TOTAL 03 03 03

Para tanto, o quantitativo de materiais achados no setor foi o seguinte: 03 (três) pias,
sendo uma na enfermaria de pré-escolar, outra na enfermaria de escolar, e a terceira localizada
dentro do posto de enfermagem; em cada pia foi encontrado juntamente um dispensador de
sabonete e também um dispensador de papel toalha, totalizando 03 (três) dispensadores de
sabonete e 03 (três) de papel toalha.

4.3 TERCEIRA CATEGORIA: ASSERTIVIDADE DA TÉCNICA DE LAVAGEM


DAS MÃOS

O primeiro item abordado no instrumento de pesquisa foi em relação à assertividade


da técnica de higienização das mãos pelos profissionais de enfermagem, onde são abordados
os onze passos para uma adequada realização da mesma.
Para a correta prevenção de transmissão de microrganismos pelas mãos, são
imprescindíveis que haja três fatores, sendo eles: “agente tópico com eficácia antimicrobiana,
procedimento adequado ao utilizá-lo (com técnica adequada e no tempo preconizado) e
adesão regular no seu uso (momentos indicados)” (BRASIL, 2009).
Através da observação não participante, observou-se que diante dos passos
mencionados para a efetividade da técnica, alguns deles foram deixados de lado, tais como: a
duração do procedimento; o ato de esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da
mão oposta; esfregar os polegares; friccionar as polpas digitais e unhas; e esfregar os punhos.
37

As mãos dos profissionais de saúde são um importante meio de contaminação no


ambiente hospitalar. Diversos estudos já publicados demostraram que medidas como a
higienização das mãos possuem efetividade em relação ao combate às infecções relacionadas
à saúde, já que a ocorrência dessas infecções nas unidades de saúde tem grande relação com a
má qualidade na lavagem das mãos (DUTRA et al., 2015).
A enfermagem por ser a equipe que está em contato mais direto com o paciente é a
principal responsável pela prevenção desse tipo de infecção. A equipe de enfermagem é a
responsável por fazer a maior parte dos procedimentos, invasivos ou não. Além disso, a
transmissão de microrganismos também se dá de forma indireta, por exemplo, através de
equipamentos utilizados na assistência ou até mesmo objetos que ficam próximos ao paciente.
Os passos para uma correta higienização das mãos, segundo o manual da ANVISA
(2009), são:
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia; 2. Aplicar na palma
da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das
mãos; 3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si; 4. Esfregar a palma
da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos, e vice-versa;
5. Entrelaças os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 6. Esfregar o dorso dos
dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai-e-vem e vice-versa; 7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio
da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; 8.
Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; 9. Esfregar o punho
esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e
vice-versa; 10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato
direto das mãos ensaboadas com a torneira; 11. Secar as mãos com papel toalha
descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras
com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha.

O gráfico 1, mostrado abaixo, demonstra a frequência de enfermeiros que efetuou cada


um dos passos de higienização das mãos, citados anteriormente, onde se visualiza que os
passos 1, 2, 3, 4, 9, 10 e 11 foram cumpridos com excelência por todos os enfermeiros. Já os
passos 5 e 8 foram realizados apenas por dois deles, representando 67%. E apenas um
enfermeiro efetuou os passos 6 e 7,o que representa 33%.
38

Gráfico 1 - Enumeração dos passos de higienização das mãos e frequência dos enfermeiros
que os executaram.

Gráfico 2 – Enumeração dos passos de higienização das mãos e frequência dos técnicos de
enfermagem que os executaram

O gráfico 2 mostra a frequência de técnicos de enfermagem que realizou cada um dos


passos de higienização das mãos enumerados. Na visualização do mesmo, nota-se que os
passos 1, 2, 3, 10 e 11 foram efetuados por todos eles. Os passo 4 foi realizado por cinco
técnicos. Os passos 5 e 8 foram efetivados por seis técnicos de enfermagem. E apenas dois
deles fizeram o procedimento dos passos 7 e 9. O passo 6, que aborda o ato de esfregar os
39

dorsos dos dedos, não foi visto sendo realizado por nenhum dos técnicos participantes da
pesquisa.

4.4 QUARTA CATEGORIA: MOMENTOS DA LAVAGEM DAS MÃOS

O segundo item pertencente ao instrumento de pesquisa foi a avaliação dos momentos


em que ocorrem a lavagem das mãos.
De acordo com o Manual da ANVISA (2009), existem cinco momentos em que a
higienização das mãos é preconizada, sendo eles: antes de contato com o paciente; antes da
realização de procedimento; após a exposição a fluidos corporais; após o contato com o
paciente; e após o contato com as áreas próximas ao paciente.
A tabela abaixo mostra os resultados encontrados divididos por cargo entre
enfermeiros e técnicos de enfermagem, onde FA representa a frequência absoluta e FR
representa a frequência relativa.

Tabela 3 – Momentos de lavagem das mãos realizados pelos enfermeiros e técnicos de


enfermagem

Técnicos de Técnicos de
Momentos de Enfermeiros Enfermeiros
enfermagem enfermagem
lavagem (FA) (FR)
(FA) (FR)
Antes do contato
1 33% 0 -----
com o paciente
Antes da realização
2 67% 0 -----
de procedimentos
Após a exposição a
3 100% 7 100%
fluidos corporais
Após o contato com
3 100% 7 100%
o paciente
Após o contato com
áreas próximas ao 3 100% 5 71%
paciente
40

A coleta de dados mostrou que dentre os três enfermeiros participantes da pesquisa


apenas dois realizaram a lavagem das mãos antes da realização de procedimentos,
representando 67% dos que participaram; no entanto todos eles efetivaram o procedimento
após o contato com o paciente, a exposição a fluidos corporais e as áreas próximas ao
paciente. Apenas um deles fez a higienização antes do contato com o paciente, o que
representa 33%.
Em relação aos técnicos de enfermagem, nenhum deles realizou a higienização antes
do contato com o paciente e nem antes da realização de procedimentos. Mas o resultado
relacionado aos momentos após o contato com o paciente e após a exposição a fluidos
corporais foi o mesmo achado nos enfermeiros, sendo realizado por todos. O momento de
lavagem das mãos após o contato com áreas próximas ao paciente foi visto em cinco técnicos
de enfermagem, sendo representado por 71%.
41

5 CONCLUSÃO

A partir da análise dos dados coletados, é possível perceber que a equipe de


enfermagem, apesar de obter todos os recursos necessários para uma adequada higienização
das mãos, deixa de realizar esse procedimento simples e individual e que serve de principal
meio de prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde.
A negligência dessa prática por esses profissionais torna cada vez maior o risco de
probabilidade de infecções hospitalares, já que são eles que exercem um contato mais direto
com os pacientes. Em se tratando de pacientes pediátricos, esse risco aumenta ainda mais,
pois esses pacientes em particular tem um mecanismo de defesa do organismo ainda em
desenvolvimento.
A aplicação da técnica em sua assertiva faz-se necessário para que tenha uma
efetividade na lavagem das mãos, uma vez que se não realizada corretamente a redução dos
microrganismos e eliminação de sujidades presentes nas mãos pode não ocorrer devidamente.
Isso torna mais difícil a prevenção e controle das infecções.
Nota-se que esta técnica não tem sido efetuada da forma como é preconizada pela
ANVISA, principalmente no que diz respeito ao tempo de duração do procedimento, onde
nenhum dos participantes atingiu o esperado. Além disso, o ato de esfregar o punho só foi
visto entre os enfermeiros, e não entre os técnicos de enfermagem.
O fato de nenhum dos participantes ter realizado a lavagem das mãos antes do contato
com o paciente demonstra uma falta de preocupação em relação à segurança do paciente, pois
todos eles realizaram o procedimento após o contato com os mesmos, mostrando se
preocuparem com sua própria segurança.
A transmissão de microrganismos pode acontecer de forma direta, em contato direto
com o paciente, ou seja, de pessoa para pessoa; ou indireta, seja por uso de equipamentos na
hora da assistência ou ao tocar em objetos pertencentes ou próximos aos pacientes.
Sendo assim, nota-se que a higienização tem grande importância não somente antes e
após a realização de procedimentos invasivos; mas também após o contato com qualquer área
próximo ao paciente, pois mesmo sem notar a presença de sujidades, há a presença de
microrganismos.
O baixo índice de adesão à higienização das mãos, assim como a não preocupação
com a técnica desse procedimento traz uma grande preocupação com os números elevados de
infecção que podem ser adquiridos por causa dessa prática inadequada.
42

Como recomendações para a melhor adesão à prática de higienização das mãos, tem-
se a educação permanente e continuada dos profissionais do setor acerca da importância da
prevenção de infecções hospitalares e disseminação de microrganismos, principalmente
através da técnica correta de higienização das mãos, além da colocação de cartazes em cada
pia com ilustrações além da escrita de como realizar essa prática.
Após a lavagem das mãos, a orientação de acordo com a ANVISA é de que as
torneiras que não são acionadas através de sensor devem ser fechadas com papel toalha. Isso
ocasiona um maior gasto de material, sendo, portanto, um empecilho na hora de se realizar o
fechamento das torneiras de forma correta. Para tanto, recomenda-se o uso de torneiras com
sensor para que seja reduzido o gasto de material e também para que se tenha uma maior
efetividade na lavagem das mãos, já que ao tocar a torneira para fechá-la perde-se o efeito da
higienização que acabou de ser realizada.
43

6 OBRAS CITADAS

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intensiva: estudo retrospectivo. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 32, n. 1,
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Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de
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prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (2013-2015). Brasília,
2013.

BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária – ANVISA. Manual de Microbiologia


Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde: Módulo 1:
Biossegurança e Manutenção de Equipamentos em Laboratório de Microbiologia Clinica.
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7 OBRAS CONSULTADAS

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v. 75, 1999.

GOMES, C. H. R; BARROS, A. A.; ANDRADE, M. C. T.; ALMEIDA, S. Adesão dos


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JÚLIO, H. G. Infecção na Unidade de Terapia Intensiva: Principais Fatores Causadores.


Campinas, SP. 2013.

LOCKS, L.; LACERDA, J.T.; GOMES, E.; TINE, A. C. P. S. Qualidade da higienização das
mãos de profissionais atuantes em unidades básicas de saúde. Rev. Gaúcha Enferm., Porto
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MOURA, M. E. B.; CAMPELO, S. M. A.; BRITO, F. C. P.; BATISTA, O. M. A.; ARAÚJO,


T. M. E.; OLIVEIRA, A. D. S. Infecção hospitalar: estudo de prevalência em um hospital
público de ensino. Rev. bras. enferm., Brasília, v.60, n.4, July/Aug. 2007.

REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE. Estratégias


para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde / Rede Brasileira de
Enfermagem e Segurança do Paciente. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2013. 132 p.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Infecção hospitalar: Manual de


orientações e critérios diagnósticos. Sistema de vigilância epidemiológica das infecções
hospitalares do estado de São Paulo, 2011.
48

8 APÊNDICES

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de Identificação

Título do Projeto: Análise da assertividade na aplicação da técnica de Higienização das Mãos pelos
Profissionais de Enfermagem do HUAP
Pesquisador Responsável: Prof.ª Drª Marilda Andrade
Coleta de dados: Clariana Rosa de Oliveira
Instituição: Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ Universidade Federal Fluminense
Telefones para contato: 21- 965243277; 21- 99750-4234
Nome do Voluntário: _______________________________________________________
Idade: ______ RG:___________________

O Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa intitulado Análise da assertividade na
aplicação da técnica de Higienização das Mãos pelos Profissionais de Enfermagem do HUAP com profissionais
de enfermagem do Hospital Universitário Antônio Pedro, de responsabilidade da Prof. Drª Marilda Andrade.

A pesquisa tem como objetivo observar a execução da técnica de lavagem das mãos por profissionais de
enfermagem do HUAP; e como específico descrever como se dá a realização desta técnica pela equipe de
enfermagem do HUAP; e possui como produto a criação de um indicador de lavagem das mãos.

Sua participação ocorrerá através de uma observação, que será não participante para preservar a execução das
tarefas. Caso necessite, poderão ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer dúvida
acerca dos procedimentos, benefícios e outros relacionados â pesquisa. Os resultados da pesquisa serão tornados
públicos em trabalhos e/ou revistas científicas. A retirada do consentimento e permissão de realização do estudo
pode ser feita a qualquer momento, sem que haja prejuízos. Sua participação no projeto é voluntária, podendo se
retirar da pesquisa quando achar necessário. Garantiremos a confidencialidade das informações geradas e a
privacidade dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Tal pesquisa não terá nenhum risco para os participantes. Em
caso de qualquer dúvida acerca da pesquisa, os pesquisadores se colocam à disposição para saná-las.

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em outubro de 2015, pelo número de
CAAE:47695515.4.0000.5243.

Eu, _______________________________________________________, RG nº _______________________,


declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário do projeto de pesquisa acima descrito.

Niterói, _______ de ______________ de 2015.

_________________________________ ________________________________
Nome e assinatura do participante Testemunha

___________________________________ ________________________________
Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento Testemunha
49

8.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA - CHECK-LIST

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

“Análise da assertividade na aplicação da técnica de higienização das mãos pelos profissionais


de enfermagem no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Antônio Pedro”

Responsável pela Coleta de dados: Clariana Rosa de Oliveira


Orientador: Prof.ª Dra. Marilda Andrade / Co-orientador: Prof. Pedro Paulo Corrêa Santana

Profissional: ( ) Enfermeiro ( ) Téc. De Enfermagem ( ) Auxiliar de Enf.

Turno: Manhã ( ) Tarde ( )

APÊNDICE I - TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS:

SIM NÃO Observações


Duração do procedimento: 40 a 60
segundos.

1. Abrir a torneira e molhar as


mãos, evitando encostar-se a
pia;
2. Aplicar na palma da mão
quantidade suficiente de
sabonete líquido para cobrir
todas as superfícies das mãos;
3. Ensaboar as palmas das mãos,
friccionando-as entre si;

4. Esfregar a palma da mão


direita contra o dorso da mão
esquerda entrelaçando os
dedos, e vice-versa;
5. Entrelaças os dedos e
friccionar os espaços
interdigitais;
6. Esfregar o dorso dos dedos de
uma mão com a palma da mão
oposta, segurando os dedos,
com movimento de vai-e-vem
e vice-versa;
50

7. Esfregar o polegar direito, com


o auxílio da palma da mão
esquerda, utilizando-se
movimento circular e vice-
versa;
8. Friccionar as polpas digitais e
unhas da mão esquerda contra
a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo
movimento circular e vice-
versa;
9. Esfregar o punho esquerdo,
com o auxílio da palma da mão
direita, utilizando movimento
circular e vice-versa;

10. Enxaguar as mãos, retirando os


resíduos de sabonete. Evitar
contato direto das mãos
ensaboadas com a torneira;

11. Secar as mãos com papel


toalha descartável, iniciando
pelas mãos e seguindo pelos
punhos. No caso de torneiras
com contato manual para
fechamento, sempre utilize
papel toalha.

MOMENTOS DE LAVAGEM DAS MÃOS:


1. Antes de contato com o paciente ( ) SIM ( ) NÃO
2. Antes da realização de procedimento ( ) SIM ( ) NÃO
3. Após exposição a fluidos corporais ( ) SIM ( ) NÃO
4. Após contato com o paciente ( ) SIM ( ) NÃO
5. Após contato com as áreas próximas ao paciente ( ) SIM ( ) NÃO

Fonte: BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária – ANVISA. Manual de Segurança


do Paciente: Higienização das Mãos. Brasília, 2009.
51

9 ANEXOS

9.1 PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA


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