A Natureza Da Mensagem - Aula 1
A Natureza Da Mensagem - Aula 1
A Natureza Da Mensagem - Aula 1
a cincia geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenmenos culturais como se fossem sistemas sgnicos, isto , sistemas de significao. Ambos os termos so derivados da palavra grega (smeion), que significa "signo", havendo, desde a antiguidade, uma disciplina mdica chamada de "semiologia (estudo da interpretao de sinais).
A Semitica contribui para a explorao dos significados presentes nos diversos cdigos disposio, num universo cada vez mais em rotao.
conduzir decifrao de textos verbais e no verbais, atingindo a Comunicao e diversas reas afins, pois a abrangncia da diversidade de domnios nos possibilitar fazer uma viagem pelos sentidos em diferentes graus no mtodo de anlise de discursos e texto, alm de trabalhar o ldico, envolvendo os leitores com seus possveis e diferenciados olhares.
Tambm parte da semitica, o uso das estratgias
de leituras que levem aquisio de linguagens, possibilitadas por novas arquiteturas de informaes ou releitura de textos.
O que semitica?
A leitura com olhares diversos como o do
fotgrafo que v alm da imagem, ou retrata para depois esquadrinhar ou investigar os sentidos ali presentes em busca de uma nova esttica, todas as possibilidades dos signos leitura semitica.
O que Semitica?
Vamos fazer uma viagem pelo mundo da leitura
e, para isso, no precisamos ir longe. Caminhando pela PUC, por exemplo, durante o tempo todo compreendemos o que se passa nossa volta: placas, roupas, vozes, desenhos, formas. Se no prestarmos ateno ao entorno porque estamos distrados, mas ainda assim, a prpria cabea se encarrega de produzir significados. Somos "processadores de significados".
Ter opinies e argumentos deve ser preocupao de todos os usurios de uma lngua, pois pr-requisito para a atividade escrita.
Se voc est se perguntando o que isso tem a
ver com leitura, perceba que tem tudo a ver, porque ler vai alm das letras que compem um texto verbal, ler acima de tudo, decifrar o mundo e, deste, fazem parte tambm as imagens, os movimentos, os ritmos...
Portanto, produzir o texto manifestar-se de
forma expressional, tramar vrios fios que iro nos fornecer belos tecidos, sejam eles verbais ou no verbais, passveis de interpretao, decodificao.
Compreenso
As pessoas que no procuram entender o
mundo, analisar os acontecimentos sob prismas diferentes, ou assumir atitude crtica diante da fala dos outros, nada tm a dizer a seus interlocutores, a no ser repetir discursos j prontos, de cuja elaborao no participaram.
placas (de trnsito), movimentos (danas), tteis (Braille), sonoros (cdigo Morse)
O Verbal e o no verbal - Publicidade, histria em
quadrinhos, charges
Voc est preparado para ter novos "olhares", isto , encontrar "novos significados" em coisas que antes voc s "via"?
forma de olhar as coisas. Buscar novos significados para os signos que nos rodeiam.
Nomenclatura
constructo, um sistema cujo elementos integrantes e integradores so os signos. uma instituio social que se distingue de outras instituies, polticas, jurdicas etc. pela natureza especial do sistema de signos que constitui.
significado s ideias filosficas. As opinies e o estabelecimento de sua verdade constituem o objetivo fundamental do mtodo cientfico.
Para ele, um signo algo que, de algum modo,
representa alguma coisa para algum, dirige-se a algum, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou um signo melhor desenvolvido.
comportamento animal, msica, pintura, jogos, rituais, regras sociais, tudo que, por alguma razo, passou a ser percebido como sendo em si significante e sendo o que no , sendo, simultaneamente outra coisa que si mesmo, tendo um significado, passou tambm categoria de objeto semitico. (Noes extradas da Revista Eletrnica de Jornalismo Cientfico ComCincia - autor: Carlos Vogt)
O que signo?
As coisas esto no mundo e o homem estimulado por elas.
Esses estmulos passam do fsico ao mental, so as linguagens, produtos da conscincia. O homem sensvel s coisas que se apresentam a ele, o que gera inquietao e, consequentemente, necessidade de buscar significaes. Os sinais percebidos pelo homem ganham forma e contedo: o signo.
Os signos esto em rotao, pois o mundo est em constantes
mudanas. Os grupos humanos sempre fizeram uso de modos de expresso a fim de se aproximarem socialmente e essas manifestaes podem ser encontradas desde os desenhos nas grutas, aos jogos e danas, rituais e objetos primitivos. At a escrita no era alfabtica, mas havia ideogramas, pictogramas, hierglifos, formas prximas ao desenho.
de produo de sentido e, hoje, mais do que antes, esto se produzindo e reproduzindo de maneira muito rpida, visto que vivemos a era da virtualizao e multimdia e as informaes e mensagens povoam nosso cotidiano, no minuto em que os fatos esto acontecendo. A leitura simultnea ao acontecimento.
palavra, mas um conceito e uma imagem acstica, que nossa representao material da prpria palavra, registrada em nossa mente. (Ex: Lpis - significante (imagem acstica do lpis), significado (objeto que serve para escrever)
usamos apenas a lngua para nos comunicar, anunciando a lingustica como um primeiro tpico a ser estudado dentro de uma cincia maior: a semiologia.
A natureza do signo lingustico foi concebida
como uma entidade psquica de duas fazes indissociveis que criam um significante (imagem acstica) e significado (conceito). A arbitrariedade dessa relao possibilita a produo de diferentes sistemas de significao.
outra: seu objeto. S h signo quando houver essa representao, o signo no o objeto, ele est no lugar do objeto. (Ex: lpis: o objeto, o corpo, a ponta, a cor, so signos do objeto lpis. Estes signos no so o prprio lpis, mas dependem da natureza do signo.
quem o observa, o receptor. um processo que Peirce chama de semiose (interpretao do signo)
nomenclatura de Saussure. No caso, o representamen seria a percepo do signo, isto , como uma pessoa o percebe. Nas palavras de Peirce "o veculo que traz para a mente algo de fora". O objeto corresponde ao referente, coisa em si. O interpretante o significado do signo, a interpretao do signo. o que se cria na mente como efeito do signo. o que se cria na mente como efeito do signo. "Um signo dirige-se, isto , cria na mente dessa pessoa um signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. Chamo o signo assim criado o interpretante.
(representamen) visualiza o "cigarro" (objeto) e "rejeita o hbito de fumar" ou "sente vontade de fumar" (interpretante). Percebe-se que cada signo pode criar um interpretante, logo a semiose pode resultar em interpretantes sucessivos, pois "pensar" leva a situaes diversas de acordo com experincias diferentes. o que chamamos "vrios olhares" ou vrias interpretaes" para um mesmo representamen.
segundo Peirce: 1. Primeiridade ou qualissigno - qualidade do signo. a leitura emocional, isto , aquela que percebida por um dos sentidos.
pois mexem com nossos sentidos. Por exemplo, ao olharmos a ltima imagem, alm da ciso, podemos salivar, pois como se sentssemos o cheiro e o paladar. Temos o signo em relao a si mesmo.
tom, cor nossa vida, isto , afeta a "nossa conscincia imediata" est no sentimento que chamamos de qualidade. a conscincia de um momento que no precisa estar no presente, mas representa a primeiridade, pois o que imediatamente vem nossa cabea ao visualizarmos algo, o possvel.
sentir medo, caso tenhamos a previso de uma tragdia; alvio, se estivermos num longo perodo de estiagem. So possibilidades. o qualissigno.
Mas, se logo a seguir chover,concretizou-se a possibilidade,
3. Terceiridade ou legissigno - uma lei. Todo signo convencional um legissigno. o resultado de uma conveno ou lei estabelecida pelo homem. Cada palavra de uma lngua um legissigno. Observe a imagem da rvore: a imagem seria o qualissigno: sentimento de beleza, tranquilidade, qualidade de vida.