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MACV3. Modulo CSCA_114553_123452

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Instituto Técnico Industrial de Carapira

 QUALIFICAÇÃO: M.A CV3 2023

 MÓDULO: Conhecer e verificar sistemas de carga e arranque


 Sessão 01

 R1 e R2 -Identificar, caracterizar, descrever a função e funcionamento e


verificar sistemas de carga e arranque e os seus componentes e
Diagnosticar, identificar e reparar avarias em sistemas de carga e arranque e
seus componentes.

 Formador: Eng. Florentino Mandoza Manejo


Partes principais do Sistema de carga
 O sistema de carga é formado pelas seguintes partes
principais:
 1. Bateria - armazena energia elétrica em forma de energia
química e estabiliza e carga do alternador;
 2. Gerador de corrente (alternador) - transformam a energia
mecânica fornecida pelo motor em energia elétrica,
utilizando se para isso dos efeitos eletromagnéticos;
 3. Regulador de tensão - sistema eletrônico que controla a
corrente de excitação de campo do alternador.
Introdução ao sistema de carga
 Com o objectivo de manter a bateria sempre em plena carga, o
motor do veículo acciona um gerador de energia eléctrica (o
alternador).

 Caso o alternador não existisse, a bateria descarregar-se-ia


sobre todos os componentes eléctricos do veículo, tais como, o
sistema de iluminação, o sistema de ignição, injecção, etc..
Continuação
 Ao diversos circuitos eletrônicos dos veículos necessitam de uma fonte de energia
para alimentá-los. Esta energia pode ser conseguida de duas maneiras distintas. Pelo
alternador, acoplado ao motor térmico ou pela bateria.

 A bateria é um dispositivo de armazenamento de energia química que tem a


capacidade de transformar essa energia em energia elétrica quando solicitada.

 Logo, ao contrário do que comumente se acredita, as baterias não são depósitos de


energia elétrica, mas sim de energia química, até que um circuito seja conectado em

seus pólos dando origem a uma reação química que ocorre em seu interior, convertendo
essa energia química em elétrica que é então fornecida ao circuito
As principais funções das baterias.

 Fornecer energia para fazer funcionar o motor de partida;

 Prover de corrente elétrica o sistema de ignição e injeção durante a partida;

 Suprir de energia as lâmpadas das lanternas de estacionamento, e outros equipamentos


que poderão ser usados enquanto o motor não está operando;

 Agir como estabilizador de tensão para o sistema de carga e outros circuitos elétricos;

 Providenciar corrente quando a demanda de energia do automóvel exceder a


capacidade do sistema de carga.
As partes principais da bateria

 1. Caixa a prova de ácido (feito de


borracha rígida ou plástico);

 2. Elementos da bateria

 (a) Placas positivas, (b) Placas


negativas e (c) Separadores

 3. Solução de Bateria ou eletrólito


(mistura composta de ácido
sulfúrico e água)
Princípio de Funcionamento
 O princípio de funcionamento da bateria consiste de placas positivas e placas negativas
compostas de metais quimicamente ativos, moldados sobre uma chapa.

 Cada elemento é composto essencialmente de jogos de placas positivas e negativas,


separadores e de partes necessárias para a montagem e conexão. As placas são construídas em
forma de chapas, semelhantes a uma peneira grossa,cobertas com material ativo. Essa peneira
grossa, também chamada de grade, é composta de uma liga de chumbo e antimônio nas
baterias úmido-carregadas (com manutenção).Nas placas positivas , de cor marrom escuro, o
material ativo é o dióxido de chumbo (Pbo2), e nas negativas o material ativo é o chumbo
esponjoso(Pb), de cor cinza claro.Nas baterias seco –carregadas(sem manutenção), também
chamadas de híbridas, a grade positiva é feita de uma liga de antimônio ( PbSb) e placa
negativa de liga de chumbo-cálcio(PbCa), que propicia maior vida útil e baixíssimo consumo
de água, não exigindo manutenção.
Construção dos elementos

 Essas placas são agrupadas e ligadas em


paralelo, formando uma parte do elemento
(conjunto positivo e o conjunto negativo).

 Para a montagem do elemento entrelaça se


as placas positivas e negativas introduzindo
entre elas separadores isolantes, o que
impede que ocorra curto entre as placas.

 Esses jogos de placas montadas são


chamados elementos da bateria e estão
apoiados sobre pontes, sem tocar no fundo
da caixa
Construção dos elementos

 Deve se deixar um espaço para a


se di m e nt a ç ã o de r e sí d u o s qu e s e
fragmentam das placas, o que evita um
curto circuito entre elas.

 Esses conjuntos são ligados entre si, em


série, por uma tira metálica, sendo que
os últimos pólos dos conjuntos externos
projetam-se para fora da caixa e vão
constituir os pólos positivo e negativo
da bateria.
Como Distinguir se o pólo negativo do positivo

 Distingue se o pólo negativo do positivo:

 Pelo tamanho, o pólo positivo geralmente é maior que o negativo;

 Pelas marcas "+" (positivo) e "-" (negativo) estampadas na tampa superior ou nos
próprios pólos; Ou ainda, pela coloração dos pólos: escuro (+), claro (-).

 Esse conjunto de placas (elementos) é imerso em solução de ácido sulfúrico e água


(eletrólito) que vai provocar a reação entre metais ativos das placas.

 Quando a bateria está totalmente carregada a solução fica com aproximadamente 36%
ácido e 64% água (por peso) e é dito que sua densidade é de 1,260g/cm3 à
temperatura de 26,5° C.
Formula de Densidade de um líquido
Densidade de um líquido

 Assim quando a bateria está com


carga total, o eletrólito é 26% mais
pesado que a água.
 Porém à medida que a bateria vai
se descarregando, a quantidade de
ácido sulfúrico (H2SO4) vai
diminuindo, enquanto aumenta a
quantidade de água.Desta forma a
densidade do eletrólito também
diminui durante o processo de
descarga.
 A medida da densidade da solução
de uma bateria é um teste básico do
seu estado e carga, pois a densidade
do eletrólito diminui quando a
bateria está descarregada.
Funcionamento
Perda de carga
 As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que não sejam
solicitadas para nenhum uso. Essa auto descarga como é chamada, varia em função da
temperatura.

 Por exemplo: Uma bateria à temperatura de 35˚ C poderá perder totalmente sua carga em
pouca mais de um mês, enquanto que uma bateria armazenada à temperatura de 10˚ C pouco
perderá em um ano.

 Tanto a umidade como a sujeira sobre a bateria pode provocar uma fuga de corrente entre os
terminais da bateria e a carroceria do automóvel, que provocam sua descarga.

 O ácido que se desprende de bateria além de causar sua descarga pode também atacar as
chapas do automóvel. Portanto, é bastante importante manter os pólos e a bateria sempre
limpos e secos. Uma bandeja com dreno deve ser prevista, para escoar possíveis vazamentos
Nível do eletrólito
Identificação de uma bateria
Classificação
 As baterias são classificadas segundo vários critérios de desempenho. Estes critérios são
normalizados em termos de tempo, grandeza elétrica e temperatura.

 Ampère x hora (A.h): este é o critério mais usado. Baseia-se na corrente que a bateria pode
fornecer constantemente durante 20 horas de descarga à temperatura de 26,5˚ C sem que sua
tensão "caia" abaixo de 10,5 volts. Por exemplo: Uma bateria que consegue fornecer 3,0 A
continuamente durante 20 horas, é classificada como bateria 60 A.h (3A x 20 horas = 60 Ah);

 Watt: é a potência máxima que pode ser consumida a 18˚ C pelo motor de partida;

 Desempenho a frio(corrente de partida a frio – C.C.A.): Baseia-se na corrente máxima que a


bateria pode fornecer durante 30 segundos de partida, mantendo a tensão maior que 7,2 volts;
Reserva de capacidade: é o tempo máximo que uma bateria pode manter um fornecimento de
25 A a 26,5˚ C sem ficar abaixo de 10,2 volts (é dado em minutos)
Diagnóstico e verificações da bateria
 Verifique se a bateria do veículo possui especificações compatíveis com o modelo e acessórios
instalados;
 Inspecione a caixa e a tampa da bateria quanto a rachaduras ou amassamentos. Essas condições
podem ser causadas por suportes de fixação muito apertados ou muito frouxos, exposição a calor
extremo no compartimento do motor ou congelamento do eletrólito. Acúmulos de ácido na tampa
da bateria podem indicar vazamento, transbordamento ou formação de gases devido a uma taxa
de carga elevada;
 Inspecione as braçadeiras do cabo quanto a depósitos excessivos de corrosão, corrosão a carga da
por ácido ou conexões soltas dos terminais da bateria. Qualquer uma dessas condições poderá
resultar em queda de tensão através dos cabos;
 Verifique quanto ao aterramento seguro das conexões no motor e na carroçaria. Verifique
também as conexões no alternador e no regulador de tensão;
 Certifique-se de que os terminais da bateria não estejam quebrados e nem soltos. Essas conexões
também devem estar limpas e livres de acúmulos;
 Verifique a superfície externa e os terminais da bateria quanto a sinais de mau uso e abuso, tais
como marteladas ou remoção incorreta do cabo. Isso geralmente oferece dicas sobre o mau
funcionamento da bateria;
Procedimentos de teste
Os teste mais comuns realizados em baterias são:
 O de densidade, executado com o auxílio de um densímetro;
 Os de descarga executados com o auxílio de um Voltímetro e Amperímetro com reostato
(carga).

Teste de densidade
 Um dos testes práticos mais utilizados para se verificar a carga de uma bateria é o
de medição da densidade do eletrólito. Para isso utiliza-se o densímetro.
O teste de densidade deve ser efetuado a temperatura de 26,5 C observando que as
leituras das densidades de cada elemento não devem variar de 50 entre elas. Se
isso acontecer a bateria deverá ser substituída, pois significa que está havendo
desgaste químico desigual entre os elementos.
Testes de descarga da bateria (capacidade).
 O teste de descarga consiste em determinar a capacidade de fornecimento de
corrente elétrica de uma bateria a um sistema elétrico, com a tensão mantendo-se
acima de determinado valor, de tal forma que os demais sistemas elétricos possam
ser mantidos em funcionamento.

 O teste deverá ser realizado conforme as informações contidas no manual do


fabricante da bateria.

 De modo geral, pode ser feito aplicando uma corrente de descarga à bateria, igual a

3 vezes sua corrente em Ah, durante 15 segundos. A tensão não poderá cair abaixo

de 9,6V.
Cuidados Gerais
 Use somente água pura ou destilada para corrigir o nível do eletrólito.As baterias seco-carregadas nunca
requerem água.
 Evite que a bateria se descarregue completamente.
 A bateria deve ser armazenada em local seco e protegida dos raios solares, com temperatura entre 10º e
35º C e dispostas na posição horizontal sobre madeira (para evitar fugas de corrente entre bateria e o
piso).
 Conserve os pólos secos e limpos, evitando a autodescarga e a formação de zinabre(é uma camada verde
de hidrocarbonato de cobre ou outros materiais, quando expostas à umidade ou ao ar).Se possível, passe
uma pequena camada de vaselina sobre os terminais.
 Para fazer a limpeza dos terminais dos cabos e dos pólos da bateria, a fim de eliminar oxidações, utilize
lixa fina até que voltem à cor original. Antes, retire os resíduos de vaselina ou graxa dos terminais e
pólos.Depois aplique uma solução de bicabornato de sódio e água para eliminar resíduos
ácidos.Finalmente, utilize vaselina nas partes superior e inferior externa dos terminais e conecte-os
corretamente.
 Verifique se os respiros da tampa estão desobstruídos.
 Não acione o motor de partida por mais de 5 segundos. Se o motor não funcionar na primeira tentativa,
espere no mínimo10 segundos para tentar novamente.
 Antes de dar a partida no motor, desligue faróis amplificador de som etc.Pois estariam drenando
corrente da bateria, além do motor de partida.Evite deixar estes equipamentos ligados por muito tempo
com o veículo desligado.
 Ao manusear uma bateria, proteja os olhos e a face. Use óculos de proteção para sua segurança.
Fundamentos teóricos da geração de energia
 A energia elétrica pode ser gerada: por atrito; reação química; por um campo magnético
variável sobre um condutor.

 Sempre que um condutor elétrico for "cortado" ou "corta" um campo magnético, aparece sobre
esse condutor uma corrente elétrica.

 O campo magnético pode ser conseguido de duas maneiras:

 Através de ímãs permanentes que são criados a partir de materiais, como o aço enrijecido,
que tem a propriedade de reter o campo magnético quando submetido a ele;

 Através de eletroímãs, isto é, ímãs criados por meio de corrente elétrica. Sempre que uma
corrente elétrica flui através de um condutor, aparece ao seu redor um campo magnético. As
linhas de campo magnético têm forma circular e podem ser visualizados como um cilindro cheio,
tendo a extensão do fio
Geração de energia elétrica no automóvel
Com o intuito de carregar a bateria e de alimentar diversos componentes
elétricos no automóvel, é utilizado um gerador elétrico. Durante muitos anos
utilizou-se o dínamo, que fornecia corrente contínua, única compatível com as
baterias.
A partir da década de 80, a necessidade de potências maiores, aliado a vantagem
dos alternadores, permitiu que estes se tornassem parte integrante da quase
totalidade dos veículos. Em comparação com um dínamo equivalente, um
alternador:
Consegue carregar a Bateria em marcha lenta; Suporta maiores rotações;
Produz carga máxima com menor rotação; Ocupa menor espaço; Tem menor
peso; Suporta maior variação na rotação de acionamento; Dispensa uso de
disjuntor, Dispensa elemento regulador de corrente dos reguladores.
cuidados de uso dos diodos, tais como:
 Não ligar a bateria com polaridade invertida;

 Não ligar o alternador sem carga ou retirar a carga com o alternador em


funcionamento;

 Não fazer solda elétrica sobre o veículo, nem carregar a bateria com aparelhos
externos com o alternador conectado;

 Não fazer excitação de espécie nenhuma no alternador ou regulador de tensão.


Construção do alternador
 1. Rotor com pólos magnéticos tipo garra, anéis, coletor (bobina de campo).

 2. Estator com enrolamento trifásico (induzido);

 3. Diodos retificadores, responsáveis pela retificação da corrente alternada em


contínua;

 4. Tampas, mancais

 No alternador temos basicamente dois componentes eletromagnéticos


principais: o rotor que é movimentado por uma polia acoplada ao motor do
veículo, e o estator, que como o próprio nome indica, fica estático e é composto
por um conjunto de enrolamentos
Vista explodida de um alternador
Rotor do alternador com enrolamento de excitação

 O campo magnético é produzido no


rotor pela bobina de excitação e as
linhas de força magnética fluem
através do ferro com pólos tipo
garras, que envolvem a bobina. Um
dos conjuntos de garras de um dos
lados da bobina será considerado
como pólo sul.
Rotor do alternador com enrolamento de excitação
Aspecto do estator
Retificação da corrente

 Por ser o alternador um gerador


de corrente alternada, foi
necessário introduzir os diodos,
que têm por finalidade converter
essa corrente em corrente
contínua.
 A principal característica dos
diodos é permitir a passagem de
corrente elétrica em um único
sentido, ou seja, no sentido que
indica o seu símbolo.
Placa de retificação da corrente

 Os diodos sã o monta d o s e m c h a p a s
dissipadoras de calor que têm boa
condutibilidade térmica, pois os mesmos
têm um limite de temperatura de trabalho
de cerca de 130°C.
 Para garantir uma temperatura adequada,
os diodos possuem aletas de refrigeração,
sendo que alguns alternadores possuem
sistema de refrigeração líquida.
Conexão em estrela e triângulo dos enrolamentos do
estator para corrente trifásica

 Para a retificação, utilizam-se 6


diodos retificadores, que pela
forma como são ligados
correspondem a 3 diodos positivos
e 3 negativos. Os enrolamentos do
estator podem ser ligados em
triângulo ou estrela
CIRCUITO DE CARGA
 A carga do alternador é controlada em função da corrente de excitação pelo regulador de tensão,
que por sua vez funciona em função da tensão de carga, portanto:

 O regulador de tensão controla a corrente de excitação do campo do alternador em função da


tensão de carga.

A tensão alternada trifásica produzida no enrolamento do estator é transformada em contínua


pulsativa por meio da ponte retificadora trifásica, composta dos :3 diodos retificadores positivos e
dos :3 negativos. Essa tensão retificada faz surgir a corrente que é levada através da linha B+ para
ser utilizada na recarga da bateria e no funcionamento dos componentes eletroeletrônicos do
veículo.

Se a tensão do alternador estiver menor que a da bateria, os diodos positivos bloqueiam passagens
de corrente no sentido da bateria para o alternador
Diagnóstico elétrico
 Antes de efetuar qualquer teste no veículo, inspecione detalhadamente:
 Todas as conexões elétricas.
 O estado dos cabos e pólos da bateria;
 As condições e o nível da solução da bateria ;
 Correia do alternador, etc.

 Este teste deve ser efetuado mediante uso do aparelho de diagnóstico de carga e
partida.
 O equipamento de vê ser ligado de tal forma que o voltímetro indique a tensão sobre
a bateria e o amperímetro a corrente de carga fornecida pelo alternador.
Especificação do alternador
 Nas características dos alternadores são três os pontos fundamentais:
 Rotação para 2/3 da carga máxima;
 Rotação na qual o alternador atinge a carga máxima;
 Rotação máxima
VISTA EM CORTE DE UM ALTERNADOR
TABELA DE DIAGNÓSTICO
SISTEMA DE PARTIDA

 Os motores de combustão interna necessitam de uma energia externa


para que possam ser colocados em funcionamento.

 O sistema de partida tem a finalidade de vencer as resistências


mecânicas do motor, como a inércia das partes móveis e a taxa de
compressão, dando Inicio ao movimento e atingindo um número de
rotações suficiente para que o motor possa se manter em
funcionamento sem ajuda externa
Os principais componentes do sistema de partida
são os seguintes
 1- Bateria
 2- Motor de partida
 3- Comutador de ignição
 4- Chave eletromagnética
Os principais componentes do sistema de partida
são os seguintes
SISTEMA DE PARTIDA

 O motor de partida é um motor de


corrente contínua, capaz de
desenvolver alta
 potência durante um curto período de
tempo.
 Sua finalidade é transformar a energia
elétrica proveniente da bateria em
energia mecânica, que será
transmitida à cremalheira do volante
do motor fazendo girar a
árvore de manivelas, colocando em
funcionamento o motor térmico.
Partes principais
Número de rotações

O número de rotações do motor de partida é superior ao


mínimo necessário para fazer o motor de combustão
interna entrar em funcionamento.
 A redução da rotação do motor de partida até a rotação
requerida pelo motor térmico é obtida por meio da
relação de redução entre as engrenagens do pinhão
(motor de partida) e da cremalheira (motor térmico)
Calculos de número de rotações
Torque

 Esta relação de redução possibilita o aumento do torque na árvore de manivelas, pois, uma vez que
a potência de giro do pinhão é transferida para a cremalheira, que gira com menor número de
rotações, o torque na cremalheira será maior que no pinhão do motor de partida.

 Se a rotação for menor, o torque será maior, pois são grandezas inversamente proporcionais.

 Alguns motores possuem alta taxa de compressão, como é o caso dos motoresdiesel. Devido a isso
necessitam de um torque muito elevado para vencer a maiorcompressão interna no cilindro e fazê-lo
entrar em funcionamento.

 Os motores de partida utilizados nesses motores possuem internamente uma relaçãode redução de
engrenagens, tipo planetária, para que obtenham maior torque de saída junto ao pinhão
Planetárias e Pinhão
Principio de funcionamento

O motor de partida realiza a transformação de


energia elétrica em mecânica por meio
de efeitos eletromagnéticos.
Para compreendermos seu funcionamento
vamos rever um importante conceito do
eletromagnetismo.
Sempre que um condutor elétrico, exposto a
um campo magnético, for percorrido por
uma corrente elétrica, atuará sobre ele uma
força eletromagnética.
Esta força é diretamente proporcional, dentre
outros fatores, às intensidades da
corrente e do campo magnético
Funcionamento de um motor elétrico
 Vejamos como funciona um
motor elétrico de corrente
contínua de ímã permanente e
somente uma espira, que tem o
mesmo princípio de
funcionamento do motor de
partida (considerando o sentido
convencional da corrente)
Funcionamento do sistema de partida
O circuito de comando
 O circuito de comando é
responsável por projetar
para frente o pinhão, e
ainda energizar o circuito
principal, através
dofechamento do contato
interno da chave magnética.
A chave magnética

 A chave magnética possui duas


bobinas internas, uma deatração e
outra de retenção.

 Quando a chave de ignição égirada


para dar a partida no motor, as duas
são energizadas simultaneamente.
A chave magnética

 Quando energizadas, as
duas bobinas criam u ma
elevada força magnética,
que provoca o
deslocamento do núcleo
móvel da chave magnética.
Funcionamento
 Ao se deslocar, o núcleo móvel movimenta a alavanca de comando (garfo), que
projeta para frente o pinhão logo em seguida, fechando o contato interno para
permitir a energização do motor de partida. Por uma questão de segurança, o motor
de partida somente é energizado depois que o pinhão é projetado para frente, pois
não seria possível o acoplamento com o rotor girando.O pinhão do motor de
partida gira no sentido horário e, quando acoplado à cremalheira, faz com que ela
gire no sentido anti-horário.

 Após o fechamento do contato interno da chave magnética, o terminal"B" do motor


de partida passa a receber alimentação de tensão de 12 V pela linha 30, e a bobina
de atração é desenergizada. A corrente continua fluindo pela bobina de retenção,
que gera uma força magnética suficiente para manter o conjunto acoplado até que
seja desenergizada pelo comutador de ignição
Energizamento das bobinas
 O engrenamento entre o pinhão e a cremalheira ocorre em duas etapas. A primeira pela
ação da chave magnética, alavanca de comando e fuso de avanço, e a segunda pela
ação do efeito rotativo do induzido. É o que veremos a seguir.

 1ª etapa - Ao ser acionado o comutador de ignição, a chave magnética desloca a


alavanca de comando contra a ação da mola de retrocesso. O circuito de
partidacontinua aberto e o induzido permanece parado. Através do anel de guia, a
alavanca empurra o pinhão contra a cremalheira e o fuso provoca a rotação do conjunto
pinhão/roda livre. Se o dente do pinhão coincidir com o espaço da cremalheira, ocorre
o engrenamento
 2ª etapa - Se os dentes não
coincidirem, a alavanca de
comando comprime a mola de
engrenamento do pinhão até
fechar o contato interno da chave
magnética, energizando o motor de
partida e forçando o pinhão a girar.
Com o rotor girando, o pinhão
encontra um vão na cremalheira e
engrena. O fuso de avanço
completa o
engrenamento até que o pinhão se
apóie no batente que há no eixo do
induzido.
Assim o motor térmico passa a ser
impulsionado pelo pinhão.
 O motor térmico atinge um alto número de rotações logo após a partida. Se o
acoplamento não for desfeito imediatamente, o motor de partida poderia sofreravarias.
Porém, há um dispositivo de segurança para prevenir danos se a chave continuar na
posição de partida após o início do funcionamento.

 Esse dispositivo é a roda livre, a qual permite que o torque somente seja transmitido no
sentido do induzido para a cremalheira, e nunca no sentido contrário, para proteger o
motor de partida contra rotações excessivas.

 Quando a chave de ignição é retirada da posição de partida, o circuito é desenergizado


e a mola de retrocesso provoca o retorno do pinhão, desacoplando-o da cremalheira. O
pinhão permanecerá retraído mesmo se houver trepidações.
Cuidados gerais
 Somente acione o motor de partida com a alavanca de câmbio em ponto morto e,
preferencialmente, continue acionando a embreagem.
 Não deixe o motor de partida funcionando por mais de 5 segundos e, se for necessário dar
nova partida, aguarde no mínimo 10 segundos.
 Desligue o condutor de massa da bateria antes de realizar qualquer serviço no motor de
partida.
 Não dê partida com as peças em movimento, para evitar danos ao pinhão e à cremalheira.
 Observe se o induzido e as bobinas de campo não estejam em curto-circuito.
 Não lave o conjunto pinhão/roda livre (conhecido como Bendix) com solventes.
 Coloque as buchas do motor de partida em banho de óleo lubrificante (SAE10W) por uma
hora, antes da montagem. Não use graxa.
 Lubrifique os canais helicoidais e os dentes do pinhão com graxa à base de lítio.
 Evite umidade durante a montagem para que não ocorra oxidação (ferrugem).
 Coletor e escovas devem estar limpos e secos. Não use óleo ou graxa.
 O produto "clorothene" é recomendado para a limpeza de peças elétricas.
Diagnóstico

 Verifique inicialmente as condições


da bateria e as ligações elétricas.

 Para fazer os testes no veículo,


ligue um amperímetro (em série) e
um voltímetro (em paralelo) com o
circuito principal do motor de
partida, a fim de medir a tensão e o
consumo de corrente.
Diagnóstico
Em seguida acione a partida durante 10
segundos com o cabo da bobina
desconectado e faça as leituras de tensão e
corrente, comparando os valores medidos
com os valores da tabela abaixo
Especificaçoes Técnicas
Se os valores não coincidirem, veja na tabela
abaixo as prováveis causas
O inconveniente pode ser mecânico. Veja os
problemas mais comuns e suas possíveis causas
01 - Pinhão
02 - Arraste
03 - Mancal dianteiro
04 - Mola de engrenagem
05 - Alavanca de comando
06 - Mola de retrocesso
07 - Bobina de retenção
08 - Bobina de atração
09 - Chave magnética
10 - Contato
11 - Borne de ligação
12 - Ponte de contato
13-Mancal do lado do
coletor
14 - Porta-escovas
15 - Coletor
16 - Escova
17 - Carcaça
18 - Sapata polar
19 - Induzido
20 - Bobina de campo
21 - Anel de guia
22 - Batente
23 - Roda livre
24 - Eixo do induzido

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