APOSTILA MÓD 1 - Sistemas de Admissão e de Escapamento (2)
APOSTILA MÓD 1 - Sistemas de Admissão e de Escapamento (2)
APOSTILA MÓD 1 - Sistemas de Admissão e de Escapamento (2)
Admissão e de
Escapamento
MÓDULO 1
Sumário
Apresentação 4
1 Introdução 7
Glossário 30
Atividades 31
Referências 32
1 Introdução 35
Glossário 42
Atividades 43
Referências 44
1 Introdução 47
2
2 Conceitos do Sistema de Admissão dos Motores a Reação 47
Glossário 61
Atividades 62
Referências 63
Gabarito 65
3
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 40 horas e foi organizado em 6 unidades,
divididas em 3 módulos, conforme a tabela a seguir.
4
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
Bons estudos!
5
UNIDADE 1 | SISTEMA DE
ADMISSÃO DOS MOTORES
CONVENCIONAIS
6
Unidade 1 | Sistema de Admissão dos Motores
Convencionais
1 Introdução
• captar o ar;
• filtrar o ar que é admitido pelo motor para que as impurezas não causem danos
(o ar encaminhado para o cilindro do motor está contaminado por diversos
tipos de impureza, tais como: poeiras, fuligem, partículas sólidas, gases, etc.);
7
Um fluxo correto, limpo e livre de turbulências corrobora para obter um rendimento
adequado a qualquer motor de alto rendimento.
Muitos motores que equipam aeronaves leves (aeronaves de pequeno porte) não
utilizam qualquer recurso, como compressores/turboalimentadores, para obter ganho
de potência. Com isso, os sistemas de coleta e de distribuição de ar para motores
alternativos recebem classificações do tipo motores aspirados, superalimentados ou
não.
8
Figura 1: Componentes de um sistema de distribuição de ar do tipo fluxo ascendente (updraft)
9
3 Sistema de Admissão de Motores Não Superalimentados
Figura 3: Vista de uma entrada de ar frontal para o sistema de admissão em pequenas aeronaves
Figura 4: Sistema de admissão sem superalimentador utilizado em um motor equipado com carburador
10
O estado de criação de gelo na unidade reguladora de combustível (carburador)
ocorre quando o ar admitido encontra-se em temperaturas muito baixas e existe uma
quantidade suficiente de vapor d’água em suspensão presente.
11
O elemento filtrante é constituído por uma liga de alumínio trançado em uma trama
bem fechada disposta a fornecer a máxima retenção das partículas presentes na
corrente de ar. Existem diversificados tipos de filtro de ar em uso, incluindo papel,
espuma e outros. Dessa maneira, a maioria deles requer manutenção em intervalos
regulares e as instruções específicas para cada tipo devem ser seguidas.
Por meio do aumento da temperatura do ar que passa pelo sistema, o gelo no duto
de admissão pode ser impedido ou eliminado. Utiliza-se, para isso, um mecanismo que
fica localizado e montado bem à frente das zonas perigosas de formação de gelo no
carburador. Esse ar é recolhido por um condutor localizado em volta do coletor de
escape.
O calor útil para conter a formação de gelo é obtido por meio de um dispositivo de
controle que abre o duto de admissão para o ar quente que circula ao redor do coletor
de escape.
12
Quando houver iminência de início de gelo no duto de admissão, move-se para a
posição quente (hot) o controle do mecanismo de aquecimento da unidade reguladora
de combustível (carburador) localizado no cockpit. Da mesma maneira, caso não haja
ameaça de formação de gelo, normalmente mantém-se o mecanismo de aquecimento
do carburador na posição frio (cold), conforme mostra a Figura 6.
13
Figura 7: Diagrama de um mecanismo degelador por fluido
Utiliza-se esse sistema para extinguir o gelo, sempre que o ar aquecido pelo motor não
for elevado suficiente para realizar sua remoção. É comumente utilizado álcool como
fluido descongelante, mas essa substância tende a aumentar a razão combustível-ar
enriquecendo a mistura de combustível.
14
Portanto, muitas das falhas com motores, habitualmente conferidos a outras fontes,
são causadas por acúmulo de gelo no duto de admissão (Figura 8).
• gelo de impacto;
15
Mas sob essas circunstâncias, estabelece uma maior velocidade a massa de ar por meio
do acelerador (válvula borboleta) e, consequentemente, cria uma área com pressão
intensamente enfraquecida. O ponto com pressão baixa reduz a temperatura do ar que
envolve a borboleta. Dessa maneira, caso a temperatura do ar neste ponto caia abaixo
de zero e a umidade esteja presente, ocorrerá a criação de gelo, restringindo a massa
de ar para o motor. O gelo do acelerador pode ser reduzido em motores providos de
hélices de ângulo variável mediante a aplicação de uma pressão média efetiva ao freio,
em inglês, Brake Mean Effective Pressure (BMEP), maior que o habitual. A alta BMEP
diminui a propensão de concentração de gelo, pelo fato de haver uma grande abertura
do acelerador em baixas rotações por minuto (rpm) do eixo de manivelas. Isso faz com
que seja eliminado parcialmente o bloqueio à massa de ar que, por sua vez, causa a
diminuição da temperatura e, em consequência, propicia o aparecimento de gelo.
Poeira e sujeira são sérias fontes de problemas para o motor de uma aeronave. O pó,
por exemplo, é composto de pequenos pedaços de matéria sólida e abrasiva. Ele pode
ser transportado pelo ar e admitido pelo cilindro do motor, caso não sejam criados
meios para reterem essas partículas indesejáveis em suspensão no ar. Ademais,
pode interferir aderindo aos atomizadores de combustível da unidade reguladora de
combustível (carburador) e alterar, dessa maneira, a proporção da mistura combustível-
ar em qualquer das configurações de potência do motor.
16
Quando é inevitável a operação em um ambiente empoeirado, é possível proteger o
motor por meio de um dispositivo de entrada de ar opcional, que incorpora um
elemento filtrante. Esse tipo de instrumento é, normalmente, constituído pelo filtro
de uma passagem de ar alternativa e um atuador operado eletricamente, e quando em
operação, a massa de ar é aspirada mediante um acesso lateral, evitando o contato
direto com a corrente de ar. Com essa entrada alternativa, localizada de modo a forçar
o ar a virar e entrar no duto, boa parte da poeira é desviada nesse processo. Uma vez
que as partículas de poeira são sólidas e têm a tendência de continuar em uma linha
reta (primeira lei de Newton), a maioria delas é separada nesse ponto, e as que são
atraídas para a entrada de ar de admissão são facilmente retidas pelo filtro (Figura 9).
17
7 Sistemas de Admissão Superalimentados
Esses motores perdem potência com a altitude, pelo fato de haver diminuição da
densidade do ar (ar rarefeito).
No entanto, muitos motores que equipam pequenas aeronaves não utilizam nenhum
tipo de compressor ou dispositivo de sobrealimentação para o sistema de admissão.
Diante disso, eles podem ser especificados como motores superalimentados ou não
superalimentados.
18
8 Turboalimentadores Acionados Internamente
A título de exemplo, o ar admitido deve ser quente o bastante para garantir a vaporização
completa do combustível e, portanto, uma distribuição uniforme. Concomitantemente,
ele não pode ser excessivamente quente, passível de reduzir a eficiência volumétrica
ou provocar a detonação da mistura combustível-ar. Todo motor superalimentado deve
estar equipado com dispositivos aptos a controlar a temperatura do ar comprimido e
admitido, que se torna excessivamente quente. Isso ocorre pelo fato do ar elevar a sua
temperatura, uma vez que é comprimido.
19
Figura 10: Conjunto de admissão superalimentado acionado internamente
20
Figura 11: Vista em corte de um mecanismo impulsor de distribuição
Para obter uma maior pressão da mistura de combustível-ar no interior dos cilindros,
o superalimentador opera a velocidades muito elevadas. Ao contrário do impulsor de
distribuição, que está ligado diretamente ao virabrequim, ele é comandado por meio
de um trem de engrenagens acionado pelo virabrequim.
21
9 Turboalimentadores Acionados Externamente
• turbina;
22
Assim, as aletas difusoras dirigem o fluxo de ar à medida que sai do impulsor e converte
a alta velocidade do ar em alta pressão.
A força motriz utilizada para mover o impulsor é fornecida pela conexão com o eixo da
roda da turbina dos gases de escape. Esse conjunto completo é denominado rotor, que
gira sobre os rolamentos lubrificados com óleo.
23
Figura 14: Conjunto de tubos de exaustão, mecanismo de controle (válvula) e turboalimentadores
Por outro lado, todos os gases de exaustão são desviados para o meio externo
(atmosfera) fornecendo pouco ou nenhum impulso, caso a válvula de controle dos
gases de escapamento esteja completamente aberta. Isso pode ser observado na
Figura 15. Alguns sistemas turboalimentados são desenhados para atuar desde o nível
do mar até a sua altitude crítica.
Esses motores, por vezes referidos como superalimentados ao nível do mar, são capazes
de desenvolver uma potência bem maior do que um motor sem turboalimentação.
24
• válvula de derivação de escape;
A potência produzida pelo motor pode ser regida pela regulagem da posição do
dispositivo de controle de descarga dos gases de exaustão. Quando essa válvula está
completamente aberta, todos os gases de exaustão são dirigidos para o meio externo
(atmosfera) e nenhum ar comprimido é fornecido à porta de admissão de ar do motor.
Em contraste, quando está completamente fechada, uma quantidade máxima dos
gases de exaustão é direcionada para a turbina do turbocompressor e um valor máximo
de sobrealimentação é ofertado para a admissão do motor.
Entre esses dois extremos de posição do dispositivo de controle de descarga dos gases
de exaustão (válvula de descarga), pode-se obter uma potência constante abaixo da
altitude máxima em que o sistema é projetado para operar. Um motor operando a
altitudes elevadas não é capaz de produzir cem por cento da sua pressão de admissão
que o qualifica para operar ao nível do mar. Se a aeronave se encontra em voo acima
dessas condições de altitude sem uma mudança equivalente no ajuste de potência,
25
o dispositivo de controle é automaticamente levado para a condição fechada num
esforço para manter a potência anteriormente selecionada pelo comando de potência
da cabine de comando.
Em consequência, faz com que o compressor admita mais ar para o duto de admissão
aumentando a potência de saída. Inversamente, quando a pressão de óleo é reduzida
no dispositivo de controle (válvula de controle dos gases de exaustão), a borboleta de
acionamento se move para a posição aberta por atuação de mola. Após isso, a potência
de saída do motor é diminuída, conforme descrito anteriormente.
26
O dispositivo de controle de densidade tem a incumbência de restringir a pressão
no coletor de admissão abaixo da altitude crítica do turbocompressor e sangrar óleo
do êmbolo do controlador dos gases de exaustão apenas na posição de aceleração
máxima (potência máxima). Os foles (diafragmas) medidores de pressão e temperatura
do dispositivo de controle de densidade agem em resposta às alterações de pressão e
temperatura, entre a entrada da unidade de controle de combustível (carburador) e o
compressor do turboalimentador.
27
controle de pressão diferencial, enquanto a outra tomada de pressão é efetuada após
a válvula de aceleração do carburador (borboleta) próximo à entrada da válvula de
admissão do cilindro.
28
Diante disso, o dispositivo de controle de pressão diferencial torna-se indispensável
para a operação suave do turboalimentador de controle automático, pois reduz a
contrarreação pela diminuição do tempo atribuído para alcançar o estado de equilíbrio.
Resumindo
29
Glossário
Força motriz: força que impulsiona, que faz mover ou ocasiona movimento. Capaz de
produzir ou transmitir movimento.
Overboost: Condição que ocorre com a válvula de controle de descarga dos gases de
exaustão do turbocompressor (também conhecida como wastegate).
30
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O sistema de admissão dos
motores convencionais é o responsável pela forma como a
mistura combustível-ar será comprimida, a fim de transformar
a energia calorífica contida no combustível em energia
mecânica.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
31
Referências
AVIÕES E MÚSICAS. O que faz o avião parar após o pouso, o reversor ou o freio?
Portal Aviões e Músicas, 2012. Disponível em: <http://www.avioesemusicas.com/o-
que-faz-o-aviao-parar-apos-o-pouso-o-reversor-ou-o-freio.html>. Acesso em: 30 out.
2015.
HANGAR 33. Conheça os tipos de motores a reação. 2014. Disponível em: <http://
blog.hangar33.com.br/conheca-os-tipos-de-motores-a-reacao>. Acesso em: 2 out.
2015.
32
HOMA, J. M. Motores convencionais: aeronaves e motores – conhecimentos técnicos.
São Paulo: Asa, 1998.
MUNDO AERONÁUTICO. Proteção contra chuva e gelo. Portal Itamar Claudio Netto,
2015. Disponível em: <http://itamarclaudionetto.no.comunidades.net/protecao-
contra-chuva-e-gelo>. Acesso em: 21 set. 2015.
MUNIN. Sobrealimentação: turbo e outras. Portal Munin, 2015. Disponível em: <http://
munin.pt/ prov/turbo.html>. Acesso em: 21 set. 2015.
PASSOS, R. Sistema de escape: coletores, dutos e emissões (Parte 1). 2015. Disponível
em: <http://www.flatout.com.br/sistemas-de-escape-coletores-dutos-e-emissoes-
parte-1>. Acesso em: 15 out. 2015.
PRATT & WHITNEY R-2800 Double Wasp Cutaway. Paralleler. Youtube, 2011. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=EyPvpdy4dgg>. Acesso em: 21 set. 2015.
TURBO FOZ. Conheça o histórico do turbo. Turbo Foz, 2015. Disponível em: <http://
turbofoz. com.br/inicio/historico-do-turbo>. Acesso em: 20 set. 2015.
33
UNIDADE 2 | INSPEÇÃO,
MANUTENÇÃO E PESQUISA DE
PANES DO SISTEMA DE ADMISSÃO
DE MOTORES CONVENCIONAIS
34
Unidade 2 | Inspeção, Manutenção e Pesquisa
de Panes do Sistema de Admissão de Motores
Convencionais
1 Introdução
Em todas as fases de operação do motor, o sistema deve ser mantido limpo e sem
obstruções para evitar que, por imprudência ou descuido, pedaços de pano usados na
limpeza, papéis, ferramentas ou quaisquer outros objetos, possam restringir o fluxo de
ar em caso de penetração nos dutos de entrada de ar. Em contrapartida, caso alguns
35
materiais fiquem soltos próximos ao sistema de admissão, podem ocasionar sérios
danos se forem sugados para dentro do motor. Portanto, deve-se ter atenção com
parafusos, pedaços de arame de freno, arruelas soltas, etc.
• limpar o filtro soprando-o com ar comprimido (não mais de 100 psi), a partir da
direção oposta ao fluxo normal do ar. Setas no filtro indicam o sentido normal
do fluxo de ar;
hh
É necessário ter cuidado para evitar danos ao elemento filtrante
durante a limpeza do filtro com ar comprimido.
• enxaguar após a lavagem até que seja removido todo o resíduo e somente
água limpa saia da tela do filtro;
36
• secar com ar comprimido;
hh
Não utilizar líquidos de limpeza ou solventes para lavar o filtro,
mas sim, uma solução de água e detergente.
Um novo filtro deve ser instalado após 500 horas de funcionamento do motor, ou um
ano de utilização. As indicações de dano são bordas afiadas ou quebradas nos painéis
de filtragem, permitindo que ar não filtrado entre no sistema de admissão.
A Tabela 2 fornece uma orientação geral referente às panes mais comuns no sistema
de admissão. Ressalta-se que ela não substitui as informações das ordens técnicas dos
respectivos fabricantes.
37
Tabela 2: Pesquisa de pane para a falha na partida do motor
Procedimento
Pane Causa provável Correção
de pesquisa
(a) Sistema de
(a) Inspecionar
admissão (a) Remover as
a tomada e os
obstruções.
dutos de ar.
Obstruído.
1. Falha na
(b) Inspecionar (b) Fixar/apertar
partida do motor
o suporte do o carburador
(b) Vazamento
carburador e os e reparar ou
de ar.
dutos de entrada substituir o duto
de ar. de entrada de ar.
(a) Inspecionar a
(a) Dutos de ar Remover as
tomada de ar e
soltos. obstruções.
os dutos do ar.
(b) Inspecionar (b) Fixar/apertar
(b) Vazamento o suporte do o carburador
nos dutos carburador e os e reparar ou
coletores de ar. dutos de entrada substituir o duto
do ar. de entrada de ar.
2. Mau (c) Remover
funcionamento a tampa do
(d) Lubrificar e
do motor (c) Válvulas comando dos
soltar as válvulas
do motor balancins e
que estejam
prendendo. checar se existe
presas.
alguma válvula
presa.
(d) Hastes de
(d) Substituir as
comando das (d) Inspecionar
hastes gastas ou
válvulas tortas as hastes.
danificadas.
ou desgastadas.
38
(a) Bloqueio no
(a) Examinar o (a) Remover
duto coletor de
duto coletor. obstruções.
ar.
(b) Porta
quebrada,
3. Baixa potência (b) Inspecionar a (b) Substituir a
na válvula
válvula de ar. válvula de ar.
de ar para o
carburador.
(c) Filtro de ar (c) Inspecionar o (c) Limpar o
sujo. filtro de ar. filtro.
(a) Verificar se
(a) Vedação da
há desgaste ou (a) Substituir a
tomada de ar
deslocamento do vedação.
reduzida.
vedador.
4. Motor com (b) Substituir
(b) Tubo de (b) Inspecionar
marcha lenta os tubos de
tomada de ar os tubos de
irregular tomada de ar
perfurado. tomada de ar.
defeituosos.
(c) Folga no (c) Inspecionar (c) Apertar os
suporte do os parafusos de parafusos de
carburador. fixação. fixação.
A Tabela 3 inclui algumas das falhas mais comuns encontradas em sistemas de admissão
com turbocompressor, juntamente com sua causa e reparação.
39
Tabela 3: Possíveis panes em sistemas de admissão turboalimentados
40
(a) Saída de óleo (a) Limpar e reconectar a
obstruída. linha de retorno de óleo.
(b) Articulação da (b) Substituir a articulação
4. Comporta de
comporta de escapamento e ajustar a abertura e
escapamento não abre.
quebrada. fechamento da comporta.
(c) Mau funcionamento do (c) Ver controlador na
controlador. coluna pane.
(a) Substituir o
(a) Vazamento na vedação.
controlador.
5. Mau funcionamento do (b) Substituir o
(b) Diafragma danificado.
controlador diferencial. controlador.
(c) Válvula do controlador (c) Substituir o
emperrada. controlador.
(a) Substituir o
(a) Vazamento na vedação.
controlador.
6. Mau funcionamento do (b) Substituir o
(b) Foles danificados.
controlador de densidade. controlador.
(c) Substituir o
(c) Válvula emperrada.
controlador.
Resumindo
41
Glossário
Mistura: define-se uma mistura como a junção de duas ou mais substâncias, sejam elas
simples ou compostas.
42
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A manutenção do sistema de
admissão não contribui para manter a integridade e a
funcionalidade dos componentes.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
43
Referências
AVIÕES E MÚSICAS. O que faz o avião parar após o pouso, o reversor ou o freio?
Portal Aviões e Músicas, 2012. Disponível em: <http://www.avioesemusicas.com/o-
que-faz-o-aviao-parar-apos-o-pouso-o-reversor-ou-o-freio.html>. Acesso em: 30 out.
2015.
HANGAR 33. Conheça os tipos de motores a reação. 2014. Disponível em: <http://
blog.hangar33.com.br/conheca-os-tipos-de-motores-a-reacao>. Acesso em: 2 out.
2015.
44
HOMA, J. M. Motores convencionais: aeronaves e motores – conhecimentos técnicos.
São Paulo: Asa, 1998.
MUNDO AERONÁUTICO. Proteção contra chuva e gelo. Portal Itamar Claudio Netto,
2015. Disponível em: <http://itamarclaudionetto.no.comunidades.net/protecao-
contra-chuva-e-gelo>. Acesso em: 21 set. 2015.
MUNIN. Sobrealimentação: turbo e outras. Portal Munin, 2015. Disponível em: <http://
munin.pt/ prov/turbo.html>. Acesso em: 21 set. 2015.
PASSOS, R. Sistema de escape: coletores, dutos e emissões (Parte 1). 2015. Disponível
em: <http://www.flatout.com.br/sistemas-de-escape-coletores-dutos-e-emissoes-
parte-1>. Acesso em: 15 out. 2015.
PRATT & WHITNEY R-2800 Double Wasp Cutaway. Paralleler. Youtube, 2011. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=EyPvpdy4dgg>. Acesso em: 21 set. 2015.
TURBO FOZ. Conheça o histórico do turbo. Turbo Foz, 2015. Disponível em: <http://
turbofoz. com.br/inicio/historico-do-turbo>. Acesso em: 20 set. 2015.
45
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE
ADMISSÃO DE MOTORES A
TURBINA
46
Unidade 3 | Sistemas de Admissão de Motores a
Turbina
1 Introdução
47
Por outro lado, a refrigeração é prejudicada, tornando a mistura ar/combustível muito
rica, podendo ocasionar uma condição de sobretemperatura, em inglês, overtemp,
e consequente queima do motor com o aumento descontrolado da temperatura.
Normalmente, o duto de entrada de ar é considerado uma parte da fuselagem e não
uma parte do motor. No entanto, a condução da massa de ar de admissão é de extrema
importância para o desempenho geral do motor e a sua capacidade para produzir a
quantidade correta de empuxo requerido.
48
Figura 17.A: Vista lateral de um motor Figura 17.B: Tela de proteção da entrada de ar
turboélice, cuja entrada de ar possui tela de de um motor turboélice
proteção
49
A escolha do tipo do duto de entrada é determinada pela localização do motor na
aeronave, e pela velocidade do ar, altitude e atitude em que a aeronave é projetada
para operar.
De acordo com Schiavo (1984, p. 69), a ingestão de ar dos motores a reação é muito
elevada. Para exemplificar: se o consumo de ar em um motor de 14.000 Ibf chega
a aproximadamente 150 lb/s ou o equivalente a 70 kg/s, em cada segundo o motor
admite 70 kg de ar, o que corresponde a 53.800 Iitros.
50
Em aeronaves multimotoras, é necessário que o duto seja curto, reto ou com um
mínimo de curvatura, como se vê nas Figuras 18.A e 18.B.
Embora o duto mais curto e sem curvaturas permita uma queda de pressão menor,
o motor fica sujeito aos efeitos de turbulência na entrada da admissão de ar,
principalmente em condições de baixa velocidade ou ângulos de ataque muito
acentuados.
Nos aviões de caça militares, em que o piloto fica sentado normalmente no nariz, torna-
se difícil o emprego de um duto de entrada única.
Um tipo de duto dividido, que leva o ar de ambos os lados da fuselagem, tem sido
bastante utilizado. Ele pode estar tanto na raiz da asa quanto nos dois lados da
fuselagem, como mostrado na Figura 19.
Figura 19: Aeronave com dutos de entrada de ar localizados em cada lado da fuselagem
Esse tipo de duto apresenta mais problemas para o projetista de aviões do que um de
entrada única, em razão da dificuldade de obtenção de área de admissão suficiente
sem impor valores excessivos de arrasto.
51
Dessa maneira, encontra-se uma dificuldade de se obter um duto que promova o
mínimo de interferência na massa de ar e um comprimento razoável com o mínimo de
curvas possível. Uma série de lâminas guias, às vezes, é utilizada na entrada de ar para
ajudar a direcionar o fluxo de ar de entrada e evitar turbulência.
52
As aeronaves que atingem velocidades supersônicas enfrentam um problema
para adotar a melhor entrada. Isso se deve ao fato de a aeronave encontrar-se em
velocidades subsônicas nas decolagens, subidas e aproximações para pouso.
53
Na entrada de ar supersônica, a velocidade do ar é retardada para Mach 1na porção
convergente da entrada e uma onda de choque é formada. Quando o ar flui através
da onda de choque, a sua velocidade é retardada a uma velocidade subsônica e ainda
sofre uma redução na porção divergente da entrada de ar antes da sua entrada no
compressor.
Para aeronaves que operam com velocidades supersônicas muito altas, a área dentro
do duto de entrada de ar pode ter sua configuração alterada por meio de dispositivos
mecânicos que se movem. Com isso, muda-se a área interna do duto conforme a
velocidade da aeronave aumenta ou diminui, pois esta não voa todo o tempo a
velocidades supersônicas. “Outro sistema é uma espécie de arranjo que promove um
desvio no fluxo de ar extraindo parte do fluxo a partir do duto de entrada à frente do
motor” (FAA, 2012, p. 20).
Figura 22.A: Representação da combinação de um duto de geometria variável com arranjos de válvulas
de desvio do fluxo de ar em condição subsônica
Figura 22.B: Representação da combinação de um duto de geometria variável com arranjos de válvulas
de desvio do fluxo de ar em condição supersônica
54
A onda de choque é uma região de descontinuidade em um fluxo de ar ou gás, durante
a qual a velocidade, a pressão, a densidade e a temperatura do ar ou do gás são
submetidas a uma alteração súbita.
Quanto mais fortes forem as ondas, maiores são as mudanças produzidas nas
propriedades do ar ou do gás. Elas são deliberadamente inseridas no fluxo supersônico
do ar do duto de entrada de ar, por meio de alguma restrição ou pequena obstrução,
que é automaticamente projetada para dentro do duto quando o número de Mach
aumenta. Como resultado, a onda de choque provoca a difusão do fluxo de ar que, por
sua vez, diminui a velocidade.
Ele, geralmente, é equipado com sensores que, com o uso de instrumentos, podem
medir a temperatura e a pressão (total e estático) de admissão.
55
Essencialmente, é uma entrada em forma de funil com boca de
sino com seus bordos arredondados cuidadosamente, os quais
oferecem praticamente nenhuma resistência ao ar. A perda do
duto é tão pequena que é considerada zero. O motor pode, por
conseguinte, ser operado sem as complicações decorrentes de
prejuízos comuns quando instalado com os dutos de entrada
tradicionais das aeronaves (FAA, 2012).
Figura 24: Tela de proteção instalada em uma entrada tipo boca de sino
Normalmente, as entradas são montadas com telas de proteção. Nesse caso, a perda
de eficiência, conforme o ar passa através da tela, deve ser levada em consideração
quando dados muito precisos do motor são necessários.
56
A aspiração de corpos estranhos, não importando o que sejam, é capaz de causar danos
sérios, devido ao impacto causado por eles nos componentes situados na entrada do
compressor. Dessa maneira, a proteção no duto de indução visa promover, mediante
meios mecânicos, uma segurança contra a admissão desses objetos que possam causar
danos ao motor (separação inercial).
Figura 25: Sistema de separação inercial utilizado em uma aeronave bimotora de médio porte
• um atuador eletromecânico;
• um interruptor de comando.
57
Com isso, esse dissipador pode causar uma grande força de sucção capaz de levantar
do chão pequenos objetos, conduzindo-os à entrada do motor e, consequentemente,
ocasionar danos.
Para evitar que o motor ingira facilmente todos os itens que possam estar em suspensão
no ar ou mesmo no solo, insere-se uma tela em volta da entrada de ar do motor ou em
algum local ao longo do duto de entrada de ar. Portanto, os motores que incorporam
telas de entrada, tais como turboélices e APU, não são tão vulneráveis aos FODs.
Os motores turbofan com alta razão de bypass são geralmente construídos com o fan
na extremidade à frente do compressor.
58
Ademais, o fan reduz os danos e os riscos do motor ingerir algum material estranho,
pois grande parte de qualquer material que poderia ser ingerida é lançada radialmente
para fora e passa pela descarga do fan, em vez de passar pelo núcleo do motor. O
ar quente sangrado, por sua vez, é direcionado para circular no interior do bordo de
ataque da entrada de ar para evitar a formação de gelo (anticongelamento).
Os fans são equipados com um spinner elíptico ou cônico. Caso a unidade seja do tipo
elíptica, ela será aquecida por ar quente proveniente de algum estágio do compressor
para evitar formação de gelo. A seguir são apresentados alguns exemplos de spinner
cônico e elíptico usados em motores turbofan.
Nos motores de alto desvio, o fan consiste em um estágio de lâminas rotativas e aletas
fixas que podem variar em diâmetro de menos de 84 polegadas até mais de 112
polegadas, conforme mostra a Figura 29.
O ar acelerado pelas pontas das pás do fan, fabricadas de titânio oco ou materiais
compostos, forma uma corrente de ar secundário, que é canalizado para a atmosfera
sem passar através do núcleo principal do motor.
Esse ar secundário (fluxo do fan) produz 80 por cento do impulso em motores de alto
desvio.
59
Assim, o ar que passa através da parte interior das pás do ventilador torna-se a corrente
de ar primário que flui pelo núcleo do próprio motor.
Resumindo
60
Glossário
Voo cruzeiro: etapa do voo compreendida entre o final da subida e o início de sua
descida ao local de destino.
61
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A admissão de um motor a
turbina é concebida para proporcionar um fluxo de ar
relativamente livre de distorção.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
62
Referências
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Portal Aviões e Músicas, 2012. Disponível em: <http://www.avioesemusicas.com/o-
que-faz-o-aviao-parar-apos-o-pouso-o-reversor-ou-o-freio.html>. Acesso em: 30 out.
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blog.hangar33.com.br/conheca-os-tipos-de-motores-a-reacao>. Acesso em: 2 out.
2015.
63
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São Paulo: Asa, 1998.
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TURBO FOZ. Conheça o histórico do turbo. Turbo Foz, 2015. Disponível em: <http://
turbofoz. com.br/inicio/historico-do-turbo>. Acesso em: 20 set. 2015.
64
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V V
Unidade 2 F V
Unidade 3 V V
65