Garantia de Escoamento - Parafinas - Grupo4

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Estudo Dirigido de

Garantia de Escoamento

Análise da garantia de escoamento


de petróleo offshore em relação à
deposição de parafina

Ana Luiza Corrêa

Leonardo Dominghini Neves

Leticia Regina da Rosa

Maria Eduarda Ferreira

Mylena Webber

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Introdução

· · No final da década de 1970, a produção de petróleo e gás


nos impõe crescentes avanços tecnológicos.

· A produção e perfuração em campos offshore possui


possíveis empecilhos característicos à essa garantia de
escoamento, entre eles, a deposição de parafina ao longo das
extensas tubulações de produção.

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Introdução
· A parafina

FIGURA 1: Deposição de parafinas.

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Garantia de Escoamento

· Garantia de escoamento designa o conjunto de


práticas que visam assegurar a integridade de
sistemas de elevação e transporte, de maneira a
possibilitar o livre escoamento dos fluidos
transportados.

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Garantia de Escoamento

FIGURA 2: Representação da deposição parafínica na tubulação

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PRINCÍPIO MOLECULAR DA
FORMAÇÃO DE PARAFINAS
• A parafina é uma fração, que constitui o fluido de Petróleo. São
hidrocarbonetos lineares, ramificados ou cíclicos de simples ligação (alcano),
com massa molar de C17 até C50.
• Sofrem influência dos efeitos de impedimento estéreo-geométrico molecular

FIGURA 3: Estruturas moleculares FIGURA 4: Micrografias (sob condições idênticas)


de (a) macro parafina e (b) micro parafina.

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INFLUÊNCIA TÉRMICA NA
CRISTALIZAÇÃO DE PARAFINAS
• TIAC – Temperatura Inicial para o Aparecimento de Cristais

FIGURA 5 : Efeito na TIAC de um Petróleo

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Número de Carbonos
O número de carbonos implica diretamente na solidificação das moléculas de
Parafina. A molécula que tiver maior número de carbonos sofre a nucleação em
uma temperatura maior.

FIGURA 6: Temperaturas de solidificação versus número de


carbonos..
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INFLUÊNCIA TÉRMICA NA
CRISTALIZAÇÃO DE PARAFINAS

FIGURA 7: Efeito do
tempo e da
temperatura sobre o
tamanho dos cristais
de parafina no óleo
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MECANISMO DE DEPOSIÇÃO DE
PARAFINAS

• Deposição por gravidade - Partículas tendem a se depositar no duto


quando o escoamento está em repouso.
• Dispersão por cisalhamento - Em escoamento laminar, onde se baseia no
transporte lateral de partículas sólidas em suspensão.
• Difusão Browniana - Onde cristais pequenos e sólidos de parafina, quando
em suspensão no óleo, serão continuamente bombardeados por moléculas de
óleo agitadas termicamente.
• Difusão molecular - Baseado no gradiente de temperatura produz um
gradiente de concentração.

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
● Difusão Molecular

FIGURA 8:Seção longitudinal do tubo indicando a zona de parafina precipitada

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
● Difusão Molecular

Hipóteses e considerações:

● Duto é simétrico na direção axial;


● Efeito gravitacional desprezível;
● Fluido Newtoniano;
● Viscosidade do óleo, calor específico, condutividade térmica e densidade são
constantes;
● O escoamento é hidrodinâmicamente desenvolvido;
● A geração de energia é desprezível;
● Na região fria, o fluido na interface sólido-líquido está sempre saturado;
● Solubilidade da parafina depende da temperatura;
● Depósito de parafina sólida tem porosidade constante.

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
● Difusão Molecular

A transferência de massa é governada pela Lei de Fick

Fluxo total de parafina é uma fração do fluxo de depósito total

O símbolo ѱ vai ser considerado constante em relação (T,t)

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
● Difusão Molecular

FIGURA 9: Espessura do depósito Re = 6000

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
Modelagem Numérica
● Aplicação do Método de Diferenças Finitas

FIGURA 10: Representação gráfica de um balanço das espécies em um volume de controle cilíndrico.

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MODELAGEM FÍSICO-MATEMÁTICA
Modelagem Numérica
● Aplicação do Método de Diferenças Finitas

FIGURA 11: Temperatura X Raio – Diferentes instantes de tempo.

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Prevenção

● Injeção de Fluidos - Polímero EVA e PVA


● Completação Especial
● Produtos Químicos Inibidores
● Isolamento a vácuo

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Remediação

MITIGAÇÃO: REMOÇÃO:

● Geração de campo magnético; ● Remoção Mecânica por uso de


● Fluxo de fluido frio; Pig;
● Alteração nas técnicas de ● Remoção térmica;
produção. ● Uso de solventes e
dispersantes;
● Uso de bactérias;
● Remoção Ultrassônica.

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Remoção

FIGURA 12:Uso de pig. Fonte:White et al.(2018) adaptado

FIGURA 13: Pig de copo FIGURA 14: Pig de disco FIGURA15: Pig de espuma
Fonte: SOUZA, 2005 Fonte: SOUZA, 2005 Fonte: SOUZA, 2005 20
ESTUDO DE CASO

O seguinte estudo de caso, realizou métodos experimentais para caracterização


da deposição de parafinas que foram reproduzidos no CENTEQ – Laboratório de
Ensino do Departamento de Engenharia Química e de Petróleo da UFF.

Experimentos realizados:

● Determinação da temperatura inicial de aparecimentos de cristais (TIAC)


● Ponto de Fluidez
● Deposição de Parafina: Teste com Fluxo de óleo e Cold Finger
● Observação da cristalização de Parafinas no Microscópio

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ESTUDO DE CASO

Deposição de Parafina: Fluxo de Óleo

Procedimentos:

1. Em um dos galões foi colocado a amostra de diesel e um percentual de


concentração de parafina e aquecido em banho maria no banho hidrostático
até a temperatura 50 °C
2. Os tubos de plásticos foram conectados na bomba e o outro galão foi utilizado
como suporte para que a parte dos tubos de plástico fiquem submersos no
outro banho hidrostático que terá uma temperatura de 4°C
3. Com a bomba ligada o diesel que tem em uma temperatura de 50 °C passou
pelo outro banho que está a 4 °C

Com isso, foi reproduzido o choque térmico que a produção de petróleo encontra
em águas ultra profundas quando os dutos saem da formação e encontram a água
do mar.

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ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO

Deposição de Parafina: Fluxo de Óleo

Para o segundo teste, foi montado um sistema onde a amostra circule em um tubo
de cobre, com uma temperatura de 50 °C. No anular passa o fluxo de água com
uma temperatura de 4 °C. Com isso a troca de calor faz com que a parafina
precipite.

Procedimentos:

1. Em um dos galões foi colocado a amostra de diesel e um percentual de


concentração de parafina e aquecido em banho maria no banho hidrostático
até a temperatura 50 °C
2. A bomba foi conectada para drenar o combustível nas saídas da parte interna
do tubo de cobre e no galão que contém a nossa amostra. A saída do anular
do tubo de cobre é conectada com outro banho hidrostático onde ocorre a
circulação da água.

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ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO
Tempo Peso do Peso da
(min) sistema parafina
(g) depositado no
tubo de cobre
(g)

3 164,87 3,10

6 162,97 5,00

9 159,54 8,43

12 157,05 10,92

15 155,20 12,77

18 154,02 13,95 Podemos ver que no intervalo de 24 a 30


21 152,42 15,55 min, a deposição de parafina se mantém
constante, onde indica que toda parafina no
24 151,70 16,27
sistema foi depositado.
27 151,49 16,48
peso do Óleo = 83,40 g
30 151,60 16,37 5% de parafina

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ESTUDO DE CASO

Temp Peso Peso da


o do parafina
(min) sistema depositad
(g) o no tubo
(g)

5 80,52 2,46

10 77,97 5,01

15 76,84 6,14

20 75,06 7,92

25 74,88 8,10

30 73,65 9,33 Podemos ver que em um certo momento a


parafina não foi mais adicionada no tubo de
35 73,26 9,72
cobre, pois no sistema temos 7.875g e o
40 73,37 9,61 depositado foi de 9,720g.
peso da querosene: 83,40g
7% de parafina

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ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO

Deposição de Parafina: Cold Finger

Procedimentos:

1. Em um béquer foi colocado a amostra de óleo e uma massa de parafina e


aquecida até 50 °C
2. Um tubo de cobre foi plugado na parte de circulação do banho hidrostático
com uma temperatura de 40 °C, após isso, foi mergulhado dentro do béquer
contendo amostra

Foi feito o mesmo procedimento, mas com a temperatura da água em 3 °C, e ao


mergulhar o tubo no béquer, foi deixado em 3 em 3 minutos até a deposição fique
constante.

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ESTUDO DE CASO

Querosene Petróleo

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Referências

DUNCKE, Angela. MORFOLOGIA DE PARAFINAS EM PETRÓLEO, SISTEMAS


MODELO E EMULSÕES ÁGUA/ÓLEO POR MEIO DE MICROSCOPIA ÓPTICA, Rio
de Janeiro, Junho/2015.

CONTI, Henrique Castro. GARANTIA DE FLUXO: DEPOSIÇÃO DE PARAFINAS.


Niterói, 2013.

MATOS, Sarah Ferreira; ALTOÉ, Leandra. Análise da garantia de escoamento de


petróleo em águas profundas em relação à deposição de parafina. Latin American
Journal Of Energy Research. São Mateus, p. 12-31. jan. 2019.

OLIVEIRA, Marcia Cristina Khalil de et al. Fundamentos de garantia de escoamento.


Rio de Janeiro: Interciência, 2018.

CHRISTO, Matheus. CRISTALIZAÇÃO E DEPOSIÇÃO DE PARAFINAS NA


GARANTIA DE ESCOAMENTO: ESTUDO EXPERIMENTAL, Rio de
Janeiro:Niterói,2019.

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Referências
Gaiowski, Antônio Osny. Uma Modelagem Fundamental para a Deposição de
Parafinas em Tubulações. Trabalho de Conclusão de Curso 2. Engenharia
Mecânica- UTFPR. Curitiba, 2017.

Pereira, Vinícius A. F. PREVISÃO NUMÉRICA DA DEPOSIÇÃO DE PARAFINA


EM ESCOAMENTO TURBULENTO. Departamento de Engenharia Mecânica da
PUC-Rio, 2015.

T.A.R. Porto T.A.R, Lima A.G.B. Escoamento transiente de óleo parafínico em


duto de seção circular: Modelagem e Simulação. HOLOS. Universidade Federal
de Campina Grande. 2017

33
Obrigado
UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina

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