História Da Salvação - Antigo Testamento

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História da Salvação:

Antigo Testamento

Arquidiocese de Niterói – Vicariato Rural


Paróquia São Pedro Apóstolo – Venda das Pedras
Pastoral de Iniciação à Vida Cristã – Catecumenato 2017/2018
Catequista: Giovanni de Oliveira
*A História da Salvação é a história que é narrada na Sagrada
Escritura, além da que vivemos hoje e as que a gerações futuras
viverão. Ou seja, é toda a história da humanidade. Começa na
Criação e vai até a Parusia.

* Começa a ter personagens a partir do ano 1800 a.C., onde Deus


intervém em nossa história para salvar o homem.
Relembrando...

* O Antigo Testamento é composto por 46 livros, que retratam


o passado do povo de Deus. Conta, de forma metafórica, a
Criação, o Pecado, o Dilúvio e o surgimento das diversas
línguas.

* Temos, dentre outros, os livros do PENTATEUCO, que dizem as


leis do povo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.

* Podemos destacar a história dos Patriarcas, de Moisés, do


povo de Israel e a Terra Prometida, o sistema de juízes e
monárquico e os profetas.
Abraão, Isaac, Jacó, José

1800 PATRIARCAS 1300 1250 1230 JUÍZES 1030


ÊXODO

1030 1010 780 740 725 650 587 538 520 470 450 445
MONARQUIA EXÍLIO PÓS-EXÍLIO

PROFETAS

Nascimento
de Cristo
PÓS-EXÍLIO

430 400 300 PROFETAS150 130 0


* OsPatriarcas são aqueles homens que foram os primeiros a
servirem a Deus. São Abraão, Isaac e Jacó.

* ABRAÃO: primeiro era chamado de Abrão. Morava em Ur, na


Caldéia (Irã), possuía muitos bens. Tinha 75 anos quando foi
chamado por Deus (Gn 12, 1-7). Abrão, então, caminha para
Canaã (Israel), que é a terra escolhida por Deus para a sua
descendência.
* Gn 17: Deus faz uma aliança com Abrão, mudando seu nome para Abraão,
institui a circuncisão de todo varão no 8º dia de nascido, como sinal desta
aliança, e promete que sua esposa, Sarai, com 90 anos, iria dar a luz a um
filho, também mudando o nome dela para Sara. Quando Isaac nasce,
Abraão tem 100 anos (Gn 21).

* OBSERVAÇÃO: Abrão tem um filho com sua escrava, Agar, pois Sarai
entende que, por estar velha, não seria capaz de gerar um filho. Após
engravidar, pede para que ele expulse a escrava e seu filho, Ismael, de
suas terras. Tem-se, então, o nascimento do povo muçulmano e o conflito
Judeus x Árabes.

* Gn 22: Deus prova o amor e a fidelidade de Abraão pedindo seu único e


amado filho Isaac como vítima de holocausto, porém, quando estava para
imolá-lo, o anjo intervém, e Deus novamente fala de sua promessa. É
sacrificado um cordeiro.

* ISAAC: teve dois filhos, Esaú, primogênito, e Jacó. Esaú vende sua
primogenitura a Jacó por um pato de lentilha e pão. Deus troca o nome de
Jacó para Israel, o qual teve 12 filhos, que deram origem as 12 tribos de
Israel. São eles: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Zabulon, Issacar, Dã, Gad,
Aser, Neftali, José e Benjamin.
* JOSÉ: era o filho preferido de Israel. Foi vendido pelos seus
irmãos, que conceberam ódio contra ele. No Egito, foi comprado
como escravo (Gn 39), mas fazia prosperar tudo o que
empreendia pois Deus estava com ele. José, então, chega ao
posto de primeiro-ministro e de governador do Egito.

* Háuma grande fome de 7 anos em Canaã, que obriga Israel e


toda sua família a irem para o Egito, e eles são acolhidos por
José. Os israelitas vivem no Egito por 400 anos sem nenhum
problema e são chamados de hebreus, que significa estrangeiros
* Morre José e todos de sua geração.

* Um rei novo é nomeado, e ele não conheceu José (Ex 1,8). Com
medo de que os hebreus tomassem o lugar do povo egípcio, o faraó
ordena que os hebreus sejam escravizados e que os meninos sejam
jogados no rio Nilo. Há o controle demográfico da região.

* MOISÉS: É poupado da morte pois as parteiras se recusam a


obedecer a ordem do faraó (Temor de Deus). Nascido no Egito e
criado pela filha do Faraó, foi educado como um egípcio. Já
adulto, ficou de tal modo revoltado com a maneira cruel como
eram tratados os hebreus, que matou um supervisor egípcio (Ex 2,
11-12).
* Depois de quarenta anos, Deus manifestou-se a Moisés. É na
montanha que Moisés tem a experiência desse Deus. Moisés não
vê Deus, e sim um fenômeno misterioso: fogo que não queima.
Esse Deus traz a grande revelação: “Eu vi a opressão de meu
povo...” (Ex 3, 7-8). Diante do arbusto que ardia em fogo, mas
não se consumia, Moisés entendeu que Deus lhe estava falando.
Deus disse-lhe que voltasse ao Egito e pedisse ao Faraó que
deixasse seu povo sair (Ex 3, 18). O Faraó recusou. Em
consequência, os egípcios sofreram o castigo das “dez pragas”,
sendo a décima a mais significativa, pois há a instituição da
Páscoa. (As casas dos hebreus foram manchadas pelo sangue de
um cordeiro. Nas casas manchadas, Deus passa direto, sem ferir
ninguém, mas, naquelas que não foram, morre o primogênito,
tanto humanos como dos animais, inclusive o filho do Faraó).
* Finalmente o Faraó consentiu que Moisés saísse com os
israelitas. Mas, após a 10ª praga, mudou de ideia e persegui-os
até o mar dos Juncos (mar Vermelho). Os israelitas
conseguiram atravessar o mar e penetrar no deserto, enquanto
o exército egípcio morreu afogado. A travessia do mar
Vermelho foi a passagem da escravidão para a liberdade (Ex 14-
15). Aconteceu com a participação direta de Deus, mas
também com a luta desse mesmo povo para tal fim. É uma
celebração da vitória de Deus e da vitória do homem.
* Durante 40 anos, Moisés guia seu povo pelo deserto, em
caminho da Terra Prometida. Os hebreus passam de um povo
oprimido para um povo livre. No deserto, o povo passava fome.

* Ex16: Em resposta à fome, o povo recebeu o maná, que caía


todo dia pela manhã. Foram instruídos para recolher apenas o
necessário ao dia, sem acumular para o dia seguinte. Dessa
forma, todos tinham o suficiente, não faltando nada para
ninguém. Alguns acumularam para o dia seguinte, mas o que
fora acumulado “criou vermes e apodreceu” (Ex 16,20). Isso
mostra que o espírito de posse e acumulação não tem sentido
numa sociedade que pretenda ser igualitária, participativa,
onde tudo se partilha fraternalmente. O acúmulo da riqueza e
do poder gera desigualdade e, consequentemente, exploração e
opressão.

* Monte Sinai: aliança com o povo  10 Mandamentos! (Ex 20)


* Ao chegar próximo a Terra Prometida, Moisés morre, pois duvida
da capacidade de Deus. O povo, então, é conduzido por Josué. A
entrada é feia em Jericó.
* O povo, após a morte de Josué e todos de sua geração, passam a
adorar outros Deuses. O senhor, então, escolhe juízes para
governar Israel, os quais conheciam a Lei e faziam com que ela
fosse respeitada. Esse governo durou cerca de 200 anos.

*O povo de Israel necessita de ser governado por uma autoridade


central, e Deus instituiu Saul como primeiro rei, mas ele mostrou-
se indigno da elevação divina e Deus o rejeitou (1Sm 13, 5-14).
* Deus, então, indica Davi como novo rei e foi ele que lutou
bravamente contra os inimigos e os vencendo trouxe a paz para
todo o reino, porém Davi também pecou contra o Senhor, mas foi
repreendido pelo profeta Natã, se arrependeu e pediu perdão a
Deus. Davi foi perdoado e passou a observar a lei do Senhor com
atenção e louvava continuamente a Deus.

* Com a morte de Davi, Salomão torna-se o novo rei, e Deus lhe


deu o dom da sabedoria. Construiu o templo de Jerusalém.
Porém, Salomão se casa com mulheres pagãs e passa a prestar
cultos a deuses pagãos. Como consequência, Deus castigou
Salomão com a divisão do reino que se realizou com a sua morte.
A Samaria ficou como capital do Reino do Norte (Israel) e
Jerusalém como capital do Reino do Sul (Judá) (1 Rs 11-12).
* Os profetas anunciam e denunciam a vontade de Deus a respeito
do homem e do mundo. Aparecem mais em épocas de crises e
desmandos sociais, desequilíbrios dos governantes ou crises de fé.
Apareceram APENAS no Antigo Testamento! O único profeta do
Novo Testamento é João Batista.

* Falsos Profetas: defendem o erro como verdade.

* Osprofetas são: Videntes, Juízes, Mulheres e homens de crítica


radical e Mulheres e homens da Aliança.
* Amós (780-750) – o plantador de árvores: Ele é um dos primeiros
profetas de Israel dentro do período da monarquia. Ele aparece
profetizando no Reino do Norte, junto ao santuário de Betel. Ali havia um
sincretismo religioso e cultos a outros deuses que manifestavam o
descrédito e as infidelidades do povo a Javé. Amós afirma que esses
grupos interesseiros de falsos sacerdotes e líderes políticos perversos
afrontavam a miséria do povo pela sua luxúria e ostentação. Ele reclama
dos nobres, pois, enquanto a miséria do povo aumentava, eles
banqueteavam com o lucro da falsificação das balanças na época das
colheitas.

* Isaías (740-690) – profeta do tempo novo: Na Bíblia o livro de Isaias vai


do capítulo 1 até o 66. O livro pode ser dividido em três grandes partes:
a) Isaias 1-39 contém a mensagem do profeta Isaias, cuja preocupação
central é a santidade de Deus. O autor fala e adverte dos perigos da
idolatria, da injustiça, etc., antes do exílio da Babilônia. O primeiro Isaias
é o profeta de um tempo novo, “porque nasceu para nós um menino, um
filho nos foi dado, e ele se chama Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte,
Príncipe da Paz” (Is 9, 1-6). “Nascerá um descendente de Davi, da casa de
Jessé, e sobre ele repousará o Espírito do Senhor com os seus dons” (Is 11,
1-4).
* Miquéias (725-690) – o profeta do novo êxodo: O profeta
Miquéias profetiza no Reino do Sul (Judá). Ele é camponês, no
estilo de Amós. Sua profecia pode ser caracterizada pelos seguintes
aspectos: Javé abandona o templo: a falsidade do culto fez com
que Javé saísse do templo. Contemporâneo de Isaias, ele profetiza
de modo mais duro (Mq 3, 12). Os políticos devoram o povo (Mq 3,
1-3). Balanças falsificadas: solidário com a situação dos
camponeses – quando vendiam seus produtos, quem os pesava eram
os comerciantes inescrupulosos da cidade. Ele acompanha a linha
de Amós na defesa dos direitos do campo contra a exploração da
cidade (Mq 6,9-15). A restauração virá com um novo messias:
Miquéias é o profeta do novo êxodo. O povo ignora o seu passado e
parece querer repetir a experiência. No entanto, o profeta ainda
dala de esperança: “E tu (Belém) Éfrata, embora o menor dos clãs
de Judá, de ti sairá para mim aquele que será dominador em
Israel” (Mq 5, 1).
* Jeremias (650-580) – o homem que lamenta: Jeremias é o
profeta que presencia o acontecer de suas profecias. Nascido na
marginalização, Jeremias, ainda jovem, é chamado à missão.
Filho de família sacerdotal, marginalizado por sua linha de
pensamento, torna-se um profeta por vocação. Jeremias é a
alma transparente, poética e aberta. Sente os problemas do
povo como se fossem as suas próprias dores e desabafa (Jr 15,
17-18).Dizque é inútil apresentar sacrifícios e orações a Deus se
não há interesse para modificar a situação. A aliança: depois de
dar o atestado de óbito ao povo e ao rei, afirmando que não
sobraria ninguém para chorar os defuntos, Jeremias anuncia
uma Nova Aliança (Jr 31, 31-33).Nenhum profeta experimenta
tanta dor e situações adversas como ele. Porém Deus garante
que estará sempre com o profeta, tornando-o uma coluna de
ferro (Jr 1, 17-19).
*OReino do Norte cai em 721 a.C., conquistado pela Assíria. Os
assírios levaram as pessoas mais capacitadas e em eu lugar
colocaram as pessoas pagãs. Os dois grupos se misturaram e
surgiu um povo novo, com costumes pagãos e israelitas: os
samaritanos.
* Osprofetas aparecem principalmente quando Israel começa a
enfraquecer e tornar-se presa fácil de outras nações que
acabaram exilando o povo de Deus.

*O Exílio indica o período que vai da destruição de Jerusalém


pelos Babilônios, em 587 a.C., à reconstrução iniciada em 537
a.C., ainda sob o domínio persa. Era uma prática muito antiga
deportar em massa os povos conquistados para servirem como
escravos e perderem seu sentido de identidade nacional.
* Nesse contexto aparece Isaias 40-55, capítulos que foram escritos por um
profeta anônimo, na época do exílio da Babilônia. O autor ou a comunidade
encontram-se exilados, mas estão esperançosos no fim do cativeiro. O livro
fala de esperança e consolação. Esse profeta é comumente chamado de
Segundo Isaias. Os dominadores queriam que os hebreus exilados
oferecessem espetáculos e tocassem canções judaicas, mas estes
respondiam: “Cantar de que jeito, se a saudade da pátria nos tranca a
garganta?”. O livro tem características de situar-se mais próximo do fim do
cativeiro e no prelúdio do final da Babilônia. A partir da sua temática,
podemos destacar alguns tópicos:
* a) O monoteísmo: diante de Javé, os ídolos são anulados e não servem para
nada (Is 41, 21-29). Há um só Deus.
* b) A consolação: com a certeza de que a libertação estaria próxima, o
profeta reconstitui as promessas antigas de que Deus é Senhor da História e
consola o seu povo (Is 45, 1-7).
* c) Incentivo para o retorno: com o decreto da libertação, muitos não
queriam retornar para cara e preferiam ficar no estrangeiro. Alguns já
estavam instalados e não queriam abandonar o que já tinham conseguido
para voltar e saber que deveriam começar tudo outra vez. Para incentivar o
retorno no momento em que a libertação viesse a acontecer, são feitas
algumas profecias-promessas, dizendo aos cativos: “Sai; aos que estão nas
trevas, vinde a luz” (Is 49, 9).
* d) Os quatro cânticos: com uma dimensão escatológica muito acentuada, o
profeta constrói quatro poemas, chamados os quatro cânticos do servo: Is 42,
1-9; 49, 1-6; 50, 4-11; 52, 13-53,12. Conclusão: Deus é fiel, misericordioso e
consolador.
* Foi Ciro, rei da Pérsia, que em 538 a.C., mediante um decreto, o Edito de Ciro, deu liberdade aos
exilados para retornarem à sua terra. Essa libertação dos israelenses da Babilônia foi uma
libertação relativa. Os que voltaram para reconstruir a cidade e o templo receberam apoio da
corte oficial persa, mas em troca deveriam favores através de impostos. Israel recuperou a posse
da terra e da cidade, mas permaneceu preso à Pérsia como uma colônia. Como a grande maioria
pertencia a tribo de Judá, os hebreus passam a se chamar Judeus.

* Durante o exílio na Babilônia, o templo e Jerusalém foram destruídos. A situação dos que
permaneceram em Judá e dos exilados era de desolação e tristeza (Lm 5, 2-5); mas Deus, que é
fiel, não os havia esquecido e suscitou dentre eles “profetas” que os confortaram e alimentaram a
esperança de dias melhores e de um novo êxodo de volta à terra. Os profetas Jeremias e Abdias
atuavam em Judá. Ezequiel e o Segundo Isaías, junto aos exilados.

* A dominação dos persas, diferente da dos assírios e babilônicos, angariou a simpatia dos judeus,
com projetos de reconstrução das cidades da Judéia, do templo, de Jerusalém e suas muralhas.
Isso reacendeu a esperança dos exilados de recomeçar a vida na sua própria terra. Só que, por trás
disso tudo, escondia-se o projeto expansionista da Pérsia, de chegar até o Egito, tendo em vista a
ampliação do domínio econômico com a cobrança de impostos. Para conseguir isso, a Pérsia
precisava conquistar a simpatia do povo de Judá, tê-lo com aliado e súdito. O exílio da Babilônia,
que durou cerca de sessenta anos, fez tanto os que ficaram em Judá, como os exilados ao
retornarem a Israel, se depararem com situações deploráveis e conflitivas. Eles não pensavam, em
primeiro lugar, em reconstruir suas bases de fé e vida social, mas, sim, em sobreviver.
* Com o regresso a Jerusalém, o território correspondente ao
antigo Reino do Sul foi considerado como uma província, dirigida
por um governador que dependia de um rei estrangeiro. Esta
situação fez surgir o judaísmo, onde o templo de Jerusalém, o
sumo sacerdote e os livros sagrados constituíam o centro da vida
religiosa e cultural. Em cada povoado havia a sinagoga como
centro de encontro para a pequena comunidade. O sumo
sacerdote, acompanhado pelo Sinédrio (conselho dos anciãos)
representava a suprema autoridade; os sacerdotes dedicavam ao
culto, e os escribas ao aprofundamento e interpretação da lei de
Deus.

* Osjudeus pensaram que o exílio foi uma desobediência a lei de


Deus, sendo assim, alguns decidem praticá-la escrupulosamente,
surgindo os fariseus. Eles achavam que, dessa forma, Deus teria
compaixão de seu povo, enviando-lhe o Messias, considerado
como guerreiro capaz de restabelecer o Reino de Judá.
*O povo sofrido ainda amarga provação de um domínio estrangeiro, e se pergunta:
“Deus ainda está presente em nosso meio?” (Is 51, 1-3) Entram em cena os profetas:

a) Ageu (520 a.C.) – reconstrução do templo.

b) Zacarias (520 a.C.) – além do templo, incentiva a formação de um novo quadro


político, centrado no leigo Zorobabel e no sacerdote Josué (Zc 8, 10-17).

c) Trito-Isaías (Is 56-66 são atribuídos a um terceiro Isaías em 470 a.C.). O autor e a
comunidade já estão em liberdade outra vez, e agora precisam consolidar a Aliança. O
escrito procura estimular a comunidade que veio do exílio e se reuniu em Jerusalém
com os que estavam dispersos.

d) Abdias (450 a.C.) – estimula a necessária solidariedade entre os mais fracos diante de
um opressor.

e) Esdras e Neemias (445-433 a.C.) – da observância escrita à lei de Deus e do rei,


surgiram protestos como diversos escritos bíblicos: Rute, Jonas, Jó, Cântico dos
Cânticos, Provérbios (1-9), alguns Salmos e a forma definitiva do Pentateuco. Esses
projetos mostram como um grupo se reúne e se organiza para formar uma comunidade,
enfrentando dificuldades econômicas, políticas e ideológicas. Resulta dessas três
dificuldades a complicada questão da liderança, para que a comunidade não fique
entregue ao arbítrio dos poderosos, mas consiga resolver seus conflitos, defender seus
direitos e se abrir para o futuro.
f) Malaquias (depois de 430 a.C.) – o desleixo e a apatia dominam a
comunidade após cinquenta anos, e a fé não é mais força de vida, mas
simples culto formalista. O projeto mostra que a submissão a um frio
código de leis não tem sentido. Deus, que ama como pai, exige uma
resposta urgente e espera um comportamento de respeito e amor. Anuncia
também um mistério mensageiro reconhecido pelos evangelistas como
João Batista, o precursor de Jesus.

g) Joel (400 a.C.) – uma expressão une seu livro todo: “o dia de Javé”, isto
é, o Juízo final. A misericórdia de Deus, alcançada pela penitência e
jejum, transforma o julgamento em dia de libertação e salvação.

h) Jonas (entre 300 e 200 a.C.) – a misericórdia de Javé é para toda a


humanidade. Ele quer que todos se convertam, para que tenham a vida.

i) Daniel (150 a.C.) – sustentar a esperança do povo fiel e, ao mesmo


tempo, provocar a resistência contra os opressores. Mesmo para os que
morrem nessa luta, descortina-se a esperança maior: a ressurreição.
* Em 197 a.C., a província passou às mãos dos Antíocos de Síria.
Estes queriam impor aos judeus o costume grego, que era pagão.
Guiados pela família dos Macabeus, os judeus rebelaram. A
guerra durou de 170 a 130 a.C. E, por fim, os judeus conseguiram
a tão sonhada independência política e estabeleceram uma
aliança com Roma, o estado mais poderoso daquele tempo. Assim
ressurgiu o Reino de Judá. Entretanto, no ano 63 a.C., o general
Pompeu ocupou Jerusalém e impôs o domínio romano. Esta
situação fez ressurgir no povo de Israel o desejo de uma pronta
chegada do Messias.
Ele está para chegar...

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