METPEFAB

Shot-Peening

Prof. Dr. Bruno Scuracchio

1
Shot-Peening: Jateamento?
Processo de Jateamento: Limpeza, ativao de superfcie para
pintura, acabamento, inserir rugosidade, shot-peening, etc.

Shot-peening, portanto, um tipo especial de jateamento

Shot-Peening: Definio
Martelamento da superfcie da pea atravs de jateamento com
granalha
Granalha com distribuio granulomtrica definida
Granalha pode ser: granalha de ao esfrica, ao angular, ferro
fundido, areia, cermicas especiais, vidro, entre outras.
Shot-Peening: Aplicao

Neutralizar tenses externas:

Dobramento
Cargas Axiais
Cargas de Toro
Ciclos de Aquecimento/Resfriamento
Flutuao de Presso
Trincas por Corroso sob Tenso
Shot-Peening: Definio

1
Todo material submetido a
compresso se deforma no
sentido normal ao esforo
compressivo

2
A superfcie comprimida
quer se deformar

O ncleo, com muito maior

volume, no permite esta
deformao

3 Surgem tenses residuais

de compresso
Shot-Peening: Definio

As tenses residuais de
compresso reduzem ou at
anulam as tenses de trao
junto superfcie.
Shot-Peening: Aumento na Vida em Fadiga
Mdio
 Tenses Residuais
Atualmente, pode-se prever com grande exatido os esforos e
tenses que componentes sofrero durante sua utilizao.

Porm, isoladamente, esta anlise no suficiente para prever a

desempenho deste mesmo componente.

Em muitos casos onde falhas levam a um rompimento precoce da

pea, existiam outros fatores que modificavam o perfil de tenses
calculado no projeto, ou melhor, existiam tenses residuais no
componente que se somaram aos esforos calculados inicialmente no
projeto
Tenses Residuais

Tenses existentes em um corpo sem que sobre ele estejam agindo

quaisquer foras externas, no necessrias para manter o equilbrio
entre o material e o ambiente onde ele est inserido.

As tenses residuais so elsticas e se superpem s cargas de

servio, podendo ser benficas ou malficas, dependendo de sua
magnitude, sinal e distribuio

As tenses residuais so autoequilibrantes. Qualquer perturbao

como remoo de material, aplicao de carregamentos trmicos ou
mecnicos, altera o seu estado e causa sua redistribuio de modo
que as tenses se equilibrem novamente.
Tenses Residuais
Mas antes
Estrutura dos Slidos Cristalinos

CCC

CFC

Clula Unitria
Mas antes

Monocristalino e
Policristalino
 Tenses Residuais
Macroscpicas: Tambm chamadas de tenses residuais do Tipo I, se
estendem sobre grandes pores volumtricas quando comparadas
com o tamanho de gro do material. Exemplos: processos de
conformao, gradientes trmicos, tmpera em ao.

Microscpicas: Tambm chamadas de tenses residuais do Tipo II,

so as que mantm uma distribuio uniforme ao longo de um gro ou
de boa parte dele. Podem ocorrer em interfaces entre fases e
partculas precipitadas e a matriz.

Sub-microscpicas: Tambm chamadas de tenses residuais do Tipo

III, abrangem distncias interatmicas, dentro de uma pequena poro
de um gro, normalmente ligadas a defeitos cristalinos.
 Origem da Tenso
Processo de Fabricao Observaes
Residual
Conformao Laminao, Forjamento, Estampagem, Trefilao
Tenses Originadas Tratamentos Superficiais Jateamento, Esmerilagem, Retfica, Lixamento

Mecanicamente Torneamento, Fresamento, Mandrilamento,

Processos de Usinagem
Furao

Tratamentos Termoqumicos Nitretao, Cementao, Carbo-Nitretao

Tenses Originadas em
Tratamentos Trmicos Tmpera e Revenimento, Normalizao
Transformaes de Fase e
Materiais Compsitos
Microestrutura
Deposio Superficial Metalizao, Eletrodeposio, Galvanizao
Heterognea
Processos de Soldagem Todos
Aquecimento Provocado por Torneamento,
Processos de Usinagem
Fresamento, Mandrilamento, Furao

Processos de Soldagem Todos

Tenses Originadas
Tmpera e Revenimento, Normalizao,
Tratamentos Trmicos
Termicamente Recozimento

Tratamentos Termoqumicos Nitretao, Cementao, Carbo-Nitretao

Processos de Fundio Resfriamento Heterogneo dentro do molde

Conformao

Tratamento
Tratamento
Termoqumico
Superficial
Tmpera

Deposio

Solda
Fundio
Shot-Peening: Definio
Insere tenses de Compresso na superfcie do material
Estas tenses se sobrepem s tenses de trabalho
Retarda a nucleao e propagao de trincas de fadiga
Portanto, o objetivo AUMENTAR A VIDA EM FADIGA
Como consequncia secundria, temos uma superficie limpa e
pronta para a pintura.

As tenses residuais de
compresso reduzem ou at
anulam as tenses de trao
junto superfcie.
Shot-Peening: Parmetros

Os 2 parmetros principais do processo de shot-peening so:

Cobertura
Intensidade
Integral
Perfil ao longo da profundidade
Shot-Peening: Intensidade
Shot-Peening: Parmetros que afetam a
Intensidade
Amperagem do motor
RPM da turbina
Dimetro da Turbina
Distribuio granulomtrica da granalha
Tamanho da granalha
Densidade da granalha
Dureza da granalha
Velocidade de passagem da pea
Dureza da pea
Nvel do silo


Intensidade - Almen
Intensidade Raios-X
Intensidade Ponto de Saturao

o primeiro ponto na curva alm do qual a altura do arco aumenta

em 10% ou menos, sempre que o tempo de jateamento dobrado
Intensidade Over-Peening, ou jateamento
excessivo

Remontas
Shot-Peening: Cobertura
Shot-Peening: Parmetros que afetam a
Cobertura

Amperagem do motor
RPM da turbina
Dimetro da Turbina
Distribuio granulomtrica da granalha
Tamanho da granalha
Densidade da granalha
Velocidade de passagem da pea
Nvel do silo



Shot-Peening: Cobertura
Shot-Peening: Cobertura
Cobertura x Intensidade

Cobertura e intensidade so dois fatores independentes

do processo de shot-peening
Intensidade uma medida nominal da taxa de
transferncia de energia disponvel do processo
Cobertura a medida nominal do trabalho feito na pea
sendo processada; funo do tempo de exposio
Mudar a cobertura de uma pea no muda a intensidade
do processo
Mudar outros parmetros, por exemplo a taxa de fluxo de
granalha, pode influenciar a taxa de cobertura e a
intensidade
Shot-Peening: Parmetros que afetam o
Ponto Quente

Amperagem do motor
RPM da turbina
Dimetro da Turbina
Distribuio granulomtrica da granalha
Tamanho da granalha
Densidade da granalha
Nvel do silo



Ponto Quente
Ponto Quente
Meios de Jateamento

Ferroso:
Ao Carbono Fundido (dureza alta ou regular)
Ao Carbono de Arame Cortado (mais durvel e mais
cara)
Ao Inox (esferas grandes at 10mm em geral para
peen forming)

No-ferroso:
Metlico (alumnio, zinco, cobre, bronze em geral
para evitar contaminao)
Esferas de vidro
Cermico
Granalha Fundida x Arame Cortado
Sucata de Tratamento
Atomizao Peneiramento
Ao Trmico

Moagem
(Angular)

Tmpera

Tratamento Arredondamento
Fio-Mquina Trefilao Corte e Peneiramento
Trmico
Equipamento Ar Comprimido
Equipamento Turbina
Equipamento Turbina
Distribuidor

Caixa de
Controle

Palheta

5,5 kW ~ 80 Kg / min
110 kW ~ 1.300 Kg / min
Circuito da Granalha
Turbina x Ar comprimido

Tem mais alto fluxo de granalha, resultando em alta

produtividade para grandes reas de aplicao
Tem baixo consumo de energia por rea jateada
Tem maior eficincia em geometrias grandes e simples
Tem flexibilidade limitada difcil de direcionar ou mudar o
alvo do fluxo de granalha
Fluxo demasiado de granalha para pequenas aplicaes
de preciso
S consegue aplicar uma intensidade para a pea inteira
 Processos Avanados de Shot-Peening
Stress Peening
 Processos Avanados de Shot-Peening
Normal x Stress
Stress Peening 0

-200

-400
Tenso (MPa)

Normal
-600
Stress

-800

-1000

-1200
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Profundidade (mm)
 Processos Avanados de Shot-Peening
Stress Peening
10000000.00
Stress-peening Durability diagramm
life x stress range

3,00E+0

1000000.00
LIFE ( CYCLES )

5,00E+

2,00E+0
100000.00

unpeened
5,00E+0

Normal peening

10000.00
250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 450
STRESS RANGE ( MPa )
Processos Avanados de Shot-Peening

Shot-Peening a Quente
Em teoria o mximo valor possvel para a tenso residual o limite
de escoamento do material.
No existem equipamentos economicamente viveis que produzam
energia de impacto suficiente para gerar este valor de tenso
residual sem danificar a pea.
Aquecendo-se o ao reduzimos o seu limite de escoamento e a
superfcie das molas, possibilitando uma deformao mais intensa
com conseqente aumento da tenso residual.
Processos Avanados de Shot-Peening
Normal x Stress x Quente
0

-200

-400
Tenso (MPa)

Normal

-600 Stress

Warm

-800

-1000

-1200
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Profundidade (mm)
Processos Avanados de Shot-Peening
6000

Fatigue tests carried out on coil springs 6Q0 411 105 T

Hardened and tempered to 590 HV ( Brinell 2,59 mm )
5000

t max = 1166 N/mm

4000 t A = 379 N/mm
LIFE ( cycles x 1000 )

3000

2000 Hot shot peening

1000
Normal peening

0
1 2 3 4 5 6

SAMPLE
Processos Avanados de Shot-Peening

A superfcie jateada ideal

Processos Avanados de Shot-Peening

A superfcie jateada real

Este ponto um provvel incio

de trinca
Processos Avanados de Shot-Peening
Processos Avanados de Shot-Peening
800

Hot peening 150C Double hot peening 150C

Double hot peening 290C + termal shock

Double hot peening 200C

760
Fator de Dano

720

Normal peening
Hot peening 200C
Double hot peening 260C + termal shock

680

Double peening room temperature

640

600
100,000 1,000,000 10,000,000

Durabilidade (ciclos)
Outros Processos de Peening
Peening com esferas cermicas (Zirconia-Slica)
700 a 1000 HV
Reduo na gerao de P

APPLICATION OF CERAMIC
SHOT FOR PEENING OF
AUTOMOTIVE SUSPENSION
COIL SPRINGS
Franois-Xavier Abadie, Anne-
Laure Beaudonnet, Jeffrey
Dixon, Joseph Fader, Agns
Fabre, Laurent Barrallier
Outros Processos de Peening
Outros Processos de Peening
Outros Processos de Peening
Ultrassonic Shot Peening
Laser Peening
Peen Forming