Aula 1

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FILOSOFIA

UNIDADE I
Prof. Ricardo Marinho
O QUE É FILOSOFIA

Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a


existência humana e o saber por meio da análise
racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao
conhecimento”.
TEMAS ABORDADOS PELA FILOSOFIA

Os principais temas abordados pela filosofia são: a


existência e a mente humana, o saber, a verdade, os
valores morais, a linguagem, etc.

O filósofo é considerado um sábio, sendo aquele que


reflete sobre essas questões e busca o conhecimento
através da filosofia.
CORRENTES E PENSAMENTOS

Dependendo do conhecimento desenvolvido, a


filosofia possui uma gama de correntes e
pensamentos. Como exemplos temos: filosofia cristã,
política, ontológica, cosmológica, ética, empírica,
metafísica, epistemológica, etc.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."


(Maurice Merleau-Ponty)

"A filosofia busca tornar a existência transparente a


ela mesma." (Karl Jaspers)

"Ó filosofia, guia da vida!" (Cícero)

"A filosofia ensina a agir, não a falar." (Sêneca)

"Ciência é o que você sabe. Filosofia é o que você


não sabe." (Bertrand Russell)
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

"A filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser


percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a
felicidade." (Baruch de Spinoza)

"Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te


servo da filosofia." (Epicuro)

"Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa


inteligência mediante a linguagem."( Ludwig
Wittgenstein)

"Fazer troça da filosofia é, na verdade, filosofar."


(Blaise Pascal)
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA

Por meio de argumentos que utilizam a razão e a lógica, a


filosofia busca compreender o pensamento humano e os
conhecimentos desenvolvidos pelas sociedades.

A filosofia foi essencial para o surgimento de uma atitude


crítica sobre o mundo e os homens.
Ou seja, a atitude filosófica faz parte da vida de todos os
seres humanos que questionam sobre sua existência e
também sobre o mundo e o universo.
ORIGEM DA FILOSOFIA

A filosofia tem início na Antiguidade, quando surgem as


cidades-estados na Grécia Antiga. Antes disso, o
pensamento, a existência humana e os problemas do
mundo eram explicados de maneira mítica.

Ou seja, as explicações estavam baseadas na religião, na


mitologia, na história dos deuses e, até mesmo, nos
fenômenos da natureza.
MITOLOGIA GREGA

A Mitologia Grega reúne um conjunto de lendas e


mitos que foram criados pelos gregos na antiguidade.

O objetivo principal era de explicar alguns fatos, como


a origem da vida, a vida após a morte, ou até mesmo
os fenômenos da natureza.
ELEMENTOS DA NATUREZA

Os mitos são histórias que explicam a existência de


diversos elementos da natureza, assim como ensinam
sobre o comportamento humano. Essas narrativas e lendas
compõem o imaginário coletivo de um determinado povo.

Formam uma tradição oral, suas histórias são contadas de


geração a geração. Esses relatos fabulosos se
transformam na história das coisas e em uma crença
comum compartilhada por um grupo de pessoas.
ORIGEM DA PALAVRA MITO

A palavra mito possui sua origem no termo grego mythos


que significa "narrativa". Assim, a mitologia pode ser
compreendida como um conhecimento oral que visa
explicar o mundo.

O mito é história contada oralmente composta de seres


fantásticos: heróis, deuses e criaturas mitológicas. Essas
são repletas de ensinamentos e formam um tipo de
conhecimento.
DEFERENÇA ENTRE MITO E FILOSOFIA
FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA

A Filosofia é uma atividade do pensamento


que busca compreender questões
fundamentais sobre a existência, a mente
humana, o saber, a verdade, os valores
morais, a linguagem e muito mais.

Não há uma resposta única e definitiva


para a pergunta “o que é filosofia?”.
Diferentes filósofos ao longo da história
responderam de maneiras diversas,
refletindo suas épocas e perspectivas.
EPISTEMOLOGIA

A Epistemologia, também conhecida como Teoria do


Conhecimento, é um ramo da filosofia que se dedica a
estudar a natureza, a origem e a validade do
conhecimento. Ela busca responder a perguntas como:

O que é conhecimento?
Como podemos adquirir conhecimento?
Quais são as diferentes fontes de conhecimento
(experiência, razão, fé)?
Quais são os tipos de conhecimento (crença, opinião,
saber)?
Qual é a relação entre conhecimento e verdade?
PRINCIPAIS CONCEITOS DE EPISTEMOLOGIA

Justificação: Refere-se às razões que temos para acreditar


em algo.
Verdade: Corresponde àquilo que se ajusta à realidade.
Crença: É uma convicção que pode ou não ser verdadeira.
Opinião: É um ponto de vista pessoal que pode ser
baseado em crenças ou em conhecimentos imperfeitos.
Saber: É um conhecimento justificado e verdadeiro.
Ceticismo: É a atitude de questionar tudo e não aceitar
nada como verdade sem provas.
Dogmatismo: É a crença acrítica em algo, sem questionar
sua veracidade.
CORRENTES DENTRO DA EPISTEMOLOGIA

Empirismo: Afirma que o conhecimento deriva da


experiência sensorial.
Racionalismo: Defende que o conhecimento
deriva da razão.
Construtivismo: Propõe que o conhecimento é
construído pelo sujeito a partir de sua interação
com o mundo.
Pragmatismo: Afirma que o valor do
conhecimento se baseia em sua utilidade prática.
METAFÍSICA

A Metafísica é um ramo da filosofia que se


dedica a investigar a natureza fundamental da
realidade. Ela busca responder a perguntas
como:

O que existe?
Qual é a natureza da realidade?
Qual é a relação entre mente e corpo?
O que é tempo e espaço?
Existe Deus?
AXIOLOGIA

A Axiologia, também conhecida como Teoria do


Valor, é um ramo da filosofia que se dedica a
estudar a natureza dos valores e os juízos de
valor. Ela busca responder a perguntas como:

O que é bom e o que é mal?


Qual é o sentido da vida?
O que é felicidade?
Qual é a relação entre liberdade e
determinismo?
Qual é a natureza da justiça?
EMPIRÍSMO

O empirismo é uma importante corrente de


pensamento na filosofia moderna que se
concentra na construção do conhecimento com
base na experiência.

O empirismo é uma abordagem que valoriza a


experiência sensorial e os sentidos como meios
fundamentais para conhecer a realidade que nos
cerca.
ORIGEM DO CONHECIMENTO

Os empiristas questionam: de onde vem o


conhecimento humano?

John Locke comparou nossa mente a uma


folha em branco que se preenche à medida
que experimentamos a realidade ao nosso
redor.
David Hume, por sua vez, desafiou a noção de
causalidade, argumentando que é subjetiva e
derivada de nossos costumes e crenças.
CONTEXTO HISTÓRICO

O termo “empirismo” surgiu durante a filosofia moderna


(do século XV ao XVIII).
A palavra grega “empeiria” significa experiência.

No passado, havia uma forma de tratamento chamada


“medicina empírica”, que se baseava na observação de
casos semelhantes.
Principais Filósofos Empiristas:
John Locke: Defendeu a ideia de que nossa mente é
como uma folha em branco, preenchida pela
experiência.
David Hume: Questionou a causalidade e destacou sua
subjetividade.
PRINCIPAIS IDEAS DO EMPIRÍSMO

- O conhecimento é adquirido por meio da


experiência e observação.

- A experiência é a única fonte de conhecimento.


- A razão não é usada para adquirir
conhecimento.
- A verdade é relativa à experiência e subjetiva.
- O mundo material desempenha um papel
crucial nas reflexões dos empiristas.
RACIONALISMO

O racionalismo é uma corrente filosófica


significativa que coloca a razão como a
principal fonte de conhecimento, em
oposição à experiência ou percepção
sensorial.

Esta filosofia sustenta que o intelecto pode


compreender diretamente certas verdades,
especialmente em áreas como lógica,
matemática, ética e metafísica.
ORIGENS E FILÓSOFOS REPRESENTANTES

O racionalismo começou a tomar forma durante


o Renascimento, mas suas raízes remontam à
filosofia grega, especialmente às teses idealistas
platônicas e ao princípio da causalidade.

René Descartes, filósofo e matemático francês,


é considerado o primeiro grande racionalista.
Outros filósofos notáveis associados ao
racionalismo incluem Spinoza e Leibniz.
CARACTERÍSCA DO RACIONALISMO

O racionalismo afirma que todo o conhecimento humano


advém da pura racionalidade e do intelecto.
Experiências práticas não têm valor cognitivo para os
racionalistas, podendo até nos enganar com impressões
errôneas.
As ideias surgem da capacidade racional e impulsionam o
intelecto, formando conhecimentos com base nas leis
universais da razão.
A tese inatista é fundamental para o racionalismo,
defendendo que o conhecimento parte de impressões
inatas presentes em todos os seres humanos desde o
nascimento.
MÉTODOS E DEDUÇÃO

- O racionalismo adota a dedução como


principal método filosófico.

- A razão é composta por um conjunto de leis


universais que formam todo o conhecimento
racional.

- Tudo que está fora desse conjunto é


considerado conhecimento errado pelos
racionalistas.
SURGIMENTO DA FILOSOFIA ANTIGA

A Filosofia Antiga surge no século VII a.C. na Grécia Antiga.


A filosofia grega está dividida em três períodos:

•Período Pré-socrático (séculos VII a V a.C.);

•Período Socrático (século V a IV a.C.);

•Período Helenístico (século IV a.C. a VI d.C.).


FILOSOFIA ANTIGA
PROPÓSITO

Compreender, no modelo ateniense de


democracia, a partir da contribuição dos
filósofos clássicos – Sócrates, Platão e
Aristóteles – e seus contemporâneos, o papel
dos governantes e governados naquela
sociedade.
CONSOLIDAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO GREGA

Consolidação da civilização grega, ressaltando a figura de


Homero, que viveu possivelmente na Jônia do século IX
a.C (daí a denominação de tempos homéricos para esse
período). Senhores formam a aristocracia de terras, o que
agrava o sistema escravista.

Momento em que os aedos – poetas cantadores –


conservam os acontecimentos concementes ao apogeu de
Micenas, sofrendo modificações em seus conteúdos graças
a acréscimos resultantes do folclore popular, o que leva ao
surgimento da poesia épica grega (período da consciência
mítica da história antiga).
ASSEMBLEIA

A palavra “assembleia” tem origem no termo


grego ekklesia , que também deu origem à
palavra “igreja”. As ekklesiai eram ocasiões em
que os cidadãos atenienses se reuniam para
decidir sobre os assuntos da cidade-Estado – o
que se considerava a ação política por
excelência (aqui no sentido mais restrito do
vocábulo) para os contemporâneos de
Sócrates.
SOFISTAS X FILÓSOFOS

Na democracia ateniense, as capacidades da


oratória e da retórica se valorizaram
extremamente.

Como o debate, o diálogo público e a


discussão eram as maneiras de se portar no
conselho, tornou-se comum que quem
conseguisse se comunicar mais
persuasivamente alcançasse, com facilidade
maior, os objetivos almejados.
SOFISTAS

Quem era eloquente e, ainda assim, bastante proativo


acabava, pela lábia, exercendo cargos políticos, mesmo
sem precisar ser eleito – caso, inclusive, de Péricles,
citado anteriormente.

Por conta disso, alguns jovens atenienses endinheirados


recorriam a um grupo de professores chamados de
sofistas (algo como “sábios”) para que estes lhes
ensinassem as manhas da fala em público.
PERÍODO ARCAICO

Período arcaico, em que o desenvolvimento da economia


mercantil e alterações sociais e políticas levam ao
aparecimento do colônias (bases das cidades-estados ou
póleis) que geravam produtos agrícolas e a compra e
venda de mercadorias com outros povos.
PERÍODO CLÁSSICO

Período clássico, marcado pelo impulso nas artes,


literatura e filosofia. A cidade de Atenas atinge seu mais
alto grau de desenvolvimento. Nessa época, viveram os
sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles.
PERÍODO HELENÍSTICO

O Helenismo foi uma época da história compreendida


entre os séculos III e II a.C. no qual os gregos estiveram
sob o domínio do Império Macedônico.

Foi tão grande a influência grega que, após a queda do


Império, a cultura helenística continuou predominando
em todos os territórios anteriormente por eles
dominados.

Entre os séculos II e I a.C., os reinos helenísticos foram


aos poucos sendo conquistados pelos romanos.
ALEXANDRE O GRANDE

A figura de Alexandre, o Grande é um dos principais


traços do referido período. Alexandre foi rei da Macedônia
e também notável conquistador, responsável por formar
um dos maiores impérios do mundo antigo. Até os 16
anos, recebeu orientações de Aristóteles. Ainda jovem,
aos 20 anos de idade, assumiu o trono no lugar de seu
pai, Felipe II.
CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA

A civilização helenística foi o resultado da fusão de


diversas sociedades, principalmente grega, persa e
egípcia.
O movimento expansionista promovido por Alexandre foi
responsável pela difusão da cultura grega pelo Oriente,
fundando cidades (várias vezes batizadas com o nome de
Alexandria) que se tornaram verdadeiros centros de
difusão da cultura grega no Oriente.
PENSADORES HELENÍSTICOS

Os pensadores do período helenístico preocuparam-se


especialmente com a condução da vida humana e com a
busca pela tranquilidade espiritual, que como consequência,
proporcionaria a felicidade.
Principais pensadores: Plotino, Cícero, Zenão e Epicuro
PRINCIPAIS ESCOLAS FILOSÓFICAS

O Estoicismo: que acentuava a firmeza do


espírito, a indiferença à dor, a submissão à
ordem natural das coisas e a independência em
relação aos bens materiais;
O Cinismo: que tinha total desprezo aos bens
materiais e ao prazer;
O Epicurismo: que aconselhava a busca do
prazer.
O Ceticismo que aconselhava a tudo duvidar.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

A filosofia resultou do estabelecimento de uma


organização política, econômica e administrativa que
marcou a civilização grega: a pólis (cidade-Estado).

Discussões em assembleias, no lugar do poder em


torno da realeza que dominou o período homérico,
tornaram-se, então, necessárias, gerando o ideal de
cidadania: a participação pública do cidadão nos
destinos da cidade.

Em formas acessíveis à inteligência, uma ordem


humana estabelecia seus alicerces.
DEMOCRACIA

Heródoto (485 A.E.C.-425 A.E.C.) sugere que houve, sim,


um criador da democracia, conhecido como o pai da
História, por ser seu “inventor”, isto é, aquele que tentou,
pela primeira vez, escrever fatos históricos de maneira
mais próxima de como ocorreram – apesar
de todas as liberdades que tomou.

Heródoto credita essa façanha a Clístenes (565 A.E.C.-492


A.E.C.), membro de uma proeminente família da região.
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS

Em Atenas, os cidadãos tinham o direito de participar


diretamente das decisões políticas através de
assembleias públicas.
Sorteio de cargos públicos: Muitos cargos políticos
em Atenas eram preenchidos por sorteio entre os
cidadãos elegíveis, em vez de eleição
Sistema de ostracismo: A democracia ateniense
incluía o procedimento de ostracismo, no qual os
cidadãos podiam votar para exilar temporariamente

Igualdade perante a lei (isonomia): Atenas promovia o


ideal de igualdade perante a lei, pelo menos entre os
cidadãos do sexo masculino
SORTEIO DE CARGOS PÚBLICOS

Muitos cargos políticos em Atenas eram


preenchidos por sorteio entre os cidadãos
elegíveis, em vez de eleição.
Isso garantia uma ampla participação no governo
e evitava a concentração de poder em poucas
mãos.
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICOS

O período Pré Socrático é aquele no qual


surgem os primeiros filósofos e
os primeiros trabalhos de filosofia, entre
os séculos IX e VI a.C.
PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES

O Período Pré-Socrático relata as primeiras


manifestações de vida inteligente, a origem do
entendimento e da separação entre alma e corpo.
Identifica as primeiras preocupações com objetividade,
racionalidade e subjetividade.
SOCRÁTICOS

Liderados por Sócrates, esses filósofos


enfatizavam a importância do diálogo e
da investigação racional para alcançar o
conhecimento e a verdade.

Sócrates, embora não tenha deixado


nenhum registro escrito de suas ideias, é
conhecido por seu método socrático de
questionamento.
SÓCRATES

Na história da filosofia, Sócrates serve como o divisor


do pensamento, com ele as questões da natureza e
principio das coisas, mudam para a questão do
indivíduo, ou seja, o ser da polis.

Ateniense, Sócrates nasceu por volta do ano 470 a.C.


Filho de pais humildes dedicou-se ao estudo da
filosofia e à meditação, mesmo sem qualquer
recompensa financeira.
OBRAS DE SÓCRATES

Mas é difícil falar sobre Sócrates, não há registro de


suas obras. Não escreveu nada sobre suas ideias,
tudo que se sabe sobre seu pensamento foi transmitido
pelos seus discípulos Platão e Xenofonte.

Platão foi o responsável por disseminar a imagem de


Sócrates como sendo um homem que andava pelas
ruas e praças de Atenas, perguntando a cada um
sobre ideias e valores que os gregos acreditavam e
julgavam conhecer.
SÓCRATES E OS SOFISTAS

Sócrates é conhecido por ter se rebelado contra os


sofistas, dizendo que esses não eram filósofos.
Acusou-os de corromper o espírito dos jovens, ao fazer
o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.

Os sofistas vendiam suas habilidades de oratória para


os cidadãos. Defendiam a opinião de quem pagasse
melhor, introduzindo a ideia de que a verdade nasce do
consenso entre os homens.
OPOSITORES E DISCÍPULOS

O filósofo também teceu severas críticas à forma como a


democracia ateniense implantada, bem como a aspectos
da cultura grega, crenças religiosas e costumes.
Passaram a ver o filósofo como uma ameaça ao
funcionamento da sociedade grega vigente na época.

Os jovens, por outro lado, passaram a seguir Sócrates,


constituindo um grupo de discípulos. Não demorou muito
para que Sócrates fosse acusado de subversão da ordem,
corrupção da juventude e um profanador das crenças
gregas. Foi condenado a beber veneno e ficou preso por
cerca de um mês, até sua morte, em 399 a.C.
PÓS-SOCRÁTICOS

Dentro de um contexto histórico do final da hegemonia


política e militar da Grécia, o período Pós-Socrático vai
do final do período clássico até o começo da Era Cristã.
Dentro deste período, desenvolveram-se algumas
correntes de pensamentos.

Os pensadores seguidores doceticismo acreditavam


que a dúvida deveria ser constante, uma vez que não se
pode conhecer nada de forma exata e completamente
segura.
PERÍODO PLATÔNICO

Corresponde aos anos que Aristóteles permaneceu


na Academia (367-348/7 a.C), nome da escola
fundada por Platão em Atenas (ali ensinava-se
dialética, encontrando-se o saber por constantes
questionamentos, o que trouxe para o termo
Academia, desde então, a acepção de local onde o
saber não apenas é ensinado, mas produzido).
PLATONISMO

Platão, discípulo de Sócrates, fundou a


Academia em Atenas e é conhecido por
seus diálogos filosóficos que exploram
uma ampla gama de temas, incluindo
ética, política, metafísica e epistemologia.

Platão formulou a teoria das Formas,


argumentando que o mundo material é
uma mera sombra do mundo das Formas
ou Ideias.
TEORIA DAS IDEIAS OS DAS FORMAS

Teoria das Ideias (ou Teoria das Formas): Essa


é a proposição mais destacada de Platão. Ele
acreditava que existem dois mundos:

Mundo Sensível (Material): Este é o mundo que


percebemos com nossos sentidos. Ele é
mediado pelas formas autônomas que
encontramos na natureza e é percebido pelos
cinco sentidos.
MUNDO DAS IDEIAS

Mundo das Ideias (Realidade Inteligível):


Também conhecido como “mundo ideal”, é o
mundo da perfeição.

Segundo Platão, a verdade suprema e


absoluta, bem como a felicidade, só podem
ser encontradas no mundo das ideias. É lá
que reside a essência das coisas.
PRIMEIRA OBRA

Uma primeira obra desse período é o Eudemo (352 a.C,


aproximadamente), em que mantém as teses
características do platonismo: a existência do mundo das
idéias separadas, a substancialidade da alma, a
imortalidade e a transmigração.

A esse período pertenceriam também diálogos que se


relacionam com o livro I da Metafísica, bem como partes
mais antigas dos textos de lógica.
MITO DA CARVERNA

• Como a filosofia pode curar a cegueira através da


reflexão
• Capítulo 7 do livro a república e Sócrates era o
protagonista
• Havia o fascínio das imagens
• Vida e ilusão: ao contemplar as coisas
LIÇÕES DO MITO DAS CAVERNAS

• As coisas matérias são sombras


• Ficar no centro da caverna é mais fácil
• A luz cria o incômodo
• Habituar-se para contemplar o mundo
• Devolver o bem que recebeu
ARISTOTELISMO

Aristóteles, discípulo de Platão, fundou sua própria


escola, o Liceu, e fez contribuições significativas
para uma variedade de campos, incluindo lógica,
metafísica, ética, política, biologia e física. Ele
desenvolveu o método científico e elaborou sobre a
teoria das quatro causas.
ENTENDENDO A ÉTICA ARISTOTÉLICA
PERÍODO ARISTOTÉLICO

Corresponde à segunda estância em Atenas, quando o


Liceu é fundado (335-323 a.C). Aristóteles chega à
formulação do seu próprio sistema, ainda que conserve
alguns traços do platonismo inicial. Relega a Filosofia a
um segundo plano, ocupando-se preferencialmente de
estudos sobre as ciências naturais, em que se
ressaltam a valorização do que é empírico, ou seja, o
mundo concreto dos seres viventes.

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